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A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

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A ORDEM DAS INTELIGÊNCIAS

Reges et Sacerdotes

Ricardo M. Aguiar

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Agradecimentos

Aos meus Pais, irmãs e minha amada Esposa

Que em tempos áureos, antes dos fundamentos do mundo

existirem, quando inqueridos pelo Verbo responderam:

– Sim, nós acolheremos e ensinaremos essa inteligência,

para que alcance toda a sua potencialidade e perfeição para que

evolua conosco.

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4

Dedicatória

Aos meus filhos Israel e Amanda,

confiados a mim mediante Convênio de amor

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“Estes são os que são os sacerdotes e reis, que receberam de

sua plenitude (na mortalidade) e de sua glória (na eternidade).

(Doutrina e Convênios 76:56 Grifo do autor)

Page 6: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

6

Este livro é o manifesto de meu testemunho pessoal acerca do

Sacerdócio de Melquisedeque vivenciados por mim, se há falhas

de entendimento histórico e doutrinário ou correlato, a

responsabilidade é totalmente minha.

O estudo conceitual, pesquisa e publicação deste livro não

constitui uma declaração oficial de A Igreja de Jesus Cristo dos

Santos dos Últimos Dias.

O Autor

Page 7: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

7

Não são as respostas que

ILUMINAM

são as perguntas

foi um ano muito especial para mim, quando despertei

do longo sono no caminho de aprendizado que me

fizeram renascer e ver a vida com olhos diferentes, passei a ver o

mundo com olhos espirituais, e passei a lembrar de princípios,

ensinamentos e leis que já havia aprendido antes da mortalidade.

O sol nasceu na linha do mar de Recife e quando começou a

declinar para o Oeste na tarde de 8 de agosto, domingo, eu fui até

a casa do patriarca de minha Estaca para receber a primeira luz

de minha jornada – Minha Benção Patriarcal. Nela encontrei, de

lá para cá, as respostas de muitas das dúvidas que de certo modo

até nortearam minhas decisões, pois como disse o sábio ―não são as

respostas que iluminam e sim as perguntas‖.

Reservei um trecho de minha benção patriarcal que com livre

vontade compartilharei aqui, nela surge a pergunta que me

iluminou no caminho do aprender e vivenciar novas experiências

no Sacerdócio.

Existem verdades ocultas concernentes ao poder do Sacerdócio?

1982

...uma mente aberta, entendimento claro para entenderes todas as

coisas...usando o teu sacerdócio em benefício e favor de teus irmãos...o

Senhor abrirá cada vez mais a tua mente e entenderás as verdades que te são

ocultas neste momento.”

Page 8: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

8

Declaro que sim, porque assim o Senhor me fez saber.

O Sacerdócio é o poder e a autoridade de DEUS conferido

aos Seus filhos masculinos para agir em Seu nome e representa-

Lo quando designados por Ele;

Que dá aos filhos espirituais Dele a capacidade de agir

segundo Sua vontade e autorização para exercer governo sobre as

Inteligências deste mundo;

E, por fim, Declaramos que os homens de fé podem governar

as inteligências que se relacionam conosco no planeta Terra

porque elas reconhecem e obedecem esta autoridade. (D&C)1

O Sacerdócio é uma força viva, por meio dele o homem pode

realizar praticamente todas as tarefas que forem necessárias para

obedecer designações no reino de Deus, servir a humanidade e

estabelecer governo sobre as inteligências menores

O Pai Celeste demonstrou confiança em Seus filhos

espirituais para realizar uma obra maravilhosa e um assombro de

amplitude ilimitada, fazendo uso de uma força ilimitada. Como já

sabemos o Sacerdócio sem início ou fim de dias, desconhece

limites, desde antes da fundação do mundo já existia, e foi

exercido pelos deuses na construção da estrutura perfeita do

Universo (reconhecendo cientificamente no Big-Bang como

ferramenta da criação) e deste pequeno planeta no qual vivemos.

Eles, os deuses construtores, eram inteiramente comprometidos

com a evolução dos filhos espirituais da Deidade.

Por vários milênios trabalharam a serviço do Verbo para que

o nosso lar estivesse aqui e progredirmos, e aprendermos,

1 D&C 93:29-30

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governássemos nossas vidas e influenciássemos a outros para o

bem e para o mesmo progresso.

Por muito tempo ordenaram e esperaram que as inteligências

obedecessem as ordens como consortes, sabiam que o plano era

bom. 2

E se fez assim, como nos incontáveis mundos e recônditos do

Universo criado por Deus ―...Pois eis que há muitos mundos que

pela palavra de meu poder passaram. E há muitos que agora

permanecem e são inumeráveis para o homem; mas todas as coisas

são enumeráveis para mim, pois são minhas e eu conheço-as‖ (

PGV).3

Como estudiosos devemos desdobrar esforços através das

perguntas sem a preocupação das respostas, pois a quem as fizer e

buscar conhecimento, o Senhor proverá os caminhos, este livro é

um exemplo de instrução decorrente de muitas orações.

Que as perguntas sejam importantes para o futuro, para saciar a

curiosidade, ou saber algo sobre a pré-mortalidade pessoal, enfim,

com propósito e foco do que foi ensinado pelo profeta Joseph

Smith:

―E nisto consiste a vida eterna: em conhecer o único Deus sábio e

verdadeiro. Deveis aprender como ser deuses por vós mesmos, ser

reis e sacerdotes de Deus, do mesmo modo como tem feito todos os

outros deuses antes de vós; ou seja, passando de um nível para

outro, de uma pequena capacidade de uma grande capacidade, de

graça em graça, de exaltação em exaltação...‖4

Antonio R. M. de Aguiar

2 Abraão 4:21

3 Moisés 1:35

4 História da Igreja livro 6 pag 306, 07 de abril de 1844.

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Capítulo I

O Sacerdócio

“ E o Senhor disse-me: Estas são as que regem... pois eu sou

o Senhor teu Deus; coloquei esta para reger todas as que

pertencem à mesma ordem... (PGV)5

5 Abraão 3:3

o Poder Regente do Universo

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No que concerne à eternidade, o sacerdócio é o eterno poder e

autoridade de Deus através do qual todas as coisas, materiais e

imateriais constituindo inteligências organizadas, existem, são

criadas, governadas e controladas, e através do qual o universo, e

infinitos mundos vêm à existência; É o poder pelo qual o grande

plano da criação, redenção e exaltação opera na vastidão.

É o poder e autoridade de Deus.

No que concerne à existência do homem na Terra, o

sacerdócio é o poder e autoridade de Deus delegado ao homem

para agir em todas as coisas para a salvação dos homens. É o

poder pelo qual o evangelho é pregado; ordenanças são realizadas

vinculando a salvação na terra e no céu; Por seu intermédio no

devido tempo o Senhor irá governar as nações da Terra e tudo que

a ela pertencente. (D&C)6

Uma vez que existe apenas um Deus e um único poder de

Deus, há também somente um sacerdócio, o Sacerdócio Eterno.

Assim Todo sacerdócio é, segundo a ordem de Melquisedeque que

era segundo a Ordem do Unigênito. Sua instituição foi anterior a

fundação desta terra, antes de todas as estrelas da manhã

cantarem juntas, e regozijarem-se.

6 Doutrina do Evangelho, pp. 131-134

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É o maior e mais santo sacerdócio de acordo com a Ordem do

Filho de Deus; Todos os outros Sacerdócios são apenas partes,

ramificações, poderes e bênçãos que pertencem e são possuídos por

ele regidos e dirigidos. 7

Esta autoridade concedida sobre muitos filhos espirituais

agrega por sua natureza, os poderes Reais e Sacerdotais. Reais

porque é o poder outorgado de Jesus Cristo, Rei e Soberano de Seu

reino. As ordens das inteligências reconhecem a autoridade Real

do Primogênito como suprema e irrevogável.

E o poder sacerdotal porque outorga também o poder de

executar, ministrar e presidir ordenanças sobre as inteligências

que foram organizadas e criadas espiritualmente e posteriormente

criadas fisicamente para que cumprissem o propósito sua criação.

Compreendemos que a autoridade Real e Sacerdotal é

basicamente uma delegação de honra, ou seja, a honra de Deus

que é a Sua supremacia sobre todas as Inteligências do Universo. 8

As inteligências O obedecem porque reconhecem Sua integridade e

incapacidade de quebrar sua própria lei. (LM)9

A doutrina do progresso eterno das inteligências era bem

conhecida pelo profeta Joseph Smith, E pelas escrituras padrão

somos ensinados que à luz destas revelações, o termo Inteligência

7 Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 198.

8 D&C 29:36

9 2Nefi 9:7-9

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representa a luz e verdade que recebemos e possuímos e que

conseguimos reter praticando boas obras baseadas na fé.

O título ―Inteligência‖ é usado também como sinônimo de

―filhos espirituais‖, os que possuem luz alto criadas acrescidas de

corpos espirituais (elementos espirituais) a imagem e semelhança

do Pai Celestial. Ambas as terminologias ao falar da natureza

dessas essências descrevem entidades com luz própria que podem

ter evoluído ou não; Algumas delas não conseguiram evoluir (por

mérito ou pelo livre arbítrio e vontade) outras, pelo contrário, se

desenvolveram de forma tão magnifica que são chamadas de

grandes e nobres. (PGV)10

O uso deste título distingue o elemento primordial dos que

foram chamados filhos espirituais nobres e grandes - A sua

capacidade inerente de crescer de graça-em-graça, conhecimento e

inteligência, até que atinjam a plenitude de todas as coisas e se

tornem como o Pai, uma inteligência suprema.11

Em tempos muito antes conhecidos por nós abstraindo nesse

conceito sua extensão, outorgou Deus o Seu Sacerdócio a muitos

de Seus filhos e os designou ―Sacerdotes‖, com Autoridade

Sacerdotal de acordo com Sua presciência, para reger 12 e governar

sobre todas as criaturas em consonância aos propósitos de sua

10

Abraão 3:22-24 11

Ensinamentos do profeta Joseph Smith pag. 439 12

reges = reis em Latim

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criação; Também lhes concedeu Autoridade Real para reger sobre

os filhos espirituais limitados a sua respectiva jurisdição.

Na pré-mortalidade, assim como na mortalidade, estas

inteligências notadamente grandes e nobres sabiam que deveriam

aperfeiçoar seus dons espirituais e seu conhecimento acerca do

sacerdócio, e isto se fez pela obediência, fé e boas obras, cabendo-

lhes entretanto a liberdade de limitar-se pela prerrogativa do livre

arbítrio. 13

A autoridade Real não é separada e distinta do Sacerdócio,

mas simplesmente um ramo ou porção do mesmo. A autoridade

Sacerdotal é universal, tendo poder sobre todas as coisas; a

autoridade Real até ser perfeita está limitada a reinos colocados

sob sua jurisdição: a primeira nomeia e ordena a última; mas a

última nunca nomeia e ordena a primeira: a primeira controla as

leis da natureza e exerce jurisdição sobre todos os elementos assim

como sobre os homens; a última controla homens somente e

administra leis justas para o governo deles.

Onde os dois são combinados e o indivíduo aperfeiçoado, ele

tem todo o poder tanto como Rei e Sacerdote; Ambos os ofícios

então unidos em um. Então a distinção, será meramente no nome

13

Alma 13:1-7 D&C 76:56 Apocalipse cap 1:6

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e não na autoridade como Rei ou Sacerdote, ele terá então poder e

domínio sobre todas as coisas, e reinará sobre tudo. 14

No princípio, em tempos já dantes ordenados e limites de

nossa habitação 15, as inteligências, mesmo as que não se tornaram

prole espiritual do Ser Supremo, possuíam a percepção da

compaixão, da fé e do livre arbítrio.

Diante desta capacidade o Criador criou um escalonamento

de acordo com este desejo, e ainda em maior importância, de

acordo com as que queriam praticar boas obras e evoluir em

conhecimento, contribuindo com seu próprio progresso eterno.

...E este (foi) o modo pelo qual foram ordenados — sendo

chamados e preparados desde a fundação do mundo, segundo a

presciência de Deus, por causa de sua grande fé e suas boas obras,

sendo primeiramente livres para escolherem o bem ou o mal;

portanto, tendo escolhido o bem e exercendo uma fé muito grande,

(foram) chamados com uma santa vocação, sim, com aquela santa

vocação que lhes foi preparada com uma redenção preparatória e

de conformidade com ela.

E assim foram chamados para esse santo chamado por causa

de sua fé, enquanto outros rejeitaram o espírito de Deus devido à

dureza de seu coração e cegueira de sua mente; porquanto, se não

14

Reis e Sacerdotes – Orson Pratt – Time and Seasons - 1856 15

Atos 17:26

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tivesse sido por isso, poderiam ter recebido tão grande privilégio

quanto seus irmãos. (LM)

Como já foi dito, o Sacerdócio é dado com duas finalidades:

primeiro, para que nós mesmos possamos receber exaltação, e,

segundo, para que sejamos intermediários ajudando os outros a

obter tais bênçãos.

Se formos dignos e valentes no Evangelho, receberemos a

perfeição como sacerdotes e reis e teremos domínio e direito a

governo. Isto significa, receber responsabilidade e mais tarefas

nos serão confiadas pela eternidade.

É uma verdade evidente que, se não usarmos os talentos que nos

foram dados agora e não exercitarmos a responsabilidade que

recebemos nesta vida, não estaremos preparados nem seremos

confiáveis de exercer autoridade e responsabilidade no estado

vindouro.

Dizem as escrituras que muitos destes se empenharam ao

receber a santa vocação do sacerdócio e não permaneceram

limitados ao que já tinham aprendido e evoluído, aceitaram

receber mais luz, e continuaram a praticar ―boas obras‖, muitas

delas em prol do desenvolvimento de si próprios.

E aconteceu que decididos a evoluir em sua capacidade

pessoal de exercer a vocação de Sumo Sacerdotes, se empenharam

Page 17: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

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no estudo dele, buscaram ser mais eficientes, pois compreendiam

que o Sacerdócio era um dom do Pai, onde na verdade ele

compreende muitos dons;

Em virtude desse conhecimento, é aceitável pensar que houve

necessidade de organizar as classes de instrução da Ordem dos

Sacerdotes. O objetivo era ensinar o que deveria ser ensinado

acerca dos poderes do Sacerdócio Eterno por inteligências mais

evoluídas, inclusive o Unigênito.

As tarefas atribuídas a estes Sumos sacerdotes, que já eram

justos aos olhos da lei era de obter conhecimento e compreensão

das coisas pertinentes a lei em todos os reinos, pois a todo reino

foi dada uma lei e toda lei possui certos limites e condições.

E mesmo eles, os grandes e nobres se não se qualificassem

nas condições da lei revelada...e a justiça seguiria seu curso e

reclamaria o que é seu. (D&C grifo do autor) 16.

16

D&C 88:40

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Capítulo II

Ordens, Leis e Padrões

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No princípio Deus liderou o planejamento da estrutura do

universo conhecido que receberia Seus filhos espirituais, o Astros

quentes chamados Sois, os planetas e estrelas que seriam na

vastidão do universo o delineamento da Luz e da Verdade,

organizou e formou a Ordem do Sacerdócio segundo a mesma

Ordem do Filho Unigênito.

Antes de a Terra ser criada, o Senhor elaborou uma planta,

como faz todo grande empreiteiro antes de começar a construir.

Ele fez os planos, estabeleceu as especificações e as apresentou.

Ele desenhou o projeto, e estávamos com Ele (...). Nosso Pai nos

reuniu, conforme explicam as escrituras, e foram então

aperfeiçoados os planos para a formação de uma Terra. Em Suas

próprias palavras: ‗E estava entre eles Um que era semelhante a

Deus; e ele disse aos que se achavam com ele: Desceremos, pois há

espaço lá, e tomaremos destes materiais e faremos uma terra onde

estes possam habitar; E assim os provaremos para ver se farão

todas as coisas que o Senhor seu Deus lhes ordenar. 17

Essa assembleia incluía todos nós. Os deuses fariam a terra,

a água e a atmosfera, e depois o reino animal, e daria o domínio 17

Abraão 3:24–25

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de tudo ao homem. Esse era o plano (...). Deus era o mestre-de-

obras, e Ele nos criou e fez com que existíssemos

A partir desta crônica, dividiu as tarefas da criação e dividiu

a Sua presidência dando a Jeová e Miguel o poder de organizar o

vasto material no Universo para que recebessem uma limitada luz

de Inteligência, isto no intuito de as controlar com os poderes

inerentes do Sacerdócio Eterno, e que eles seriam o primeiros

seres perfeitos daquele mundo.

As Ordens receberam então seus mandamentos, Os Astros

celestes para que sua órbita fosse constante, suas estrelas e luas

refletindo luz provendo gravidade equilibrada para que todas as

outras Ordens permanecessem constantes também.

Organizaram a expansão dos céus e da terra de acordo com

sua Ordem. As Ordens secas, as Ordens dos mares e águas, as

Ordens das inteligências animais foram então criadas

fisicamente, a relva e florestas, a Ordem vegetal foi então

organizada também, e todas elas de acordo com o propósito de sua

criação, servir as inteligências maiores de bom grado, e os Deuses

viram que elas obedeciam. 18

Depois que todas as Ordens espirituais foram organizadas em

matéria e espaço disponível pelo poder único do Sacerdócio, Jeová

e Miguel retornaram ao Pai e relataram sua tarefa.

18

Abraão 4:25

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21

Sabendo então o Pai Celeste que tudo estava pronto

organizou e a maior criação neste mundo, uniu como fez com

todas as outras Ordens, corpos físicos e espíritos escolhidos

previamente para ao chamado de nossos primeiros pais.

Toda a criação foi organizada e dividida pelo escalonamento

vertical

A Ordem dos Filhos Espirituais

A Ordem dos Astros quentes regentes do Sol.

A Ordem dos Planetas e Luas. Padrões de gravidade.

A ordem dos elementos de equilíbrio do Espaço no Universo.

A Ordem das Águas – Padrões de reação química e estado

físico.

A Ordem dos seres animais e dos elementos da carne e do

sangue. – Formada por seres orgânicos com elementos e

órgãos com padrões individuais.

A Ordem do reino vegetal – Seres orgânicos com padrões

individuais.

A Ordem do reino Mineral – Formada de Elementos

orgânicos com padrões individuais e químicos.

A ordem do Gases – Formada de compostos orgânicos com

comportamento individual.

A ordem da forças da natureza (Eletricidade, Clima, Chuva,

Tempestades, O Ar , o Som ,pressão atmosférica etc.)

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A estas Ordens o Senhor estabeleceu os limites de sua

evolução pois é certo pensar que a toda Ordem há um

mandamento rigoroso de não exceder os propósitos de sua criação;

Uma montanha, por exemplo, não aspira ser uma nuvem,

Uma fruta não pode se tornar uma pedra, um peixe não aspira ser

uma alga marinha e o ser humano não evolui a ser um gorila.

A lógica e prerrogativa de uma Ordem é obedecer a um

conjunto de leis estabelecidas para que cada Inteligência limitada

e agregada a matéria evolua apenas para melhorar sua

performance e não para retroagir em seu propósito funcional na

natureza, ou em sua jurisdição a que foi nomeada e outorgada

pelo Sacerdócio Eterno, ―Chamamos a isso de Eco Sistema. ―

O projeto resguarda os limites e padrões de comportamento

desta matéria, e os propósitos funcionais deverão continuar a

servir a HUMANIDADE, a Inteligência a quem elas fornecem

seus frutos e fomentos.

Leis – Resguardam a Funcionalidade de Cada Ordem.

Padrão – Resguarda a identidade de cada Inteligência inserida

em cada na Ordem

O que preconiza este ponto de vista no escalonamento de

ordens das inteligências, é a escala de governo das Ordens maiores

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sobre as Ordens menores ―...tanto as coisas que agem como as que

recebem a ação.‖ 19 O verbo AGIR como definido nesta escritura

estabelece uma relação de governo consensual, as inteligências são

governadas porque permitem sê-lo, porque são necessárias, e são

extremamente disciplinadas nisso, NÃO se rebelam, mesmo que

seja necessário uma oposição.

A Hipótese de Gaia seria a prova de que o nosso planeta é

uma inteligência?

A hipótese Gaia, também denominada como hipótese

biogeoquímica,[1] é hipótese controversa em ecologia profunda

que propõe que a biosfera e os componentes físicos da Terra

(atmosfera, criosfera, hidrosfera e litosfera) são intimamente

integrados de modo a formar um complexo sistema interagente

que mantêm as condições climáticas e biogeoquímicas

preferivelmente em homeostase.

Originalmente proposta pelo investigador britânico James E.

Lovelock em 1972 como hipótese de resposta da Terra,[2] ela foi

renomeada conforme sugestão de seu colega, William Golding,

como Hipótese de Gaia, em referência a Titã grega suprema da

Terra – Gaia.[3] A hipótese é frequentemente descrita como a

Terra como um único organismo vivo. Lovelock e outros

pesquisadores que apoiam a ideia atualmente consideram-a como

19

2º Néfi 2:14

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24

uma teoria científica, não apenas uma hipótese, uma vez que ela

passou pelos testes de previsão.[4]

O cientista britânico, juntamente com a bióloga estado-

unidense Lynn Margulis analisaram pesquisas que comparavam a

atmosfera da Terra com a de outros planetas, vindo a propor que a

vida da Terra tem função ativa na manutenção das condições para

sua própria existência. O gás oxigênio (O2), por exemplo,

combina-se facilmente com outros elementos e, após alguns

milênios, deixaria de existir nesta forma se não fosse

continuamente reciclado através de processos biológicos (v. ciclo

do oxigênio). 20

20

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_de_Gaia

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25

Capítulo III

Os Pilares Sempiternos do Sacerdócio

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26

Aprendemos que o Senhor conferiu a Aarão e seus filhos um

Sacerdócio que tinha seu nome; e. também que a primeira ordem

era chamada Evangélica ou Patriarcal e que esse sacerdócio era

possuído por Adão e os antediluvianos e outros até o tempo de

Moisés. Há algumas outras fases do Sacerdócio, todavia, que

devemos entender claramente.

Devemos começar a raciocinar o fato de que não somos ainda

inteligências totalmente evoluídas; Ainda a margem da fonte de

todo conhecimento no anseio de descobrir o que o seu uso nos

reservará pelas eternidades. Como simbologia, vamos entender

alguns pilares do Sacerdócio com auxílio da parábola do Sábio e a

Jovem Inteligência:

Conta uma estória muito antiga, que depois de uma longa jornada

em busca de sabedoria, a jovem inteligência encontra em seu

caminho uma fonte de águas claras e convidativas, ao longo do

caminho não parecia haver qualquer outra fonte com tal beleza.

A inteligência auto existente reluz a sua face quando vê seu

reflexo nas águas mas teme tomar de parte dela sem nenhuma

autorização prévia, como se houvesse alguém por perto para

cobrar-lhe isso.

Surge então vindo pelo caminho da margem mais alta da fonte um

velho sábio, ele se assenta, coloca seu cajado no chão e pergunta

ao recém chegado.

Page 27: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

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Estás disposto a aprender o que jovem?

Olhando para a face amistosa do velho a jovem inteligência

decide então revelar o motivo de sua jornada.

—Estou em busca do conhecimento da honra de Deus meu velho.

O Sábio então, sem querer se revelar, de sua origem ou

proveniência, ordena com educação:

— Pequena luz da manhã aproxime-se da fonte tome de suas

águas.

A jovem Inteligência feliz com o convite, olhou em volta como

que desconfiado, se agacha e estendendo a mão toma da água

branca e caldosa.

Quando ela lhe toca os lábios sedentos seu rosto brilha começa a

brilhar como uma estrela de luz branca e reluzente. A água lhe

cai doce e saborosa...

O jovem olha então para o sábio em exultante alegria e vê o sábio

esboçando um sorriso de satisfação.

—Estas águas dilata minha alma Senhor, que posso fazer para

sempre ter desta fonte comigo?

O velho sábio levanta-se, pega seu cajado e a uma altura maior

que o local onde se encontrava a jovem inteligência declara com

majestosa vontade:

—Agora jovem inteligência... consagra sua alma compartilhando

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28

da doçura destas águas com as inteligências menores e maiores

que a ti darei para servir.

—E faça convênio comigo de respeitar suas livres escolhas

—E em troca, te darei por convênio diante desta fonte, minha

honra e reconhecimento de todas as outras inteligências para que

te exalte aos céus.

A jovem Inteligência então se ajoelhou e fez convênio com o velho

sábio de reconhecer sua mão e vontade e de servir as outras

inteligências sejam maiores e menores para que seu progresso

fosse limitado tão somente por sua sede.

Interpretemos agora, jovem inteligência, ao alcance destas letras,

quais são os pilares do Sacerdócio eterno?

1 - A Fonte – Revelação do poder Real Buscar o Senhor para uma investidura e autoridade para reger a ordem das inteligências.

2 - Beber da Fonte – Evolução no poder sacerdotal.

O Sacerdócio eterno evoluirá juntamente com você, através dos

dons antes preordenados e concedidos para este propósito.

Entender os princípios do governo servil das inteligências tornar-

se-á uma consequência, e não um efeito causador.

3 - Desejar servir a inteligências maiores e menores – a Doutrina

do Sacerdócio

A essência do sacerdócio rasga o véu aqui, a doutrina do

sacerdócio destilar-se-á sobre a alma como o orvalho do céu. O

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29

Espírito Santo será (o) companheiro constante, e (o cetro do poder

real), (um) cetro imutável de retidão e verdade; e (o) domínio será

um domínio eterno, sem ser compelido, fluirá (pela) eternidade. 21

A essência da doutrina do Sacerdócio não nos deixa esquecer que

somos instrumentos para a vida de outras pessoas....a partir do

momento que deixamos de utilizar o sacerdócio em benefício de

nossos irmãos e irmãs, já estamos quebrando o juramento e

convênio pelo qual o recebemos 22

O primeiro pilar (revelação pessoal) é a base inicial que

constrói a capacidade de reconhecer a vontade do Ser Supremo

que delega Seu poder; O ardor no peito não é tudo, quando se trata

de saber a sua vontade, é necessário que o discipulado seja uma

prática diária, tornar-se Seu amigo, e manter o vaso interior

limpo para que o Espírito possa nele fazer morada como Seu

templo, e crie assim uma identidade espiritual ―confiável à

―ordem das inteligências‖, a quem desejamos reorganizar e

governar;

A partir da revelação e conhecimento unidos tornar-se-ão

Inteligência. Podemos obter e usar o conhecimento em

iniquidade; Satanás desenvolveu seu poder por este princípio. Mas

21

D&C 121:45-46 22 Spencer W. Kimball

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30

a inteligência pressupõe a utilização racional e adequada dos

conhecimentos para a justiça e para obter a exaltação.

Pelo seu conhecimento, Lúcifer tem um tremendo poder e

influência sobre algumas luzes menores, mas é totalmente

desprovido de inteligência. Uma pessoa inteligente aplica seu

conhecimento para progresso nas coisas do Espírito; Ele se gloria

na justiça.23

O terceiro pilar, como compreensão do Sacerdócio, nos ensina

que usá-lo em benefício e a serviço de outras pessoas nos eleva a

seres evoluídos dentro dos critérios estipulados pelos Céus

mediante o Convênio e o Juramento do Sacerdócio.

Os poderes do sacerdócio sempre estarão ancorados à vontade

e autorização de Deus (a quem pertence o Sacerdócio) quando

necessários para criar, abençoar, abalar e destruir, limitar,

repreender, censurar e estender governo, domínio e compaixão à

ordem das inteligências.

O profeta Spencer W. Kimball em 1971 fez a seguinte

declaração em uma conferência Geral:

―estaremos aptos a ter acesso às inteligências do universo, e

organizá-las, e criar planetas e organizar reinos‖.

23

O Caminho da Perfeição pag. 225-231

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31

Esta doutrina abre nossas mentes sobre outras doutrinas

importantes ao entendimento do evangelho e ao Plano de

Salvação, ela vincula todo o trabalho da criação e organização do

Universo à Expiação de Cristo e sobre onde se concretiza o poder

do Sacerdócio Real nas mãos de homens simples e humildes que

ainda não são reis, mas que foram ordenados e investidos muitos

milênios atrás nesta santa vocação.

“O qual nos salvou, e chamou com uma santa vocação...antes

dos tempos dos séculos 24

Vamos explorar o lado cético, reconheçamos que o uso do

sacerdócio é abstrativo, que não necessita conhecimento para

exercê-lo, no que concordamos plenamente.

Mas é perigoso pensar que na gestão das coisas de Deus, que

ceifa onde não semeou e ajunta onde não espalhou 25, podemos

cumprir os desafios diferentes do mesmo modo. Sem evoluir em

luz e experiência.

“Que eles tenham domínio sobre ... e sobre toda a terra...26

24

II Timóteo 1:9 25

Mateus 25:24 – A Parábola dos Talentos 26

Moisés 2:26

Page 32: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

32

Lançaremos mão inicialmente de um instrumento para análise

deste ensinamento preconizado anteriormente e gerar uma

conclusão lógica – A Inferência.

A Inferência é um termo que estabelece a exploração de

possibilidades de uma determinada grandeza gerando como

consequência, uma conclusão lógica em função de fatos

observados, ou seja, é uma análise e conclusão tomando-se fatores

não conclusivos e parciais, e torna-lo conclusivo e verdadeiro.

Por exemplo, estamos na borda de um precipício, alguém nos

diz que se soltarmos um objeto ele com certeza cairá, isto porque

existe uma lei decretada na natureza, que define este fato,

chamada – Lei da gravidade.

A inferência nos indica que se soltarmos o objeto, em função

desta lei o objeto realmente cairá.

Fé ou crença é o resultado das evidências apresentadas a mente.

Sem evidências, a mente não pode ter fé em coisa alguma.

Acreditamos que a pedra cairá, quando estiver sem uma base de

apoio, baseados nas evidências de observações passadas em relação

a queda de corpos pesados. Acreditamos que continuarão a haver

dia e noite baseados nas evidências de experiências passadas

referentes a uniformidade das leis da natureza. Acreditamos que o

espaço é ilimitado, e que o tempo é sem fim, baseados em

Page 33: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

33

evidências apresentadas pela própria mente, que uma vez percebeu

o absurdo de que o espaço ou a duração sejam limitados.

Acreditamos em todas as verdades auto evidentes, na evidência

de que todas as proposições opostas a estas verdades são absurdas.

Concernente ao Sacerdócio, então para que se prove ser

verdadeiro bastaria uma única evidência de sua eficácia.

Acreditamos em todas as grandes verdades da ciência, sejam

pelas evidências ou por nossas próprias investigações, ou nas

descobertas de outros. Acreditamos nos fatos históricos nas

evidências do historiador. A fé em todo fato, declaração, verdade

ou proposição em que temos confiança, é, em todos os casos, o

resultado de evidências. Portanto, sem evidências, a fé não pode

existir. 27

A inferência não muda a lei, apenas avalia outras maneiras de

aplica-la gerando a necessidade de observação de seus resultados

ou tecer conclusões próprias de suas evidências diversas.

Iremos tentar outros meios de fazer este objeto cair alterando

os efeitos da lei da gravidade, colocamos então neste objeto um

pequeno paraquedas e o soltamos no precipício; Posteriormente

colocamos um longo tecido tentando diminuir a velocidade da

queda e testamos o resultado, e por final, amarramos o objeto a

um barbante e o descemos lentamente. 27

Fé Verdadeira por Orson Pratt -1842

Page 34: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

34

—Na análise de todos os meios testados o objeto continuou

caindo —

Logo a lei da gravidade é real e imutável, porém por mais

desnecessário que possa parecer, podemos controlar seu Modus

Operandi.

A Santa Vocação concede prerrogativas de representar o Verbo,

para o governo sobre as Ordens das Inteligências presentes em

tudo o que foi organizado e criado fisicamente, e sendo assim,

poderemos também declarar como Jacó:

“...de sorte que podemos verdadeiramente ordenar em nome de

Jesus e as próprias árvores ou as montanhas ou as ondas do mar

nos obedecem”28.

Árvores? Montanhas e ondas do mar? Porque estas

inteligências nos obedeceriam, como o fizeram a Jacó?

Para investigar a natureza dos poderes do Sacerdócio,

exploraremos a tese da inferência e evidências unindo fatos que

enriqueçam nossa capacidade para tomarmos conclusões pessoais

– Vamos criar uma base experimental utilizando o Sacerdócio

Real quando devidamente comissionados.

Toda das porções de terra e mares, astros para iluminar os céus

no dia e na noite por sete etapas milenares, repetindo o que foi

28

Jacó 4:6

Page 35: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

35

feito em muitos milhões de outros mundos, foi resultado de um

plano apresentado as inteligências maiores e menores.

Envolveu um trabalho coletivo de planejamento e de recursos,

mobilizaram deuses e sacerdotes, criaram e estruturaram os

elementos genéticos latentes para o surgimento da vida a nível

molecular e celular , foi organizado durantes muitos milênios um

sistema solar com milhares de Astros regentes chamados de Sol, e

os ativados arcos e órbitas gravitacionais perfeitos de outra dezena

de milhões de planetas com o objetivo de reger a Ordens

planetárias em campos gravitacionais menores e também do

planeta que chamamos de nossa casa. E ainda querem nos dizer

que tudo isso foi acidental?

“...E os Deuses viram que seriam obedecidos, e que seu plano

era bom . Abraão 4:21.

Este trabalho que durou alguns milhares de anos 29, segundo

nossa medida de tempo, e somente alguns dias pelo tempo do

Senhor na morada de Colobe, tinha por objetivo prover morada

para as inteligências mais desenvolvidas, os filhos espirituais da

Deidade e outras dos reinos animal, vegetal e mineral .

29

II Pedro 3:8 Abraão 3:4

Page 36: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

36

Não tema jovem inteligência, com certeza você poderá realizar

um trabalho de governo sobre inteligências bem menores do que

estas!

Page 37: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

37

Capítulo IV

As Inteligências são

Pérolas de Grande Valor

Há muito tempo que acredito na ideia do universo se basear

em símbolos, no sentido de uma coisa se referir a outra mais

profunda; uma coisa menor testificando de uma maior, elevando

nosso pensamento do homem para Deus, da Terra para o céu, do

tempo para a eternidade. . . . Deus ensina com símbolos; é sua

técnica preferida de ensino. —Orson F. Whitney30

30

Orson F. Whitney, “Latter-day Saint Ideals and Institutions” [Ideais e instituições dos Santos dos Últimos Dias], Improvement Era, August 1927, 851, 861.

Page 38: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

38

Ao examinar o capítulo 3 do livro de Abraão em pérola de

Grande Valor, encontramos a clara declaração de que alguns seres

são mais inteligentes que outros, muitas vezes nos sentimos

inquietos ao ler estas escrituras, e nos perguntamos em que escala

estamos na Ordem das Inteligências. Alguns se surpreenderiam!

As palavras e comparações estabelecem algo parecido com a

Grande Cadeia da Existência. É claro que uma hierarquia faz

parte desta descrição do universo. Naturalmente uma questão que

surge na nossa sociedade igualitária é

—Por que alguns seres são mais inteligentes que outros?

Esta questão nos leva a uma discussão do próximo assunto na

revelação do Senhor para Abraão. Ao revisarmos este conceito,

devemos nos conscientizar das duas definições de inteligência que

se encontram nas escrituras:

(1) a identidade não criada de cada indivíduo e

(2) ―luz e verdade.‖

Não estou convencido de que as duas definições sejam distintas

e não vinculadas uma à outra. Os dois se destinam a nos ajudar a

entender nossa natureza e nosso estado perante Deus. É Deus que

passa de um princípio para outro nesta revelação e ao estudarmos

seu raciocínio chegaremos a entender o que ele normalmente

ensina sobre nossa inteligência e nossa dignidade perante ele.

Page 39: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

39

A seção 93 do livro de Doutrina e Convênios é valiosa para nós

ao tentarmos responder a pergunta de por que certos seres são

mais inteligentes que os outros. Esta escritura nos ajuda a definir

inteligência.

Ela diz: ―A inteligência, ou seja, a luz da verdade, não foi

criada nem feita nem verdadeiramente pode sê-lo‖ e, ―A glória de

Deus é inteligência ou, em outras palavras, luz e verdade‖ 31

Isso indica que o grau de inteligência que possuímos depende

da quantidade de luz e verdade que já recebemos.

Esta seção também ensina como se recebe luz e verdade.

Descreve o processo pelo qual o Salvador passou, dizendo: ―No

princípio ele não recebeu da plenitude, mas recebeu graça por

graça; e a princípio não recebeu da plenitude, mas continuou de

graça em graça, até receber a plenitude‖ 32

Conhecer todas as coisas, ou obter conhecimento, é muito

importante. O Profeta Joseph Smith nos ensinou:

―O homem não se salva mais rapidamente do que recebe

conhecimento, pois se não obtiver conhecimento, será levado ao

31

D&C 93:36 32

(D&C 93:12–13).

Page 40: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

40

cativeiro por um poder maligno do outro mundo porque os

espíritos malignos terão mais conhecimento e, portanto, terão

mais poder que os homens aqui na Terra. Daí a necessidade de

receber revelação para nos ajudar e nos dar conhecimento das

coisas de Deus.‖ 33

A seção 93 de Doutrina e Convênios nos lembram que a quantia

de inteligência que recebermos dependerá diretamente de nosso

aproveitamento da luz e verdade que já recebemos.

Quando obedecermos à luz e à verdade que possuímos,

receberemos mais. Se desobedecermos ou não a aplicarmos,

perderemos o que havíamos obtido34. Se pausarmos para

calmamente perguntar ao Senhor quais são os princípios que

atualmente possuímos, mas não seguimos, o Espírito nos

responderá à pergunta.

Todas estas informações sobre a necessidade de obedecer à luz e

à verdade que recebemos se refletem nas visões de Abraão: ―E

33

Joseph Smith, citado em Bushman, Rough Stone Rolling, 436. 34

2 Néfi 28:30

Page 41: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

41

assim os provaremos para ver se farão todas as coisas que o Senhor

seu Deus lhes ordenar‖ 35

Suas visões também nos ensinam o princípio de que se

obedecermos à verdade que recebemos, ser-nos-á dada mais até

estarmos cheios de luz e verdade, mas se não obedecermos ao que

já temos, perderemos a luz e verdade que anteriormente foram nos

dadas: ―E os que guardarem seu primeiro estado receberão um

acréscimo; e os que não guardarem seu primeiro estado não terão

glória no mesmo reino que aqueles que guardarem seu primeiro

estado; e os que guardarem seu segundo estado terão um acréscimo

de glória sobre sua cabeça para todo o sempre‖

Talvez perguntemos: Por que Deus deseja nos provar? E por

que ele dá mais àqueles que recebem e retira daqueles não lhe

obedecerem?

Em contrapartida às instituições do mundo que nos ensinam a

conhecer as coisas, o evangelho de Jesus Cristo nos desafia a

tornar-nos seres de grande valor.

Muitas passagens da Bíblia e das escrituras modernas falam do

juízo final em que as pessoas receberão um galardão de acordo

com seus atos ou obras ou o desejo sincero de seu coração. Mas há

ainda outras passagens que ampliam esta ideia, referindo-se ao

35

Abraão 3:25-26

Page 42: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

42

fato que seremos julgados de acordo com o estado que atingirmos. .

. .

Baseando-nos em tais ensinamentos, concluímos que o

julgamento final não se tratará de uma simples avaliação do total

de atos bons e maus, ou seja, o que fizemos. Em vez disso, será um

reconhecimento do resultado de nossas ações e pensamentos, ou

seja, o que somos. Não basta só agir conforme os princípios

corretos sem seriedade. Os mandamentos, ordenanças e convênios

do evangelho não se tratam de uma relação de depósitos numa

conta celestial. O evangelho de Jesus Cristo é um plano que nos

ensina a nos tornar aquilo que Nosso Pai Celestial deseja que nos

tornemos. 36

Concluímos que nos encheremos de luz e verdade na mesma

proporção que obedecemos à luz e verdade que já temos. As nossas

perspectivas no juízo final serão determinadas em grande parte

pelo tipo de pessoa que somos e se conseguirmos tornar-nos seres

cheios de luz e verdade. Naturalmente a quantia de luz que

recebemos depende tanto de nossa obediência como de nossa

capacidade de receber a graça através de nossos esforços.37

36

Dallin H. Oaks, no Conference Report, October 2000 [Relatório da conferência geral de outubro de 2000], 40–41. 37

Cercando a Astronomia e os Egípcios - Religious Studies Center

Page 43: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

43

Capítulo V

Os Princípios Sempiternos do Sacerdócio

“Um tempo futuro, no qual nada será retido — se há um Deus

ou muitos deuses, eles serão manifestados.38

38

D&C 121:28

Page 44: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

44

Tão eterno como o Sacerdócio, são suas leis e princípios, seus

princípios corroboram com seus pilares e revelação, conhecimento

e fé. São determinados desde antes do que chamamos de ―eterno‖,

se é que podemos estender o tempo a tantas dimensões

incompreensíveis; Estes princípios são éditos reais das Deidades,

Inteligências maiores que emanaram poder e honra e

influenciaram inteligências subservientes, se baseiam nas leis de

conduta, na obediência a mandamentos estabelecidos e no

escalonamento de capacidade de inteligências mais antigas

receberem por direito governo sobre inteligências menores, ou

seja, sem conhecimento.

Estas Inteligências de eternidade a eternidade sempre

magnificaram condutas e valores inerentes ao sacerdócio:

1 — As Inteligências magnificam a Honra

2 — As Inteligências magnificam a Retidão

3 — As Inteligências magnificam a Ação

Page 45: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

45

1 - As Inteligências Magnificam a Honra

Albert Einstein já nos ensinava esse principio, dizia ele que as

coisas que não sabemos literalmente NÃO existem, portanto, o

nosso universo será do tamanho de nosso conhecimento.

Este é um conceito muito importante que o SENHOR nos

ensinou pela simplicidade do Evangelho (porque não deve existir

a ideia de humanidade indouta nos Mistérios de Deus – Pois

onde há mistérios, há respostas) mas não são concedidas sem

propósito, devem ser buscadas e inferidas As respostas são

favorecidas aos que buscam com sabedoria e fé, pois são de origem

espiritual, e assim sendo não podem vir de outras fontes senão por

intermédio de revelação pessoal.

“E quando recebemos uma bênção de Deus, ministrada pelo

sacerdócio ou pela fé de quem solicitou esta benção, foi por

obediência à lei na qual ela se baseia, ou a obediência ao

princípio da fé.” 39

E quando não é reconhecida a obediência a uma lei específica

mas não é negada a benção aos que ―recebem a ação‖? 40

39

D&C 130:21 (Grifo do autor) 40

2º Nefi 2:14

Page 46: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

46

Como se justifica então?

Quando o Jesus Cristo operava algum milagre, alterando a

natureza celular e biológica de corpos físicos doentes, aleijados,

decompostos, Ele sempre os despedia declarando:

—Vai, a tua Fé te Salvou.

No desejo de identificar uma relação doutrinária entre basear

alguma benção a uma lei específica o Cristo já a declarava.

A fé está logo abaixo na precedência dos mandamentos da Lei:

Primeiramente demonstrando Obediência, e por prerrogativa

então, não sendo possível a todas os filhos espirituais possuírem o

dom da obediência, ELE aceitava a manifestação da Fé, elemento

e princípio do evangelho já louvado e recompensado deste pré-

existência.

Por causa da fé, obediência, dons espirituais. Manifesta-se

então o princípio de que as inteligências possuem a capacidade de

identifica-lo.

É nesta capacidade que se inclui os poderes do Sacerdócio.

O Sacerdócio como poder tem a capacidade de receber e

conceder benções e ações sobre outras inteligências que a vista do

princípio da retidão, não foram merecidas, por este motivo se

manifesta o poder da divindade em suas ordenanças, poder de

Page 47: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

47

perdoar, compaixão e amor, lendo entre linhas ―esta é a Doutrina

do Sacerdócio‖.

O Senhor Jesus Cristo sempre que curava o corpo também

curava a alma, e perdoava os pecados de seus irmãos espirituais

mesmo como inteligências subservientes.

A função maior do sacerdócio é cumprir aos que vivem o

ordenamento de leis dos Reinos de glória servir e ministrar aos

que vivem o ordenamento das leis dos reinos menores - Terrestrial

e Telestial.

A mercê de dezenas de histórias descritivas deste princípio no

novo testamento não há necessidade de replica destes, neste ponto

da escrita criativa.

Page 48: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

48

2 - As Inteligências Magnificam a Retidão

“Pois a inteligência apega-se à inteligência...41

―Os direitos do sacerdócio são inseparavelmente ligados com os

poderes do céu e (…) os poderes do céu não podem ser controlados

nem exercidos a não ser de acordo com os princípios da retidão.‖ 42

Segundo a definição no dicionário Michaelis a palavra Retidão

define a natureza do homem, a linha de conduta e o status diante

de Deus. A palavra retidão, embora defina um status intencional

induz a ação de permanência no caminho metaforicamente

retilíneo, sem curvas ou desvios.

Retidão

Conformidade com a justiça, com a lei, com a razão,

com o direito; justiça, legalidade. Integridade de

caráter. Lisura de procedimento.

O Senhor requer que tenhamos a capacidade de compreender

nosso status diante Dele, se estamos permanentemente aptos a

exercer a delegação de Seus poderes concedidos por meio de

Juramento e Convênio como descrito em Doutrina e Convênios.

Os Sacerdotes recebem-no por juramento não-verbal, bem como

por convênio. Quando os sacerdotes são fiéis e magnificam os seus

41

D&C 88:40 42

D&C 121:44

Page 49: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

49

chamados conforme as instruções de Deus, Ele os abençoa.

Aqueles que forem fiéis até o fim e fizerem tudo o que Ele requer

deles, receberão tudo o que o Pai possui 43

Aos que fazem este convênio o Senhor exige que estejam em

constante renovação espiritual, que o processo de arrependimento

seja tão constante quando o respirar, requer que os Sacerdotes,

semanalmente renovem seus convênio através das oblações por

meio do Sacramento nas reuniões dominicais.

Requer que se arrependam de lapsos contínuos, de seus pecados

nos ciclos semanais, sendo a maneira mais suave diante da

responsabilidade que cada um possui de magnificar sua vocação

que sobre eles foi investida e aceita. Para esta condição é também

necessário a compreensão do Sacrifício Expiatório de Jesus Cristo

viabilizando limpar o ―Vaso Interior‖ pelo arrependimento

pessoal e contínuo. Os sacrifícios inerentes a este processo de

pureza espiritual passa pela oferenda de um – Coração

quebrantado e um Espírito Contrito.

É sábio reconhecer que Não é requerido dos portadores do

sacerdócio Serem perfeitos, mas buscar a perfeição é, demonstra

compreensão do processo de arrependimento e da expiação de

Cristo, essência do evangelho, denota a necessária dependência da

fonte real da força e poder do Santo Sacerdócio.

43

D&C 84:33–39

Page 50: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

50

3 - As inteligências Magnificam a Ação

A inteligências confiam em você?

O profeta Joseph Smith ensinou que a fé é um princípio de ação

e poder. Nós aprendemos que a fé é a certeza que os homens têm

da existência das coisas que Ele não viu, e o princípio de ação em

todos os seres inteligentes.

Estes seres inteligentes inferem a fé em inteligências menores

por meio da ação – A resultante da reação delas chamamos efeitos

do poder ou honra sobre as pequenas Inteligências que confiam

nesta convicção e certeza do agente da ação.

Se o homem considerar a si mesmo, e refletir sobre as operações

de sua própria mente, descobrirá rapidamente que é a fé, e

somente a fé, a causa movente de toda ação, e que sem a mesma,

tanto o corpo quanto a mente estariam em um estado de

inatividade, e todas as ações cessariam, tanto físicas quanto

mentais.

A ação é o alicerce para a manifestação do poder,

principalmente do poder Real, pois ele consiste na força, na

autoridade, na voz do Verbo, sendo o interlocutor apenas um

representante de Jesus Cristo que manifesta a mesma confiança e

força na tarefa. Nisto as Inteligências confiam e retribuem a

Page 51: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

51

confiança do interlocutor que atua no sacerdócio na mesma

medida de confiança e certeza que ele tem e aplica sobre elas.

Sempre que trabalhamos para alcançar uma meta digna,

demonstramos fé por meio de evidências anteriores e por meio da

ação convicta.

Manifestamos nossa esperança e energia em algo que ainda não

podemos ver. A esperança não é somente um desejo, deve ser o

prefácio do agir, do fazer da certeza de romper as barreiras do

impossível e receber dos Céus apenas o que não podemos fazer por

nós mesmos, todo o restante deve ser realizado pela força e energia

da autoridade e poder que nos foi delegado para realizar a ação.

Lembro-me de Amon e sua espada afiada que teve de dilacerar

tantos braços para ganhar a confiança do Rei Lamoni, e mostrar

ao Senhor que sua fé ia além do desejo, do esmorecer na sombra e

esperar que Deus fizesse o trabalho duro.

―Mas a fé não é somente um princípio de ação, mas também de poder, em todos os seres inteligentes, seja no céu ou na terra. 44

44

Dissertações na Fé - 1833

Page 52: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

52

Capítulo VI

Manifesta-se a Honra das Inteligências

Para Vosso proveito e instrução...

Page 53: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

53

Néfi ensinando a seus filhos sobre a criação esclareceu o

seguinte: Ou somos inteligências servindo a humanidade, ou

estamos nós sendo passivos e recebendo a ação de inteligências

superiores, deuses com o poder do sacerdócio, agindo sobre nós:

“ E agora, meus filhos, digo-vos estas coisas para vosso

proveito e instrução; pois existe um Deus e ele criou todas as

coisas, tanto os céus como a Terra e tudo o que neles há, tanto

as coisas que agem como as que recebem a ação.” 45

Por certo devemos acreditar que Néfi se referia coisas

(Inteligências maiores) agindo sobre coisas menores

(Inteligências menores), ou poderes maiores exercendo domínio

justo, no que concerne a criação pois as escrituras nos dizem que o

deuses operaram a autoridade sacerdotal na criação da Terra e

eles esperaram as inteligências obedecerem livremente, não as

compelindo.

É correto pensar que se decidirmos não mais usar o sacerdócio

com o propósito correto de Servir dentro dos padrões de dignidade,

encobrindo nossas falhas e não nos arrependemos delas, estaremos

somente querendo agir sobre as inteligências menores e exercer –

Injusto Domínio.

É replicar a intensão de Lúcifer, a Estrela da Alva, uma das

inteligências mais desenvolvidas, filho espiritual do Pai, e que no 45

2º Nefi 2:14

Page 54: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

54

grande conselho dos deuses se impôs seu maior intento, ser maior

que o Altíssimo, e para isso deveria receber a Honra das

inteligências do Universo, mas não a sua confiança.

—Dai-me tua Honra.

Lê-se nas entre linhas,

—Dê-me teu poder sobre as inteligências e elas me honrarão.

Pois eu as preservei, pois no meu plano, não há risco das grandes

e nobres inteligências se perderem, não irão regredir a

inteligências menores.

A declaração de desabafo do Pai, referindo-se a Seus filhos que

falham quando são seduzidos pelo deslumbre deste mesmo desejo

de Lúcifer:

―Aprendemos, por tristes experiências, que é a natureza e índole

de quase todos os homens, tão logo suponham ter adquirido um

pouco de autoridade, começar a exercer imediatamente domínio

injusto.‖

Qual o risco de se aplicar ―Injusto domínio‖ sob a ótica da

doutrina do progresso eterno das inteligências?

O de replicar o desejo de Lúcifer

– Coloquemos camisas de força nas inteligências, suprimamos

seu livre arbítrio e assim elas não se perderão, e também não irão

Page 55: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

55

evoluir...pois a parte mais importante do domínio dado ao homem

é o Autodomínio. 46

As Rebelião ou Revolução é a principal consequência nas

decisões de toda inteligência, sob domínio injusto. E em alguns

casos consideradas justas e/ou justificáveis.

A prerrogativa do Sacerdote é saber que exercer o ―servir‖ com o

governo sacerdotal, não pode ter critérios mesquinhos. Estes

propósitos devem ser unicamente o de prover o necessário até que

se tornem auto suficientes em sua capacidade de obedecer

retomando os trilhos de seu progresso eterno. 47

Podemos sugerir um milhão de ―coisas agindo sobre coisas‖ que

os sacerdotes podem prover auto suficiência por meio do

Sacerdócio.

Vejamos algumas sugestões do poder Sacerdotal:

1. Abençoar a estrutura da moradia que não queremos que

caia sobre uma família que reside naquela casa.

2. Abençoar um animal de estimação que está enfermo

quando isto for muito importante para a família.

3. Abençoar um bem material que representa o sustento de

uma família.

46

Élder Sterling W. Sill – Conference Report - Outubro 1963 pags 77-78 47

Abraão 4:21,25

Page 56: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

56

4. Consagrar uma cidade inteira a obra missionária em

momentos de grande dificuldade deste trabalho.

5. Em situações criticas usar o sacerdócio como chamado

para que venha o socorro imediato.

6. Consagrar uma cidade ou região como mercado de

trabalho para os justos, que guardam os mandamentos.,

para não fiquem desempregados.

7. Exercer a liderança teocrática da Igreja de Jesus Cristo;

8. Atuar em conselhos representativos da Igreja de Jesus

Cristo;

9. Servir aos santos do Último Dias em assuntos que exijam

revelação pessoal e chaves familiares;

10. Receber chamados com as chaves do Sacerdócio;

11. Servir os Santos nos assuntos de dignidade pessoal

quando em chamado para isso;

12. Manipular e operar alterações nos elementos da

natureza;

13. Reconhecer dons Espirituais;

14. Aplicar a doutrina do Sacerdócio segundo D&C 121:45

15. Reconhecer a possessão de espíritos imundos.

16. Efetivar a ordenança de Exorcismo de pessoas possessas.

17. Conceder Benção de Cura e de Saúde.

18. Conceder Benção de Consolo.

Page 57: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

57

19. Comandar as intempéries da natureza em ambiente de

sinistros.

20. Abençoar membros da família na iminência de grandes

desafios.

21. Conceder bênção de consolo e passamento em pacientes

terminais segundo revelação do Senhor.

22. Santificar os cômodos residenciais.

23. Conferir o Sacerdócio e Ofícios do Sacerdócio.

24. Conceder chamados, quando em exercício das chaves do

Sacerdócio.

25. Ordenar missionários de tempo integral.

26. Estabelecer domínio sobre inteligências inferiores

quando movidos pelo Espírito Santo.

27. Selar ordenança de ―limpar o pó dos pés‖ segundo

orientado pelo Espírito Santo. (Esta ordenança não deve

ser realizada motivada pelo ódio)

28. Invocar os poderes de anjos e guardiões para proteção

pessoal.

29. Ter acesso às inteligências do universo, e organizá-las, e

criar planetas e organizar reinos. (Realizada além do Véu

da morte)

30. Exercer a prerrogativa de ordenamento para gerar

filhos espirituais com os nossos corpos ressuscitados.

(Realizada além do Véu da morte)

Page 58: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

58

31. Realizar as ordenanças nos templos como: Unção,

Selamento matrimonial e Investiduras a favor de vivos e

vicariamente pelos antepassados.

O Sacerdócio quando conferido aos homens tem entre outros

objetivos, tornar o seu portador um homem melhor e manifestar o

poder da Divindade, é uma instrumento que não pode ser

guardado, esquecido ou mesmo escondido. Quem o recebe faz

convênio de usa-lo mediante dignidade e em representação do

Senhor Jesus Cristo, sua essência é a ação quando nos movemos

de íntima compaixão sem dolo e compulsão, pois a compulsão é

algo alheio ao reino de Deus.

No que diz respeito ao exercício do Sacerdócio pelos mortais, há

um rigoroso mandamento de que somente deve ser usado "com

benignidade e conhecimento puro, que grandemente ampliarão a

alma sem hipocrisia e sem dolo", pois ―...Nenhum poder ou

influência pode ou deve ser mantido em virtude do sacerdócio, a

não ser que seja com persuasão, com longanimidade, com

mansuetude e ternura, e com amor não fingido.‖ 48

Sabemos que, se qualquer um tentar o uso da força ou da

compulsão pelo poder do sacerdócio, ser-lhe-á tirada a autoridade.

48

D&C 121:41-42.

Page 59: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

59

Compulsão e força são princípios pertencentes ao reino de

Satanás. Nelas se baseia o seu reino e, devido a elas, cairá. 49

Mosias no Livro de Mórmon, soube vincular bem as ações e

atributos inerentes ao serviço a favor do próximo representando o

primeiro consolador:

Servir ao Próximo é interceder a Ação representando as

manifestações e atributos do próprio Senhor.

“E eis que vos digo estas coisas para que aprendais

sabedoria; Para que saibais que quando estais a serviço do

próximo, estais somente a serviço de vosso Deus.50

O Profeta Joseph Smith em um momento crítico de sua vida,

enquanto encarcerado já a muitos meses em uma prisão cuja

altura nem o permitia ficar de pé, em sua angustia recebeu a

certeza de que todo o sofrimento que passava se instanciaria

apenas como ―um momento‖.

São claras as intensões de um Deus que concede Sua

autoridade a seus filhos justamente para que esta seja um bálsamo

em momentos assim, de condição e necessidade. “...que tuas

entranhas também sejam cheias de caridade para com todos os

homens e para com a família da fé; e que a virtude adorne teus

49

Caminho da Perfeição – Joseph Fielding Smith pag. 161 - 162 50

Mosias 2:17

Page 60: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

60

pensamentos incessantemente... e a Doutrina do Sacerdócio

destilar-se-á sobre tua alma como o orvalho do céu. 51

É neste interim que se manifesta ―...a serviço do próximo‖, se

escarnece aqui a visão da Deidade para Seus filhos e o servir passa

a ser chamado de ―Doutrina do Sacerdócio‖.

Em poucos momentos e circunstancias o Sacerdócio é utilizado

para outros fins senão o de promover o progresso eterno das

inteligências, esses aspectos são de natureza mais destrutivas,

muitas vezes citadas nas escrituras.

Veremos mais a frente quando isso acontece e qual a relação

das Inteligências e o sacerdócio como força destrutiva.

51

D&C 121:45

Page 61: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

61

Capítulo VII

A Inteligência se apega a Inteligência

Page 62: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

62

Aproximadamente 1450 anos antes do meridiano dos tempos,

em que o Redentor Universal escolhido por nós na madrugada de

nossa existência, monte Sinai e em suas redondezas, encontramos

Moisés em conversação com o Senhor porque ele temia os egípcios;

Ele teve grande medo por que seu chamado exigia o seu retorno a

terra dos faraós com uma missão muito difícil, tirar seu povo do

cativeiro, ele não sabia ainda como.

Até aquele momento ele não conhecia o verdadeiro poder do

Sacerdócio que recebera pelas mãos de seu sogro Jetro, pai de

Séfora (ou Zipora em Aramaico). E vendo o medo que dominava o

coração de Moisés, o Senhor decidiu dar-lhe um ―treinamento

básico‖ metaforicamente falando, acerca dos padrões de

organização que Ele utilizou nas inumeráveis inteligências, Elas,

as mesmas que foram organizadas na criação da Terra para se

combinassem formando os elementos da matéria inanimada e

também dos corpos físicos dos seres vivos; E ordenando-as

observou as diversas leis que cada uma delas decidiam obedecer

(Abraão 4:10,12 e 18), pois não podiam ser compelidas, Eram aos

olhos do Criador, somente elementos organizados e unidos a uma

porção finita de Inteligência ; Ele então ensinou a Moisés que

estes inumeráveis elementos são controlados pelo Santo

Page 63: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

63

Sacerdócio, e isto somente poderia acontecer através de

ordenanças específicas.

Moisés aprendeu que o Pai Celestial é capaz de falar a todas as

inteligências de modo a torná-las novamente em pó quando quiser

ou dizer-lhes tal como disse à mão de Moisés, Êxodo 4:6-7 (Grifo

meu).

"Moisés mete a tua mão em teu seio" e quando Moisés meteu a

sua mão em seu seio o Senhor disse para aquelas pequenas

inteligências: "Agora meus pequenos filhos transformem-se,

talvez ......em....lepra" . Depois disse a Moisés: "Moisés tira a tua

mão para fora" . Lepra, incurável, dominava toda a sua mão

prestes a transformar-se de novo em pó. Disse o Senhor a

Moisés: "Moisés mete de novo a tua mão em teu seio" . Deus

disse às pequenas inteligências: "Agora meus pequenos filhos,

cada um aos seus lugares iniciais" . Quando Moisés tirou a mão

já se encontrava normal, rosada, forte e limpa.

Este pequeno curso intensivo do poder do sacerdócio foi

descritivo e prático, Moisés como todo ser humano comum,

embora já soubesse com Quem estava a falar, não entendia ainda

que as grandes criações de Jeová, eram inteligências consortes aos

mesmos objetivos da grande obra que já havia sido concluída em

Page 64: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

64

muitos outros mundos, e que a extensão desta criação era

totalmente conhecida Dele.

Estas Inteligências, utilizadas na criação deste mundo que

hoje é a nossa casa, foram organizadas e unidas aos vastos

elementos materiais disponíveis no Universo e escalonadas nas

diversas categorias para que cumprissem os propósitos de sua

criação.

Elas são independentes, e agem voluntariamente. Não são

jamais compelidas, e os Céus, em qualquer momento em que

ordenou seu reordenamento esperam nelas até que obedeçam,

Exatamente como nós.

Em condições muito posteriores, no meridiano dos tempos,

vimos este processo ocorrer narrados nas escrituras.

O Sacerdócio deu a voz de comando a uma baleia para que

a caminho do mar de Nínive engolisse Jonas?

O Sacerdócio deu a voz de comando aos peixes do Mar da

Judéia para que entrassem ordenadamente na rede dos

barcos de Pedro e seus pescadores?

O Sacerdócio deu a voz de comando para que a figueira

que não dava frutos, justamente quando seu Senhor estava

com fome, que morresse de imediato. Etc. etc, etc...

Page 65: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

65

Estas Inteligências são escalonadas, da menor para a maior, a

maior delas todas é o próprio DEUS, e nós estamos no meio desta

escala. Algumas delas foram designadas para se tornarem plantas,

outras animais, e aquelas que eram as muito especiais,

inteligências extremamente desenvolvidas a ponto de até mesmo

serem portadoras da mesma autoridade do Criador para organizar

inteligências assim como o Pai fez desde o princípio, foram-

lhes concedidas corpos feitos à imagem de seu Criador, Jeová. Nós

somos essas inteligências, e somos especiais. Nós somos ...a geração

escolhida e sendo chamados e preparados desde a fundação do

mundo, segundo a presciência de Deus, por causa de nossa grande

fé e boas obras, sendo primeiramente livres para escolher o bem

ou o mal; portanto, tendo escolhido o bem e exercendo uma fé

muito grande, fomos chamados com uma santa vocação, sim, com

aquela santa vocação que nos foi preparada com uma redenção

preparatória e de conformidade com ela.‖ (Alma 13:3 Grifo Meu)

E ainda sem a inferência, sem termos exercido fé e colocado a

prova a supremacia do Santo Sacerdócio sobre os elementos

poderiam até perguntar: - Preciso saber disto para exercer o

Sacerdócio?

- Não diria eu, mas não esquecendo que quase em sua maioria,

os Elderes de Israel receberam dons espirituais, o Senhor espera

que como dádiva, estes dons sejam aperfeiçoados, como um talento

sendo multiplicado pelo juramento do Sacerdócio.

Page 66: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

66

E isto seria com certeza uma preocupação que o Pai Celeste

tem com seus filhos espirituais que são portadores do Sacerdócio

eterno ele diz: ―Meu querido filho, seja responsável com o

Juramento e Convênio do Sacerdócio que fizeste comigo pois...‖É

impossível ao homem ser salvo em ignorância.‖ 52

52

D&C 131:6 (grifo do autor).

Page 67: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

67

Capítulo VIII

As Inteligências Conosco no Princípio

“ Eu sou o Senhor teu Deus, eu sou mais

inteligente que todos eles.53

53

Abraão 3:19

Page 68: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

68

O processo pelo qual a criação aconteceu, seus detalhes ao longo

de Sete etapas, engajou um trabalho de união dos elementos,

tornando-os suscetíveis ao aperfeiçoamento. Foram apresentados a

nós na pré-existência, lá conhecemos suas peculiaridades e

importância, até porque, eram muitas delas, inteligências muito

mais desenvolvidas e que estavam dispostas a nos servir. Foi

importante saber disso, preparou o nosso entendimento e

expectativa para a esperada experiência mortal – O Segundo

Estado.

Para entender estas grandes e pequenas inteligências

abordaremos 20 características que definem sua natureza coletiva,

vamos no entanto, abstrair o ponto em que elas estão na escala de

progresso eterno, no extremo esquerdo desta escala estão as mais

elementares que não conseguiram se sobressair no processo de

aprendizagem (por exemplo os pequenos animais e insetos), e no

outro extremo da Escala a mais alta e desenvolvida inteligência –

O Pai Eterno.

Todos os elementos não refinados da Terra (matéria dos reinos

animal, vegetal e mineral), possuem uma inteligência finita e

obediente unida a eles, Agora escutem as palavras de Brigham

Young discutindo este principio:

"Há luz ou inteligências em toda a matéria através da vasta

extensão das eternidades. Ela está nas rochas, na areia, na

Page 69: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

69

água, ar, gases em todos os tipos de matéria organizada, seja

ela sólida, liquida ou gasosa, partícula operando partícula".

De repente começamos a ter a visão do milagre da criação de

Deus. Ele vai ás trevas exteriores das inteligências desorganizadas

e organiza pedaços de elementos, combinando-os para que uma

pequeníssima porção de matéria tenha uma inteligência e assim

ele pode comandá-las e se combinarem de certas maneiras. O

Senhor diz: "Eu dei um padrão a cada uma delas, que se torna a

Lei pela qual elas agem". Algumas inteligências aceitaram a

passagem de eletricidade e outras ofereceram resistência, algumas

combinar-se-ão com várias coisas e teremos como resultado uma

combinação.

Duas partículas de hidrogênio e mais uma de oxigênio, formam

aquilo a que chamamos de água. Isso acontece porque é assim que

elas estão organizadas. Elas estão tão maravilhosamente

organizadas que podemos agarrar uma pequena e complexa

organização chamada célula, que vai ser fertilizada por outra

célula, e em nove meses devido à organização do DNA (que foi

estabelecida por uma inteligência superior que é o nosso Pai

Celestial) ela se desenvolverá em milhões de milhões de células até

se tornar num ser humano. E tudo segundo um modelo.

Page 70: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

70

Todas estas maravilhosas inteligências reconhecem o

Sacerdócio como o poder que as organizou e ouvem e atendem a

voz de comando, quando autorizada por Deus:

1- São entidades organizadas, mas, jamais criadas por Deus;

2- Evoluíram até o ponto limite, Ciclo a Ciclo. Como nós até o

momento.

3- Inteligências superdesenvolvidas tornaram-se filhos

espirituais da Deidade;

4- Vivem segundo uma lei específica que define seus padrões de

organização.

5- Possuem o livre Arbítrio, são independentes e não podem ser

compelidas.

6- São constituídas de consciência e obedecem ao Sacerdócio

Eterno para se reorganizar.

7- Reconhecem e obedecem a inteligências superiores.

8- Reconhecem e obedecem aos comandos do Santo Sacerdócio.

9- Podem voluntariamente servir inteligências inferiores.

10- Unem-se a outras Inteligências para cumprir os propósitos

no plano de salvação.

11- Adquirem conhecimento e evoluem se quiser.

12- São capazes de entender e exercer Compaixão.

13- Os céus esperam nelas até que obedeçam.

14- Toda matéria tem sempre contida um elemento finito de

inteligência.

Page 71: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

71

15- As inteligências em criaturas vivas tem o hábito de se

rebelar, gerando enfermidades.

16- Tem um padrão individual que se tornam lei pelo qual agem.

17- As inteligências obedientes são os elos de execução dos ciclos

de existência de cada mundo que está diante do Senhor e é

conhecido por Ele.

18- As inteligências são as entidades que exigem a justiça e

requerem o arrependimento de inteligências superiores ou

inferiores para que retornem a Deus.

19- São o principal motivo da construção do plano de expiação e

redenção entre as inteligências evoluídas por Deus.

20- Permitem que seu estado de rebeldia cesse por comando do

Sacerdócio.

Dentre vinte características, cinco serão nosso objeto de estudo:

Uma análise desses itens requer a abstração do conceito comum,

ou seja, desconsideramos a opinião, crença e natureza científica,

porque estes, não estão em julgamento; Também não serão

considerados os meios pelos quais os fatos aconteceram, como

aconteceu não será nosso foco, o mais importante é ―saber‖:

“Não existe algo como matéria imaterial. Todo espírito é

matéria, mas é mais refinado ou puro e só pode ser discernido

Page 72: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

72

por olhos mais puros; Não podemos vê-lo; mas quando nosso

corpo for purificado, veremos que ele é todo matéria..” 54

“O espírito do homem [é] à semelhança de sua pessoa.55

Jesus ensinou o seguinte, na ocasião em que o irmão de Jarede

viu o corpo pré-mortal do Senhor: “Vês que foste criado

segundo minha própria imagem? Sim, todos os homens foram

criados, no princípio, a minha própria imagem.

( … ) Este corpo que ora vês é o corpo do meu espírito; e o

homem foi por mim criado segundo o corpo do meu espírito; e

assim como te apareço em espírito, aparecerei a meu povo na

carne.” 56

Vemos que o desenvolvimento do espírito traz consequências

eternas. Os atributos pelos quais seremos julgados são aqueles

que pertencem ao espírito. Eles incluem virtudes como a

integridade, a compaixão, o amor e ações derivadas destes

atributos e como nossos corações se alteraram com elas. O espírito

que se abriga em seu corpo é capaz de desenvolver-se e manifestar

esses atributos de maneiras que são vitais a seu progresso

eterno.57

54

D&C 131:7-8 55

D&C 77:2 56

Éter 3:15–16. 57

Ver 2 Néfi 2:11–16, 21–26; Morôni 10:33-34

Page 73: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

73

O espírito e o corpo, quando reunidos, tornam-se uma alma de

valor transcendental. Nós realmente somos filhos de Deus, tanto

no sentido físico quanto espiritual.

O primeiro filho espiritual que recebeu um corpo espiritual como

já vimos anteriormente em Eter 3:15-16 foi Nosso Salvador Jesus

Cristo, Ele é o primogênito – o primeiro o Alfa e o Ômega, O

princípio e o fim. Nele somos glorificado e isso significa que nós,

por sua graça, fomos como inteligências Superdesenvolvidas

unidas a um corpo espiritual e evoluímos sendo aperfeiçoados em

atributos tais como: ―fé, ( … ) virtude, ( … ) conhecimento, ( … )

temperança, ( … ) paciência, ( … ) bondade fraternal, ( … )

piedade, ( … ) caridade, ( … ) humildade ( … ) [e] diligência.‖

Segundo definido em D&C 4:6;

As inteligências são constituídas de consciência, e obedecem as

Inteligências Superiores e ao Sacerdócio.

Abrindo o livro de Pérola de Grande Valor, os portadores do

Sacerdócio descobrem que este nome é forte e justificável mas que

na verdade não é uma auto denominação, acredito até que a pérola

de grande valor se refere mais ao santo e eterno Sacerdócio.

Muitas são suas referências do poder que nós temos nas mãos. Em

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74

Abraão Capítulo 4 versículo 18 se faz mais uma destas referências

de importante necessidade de interpretação, mesmo em contexto

hermenêutico...

“...E os Deuses viram que seriam obedecidos, e que seu

plano era bom.58

Um organismo vivo, permanecer consciente significa que tem a

capacidade intelectual de pensar, sentir, exercer decisões e

reconhecer sua origem, ou seja, conhecer e reconhecer a força pela

qual foi criada. Não estou a descrever um ser dotado de ―crença‖,

estou a declarar que os seres vivos ―sabem‖ quem os criou e a quem

devem obedecer se chamados a se reorganizar. Posso citar duas

Inteligências que se reorganizam sob o comando do sacerdócio;

Um a ciclos milenares e outro a ciclo diário, para ilustrar estas

características em suas esferas de existência:

O sol, nosso Astro quente no nosso Sistema Solar em um ponto

exterior da orla da Via Láctea e o seu Pâncreas.

Sim, seu pâncreas ele tem a capacidade padrão de se renovar a

cada 24 horas abstraindo o estado de seu corpo dia-a-dia, os órgãos

do corpo humano também são inteligências, assim como ossos,

sangue e tecidos, todo o nosso corpo é interligado por pequenas

58

Abraão 4:21

Page 75: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

75

inteligências, os quais nós administramos com alimentos,

exercícios derivando saúde; Estes órgãos são alimentados com

sangue, o fluxo de vida em nossos corpos físicos; E o cérebro, a

mais complexa estrutura humana que tem um potencial de uso

ainda muito pequeno, nós humanos temos uma capacidade

cerebral menor que o Golfinho.

Já o sol, a estrela mais quente do nosso pedaço de Universo, em

ciclos milenares, fornece energia as outras inteligências

planetárias e lunares na nossa Via Láctea, sim este sol, que tem

um tamanho proporcional a 300 vezes o tamanho da Terra, já foi

interpelado e ordenado a ceder ao comando do sacerdócio eterno,

ocorrido registrado no Velho Testamento:

‖ ...Josué falou ao Senhor no dia em que ele entregou os

Amorreus nas mãos dos filhos de Israel, e disse em presença dos

israelitas: Sol, detém-te sobre Gabaon, e tu, ó lua, sobre o vale de

Ajalon.

―E o sol parou, e a lua não se moveu até que o povo se vingou de

seus inimigos.... O sol parou no meio do céu, e não se apressou a

pôr-se pelo espaço de quase um dia inteiro.‖ Os céticos da ciência

adoram dizer que isto é uma loucura e que tal não é possível sem

que se destrua o Sistema Solar inteiro, o que você acha? Os

poderes de Deus são limitados a lógica científica? Cabe lembrar

que como inteligência o Planeta Terra tem consciência de quem

Page 76: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

76

deve obedecer ao Sacerdócio, o mesmo acontece com todos os

planetas e astros que os criou, e isso não é uma lógica científica, é

um fato inferente.

A Intervenção de Josué como Senhor do Sol não foi a única

conhecida por nós na análise das escrituras, podemos citar:

- O próprio Moisés comando as inteligências das águas do Mar

Vermelho, das rochas do deserto brotando água, das cobras das

serpentes e animas a serviço do Senhor e do maná dos céus;

- Do desafio de Elias no embate com os 450 profetas de Baal (I

Reis 18:1-45) em que não só teve controle da capacidade de

inflamar a própria água alterando suas características químicas

como também controlando as nuvens para desencadear raios sobre

o holocausto e os incendiá-los no lugar e horário correto, nem se

poderia alegar que foi coincidência pois não havia nuvens, um

flagrante fenômeno que demonstra os poderes do Sacerdócio sobre

a química e sobre a eletricidade, caracterizando estas fenômenos,

não descobertos, como Inteligências a serviço de outras

inteligências superiores, o homem.

- Os temores de Néfi, filho de Néfi, quando aflito por seu povo,

que iminentemente estava prestes a ser destruído, pediu a Deus

que ouvisse suas orações ‖...e aconteceu que as palavras que Néfi

ouviu se cumpriram segundo o que fora dito; pois eis que, ao pôr-

do-sol, não houve escuridão; e o povo começou a admirar-se,

Page 77: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

77

porque não houve escuridão quando chegou a noite.‖ O fato de não

haver escuridão foi o símbolo que o Salvador escolheu para

atribuição do fato de que Ele, aquele que estava conosco nas eras

milenares anteriores, quando apresentou o plano que era bom

para nós, estava para nascer no dia seguinte, iniciaria a

dispensação da plenitude dos tempos e traria a luz do evangelho

Seus filhos espirituais que apoiaram e defenderam o plano. Não

houve outro homem em vida mortal que demonstrasse tanto poder

sobre as inteligências quanto o Salvador Jesus Cristo, quando

desde os primórdios de antes da fundação do mundo já aprendia

com Seu Pai como ordenar estas inteligências e ser obedecido.

Com isso Ele revelou que estava na Terra para nele se manifestar

a glória de Seu Pai. Em tudo via motivo de citar esta glória que

em entendimento claro deveria era o poder do Sacerdócio que

recebera de Seu Pai como primogênito. Passara milênios

aprendendo com Ele como organizar e comandar as inteligências

do Universo usando-as para os propósitos do Plano de Salvação.

A maior parte de Seus milagres se mostrava associada a esta

capacidade divina de comandar inteligências, sejam elas do reino

dos vivos ou dos mortos a inteligência que estava organizada na

matéria inanimada também estava sob Seu comando, vejamos

alguns destes feitos:

Page 78: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

78

- Curar o corpo de cegos, coxos, aleijados por seus artelhos, ossos

e tendões;

- Andar sobre as águas do mar morto (as águas, como

Inteligência já haviam sido grandemente utilizadas para outros

propósitos no dilúvio e na morte de milhares de egípcios que

perseguiam os Israelitas no Mar Vermelho);

- Comandar cardumes de peixes (inteligências animais) para as

redes de Pedro e seus pescadores;

- Modificar as leis químicas da água transformando-a em

vinho com sabor inigualável;

- Transformar um punhado de pão e peixes em uma

multiplicação exponencial de matéria similar gerando outros pães

com o mesmo teor nutritivo.

- Restaurar a vida ao corpo de Lázaro que já estava em estado

de composição, mas o Senhor ordenou que sua carne, ossos e

tendões se refizessem, e que surgisse novamente sangue em suas

veias e artérias e a partir daí, conduzir as inteligências de seus

órgãos a se reconstruirem, sob o comando do Sacerdócio.

Restaurar a cartilagem de leprosos, e os olhos de cegos, pois

para o Senhor cujo domínio do Sacerdócio era simples, mas a

gratidão era necessária para o manifesto da glória de Seu Pai que

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79

era o propósito de seus milagres (manifestar neles a glória de

Deus);

E por fim, rompeu os céus em tempestades, trovões e chuvas

grandemente presenciadas por todos, no antigo mundo, e rompeu o

véu do templo que pelas suas propriedades era impossível.

O Templo de Salomão tinha 30 côvados de altura (1 Reis 6:2),

mas Herodes tinha aumentado sua altura para 40 côvados de

acordo com as escritas de Josefo, um historiador do primeiro

século. Não temos certeza a que um côvado se compara em metros

e centímetros, mas podemos supor que esse véu tinha mais ou

menos 18 metros de altura. Josefo também nos diz que o véu tinha

12 cm de grossura, e que cavalos puxando o véu dos dois lados não

podiam parti-lo. Oxalá se os efeitos desta manifestação do

sacerdócio, que de nada se assemelhava à criação, pois estava

objetivada para outra função do Sacerdócio Eterno – A

destruição.

Nas américas a destruição foi devastadora, ceifando a vida de

milhões de pessoas, em apenas algumas horas, como lemos nos

registros de Nefi:

E aconteceu que no trigésimo quarto ano, no primeiro mês, no

quarto dia do mês, levantou-se uma grande tormenta como nunca

antes havia sido vista em toda a terra. E houve também uma

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80

grande e terrível tempestade; e houve terríveis trovões que

sacudiram toda a terra como se ela fosse rachar-se ao meio.

E houve relâmpagos tão resplandecentes como nunca vistos

em toda a terra.

E a cidade de Zaraenla incendiou-se.

E a cidade de Morôni submergiu nas profundezas do mar e

seus habitantes afogaram-se.

E a terra cobriu a cidade de Moronia, de modo que em lugar

da cidade apareceu uma grande montanha.

E houve uma grande e terrível destruição na terra do sul. Mas

eis que houve uma destruição muito maior e mais terrível na

terra do norte; pois eis que toda a face da terra foi mudada por

causa da tempestade e dos furacões e dos trovões e relâmpagos e

dos violentos tremores de toda a terra.

E romperam-se os caminhos, desnivelaram-se as estradas e

muitos lugares planos tornaram-se acidentados. E muitas

cidades grandes e importantes foram tragadas e muitas se

incendiaram e muitas foram sacudidas até que seus edifícios

ruíram; e seus habitantes foram mortos e os lugares ficaram

devastados.

Page 81: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

81

E algumas cidades permaneceram; mas sofreram grandes

danos e muitos de seus habitantes foram mortos. E houve alguns

que foram levados pelo furacão e, onde foram parar, ninguém

sabe; sabe-se apenas que foram levados.

E assim a face de toda a terra ficou desfigurada, em virtude

das tempestades e trovões e relâmpagos e tremores de terra.

E eis que as rochas se fenderam ao meio; elas foram

despedaçadas em toda a face da terra, de tal forma que foram

encontradas em fragmentos e rachadas e partidas em toda a face

da terra.

E aconteceu que quando cessaram os trovões e os relâmpagos

e a tormenta e a tempestade e os tremores de terra — pois eis

que duraram cerca de três horas, sendo dito por alguns que

duraram mais tempo; contudo, todas essas coisas grandes e

terríveis duraram cerca de três horas — e então, eis que houve

trevas sobre a face da terra.

E aconteceu que houve trevas espessas sobre toda a face da

terra, de modo que todos os habitantes que não haviam caído

podiam sentir o vapor da escuridão. E por causa da escuridão

não podia haver luz nem velas nem tochas; nem conseguiram

Page 82: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

82

fazer fogo com sua lenha fina e extremamente seca, de modo que

luz nenhuma foi possível haver.

E não se via luz alguma nem fogo nem lampejo nem o sol nem

a lua nem as estrelas, tal a densidade dos vapores de escuridão

que estavam sobre a face da terra. E aconteceu que essas trevas

duraram pelo espaço de três dias, nos quais não foi vista luz

alguma; e houve grandes lamentações e gemidos e pranto entre

todo o povo, continuamente; sim, grandes foram os gemidos do

povo por causa das trevas e da grande destruição que

sobreviera.”

Todos estes relatos podem nos induzir a pensar o quão insensato

pode ser um Deus em usar tanto poder para a destruição de tantos

inocentes, mas é um erro grotesco esta linha de pensamento. Tal

feito não teve por autoria o Criador de Mundos sem fim, e sim as

nobres e grandes inteligências deste mundo, as montanhas, os

ventos, a eletricidade viva das nuvens, as chuvas, a terra, rochas e

águas que choraram pelo sofrimento de seu Primogênito. Sim,

aconteceu que em todas as Ordens de inteligências, houve rebelião

por um mero instante em sua existência e rasgaram suas vestes

espirituais e seus elementos físicos se tomaram de grande revolta

pelo sofrimento do Salvador da humanidade, mas que se fazia

tornar realidade o que Ele próprio se propôs sacrificar aos Seus

irmãos e irmãs, dar a sua vida e tornar a toma-la.

Page 83: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

83

A expiação então estava completa, sua compaixão havia triunfado

sobre o mal, e aceita como bom preço de sangue pelas inteligências

do Universo para que superasse a justiça.

Estava consumado Sua missão, aquela que aceitamos com nossas

mãos erguidas e almas dispostas a apoia-Lo nesta vitória para

retornarmos a presença do Pai.

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84

Capítulo IX

As Inteligências exercem Compaixão.

Page 85: A Ordem das Inteligencias - Reges et Sacerdotes

85

O grande profeta e guerreiro Néfi nos declara que acabaríamos

por ter o mesmo destino que Satanás e os seus anjos se não

houvesse uma expiação. Está absolutamente além das capacidades

do nosso Pai Celestial levantar aqueles seus filhos que tropeçaram

ao longo do processo de aprendizagem para distinguir o bem do

mal, e trazê-los de volta à sua presença, visto que ele tem de agir

de acordo com a lei.

Se ele não o fizesse, todas as outras inteligências lhe diriam:

—"Pai agora que eles pecaram e regrediram em glória, eles não

podem voltar. Lembras de todas as leis que nos trouxeram de

volta? Nós não conseguimos ser aquelas inteligências especiais

como querias, fomos graduados como inferiores! Lembras???

Lembras das leis sobre as quais estavas sempre a falar?"

As Inteligências são então aquelas que exigem justiça e não

permitem que as outras Inteligências que não cumprem a lei

retornem a Deus.

―As exigências da justiça‖ - é o que aquelas pequenas

inteligências insistem. As inteligências dizem:

— "Eles não podem voltar a ti Pai, pois não cumpriram a lei!" .

Então onde está a capacidade intrínseca de exercer compaixão

da inteligências menores? Muito simples, estão a seguir a lei de

que devem obedecer o Sacerdócio e servir as outras inteligências,

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86

principalmente as superiores as elas. E o fazem porque tem

consciência de que sem elas o plano organizado pelo Pai Celestial

não teria como acontecer, como poderíamos passar pela

experiência mortal do segundo estado sem as importantes

inteligências da natureza viva (água, arvores, raízes, chuva,

eletricidade, terra, adubo, minhocas para o processo de irrigação

da terra, elementos químicos que fazem acontecer as variações do

solo, a grama e seus pequenos animais e insetos, etc). E isso elas

fazem muito bem.

O Sacerdócio intercede a rebelião das Inteligências

Estado de rebelião é o fator comportamental das inteligências em

que as inteligências param de executar as ações para quais foram

organizadas. As causas podem ser internas ou programadas,

externas ou reacionárias quando compelidas.

Vimos anteriormente que não podemos compelir inteligências,

ninguém pode até mesmo o Pai Celestial negou a ideia de Lúcifer

que desejava compelir a nós, inteligências superdesenvolvidas a

não quebrar a lei por um curto tempo na mortalidade e agradar as

inteligências menores possibilitando então que não rebelassem.

Quando compelimos Inteligências, seja pela autoridade e força ou

pela ausência de opções o resultado sempre é —Uma Revolução.

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87

“A revolução é uma prerrogativa de inteligências

superdesenvolvidas.

Há outros modelos de rebelião que são importantes ao

conhecimento do Sacerdócio, as rebeliões celulares – aquelas

chamadas ―as sementes da morte‖. O corpo humano, é constituído

de uma estrutura de carne, ossos, tendões, músculos, nervos, pele,

capilares, fluidos e órgãos complexos, todos formando o que o

profeta Joseph Smith os chamou de ―elementos rudimentares‖ ou

como nas escrituras – Corpo corruptível;

Éramos antes da mortalidade, elemento eterno ou elemento

espiritual organizado em perfeita conjunção a uma incompleta

parte de Inteligência. A união deste elemento eterno ou espiritual

com a matéria corruptível constituída de pequenas Inteligências

corpóreas formam a alma do homem como descrito em D&C 93:33

“Pois o homem é espírito. Os elementos são eternos, e

espírito e elemento, inseparavelmente ligados, recebem a

plenitude da alegria; E, quando separados, não pode o

homem receber a plenitude da alegria.”

Somos, pois, filhos espirituais de Deus criados a Sua

semelhança, portanto nossos tabernáculos tem a dupla

funcionalidade no que concerne ao período de provação e doença

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que passamos na Terra, e porque mergulhamos nos mares de

lágrimas da vida? Para estarmos prontos para a ordenança da

ressurreição que nos tornará incorruptíveis e perfeitos. A

ressurreição nos capacitará coexistir eternamente com os deuses

que nos auxiliarão a obter conhecimento sobre conhecimento

evoluindo até a plenitude da alegria de tornar-nos deuses por nós

mesmos.

“Os elementos são o tabernáculo de Deus

Quando somos convidados a utilizar o Sacerdócio para uma

intervenção de uma benção de saúde ou uma benção de cura

(para doenças graves ou de muito sofrimento), É requerido

(opcionalmente) peticionar a autorização para abençoar os

elementos (corpo e órgãos quando tratados como Inteligências

independentes) direcionando virtude para a inteligência

específica que está em estado de rebelião, agindo como uma

―semente da morte‖;

Nosso corpo sendo corruptível e mortal possui em suas pequenas

Inteligências um limitado ordenamento que atua para provocar

doenças, se não fora assim viveríamos para sempre, teríamos

que morrer de forma violenta ou por acidente. Cabe ao

Sacerdócio agir como regulador desta inteligência rebelde,

quando tiver autorização para isso, porém sem esta autorização

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a intervenção do sacerdócio será interpretada como uma

inconsistência, não alterando o estado de rebelião e podendo

consumar seu propósito de provocar o óbito.

“E também acontecerá que aquele que tiver fé em mim para

ser curado e não estiver designado para morrer, será

curado” 59

Mesmo aplicando o conhecimento, dons e o indubitável poder do

sacerdócio tendo em mente Sua promessa de ouvir e responder a

oração da fé, não podemos esquecer que a fé e o poder de cura do

sacerdócio não podem produzir um resultado contrário à

vontade Daquele a Quem o sacerdócio pertence. Esse princípio é

ensinado na revelação que ordena aos Élderes de Israel que

imponham as mãos sobre os enfermos. O Senhor prometeu que

―aquele que tiver fé em mim para ser curado e não estiver

designado para morrer, será curado‖ (D&C 42:48; grifo do

autor). De modo semelhante, em outra revelação moderna o

Senhor declara que, quando alguém ―pede de acordo com a

vontade de Deus (…) é feito como pede‖ 60

Aprendemos assim, com muito pesar, que mesmo exercendo Seu

santo poder em uma situação em que haja suficiente fé para 59

D&C 42:48 60

D&C 46:30

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curar, os servos do Senhor não poderão intervir no estado de

uma inteligência como elemento de uma pessoa, se isso não for a

vontade do Senhor.

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Capítulo X

Uma Dádiva Pré-Mortal

“Porque os que em nós são mais honrosos não têm

necessidade disso; mas Deus ordenou o corpo, dando muito

mais honra ao que tinha falta dela;61

61

I Coríntios 12:24

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92

Na pré-mortalidade, o Pai Celeste de acordo com Sua presciência, deu a Seus filhos o arbítrio, pelo qual os espíritos, individualmente, tinham o privilégio, exatamente como a humanidade aqui, de escolher o bem e rejeitar o mal, ou participar do mal e sofrer as consequências desta escolha.

Em virtude disso, alguns se tornaram mais fiéis ao que

havia sido estabelecido como a lei, e nesta lei decorrente de um édito real, o que a Deidade desejava e ordenava a Seus filhos espirituais, se incluía o sempiterno mandamento de crescer e evoluir. Os filhos espirituais Dele tinham o arbítrio, em que consistia muito mais do que rejeitar o mal, ensejava a obediência aquele mandamento.

Esses espíritos não eram iguais. Todos podem ter começado (organizados) em igualdade, e sabemos que todos eram inocentes no princípio, mas o direito ao arbítrio que lhes foi concedido permitiu que uns evoluíssem mais que outros e , assim, ao longo das eras da existência imortal, se tornaram mais inteligentes, mais fiéis, pois tinham liberdade de agir por si mesmos, de raciocinar por si mesmos, de aceitar a verdade ou rebelar-se contra ela.62

Quando na pré-mortalidade, recebemos e desenvolvemos

muitas características e habilidades inerentes aos chamados preordenados que ainda iriamos cumprir na Terra. Deus observou nosso progresso e deu-nos responsabilidades de acordo com nossa fidelidade. Durante as eras milenares do estado pré-mortal, não só nos desenvolvemos e demonstramos a capacidade de obedecer como a também a falta dela, e indubitavelmente esse progresso era observado. É plausível que houvesse a Ordem do Sacerdócio organizada lá, e que houvesse a organização nescessária para o ensino dos poderes e potencialidades do sacerdócio como poder governante.

62

Doutrinas de Salvação, comp. por Bruce R. McConkie, 3 vols., 1994, vol. I, p. 65).

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Os seres celestiais viviam em uma sociedade perfeitamente organizada. Cada pessoa sabia qual era seu lugar. O sacerdócio, sem dúvida alguma, era conferido e foram escolhidos líderes para oficiar.

Existiam ordenanças específicas dessa pré-existência que

precisavam ser feitas e o amor de Deus prevalecia. Nessas condições era natural que nosso Pai percebesse e escolhesse os que eram mais dignos e avaliasse o talento de cada indivíduo. Ele não só sabia o que cada um de nós era capaz de fazer, mas também o que cada um faria quando posto à prova e quando recebesse responsabilidades. Depois, quando chegou a hora de habitarmos a Terra na mortalidade, todas as coisas foram preparadas e os Seus filhos foram escolhidos e ordenados a suas respectivas missões.63

63

O Caminho da Perfeição, by Joseph Fielding Smth 1970, pp. 50–51.