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1
A ORDEM DAS INTELIGÊNCIAS
Reges et Sacerdotes
Ricardo M. Aguiar
3
Agradecimentos
Aos meus Pais, irmãs e minha amada Esposa
Que em tempos áureos, antes dos fundamentos do mundo
existirem, quando inqueridos pelo Verbo responderam:
– Sim, nós acolheremos e ensinaremos essa inteligência,
para que alcance toda a sua potencialidade e perfeição para que
evolua conosco.
4
Dedicatória
Aos meus filhos Israel e Amanda,
confiados a mim mediante Convênio de amor
5
“Estes são os que são os sacerdotes e reis, que receberam de
sua plenitude (na mortalidade) e de sua glória (na eternidade).
(Doutrina e Convênios 76:56 Grifo do autor)
6
Este livro é o manifesto de meu testemunho pessoal acerca do
Sacerdócio de Melquisedeque vivenciados por mim, se há falhas
de entendimento histórico e doutrinário ou correlato, a
responsabilidade é totalmente minha.
O estudo conceitual, pesquisa e publicação deste livro não
constitui uma declaração oficial de A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias.
O Autor
7
Não são as respostas que
ILUMINAM
são as perguntas
foi um ano muito especial para mim, quando despertei
do longo sono no caminho de aprendizado que me
fizeram renascer e ver a vida com olhos diferentes, passei a ver o
mundo com olhos espirituais, e passei a lembrar de princípios,
ensinamentos e leis que já havia aprendido antes da mortalidade.
O sol nasceu na linha do mar de Recife e quando começou a
declinar para o Oeste na tarde de 8 de agosto, domingo, eu fui até
a casa do patriarca de minha Estaca para receber a primeira luz
de minha jornada – Minha Benção Patriarcal. Nela encontrei, de
lá para cá, as respostas de muitas das dúvidas que de certo modo
até nortearam minhas decisões, pois como disse o sábio ―não são as
respostas que iluminam e sim as perguntas‖.
Reservei um trecho de minha benção patriarcal que com livre
vontade compartilharei aqui, nela surge a pergunta que me
iluminou no caminho do aprender e vivenciar novas experiências
no Sacerdócio.
Existem verdades ocultas concernentes ao poder do Sacerdócio?
1982
...uma mente aberta, entendimento claro para entenderes todas as
coisas...usando o teu sacerdócio em benefício e favor de teus irmãos...o
Senhor abrirá cada vez mais a tua mente e entenderás as verdades que te são
ocultas neste momento.”
8
Declaro que sim, porque assim o Senhor me fez saber.
O Sacerdócio é o poder e a autoridade de DEUS conferido
aos Seus filhos masculinos para agir em Seu nome e representa-
Lo quando designados por Ele;
Que dá aos filhos espirituais Dele a capacidade de agir
segundo Sua vontade e autorização para exercer governo sobre as
Inteligências deste mundo;
E, por fim, Declaramos que os homens de fé podem governar
as inteligências que se relacionam conosco no planeta Terra
porque elas reconhecem e obedecem esta autoridade. (D&C)1
O Sacerdócio é uma força viva, por meio dele o homem pode
realizar praticamente todas as tarefas que forem necessárias para
obedecer designações no reino de Deus, servir a humanidade e
estabelecer governo sobre as inteligências menores
O Pai Celeste demonstrou confiança em Seus filhos
espirituais para realizar uma obra maravilhosa e um assombro de
amplitude ilimitada, fazendo uso de uma força ilimitada. Como já
sabemos o Sacerdócio sem início ou fim de dias, desconhece
limites, desde antes da fundação do mundo já existia, e foi
exercido pelos deuses na construção da estrutura perfeita do
Universo (reconhecendo cientificamente no Big-Bang como
ferramenta da criação) e deste pequeno planeta no qual vivemos.
Eles, os deuses construtores, eram inteiramente comprometidos
com a evolução dos filhos espirituais da Deidade.
Por vários milênios trabalharam a serviço do Verbo para que
o nosso lar estivesse aqui e progredirmos, e aprendermos,
1 D&C 93:29-30
9
governássemos nossas vidas e influenciássemos a outros para o
bem e para o mesmo progresso.
Por muito tempo ordenaram e esperaram que as inteligências
obedecessem as ordens como consortes, sabiam que o plano era
bom. 2
E se fez assim, como nos incontáveis mundos e recônditos do
Universo criado por Deus ―...Pois eis que há muitos mundos que
pela palavra de meu poder passaram. E há muitos que agora
permanecem e são inumeráveis para o homem; mas todas as coisas
são enumeráveis para mim, pois são minhas e eu conheço-as‖ (
PGV).3
Como estudiosos devemos desdobrar esforços através das
perguntas sem a preocupação das respostas, pois a quem as fizer e
buscar conhecimento, o Senhor proverá os caminhos, este livro é
um exemplo de instrução decorrente de muitas orações.
Que as perguntas sejam importantes para o futuro, para saciar a
curiosidade, ou saber algo sobre a pré-mortalidade pessoal, enfim,
com propósito e foco do que foi ensinado pelo profeta Joseph
Smith:
―E nisto consiste a vida eterna: em conhecer o único Deus sábio e
verdadeiro. Deveis aprender como ser deuses por vós mesmos, ser
reis e sacerdotes de Deus, do mesmo modo como tem feito todos os
outros deuses antes de vós; ou seja, passando de um nível para
outro, de uma pequena capacidade de uma grande capacidade, de
graça em graça, de exaltação em exaltação...‖4
Antonio R. M. de Aguiar
2 Abraão 4:21
3 Moisés 1:35
4 História da Igreja livro 6 pag 306, 07 de abril de 1844.
10
Capítulo I
O Sacerdócio
“ E o Senhor disse-me: Estas são as que regem... pois eu sou
o Senhor teu Deus; coloquei esta para reger todas as que
pertencem à mesma ordem... (PGV)5
5 Abraão 3:3
o Poder Regente do Universo
11
No que concerne à eternidade, o sacerdócio é o eterno poder e
autoridade de Deus através do qual todas as coisas, materiais e
imateriais constituindo inteligências organizadas, existem, são
criadas, governadas e controladas, e através do qual o universo, e
infinitos mundos vêm à existência; É o poder pelo qual o grande
plano da criação, redenção e exaltação opera na vastidão.
É o poder e autoridade de Deus.
No que concerne à existência do homem na Terra, o
sacerdócio é o poder e autoridade de Deus delegado ao homem
para agir em todas as coisas para a salvação dos homens. É o
poder pelo qual o evangelho é pregado; ordenanças são realizadas
vinculando a salvação na terra e no céu; Por seu intermédio no
devido tempo o Senhor irá governar as nações da Terra e tudo que
a ela pertencente. (D&C)6
Uma vez que existe apenas um Deus e um único poder de
Deus, há também somente um sacerdócio, o Sacerdócio Eterno.
Assim Todo sacerdócio é, segundo a ordem de Melquisedeque que
era segundo a Ordem do Unigênito. Sua instituição foi anterior a
fundação desta terra, antes de todas as estrelas da manhã
cantarem juntas, e regozijarem-se.
6 Doutrina do Evangelho, pp. 131-134
12
É o maior e mais santo sacerdócio de acordo com a Ordem do
Filho de Deus; Todos os outros Sacerdócios são apenas partes,
ramificações, poderes e bênçãos que pertencem e são possuídos por
ele regidos e dirigidos. 7
Esta autoridade concedida sobre muitos filhos espirituais
agrega por sua natureza, os poderes Reais e Sacerdotais. Reais
porque é o poder outorgado de Jesus Cristo, Rei e Soberano de Seu
reino. As ordens das inteligências reconhecem a autoridade Real
do Primogênito como suprema e irrevogável.
E o poder sacerdotal porque outorga também o poder de
executar, ministrar e presidir ordenanças sobre as inteligências
que foram organizadas e criadas espiritualmente e posteriormente
criadas fisicamente para que cumprissem o propósito sua criação.
Compreendemos que a autoridade Real e Sacerdotal é
basicamente uma delegação de honra, ou seja, a honra de Deus
que é a Sua supremacia sobre todas as Inteligências do Universo. 8
As inteligências O obedecem porque reconhecem Sua integridade e
incapacidade de quebrar sua própria lei. (LM)9
A doutrina do progresso eterno das inteligências era bem
conhecida pelo profeta Joseph Smith, E pelas escrituras padrão
somos ensinados que à luz destas revelações, o termo Inteligência
7 Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 198.
8 D&C 29:36
9 2Nefi 9:7-9
13
representa a luz e verdade que recebemos e possuímos e que
conseguimos reter praticando boas obras baseadas na fé.
O título ―Inteligência‖ é usado também como sinônimo de
―filhos espirituais‖, os que possuem luz alto criadas acrescidas de
corpos espirituais (elementos espirituais) a imagem e semelhança
do Pai Celestial. Ambas as terminologias ao falar da natureza
dessas essências descrevem entidades com luz própria que podem
ter evoluído ou não; Algumas delas não conseguiram evoluir (por
mérito ou pelo livre arbítrio e vontade) outras, pelo contrário, se
desenvolveram de forma tão magnifica que são chamadas de
grandes e nobres. (PGV)10
O uso deste título distingue o elemento primordial dos que
foram chamados filhos espirituais nobres e grandes - A sua
capacidade inerente de crescer de graça-em-graça, conhecimento e
inteligência, até que atinjam a plenitude de todas as coisas e se
tornem como o Pai, uma inteligência suprema.11
Em tempos muito antes conhecidos por nós abstraindo nesse
conceito sua extensão, outorgou Deus o Seu Sacerdócio a muitos
de Seus filhos e os designou ―Sacerdotes‖, com Autoridade
Sacerdotal de acordo com Sua presciência, para reger 12 e governar
sobre todas as criaturas em consonância aos propósitos de sua
10
Abraão 3:22-24 11
Ensinamentos do profeta Joseph Smith pag. 439 12
reges = reis em Latim
14
criação; Também lhes concedeu Autoridade Real para reger sobre
os filhos espirituais limitados a sua respectiva jurisdição.
Na pré-mortalidade, assim como na mortalidade, estas
inteligências notadamente grandes e nobres sabiam que deveriam
aperfeiçoar seus dons espirituais e seu conhecimento acerca do
sacerdócio, e isto se fez pela obediência, fé e boas obras, cabendo-
lhes entretanto a liberdade de limitar-se pela prerrogativa do livre
arbítrio. 13
A autoridade Real não é separada e distinta do Sacerdócio,
mas simplesmente um ramo ou porção do mesmo. A autoridade
Sacerdotal é universal, tendo poder sobre todas as coisas; a
autoridade Real até ser perfeita está limitada a reinos colocados
sob sua jurisdição: a primeira nomeia e ordena a última; mas a
última nunca nomeia e ordena a primeira: a primeira controla as
leis da natureza e exerce jurisdição sobre todos os elementos assim
como sobre os homens; a última controla homens somente e
administra leis justas para o governo deles.
Onde os dois são combinados e o indivíduo aperfeiçoado, ele
tem todo o poder tanto como Rei e Sacerdote; Ambos os ofícios
então unidos em um. Então a distinção, será meramente no nome
13
Alma 13:1-7 D&C 76:56 Apocalipse cap 1:6
15
e não na autoridade como Rei ou Sacerdote, ele terá então poder e
domínio sobre todas as coisas, e reinará sobre tudo. 14
No princípio, em tempos já dantes ordenados e limites de
nossa habitação 15, as inteligências, mesmo as que não se tornaram
prole espiritual do Ser Supremo, possuíam a percepção da
compaixão, da fé e do livre arbítrio.
Diante desta capacidade o Criador criou um escalonamento
de acordo com este desejo, e ainda em maior importância, de
acordo com as que queriam praticar boas obras e evoluir em
conhecimento, contribuindo com seu próprio progresso eterno.
...E este (foi) o modo pelo qual foram ordenados — sendo
chamados e preparados desde a fundação do mundo, segundo a
presciência de Deus, por causa de sua grande fé e suas boas obras,
sendo primeiramente livres para escolherem o bem ou o mal;
portanto, tendo escolhido o bem e exercendo uma fé muito grande,
(foram) chamados com uma santa vocação, sim, com aquela santa
vocação que lhes foi preparada com uma redenção preparatória e
de conformidade com ela.
E assim foram chamados para esse santo chamado por causa
de sua fé, enquanto outros rejeitaram o espírito de Deus devido à
dureza de seu coração e cegueira de sua mente; porquanto, se não
14
Reis e Sacerdotes – Orson Pratt – Time and Seasons - 1856 15
Atos 17:26
16
tivesse sido por isso, poderiam ter recebido tão grande privilégio
quanto seus irmãos. (LM)
Como já foi dito, o Sacerdócio é dado com duas finalidades:
primeiro, para que nós mesmos possamos receber exaltação, e,
segundo, para que sejamos intermediários ajudando os outros a
obter tais bênçãos.
Se formos dignos e valentes no Evangelho, receberemos a
perfeição como sacerdotes e reis e teremos domínio e direito a
governo. Isto significa, receber responsabilidade e mais tarefas
nos serão confiadas pela eternidade.
É uma verdade evidente que, se não usarmos os talentos que nos
foram dados agora e não exercitarmos a responsabilidade que
recebemos nesta vida, não estaremos preparados nem seremos
confiáveis de exercer autoridade e responsabilidade no estado
vindouro.
Dizem as escrituras que muitos destes se empenharam ao
receber a santa vocação do sacerdócio e não permaneceram
limitados ao que já tinham aprendido e evoluído, aceitaram
receber mais luz, e continuaram a praticar ―boas obras‖, muitas
delas em prol do desenvolvimento de si próprios.
E aconteceu que decididos a evoluir em sua capacidade
pessoal de exercer a vocação de Sumo Sacerdotes, se empenharam
17
no estudo dele, buscaram ser mais eficientes, pois compreendiam
que o Sacerdócio era um dom do Pai, onde na verdade ele
compreende muitos dons;
Em virtude desse conhecimento, é aceitável pensar que houve
necessidade de organizar as classes de instrução da Ordem dos
Sacerdotes. O objetivo era ensinar o que deveria ser ensinado
acerca dos poderes do Sacerdócio Eterno por inteligências mais
evoluídas, inclusive o Unigênito.
As tarefas atribuídas a estes Sumos sacerdotes, que já eram
justos aos olhos da lei era de obter conhecimento e compreensão
das coisas pertinentes a lei em todos os reinos, pois a todo reino
foi dada uma lei e toda lei possui certos limites e condições.
E mesmo eles, os grandes e nobres se não se qualificassem
nas condições da lei revelada...e a justiça seguiria seu curso e
reclamaria o que é seu. (D&C grifo do autor) 16.
16
D&C 88:40
18
Capítulo II
Ordens, Leis e Padrões
19
No princípio Deus liderou o planejamento da estrutura do
universo conhecido que receberia Seus filhos espirituais, o Astros
quentes chamados Sois, os planetas e estrelas que seriam na
vastidão do universo o delineamento da Luz e da Verdade,
organizou e formou a Ordem do Sacerdócio segundo a mesma
Ordem do Filho Unigênito.
Antes de a Terra ser criada, o Senhor elaborou uma planta,
como faz todo grande empreiteiro antes de começar a construir.
Ele fez os planos, estabeleceu as especificações e as apresentou.
Ele desenhou o projeto, e estávamos com Ele (...). Nosso Pai nos
reuniu, conforme explicam as escrituras, e foram então
aperfeiçoados os planos para a formação de uma Terra. Em Suas
próprias palavras: ‗E estava entre eles Um que era semelhante a
Deus; e ele disse aos que se achavam com ele: Desceremos, pois há
espaço lá, e tomaremos destes materiais e faremos uma terra onde
estes possam habitar; E assim os provaremos para ver se farão
todas as coisas que o Senhor seu Deus lhes ordenar. 17
Essa assembleia incluía todos nós. Os deuses fariam a terra,
a água e a atmosfera, e depois o reino animal, e daria o domínio 17
Abraão 3:24–25
20
de tudo ao homem. Esse era o plano (...). Deus era o mestre-de-
obras, e Ele nos criou e fez com que existíssemos
A partir desta crônica, dividiu as tarefas da criação e dividiu
a Sua presidência dando a Jeová e Miguel o poder de organizar o
vasto material no Universo para que recebessem uma limitada luz
de Inteligência, isto no intuito de as controlar com os poderes
inerentes do Sacerdócio Eterno, e que eles seriam o primeiros
seres perfeitos daquele mundo.
As Ordens receberam então seus mandamentos, Os Astros
celestes para que sua órbita fosse constante, suas estrelas e luas
refletindo luz provendo gravidade equilibrada para que todas as
outras Ordens permanecessem constantes também.
Organizaram a expansão dos céus e da terra de acordo com
sua Ordem. As Ordens secas, as Ordens dos mares e águas, as
Ordens das inteligências animais foram então criadas
fisicamente, a relva e florestas, a Ordem vegetal foi então
organizada também, e todas elas de acordo com o propósito de sua
criação, servir as inteligências maiores de bom grado, e os Deuses
viram que elas obedeciam. 18
Depois que todas as Ordens espirituais foram organizadas em
matéria e espaço disponível pelo poder único do Sacerdócio, Jeová
e Miguel retornaram ao Pai e relataram sua tarefa.
18
Abraão 4:25
21
Sabendo então o Pai Celeste que tudo estava pronto
organizou e a maior criação neste mundo, uniu como fez com
todas as outras Ordens, corpos físicos e espíritos escolhidos
previamente para ao chamado de nossos primeiros pais.
Toda a criação foi organizada e dividida pelo escalonamento
vertical
A Ordem dos Filhos Espirituais
A Ordem dos Astros quentes regentes do Sol.
A Ordem dos Planetas e Luas. Padrões de gravidade.
A ordem dos elementos de equilíbrio do Espaço no Universo.
A Ordem das Águas – Padrões de reação química e estado
físico.
A Ordem dos seres animais e dos elementos da carne e do
sangue. – Formada por seres orgânicos com elementos e
órgãos com padrões individuais.
A Ordem do reino vegetal – Seres orgânicos com padrões
individuais.
A Ordem do reino Mineral – Formada de Elementos
orgânicos com padrões individuais e químicos.
A ordem do Gases – Formada de compostos orgânicos com
comportamento individual.
A ordem da forças da natureza (Eletricidade, Clima, Chuva,
Tempestades, O Ar , o Som ,pressão atmosférica etc.)
22
A estas Ordens o Senhor estabeleceu os limites de sua
evolução pois é certo pensar que a toda Ordem há um
mandamento rigoroso de não exceder os propósitos de sua criação;
Uma montanha, por exemplo, não aspira ser uma nuvem,
Uma fruta não pode se tornar uma pedra, um peixe não aspira ser
uma alga marinha e o ser humano não evolui a ser um gorila.
A lógica e prerrogativa de uma Ordem é obedecer a um
conjunto de leis estabelecidas para que cada Inteligência limitada
e agregada a matéria evolua apenas para melhorar sua
performance e não para retroagir em seu propósito funcional na
natureza, ou em sua jurisdição a que foi nomeada e outorgada
pelo Sacerdócio Eterno, ―Chamamos a isso de Eco Sistema. ―
O projeto resguarda os limites e padrões de comportamento
desta matéria, e os propósitos funcionais deverão continuar a
servir a HUMANIDADE, a Inteligência a quem elas fornecem
seus frutos e fomentos.
Leis – Resguardam a Funcionalidade de Cada Ordem.
Padrão – Resguarda a identidade de cada Inteligência inserida
em cada na Ordem
O que preconiza este ponto de vista no escalonamento de
ordens das inteligências, é a escala de governo das Ordens maiores
23
sobre as Ordens menores ―...tanto as coisas que agem como as que
recebem a ação.‖ 19 O verbo AGIR como definido nesta escritura
estabelece uma relação de governo consensual, as inteligências são
governadas porque permitem sê-lo, porque são necessárias, e são
extremamente disciplinadas nisso, NÃO se rebelam, mesmo que
seja necessário uma oposição.
A Hipótese de Gaia seria a prova de que o nosso planeta é
uma inteligência?
A hipótese Gaia, também denominada como hipótese
biogeoquímica,[1] é hipótese controversa em ecologia profunda
que propõe que a biosfera e os componentes físicos da Terra
(atmosfera, criosfera, hidrosfera e litosfera) são intimamente
integrados de modo a formar um complexo sistema interagente
que mantêm as condições climáticas e biogeoquímicas
preferivelmente em homeostase.
Originalmente proposta pelo investigador britânico James E.
Lovelock em 1972 como hipótese de resposta da Terra,[2] ela foi
renomeada conforme sugestão de seu colega, William Golding,
como Hipótese de Gaia, em referência a Titã grega suprema da
Terra – Gaia.[3] A hipótese é frequentemente descrita como a
Terra como um único organismo vivo. Lovelock e outros
pesquisadores que apoiam a ideia atualmente consideram-a como
19
2º Néfi 2:14
24
uma teoria científica, não apenas uma hipótese, uma vez que ela
passou pelos testes de previsão.[4]
O cientista britânico, juntamente com a bióloga estado-
unidense Lynn Margulis analisaram pesquisas que comparavam a
atmosfera da Terra com a de outros planetas, vindo a propor que a
vida da Terra tem função ativa na manutenção das condições para
sua própria existência. O gás oxigênio (O2), por exemplo,
combina-se facilmente com outros elementos e, após alguns
milênios, deixaria de existir nesta forma se não fosse
continuamente reciclado através de processos biológicos (v. ciclo
do oxigênio). 20
20
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_de_Gaia
25
Capítulo III
Os Pilares Sempiternos do Sacerdócio
26
Aprendemos que o Senhor conferiu a Aarão e seus filhos um
Sacerdócio que tinha seu nome; e. também que a primeira ordem
era chamada Evangélica ou Patriarcal e que esse sacerdócio era
possuído por Adão e os antediluvianos e outros até o tempo de
Moisés. Há algumas outras fases do Sacerdócio, todavia, que
devemos entender claramente.
Devemos começar a raciocinar o fato de que não somos ainda
inteligências totalmente evoluídas; Ainda a margem da fonte de
todo conhecimento no anseio de descobrir o que o seu uso nos
reservará pelas eternidades. Como simbologia, vamos entender
alguns pilares do Sacerdócio com auxílio da parábola do Sábio e a
Jovem Inteligência:
Conta uma estória muito antiga, que depois de uma longa jornada
em busca de sabedoria, a jovem inteligência encontra em seu
caminho uma fonte de águas claras e convidativas, ao longo do
caminho não parecia haver qualquer outra fonte com tal beleza.
A inteligência auto existente reluz a sua face quando vê seu
reflexo nas águas mas teme tomar de parte dela sem nenhuma
autorização prévia, como se houvesse alguém por perto para
cobrar-lhe isso.
Surge então vindo pelo caminho da margem mais alta da fonte um
velho sábio, ele se assenta, coloca seu cajado no chão e pergunta
ao recém chegado.
27
Estás disposto a aprender o que jovem?
Olhando para a face amistosa do velho a jovem inteligência
decide então revelar o motivo de sua jornada.
—Estou em busca do conhecimento da honra de Deus meu velho.
O Sábio então, sem querer se revelar, de sua origem ou
proveniência, ordena com educação:
— Pequena luz da manhã aproxime-se da fonte tome de suas
águas.
A jovem Inteligência feliz com o convite, olhou em volta como
que desconfiado, se agacha e estendendo a mão toma da água
branca e caldosa.
Quando ela lhe toca os lábios sedentos seu rosto brilha começa a
brilhar como uma estrela de luz branca e reluzente. A água lhe
cai doce e saborosa...
O jovem olha então para o sábio em exultante alegria e vê o sábio
esboçando um sorriso de satisfação.
—Estas águas dilata minha alma Senhor, que posso fazer para
sempre ter desta fonte comigo?
O velho sábio levanta-se, pega seu cajado e a uma altura maior
que o local onde se encontrava a jovem inteligência declara com
majestosa vontade:
—Agora jovem inteligência... consagra sua alma compartilhando
28
da doçura destas águas com as inteligências menores e maiores
que a ti darei para servir.
—E faça convênio comigo de respeitar suas livres escolhas
—E em troca, te darei por convênio diante desta fonte, minha
honra e reconhecimento de todas as outras inteligências para que
te exalte aos céus.
A jovem Inteligência então se ajoelhou e fez convênio com o velho
sábio de reconhecer sua mão e vontade e de servir as outras
inteligências sejam maiores e menores para que seu progresso
fosse limitado tão somente por sua sede.
Interpretemos agora, jovem inteligência, ao alcance destas letras,
quais são os pilares do Sacerdócio eterno?
1 - A Fonte – Revelação do poder Real Buscar o Senhor para uma investidura e autoridade para reger a ordem das inteligências.
2 - Beber da Fonte – Evolução no poder sacerdotal.
O Sacerdócio eterno evoluirá juntamente com você, através dos
dons antes preordenados e concedidos para este propósito.
Entender os princípios do governo servil das inteligências tornar-
se-á uma consequência, e não um efeito causador.
3 - Desejar servir a inteligências maiores e menores – a Doutrina
do Sacerdócio
A essência do sacerdócio rasga o véu aqui, a doutrina do
sacerdócio destilar-se-á sobre a alma como o orvalho do céu. O
29
Espírito Santo será (o) companheiro constante, e (o cetro do poder
real), (um) cetro imutável de retidão e verdade; e (o) domínio será
um domínio eterno, sem ser compelido, fluirá (pela) eternidade. 21
A essência da doutrina do Sacerdócio não nos deixa esquecer que
somos instrumentos para a vida de outras pessoas....a partir do
momento que deixamos de utilizar o sacerdócio em benefício de
nossos irmãos e irmãs, já estamos quebrando o juramento e
convênio pelo qual o recebemos 22
O primeiro pilar (revelação pessoal) é a base inicial que
constrói a capacidade de reconhecer a vontade do Ser Supremo
que delega Seu poder; O ardor no peito não é tudo, quando se trata
de saber a sua vontade, é necessário que o discipulado seja uma
prática diária, tornar-se Seu amigo, e manter o vaso interior
limpo para que o Espírito possa nele fazer morada como Seu
templo, e crie assim uma identidade espiritual ―confiável à
―ordem das inteligências‖, a quem desejamos reorganizar e
governar;
A partir da revelação e conhecimento unidos tornar-se-ão
Inteligência. Podemos obter e usar o conhecimento em
iniquidade; Satanás desenvolveu seu poder por este princípio. Mas
21
D&C 121:45-46 22 Spencer W. Kimball
30
a inteligência pressupõe a utilização racional e adequada dos
conhecimentos para a justiça e para obter a exaltação.
Pelo seu conhecimento, Lúcifer tem um tremendo poder e
influência sobre algumas luzes menores, mas é totalmente
desprovido de inteligência. Uma pessoa inteligente aplica seu
conhecimento para progresso nas coisas do Espírito; Ele se gloria
na justiça.23
O terceiro pilar, como compreensão do Sacerdócio, nos ensina
que usá-lo em benefício e a serviço de outras pessoas nos eleva a
seres evoluídos dentro dos critérios estipulados pelos Céus
mediante o Convênio e o Juramento do Sacerdócio.
Os poderes do sacerdócio sempre estarão ancorados à vontade
e autorização de Deus (a quem pertence o Sacerdócio) quando
necessários para criar, abençoar, abalar e destruir, limitar,
repreender, censurar e estender governo, domínio e compaixão à
ordem das inteligências.
O profeta Spencer W. Kimball em 1971 fez a seguinte
declaração em uma conferência Geral:
―estaremos aptos a ter acesso às inteligências do universo, e
organizá-las, e criar planetas e organizar reinos‖.
23
O Caminho da Perfeição pag. 225-231
31
Esta doutrina abre nossas mentes sobre outras doutrinas
importantes ao entendimento do evangelho e ao Plano de
Salvação, ela vincula todo o trabalho da criação e organização do
Universo à Expiação de Cristo e sobre onde se concretiza o poder
do Sacerdócio Real nas mãos de homens simples e humildes que
ainda não são reis, mas que foram ordenados e investidos muitos
milênios atrás nesta santa vocação.
“O qual nos salvou, e chamou com uma santa vocação...antes
dos tempos dos séculos 24
Vamos explorar o lado cético, reconheçamos que o uso do
sacerdócio é abstrativo, que não necessita conhecimento para
exercê-lo, no que concordamos plenamente.
Mas é perigoso pensar que na gestão das coisas de Deus, que
ceifa onde não semeou e ajunta onde não espalhou 25, podemos
cumprir os desafios diferentes do mesmo modo. Sem evoluir em
luz e experiência.
“Que eles tenham domínio sobre ... e sobre toda a terra...26
24
II Timóteo 1:9 25
Mateus 25:24 – A Parábola dos Talentos 26
Moisés 2:26
32
Lançaremos mão inicialmente de um instrumento para análise
deste ensinamento preconizado anteriormente e gerar uma
conclusão lógica – A Inferência.
A Inferência é um termo que estabelece a exploração de
possibilidades de uma determinada grandeza gerando como
consequência, uma conclusão lógica em função de fatos
observados, ou seja, é uma análise e conclusão tomando-se fatores
não conclusivos e parciais, e torna-lo conclusivo e verdadeiro.
Por exemplo, estamos na borda de um precipício, alguém nos
diz que se soltarmos um objeto ele com certeza cairá, isto porque
existe uma lei decretada na natureza, que define este fato,
chamada – Lei da gravidade.
A inferência nos indica que se soltarmos o objeto, em função
desta lei o objeto realmente cairá.
Fé ou crença é o resultado das evidências apresentadas a mente.
Sem evidências, a mente não pode ter fé em coisa alguma.
Acreditamos que a pedra cairá, quando estiver sem uma base de
apoio, baseados nas evidências de observações passadas em relação
a queda de corpos pesados. Acreditamos que continuarão a haver
dia e noite baseados nas evidências de experiências passadas
referentes a uniformidade das leis da natureza. Acreditamos que o
espaço é ilimitado, e que o tempo é sem fim, baseados em
33
evidências apresentadas pela própria mente, que uma vez percebeu
o absurdo de que o espaço ou a duração sejam limitados.
Acreditamos em todas as verdades auto evidentes, na evidência
de que todas as proposições opostas a estas verdades são absurdas.
Concernente ao Sacerdócio, então para que se prove ser
verdadeiro bastaria uma única evidência de sua eficácia.
Acreditamos em todas as grandes verdades da ciência, sejam
pelas evidências ou por nossas próprias investigações, ou nas
descobertas de outros. Acreditamos nos fatos históricos nas
evidências do historiador. A fé em todo fato, declaração, verdade
ou proposição em que temos confiança, é, em todos os casos, o
resultado de evidências. Portanto, sem evidências, a fé não pode
existir. 27
A inferência não muda a lei, apenas avalia outras maneiras de
aplica-la gerando a necessidade de observação de seus resultados
ou tecer conclusões próprias de suas evidências diversas.
Iremos tentar outros meios de fazer este objeto cair alterando
os efeitos da lei da gravidade, colocamos então neste objeto um
pequeno paraquedas e o soltamos no precipício; Posteriormente
colocamos um longo tecido tentando diminuir a velocidade da
queda e testamos o resultado, e por final, amarramos o objeto a
um barbante e o descemos lentamente. 27
Fé Verdadeira por Orson Pratt -1842
34
—Na análise de todos os meios testados o objeto continuou
caindo —
Logo a lei da gravidade é real e imutável, porém por mais
desnecessário que possa parecer, podemos controlar seu Modus
Operandi.
A Santa Vocação concede prerrogativas de representar o Verbo,
para o governo sobre as Ordens das Inteligências presentes em
tudo o que foi organizado e criado fisicamente, e sendo assim,
poderemos também declarar como Jacó:
“...de sorte que podemos verdadeiramente ordenar em nome de
Jesus e as próprias árvores ou as montanhas ou as ondas do mar
nos obedecem”28.
Árvores? Montanhas e ondas do mar? Porque estas
inteligências nos obedeceriam, como o fizeram a Jacó?
Para investigar a natureza dos poderes do Sacerdócio,
exploraremos a tese da inferência e evidências unindo fatos que
enriqueçam nossa capacidade para tomarmos conclusões pessoais
– Vamos criar uma base experimental utilizando o Sacerdócio
Real quando devidamente comissionados.
Toda das porções de terra e mares, astros para iluminar os céus
no dia e na noite por sete etapas milenares, repetindo o que foi
28
Jacó 4:6
35
feito em muitos milhões de outros mundos, foi resultado de um
plano apresentado as inteligências maiores e menores.
Envolveu um trabalho coletivo de planejamento e de recursos,
mobilizaram deuses e sacerdotes, criaram e estruturaram os
elementos genéticos latentes para o surgimento da vida a nível
molecular e celular , foi organizado durantes muitos milênios um
sistema solar com milhares de Astros regentes chamados de Sol, e
os ativados arcos e órbitas gravitacionais perfeitos de outra dezena
de milhões de planetas com o objetivo de reger a Ordens
planetárias em campos gravitacionais menores e também do
planeta que chamamos de nossa casa. E ainda querem nos dizer
que tudo isso foi acidental?
“...E os Deuses viram que seriam obedecidos, e que seu plano
era bom . Abraão 4:21.
Este trabalho que durou alguns milhares de anos 29, segundo
nossa medida de tempo, e somente alguns dias pelo tempo do
Senhor na morada de Colobe, tinha por objetivo prover morada
para as inteligências mais desenvolvidas, os filhos espirituais da
Deidade e outras dos reinos animal, vegetal e mineral .
29
II Pedro 3:8 Abraão 3:4
36
Não tema jovem inteligência, com certeza você poderá realizar
um trabalho de governo sobre inteligências bem menores do que
estas!
37
Capítulo IV
As Inteligências são
Pérolas de Grande Valor
Há muito tempo que acredito na ideia do universo se basear
em símbolos, no sentido de uma coisa se referir a outra mais
profunda; uma coisa menor testificando de uma maior, elevando
nosso pensamento do homem para Deus, da Terra para o céu, do
tempo para a eternidade. . . . Deus ensina com símbolos; é sua
técnica preferida de ensino. —Orson F. Whitney30
30
Orson F. Whitney, “Latter-day Saint Ideals and Institutions” [Ideais e instituições dos Santos dos Últimos Dias], Improvement Era, August 1927, 851, 861.
38
Ao examinar o capítulo 3 do livro de Abraão em pérola de
Grande Valor, encontramos a clara declaração de que alguns seres
são mais inteligentes que outros, muitas vezes nos sentimos
inquietos ao ler estas escrituras, e nos perguntamos em que escala
estamos na Ordem das Inteligências. Alguns se surpreenderiam!
As palavras e comparações estabelecem algo parecido com a
Grande Cadeia da Existência. É claro que uma hierarquia faz
parte desta descrição do universo. Naturalmente uma questão que
surge na nossa sociedade igualitária é
—Por que alguns seres são mais inteligentes que outros?
Esta questão nos leva a uma discussão do próximo assunto na
revelação do Senhor para Abraão. Ao revisarmos este conceito,
devemos nos conscientizar das duas definições de inteligência que
se encontram nas escrituras:
(1) a identidade não criada de cada indivíduo e
(2) ―luz e verdade.‖
Não estou convencido de que as duas definições sejam distintas
e não vinculadas uma à outra. Os dois se destinam a nos ajudar a
entender nossa natureza e nosso estado perante Deus. É Deus que
passa de um princípio para outro nesta revelação e ao estudarmos
seu raciocínio chegaremos a entender o que ele normalmente
ensina sobre nossa inteligência e nossa dignidade perante ele.
39
A seção 93 do livro de Doutrina e Convênios é valiosa para nós
ao tentarmos responder a pergunta de por que certos seres são
mais inteligentes que os outros. Esta escritura nos ajuda a definir
inteligência.
Ela diz: ―A inteligência, ou seja, a luz da verdade, não foi
criada nem feita nem verdadeiramente pode sê-lo‖ e, ―A glória de
Deus é inteligência ou, em outras palavras, luz e verdade‖ 31
Isso indica que o grau de inteligência que possuímos depende
da quantidade de luz e verdade que já recebemos.
Esta seção também ensina como se recebe luz e verdade.
Descreve o processo pelo qual o Salvador passou, dizendo: ―No
princípio ele não recebeu da plenitude, mas recebeu graça por
graça; e a princípio não recebeu da plenitude, mas continuou de
graça em graça, até receber a plenitude‖ 32
Conhecer todas as coisas, ou obter conhecimento, é muito
importante. O Profeta Joseph Smith nos ensinou:
―O homem não se salva mais rapidamente do que recebe
conhecimento, pois se não obtiver conhecimento, será levado ao
31
D&C 93:36 32
(D&C 93:12–13).
40
cativeiro por um poder maligno do outro mundo porque os
espíritos malignos terão mais conhecimento e, portanto, terão
mais poder que os homens aqui na Terra. Daí a necessidade de
receber revelação para nos ajudar e nos dar conhecimento das
coisas de Deus.‖ 33
A seção 93 de Doutrina e Convênios nos lembram que a quantia
de inteligência que recebermos dependerá diretamente de nosso
aproveitamento da luz e verdade que já recebemos.
Quando obedecermos à luz e à verdade que possuímos,
receberemos mais. Se desobedecermos ou não a aplicarmos,
perderemos o que havíamos obtido34. Se pausarmos para
calmamente perguntar ao Senhor quais são os princípios que
atualmente possuímos, mas não seguimos, o Espírito nos
responderá à pergunta.
Todas estas informações sobre a necessidade de obedecer à luz e
à verdade que recebemos se refletem nas visões de Abraão: ―E
33
Joseph Smith, citado em Bushman, Rough Stone Rolling, 436. 34
2 Néfi 28:30
41
assim os provaremos para ver se farão todas as coisas que o Senhor
seu Deus lhes ordenar‖ 35
Suas visões também nos ensinam o princípio de que se
obedecermos à verdade que recebemos, ser-nos-á dada mais até
estarmos cheios de luz e verdade, mas se não obedecermos ao que
já temos, perderemos a luz e verdade que anteriormente foram nos
dadas: ―E os que guardarem seu primeiro estado receberão um
acréscimo; e os que não guardarem seu primeiro estado não terão
glória no mesmo reino que aqueles que guardarem seu primeiro
estado; e os que guardarem seu segundo estado terão um acréscimo
de glória sobre sua cabeça para todo o sempre‖
Talvez perguntemos: Por que Deus deseja nos provar? E por
que ele dá mais àqueles que recebem e retira daqueles não lhe
obedecerem?
Em contrapartida às instituições do mundo que nos ensinam a
conhecer as coisas, o evangelho de Jesus Cristo nos desafia a
tornar-nos seres de grande valor.
Muitas passagens da Bíblia e das escrituras modernas falam do
juízo final em que as pessoas receberão um galardão de acordo
com seus atos ou obras ou o desejo sincero de seu coração. Mas há
ainda outras passagens que ampliam esta ideia, referindo-se ao
35
Abraão 3:25-26
42
fato que seremos julgados de acordo com o estado que atingirmos. .
. .
Baseando-nos em tais ensinamentos, concluímos que o
julgamento final não se tratará de uma simples avaliação do total
de atos bons e maus, ou seja, o que fizemos. Em vez disso, será um
reconhecimento do resultado de nossas ações e pensamentos, ou
seja, o que somos. Não basta só agir conforme os princípios
corretos sem seriedade. Os mandamentos, ordenanças e convênios
do evangelho não se tratam de uma relação de depósitos numa
conta celestial. O evangelho de Jesus Cristo é um plano que nos
ensina a nos tornar aquilo que Nosso Pai Celestial deseja que nos
tornemos. 36
Concluímos que nos encheremos de luz e verdade na mesma
proporção que obedecemos à luz e verdade que já temos. As nossas
perspectivas no juízo final serão determinadas em grande parte
pelo tipo de pessoa que somos e se conseguirmos tornar-nos seres
cheios de luz e verdade. Naturalmente a quantia de luz que
recebemos depende tanto de nossa obediência como de nossa
capacidade de receber a graça através de nossos esforços.37
36
Dallin H. Oaks, no Conference Report, October 2000 [Relatório da conferência geral de outubro de 2000], 40–41. 37
Cercando a Astronomia e os Egípcios - Religious Studies Center
43
Capítulo V
Os Princípios Sempiternos do Sacerdócio
“Um tempo futuro, no qual nada será retido — se há um Deus
ou muitos deuses, eles serão manifestados.38
38
D&C 121:28
44
Tão eterno como o Sacerdócio, são suas leis e princípios, seus
princípios corroboram com seus pilares e revelação, conhecimento
e fé. São determinados desde antes do que chamamos de ―eterno‖,
se é que podemos estender o tempo a tantas dimensões
incompreensíveis; Estes princípios são éditos reais das Deidades,
Inteligências maiores que emanaram poder e honra e
influenciaram inteligências subservientes, se baseiam nas leis de
conduta, na obediência a mandamentos estabelecidos e no
escalonamento de capacidade de inteligências mais antigas
receberem por direito governo sobre inteligências menores, ou
seja, sem conhecimento.
Estas Inteligências de eternidade a eternidade sempre
magnificaram condutas e valores inerentes ao sacerdócio:
1 — As Inteligências magnificam a Honra
2 — As Inteligências magnificam a Retidão
3 — As Inteligências magnificam a Ação
45
1 - As Inteligências Magnificam a Honra
Albert Einstein já nos ensinava esse principio, dizia ele que as
coisas que não sabemos literalmente NÃO existem, portanto, o
nosso universo será do tamanho de nosso conhecimento.
Este é um conceito muito importante que o SENHOR nos
ensinou pela simplicidade do Evangelho (porque não deve existir
a ideia de humanidade indouta nos Mistérios de Deus – Pois
onde há mistérios, há respostas) mas não são concedidas sem
propósito, devem ser buscadas e inferidas As respostas são
favorecidas aos que buscam com sabedoria e fé, pois são de origem
espiritual, e assim sendo não podem vir de outras fontes senão por
intermédio de revelação pessoal.
“E quando recebemos uma bênção de Deus, ministrada pelo
sacerdócio ou pela fé de quem solicitou esta benção, foi por
obediência à lei na qual ela se baseia, ou a obediência ao
princípio da fé.” 39
E quando não é reconhecida a obediência a uma lei específica
mas não é negada a benção aos que ―recebem a ação‖? 40
39
D&C 130:21 (Grifo do autor) 40
2º Nefi 2:14
46
Como se justifica então?
Quando o Jesus Cristo operava algum milagre, alterando a
natureza celular e biológica de corpos físicos doentes, aleijados,
decompostos, Ele sempre os despedia declarando:
—Vai, a tua Fé te Salvou.
No desejo de identificar uma relação doutrinária entre basear
alguma benção a uma lei específica o Cristo já a declarava.
A fé está logo abaixo na precedência dos mandamentos da Lei:
Primeiramente demonstrando Obediência, e por prerrogativa
então, não sendo possível a todas os filhos espirituais possuírem o
dom da obediência, ELE aceitava a manifestação da Fé, elemento
e princípio do evangelho já louvado e recompensado deste pré-
existência.
Por causa da fé, obediência, dons espirituais. Manifesta-se
então o princípio de que as inteligências possuem a capacidade de
identifica-lo.
É nesta capacidade que se inclui os poderes do Sacerdócio.
O Sacerdócio como poder tem a capacidade de receber e
conceder benções e ações sobre outras inteligências que a vista do
princípio da retidão, não foram merecidas, por este motivo se
manifesta o poder da divindade em suas ordenanças, poder de
47
perdoar, compaixão e amor, lendo entre linhas ―esta é a Doutrina
do Sacerdócio‖.
O Senhor Jesus Cristo sempre que curava o corpo também
curava a alma, e perdoava os pecados de seus irmãos espirituais
mesmo como inteligências subservientes.
A função maior do sacerdócio é cumprir aos que vivem o
ordenamento de leis dos Reinos de glória servir e ministrar aos
que vivem o ordenamento das leis dos reinos menores - Terrestrial
e Telestial.
A mercê de dezenas de histórias descritivas deste princípio no
novo testamento não há necessidade de replica destes, neste ponto
da escrita criativa.
48
2 - As Inteligências Magnificam a Retidão
“Pois a inteligência apega-se à inteligência...41
―Os direitos do sacerdócio são inseparavelmente ligados com os
poderes do céu e (…) os poderes do céu não podem ser controlados
nem exercidos a não ser de acordo com os princípios da retidão.‖ 42
Segundo a definição no dicionário Michaelis a palavra Retidão
define a natureza do homem, a linha de conduta e o status diante
de Deus. A palavra retidão, embora defina um status intencional
induz a ação de permanência no caminho metaforicamente
retilíneo, sem curvas ou desvios.
Retidão
Conformidade com a justiça, com a lei, com a razão,
com o direito; justiça, legalidade. Integridade de
caráter. Lisura de procedimento.
O Senhor requer que tenhamos a capacidade de compreender
nosso status diante Dele, se estamos permanentemente aptos a
exercer a delegação de Seus poderes concedidos por meio de
Juramento e Convênio como descrito em Doutrina e Convênios.
Os Sacerdotes recebem-no por juramento não-verbal, bem como
por convênio. Quando os sacerdotes são fiéis e magnificam os seus
41
D&C 88:40 42
D&C 121:44
49
chamados conforme as instruções de Deus, Ele os abençoa.
Aqueles que forem fiéis até o fim e fizerem tudo o que Ele requer
deles, receberão tudo o que o Pai possui 43
Aos que fazem este convênio o Senhor exige que estejam em
constante renovação espiritual, que o processo de arrependimento
seja tão constante quando o respirar, requer que os Sacerdotes,
semanalmente renovem seus convênio através das oblações por
meio do Sacramento nas reuniões dominicais.
Requer que se arrependam de lapsos contínuos, de seus pecados
nos ciclos semanais, sendo a maneira mais suave diante da
responsabilidade que cada um possui de magnificar sua vocação
que sobre eles foi investida e aceita. Para esta condição é também
necessário a compreensão do Sacrifício Expiatório de Jesus Cristo
viabilizando limpar o ―Vaso Interior‖ pelo arrependimento
pessoal e contínuo. Os sacrifícios inerentes a este processo de
pureza espiritual passa pela oferenda de um – Coração
quebrantado e um Espírito Contrito.
É sábio reconhecer que Não é requerido dos portadores do
sacerdócio Serem perfeitos, mas buscar a perfeição é, demonstra
compreensão do processo de arrependimento e da expiação de
Cristo, essência do evangelho, denota a necessária dependência da
fonte real da força e poder do Santo Sacerdócio.
43
D&C 84:33–39
50
3 - As inteligências Magnificam a Ação
A inteligências confiam em você?
O profeta Joseph Smith ensinou que a fé é um princípio de ação
e poder. Nós aprendemos que a fé é a certeza que os homens têm
da existência das coisas que Ele não viu, e o princípio de ação em
todos os seres inteligentes.
Estes seres inteligentes inferem a fé em inteligências menores
por meio da ação – A resultante da reação delas chamamos efeitos
do poder ou honra sobre as pequenas Inteligências que confiam
nesta convicção e certeza do agente da ação.
Se o homem considerar a si mesmo, e refletir sobre as operações
de sua própria mente, descobrirá rapidamente que é a fé, e
somente a fé, a causa movente de toda ação, e que sem a mesma,
tanto o corpo quanto a mente estariam em um estado de
inatividade, e todas as ações cessariam, tanto físicas quanto
mentais.
A ação é o alicerce para a manifestação do poder,
principalmente do poder Real, pois ele consiste na força, na
autoridade, na voz do Verbo, sendo o interlocutor apenas um
representante de Jesus Cristo que manifesta a mesma confiança e
força na tarefa. Nisto as Inteligências confiam e retribuem a
51
confiança do interlocutor que atua no sacerdócio na mesma
medida de confiança e certeza que ele tem e aplica sobre elas.
Sempre que trabalhamos para alcançar uma meta digna,
demonstramos fé por meio de evidências anteriores e por meio da
ação convicta.
Manifestamos nossa esperança e energia em algo que ainda não
podemos ver. A esperança não é somente um desejo, deve ser o
prefácio do agir, do fazer da certeza de romper as barreiras do
impossível e receber dos Céus apenas o que não podemos fazer por
nós mesmos, todo o restante deve ser realizado pela força e energia
da autoridade e poder que nos foi delegado para realizar a ação.
Lembro-me de Amon e sua espada afiada que teve de dilacerar
tantos braços para ganhar a confiança do Rei Lamoni, e mostrar
ao Senhor que sua fé ia além do desejo, do esmorecer na sombra e
esperar que Deus fizesse o trabalho duro.
―Mas a fé não é somente um princípio de ação, mas também de poder, em todos os seres inteligentes, seja no céu ou na terra. 44
44
Dissertações na Fé - 1833
52
Capítulo VI
Manifesta-se a Honra das Inteligências
Para Vosso proveito e instrução...
53
Néfi ensinando a seus filhos sobre a criação esclareceu o
seguinte: Ou somos inteligências servindo a humanidade, ou
estamos nós sendo passivos e recebendo a ação de inteligências
superiores, deuses com o poder do sacerdócio, agindo sobre nós:
“ E agora, meus filhos, digo-vos estas coisas para vosso
proveito e instrução; pois existe um Deus e ele criou todas as
coisas, tanto os céus como a Terra e tudo o que neles há, tanto
as coisas que agem como as que recebem a ação.” 45
Por certo devemos acreditar que Néfi se referia coisas
(Inteligências maiores) agindo sobre coisas menores
(Inteligências menores), ou poderes maiores exercendo domínio
justo, no que concerne a criação pois as escrituras nos dizem que o
deuses operaram a autoridade sacerdotal na criação da Terra e
eles esperaram as inteligências obedecerem livremente, não as
compelindo.
É correto pensar que se decidirmos não mais usar o sacerdócio
com o propósito correto de Servir dentro dos padrões de dignidade,
encobrindo nossas falhas e não nos arrependemos delas, estaremos
somente querendo agir sobre as inteligências menores e exercer –
Injusto Domínio.
É replicar a intensão de Lúcifer, a Estrela da Alva, uma das
inteligências mais desenvolvidas, filho espiritual do Pai, e que no 45
2º Nefi 2:14
54
grande conselho dos deuses se impôs seu maior intento, ser maior
que o Altíssimo, e para isso deveria receber a Honra das
inteligências do Universo, mas não a sua confiança.
—Dai-me tua Honra.
Lê-se nas entre linhas,
—Dê-me teu poder sobre as inteligências e elas me honrarão.
Pois eu as preservei, pois no meu plano, não há risco das grandes
e nobres inteligências se perderem, não irão regredir a
inteligências menores.
A declaração de desabafo do Pai, referindo-se a Seus filhos que
falham quando são seduzidos pelo deslumbre deste mesmo desejo
de Lúcifer:
―Aprendemos, por tristes experiências, que é a natureza e índole
de quase todos os homens, tão logo suponham ter adquirido um
pouco de autoridade, começar a exercer imediatamente domínio
injusto.‖
Qual o risco de se aplicar ―Injusto domínio‖ sob a ótica da
doutrina do progresso eterno das inteligências?
O de replicar o desejo de Lúcifer
– Coloquemos camisas de força nas inteligências, suprimamos
seu livre arbítrio e assim elas não se perderão, e também não irão
55
evoluir...pois a parte mais importante do domínio dado ao homem
é o Autodomínio. 46
As Rebelião ou Revolução é a principal consequência nas
decisões de toda inteligência, sob domínio injusto. E em alguns
casos consideradas justas e/ou justificáveis.
A prerrogativa do Sacerdote é saber que exercer o ―servir‖ com o
governo sacerdotal, não pode ter critérios mesquinhos. Estes
propósitos devem ser unicamente o de prover o necessário até que
se tornem auto suficientes em sua capacidade de obedecer
retomando os trilhos de seu progresso eterno. 47
Podemos sugerir um milhão de ―coisas agindo sobre coisas‖ que
os sacerdotes podem prover auto suficiência por meio do
Sacerdócio.
Vejamos algumas sugestões do poder Sacerdotal:
1. Abençoar a estrutura da moradia que não queremos que
caia sobre uma família que reside naquela casa.
2. Abençoar um animal de estimação que está enfermo
quando isto for muito importante para a família.
3. Abençoar um bem material que representa o sustento de
uma família.
46
Élder Sterling W. Sill – Conference Report - Outubro 1963 pags 77-78 47
Abraão 4:21,25
56
4. Consagrar uma cidade inteira a obra missionária em
momentos de grande dificuldade deste trabalho.
5. Em situações criticas usar o sacerdócio como chamado
para que venha o socorro imediato.
6. Consagrar uma cidade ou região como mercado de
trabalho para os justos, que guardam os mandamentos.,
para não fiquem desempregados.
7. Exercer a liderança teocrática da Igreja de Jesus Cristo;
8. Atuar em conselhos representativos da Igreja de Jesus
Cristo;
9. Servir aos santos do Último Dias em assuntos que exijam
revelação pessoal e chaves familiares;
10. Receber chamados com as chaves do Sacerdócio;
11. Servir os Santos nos assuntos de dignidade pessoal
quando em chamado para isso;
12. Manipular e operar alterações nos elementos da
natureza;
13. Reconhecer dons Espirituais;
14. Aplicar a doutrina do Sacerdócio segundo D&C 121:45
15. Reconhecer a possessão de espíritos imundos.
16. Efetivar a ordenança de Exorcismo de pessoas possessas.
17. Conceder Benção de Cura e de Saúde.
18. Conceder Benção de Consolo.
57
19. Comandar as intempéries da natureza em ambiente de
sinistros.
20. Abençoar membros da família na iminência de grandes
desafios.
21. Conceder bênção de consolo e passamento em pacientes
terminais segundo revelação do Senhor.
22. Santificar os cômodos residenciais.
23. Conferir o Sacerdócio e Ofícios do Sacerdócio.
24. Conceder chamados, quando em exercício das chaves do
Sacerdócio.
25. Ordenar missionários de tempo integral.
26. Estabelecer domínio sobre inteligências inferiores
quando movidos pelo Espírito Santo.
27. Selar ordenança de ―limpar o pó dos pés‖ segundo
orientado pelo Espírito Santo. (Esta ordenança não deve
ser realizada motivada pelo ódio)
28. Invocar os poderes de anjos e guardiões para proteção
pessoal.
29. Ter acesso às inteligências do universo, e organizá-las, e
criar planetas e organizar reinos. (Realizada além do Véu
da morte)
30. Exercer a prerrogativa de ordenamento para gerar
filhos espirituais com os nossos corpos ressuscitados.
(Realizada além do Véu da morte)
58
31. Realizar as ordenanças nos templos como: Unção,
Selamento matrimonial e Investiduras a favor de vivos e
vicariamente pelos antepassados.
O Sacerdócio quando conferido aos homens tem entre outros
objetivos, tornar o seu portador um homem melhor e manifestar o
poder da Divindade, é uma instrumento que não pode ser
guardado, esquecido ou mesmo escondido. Quem o recebe faz
convênio de usa-lo mediante dignidade e em representação do
Senhor Jesus Cristo, sua essência é a ação quando nos movemos
de íntima compaixão sem dolo e compulsão, pois a compulsão é
algo alheio ao reino de Deus.
No que diz respeito ao exercício do Sacerdócio pelos mortais, há
um rigoroso mandamento de que somente deve ser usado "com
benignidade e conhecimento puro, que grandemente ampliarão a
alma sem hipocrisia e sem dolo", pois ―...Nenhum poder ou
influência pode ou deve ser mantido em virtude do sacerdócio, a
não ser que seja com persuasão, com longanimidade, com
mansuetude e ternura, e com amor não fingido.‖ 48
Sabemos que, se qualquer um tentar o uso da força ou da
compulsão pelo poder do sacerdócio, ser-lhe-á tirada a autoridade.
48
D&C 121:41-42.
59
Compulsão e força são princípios pertencentes ao reino de
Satanás. Nelas se baseia o seu reino e, devido a elas, cairá. 49
Mosias no Livro de Mórmon, soube vincular bem as ações e
atributos inerentes ao serviço a favor do próximo representando o
primeiro consolador:
Servir ao Próximo é interceder a Ação representando as
manifestações e atributos do próprio Senhor.
“E eis que vos digo estas coisas para que aprendais
sabedoria; Para que saibais que quando estais a serviço do
próximo, estais somente a serviço de vosso Deus.50
O Profeta Joseph Smith em um momento crítico de sua vida,
enquanto encarcerado já a muitos meses em uma prisão cuja
altura nem o permitia ficar de pé, em sua angustia recebeu a
certeza de que todo o sofrimento que passava se instanciaria
apenas como ―um momento‖.
São claras as intensões de um Deus que concede Sua
autoridade a seus filhos justamente para que esta seja um bálsamo
em momentos assim, de condição e necessidade. “...que tuas
entranhas também sejam cheias de caridade para com todos os
homens e para com a família da fé; e que a virtude adorne teus
49
Caminho da Perfeição – Joseph Fielding Smith pag. 161 - 162 50
Mosias 2:17
60
pensamentos incessantemente... e a Doutrina do Sacerdócio
destilar-se-á sobre tua alma como o orvalho do céu. 51
É neste interim que se manifesta ―...a serviço do próximo‖, se
escarnece aqui a visão da Deidade para Seus filhos e o servir passa
a ser chamado de ―Doutrina do Sacerdócio‖.
Em poucos momentos e circunstancias o Sacerdócio é utilizado
para outros fins senão o de promover o progresso eterno das
inteligências, esses aspectos são de natureza mais destrutivas,
muitas vezes citadas nas escrituras.
Veremos mais a frente quando isso acontece e qual a relação
das Inteligências e o sacerdócio como força destrutiva.
51
D&C 121:45
61
Capítulo VII
A Inteligência se apega a Inteligência
62
Aproximadamente 1450 anos antes do meridiano dos tempos,
em que o Redentor Universal escolhido por nós na madrugada de
nossa existência, monte Sinai e em suas redondezas, encontramos
Moisés em conversação com o Senhor porque ele temia os egípcios;
Ele teve grande medo por que seu chamado exigia o seu retorno a
terra dos faraós com uma missão muito difícil, tirar seu povo do
cativeiro, ele não sabia ainda como.
Até aquele momento ele não conhecia o verdadeiro poder do
Sacerdócio que recebera pelas mãos de seu sogro Jetro, pai de
Séfora (ou Zipora em Aramaico). E vendo o medo que dominava o
coração de Moisés, o Senhor decidiu dar-lhe um ―treinamento
básico‖ metaforicamente falando, acerca dos padrões de
organização que Ele utilizou nas inumeráveis inteligências, Elas,
as mesmas que foram organizadas na criação da Terra para se
combinassem formando os elementos da matéria inanimada e
também dos corpos físicos dos seres vivos; E ordenando-as
observou as diversas leis que cada uma delas decidiam obedecer
(Abraão 4:10,12 e 18), pois não podiam ser compelidas, Eram aos
olhos do Criador, somente elementos organizados e unidos a uma
porção finita de Inteligência ; Ele então ensinou a Moisés que
estes inumeráveis elementos são controlados pelo Santo
63
Sacerdócio, e isto somente poderia acontecer através de
ordenanças específicas.
Moisés aprendeu que o Pai Celestial é capaz de falar a todas as
inteligências de modo a torná-las novamente em pó quando quiser
ou dizer-lhes tal como disse à mão de Moisés, Êxodo 4:6-7 (Grifo
meu).
"Moisés mete a tua mão em teu seio" e quando Moisés meteu a
sua mão em seu seio o Senhor disse para aquelas pequenas
inteligências: "Agora meus pequenos filhos transformem-se,
talvez ......em....lepra" . Depois disse a Moisés: "Moisés tira a tua
mão para fora" . Lepra, incurável, dominava toda a sua mão
prestes a transformar-se de novo em pó. Disse o Senhor a
Moisés: "Moisés mete de novo a tua mão em teu seio" . Deus
disse às pequenas inteligências: "Agora meus pequenos filhos,
cada um aos seus lugares iniciais" . Quando Moisés tirou a mão
já se encontrava normal, rosada, forte e limpa.
Este pequeno curso intensivo do poder do sacerdócio foi
descritivo e prático, Moisés como todo ser humano comum,
embora já soubesse com Quem estava a falar, não entendia ainda
que as grandes criações de Jeová, eram inteligências consortes aos
mesmos objetivos da grande obra que já havia sido concluída em
64
muitos outros mundos, e que a extensão desta criação era
totalmente conhecida Dele.
Estas Inteligências, utilizadas na criação deste mundo que
hoje é a nossa casa, foram organizadas e unidas aos vastos
elementos materiais disponíveis no Universo e escalonadas nas
diversas categorias para que cumprissem os propósitos de sua
criação.
Elas são independentes, e agem voluntariamente. Não são
jamais compelidas, e os Céus, em qualquer momento em que
ordenou seu reordenamento esperam nelas até que obedeçam,
Exatamente como nós.
Em condições muito posteriores, no meridiano dos tempos,
vimos este processo ocorrer narrados nas escrituras.
O Sacerdócio deu a voz de comando a uma baleia para que
a caminho do mar de Nínive engolisse Jonas?
O Sacerdócio deu a voz de comando aos peixes do Mar da
Judéia para que entrassem ordenadamente na rede dos
barcos de Pedro e seus pescadores?
O Sacerdócio deu a voz de comando para que a figueira
que não dava frutos, justamente quando seu Senhor estava
com fome, que morresse de imediato. Etc. etc, etc...
65
Estas Inteligências são escalonadas, da menor para a maior, a
maior delas todas é o próprio DEUS, e nós estamos no meio desta
escala. Algumas delas foram designadas para se tornarem plantas,
outras animais, e aquelas que eram as muito especiais,
inteligências extremamente desenvolvidas a ponto de até mesmo
serem portadoras da mesma autoridade do Criador para organizar
inteligências assim como o Pai fez desde o princípio, foram-
lhes concedidas corpos feitos à imagem de seu Criador, Jeová. Nós
somos essas inteligências, e somos especiais. Nós somos ...a geração
escolhida e sendo chamados e preparados desde a fundação do
mundo, segundo a presciência de Deus, por causa de nossa grande
fé e boas obras, sendo primeiramente livres para escolher o bem
ou o mal; portanto, tendo escolhido o bem e exercendo uma fé
muito grande, fomos chamados com uma santa vocação, sim, com
aquela santa vocação que nos foi preparada com uma redenção
preparatória e de conformidade com ela.‖ (Alma 13:3 Grifo Meu)
E ainda sem a inferência, sem termos exercido fé e colocado a
prova a supremacia do Santo Sacerdócio sobre os elementos
poderiam até perguntar: - Preciso saber disto para exercer o
Sacerdócio?
- Não diria eu, mas não esquecendo que quase em sua maioria,
os Elderes de Israel receberam dons espirituais, o Senhor espera
que como dádiva, estes dons sejam aperfeiçoados, como um talento
sendo multiplicado pelo juramento do Sacerdócio.
66
E isto seria com certeza uma preocupação que o Pai Celeste
tem com seus filhos espirituais que são portadores do Sacerdócio
eterno ele diz: ―Meu querido filho, seja responsável com o
Juramento e Convênio do Sacerdócio que fizeste comigo pois...‖É
impossível ao homem ser salvo em ignorância.‖ 52
52
D&C 131:6 (grifo do autor).
67
Capítulo VIII
As Inteligências Conosco no Princípio
“ Eu sou o Senhor teu Deus, eu sou mais
inteligente que todos eles.53
53
Abraão 3:19
68
O processo pelo qual a criação aconteceu, seus detalhes ao longo
de Sete etapas, engajou um trabalho de união dos elementos,
tornando-os suscetíveis ao aperfeiçoamento. Foram apresentados a
nós na pré-existência, lá conhecemos suas peculiaridades e
importância, até porque, eram muitas delas, inteligências muito
mais desenvolvidas e que estavam dispostas a nos servir. Foi
importante saber disso, preparou o nosso entendimento e
expectativa para a esperada experiência mortal – O Segundo
Estado.
Para entender estas grandes e pequenas inteligências
abordaremos 20 características que definem sua natureza coletiva,
vamos no entanto, abstrair o ponto em que elas estão na escala de
progresso eterno, no extremo esquerdo desta escala estão as mais
elementares que não conseguiram se sobressair no processo de
aprendizagem (por exemplo os pequenos animais e insetos), e no
outro extremo da Escala a mais alta e desenvolvida inteligência –
O Pai Eterno.
Todos os elementos não refinados da Terra (matéria dos reinos
animal, vegetal e mineral), possuem uma inteligência finita e
obediente unida a eles, Agora escutem as palavras de Brigham
Young discutindo este principio:
"Há luz ou inteligências em toda a matéria através da vasta
extensão das eternidades. Ela está nas rochas, na areia, na
69
água, ar, gases em todos os tipos de matéria organizada, seja
ela sólida, liquida ou gasosa, partícula operando partícula".
De repente começamos a ter a visão do milagre da criação de
Deus. Ele vai ás trevas exteriores das inteligências desorganizadas
e organiza pedaços de elementos, combinando-os para que uma
pequeníssima porção de matéria tenha uma inteligência e assim
ele pode comandá-las e se combinarem de certas maneiras. O
Senhor diz: "Eu dei um padrão a cada uma delas, que se torna a
Lei pela qual elas agem". Algumas inteligências aceitaram a
passagem de eletricidade e outras ofereceram resistência, algumas
combinar-se-ão com várias coisas e teremos como resultado uma
combinação.
Duas partículas de hidrogênio e mais uma de oxigênio, formam
aquilo a que chamamos de água. Isso acontece porque é assim que
elas estão organizadas. Elas estão tão maravilhosamente
organizadas que podemos agarrar uma pequena e complexa
organização chamada célula, que vai ser fertilizada por outra
célula, e em nove meses devido à organização do DNA (que foi
estabelecida por uma inteligência superior que é o nosso Pai
Celestial) ela se desenvolverá em milhões de milhões de células até
se tornar num ser humano. E tudo segundo um modelo.
70
Todas estas maravilhosas inteligências reconhecem o
Sacerdócio como o poder que as organizou e ouvem e atendem a
voz de comando, quando autorizada por Deus:
1- São entidades organizadas, mas, jamais criadas por Deus;
2- Evoluíram até o ponto limite, Ciclo a Ciclo. Como nós até o
momento.
3- Inteligências superdesenvolvidas tornaram-se filhos
espirituais da Deidade;
4- Vivem segundo uma lei específica que define seus padrões de
organização.
5- Possuem o livre Arbítrio, são independentes e não podem ser
compelidas.
6- São constituídas de consciência e obedecem ao Sacerdócio
Eterno para se reorganizar.
7- Reconhecem e obedecem a inteligências superiores.
8- Reconhecem e obedecem aos comandos do Santo Sacerdócio.
9- Podem voluntariamente servir inteligências inferiores.
10- Unem-se a outras Inteligências para cumprir os propósitos
no plano de salvação.
11- Adquirem conhecimento e evoluem se quiser.
12- São capazes de entender e exercer Compaixão.
13- Os céus esperam nelas até que obedeçam.
14- Toda matéria tem sempre contida um elemento finito de
inteligência.
71
15- As inteligências em criaturas vivas tem o hábito de se
rebelar, gerando enfermidades.
16- Tem um padrão individual que se tornam lei pelo qual agem.
17- As inteligências obedientes são os elos de execução dos ciclos
de existência de cada mundo que está diante do Senhor e é
conhecido por Ele.
18- As inteligências são as entidades que exigem a justiça e
requerem o arrependimento de inteligências superiores ou
inferiores para que retornem a Deus.
19- São o principal motivo da construção do plano de expiação e
redenção entre as inteligências evoluídas por Deus.
20- Permitem que seu estado de rebeldia cesse por comando do
Sacerdócio.
Dentre vinte características, cinco serão nosso objeto de estudo:
Uma análise desses itens requer a abstração do conceito comum,
ou seja, desconsideramos a opinião, crença e natureza científica,
porque estes, não estão em julgamento; Também não serão
considerados os meios pelos quais os fatos aconteceram, como
aconteceu não será nosso foco, o mais importante é ―saber‖:
“Não existe algo como matéria imaterial. Todo espírito é
matéria, mas é mais refinado ou puro e só pode ser discernido
72
por olhos mais puros; Não podemos vê-lo; mas quando nosso
corpo for purificado, veremos que ele é todo matéria..” 54
“O espírito do homem [é] à semelhança de sua pessoa.55
Jesus ensinou o seguinte, na ocasião em que o irmão de Jarede
viu o corpo pré-mortal do Senhor: “Vês que foste criado
segundo minha própria imagem? Sim, todos os homens foram
criados, no princípio, a minha própria imagem.
( … ) Este corpo que ora vês é o corpo do meu espírito; e o
homem foi por mim criado segundo o corpo do meu espírito; e
assim como te apareço em espírito, aparecerei a meu povo na
carne.” 56
Vemos que o desenvolvimento do espírito traz consequências
eternas. Os atributos pelos quais seremos julgados são aqueles
que pertencem ao espírito. Eles incluem virtudes como a
integridade, a compaixão, o amor e ações derivadas destes
atributos e como nossos corações se alteraram com elas. O espírito
que se abriga em seu corpo é capaz de desenvolver-se e manifestar
esses atributos de maneiras que são vitais a seu progresso
eterno.57
54
D&C 131:7-8 55
D&C 77:2 56
Éter 3:15–16. 57
Ver 2 Néfi 2:11–16, 21–26; Morôni 10:33-34
73
O espírito e o corpo, quando reunidos, tornam-se uma alma de
valor transcendental. Nós realmente somos filhos de Deus, tanto
no sentido físico quanto espiritual.
O primeiro filho espiritual que recebeu um corpo espiritual como
já vimos anteriormente em Eter 3:15-16 foi Nosso Salvador Jesus
Cristo, Ele é o primogênito – o primeiro o Alfa e o Ômega, O
princípio e o fim. Nele somos glorificado e isso significa que nós,
por sua graça, fomos como inteligências Superdesenvolvidas
unidas a um corpo espiritual e evoluímos sendo aperfeiçoados em
atributos tais como: ―fé, ( … ) virtude, ( … ) conhecimento, ( … )
temperança, ( … ) paciência, ( … ) bondade fraternal, ( … )
piedade, ( … ) caridade, ( … ) humildade ( … ) [e] diligência.‖
Segundo definido em D&C 4:6;
As inteligências são constituídas de consciência, e obedecem as
Inteligências Superiores e ao Sacerdócio.
Abrindo o livro de Pérola de Grande Valor, os portadores do
Sacerdócio descobrem que este nome é forte e justificável mas que
na verdade não é uma auto denominação, acredito até que a pérola
de grande valor se refere mais ao santo e eterno Sacerdócio.
Muitas são suas referências do poder que nós temos nas mãos. Em
74
Abraão Capítulo 4 versículo 18 se faz mais uma destas referências
de importante necessidade de interpretação, mesmo em contexto
hermenêutico...
“...E os Deuses viram que seriam obedecidos, e que seu
plano era bom.58
Um organismo vivo, permanecer consciente significa que tem a
capacidade intelectual de pensar, sentir, exercer decisões e
reconhecer sua origem, ou seja, conhecer e reconhecer a força pela
qual foi criada. Não estou a descrever um ser dotado de ―crença‖,
estou a declarar que os seres vivos ―sabem‖ quem os criou e a quem
devem obedecer se chamados a se reorganizar. Posso citar duas
Inteligências que se reorganizam sob o comando do sacerdócio;
Um a ciclos milenares e outro a ciclo diário, para ilustrar estas
características em suas esferas de existência:
O sol, nosso Astro quente no nosso Sistema Solar em um ponto
exterior da orla da Via Láctea e o seu Pâncreas.
Sim, seu pâncreas ele tem a capacidade padrão de se renovar a
cada 24 horas abstraindo o estado de seu corpo dia-a-dia, os órgãos
do corpo humano também são inteligências, assim como ossos,
sangue e tecidos, todo o nosso corpo é interligado por pequenas
58
Abraão 4:21
75
inteligências, os quais nós administramos com alimentos,
exercícios derivando saúde; Estes órgãos são alimentados com
sangue, o fluxo de vida em nossos corpos físicos; E o cérebro, a
mais complexa estrutura humana que tem um potencial de uso
ainda muito pequeno, nós humanos temos uma capacidade
cerebral menor que o Golfinho.
Já o sol, a estrela mais quente do nosso pedaço de Universo, em
ciclos milenares, fornece energia as outras inteligências
planetárias e lunares na nossa Via Láctea, sim este sol, que tem
um tamanho proporcional a 300 vezes o tamanho da Terra, já foi
interpelado e ordenado a ceder ao comando do sacerdócio eterno,
ocorrido registrado no Velho Testamento:
‖ ...Josué falou ao Senhor no dia em que ele entregou os
Amorreus nas mãos dos filhos de Israel, e disse em presença dos
israelitas: Sol, detém-te sobre Gabaon, e tu, ó lua, sobre o vale de
Ajalon.
―E o sol parou, e a lua não se moveu até que o povo se vingou de
seus inimigos.... O sol parou no meio do céu, e não se apressou a
pôr-se pelo espaço de quase um dia inteiro.‖ Os céticos da ciência
adoram dizer que isto é uma loucura e que tal não é possível sem
que se destrua o Sistema Solar inteiro, o que você acha? Os
poderes de Deus são limitados a lógica científica? Cabe lembrar
que como inteligência o Planeta Terra tem consciência de quem
76
deve obedecer ao Sacerdócio, o mesmo acontece com todos os
planetas e astros que os criou, e isso não é uma lógica científica, é
um fato inferente.
A Intervenção de Josué como Senhor do Sol não foi a única
conhecida por nós na análise das escrituras, podemos citar:
- O próprio Moisés comando as inteligências das águas do Mar
Vermelho, das rochas do deserto brotando água, das cobras das
serpentes e animas a serviço do Senhor e do maná dos céus;
- Do desafio de Elias no embate com os 450 profetas de Baal (I
Reis 18:1-45) em que não só teve controle da capacidade de
inflamar a própria água alterando suas características químicas
como também controlando as nuvens para desencadear raios sobre
o holocausto e os incendiá-los no lugar e horário correto, nem se
poderia alegar que foi coincidência pois não havia nuvens, um
flagrante fenômeno que demonstra os poderes do Sacerdócio sobre
a química e sobre a eletricidade, caracterizando estas fenômenos,
não descobertos, como Inteligências a serviço de outras
inteligências superiores, o homem.
- Os temores de Néfi, filho de Néfi, quando aflito por seu povo,
que iminentemente estava prestes a ser destruído, pediu a Deus
que ouvisse suas orações ‖...e aconteceu que as palavras que Néfi
ouviu se cumpriram segundo o que fora dito; pois eis que, ao pôr-
do-sol, não houve escuridão; e o povo começou a admirar-se,
77
porque não houve escuridão quando chegou a noite.‖ O fato de não
haver escuridão foi o símbolo que o Salvador escolheu para
atribuição do fato de que Ele, aquele que estava conosco nas eras
milenares anteriores, quando apresentou o plano que era bom
para nós, estava para nascer no dia seguinte, iniciaria a
dispensação da plenitude dos tempos e traria a luz do evangelho
Seus filhos espirituais que apoiaram e defenderam o plano. Não
houve outro homem em vida mortal que demonstrasse tanto poder
sobre as inteligências quanto o Salvador Jesus Cristo, quando
desde os primórdios de antes da fundação do mundo já aprendia
com Seu Pai como ordenar estas inteligências e ser obedecido.
Com isso Ele revelou que estava na Terra para nele se manifestar
a glória de Seu Pai. Em tudo via motivo de citar esta glória que
em entendimento claro deveria era o poder do Sacerdócio que
recebera de Seu Pai como primogênito. Passara milênios
aprendendo com Ele como organizar e comandar as inteligências
do Universo usando-as para os propósitos do Plano de Salvação.
A maior parte de Seus milagres se mostrava associada a esta
capacidade divina de comandar inteligências, sejam elas do reino
dos vivos ou dos mortos a inteligência que estava organizada na
matéria inanimada também estava sob Seu comando, vejamos
alguns destes feitos:
78
- Curar o corpo de cegos, coxos, aleijados por seus artelhos, ossos
e tendões;
- Andar sobre as águas do mar morto (as águas, como
Inteligência já haviam sido grandemente utilizadas para outros
propósitos no dilúvio e na morte de milhares de egípcios que
perseguiam os Israelitas no Mar Vermelho);
- Comandar cardumes de peixes (inteligências animais) para as
redes de Pedro e seus pescadores;
- Modificar as leis químicas da água transformando-a em
vinho com sabor inigualável;
- Transformar um punhado de pão e peixes em uma
multiplicação exponencial de matéria similar gerando outros pães
com o mesmo teor nutritivo.
- Restaurar a vida ao corpo de Lázaro que já estava em estado
de composição, mas o Senhor ordenou que sua carne, ossos e
tendões se refizessem, e que surgisse novamente sangue em suas
veias e artérias e a partir daí, conduzir as inteligências de seus
órgãos a se reconstruirem, sob o comando do Sacerdócio.
Restaurar a cartilagem de leprosos, e os olhos de cegos, pois
para o Senhor cujo domínio do Sacerdócio era simples, mas a
gratidão era necessária para o manifesto da glória de Seu Pai que
79
era o propósito de seus milagres (manifestar neles a glória de
Deus);
E por fim, rompeu os céus em tempestades, trovões e chuvas
grandemente presenciadas por todos, no antigo mundo, e rompeu o
véu do templo que pelas suas propriedades era impossível.
O Templo de Salomão tinha 30 côvados de altura (1 Reis 6:2),
mas Herodes tinha aumentado sua altura para 40 côvados de
acordo com as escritas de Josefo, um historiador do primeiro
século. Não temos certeza a que um côvado se compara em metros
e centímetros, mas podemos supor que esse véu tinha mais ou
menos 18 metros de altura. Josefo também nos diz que o véu tinha
12 cm de grossura, e que cavalos puxando o véu dos dois lados não
podiam parti-lo. Oxalá se os efeitos desta manifestação do
sacerdócio, que de nada se assemelhava à criação, pois estava
objetivada para outra função do Sacerdócio Eterno – A
destruição.
Nas américas a destruição foi devastadora, ceifando a vida de
milhões de pessoas, em apenas algumas horas, como lemos nos
registros de Nefi:
E aconteceu que no trigésimo quarto ano, no primeiro mês, no
quarto dia do mês, levantou-se uma grande tormenta como nunca
antes havia sido vista em toda a terra. E houve também uma
80
grande e terrível tempestade; e houve terríveis trovões que
sacudiram toda a terra como se ela fosse rachar-se ao meio.
E houve relâmpagos tão resplandecentes como nunca vistos
em toda a terra.
E a cidade de Zaraenla incendiou-se.
E a cidade de Morôni submergiu nas profundezas do mar e
seus habitantes afogaram-se.
E a terra cobriu a cidade de Moronia, de modo que em lugar
da cidade apareceu uma grande montanha.
E houve uma grande e terrível destruição na terra do sul. Mas
eis que houve uma destruição muito maior e mais terrível na
terra do norte; pois eis que toda a face da terra foi mudada por
causa da tempestade e dos furacões e dos trovões e relâmpagos e
dos violentos tremores de toda a terra.
E romperam-se os caminhos, desnivelaram-se as estradas e
muitos lugares planos tornaram-se acidentados. E muitas
cidades grandes e importantes foram tragadas e muitas se
incendiaram e muitas foram sacudidas até que seus edifícios
ruíram; e seus habitantes foram mortos e os lugares ficaram
devastados.
81
E algumas cidades permaneceram; mas sofreram grandes
danos e muitos de seus habitantes foram mortos. E houve alguns
que foram levados pelo furacão e, onde foram parar, ninguém
sabe; sabe-se apenas que foram levados.
E assim a face de toda a terra ficou desfigurada, em virtude
das tempestades e trovões e relâmpagos e tremores de terra.
E eis que as rochas se fenderam ao meio; elas foram
despedaçadas em toda a face da terra, de tal forma que foram
encontradas em fragmentos e rachadas e partidas em toda a face
da terra.
E aconteceu que quando cessaram os trovões e os relâmpagos
e a tormenta e a tempestade e os tremores de terra — pois eis
que duraram cerca de três horas, sendo dito por alguns que
duraram mais tempo; contudo, todas essas coisas grandes e
terríveis duraram cerca de três horas — e então, eis que houve
trevas sobre a face da terra.
E aconteceu que houve trevas espessas sobre toda a face da
terra, de modo que todos os habitantes que não haviam caído
podiam sentir o vapor da escuridão. E por causa da escuridão
não podia haver luz nem velas nem tochas; nem conseguiram
82
fazer fogo com sua lenha fina e extremamente seca, de modo que
luz nenhuma foi possível haver.
E não se via luz alguma nem fogo nem lampejo nem o sol nem
a lua nem as estrelas, tal a densidade dos vapores de escuridão
que estavam sobre a face da terra. E aconteceu que essas trevas
duraram pelo espaço de três dias, nos quais não foi vista luz
alguma; e houve grandes lamentações e gemidos e pranto entre
todo o povo, continuamente; sim, grandes foram os gemidos do
povo por causa das trevas e da grande destruição que
sobreviera.”
Todos estes relatos podem nos induzir a pensar o quão insensato
pode ser um Deus em usar tanto poder para a destruição de tantos
inocentes, mas é um erro grotesco esta linha de pensamento. Tal
feito não teve por autoria o Criador de Mundos sem fim, e sim as
nobres e grandes inteligências deste mundo, as montanhas, os
ventos, a eletricidade viva das nuvens, as chuvas, a terra, rochas e
águas que choraram pelo sofrimento de seu Primogênito. Sim,
aconteceu que em todas as Ordens de inteligências, houve rebelião
por um mero instante em sua existência e rasgaram suas vestes
espirituais e seus elementos físicos se tomaram de grande revolta
pelo sofrimento do Salvador da humanidade, mas que se fazia
tornar realidade o que Ele próprio se propôs sacrificar aos Seus
irmãos e irmãs, dar a sua vida e tornar a toma-la.
83
A expiação então estava completa, sua compaixão havia triunfado
sobre o mal, e aceita como bom preço de sangue pelas inteligências
do Universo para que superasse a justiça.
Estava consumado Sua missão, aquela que aceitamos com nossas
mãos erguidas e almas dispostas a apoia-Lo nesta vitória para
retornarmos a presença do Pai.
84
Capítulo IX
As Inteligências exercem Compaixão.
85
O grande profeta e guerreiro Néfi nos declara que acabaríamos
por ter o mesmo destino que Satanás e os seus anjos se não
houvesse uma expiação. Está absolutamente além das capacidades
do nosso Pai Celestial levantar aqueles seus filhos que tropeçaram
ao longo do processo de aprendizagem para distinguir o bem do
mal, e trazê-los de volta à sua presença, visto que ele tem de agir
de acordo com a lei.
Se ele não o fizesse, todas as outras inteligências lhe diriam:
—"Pai agora que eles pecaram e regrediram em glória, eles não
podem voltar. Lembras de todas as leis que nos trouxeram de
volta? Nós não conseguimos ser aquelas inteligências especiais
como querias, fomos graduados como inferiores! Lembras???
Lembras das leis sobre as quais estavas sempre a falar?"
As Inteligências são então aquelas que exigem justiça e não
permitem que as outras Inteligências que não cumprem a lei
retornem a Deus.
―As exigências da justiça‖ - é o que aquelas pequenas
inteligências insistem. As inteligências dizem:
— "Eles não podem voltar a ti Pai, pois não cumpriram a lei!" .
Então onde está a capacidade intrínseca de exercer compaixão
da inteligências menores? Muito simples, estão a seguir a lei de
que devem obedecer o Sacerdócio e servir as outras inteligências,
86
principalmente as superiores as elas. E o fazem porque tem
consciência de que sem elas o plano organizado pelo Pai Celestial
não teria como acontecer, como poderíamos passar pela
experiência mortal do segundo estado sem as importantes
inteligências da natureza viva (água, arvores, raízes, chuva,
eletricidade, terra, adubo, minhocas para o processo de irrigação
da terra, elementos químicos que fazem acontecer as variações do
solo, a grama e seus pequenos animais e insetos, etc). E isso elas
fazem muito bem.
O Sacerdócio intercede a rebelião das Inteligências
Estado de rebelião é o fator comportamental das inteligências em
que as inteligências param de executar as ações para quais foram
organizadas. As causas podem ser internas ou programadas,
externas ou reacionárias quando compelidas.
Vimos anteriormente que não podemos compelir inteligências,
ninguém pode até mesmo o Pai Celestial negou a ideia de Lúcifer
que desejava compelir a nós, inteligências superdesenvolvidas a
não quebrar a lei por um curto tempo na mortalidade e agradar as
inteligências menores possibilitando então que não rebelassem.
Quando compelimos Inteligências, seja pela autoridade e força ou
pela ausência de opções o resultado sempre é —Uma Revolução.
87
“A revolução é uma prerrogativa de inteligências
superdesenvolvidas.
Há outros modelos de rebelião que são importantes ao
conhecimento do Sacerdócio, as rebeliões celulares – aquelas
chamadas ―as sementes da morte‖. O corpo humano, é constituído
de uma estrutura de carne, ossos, tendões, músculos, nervos, pele,
capilares, fluidos e órgãos complexos, todos formando o que o
profeta Joseph Smith os chamou de ―elementos rudimentares‖ ou
como nas escrituras – Corpo corruptível;
Éramos antes da mortalidade, elemento eterno ou elemento
espiritual organizado em perfeita conjunção a uma incompleta
parte de Inteligência. A união deste elemento eterno ou espiritual
com a matéria corruptível constituída de pequenas Inteligências
corpóreas formam a alma do homem como descrito em D&C 93:33
“Pois o homem é espírito. Os elementos são eternos, e
espírito e elemento, inseparavelmente ligados, recebem a
plenitude da alegria; E, quando separados, não pode o
homem receber a plenitude da alegria.”
Somos, pois, filhos espirituais de Deus criados a Sua
semelhança, portanto nossos tabernáculos tem a dupla
funcionalidade no que concerne ao período de provação e doença
88
que passamos na Terra, e porque mergulhamos nos mares de
lágrimas da vida? Para estarmos prontos para a ordenança da
ressurreição que nos tornará incorruptíveis e perfeitos. A
ressurreição nos capacitará coexistir eternamente com os deuses
que nos auxiliarão a obter conhecimento sobre conhecimento
evoluindo até a plenitude da alegria de tornar-nos deuses por nós
mesmos.
“Os elementos são o tabernáculo de Deus
Quando somos convidados a utilizar o Sacerdócio para uma
intervenção de uma benção de saúde ou uma benção de cura
(para doenças graves ou de muito sofrimento), É requerido
(opcionalmente) peticionar a autorização para abençoar os
elementos (corpo e órgãos quando tratados como Inteligências
independentes) direcionando virtude para a inteligência
específica que está em estado de rebelião, agindo como uma
―semente da morte‖;
Nosso corpo sendo corruptível e mortal possui em suas pequenas
Inteligências um limitado ordenamento que atua para provocar
doenças, se não fora assim viveríamos para sempre, teríamos
que morrer de forma violenta ou por acidente. Cabe ao
Sacerdócio agir como regulador desta inteligência rebelde,
quando tiver autorização para isso, porém sem esta autorização
89
a intervenção do sacerdócio será interpretada como uma
inconsistência, não alterando o estado de rebelião e podendo
consumar seu propósito de provocar o óbito.
“E também acontecerá que aquele que tiver fé em mim para
ser curado e não estiver designado para morrer, será
curado” 59
Mesmo aplicando o conhecimento, dons e o indubitável poder do
sacerdócio tendo em mente Sua promessa de ouvir e responder a
oração da fé, não podemos esquecer que a fé e o poder de cura do
sacerdócio não podem produzir um resultado contrário à
vontade Daquele a Quem o sacerdócio pertence. Esse princípio é
ensinado na revelação que ordena aos Élderes de Israel que
imponham as mãos sobre os enfermos. O Senhor prometeu que
―aquele que tiver fé em mim para ser curado e não estiver
designado para morrer, será curado‖ (D&C 42:48; grifo do
autor). De modo semelhante, em outra revelação moderna o
Senhor declara que, quando alguém ―pede de acordo com a
vontade de Deus (…) é feito como pede‖ 60
Aprendemos assim, com muito pesar, que mesmo exercendo Seu
santo poder em uma situação em que haja suficiente fé para 59
D&C 42:48 60
D&C 46:30
90
curar, os servos do Senhor não poderão intervir no estado de
uma inteligência como elemento de uma pessoa, se isso não for a
vontade do Senhor.
91
Capítulo X
Uma Dádiva Pré-Mortal
“Porque os que em nós são mais honrosos não têm
necessidade disso; mas Deus ordenou o corpo, dando muito
mais honra ao que tinha falta dela;61
61
I Coríntios 12:24
92
Na pré-mortalidade, o Pai Celeste de acordo com Sua presciência, deu a Seus filhos o arbítrio, pelo qual os espíritos, individualmente, tinham o privilégio, exatamente como a humanidade aqui, de escolher o bem e rejeitar o mal, ou participar do mal e sofrer as consequências desta escolha.
Em virtude disso, alguns se tornaram mais fiéis ao que
havia sido estabelecido como a lei, e nesta lei decorrente de um édito real, o que a Deidade desejava e ordenava a Seus filhos espirituais, se incluía o sempiterno mandamento de crescer e evoluir. Os filhos espirituais Dele tinham o arbítrio, em que consistia muito mais do que rejeitar o mal, ensejava a obediência aquele mandamento.
Esses espíritos não eram iguais. Todos podem ter começado (organizados) em igualdade, e sabemos que todos eram inocentes no princípio, mas o direito ao arbítrio que lhes foi concedido permitiu que uns evoluíssem mais que outros e , assim, ao longo das eras da existência imortal, se tornaram mais inteligentes, mais fiéis, pois tinham liberdade de agir por si mesmos, de raciocinar por si mesmos, de aceitar a verdade ou rebelar-se contra ela.62
Quando na pré-mortalidade, recebemos e desenvolvemos
muitas características e habilidades inerentes aos chamados preordenados que ainda iriamos cumprir na Terra. Deus observou nosso progresso e deu-nos responsabilidades de acordo com nossa fidelidade. Durante as eras milenares do estado pré-mortal, não só nos desenvolvemos e demonstramos a capacidade de obedecer como a também a falta dela, e indubitavelmente esse progresso era observado. É plausível que houvesse a Ordem do Sacerdócio organizada lá, e que houvesse a organização nescessária para o ensino dos poderes e potencialidades do sacerdócio como poder governante.
62
Doutrinas de Salvação, comp. por Bruce R. McConkie, 3 vols., 1994, vol. I, p. 65).
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Os seres celestiais viviam em uma sociedade perfeitamente organizada. Cada pessoa sabia qual era seu lugar. O sacerdócio, sem dúvida alguma, era conferido e foram escolhidos líderes para oficiar.
Existiam ordenanças específicas dessa pré-existência que
precisavam ser feitas e o amor de Deus prevalecia. Nessas condições era natural que nosso Pai percebesse e escolhesse os que eram mais dignos e avaliasse o talento de cada indivíduo. Ele não só sabia o que cada um de nós era capaz de fazer, mas também o que cada um faria quando posto à prova e quando recebesse responsabilidades. Depois, quando chegou a hora de habitarmos a Terra na mortalidade, todas as coisas foram preparadas e os Seus filhos foram escolhidos e ordenados a suas respectivas missões.63
63
O Caminho da Perfeição, by Joseph Fielding Smth 1970, pp. 50–51.