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40 Caminhoneiro F oi em São Miguel dos Campos (AL), município que abriga a maior lagoa do estado e tem sua economia movimentada pelas usinas, petróleo e gás natural, que caminhoneiros das mais variadas regiões se reuniram, entre os dias 27 e 29 de novembro, para a derra- deira etapa da 20ª Gincana do Caminhoneiro, evento promovido pela revista Caminhoneiro, com o patrocínio da Volkswagen Caminhões e Ônibus e apoio da Cummins Motores Diesel, Pneus Goodyear e Texaco do Brasil. O cenário da disputa foi o Mega Posto Via Sul, no km 137 da BR-101, onde a briga pela melhor performance na prova do slalom (ziguezague entre cones) garantiu aos três melhores tempos da prova a oportunidade de chegar à tão desejada final do evento, cuja premiação era de saltar aos olhos: um caminhão Volkswagen Constellation 24.250, um automóvel Fox City e um Gol Special, todos zero quilômetro, concedidos, respecti- vamente, ao primeiro, segundo e terceiro colocados. A emoção de quem “chegou lá” é praticamente inexplicável. Que o diga Alexandre Pavin, de Colombo (PR). A convite de amigos, veio para São Miguel dos Campos e participou, pela primeira vez, da competição para profissionais do volante. “Foi uma surpresa me classificar. Uma benção de Deus”. Assim como ele, Francisco Danillo Sampaio Ferreira, de Fortaleza (CE) era só risos na noite do sábado, 29 de novembro, no momento da divulgação dos finalistas. Por milésimos de segundos, Francisco não conseguiu sua classificação na etapa anterior, realizada em Tailândia (PA), no mês de outubro. “Fiquei em quarto lugar, mas desta vez consegui”, falou o cearense, que ficou em segundo lugar na etapa. O paulista Rodrigo Carriel de Lima, de Barra do Turvo (SP) também não cabia em si: “vim disposto a me classificar”, confidenciou emocionado. Para garantir a classificação na grande final, 753 caminhoneiros de todo o Brasil disputaram a oitava etapa do maior evento itinerante das estradas brasileiras. Euforia marca disputa Competição Por Núbia Boito Fotos: César de Cesário

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onde a briga pela melhor performance na prova do slalom (ziguezague Caminhoneiro petróleo e gás natural, que caminhoneiros das mais variadas vamente, ao primeiro, segundo e terceiro colocados. diga Alexandre Pavin, de Colombo (PR). A convite de amigos, veio para para profissionais do volante. “Foi uma surpresa me classificar. Uma regiões se reuniram, entre os dias 27 e 29 de novembro, para a derra- vez consegui”, falou o cearense, que ficou em segundo lugar na etapa. do Brasil. 41 Caminhoneiro

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Foi em São Miguel dos Campos (AL), município que abriga a maior

lagoa do estado e tem sua economia movimentada pelas usinas,

petróleo e gás natural, que caminhoneiros das mais variadas

regiões se reuniram, entre os dias 27 e 29 de novembro, para a derra-

deira etapa da 20ª Gincana do Caminhoneiro, evento promovido pela

revista Caminhoneiro, com o patrocínio da Volkswagen Caminhões e

Ônibus e apoio da Cummins Motores Diesel, Pneus Goodyear e Texaco

do Brasil.

O cenário da disputa foi o Mega Posto Via Sul, no km 137 da BR-101,

onde a briga pela melhor performance na prova do slalom (ziguezague

entre cones) garantiu aos três melhores tempos da prova a oportunidade

de chegar à tão desejada final do evento, cuja premiação era de saltar aos

olhos: um caminhão Volkswagen Constellation 24.250, um automóvel

Fox City e um Gol Special, todos zero quilômetro, concedidos, respecti-

vamente, ao primeiro, segundo e terceiro colocados.

A emoção de quem “chegou lá” é praticamente inexplicável. Que o

diga Alexandre Pavin, de Colombo (PR). A convite de amigos, veio para

São Miguel dos Campos e participou, pela primeira vez, da competição

para profissionais do volante. “Foi uma surpresa me classificar. Uma

benção de Deus”. Assim como ele, Francisco Danillo Sampaio Ferreira,

de Fortaleza (CE) era só risos na noite do sábado, 29 de novembro, no

momento da divulgação dos finalistas. Por milésimos de segundos,

Francisco não conseguiu sua classificação na etapa anterior, realizada

em Tailândia (PA), no mês de outubro. “Fiquei em quarto lugar, mas desta

vez consegui”, falou o cearense, que ficou em segundo lugar na etapa.

O paulista Rodrigo Carriel de Lima, de Barra do Turvo (SP) também não

cabia em si: “vim disposto a me classificar”, confidenciou emocionado.

Para garantir a classificação na grande final, 753 caminhoneiros de todo o Brasil disputaram

a oitava etapa do maior evento itinerante das estradas brasileiras.

Euforiamarca disputa

Competição Por Núbia BoitoFotos: César de Cesário

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CLASSIFICADOS DA ETAPA l l l l l l l

Mães e esposas dos heróis da estrada também merecem cuidados.

Ao fundo, equipe do GOE de São Miguel dos Campos com as crianças.

1º classificado:Alexandre Pavin, de Colombo (PR).Tempo: 19 segundos e 239 milésimos.

Quando foi para São Miguel dos Campos, este paranaense de 24 anos – seis dos quais dedicados às estradas – nem sonhava em se classificar. “Foi uma surpresa, uma benção de Deus”, disse o jovem que dedicou a classificação ao pai, Jackson, já falecido. “Foi ele quem me ensinou a tomar gosto pela direção”, completou Alexandre, que é autônomo.

2º classificado:Francisco Danillo Sampaio Ferreira, de Fortaleza (CE)Tempo: 19 segundos e 353 milésimos.

Após ter ficado à beira da classificação na sétima etapa, o cearense não mediu esforços para ir a Alagoas. Empregado do pai, Francisco tem 35 anos e está na profissão há 15. “Pense num sacrifício grande para chegar aqui”. Disse ele que chegou a poucas horas do término da prova, sentou no caminhão e conseguiu a classificação.

3º classificado:Rodrigo Carriel de Lima, de Barra do Turvo (SP).Tempo: 19 segundos e 730 milésimos.

Foi em 2003, quando tinha 19 anos, que Rodrigo, através de amigos, conheceu a Gincana do Caminhoneiro. Desde então, sempre que tem uma oportunidade, vai a uma etapa disposto a classificar-se. Lembrou que o nervosismo bateu forte até o momento de sentar no caminhão e acelerar. “Fiz uma oração, pedi para Deus e tudo se acalmou”, desabafou.

Competição

O exercícioda cidadania

E com o intuito de interagir cada

vez mais com os caminhonei-

ros, a organização do evento,

através da VW Caminhões, montou um

verdadeiro salão de beleza para eles,

que puderam fazer a barba, cortar o

cabelo e dar um trato nas unhas, com

os cuidados estendidos às suas esposas.

Para as crianças, uma sala de recreação

com direito a brincadeiras e até mesmo

a ensinamentos, como um bate-papo

com a equipe do Grupo de Operações

Especiais (GOE) da Guarda Municipal de

São Miguel dos Campos, que orientou

os pequenos sobre os problemas acar-

retados pelas drogas.

A saúde também foi ponto alto do

evento. Durante os três dias da etapa,

uma equipe do Sest/Senat de Maceió

manteve plantão de atendimento aos

heróis da estrada, que puderam verificar

a pressão arterial, a taxa de glicose no

sangue e ainda vacinar-se contra febre

amarela e rubéola. E, numa parceria

com Polícia Rodoviária, esteve por lá

também o “Comando da Saúde”, onde o

caminhoneiro pôde realizar exames de

acuidade visual e audiometria. Destaque

ainda para palestras ministradas pelo

Sest/Senat sobre doenças sexualmente

transmissíveis e AIDS.

Houve ainda a interação da Gincana

com o projeto Semeando Cidadania

nas Estradas, da Texaco, que doou mil

livros paradidáticos à escola municipal

Maria Abigail Correia de Sá. Cerca de 350

crianças carentes, com idades variando

entre 4 e 14 anos, foram beneficiadas

com a ação.

E foi com sabor de quero mais que a

última etapa da 20ª Gincana do Caminho-

neiro chegou ao fim. Acompanhem, nas

próximas páginas, os momentos finais em

busca do caminhão zerinho! m

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Equipe do Sest/Senat de Maceió em atividade com os caminhoneiros do evento.

Teste de acuidade visual feito pelo “Comando da Saúde”: um exame importante para o motorista.

Mães e esposas dos heróis da estrada também merecem cuidados.

Flagrante de um momento de bons tratos no visual, corte e barba por conta da Volkswagen Caminhões.

Ao fundo, equipe do GOE de São Miguel dos Campos com as crianças.

Ailton J.Ribeiro, de Campos dos Goitacazes (RJ) e a esposa Vera elogiaram o evento.

Acontecimentos l l l l l l l

De passagem por Alagoas, Gildevando F. do Nasci-mento, de Curitiba (PR).

Mineiro radicado em S.Miguel, Reginaldo da Silva levou a família ao Mega Posto.

Cícero Silva Santos prestigiou o acontecimento em sua cidade, com o filho Amos.

De Barreiras (BA), Oscar Loiola Barros achou que patinou em sua estréia no slalom.

Estudantes recebem doação de livros do projeto “Semeando Cidadania nas Estradas”.

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Carlos A. de Marco MiglioriniArapongas/PR

Franklin Alves NolascoAnanindeua/PA

Roberto Polli Colombo/PR

João Paulo PolliColombo/PR

Vilmar SartoriIbicaré/SC

Jefferson Alves NolascoAnanindeua/PA

Francisco Danillo Sampaio Ferreira – Fortaleza/CE

Alexandre PavinColombo/PR

Sandro João DaniIbicaré/SC

Joaquim Veríssimo BatistaSão Luís/MA

Valdiclei PrestesColombo/PR

Rodrigo Carriel de LimaBarra do Turvo/SP

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Jefferson Alves NolascoAnanindeua/PA

Fernando José FantinCuritiba/PR

Leonardo Maluf BatistaSão Luís/MA

Jadiel Adson Souza e SilvaAnanindeua/PA

Leonardo BonatoColombo/PR

Flávio PelleCuritiba/PR

Rodrigo Carriel de LimaBarra do Turvo/SP

Fernando SakaiBauru/SP

Manoel Pedro SantanaGália/SP

João Edson LazarotoColombo/PR

Jaime Adriane Souza e SilvaAnanindeua/PA

Márcio PiacentiniIbicaré/SC

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Etapa final

Quem experimentou a sensação do primeiro lugar na 20ª Gincana do Caminhoneiro, que teve uma final sensacional, foi o paranaense João Paulo Polli, de Colombo, PR.

O doce saborda vitória

Por: Graziela PotenzaFotos: César de Cesário

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A etapa final da 20ª Gincana do Caminhoneiro, que aconteceu no domingo, dia 30 de novem-

bro, teve um sabor diferente para todos que estiveram presentes no Mega Posto Via Sul, localizado em São Miguel dos Campos, município de Alagoas. Afinal, este ano, o evento completou sua vigé-sima edição.

Aquele domingo foi muito especial para os 24 finalistas (mas dois não pu-deram comparecer) classificados em oito etapas realizadas em diferentes cidades brasileiras, cobrindo boa parte do País. Todos foram recepcionados pe-las equipes da revista Caminhoneiro, da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Cum-mins Motores Diesel, Pneus Goodyear e Texaco do Brasil, com um gostoso café da manhã em um espaço aconchegante decorado com toalhas nas cores branca e laranja.

Certamente o pensamento dos fina-listas era unânime: chegou o grande dia. Preciso manter a calma e procurar fazer o melhor. Aos poucos, João Paulo Polli, Jadiel Adson Souza e Silva, Franklin Alves Nolasco, Fernando Sakai, João Edson Lazaroto, Flávio Pelle, Valdiclei Prestes, Rodrigo Carriel de Lima, Leonardo Bona-to, Roberto Polli, Jaime Adriane Souza e Silva, Jefferson Alves Nolasco, Francisco Danillo Sampaio Ferreira, Márcio Piacen-tini, Sandro João Dani, Fernando José Fantin, Vilmar Sartori, Alexandre Pavin, Joaquim Veríssimo Batista, Leonardo Maluf Batista, Carlos Alberto de Marco Migliorini e Manoel Pedro Santana foram se acomodando. Alguns mais quietos outros mais falantes, tudo valia para driblar a ansiedade e o nervosismo.

Após o gostoso café da manhã, começou a leitura do regulamento e o

sorteio do número de inscrição. Aten-tos e devotos as suas crenças (rezando, crucifixo enrolado na mão, etc.), os finalistas solicitavam proteção divina. O apresentador Ézio Rufino fez a leitura do regulamento, com clareza. Entre os arti-gos, ficou definido que seriam feitas três tomadas de tempo. A ordem de entrada na pista seria determinada por sorteio, à vista de todos. Só depois de os finalistas cumprirem a primeira tomada de tempo, é que seria realizada a segunda e em um breve intervalo, a terceira tomada de tempo. Antes de cada tomada de tempo, um novo sorteio determinaria a ordem de entrada na pista, sempre acompanhado pelo fiscal no interior do caminhão.

Dúvidas esclarecidas, o próximo passo seria enfrentar a prova teórica. Todos os finalistas se dirigiram a uma sala apropriada para a realização da prova de conhecimentos aplicada pelo Sest/Senat Maceió. Nesta avaliação, cada questão errada aumentaria 10 milésimos de segundo ao tempo final, como forma de penalização.

De acordo com Edna Lucena Colatino, coordenadora de Desenvolvimento Pro-fissional do Sest/Senat Maceió, a prova foi composta por 20 questões objetivas relacionadas com legislação, direção defensiva, meio ambiente, sinalização e cidadania. As perguntas eram voltadas para as dificuldades do dia-a-dia do ca-minhoneiro. “Não fogem ao foco porque fazem parte da rotina de trabalho deles”, disse Edna Colatino.

Este ano, a média de erros ficou em torno de cinco. Isso mostra que o pro-fissional do volante está, cada vez mais, se inteirando sobre esses temas. Como foi o caso de Márcio Piacentini, que ves-

tia a camisa 22. “Apesar de a avaliação trazer questões do dia-a-dia, cada uma precisou ser lida com muita calma. Eu estudei e me preparei para a prova”, disse Piacentini. Outro que também se pre-parou foi Valdicliei Prestes, camisa 16. “É ótimo esse tipo de iniciativa, faz a gente se reciclar”, disse o caminhoneiro.

Pegou “fogo”O espírito de patriota e o orgulho de

ser brasileiro contagiaram os finalistas, o público e todos os envolvidos na 20ª Gincana do Caminhoneiro. “Foi um mo-mento para refletirmos sobre o nosso País”, diz Roberto Polli, de Colombo, PR, que junto com os demais finalistas foram fazer o reconhecimento da pista.

“Este ano o bicho pegou”, diz Jadiel Adson e Silva, de Ananindeua, PA, com um largo sorriso. “Mas pegou no bom sentido. Como o traçado da pista está muito legal, além do ziguezague e uma curva radical o caminhoneiro precisa prestar muita atenção até mesmo no final do percurso quando entra na ga-ragem para finalizar a prova”, completou Jadiel Silva que mostrou bastante perícia ao volante ao realizar as três tomadas de tempo. “Sinto que hoje pode ser o meu dia”, previa ele.

Nos bastidores, aguardando a sua vez, todos os finalistas elogiaram o

Por: Graziela PotenzaFotos: César de Cesário

Muita concentração e fé.

A recepção foi um gostoso café da manhã.

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Etapa final

traçado da pista. “Tem um cone situado na entrada da curva, à esquerda, que se o caminhoneiro não prestar atenção e entrar muito rasgando certamente vai derrubá-lo”, fala Francisco Danillo Sampaio Ferreira, de Fortaleza (CE) que participou do evento pela primeira vez.

Depois de todas tomadas realizadas chegou o grande momento: A expec-tativa é grande. Os 22 finalistas foram convocados para irem até o palco. O resultado foi anunciado. Em terceiro lugar, com o tempo final de 26 segundos e 141 milésimos, ficou Franklin Alves

Nolasco, que recebeu um lindo automóvel Gol Spe-cial. Em segundo lugar, com o tempo final de 25 segundos e 96 milésimos, ficou Jadiel Adson Souza e Silva, que ganhou um lindo Fox City.

Chegado o grande mo-mento. O vencedor que saboreou o doce sabor do

primeiro lugar e ganhou um maravilhoso VW Constellation 24.250 zero quilôme-tro foi João Paulo Polli. Ele conseguiu o tempo final de 24 segundos e 309 milésimos.

A sonhada glóriaJoão Paulo Polli, 23 anos, da cidade

de Colombo (PR) é solteiro, mas trouxe a namorada e a mãe Bernadete para lhe dar sorte. Ele é filho e neto de cami-nhoneiros.

“Sinceramente, eu não esperava que

meu filho fosse o vencedor, porque estava muito nervoso”, disse a sua mãe que mudou de opinião logo quando viu sua atuação na segunda tomada de tempo. Ele foi muito rápido. Ao saber o resultado ela foi beijá-lo e cochichou: “parabéns meu filho estou muito orgu-lhosa de você”.

O sentimento de ter ganhado um ca-minhão Volkswagen é indescritível. “Na hora do resultado minhas mãos estavam ensopadas de suor e as pernas tremiam. O mais difícil foi controlar os meus ner-vos”, fala o campeão. Ele é contratado e transporta calcário na região de Colom-bo. “Provavelmente irei trabalhar com o VW Constellation”. m

1º lugarJoão Paulo Polli, de Colombo, PR, se classificou na etapa realizada em Vilhena, RO. “Vim com o pensamento firme para realizar o meu grande sonho. Ganhar um caminhão Cons-tellation.”

2º lugarJadiel Adson Souza e Silva de Ana-nindeua, PA, se classificou na etapa realizada em Sorriso, MT. Ele é cami-nhoneiro há 13 anos. “Sinto que hoje é o meu dia de sorte. Estou com a proteção divina”, diz.

3º lugarFranklin Alves Nolasco, de Ananin-deua, PA, se classificou na etapa realizada em Tailândia, PA. “O mais difícil foi manter o meu controle emocional para aliviar o nervosis-mo”, fala.

Dedicação total da equipe da organização.

Show com a bandaLimão com Mel

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Agitando a cidade

Bastidores

É verdade. A Gincana do Caminhoneiro é um grande evento. Além de eficiente açãomercadológica, cumpre também o lado social, melhorando a vida do profissional da estrada,

gerando empregos e incrementando a economia por onde passa.

Por: Graziela PotenzaFoto: César de Cesário

A Gincana do Caminhoneiro, vista dos bastidores, mostra uma equipe unida, formada por

profissionais e empresas, preocupada com a responsabilidade social. Além de beneficiar a vida de muitos caminho-neiros, também gera oportunidade de trabalho e um movimento na economia por onde acontecem as etapas. Os ho-téis, restaurantes, meios de transporte, a vinda de participantes e familiares, o aproveitamento de mão-de-obra local sofrem um incremento com esse grande evento que está cada vez melhor.

A torcida do Tato, assim como é co-nhecida a caravana organizada pelo ca-minhoneiro Dulcidio Speranseta Filho e sua esposa Simone, está sempre presen-

te. O Tato, como é chamado carinhosa-mente pelos colegas, foi um dos vence-dores da Gincana do Caminhoneiro. De lá pra cá, Tato se apaixonou pelo evento. Todo ano, o grupo se reúne e vai assistir a grande final. “Eu adoro essa competição que deu um novo rumo à minha vida. No início, reunimos alguns amigos para ver a final. Depois as esposas e os nossos filhos começaram a nos acompanhar. Agora já somos uma grande caravana uniformizada”, explica Tato.

“Todo começo de ano, minha es-posa Simone liga para a editora Tudo em Transporte querendo saber onde será a final da Gincana. Para nós, essa informação é preciosa. Nós começamos organizar e a economizar dinheiro para

irmos prestigiar o evento”, fala Tato.Em 2008, a 20ª Gincana do Caminho-

neiro contou também, com a torcida or-ganizada de Ananindeua, PA, que vibrou ao ver seus finalistas entrarem na pista, pilotando o caminhão Constellation.

Outros grupos que fazem o evento acontecer são o de patrocínio, no caso a Volkswagen Caminhões e Ônibus e o de apoio (Cummins Motores Diesel, Pneus Goodyear e Texaco do Brasil). “A meu ver, a Gincana do Caminhoneiro ajudou a Volkswagen Caminhões a ser bem mais conhecida entre os caminhoneiros. Essa é uma ótima oportunidade onde os ca-minhoneiros testam o Volkswagen, con-ferindo a potência, o torque, o conforto e, sobretudo, a segurança dos nossos

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Bastidores

caminhões” diz Ana Maria Cruz Oliveira, supervisora de Propaganda e Marketing da Volkswagen Caminhões e Ônibus. “Ao perceber que os caminhoneiros vêm para as etapas com as suas famílias, desenvolvemos algumas atividades para sua esposa e filhos”.

“Aqui todos são tratados com cari-nho”, diz José Américo Ferreira, represen-tante de Marketing e responsável pela Promoção de Eventos da Volkswagen Caminhões e Ônibus, dando seqüência ao raciocínio de Ana Oliveira. “Fecha-mos a Gincana com chave de ouro. Nesta oitava etapa passaram mais de 750 caminhoneiros. O evento também ganhou forte cunho social com as ações extras, como realizações de exames de glicemia, vacinas, audiometria, além da atualização profissional. Além disso, neste tipo de competição, pode ser cons-tatado como o caminhão Volkswagen tem excelente comportamento, afinal, são diferentes estilos de caminhoneiros

que pilotam o Constellation que sempre se mostrou com excelente performance”, conclui Américo.

Para a Cummins Motores, a Gincana também tem um papel importante. “Nós parabenizamos o evento que comple-tou 20 anos de existência. Posso dizer que é uma feliz parceria entre a Cum-mins e a Gincana. Nesta última etapa, registramos recorde de participantes. A Gincana é uma ótima oportunidade para prestigiar os caminhoneiros, além de funcionar como vitrine para os nossos produtos (filtros) e motores”, diz Laércio Silva, do Marketing América do Sul da Cummins.

Outra companhia que faz parte da história da Gincana é a Pneus Goodyear. Segundo Sérgio de Lara, assessor de Vendas, Comercial e Técnico da empre-sa, esse evento é um sucesso porque é direcionado para o profissional da estrada. “Aqui, de fato, o caminhoneiro é a estrela”, afirma Lara.

A Texaco também apoiou o evento este ano. “Foi uma experiência gratifi-cante em estar participando de uma competição tão conhecida entre os motoristas profissionais”, diz Jadilson Mafra Barbosa, Consultor Negócios Chevron Brasil.

O caminhoneiro Guanadir Roella de Oliveira, este ano fez parte da comissão que acompanhou as provas na etapa final. Ele não poderia ficar de fora, afinal, o Índio, como é chamado pelos amigos, marca presença na Gincana desde a sua primeira edição. “É um evento sério. Eu tiro o chapéu”, fala Índio.

Como disse o nosso amigo Índio, para finalizar com chave de ouro, não poderíamos deixar de mencionar o responsável pelo evento, Saulo Muniz Furtado, diretor da TT Editora. “A Gincana do Caminhoneiro é um grande evento e é pioneira em seu formato que reúne responsabilidade social e ação merca-dológica”. m

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Uma grande equipe que faz um grande evento.

O público é formado por pessoas do ramo.

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