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    A NOVA CONTABILIDADE

    PARA

    PEQUENAS E MDIASEMPRESAS

    APLICAO PRTICA

    JAN/2011

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    INSTRUTOR

    SRGIO AUGUSTO DA PORCINCULA

    Qualificao:

    Bacharel em Cincias Jurdicas;

    Bacharel em Administrao de Empresas;

    Tcnico Contbil;

    Ex-Consultor Jurdico na rea de Imposto de Renda da IOB; Ex-Consultor Jurdico na rea de Imposto de Renda da

    INFORMARE;

    Instrutor da Equipe Tcnica da Informare;

    Instrutor da Equipe Tcnica do SENAC;

    Professor do CDL Ensino;

    Palestrante do Conselho Regional de Contabilidade - CRC/RS;

    Ex-Scio-gerente da Valore Planejamento Tributrio Ltda. Scio-gerente da SAJA Servios Ltda.

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    SUMRIO

    1- IFRS COMPLETA E IFRS PARA PMEs (APLICAO) ..................................... 92- RTT- REGIME TRIBUTRIO DE TRANSIO OBRIGATRIO A PARTIRDE 2010 .......................................................................................................................... 10

    3- PRONUNCIAMENTO CPC PMEs APROVADO PELA RESOLUO CFC N1.255/2009 NBC T 19.41- CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MDIASEMPRESAS ................................................................................................................... 114- Demonstraes Contbeis para fins gerais: ............................................................ 114.1- Outros relatrios financeiros .............................................................................. 114.2- Demonstraes Financeiras para fins Gerais/Outros Relatrios Financeiros ..... 124.2.1- Usurios externos entidade: no est em condies de exigir relatrios feitossob medida. ..................................................................................................................... 124.2.1.1- Se diferenciam de demonstraes para:...................................................... 125- Elaboram Demonstraes Contbeis para fins gerais (usurios externos) ............. 126- CONCEITO DE PEQUENAS E MDIAS EMPRESAS PMEs ........................ 136.1- Uma Empresa tem obrigao pblica de prestao de contas se:....................... 137- PESSOAS JURDICAS ABRANGIDAS PELO CONCEITO DE PMEs ............. 147.1- SOCIEDADES POR AES ............................................................................ 147.2- SOCIEDADES LIMITADAS E OUTRAS SOCIEDADES .............................. 157.3- SOCIEDADES DE GRANDE PORTE SGP .................................................. 158- PESSOAS JURDICAS NO ABRANGIDAS PELO CONCEITO DE PMEs ... 159- CONCEITOS E PRINCPIOS GERAIS ................................................................ 169.1- OBJETIVO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS DE PEQUENAS EMDIAS EMPRESAS ................................................................................................... 169.2- CARACTERSTICAS QUALITATIVAS DE INFORMAO EM

    DEMONSTRAES CONTBEIS .............................................................................. 169.2.1- Compreensibilidade ........................................................................................ 169.2.2- Relevncia ...................................................................................................... 179.2.3- Materialidade .................................................................................................. 179.2.4- Confiabilidade ................................................................................................ 1710- PRIMAZIA DA ESSNCIA SOBRE A FORMA ............................................. 1710.1- Prudncia ....................................................................................................... 1710.2- Integralidade .................................................................................................. 1810.3- Comparabilidade ............................................................................................ 1810.4- Tempestividade .............................................................................................. 1810.5- Periodicidade ................................................................................................. 18

    11- EQUILBRIO ENTRE CUSTO E BENEFCIO ................................................ 1912- APRESENTAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS ........................ 1912-1 Apresentao ..................................................................................................... 1912.2- DEMONSTRAES CONTBEIS DAS PMEs- RECONHECIMENTO . 2012.3- PROCESSO DE RECONHECIMENTO E MENSURAO ....................... 2012.3.1- Eles so definidos da seguinte maneira: ......................................................... 2112.3.2- Probabilidade de Benefcios Econmicos Futuros ......................................... 2113- DESEMPENHO/RESULTADO ........................................................................ 2213.1- RECEITAS E DESPESAS SO DEFINIDAS COMO SEGUE: ................. 22DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO .......................................... 2414- MENSURAO DE ATIVO, PASSIVO, RECEITA E DESPESA ....................... 25

    14.1- BASE DA MENSURAO ................................................................................ 2514.1.1- CUSTO HISTRICO ..................................................................................... 26

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    14.2 VALOR JUSTO .................................................................................................. 2614.3- RECONHECIMENTO E PRINCPIOS DE MENSURAO .................... 2714.4- MENSURAO NO RECONHECIMENTO INICIAL .............................. 2814.5- MENSURAO SUBSEQUENTE .............................................................. 2814.5.1- ATIVOS FINANCEIROS E PASSIVOS FINANCEIROS ........................... 28

    14.5.1.1- ATIVOS NO FINANCEIROS ................................................................ 2914.5.1.2- MENSURAO A VALOR JUSTO ........................................................ 2914.5.2- PASSIVOS NO FINANCEIROS ................................................................ 3015- DEMONSTRAES CONTBEIS PARA AS PMEs ..................................... 3015.1- CONJUNTO COMPLETO DE DEMONSTRAES CONTBEIS PARAAS PMEs 3016- DEMONSTRAO DO RESULTADO E DEMONSTRAO DORESULTADO ABRANGENTE .................................................................................... 3216.1- DEMONSTRAO DO RESULTADO DO PERODO ............................. 3216.2- DEMONSTRAO DO RESULTADO ABRANGENTE .......................... 3517- ADEQUAO NORMA CONTBIL PARA PMEs ................................... 36

    18- FREQUNCIA DE DIVULGAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS37

    19- UNIFORMIDADE DE APRESENTAO ...................................................... 3820- DECLARAES COMPARATIVAS DE 02 (DOIS) EXERCCIOS .............. 3821- IDENTIFICAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS ......................... 3922- NOTAS EXPLICATIVAS ................................................................................. 3923- APRESENTAO DE OUTRAS INFORMAES NO EXIGIDAS .......... 3924- BALANO PATRIMONIAL ............................................................................ 4024.1- CONTAS OBRIGATRIAS NO BALANO PATRIMONIAL ................. 4025- ATIVOS E PASSIVOS CIRCULANTES E NO-CIRCULANTES ................ 4125.1- ATIVO CIRCULANTE ................................................................................ 4125.2- ATIVO NO-CIRCULANTE ...................................................................... 4225.3- PASSIVO CIRCULANTE ............................................................................ 4225.4- PASSIVO NO - CIRCULANTE ........................................................................ 4226- ADICIONALMENTE: ....................................................................................... 4227- INFORMAO NO BALANO PATRIMONIAL OU EM NOTASEXPLICATIVAS ........................................................................................................... 4327.1- SUBCLASSIFICAO DE CONTAS .......................................................... 4328- PROCEDIMENTOS RELATIVOS A TRANSIO PARA A ADOOINICIAL DAS NORMAS DA RESOLUO CFC N 1.255/2009 NBC T 19.41 ... 4429.1- ADOO INICIAL DAS NORMAS DA RESOLUO ............................ 45

    30- PROCEDIMENTOS PARA AS DEMONSTRAES CONTBEIS NADATA DE TRANSIO ............................................................................................... 4631- COMBINAO DE NEGCIOS ..................................................................... 4833- REAVALIO COMO CUSTO ATRIBUDO ................................................ 4934- DEMONSTRAES CONTBEIS SEPARADAS ......................................... 4935- INSTRUMENTOS FINANCEIROS COMPOSTOS ......................................... 4936- TRIBUTOS DIFERIDOS SOBRE O LUCRO .................................................. 5037- ACORDOS DE CONCESSO DE SERVIOS ............................................... 5038- CONTRATOS QUE CONTM ARRENDAMENTO MERCANTIL .............. 5038.1- PASSIVOS POR DESATIVAO INCLUDOS NO CUSTO DO ATIVOIMOBILIZADO ............................................................................................................. 50

    39- DIVULGAO ................................................................................................. 51

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    39.1- EXPLICAO DA TRANSIO PARA A RESOLUO CFC N1.255/2009 ...................................................................................................................... 5139.2- CONCILIAO ............................................................................................ 5140- ATIVO IMOBILIZADO .................................................................................... 5240.1- CLASSIFICAO E CONTEDO DAS CONTAS ................................... 53

    40.1.1- CONSIDERAES GERAIS ........................................................................ 5340.1.2- ATIVO INTANGVEL .................................................................................. 5440.1.2.1- PRONUNCIAMENTO CPC 04: ................................................................ 5440.1.2.1.1- EXEMPLOS DE INTANGVEIS: ........................................................ 5440.1.3- IDENTIFICAO: ........................................................................................ 5540.1.3.1- Um Ativo Intangvel identificvel quando: ............................................. 5540.1.3.2- CONTROLE ............................................................................................... 5540.1.3.3- BENEFCIO ECONMICO FUTURO ..................................................... 5540.1.3.4- RECONHECIMENTO ............................................................................... 5640.1.3.4.1- RESTRIES EXPRESSAS NO PRONUNCIAMENTO CPC 04: ..... 5640.1.3.4.1.1- INTANGVEL ADQUIRIDO ............................................................ 57

    40.1.3.4.1.2- Exemplos de custos diretamente atribuveis ao: ................................. 5740.1.3.4.1.2.1- Exemplos de gastos que no fazem parte do custo de Ativo Intangvel:

    5740.1.4- ATIVO INTANGVEL FORMADO NTERNAMENTE ............................. 5840.1.4.1- FASE DE PESQUISA ................................................................................ 5840.1.4.2- So Exemplos de Atividades de Pesquisa: ................................................. 5840.1.4.2- FASE DE DESENVOLVIMENTO ........................................................... 5940.1.4.4- Exemplos de Atividades de Desenvolvimento: .......................................... 5940.1.4.5- Custo de Ativo Intangvel gerado internamente: ........................................ 5941- CRITRIOS DE AVALIAO ........................................................................ 6041.1- CONCEITO DA LEI ..................................................................................... 6041.2- MENSURAO NO RECONHECIMENTO E APS ORECONHECIMENTO ................................................................................................... 6141.3- UM CASO TODO ESPECIAL: ADOO, PELA PRIMEIRA VEZ, DASNORMAS INTERNACIONAIS E DOS CPCs .............................................................. 6241.3.1- BENS RECEBIDOS POR DOAO ............................................................ 6241.3.2- RESOLUO CFC N 1.263/2009 (INTERPRETAO TCNICA10/2009) 6241.3.2.1- OBJETIVO E ALCANCE .......................................................................... 6341.3.3- IMOBILIZADO ............................................................................................. 6341.3.3.1- Taxa de Depreciao atualmente utilizada no Brasil .................................. 63

    41.3.2- PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAO INICIAL PARA O ATIVOIMOBILIZADO ............................................................................................................. 6441.3.3.3- AVALIADORES, LAUDOS DE AVALIAO E APROVAO ......... 6541.3.3.3.1- RELATRIO ........................................................................................ 6542- OPERAES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL .................................... 6642.1- ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO .................................... 6642.2- ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL ................................ 6842.2.1- Contabilizao do Arrendamento Mercantil no Arrendatrio ........................ 6842.2.2- Contabilizao do Arrendamento Mercantil Financeiro ................................ 6843- DFC - DEMONSTRAO DOS FLUXOS DE CAIXA .................................. 6943.1- EQUIVALENTES DE CAIXA ..................................................................... 70

    43.2- Atividades Operacionais ................................................................................ 7043.3- Atividades de Investimento ........................................................................... 72

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    43.4- Atividades de Financiamento ........................................................................ 7343.5- Divulgao dos Fluxos de Caixa de Investimento e Financiamento ............. 7443.6- Fluxos de Caixa em Moeda Estrangeira ........................................................ 7443.7- Juros e dividendos (ou outras formas de distribuio de lucro) .................... 7543.8- Tributos sobre o lucro .................................................................................... 75

    43.9- Transao que no Envolve Caixa ................................................................ 7643.10- Componentes de Caixa e Equivalentes de Caixa............................................ 7643.11 - Outras Divulgaes ...................................................................................... 7743.12- APLICAO PRTICA ............................................................................... 77DEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMMIO LQUIDO .................... 8544.1- Mutaes nas Contas Patrimoniais ................................................................ 8644.2- O Modelo do Anexo CPC 26 ......................................................................... 8845- EXEMPLO PRTICO DE VALOR JUSTO NO BALANO DE TRANSIO

    8945.1- PESSOA JURDICA TRIBUTADA PELO LUCRO REAL ........................ 8947- EXEMPLO PRTICO DE VALOR JUSTO NO BALANO DE TRANSIO

    9347.1- PESSOA JURDICA TRIBUTADA PELO LUCRO PRESUMIDO ............ 94

    PASSIVO ............................................................................................................... 97

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    ANOTAES

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    ANOTAES

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    1- IFRS COMPLETA E IFRS PARA PMEs (APLICAO)

    Em regra geral, o International Accounting Standards Board IASB instituiu Normas Internacionais de Contabilidade (International

    Financial Reporting Standards IFRS) a serem aplicadas a todas asempresas sediadas em pases que concordaram em convergir para estasNormas, uniformizando a aplicao da Contabilidade no Mundo.

    Estas Normas chamadas de IFRS, foram recepcionadas no Brasil,com a publicao das Leis ns 11.638/2007 e 11.941/2009 e a criao doCPC- Comit de Procedimentos Contbeis, encarregado deregulamentar, atravs de Pronunciamentos, Interpretaes e Orientaes, asregras convergidas. Estas regras convergidas so regulamentadas pelosrgos reguladores de atividade em especial o Conselho Federal deContabilidade CFC.

    Nesta esteira de alteraes, surgiu a Resoluo CFC n 1.255, de10/12/2009, determinando regras especficas de convergncia s Pequenase Mdias Empresas PMEs.

    Portanto, existem 02 (duas) regras distintas, que devero seraplicadas da seguinte forma:

    a) para as PMEs Pequenas e Mdias Empresas, aplica-seunicamente o que dispe a Resoluo CFC n 1.255/2009;

    b) para as demais empresas, no conceituadas de PMES,aplicam-se todas as Normas (IFRS full), isto , o conjuntocompleto das normas editadas pelo CFC e pelo Ibracon, erecepcionadas pelas Leis n 11.638/2007 e 11.941/2009.

    RESUMO

    PMEs OUTRAS EMPRESASPMEs- Pequenas e MdiasEmpresas Resoluo CFC n1.255/2009

    Cias Abertas/ SGP/BC/SUSEP Leis ns 11.638/2007 e11.941/2009

    Convergncia s RegrasInternacionais

    Convergncia s RegrasInternacionais

    PJ Conceituadas como

    PMEs

    PJ No Conceituadas como

    PMEs

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    Aplicao somente dasIFRS para PMEs Resoluo CFC n

    1.255/2009

    Aplicao das IFRSCompletas e todas asResolues do CFC desde

    2005Obrigatrio a partir de2010

    Obrigatrio a partir de2008

    A Resoluo CFC n 1.255, de 10/12/2009, aprovou a NBC T19.41, que dispe sobre a Contabilidade a ser aplicada s Pequenas eMdias Empresas- PMEs, assim como suas caractersticas e conceituao,no mbito da Convergncia s Regras Internacionais, que devero ser

    compulsriamente aplicada para os exerccios sociais (perodoscontbeis) iniciados a partir de 1 de janeiro de 2010.

    Portanto, a Norma editada pelo Conselho Federal deContabilidade de observncia compulsria, sendo obrigatria paratodos os profissionais de contabilidade do Brasil.

    2- RTT- REGIME TRIBUTRIO DE TRANSIOOBRIGATRIO A PARTIR DE 2010

    O RTT Regime Tributrio de Transio um sistema que tem

    vigncia restrita aos anos-calendrio de 2008 e 2009.

    A partir do ano-calendrio de 2010, este regime transformou-se emRegime Permanente, sendo sua aplicao obrigatria para as empresas quetributam pelo Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado.

    RESUMOPMEs RTT

    PMEs- Pequenas e Mdias

    Empresas Resoluo CFC n1.255/2009 Convergncia sRegras Internacionais Obrigatriapara os perodos contbeis iniciadosa partir de 2010

    RTT- Regime Tributrio de

    Transio Regime Permanente apartir do ano-calendrio de 2010 Obrigatrio para Lucro Real, LucroPresumido e Lucro Arbitrado

    Obrigatrio a partir de 2010 Obrigatrio a partir de 2010Contabilidade IRPJ/CSLL/PIS/COFINS

    AJUSTES PARA EFEITOSTRIBUTRIOS

    LALUR/DRA/PIS/COFINS

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    3- PRONUNCIAMENTO CPC PMEs APROVADO PELARESOLUO CFC N 1.255/2009 NBC T 19.41-CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MDIAS EMPRESAS

    CFC- Emite Normas de acordo com as Normas Internacionais deContabilidade do IASB

    4- Demonstraes Contbeis para fins gerais:

    - Balano Patrimonial- Demonstrao do Resultado- Demonstrao dos Lucros/Prejuzos Acumulados- Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido- DMLP- Demonstrao dos Fluxos de Caixa (*)- Demonstrao do Valor Adicionado- Demonstrao do Resultado Abrangente do Perodo de

    Divulgao- DRA- Notas Explicativas

    NOTA:

    Conforme o que determina o art. 176, 6, da Lei n 6.404/76(Lei das S/A), com as alteraes posteriores das Leis ns11.638/2007 e 11.941/2009, nos diz::

    A companhia fechada com patrimnio lquido, na data dobalano, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhes de reais) no serobrigada elaborao e publicao da demonstrao dos fluxos decaixa.

    4.1- Outros relatrios financeiros

    Informaes fornecidas fora das demonstraes contbeis auxiliamna interpretao do conjunto completo de demonstraes; ou que melhorama capacidade do usurio de tomar decises econmicas eficientes.

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    4.2- Demonstraes Financeiras para fins Gerais/OutrosRelatrios Financeiros

    So dirigidas s necessidades comuns de vasta gama de usuriosexternos entidade: scios/acionistas/credores/empregados e pblico emgeral

    Objetivo oferecer informaes teis aos usurios, para a tomada dedecises sobre:

    - Posio Financeira (Balano Patrimonial)- Desempenho (Demonstrao do Resultado)- Demonstrao de Fluxo de Caixa (DFC)

    4.2.1- Usurios externos entidade: no est emcondies de exigir relatrios feitos sob medida.

    4.2.1.1- Se diferenciam de demonstraes para:- Administradores/gestores- fins fiscais/governamentais

    NOTA:

    Tambm mostram os resultados da diligncia da administrao a responsabilidade da administrao pelos recursos confiados a ela.

    5- Elaboram Demonstraes Contbeis para fins gerais

    (usurios externos)Como exemplos de usurios externos, podemos citar os

    proprietrios de empresas que no esto envolvidos na administrao donegcio, ou tambm os credores existentes e potenciais, e ainda as agnciasde avaliao de crdito, ou seja, Demonstraes Contbeis direcionadas snecessidades gerais de informao financeira de vasta gama de usuriosque no esto em posio de exigir demonstraes feitas sob medida paraatender suas necessidades particulares de informao.

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    6- CONCEITO DE PEQUENAS E MDIAS EMPRESAS PMEs

    Pequenas e Mdias Empresas so aquelas que apresentam asseguintes caractersticas:

    I- No tm obrigao pblica de prestao de contas; eII- Elaboram demonstraes contbeis para fins gerais (usurios

    externos).

    6.1- Uma Empresa tem obrigao pblica de prestao decontas se:

    - Seus instrumentos de dvida ou patrimoniais so negociados emmercado de aes ou estiverem no processo de emisso de taisinstrumentos para negociao em mercado aberto (em bolsa de valoresnacional ou estrangeira ou em mercado de balco, incluindo mercadoslocais ou regionais); ou

    - possuir ativos em condio fiduciria perante um grupo amplo deterceiros como um dos seus principais negcios. Esse o caso tpico debancos, cooperativas de crdito, companhias de seguro, corretoras deseguro, fundos mtuos e bancos de investimentos.

    NOTA:

    FIDUCIRIA

    No Brasil as sociedades por aes, fechadas (semnegociao de suas aes ou outros instrumentos patrimoniais oude dvida no mercado e que no possuam ativos em condiofiduciria perante um amplo grupo de terceiros), mesmo que

    obrigadas publicao de suas Demonstraes Contbeis, sotidas, para fins desta Norma, como Pequenas e Mdias Empresas,desde que no enquadradas pela Lei n 11.638/2007, comoSociedade de Grande Porte (SGP). As sociedades limitadas e asdemais sociedades comerciais, desde que no enquadras pela Lein 11.638/2007, como Sociedades de Grande Porte, tambm sotidas, para fins desta Norma, como Pequenas e Mdias Empresas.

    Art. 1.361, do NCCB Novo Cdigo Civil Brasileiro - Lei n

    10.406, de 10/01/2002:

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    Considera-se fiduciria a propriedade resolvel de coisamvel infungvel que o devedor, com escopo de garantia, transfereao credor.

    1-) Constitui-se a propriedade fiduciria com o registro docontrato, celebrado por instrumento pblico ou particular, que lheserve de ttulo, no Registro de Ttulos e Documentos do domiclio dodevedor, ou, em se tratando de veculos, na repartio competentepara o licenciamento, fazendo-se a anotao no certificado deregistro.

    2-) Com a constituio da propriedade fiduciria, d-se odesdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor diretoda coisa.

    3-) A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor,torna eficaz, desde o arquivamento, a transferncia da propriedadefiduciria.

    Algumas empresas tambm podem possuir ativos emcondio fiduciria perante um grupo amplo de partes externas, emrazo de possuir e gerenciar recursos financeiros confiados a elespelos clientes, consumidores ou membros no envolvidos na

    administrao da empresa. Entretanto, se elas o fazem por razesincidentais a um negcio principal (como, por exemplo, pode ser ocaso de agncias de viagens ou corretoras de imveis, escolas,organizaes de caridade, cooperativas que exijam um depsitonominal de participao, e vendedores que recebem pagamentoadiantado para entrega futura dos produtos, como empresas deservios pblicos), isso no as faz ter obrigao de prestaopblica de contas.

    7- PESSOAS JURDICAS ABRANGIDAS PELO CONCEITO DEPMEs

    7.1- SOCIEDADES POR AES

    As Sociedades por Aes de CapitalFechado (sem negociao de suas aes ou outros instrumentospatrimoniais ou de dvida no mercado, e que no possuam ativosem condio fiduciria perante um amplo grupo de terceiros),mesmo que obrigadas publicao de suas demonstraes

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    contbeis, so tidas, para fins da Resoluo CFC n 1.255/2009,como Pequenas e Mdias Empresas, desde que no enquadradaspela Lei n 11.638/2007 como SGP Sociedades de Grande Porte.

    7.2- SOCIEDADES LIMITADAS E OUTRAS SOCIEDADES

    As Sociedades Limitadas e demais Sociedades Comerciaisdesde que no enquadras pela Lei n 11.638/2007 como SGP-Sociedades de Grande Porte, tambm so tidas, para fins daResoluo CFC n 1.255/2009, como Pequenas e MdiasEmpresas.

    7.3- SOCIEDADES DE GRANDE PORTE SGP

    O art. 3, da Lei n 11.638/2007, conceitua as Sociedades deGrande Porte SGP (exerccio social anterior com ativo totalsuperior a R$ 240.000.000,00 duzentos e quarenta milhes dereais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00(trezentos milhes de reais), e dispe sobre a aplicao da Lei n6.404/76 (Lei das S/A), na elaborao de demonstraesfinanceiras e a obrigatoriedade de Auditoria Independente (ver art.

    3, da Lei n 11.638/2007).

    8- PESSOAS JURDICAS NO ABRANGIDAS PELOCONCEITO DE PMEs

    A definio de entidades ou Empresas de Pequeno e MdioPorte adotado na norma no abrange as seguintes empresas:

    - Companhias abertas, reguladas pela Comisso de ValoresMobilirios CVM;

    - Sociedades de Grande Porte SGP, definidas nas Leis ns11.638/2007 e Lei n 6.404/76;

    - Instituies Financeiras e entidades autorizadas a funcionarpelo Banco Central do Brasil;

    - Sociedades reguladas pela Superintendncia de SegurosPrivados SUSEP e outras sociedades cuja prtica contbil seja

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    ditada pelo correspondente rgo regulador com poder legal paratanto.

    NOTA:

    Se a empresa est obrigada prestao pblica de contas eutilizar as regras da Contabilidade das Pequenas e MdiasEmpresas, suas Demonstraes contbeis no podero serdescritas como se estivessem em conformidade com aContabilidade para Pequenas e Mdias Empresas, mesmo que leiou regulamentao permita ou exija.

    9- CONCEITOS E PRINCPIOS GERAIS

    9.1- OBJETIVO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS DEPEQUENAS E MDIAS EMPRESAS

    oferecer informao sobre a posio financeira (balanopatrimonial), o desempenho (resultado e resultado abrangente) efluxos de caixa da entidade, que til para a tomada de deciso porvasta gama de usurios que no est em posio de exigirrelatrios feitos sob medida para atender suas necessidades

    particulares de informao.

    As demonstraes contbeis tambm mostram os resultadosda diligncia da administrao a responsabilidade da administraopelos recursos confiados a ela.

    9.2- CARACTERSTICAS QUALITATIVAS DE INFORMAO EMDEMONSTRAES CONTBEIS

    9.2.1- Compreensibilidade

    As informaes apresentadas nas demonstraes contbeisdeve ser de forma compreensvel para que, os usurios que tenhamconhecimento razovel de negcios e de atividades econmicas ede contabilidade, possam estudar as informaes. A necessidadeda compreensibilidade, no permite que informaes relevantessejam omitidas, pois caso isso ocorra poder alguns usurios noter entendimento razovel, podendo ser de difcil compreenso.

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    9.2.2- Relevncia

    Nas demonstraes contbeis, as informaes devem serrelevantes, para que os usurios possam tomar decises.

    relevante, quando capaz de influenciar nas decises econmicasdos usurios, ajudando-os a avaliar acontecimentos passados,presentes e futuros ou confirmando ou corrigindo, suas avaliaespassadas.

    9.2.3- Materialidade

    material, e, relevante se sua omisso ou erro puderinfluenciar as decises econmicas dos usurios, com base nas

    demonstraes contbeis apresentadas. A materialidade dependedo tamanho do item ou impreciso julgada nas circunstncias desua omisso ou erro. No podemos deixar de corrigir, os desviosinsignificantes das prticas contbeis para se atingir determinadaapresentao da posio patrimonial.

    9.2.4- Confiabilidade

    A informao fornecida nas demonstraes contbeis deverser confivel. A informao confivel quando est livre de desviosubstancial e vis, e representa adequadamente aquilo que tem apretenso de representar ou seria razovel de se esperar querepresentasse.

    10- PRIMAZIA DA ESSNCIA SOBRE A FORMA

    Transaes e outros eventos e condies devero sercontabilizados e apresentados de acordo com sua essncia e no

    meramente sob sua forma legal. Isso aumenta a confiabilidade dasdemonstraes contbeis.

    10.1- Prudncia

    As incertezas que inevitavelmente cercam muitos eventos ecircunstncias so reconhecidas pela divulgao de sua natureza eextenso e pelo exerccio da prudncia na elaborao dasdemonstraes contbeis. Prudncia a incluso de certo grau de

    precauo no exerccio dos julgamentos necessrios s estimativasexigidas de acordo com as condies de incerteza, no sentido de

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    que os ativos ou receitas no sejam superestimados e que passivosou despesas no sejam subestimados.

    10.2- Integralidade

    Para ser confivel, a informao constante dasdemonstraes contbeis dever ser completa, dentro dos limitesda materialidade e custo. Uma omisso pode tornar a informaofalsa ou torna-la enganosa e, portanto, no confivel e deficienteem termos de sua relevncia.

    10.3- Comparabilidade

    Os usurios devero ser capazes de comparar asdemonstraes contbeis da entidade ao longo do tempo, a fim deidentificar tendncias em sua posio patrimonial e financeira e noseu desempenho. Os usurios devero tambm, ser capazes decomparar as demonstraes contbeis de diferentes entidades paraavaliar suas posies patrimoniais e financeiras, desempenhos efluxos de caixa relativos.

    10.4- Tempestividade

    Para ser relevante, a informao contbil dever ser capaz deinfluenciar as decises econmicas dos usurios. Tempestividadeenvolve oferecer a informao dentro do tempo de execuo dadeciso.

    10.5- Periodicidade

    O conjunto completo das demonstraes contbeis (inclusiveinformaes comparativas) deve ser apresentado pelo menos

    anualmente. Caso a entidade altere a data do encerramento dasdemonstraes contbeis ou apresente-as em um perodo superiorou inferior a 01 (um) ano, alm do perodo abrangido pelasdemonstraes, deve divulgar:

    O motivo por utilizar um perodo mais longo ou mais curto; e

    O fato de que no so inteiramente comparveis osmontantes apresentados nessas demonstraes.

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    11- EQUILBRIO ENTRE CUSTO E BENEFCIO

    Os benefcios derivados da informao devero exceder ocusto de produzi-la. A avaliao dos custos e benefcios , em

    essncia, um processo de julgamento. Alm disso, os custos norecaem necessariamente sobre aqueles usurios que usufruem dosbenefcios e, frequentemente, os benefcios da informao sousufrudos por vasta gama de usurios externos.

    As informaes constantes nas demonstraes contbeisauxilia fornecedores de capital a tomar melhores decises,resultando num funcionamento mais eficiente dos mercados decapital e no menor custo de capital para a economia como um todo.

    Entidades, individualmente, tambm usufruem de benefcios,incluindo melhor acesso aos mercados de capitais, efeitosfavorveis nas relaes pblicas e, talvez, custos menores decapital. Tambm estes benefcios podem influenciar na tomada dedecises da administrao, pois a informao financeira utilizadainternamente freqentemente baseada, em parte, em informaeselaboradas para os propsitos de apresentar demonstraescontbeis para fins gerais.

    12- APRESENTAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS

    A apresentao das demonstraes contbeis, devem serdetalhadas, e em conformidade com a NBC T 19.41 - Contabilidadepara Pequenas e Mdias Empresas.

    12-1 Apresentao

    As demonstraes contbeis devem representar a posio

    patrimonial e financeira (balano patrimonial), o desempenho(demonstrao do resultado e demonstrao do resultadoabrangente) e os fluxos de caixa da empresa. Esta apresentaorepresenta os efeitos das transaes, outros eventos e condiesde acordo com as definies e critrios de reconhecimento paraativos, passivos, receitas e despesas.

    Fazendo a aplicao desta norma, presume-se que se far adivulgao adicional quando necessria, e apresentar aposio

    financeira e patrimonial como tambm os fluxos de caixa daempresa.

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    12.2- DEMONSTRAES CONTBEIS DAS PMEs-RECONHECIMENTO

    O balano patrimonial da entidade a relao de seus ativos,passivos e patrimnio lquido em uma data especfica, comoapresentado nessa demonstrao da posio patrimonial efinanceira.

    A entidade dever elaborar suas demonstraes contbeis,exceto informaes de fluxo de caixa, usando o regime contbilde competncia.

    No regime de competncia, os itens so reconhecidos comoativos, passivos, patrimnio lquido, receitas ou despesas, quandosatisfazem as definies e critrios de reconhecimento para essesitens.

    12.3- PROCESSO DE RECONHECIMENTO E MENSURAO

    Reconhecimento o processo que consiste em incorporarna demonstrao contbil um item que atenda a definio de ativo,

    passivo, receita ou despesa e satisfaz os seguintes critrios:

    Provvel que algum benefcio econmico futuro referenteao item flua para ou da entidade; e

    NOTA:

    O conceito de probabilidade usado no 1 (primeiro) critriode reconhecimento para se referir ao grau de incerteza que os

    futuros benefcios econmicos associados ao item fluiro de oupara a entidade.

    Tiver um custo ou valor que possa ser medido, em basesconfiveis. O 2 (segundo) critrio para reconhecimento de um item que ele possua um custo ou valor que possa ser medido embases confiveis. Na maioria dos casos, o custo ou valor de umitem conhecido. Em outros casos ele deve ser estimado. O uso deestimativas razoveis uma parte essencial na elaborao de

    demonstraes contbeis e no prejudica sua confiabilidade.

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    Quando, entretanto, no pode ser feita uma estimativa razovel, oitem no deve ser reconhecido na demonstrao contbil.

    12.3.1- Eles so definidos da seguinte maneira:

    ATIVO - um recurso controlado pela entidade comoresultado de eventos passados e do qual se espera que benefcioseconmicos futuros fluam para a entidade.

    O benefcio econmico futuro do ativo o seu potencial decontribuir, direta ou indiretamente, para com o fluxo de caixa eequivalentes de caixa para a entidade. Esses fluxos de caixa podemvir do uso de ativo ou de sua liquidao.

    12.3.2- Probabilidade de Benefcios Econmicos Futuros

    O conceito de probabilidade usado para se referir ao graude incerteza que os futuros benefcios econmicos associadosao tem fluiro de ou para a entidade.

    As avaliaes do grau de incerteza ligado ao fluxo de futuros

    benefcios econmicos so efetuadas com base na evidnciadisponvel quando as demonstraes contbeis so elaboradas.

    Essas avaliaes so efetuadas individualmente para itensindividualmente significativos e para grupo ou populao de itensindividualmente insignificantes.

    Reconhecimento A entidade dever reconhecer um ativono balano patrimonial quando for provvel que benefcios

    econmicos futuros dele provenientes fluiro para a entidade e queseu custo ou valor puder ser determinado em bases confiveis.

    PASSIVO - uma obrigao atual da entidade comoresultado de eventos j ocorridos, cuja liquidao se espera resultena sada de recursos econmicos.

    Reconhecimento - A entidade dever reconhecer um passivo

    no balano quando:

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    I- A entidade tem uma obrigao no final do perodocontbil corrente como resultado de eventopassado;

    II- Seja provvel que a entidade transfira recursos

    que representem benefcios econmicos para aliquidao dessa obrigao; eIII- O valor da liquidao possa ser mensurada com

    confiabilidade.

    PATRIMNIO LQUIDO o valor residual dos ativos daentidade aps a deduo de todos os seus passivos.

    13- DESEMPENHO/RESULTADO

    Desempenho - a relao entre receitas e despesas daentidade durante um exerccio ou perodo. Esta norma requer queas entidades apresentem seu desempenho em 02 (duas)demonstraes:

    - Demonstrao de Resultado; e- Demonstrao do Resultado abrangente.

    O resultado e o resultado abrangente so frequentementeusados como medidas de desempenho ou como base para outrasavaliaes, tais como o retorno de investimento ou resultado porao.

    13.1- RECEITAS E DESPESAS SO DEFINIDAS COMOSEGUE:

    Receitas - so aumentos de benefcios econmicos durante operodo contbil, sob a forma de entradas ou aumentos de ativose diminuies de passivos, que resultam em aumento dopatrimnio lquido e que no sejam provenientes de aportes dosproprietrios da entidade.

    A definio de receita abrange tanto as receitas propriamenteditas quanto os ganhos.

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    EXEMPLO:

    D- CAIXA (AC) D- CLIENTES (AC) D- CTAS A PGR(PC)C- RECEITAS(RES.) C-RECEITAS

    (RES.)

    C- PERDO DE

    DVIDAS-REMISSO(OUTRASRECEITAS)

    NOTA:

    Reconhecimento - O reconhecimento de receita resulta

    diretamente do reconhecimento e mensurao de ativos e passivos.A entidade dever reconhecer uma receita na demonstrao doresultado ou demonstrao do resultado abrangente quando houveraumento nos benefcios econmicos futuros relacionados a umaumento no ativo ou diminuio no passivo e possa ser avaliadoconfiavelmente.

    Receita - propriamente dita um aumento de patrimniolquido que se origina no curso das atividades normais da entidadee designada por uma variedade de nomes, tais como:

    - vendas;- honorrios;- juros;- dividendos;- lucros distribudos;- royalties; e- aluguis

    Ganho outro item que se enquadra como aumento depatrimnio lquido, mas no receita propriamente dita. Quando oganho reconhecido na demonstrao do resultado ou doresultado abrangente, ele geralmente demonstradoseparadamente porque o seu conhecimento til para setomar decises econmicas.

    NOTA:

    O art. 187, incisos I e II, da Lei n 6.404/1976 (Lei das S/A),determina:

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    DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO

    A demonstrao do resultado do exerccio discriminar:

    I- a receita das vendas e servios, as dedues dasvendas, os abatimentos e os impostos;

    II- a receita lquida das vendas e servios, o custodas mercadorias e servios vendidos e o lucrobruto;

    Despesas - So decrscimos nos benefcios econmicosdurante o perodo contbil sob a forma de sada de recursos oureduo de ativos ou incrementos em passivos, que resultam emdecrscimos no patrimnio lquido e que no sejam provenientes dedistribuio aos proprietrios da entidade.

    A definio de despesas abrange perdas, assim como asdespesas que se originam no curso das atividades ordinrias daentidade.

    EXEMPLO:

    D-DESPESAS(RES.) D-DESPESAS(RES.) D-PERDAS (OUT.DESP.)

    C- CAIXA (AC) C-CTAS A PGR (PC) C- TRIBUTOS AREC.-INVEST.(ANC-INV.)

    Despesa uma reduo do patrimnio lquido que surge nocurso das atividades normais da entidade e inclui, por exemplo, ocusto das vendas, salrios e depreciao. Ela geralmente toma aforma de desembolso ou reduo de ativos como caixa eequivalentes de caixa, estoques, os bens do ativo imobilizado.

    Perda outro item que se enquadra como reduo dopatrimnio lquido e que pode se originar no curso das atividadesordinrias da entidade. Quando perdas so reconhecidas na

    demonstrao do resultado ou do resultado abrangente, elas so

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    geralmente demonstradas separadamente porque o seuconhecimento til para se tomar decises econmicas.

    NOTA:

    O art. 187, inciso III, da Lei n 6.404, de 15/12/1976,discriminar:

    III- As despesas com as vendas, as despesasfinanceiras, deduzidas das receitas, as despesasgerais e administrativas, e outras despesasoperacionais;

    Reconhecimento O reconhecimento de despesas resultadiretamente do reconhecimento e mensurao de ativos e passivos.A entidade dever reconhecer uma despesa na Demonstrao doResultado ou Demonstrao do Resultado Abrangente quandohouver diminuio nos benefcios econmicos futuros relacionadosa uma diminuio no ativo ou aumento no passivo e possa seravaliada confiavelmente.

    14- MENSURAO DE ATIVO, PASSIVO, RECEITA E DESPESA

    Mensurao o processo de determinar as quantiasmonetrias pelas quais a entidade mensura ativos, passivos,receitas e despesas em suas Demonstraes Contbeis.Mensurao envolve a seleo de uma base de avaliao.

    A Resoluo CFC n 1.255, de 10/12/2009, especifica quaisbases de avaliao a entidade dever usar para muitos tipos deativos, passivos, receitas e despesas.

    14.1- BASE DA MENSURAO

    A legislao elege 02 (duas) bases comuns para amensurao, que so:

    - custo histrico; e

    - valor justo

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    14.1.1- CUSTO HISTRICO

    Para Ativos representa a quantidade de caixa ouequivalentes de caixa paga ou o valor justo do ativo dado para

    adquirir o ativo quando de sua aquisio.

    EXEMPLO:

    D- IMOB. (AC)C- FINANC. A PAGAR (PC)

    Para Passivos representa a quantidade de recursos obtidosem caixa ou equivalentes de caixa recebidos ou o valor justo dosativos no monetrios recebidos em troca da obrigao na ocasioem que a obrigao foi incorrida, ou em algumas circunstncias (porexemplo: imposto de renda), a quantidade de caixa ou equivalentesde caixa que se espera sejam pagos para liquidar um passivo nocurso normal dos negcios.

    EXEMPLO:

    D- CAIXA/BCO (AC)C- FINANC. A PAGAR (PC)

    O custo histrico amortizado o custo do ativo ou do passivomais ou menos a parcela de seu custo histrico previamentereconhecido como despesa ou receita.

    14.2 VALOR JUSTO

    14.2.1- Para Ativos o montante pelo qual um ativopoderia ser trocado, entre partes independentescom conhecimento do negcio e interesse emrealiz-lo, em uma transao em que no hfavorecidos.

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    EXEMPLO:

    Valor de venda menos custos (comisses,propaganda, frete, etc), para essa venda.

    14.2.2- Para Passivos o montante pelo qual umpassivo poderia ser liquidado, entre partesindependentes com conhecimento do negcio einteresse em realiz-lo, em uma transao em que noh favorecidos.

    EXEMPLO:

    Valor lquido a pagar

    14.3- RECONHECIMENTO E PRINCPIOS DEMENSURAO

    As exigncias para o reconhecimento e mensurao deativos, passivos, receitas e despesas so baseadas em princpiosgerais que derivam da Estrutura Conceitual para a Elaborao eApresentao de Demonstraes Contbeis.

    Na ausncia de exigncia que se aplique especificamente auma transao ou outro evento ou condio, os itens abaixofornecem orientaes e estabelecem uma hierarquia para aentidade seguir quando estiver decidindo sobre a prtica contbilapropriada nas circunstncias.

    Se na Resoluo CFC n 1.255, de 10/12/2009, no trataespecificamente uma transao, outro evento ou condio, a

    administrao da entidade dever usar seu julgamento nodesenvolvimento e aplicao da prtica contbil que resulte eminformaes que sejam:

    I- Relevantes s necessidades para a tomadade deciso econmica dos usurios; e

    II- Confiveis, no sentido de que asdemonstraes contbeis;

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    a) Representem adequadamente a posiopatrimonial e financeira, o desempenho eos fluxos de caixa da entidade;

    b) Reflitam a substncia econmica das

    transaes, de outros eventos econdies, e no meramente sua formalegal;

    c) Sejam neutros, isto , sem distoro outendenciosidade;

    d) Sejam prudentes; ee) Sejam completos em todos os aspectos

    relevantes.

    Ao fazer o julgamento, a administrao dever fazerreferncia, e considerar a aplicabilidade, s seguintes fontes, emordem decrescente:

    I- As exigncias e orientao da norma, lidando comquestes semelhantes e relacionadas;

    II- As definies, critrios de reconhecimento econceitos de mensurao para ativos, passivos,receitas e despesas, e os princpios globaisrelativos a Conceitos e Princpios Gerais.

    O segundo nvel dessa hierarquia exige que a entidade vejaas definies, critrios de reconhecimento e conceitos demensurao para ativos, passivos, receitas e despesas e osprincpios gerais.

    14.4- MENSURAO NO RECONHECIMENTO INICIAL

    No reconhecimento inicial a entidade dever avaliar ativos

    e passivos ao custo histrico a no ser que a norma exija aavaliao inicial sobre outra base, tal como valor justo.

    14.5- MENSURAO SUBSEQUENTE

    14.5.1- ATIVOS FINANCEIROS E PASSIVOS FINANCEIROS

    A entidade mensura ativos financeiros e passivos financeirosbsicos como definido para Instrumentos Financeiros Bsicos, aocusto amortizado deduzido de perda para reduo ao valor

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    recupervel, exceto investimentos em aes preferenciais e aesordinrias no resgatveis por deciso do portador que sonegociadas em mercados organizados (em bolsa de valores, porexemplo), ou cujo valor justo possa ser mensurado de modo

    confivel, que so avaliadas a valor justo com as variaes do valorjusto reconhecidas no resultado.

    A entidade geralmente mensura todos os outros ativosfinanceiros e passivos financeiros a valor justo, com as mudanasno valor justo reconhecidas no resultado, a no ser que a normaexija ou permita mensurao sobre outra base, como custo ou custoamortizado.

    14.5.1.1- ATIVOS NO FINANCEIROS

    A maioria dos ativos no financeiros que a entidadeinicialmente reconhece ao custo histrico so subseqentemente,avaliados sobre outras bases de mensurao.

    Por exemplo:

    I- A entidade avalia o ativo imobilizado pelo menor valor

    entre o custo depreciado e o seu valor recupervel;II- a entidade avalia estoques pelo menor valor entre o seu

    custo e o preo de venda estimado menos despesaspara completar a produo e vender;

    III- a entidade reconhece a perda por reduo ao valorrecupervel relacionada a ativos no financeiros queesto em uso ou mantidos para venda.

    A mensurao de ativos aos menores valores tem a inteno

    de garantir que um ativo no seja avaliado a um valor maior do queaquele que a entidade espera recuperar pela venda ou uso desseativo.

    14.5.1.2- MENSURAO A VALOR JUSTO

    Para os ativos no financeiros relacionados a norma permiteou exige mensurao a valor justo:

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    a) Investimentos em coligadas e emempreendimentos controlados em conjunto (jointventures) que a entidade avalia a valor justo;

    b) Propriedades para investimento que a entidade

    avalia a valor justo;c) Ativos agrcolas (ativos biolgicos e produtosagrcolas no ponto de colheita) que a entidade avaliapelo seu valor justo menos despesas estimadas devenda.

    14.5.2- PASSIVOS NO FINANCEIROS

    A maioria dos passivos que no so passivos financeiros mensurada pela melhor estimativa da quantia que serianecessria para liquidar a obrigao na data das demonstraescontbeis.

    15- DEMONSTRAES CONTBEIS PARA AS PMEs

    As Demonstraes Contbeis devero representarapropriadamente a posio patrimonial e financeira (BalanoPatrimonial), o desempenho (Demonstrao do Resultado e

    Demonstrao do Resultado Abrangente) e os Fluxos de Caixada entidade.

    Presume-se que a aplicao da Resoluo CFC n 1.255, de10/12/2009, pelas entidades de Pequeno e Mdio Porte comdivulgao adicional quando necessria, resulte na adequadaapresentao da posio financeira e patrimonial, do desempenho edos Fluxos de Caixa.

    15.1- CONJUNTO COMPLETO DE DEMONSTRAESCONTBEIS PARA AS PMEs

    O conjunto completo de Demonstraes Contbeis daentidade dever incluir todas as seguintes demonstraes:

    a) Balano Patrimonial ao final do perodo;b) Demonstrao do Resultado do perodo de

    divulgao;

    c) Demonstrao do Resultado Abrangente do perodode divulgao.

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    A Demonstrao do Resultado Abrangente poder ser

    apresentada em quadro demonstrativo prprio ou dentro dasmutaes do patrimnio lquido. A Demonstrao do Resultado

    Abrangente, quando apresentada separadamente, comea com oresultado do perodo e se completa com os itens dos outrosresultados abrangentes;

    Se as nicas alteraes no patrimnio lquido durante osperodos para os quais as demonstraes contbeis soapresentadas derivarem do resultado de distribuio de lucro, acorreo de erros de perodos anteriores e de mudanas depolticas contbeis, a entidade poder apresentar uma nicaDemonstrao dos Lucros ou prejuzos Acumulados no lugar daDemonstrao do Resultado Abrangente e da Demonstrao dasMutaes do Patrimnio Lquido.

    Se a entidade no possui nenhum item de outro ResultadoAbrangente em nenhum dos perodos para os quais asDemonstraes Contbeis so apresentadas, ela poder apresentarapenas a Demonstrao do Resultado.

    d) Demonstraes das Mutaes do Patrimnio Lquido

    para o perodo de divulgao

    Se as nicas alteraes no patrimnio lquido durante osperodos para os quais as demonstraes contbeis soapresentadas derivarem do resultado, de distribuio de lucro, decorreo de erros de perodos anteriores e mudanas de polticascontbeis, a entidade poder apresentar uma nica Demonstraodos Lucros ou Prejuzos Acumulados no lugar da Demonstrao doResultado Abrangente e da Demonstrao das Mutaes do

    Patrimnio Lquido.

    e) Demonstraes dos Fluxos de Caixa para operodo de divulgao

    NOTA:

    Obrigatrio para todas as entidades.

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    f) Notas Explicativas, compreendendo o resumo daspolticas contbeis significativas e outras informaesexplanatrias.

    NOTA:Obrigatria para todas as entidades.

    16- DEMONSTRAO DO RESULTADO E DEMONSTRAODO RESULTADO ABRANGENTE

    A NBC T 19.41 exige que a entidade apresente seu resultado

    para o perodo contbil de reporte isto , seu desempenhofinanceiro para o perodo, em 02 (duas) demonstraes contbeis:

    1) Demonstrao do Resultado do Perodo; e2) Demonstrao do Resultado Abrangente.

    Segundo o Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentaodas Demonstraes Contbeis, as empresas devem apresentartodas as mutaes do patrimnio lquido reconhecidas em cada

    exerccio que no representem transaes entre a empresa e seusscios em 02 (duas) demonstraes:

    a) a Demonstrao de Resultado do Perodo; eb) a Demonstrao do Resultado Abrangente do Perodo.

    A Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE) aapresentao, em forma resumida, das operaes realizadas pelaempresa, durante o exerccio social, demonstradas de forma a

    destacar o resultado lquido do perodo, incluindo o que sedenomina de receitas e despesas realizadas.

    16.1- DEMONSTRAO DO RESULTADO DO PERODO

    a) receitas;b) custo dos produtos, das mercadorias, ou dos servios

    vendidos;c) lucro bruto;d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras

    despesas e receitas operacionais;

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    e) parcela dos resultados de empresas reconhecida por meiodo mtodo de equivalncia patrimonial;

    f) resultado antes das receitas e despesas financeiras;g) despesas e receitas financeiras;

    h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;i) despesas com tributos sobre o lucro; j) resultado lquido das operaes continuadas;k) valor lquido dos seguintes itens:

    K.1-) resultado lquido aps tributos das operaesdescontinuadas;

    K.2-) resultado aps os tributos decorrentes damensurao ao valor justo menos despesas de venda nabaixa dos ativos ou do grupo de ativos disposio paravenda que constituem a unidade operacional descontinuada;l) resultado lquido do perodo.

    Os Outros Resultados Abrangentes incluem as mutaes dopatrimnio lquido que no representam receitas e despesasrealizadas. Inclui alteraes que podero afetar o resultado doperodo futuramente ou s vezes permanecero sem esse trnsito.

    A Demonstrao do Resultado Abrangente do Exerccio(DRA), elaborada a partir da soma do resultado lquido

    apresentado no DRE com os outros resultados abrangentes,conforme determinam Pronunciamentos, Interpretaes eOrientaes que regulam a atividade contbil. Logo, o ResultadoAbrangente Total corresponde total modificao dopatrimnio lquido que no seja constituda pelas transaesde capital entre a empresa e seus scios (aumento oudevoluo de capital social, distribuio de lucros ou compra evenda de aes e quotas prprias dos scios).

    Sendo assim, a Demonstrao do Resultado Abrangente devecomear com o Resultado do Perodo, como primeira linha,transposto da Demonstrao do Resultado, e evidentemente, nomnimo, as contas que apresentem valores nos itens a seguir:

    a) cada tem de outros resultados abrangentesclassificado por natureza;

    b) parcela dos outros resultados abrangentes decoligadas, controladas e controladas em conjunto,

    contabilizado pelo mtodo de equivalnciapatrimonial;

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    c) resultado abrangente total.

    Alm da elaborao da Demonstrao do Resultado doExerccio, o Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das

    Demonstraes Contbeis, seguindo as normas internacionais decontabilidade, instituiu a obrigatoriedade de elaborao daDemonstrao do Resultado Abrangente do Exerccio. Essademonstrao apresenta as receitas, despesas e outras mutaesque afetam o patrimnio lquido, mas que no so reconhecidas(ou no foram reconhecidas ainda) na Demonstrao doResultado do Exerccio, conforme o que determinam osPronunciamentos, Interpretaes e Orientaes que regulam aatividade contbil.

    A Demonstrao do Resultado Abrangente pode serapresentada dentro da Demonstrao das Mutaes do PatrimnioLquido (DMPL), ou atravs de relatrio prprio. O CPC sugere quese faa uso da apresentao na DMPL. Quando apresentada emdemonstrativo prprio, a DRA tem como valor inicial o resultadolquido do perodo apurado no DRE, seguido dos outros resultadosabrangentes, conforme estrutura mnima para a Demonstraodo Resultado Abrangente estabelecida pelo CPC 26.

    TAIS RECEITAS E DESPESAS:

    So identificadas como outros resultadosabrangentes e, de acordo com o CPC 26, compreendem osseguintes itens:

    a) variaes na reserva de reavaliao quando permitidaslegalmente Pronunciamentos Tcnicos CPC 27 ativo Imobilizadoe CPC 04 ativo Intangvel;

    b) ganhos e perdas atuariais em planos de penso embenefcio definido e reconhecidos conforme item 93 doPronunciamento Tcnico CPC 33- Benefcios a Empregados:

    c) ganhos e perdas derivados de converso dedemonstraes contbeis de operaes no exterior PronunciamentoTcnico CPC 02 Efeitos das Mudanas nas Taxas de Cmbio eConverso de Demonstraes Contbeis;

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    d) ajuste de avaliao patrimonial relativo aos ganhos eperdas na remensurao de ativos financeiros disponveis paravenda Pronunciamento Tcnico CPC 38- instrumentos Financeiros-Reconhecimento e Mensurao;

    e) ajuste de avaliao patrimonial relativo efetiva parcela deganhos ou perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo decaixa CPC 38.

    16.2- DEMONSTRAO DO RESULTADO ABRANGENTE

    Receita de Vendas R$ 1.879.400Tributos sobreVendas

    (R$ 300.000)

    Receita Lquida deVendas

    R$ 1.579.400

    Custo dos ProdutosVendidos

    (R$ 820.000)

    Lucro Bruto R$ 759.400Despesas comvendas

    ( 180.000)

    DespesasAdministrativas

    ( 125.000)

    Receita deEquivalnciaPatrimonial

    R$ 35.000

    Lucro Antes Rec.Desp. Financeiras

    R$ 489.400

    Receitas Financeiras R$ 93.000DespesasFinanceiras

    (R$ 124.500)

    Lucro AntesTributos sobre oLucro

    R$ 457.900

    Tributos sobre oLucro

    (R$ 185.900)

    Lucro Lquido doPerodo

    R$ 272.000

    Parcela dos sciosda Controladora

    250.000

    Parcela dos no

    controladores

    22.000

    Ajustes Instrumentos (R$ 60.000)

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    FinanceirosTributos s/AjustesInstrumentosFinanceiros

    R$ 20.000

    Equiv. Patrim.s/GanhosAbrangentes emColigadas

    R$ 30.000

    Ajustes deConverso doperodo

    R$ 260.000

    Tributos s/Ajustes deConverso do

    Perodo

    (R$ 90.000)

    Outros ResultadosAbrangentes AntesReclassificao

    R$ 160.000

    Ajustes deInstrumentos Financ.Reclassificadosp/Resultado

    R$ 10.600

    Outros ResultadosAbrangentes

    R$ 170.600

    Parcela dos sciosda Controladora

    164.600

    Parcela dos nocontroladores

    6.000

    ResultadoAbrangente Total

    R$ 442.600

    Parcela dos sciosda Controladora

    414.600

    Parcela dos nocontroladores

    28.000

    NOTA:

    Este o exemplo constante no CPC 26.

    17- ADEQUAO NORMA CONTBIL PARA PMEs

    A entidade cujas Demonstraes Contbeis estiverem emconformidade com a Resoluo CFC n 12.55, de 10/12/2009,

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    dever fazer uma Declarao Explicita e sem reservas dessaconformidade nas Notas Explicativas, desde que, em conformidadetotal.

    Quando a entidade no aplicar um requisito da ResoluoCFC n 1.255, de 10/12/2009, ela dever divulgar:

    I- Que a administrao concluiu que asdemonstraes contbeis apresentam, de formaapropriada, a posio financeira e patrimonial, odesempenho e os fluxos de caixa da entidade;

    II- Que cumpriu com a NBC T 19.41 Contabilidadepara Pequenas e Mdias Empresas, exceto pelano aplicao de um requisito especfico, com opropsito de atingir uma apresentao adequada;

    III- A natureza dessa exceo, incluindo o tratamentoque a NBC T 19.41 - Contabilidade para Pequenase Mdias Empresas exigira, e a razo pela qualesse tratamento seria inadequado nessascircunstncias por conflitar com o objetivo dasdemonstraes contbeis e o tratamentoefetivamente adotado.

    Ao elaborar as Demonstraes Contbeis, a administraodever fazer uma avaliao da capacidade da entidade continuarem operao em futuro previsvel. A entidade est em continuidadea menos que a administrao tenha inteno de liquid-la ou cessarseus negcios, ou ainda no possua alternativa realista seno adescontinuao de suas atividades.

    18- FREQUNCIA DE DIVULGAO DAS DEMONSTRAESCONTBEIS

    A entidade dever apresentar um conjunto completo deDemonstraes Contbeis (inclusive informao comparativa), pelomenos anualmente.

    Quando a data de encerramento do perodo de divulgao daentidade for alterada e as demonstraes contbeis foremapresentadas para um perodo mais longo ou mais curto do que umano, a entidade dever divulgar as seguintes informaes:

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    I- Esse fato;II- A razo para utilizao de perodo mais longo ou

    mais curto;

    III- O fato de que os valores comparativosapresentados nas demonstraes contbeis(incluindo as Notas Explicativas), no sointeiramente comparveis.

    19- UNIFORMIDADE DE APRESENTAO

    A entidade dever manter a uniformidade na apresentao eclassificao dos itens nas demonstraes contbeis de um perodopara outro.

    Quando os valores comparativos forem reclassificados, aentidade dever divulgar as seguintes informaes:

    I- A natureza da reclassificao;II- O valor de cada item ou grupo de itens

    reclassificados;III- A razo para a reclassificao.

    Exceto quando a Resoluo CFC n 1.255, de 10/12/2009,

    permitir ou exigir de outra forma, a entidade dever divulgarinformao comparativa com respeito ao perodo anterior paratodos os valores apresentados nas demonstraes contbeis doperodo corrente.

    20- DECLARAES COMPARATIVAS DE 02 (DOIS)EXERCCIOS

    Em razo do requerimento de valores comparativos comrespeito aos perodos anteriores para todos os valoresapresentados nas demonstraes contbeis, um conjunto completode demonstraes contbeis requer que a entidade apresente, nomnimo 02 (duas) demonstraes de cada uma dasdemonstraes exigidas, de forma comparativa, e as NotasExplicativas correspondentes.

    A entidade poder utilizar ttulos diferentes aos utilizados pela

    Resoluo CFC n 1.255, de 10/12/2009 para as demonstraes

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    contbeis, desde que isso no venha a representar uma informaoenganosa e desde que obedecida a legislao vigente.

    21- IDENTIFICAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS

    A entidade dever identificar claramente cada DemonstraoContbil e Notas Explicativas e distingui-las de outras informaeseventualmente apresentadas no mesmo documento.

    Alm disso, a entidade dever evidenciar as seguintesinformaes de forma destacada, e repetida quando for necessriopara a devida compreenso da informao apresentada:

    I- O nome da entidade s quais as demonstraescontbeis se referem bem como qualquer alterao quepossa ter ocorrido nessa identificao desde o trminodo exerccio anterior;

    II- Se as demonstraes contbeis se referem a umaentidade individual ou a um grupo de entidades;

    III- A data de encerramento do perodo de divulgao e operodo coberto pelas demonstraes contbeis;

    IV- A moeda de apresentao, conforme definido (Efeitosdas Mudanas nas Taxas de Cmbio e Converso de

    Demonstraes Contbeis);V- O nvel de arredondamento, se existente, usado na

    apresentao de valores nas demonstraes contbeis.

    22- NOTAS EXPLICATIVAS

    A entidade dever divulgar as seguintes informaes nasNotas Explicativas:

    I- O domiclio e a forma legal da entidade, seu pasde registro e o endereo de seu escritrio central(ou principal local de operao, se diferente doescritrio central);

    II- Descrio da natureza das operaes da entidadee suas principais atividades.

    23- APRESENTAO DE OUTRAS INFORMAES NOEXIGIDAS

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    A Resoluo CFC n 1.255, de 10/12/2009, no trata daapresentao de informao por segmentos, lucro por ao, oudemonstraes contbeis intermedirias para as entidades depequeno e mdio porte. A entidade que realize essas divulgaes

    dever descrever as bases de elaborao e apresentao dainformao.

    24- BALANO PATRIMONIAL

    O Balano Patrimonial apresenta os ativos, passivos epatrimnio lquido da entidade em uma data especfica, que devercoincidir com o final do perodo contbil (exerccio social).

    24.1- CONTAS OBRIGATRIAS NO BALANO

    PATRIMONIAL

    O Balano Patrimonial dever incluir, no mnimo, as seguintescontas que apresentam valores:

    a) Caixa e equivalentes de caixa;b) Contas a receber e outros recebveis;c) Ativos financeiros (exceto os mencionados nos itens (a);

    (b);(j: e (k);

    d) Estoques;e) Ativo imobilizado;f) Propriedade para investimento, mensurada pelo valor justo

    por meio do resultado;g) Ativos intangveis;h) Ativos biolgicos, mensurados pelo custo menos

    depreciao acumulada e perdas por desvalorizao;i) Ativos biolgicos, mensurados pelo valor justo por meio do

    resultado;

    j) Investimentos em coligadas. No caso do balano individualou separado, tambm os investimentos em controladas;k) Investimentos em empreendimentos em conjunto;l) Fornecedores e outras contas a pagar;m) Passivos financeiros (exceto os mencionados nos itens (i) e

    (p);n) Passivos e ativos relativos a tributos correntes;o) Tributos diferidos ativos e passivos (devem sempre ser

    classificados como no circulantes);

    p) Provises;

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    q) Participao de no controladores, apresentada no grupopatrimnio lquido, mas separadamente do patrimniolquido atribudo aos proprietrios da entidade controladora;

    r) Patrimnio lquido pertencente aos proprietrios da

    entidade controladora.A entidade dever apresentar contas adicionais,

    cabealhos e subtotais no Balano Patrimonial sempre queforem relevantes para o entendimento da posio patrimonial efinanceira da entidade.

    25- ATIVOS E PASSIVOS CIRCULANTES E NO-CIRCULANTES

    A entidade dever apresentar Ativos Circulantes e No -Circulantes, e Passivos Circulantes e No - Circulantes, comogrupos de contas separados no Balano Patrimonial, exceto quandouma apresentao baseada na liquidez proporcionar informaoconfivel e mais relevante.

    Quando essa exceo se aplicar, todos os Ativos e Passivosdevero ser apresentados por ordem de liquidez (ascendente ou

    descendente), obedecida legislao vigente.

    25.1- ATIVO CIRCULANTE

    A entidade dever classificar um Ativo como Circulantequando:

    a) Espera realizar o Ativo, ou pretende vende-lo ou consumi-lo durante o ciclo operacional normal da entidade;

    b) O Ativo for mantido essencialmente com a finalidade denegociao;

    c) Espera realizar o Ativo no perodo de at 12 (doze) mesesaps a data das Demonstraes Contbeis; ou

    d) O Ativo for Caixa ou equivalente de caixa, a menos quesua troca ou uso para liquidao de Passivo seja restrita

    durante pelo menos 12 (doze) meses aps a data dasDemonstraes Contbeis.

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    25.2- ATIVO NO-CIRCULANTE

    A entidade dever classificar todos os outros Ativos como

    No-Circulante. Quando o ciclo operacional normal da entidadeno for claramente identificvel, presume-se que sua durao sejade 12 (doze) meses.

    25.3- PASSIVO CIRCULANTE

    A entidade dever classificar um Passivo como Circulante quando:

    a) Espera liquidar o Passivo durante o ciclo

    operacional normal da entidade;b) O Passivo for mantido essencialmente para a

    finalidade de negociao;c) O Passivo for exigvel no perodo de at 12 (doze)

    meses aps a data das Demonstraes Contbeis;ou

    d) A entidade no tiver direito incondicional de diferir aliquidao do Passivo durante pelo menos 12 (doze)meses aps a data de divulgao.

    25.4- PASSIVO NO - CIRCULANTE

    A entidade dever classificar todos os outros Passivos comoNo Circulantes

    A Resoluo CFC n 1.255, de 10/12/2009, no prescreve aordem ou o formato para apresentao dos itens no BalanoPatrimonial, mas lembra a necessidade do atendimento legislaovigente.

    Nas contas obrigatrias no Balano Patrimonial fornecidosimplesmente uma lista dos itens que so suficientementediferentes na sua natureza ou funo para permitir umaapresentao individualizada no Balano Patrimonial.

    26- ADICIONALMENTE:

    a) As contas do Balano Patrimonial devero ser segregadasquando o tamanho, a natureza ou a funo de item ou

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    agregao de itens similares, for tal que, sua apresentaoseparada seja relevante na compreenso da posiopatrimonial e financeira da entidade; e

    b) A nomenclatura de contas utilizada e sua ordem de

    apresentao ou agregao de itens semelhantes poderoser modificadas de acordo com a natureza da entidade ede suas transaes, no sentido de prover informao queseja relevante na compreenso da posio financeira epatrimonial da entidade.

    27- INFORMAO NO BALANO PATRIMONIAL OU EMNOTAS EXPLICATIVAS

    27.1- SUBCLASSIFICAO DE CONTAS

    A entidade dever divulgar, no Balano Patrimonial ou nasNotas Explicativas, obedecida a legislao vigente, as seguintessubclassificaes de contas:

    a) Ativo imobilizado, nas classificaes apropriadas para aentidade;

    b) Contas a receber e outros recebveis, demonstrandoseparadamente os valores relativos a partes relacionadas,

    valores devidos por outras partes, e recebveis gerados porreceitas contabilizadas pela competncia mas ainda nofaturadas;

    c) Estoques, demonstrando separadamente os valores deestoques:

    a) Mantidos para venda no curso normal dos negcios;b) Que se encontra no processo produtivo para posterior

    venda;

    c) Na forma de materiais ou bens de consumo quesero consumidos no processo produtivo ou naprestao de servios;

    d) Fornecedores e outras contas a pagar, demonstrandoseparadamente os valores a pagar parafornecedores, valores a pagar a partes relacionadas,receita diferida, e encargos incorridos;

    e) Provises para benefcios a empregados e outrasprovises;

    f) Grupos do patrimnio lquido, como por exemplo,prmio na emisso de aes, reservas, lucros ou

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    prejuzos acumulados e outros itens que, conformeexigido pela Resoluo CFC n 1.255, de 10/12/2009,so reconhecidos como resultado abrangente eapresentados separadamente no patrimnio lquido.

    A entidade que no tenha o capital representado por aes,tal como uma sociedade de responsabilidade limitada ou em truste, deve divulgar informao equivalente exigida ssociedades por aes, evidenciando as alteraes durante operodo em cada categoria do patrimnio lquido, e os direitos,preferncias e restries associados com cada uma dessascategorias.

    Se, na data de divulgao, a entidade tiver contrato de vendafirme para alienao de ativos, ou grupos de ativos e passivosrelevantes, a entidade deve divulgar as seguintes informaes:

    a) descrio do ativo ou grupo de ativos e passivos;

    b) descrio dos fatos e circunstncias da venda ou plano;

    c) o valor contabilizado dos ativos ou, caso a alienao ouvenda envolva um grupo de ativos e passivos, o valor contabilizado

    desses ativos e passivos.

    NOTA:

    Truste combinao de firmas comerciais ou industriais,com o fim de diminuir as despesas, regular a produo, eliminar acompetio e dominar o mercado. Organizao financeirapoderosa.

    28- PROCEDIMENTOS RELATIVOS A TRANSIO PARA AADOO INICIAL DAS NORMAS DA RESOLUO CFC N1.255/2009 NBC T 19.41

    A referida Resoluo determina as regras que devero serseguidas por todas as empresas que queiram adequar-se snormas aplicveis para as Pequenas e Mdias Empresas PMEs,

    a partir da sua adoo.

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    Por oportuno, devemos observar que se a empresa no tiverqualquer providncia para a adequao, no haver necessidadede ajustes e tampouco de balano de transio ou de abertura.Mesmo que enquadrada nessa hiptese, a empresa dever

    informar em suas Notas Explicativas, no final do perodo contbil,que est em conformidade com as Normas das PMEs.

    O chamado Balano de Transio poder converte-se emBalancete de Transio, que ser demonstrado aps oslanamentos contbeis de ajustes para a adoo inicial.

    29- REGRAS GERAIS

    As normas para adoo inicial aplicam-se s empresas queadotarem pela 1 (primeira) vez a NBC T 19.41 Contabilidadepara Pequenas e Mdias Empresas (PMEs), independentementedas polticas e prticas contbeis anteriormente adotadas.

    A empresa poder fazer a adoo pela 1 (primeira) vez,apenas uma nica vez.

    Caso a empresa utilize a referida Norma e deixe de utiliza-ladurante 01 (um) ou mais exerccios sociais e em seguida seja

    exigida ou opte em utiliza-la novamente em perodo contbilposterior, as isenes especiais, simplificaes e outras exignciasno se aplicam para a readoo.

    29.1- ADOO INICIAL DAS NORMAS DA RESOLUO

    A empresa que adotar pela 1 (primeira) vez, dever aplicarestas regras na elaborao de suas 1as (primeiras) demonstraes

    contbeis.

    As 1a (primeiras) demonstraes contbeis da entidadeelaboradas em conformidade com a Resoluo CFC n 1.255/2009,devero conter uma declarao, explcita e no reservada, deconformidade com esta NBC T 19.41- Contabilidade para Pequenase Mdias Empresas.

    As demonstraes contbeis elaboradas em conformidade

    com a referida Norma, so as 1as (primeiras) demonstraes daentidade se, por exemplo, a entidade:

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    a) no apresentou demonstraes contbeis para os

    perodos anteriores;

    b) apresentou suas demonstraes contbeis anterioresmais recentes de acordo com outras exigncias que no soconsistentes a referida Norma em todos os aspectos; ou

    c) apresentou suas demonstraes contbeis anterioresmais recentes em conformidade com o conjunto completo dasnormas do CFC.

    Existe a exigncia de que a entidade divulgue, no conjuntocompleto de demonstraes contbeis, informaes comparativascom relao aos perodos comparveis anteriores para todos osvalores monetrios apresentados nas demonstraes contbeis etambm para as informaes descritivas e narrativas especificadas.

    A entidade poder apresentar informaes comparativas paramais de 01 (um) perodo anterior comparvel.

    Portanto, a data de transio para a Resoluo CFC n1.255/2009, da entidade, o incio do perodo mais antigo para o

    qual a entidade apresentar todas as informaes comparativas emconformidade com a referida Norma, nas suas 1as (primeiras)demonstraes contbeis que se adequarem a este regramento.

    30- PROCEDIMENTOS PARA AS DEMONSTRAESCONTBEIS NA DATA DE TRANSIO

    A entidade dever, no seu balano patrimonial de abertura,sendo essa sua data de transio para a Resoluo CFC n1.255/2009 (isto , o incio do perodo apresentado mais antigo):

    I- reconhecer todos os ativos e passivos cujosreconhecimentos so exigidos pela referidaNorma;

    II- no reconhecer itens como ativos ou passivosse a Resoluo CFC n 1.255/2009, no permitir

    tais reconhecimentos;

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    III- reclassificar itens que reconheceu, de acordocom seu arcabouo contbil anterior, como certotipo de ativo, passivo ou componente depatrimnio lquido, mas que seja um tipo distinto

    de ativo, passivo ou componente de patrimniolquido de acordo com a Norma;IV- aplicar a Resoluo CFC n 1.255/2009, na

    mensurao de todos os ativos e passivosreconhecidos.

    As polticas contbeis que a entidade em seu balanopatrimonial de abertura sob a Resoluo CFC n 1.255/2009podero divergir daquelas que a entidade utilizou na mesma datausando as praticas contbeis anteriores.

    Os ajustes resultantes derivam de transaes, outros eventosou condies antes da data de transio para a Norma. Portanto, aentidade dever reconhecer esses ajustes diretamente em lucros ouprejuzos acumulados ( ou, no caso apropriado e determinado pelaResoluo CFC n 1.255/2009, em outro grupo do patrimniolquido) na data de transio.

    Na adoo inicial da Resoluo CFC n 1.255/2009, a

    entidade dever alterar retrospectivamente o tratamento contbilque seguiu sob a pratica contbil anterior, para quaisquer dasseguintes transaes:

    I-) os ativos financeiros e passivos financeirosdesreconhecidos (baixados) de acordo com a pratica contbilanterior da entidade antes da data de transio no deveroser reconhecidos no momento da adoo da Resoluo CFCn 1.255/2009. Por outro lado, os ativos e passivos financeiros

    que teriam sido desreconhecidos sob a Resoluo CFC n1.255/2009 em transio que tenha ocorrido antes da data detransio, mas que no foram desreconhecidos de acordocom a pratica anterior da entidade, a entidade pode optar por:

    a- desreconhec-los no momento da adoo desta Norma; ou

    b- continuar reconhecendo-os at a alienao ou liquidao.

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    II-) a entidade dever alterar sua contabilidade paraoperaes de hedge antes da data de transio para aResoluo CFC n 1.255/2009, para as operaes de hedgeque no existem mais na data de transio. Para as

    operaes de hedge que existirem na data de transio, aentidade deve seguir as exigncias da contabilidade paraoperaes de hedge, incluindo as exigncias dedescontinuidade da contabilidade para operaes de hedgepara as operaes de hedge;

    III-) estimativas contbeis;

    IV-) operaes descontinuadas;

    V-) as exigncias para se alocar o resultado e os outrosresultados abrangentes entre a participao dos nocontroladores e os proprietrios da entidade controladoradevem ser aplicadas prospectivamente a partir da data detransio da Resoluo CFC n 1.255/2009.

    NOTA:

    A entidade poder usar uma ou mais das seguintes isenes

    na elaborao de suas primeiras demonstraes contbeis que seadequarem a Resoluo CFC n 1.255/2009.

    31- COMBINAO DE NEGCIOS

    A entidade que adotar pela 1 (primeira) vez a Resoluo CFCn 1.255/2009, no deve aplicar a Seo 19 Combinao deNegcios e gio por Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill)

    par as combinaes de negcios que foram efetivadas antes dadata de transio para a Resoluo CFC n 1.255/2009.

    32- CUSTO ATRIBUDO

    A entidade que adotar a Resoluo CFC n 1.255/2009 pela1 (primeira) vez poder optar por mensurar o ativo imobilizado ou apropriedade para investimento, na data de transio para aResoluo CFC n 1.255/2009, pelo seu valor justo e utilizar esse

    valor justo como seu custo atribudo nessa data. Para isso aentidade deve observar a Interpretao Tcnica IT 10

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    Interpretao sobre a Aplicao Inicial do Ativo Imobilizado e Propriedade para Investimento.

    33- REAVALIO COMO CUSTO ATRIBUDO

    A entidade poder usar reavaliao efetuada quandopermitida legalmente para fins de custo atribudo.

    34- DEMONSTRAES CONTBEIS SEPARADAS

    Quando a entidade elabora demonstraes contbeisseparadas, o tem 9.26, da Resoluo CFC n 1.255/2009, exigeque ela contabilize todos os seus investimentos em controladas,coligadas, e entidades controladas em conjunto:

    - pelo custo menos desvalorizao; ou

    - pelo valor justo, com as alteraes no valor justoreconhecidos no resultado.

    Se a entidade que adotar pela 1 (primeira) vez mensurar uminvestimento pelo custo, ela deve mensurar esse investimento por

    um dos seguintes valores nas suas demonstraes contbeisseparadas de abertura, elaboradas em conformidade com aResoluo CFC n 1.255/2009:

    - custo, determinado de acordo com a Seo 9 Demonstraes Consolidadas e Separadas; ou

    - custo atribudo, que deve ser o valor mensurado nadata de transio para a Resoluo CFC n 1.255/2009 ou o valor

    contbil nessa data de acordo com a prtica contbil anterior.

    35- INSTRUMENTOS FINANCEIROS COMPOSTOS

    O tem 22.13 da referida Resoluo, exige que a entidadesepare um instrumento financeiro composto em seus componentesde passivo e patrimnio lquido na data de emisso. A entidade noprecisa, na adoo inicial, separar esses 02 (dois) componentes se

    o componente de passivo no estiver em aberto na data detransio para a Resoluo CFC n 1.255/2009.

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    36- TRIBUTOS DIFERIDOS SOBRE O LUCRO

    A entidade no necessita reconhecer, na data de transiopara a Resoluo CFC n 1.255/2009, ativos fiscais diferidos oupassivos fiscais diferidos relacionados com as diferenas entre asbases fiscais e os valores contbeis de quaisquer ativos oupassivos para os quais o reconhecimento desses ativos ou passivosfiscais diferidos envolveria custo ou esforo excessivo.

    37- ACORDOS DE CONCESSO DE SERVIOS

    A entidade que adotar pela 1 (primeira) vez no necessitaaplicar os itens 34.12 a 34.16 para os acordos de concesso deservios iniciados antes da data de transio para a Resoluo CFCn 1.255/2009.

    38- CONTRATOS QUE CONTM ARRENDAMENTOMERCANTIL

    A entidade poder optar em analisar se um contrato existentena data de transio para a Resoluo CFC n 1.255/2009, contmarrendamento mercantil (ver item 20.3), com base nos fatos ecircunstncias existentes nessa data, ao invs da data em que oacordo se iniciou.

    38.1- PASSIVOS POR DESATIVAO INCLUDOS NOCUSTO DO ATIVO IMOBILIZADO

    O item 17.10, letra c menciona que o custo de item do ativoimobilizado inclui a estimativa inicial dos custos de desmontagem eremoo do item e de restaurao da rea na qual o item estlocalizado, bem como a obrigao em que a entidade incorrequando o item adquirido ou como conseqncia de ter utilizado obem durante determinado perodo para finalidades que no aproduo de estoques durante esse perodo. A entidade que adotapela 1 (primeira) vez a Resoluo CFC n 1.255/2009, pode optarem mensurar este componente do custo do ativo imobilizado na

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    data de transio, ao invs da data em que a obrigao ininicialmente se originou.

    Caso seja impraticvel para a entidade realizar, no seu

    balano patrimonial de abertura na data de transio, um ou maisajustes exigidos, a entidade deve aplicar para tais ajustes nosperodos mais antigos para os quais isso seja praticvel, e deveidentificar as informaes apresentadas para os perodos anterioresque no sejam comparveis com as informaes do perodo para oqual ela elabora suas primeiras demonstraes contbeis emconformidade com a Resoluo CFC n 1.255/2009.

    Caso seja impraticvel para a entidade fornecer quaisquerdivulgaes exigidas pela Resoluo CFC n 1.255/2009 paraqualquer perodo anterior ao perodo para o qual a entidadeelaborar suas primeiras demonstraes contbeis em conformidadecom a Resoluo CFC n 1.255/2009, a omisso deve serdivulgada.

    39- DIVULGAO

    39.1- EXPLICAO DA TRANSIO PARA A RESOLUOCFC N 1.255/2009

    A entidade dever explicar como a transio de suas polticase prticas contbeis anteriores para a Resoluo CFC n1.255/2009 afetou seu balano patrimonial, suas demonstraes doresultado, do resultado abrangente e dos fluxos de caixadivulgados.

    39.2- CONCILIAO

    Para se adequar transio, as primeiras demonstraescontbeis da entidade que utilizar a Resoluo CFC n 1.255/2009,devero incluir:

    I- descrio da natureza de cada mudana deprtica contbil;

    II- conciliaes do seu patrimnio lquidodeterminado de acordo com a pratica contbilanterior para o seu patrimnio lquido determinadode acordo com a Resoluo CFC n 1.255/2009,para ambas as seguintes datas:

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    - data de transio para a Resoluo CFC n1.255/2009;

    - data de encerramento do perodo mais recenteapresentado nas demonstraes contbeis anuaismais recentes da entidade, determinadas deacordo com a prtica contbil anterior.

    III- conciliao do resultado apurado de acordo com apratica contbil para o perodo mais recente nasdemonstraes contbeis anuais mais recentes daentidade com o resultado determinado de acordocom a Resoluo CFC n 1.255/2009.

    Se a entidade tornar-se consciente de erros cometidos deacordo com a pratica contbil anterior, as condies exigidasdevero distinguir a correo desses erros das mudanas depraticas contbeis.

    Se a entidade no apresentou demonstraes contbeis paraperodos anteriores, ela deve divulgar esse fato nas suas primeirasdemonstraes contbeis que estiverem em conformidade com a

    Resoluo CFC n 1.255/2009.

    40- ATIVO IMOBILIZADO

    Conceituao

    A Lei n 6.404/76, mediante seu art. 179, inciso iv, conceituacomo contas a serem classificadas no ativo Imobilizado:

    Os direitos que tenham por objeto bens corpreos destinados manuteno das atividades da companhia ou da empresa ouexercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes deoperaes que transfiram companhia os benefcios, riscos econtrole desses bens.

    O Pronunciamento Tcnico CPC 27- Ativo Imobilizado,aprovado pela Deliberao CVM n 583/09 e tornado obrigatrio

    pela Resoluo CFC n 1.177/09 para os profissionais de

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    contabilidade das entidades no sujeitas a alguma regulaocontbil, define o Imobilizado como um ativo tangvel que:

    a) mantido para uso na produo ou fornecimento de

    mercadorias ou servios, para aluguel a outros, oupara fins administrativos; eb) se espera utilizar por mais de 01 (um) ano.

    Dessas definies, subentende-se que nesse grupo de contasdo balano so includos todos os ativos tangveis ou corpreos depermanncia duradoura, destinados ao funcionamento normal dasociedade e de seu empreendimento, assim como os direitosexercidos com essa finalidade.

    40.1- CLASSIFICAO E CONTEDO DAS CONTAS

    40.1.1- CONSIDERAES GERAIS

    O Imobilizado deve ter contas para cada classe principal deativo, para o registro de seu custo. As depreciaes acumuladasdevem estar em contas parte, mas classificadas como reduo do

    ativo. As perdas estimadas por reduo ao valor recuperveltambm devem ser registradas em contas parte, reduzindo o ativoimobilizado da mesma forma que as depreciaes acumuladas.

    Em funo dessas necessidades e caractersticas essenciais que cada empresa deve elaborar o seu plano de contasimobilizado. Apesar de no haver meno especfica na Lei dasSociedades por Aes, o Plano de Contas deve segregar oImobilizado em 02 (dois) grandes grupos, quais sejam:

    - BENS EM OPERAO que so todos os recursosreconhecidos no Imobilizado j em utilizao na gerao daatividade objeto da sociedade.

    - IMOBILIZADO EM ANDAMENTO em que se classificamtodas as aplicaes de recursos de imobilizaes, mas que aindano esto operando.

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    40.1.2- ATIVO INTANGVEL

    40.1.2.1- PRONUNCIAMENTO CPC 04:

    Ativo Intangvel um ativo no monetrio identificvel semsubstncia fsica.

    - Intangveis Bens Incorpreos- Recursos Intangveis:

    - conhecimento cientfico ou tcnico;- desenho e implantao de novos processos ousistemas;

    - licenas;- propriedade intelectual;- conhecimento mercadolgico;- nome, reputao, imagem e marcas registradas(incluindo nomes comerciais e ttulos depublicaes).

    40.1.2.1.1- EXEMPLOS DE INTANGVEIS:

    - Softwares;- patentes;- direitos autorais;- direitos sobre filmes cinematogrficos;- direitos sobre hipotecas;- licenas de pesca;- quotas de importao;- franquias;- relacionamentos com clientes ou fornecedores;

    - fidelidade de clientes;- participao no mercado e direitos de comercializao;- fundo de comrcio

    NOTA:

    Nem sempre os itens exemplificados como intangveispodem ser considerados ativos.

    Para ser considerado Ativo Intangvel necessrio que:

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    a) o ativo seja identificvel;b) a entidade detenha controle sobre o bem;c) o bem tenha capacidade de gerar benefcios

    futuros entidade.

    40.1.3- IDENTIFICAO:

    40.1.3.1- Um Ativo Intangvel identificvel quando:

    a) for separvel, ou seja, puder ser separado daentidade e vendido, transferido, licenciado,alugado ou trocado, individualmente ou juntocom um contrato, ativo ou passivo relacionado,independente da inteno de uso pela entidade;

    b) resultar de direitos contratuais ou outros direitoslegais, independentemente de tais direitosserem transferveis ou separveis da entidadeou de outros direitos e obrigaes.

    40.1.3.2- CONTROLE

    A entidade controla um ativo quando detm o poder de obter

    benefcios econmicos futuros gerados pelo recurso subjacente ede restringir o acesso de terceiros a esses benefcios.

    - direitos legais/contratuais;

    - a ausncia de direitos legais dificulta a comprovaodo controle.

    No entanto, a imposio legal de um direito no uma

    condio imprescindvel para o controle, visto que a entidade podecontrolar benefcios econmicos futuros de outra forma.

    40.1.3.3- BENEFCIO ECONMICO FUTURO

    Os benefcios econmicos futuros gerados por ativointangvel podem incluir:

    a) receita da venda de produtos ou servios;

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    b) reduo de custos ou outros benefcios resultantes douso do ativo pela entidade.

    Um exemplo:

    O uso da propriedade intelectual em um processo deproduo para reduzir os custos de produo futuros em vez deaumentar as receitas futuras.

    40.1.3.4- RECONHECIMENTO

    Um Ativo Intangvel deve ser reconhecido apenasse:

    a) for provvel que os benefcios econmicos futurosesperados atribuveis ao ativo sero gerados emfavor da entidade; e

    b) o custo do ativo possa ser mensurado comsegurana.

    40.1.3.4.1- RESTRIES EXPRESSAS NO PRONUNCIAMENTOCPC 04:

    TENS:62- Marcas, ttulos de publicaes, listas de clientes e outros

    itens similares, gerados internamente, no devem ser reconhecidoscomo ativos intangveis;

    63- Os gastos incorridos com marcas, ttulos de publicaes,

    listas de clientes e outros itens similares no podem ser separadosdos custos relacionados a