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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA HALIA TEREZINHA GRUBA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PONTA GROSSA 2006

A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA HALIA

TEREZINHA GRUBA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PONTA GROSSA – 2006

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SUMÁRIO

IDENTIFICAÇÃO ..................................................................................................................1

1 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA.....................................................................................2

1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................2

1.2 METAS................................................................................................................................5

2 A ESCOLA............................................................................................................................7

2.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ...........................................................................................7

2.2 HISTÓRICO .......................................................................................................................7

2.3 FINALIDADES.................................................................................................................. 8

2.4 PRINCÍPIOS .................................................................................................................... 9

2.5 OBJETIVOS .....................................................................................................................11

2.6 A ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA .....................................................................................11

2.7 A ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E ROTINA ESCOLAR ............................................12

2.8 RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS....................................................................21

2.9 RECURSOS HUMANOS . .............................................................................................. 22

3 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................ 22

3.1 A CIDADE ...................................................................................................................... 22

3.2 A COMUNIDADE ESCOLAR ATENDIDA ..............................................................................23

4 PRESSUPOSTOS ............................................................................................................. 24

4.1 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS...................................................................................24

4.2 PRESSUPOSTOS EPISTEMOLÓGICOS .......................................................................27

4.3 PRESSUPOSTOS DIDÁTICO PEDAGÓGICOS ............................................................ 30

5 PRINCIPIOS ..................................................................................................................... 33

5.1 PRINCIPIOS EDUCATIVOS ........................................................................................... 33

5.2 ENCAMINHAMENTOS NORTEADORES DO TRABALHO DO PROFESSOR ............. 34

6 AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM.............................................. 37

6.1 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ........................................................................................ 40

6.2 AVALIAÇÃO POR OBJETIVOS ..................................................................................... 40

6.3 PROMOÇÃO DE ALUNOS ............................................................................................ 42

6.4 REGISTRO DE AVALIAÇÃO.......................................................................................... 43

6.5 FREQUÊNCIA ............................................................................................................... 43

6.6 TRANSFERÊNCIA ......................................................................................................... 43

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6.7 REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL ........................................................................ 44

6.8 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO......................................................................44

6.9 ADAPTAÇÃO.................................................................................................................. 45

7 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR ............................................................................................. 45

7.1 ESTATÍSTICA DE MOVIMENTAÇÃO ESCOLAR ...........................................................45

7.2 ANO LETIVO ................................................................................................................ 46

7.3 REGIME ESCOLAR ....................................................................................................... 46

7.4 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR .................................................................................... 47

7.5 ORGANIZAÇÃO DAS CLASSES .................................................................................. 47

7.6 GRUPOS IDENTIFICADOS POR SÍMBOLOS OU DENOMINAÇÃO ........................... 48

7.7 PONTO DE ENCONTRO ............................................................................................... 48

7.8 SALAS AMBIENTES ..................................................................................................... 48

7.9 MERENDA ESCOLAR .................................................................................................. 49

7.10 FORMAÇÃO CONTÍNUA : CORPO DOCENTE E EQUIPE TÉCNICO PEDAGÓGICA . 50

7.11 ARTICULAÇÃO COM OS DEMAIS GRAUS DE ENSINO .......................................... 50

7.12 CAMPO DE PESQUISA PEDAGÓGICA ..................................................................... 50

8 PROPOSTAS CURRICULARES....................................................................................... 50

9 PROJETOS .................................................................................................................. 51

9.1 PROJETO SALAS AMBIENTE ..................................................................................... 51

9.2 PROJETO NOVOS SABERES E SABORES: FORMANDO APRENDIZES PELA

PESQUISA .................................................................................................................... 57

9.3 PROJETO JOCA – JOGOS DO CAIC .......................................................................... 61

9.4 PROJETO MOMENTO CÍVICO: BUSCANDO O RESGATE DE HINOS CÍVICOS........ 67

10 PROJETO DE FORMAÇÃO CONTÍNUA: PROFESSORES E EQUIPE TÉCNICO

PEDAGÓGICA .............................................................................................................. .70

11 PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .................................................................. 78

12 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 85

13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 90

14 ANEXOS ........................................................................................................................ 91

14.1 MATRIZ CURRICULAR

14.2 PARECER DO CONSELHO ESCOLAR

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IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

CAIC Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha

Escola Estadual Professora Halia Terezinha Gruba – Ensino Fundamental 5. ª a 8. ª séries.

ENDEREÇO:

Alameda Coronel Camisão, s/ n. º - Campus Universitário.

TELEFONE, CEP, BAIRRO E CIDADE

Telefone (42) 3220-3066 e 3220-3271

CEP 84031-020

Bairro de Uvaranas - Ponta Grossa / Paraná

PARCERIAS:

Universidade Estadual de Ponta Grossa

PARTICIPANTES:

Equipe técnico pedagógica

Ronilze de Fátima Tozetto - Diretora

Neusa Cenci – Pedagoga

Silmara do Rocio Schwab – Pedagoga

Professores e Funcionários

Adriano Stachuk Hohmann – Professor de Língua Portuguesa

Ana Lúcia Stefanczak – Auxiliar de Serviços Gerais

Cenira Monteiro – Auxiliar de Serviços Gerais

Sérgio Danilenko – Professor de Artes

George Lopes Vieira – Técnico Administrativo

João Douglas Gonçalves – Professor de Geografia

Jucemara de Lima – Professora de Ciências

Lia Rosa – Professora de História

Luis Fernando Hellmann – Técnico Administrativo

Maria Teresa Teixeira da Silva – Professora de Artes

Nazle Boulos – Professora de Língua Estrangeira Moderna (Inglês)

Regiane Nunes de Siqueira – Professora de Matemática

Jefferson Francisco da Silva – Professor de Educação Física

Simone de Fátima Soltes – Professora de Matemática

Rullian Neves Godoi – Secretário

Sandra Andréia Ferreira – Professora de Língua Portuguesa

Daniela Pereira Silva – Professora de Ciências

Simone Aparecida Schwab da Silva – Professora de Educação Física

Pais e alunos

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1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA

Este documento contém a Proposta Pedagógica da Escola Estadual Professora Halia

Terezinha Gruba, a ser desenvolvida no ano letivo de 2006.

Mais que uma exigência legal, ele reflete o pensamento educacional do coletivo da

escola na construção de sua identidade e pretende constituir-se como a essência do

trabalho que será desenvolvido no âmbito de seu contexto histórico.

Sua reelaboração foi um grande desafio para os educadores, funcionários, alunos e

pais, fruto de um longo período de trabalho e de um compromisso definido coletivamente

através de debates, diálogos, reflexões individuais e coletivas, ele pretende de maneira clara

e objetiva apontar o ideal a ser buscado no cotidiano das práticas escolares, no sentido de

definir as ações educativas e as características necessárias à escola para cumprir seus

propósitos e sua intencionalidade.

Com sua implementação pretende-se desencadear um processo de ação-reflexão,

ao mesmo tempo global e setorial, buscando a organização do trabalho pedagógico na sua

totalidade, e conseqüentemente a melhoria da qualidade do processo educativo.

1.1 JUSTIFICATIVA

Entendendo a educação como apropriação da cultura humana produzida

historicamente, e a escola como instituição que provê a educação sistematizada, sobressai

a importância das medidas visando a realização eficiente dos objetivos da instituição

escolar, em especial da escola pública básica, voltada ao atendimento das classes

trabalhadoras.

Administrar uma escola pública hoje não se reduz a aplicação de tantos métodos,

importados muitas vezes de empresas que nada têm a ver com objetivos educacionais. A

administração escolar é portadora de uma especificidade que a diferencia da administração

capitalista empresarial.

Se administrar é utilizar racionalmente os recursos para a realização de fins

determinados, administrar a escola exige a permanente impregnação de seus fins

pedagógicos na forma de alcançá-los, exige uma nova organização da escola.

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É preciso pensar na realização humana, que deve estar implícita em cada ato

educativo. É missão desta escola formar o cidadão para o mundo contemporâneo com

consciência de suas raízes históricas, e capaz de afirmar a sua identidade,

preparando-o para a vida.

Nesse contexto de reflexões, percebemos que o próprio processo de democratização

da sociedade, exige também da escola uma mudança de postura, especialmente no que se

refere a sua forma de administração.

A gestão escolar, entendida como processo de democratização das relações

organizacionais no interior da escola, têm importância cada vez maior na formação do

indivíduo para a cidadania, no sentido de estender essa vivência democrática para fora dos

muros da escola, na sociedade como um todo. Configura-se como instrumento na tentativa

de superação da estrutura piramidal, linear, vertical que muitas vezes se apresenta na

escola em detrimento de uma estrutura não verticalizada, com poder compartilhado, com

controle coletivo, integração e parcerias.

Tal processo de gestão se materializa na escola através de ações que visam a

conquista da autonomia, da garantia da participação de todos e da elaboração de uma

proposta pedagógica que expresse a vida da escola.

A compreensão da relação de indissociabilidade e interdependência entre

autonomia, participação, formação contínua de professores e qualidade, são fundamentais

no processo de construção da gestão democrática da escola pública. A proposta

pedagógica, nessa perspectiva, é o instrumento essencial para sua viabilização, e

gradativamente para sua efetivação.

A construção de um processo de gestão democrática, centrado nos valores e

princípios democráticos é tarefa política e educativa da escola, e constitui-se numa

construção coletiva que deve estar fundamentada no projeto pedagógico da escola, isto é

na sua identidade. Entendida, como uma prática que possibilita a melhoria de todo processo

educacional, a gestão democrática constitui-se numa nova forma de administrar a escola.

Embora seja um princípio consagrado pela constituição vigente e também presente na

própria LDB, a gestão democrática, exige uma ruptura histórica na prática administrativa da

escola.

Caracterizando-se como um processo coletivo, ela vai se construindo nas ações do

dia a dia. Pode ser considerada um instrumento de transformação das práticas escolares,

capaz de contribuir significativamente para a formação da consciência democrática, para o

aprimoramento da participação no cotidiano da escola e para a implantação de uma nova

cultura escolar. Na acepção de Ilma Passos Veiga, entendemos que:

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―a gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração; da solidariedade que supera a opressão; da autonomia que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das quais a escola é mera executora‖. (PASSOS, 2000, p. 18)

Nesse sentido, a viabilidade de uma gestão democrática depende de "um projeto

cujas condições de existência implicam, de uma parte, a responsabilidade coletiva e, de

outra parte, a vontade individual de transformar a própria consciência, pelo

autoconhecimento, pela autocrítica, pela humildade de aceitar a diferença, como condição

para o diálogo e ação conjunta" (TORRES, 1998, p.16).

O compromisso coletivo que se estabelece na escola, entre os sujeitos envolvidos

no processo educacional - os administradores, os professores, os alunos, os pais e os

outros membros da comunidade -, para a transformação do espaço escolar num ambiente

democrático, deve estar aliado a um outro elemento fundamental da gestão democrática que

é a autonomia da escola.

Ela se constrói, política e socialmente, pela interação desses diferentes sujeitos

organizacionais da instituição escolar, sendo a expressão da unidade social que é a escola,

e, portanto não preexistindo sem a ação dos indivíduos. Vai muito além da autonomia

decretada, que estabelece as regras e normas formais que regulamentam a distribuição de

poderes e de competências aos diferentes níveis da organização escolar. Essa autonomia

construída é resultado da ação concreta dos indivíduos que a constituem, o que nos permite

concluir que não há autonomia da escola sem autonomia dos indivíduos.

Como a existência da qualidade, pressupõe necessariamente a participação, a

concepção de gestão democrática incorporando os princípios democráticos constitui um

aprendizado que se processa nos procedimentos participativos do cotidiano da escola. Para

viabilizar a democratização na escola, tanto na estrutura organizacional como nas ações

pedagógicas, segundo APPLE (1997) a vivência dos fundamentos do modo de vida

democrático é condição essencial.1 Também nas palavras de DEWEY2 "se as pessoas

quiserem assegurar e manter um modo de vida democrático precisam de oportunidade para

descobrir o que significa esse modo de vida e como pode ser vivenciado". A cultura da

participação é sedimentada e disseminada através da aprendizagem democrática.

As transformações culturais, sociais e políticas vividas nestes últimos anos levam o

Homem a buscar novas alternativas de desenvolvimento, de organização social e modelos

1 Para aprofundamento ver APPLE, Michael. BEANE, James. Escolas Democráticas. São Paulo : Cortez, 1997,

p 14 -19.

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de relações sociais. Para enfrentar os desafios do milênio é então necessário superar o

descrédito da sociedade em relação à educação, assinalando-lhe novos objetivos, em

função desse novo Homem que se quer e precisa formar.

Nessa perspectiva, acreditamos que a compreensão em profundidade dos

problemas postos pela prática pedagógica, rompendo com a separação entre concepção e

execução, entre o pensar e o fazer, entre a teoria e a prática é a grande exigência de uma

gestão democrática, e implicitamente da Proposta Pedagógica desta escola, justificando

assim o presente Projeto.

1.2 METAS

Apoiado nos fundamentos teórico acima fica estabelecido coletivamente como

metas de gestão em nossa escola:

1.2.1 Metas em longo prazo

- A efetivação do presente Projeto, criando as condições necessárias para colocá-

lo em ação.

- O aprimoramento da qualidade do processo educativo, fundamentado nos

pressupostos filosóficos, epistemológicos e didáticos-pedagógicos deste

Projeto.

- A viabilização de experiências democráticas, tanto nas ações administrativas

quanto pedagógicas, possibilitando em longo prazo a construção de uma gestão

participativa e democrática.

- O reforço da autonomia construída, através de maior delegação de competências

e responsabilidades aos setores/ sujeitos da escola.

- A maior participação na vida da escola por parte dos sujeitos nela envolvidos,

especialmente, pais, alunos, professores, funcionários e outros membros da

comunidade local.

2 Dewey, 1916 Apud APPLE , p.17. Escolas democráticas.

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1.2.2 Metas em médio prazo

- A prioridade das funções pedagógicas e científicas sobre as funções

administrativas, e conseqüentemente prevalência da gestão pedagógica sobre a

administrativa.

- A dinamização dos encaminhamentos pedagógicos com a colaboração de todos

os envolvidos, buscando soluções rápidas e efetivas para os problemas que

surgirem.

- A maior conscientização das normas da escola, constantes no regimento escolar

para toda comunidade escolar, especialmente para os alunos.

- A valorização profissional e social dos professores e funcionários, elementos

chave nesse processo de mudança e inovação.

- A criação de condições necessárias ao favorecimento do sucesso educativo e

escolar dos alunos, melhorando os meios de ação social escolar e os recursos de

apoio didático-pedagógico.

- O progressivo redimensionamento da escola, com maior racionalização na

utilização dos recursos financeiros, das instalações e respectivos equipamentos.

- A maior dinamização da escola como espaço privilegiado de saber, da cultura e

da convivência humana, por onde deve passar necessariamente a inovação e a

modernização da sociedade.

- A melhoria dos ambientes escolares e adequação dos serviços de limpeza das

diversas áreas da escola.

- O maior envolvimento das seções de apoio implantados no CAIC: Saúde,

Cultura, Alimentação, Esporte e lazer e Serviço Social com ações que atendam

os interesses e necessidades dos alunos.

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2. A ESCOLA

2.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

A Escola Estadual Professora Halia Terezinha Gruba - Ensino Fundamental, código

3067, funciona nas dependências do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente

- CAIC Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha da Universidade Estadual de Ponta Grossa,

situado à Alameda Coronel Camisão s/ n. º, Campus Universitário, bairro de Uvaranas, no

município de Ponta Grossa/Paraná, CEP 84031-020. Fone/Fax: (42) 3220-3066 e (42)3220-

3271.

2.2 HISTÓRICO

No início da década de 90, um grupo de professores da Universidade Estadual de

Ponta Grossa elaborou um projeto para a criação de um Centro Educacional. Esse projeto

conquistou, na época, junto ao Projeto Minha Gente, do Governo Federal a implantação de

uma unidade física modelo CAIC - Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente,

no Campus Universitário de Uvaranas. Em 1993, iniciaram-se as atividades do Centro de

Atenção Integral à Criança e ao Adolescente Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha, como

órgão suplementar da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Como instrumento de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente, este Centro

caracteriza-se como um espaço educativo/cultural que, pela sua proposta política/filosófica e

sua abrangência de ação, propõe a integração de serviços essenciais ao desenvolvimento

integral da criança nos aspectos: físico, psíquico, intelectual e social.

Esses serviços sociais básicos estão organizados atualmente em seções com

funções específicas: Alimentação, Cultura, Esportes e Lazer, Saúde e Serviço Social. Cada

uma dessas seções procura proporcionar aos alunos e comunidades escolar, atividades e

intervenções que contribuam para a sua formação integral.

Compartilhando o mesmo espaço físico estão alocadas duas escolas distintas devido

às entidades mantenedoras: Escola Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha - Educação Infantil

e Ensino Fundamental e Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

Fundamental - 5ª a 8ª séries. Contando ainda com o apoio das seções acima citadas.

A criação da Escola Estadual Professora Halia Terezinha Gruba em 1996, originou-

se por um lado pela necessidade de desmembramento da Escola Reitor Alvaro Augusto

Cunha Rocha – Ensino Fundamental – Educação Infantil e 1. ª a 4. ª série, e por outro pela

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solicitação do PRONAICA - Programa Nacional de Atenção Integral à Criança e ao

Adolescente, em 1995 para reformulação da estrutura CAIC a nível nacional.

Seu nome foi escolhido em homenagem a professora que fez da escola e da

Universidade o seu refúgio e prazer. Lotada no Departamento de Métodos e Técnicas da

Universidade Estadual de Ponta Grossa, Hália Terezinha Gruba empolgava a todos com seu

perfil de educadora exemplar. Faleceu em 02 de fevereiro de 1996, data em que foi

autorizado o funcionamento da escola.

A implantação das séries nesta escola foi gradativa, sendo que em 1997 formou-se

a primeira turma do Ensino Fundamental. Atualmente a escola funciona em dois turnos:

manhã e tarde, compartilhando o espaço físico com as turmas de 1ª a 4ª série da Escola

Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha. Os alunos estão distribuídos em oito turmas, sendo

duas de cada série.

As diretrizes norteadoras do trabalho pedagógico, emanadas do CAIC, dão suporte

as ações do trabalho educativo. Buscam resguardar o caráter social e democrático,

oferecendo oportunidades educativas que vão além das rotinas tradicionais de ensino.

Nessa perspectiva, adota um currículo abrangente em sua ação educativa e uma postura

filosófica progressista que tem como prioridade colaborar no resgate e na conscientização

para exercer a cidadania.

2.3 FINALIDADES

Este estabelecimento de ensino iniciou suas atividades através da Resolução n. º

700/96 de 16 de fevereiro de 1996, com a implantação do Ensino Fundamental 5ª a 8ª

séries, tendo como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná, sendo

integrante do Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa. Tem por finalidade ministrar

o ensino fundamental de 5. ª a 8. ª série, observada a legislação e os princípios, emanados

das Constituições Federal e Estadual e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

2.4 PRINCÍPIOS

O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

- igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola;

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- considerar o aluno como sujeito de sua própria aprendizagem;

- reconhecer que o conhecimento é construído progressivamente, por meio d da

atividade própria do aluno e também das interações sociais, isto é, de aluno para

aluno e entre professor e alunos;

- superar a fragmentação do saber dividido em disciplinas, enfatizando a

interdisciplinaridade do conhecimento e a construção integrada de saberes;

- tomar as experiências e vivências do cotidiano do aluno como ponto de partida para

as novas aprendizagens escolares;

- organizar o trabalho escolar em torno de atividades que proporcionem o prazer de

conhecer, o desejo de descobrir e de fazer ;

- respeitar a diversidade dos aluno enquanto pessoas e enquanto membros de um

determinado grupo étnico-cultural e socioeconômico;

- estimular o desenvolvimento da autonomia do aluno e da sua participação na

construção da vida escolar por meio do incentivo ao trabalho em grupo e à

aprendizagem cooperativa;

- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,a arte e

o saber;

- pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

- respeito à liberdade e apreço à tolerância;

- garantia de uma educação básica unitária;

- valorização do profissional da educação escolar;

- gestão democrática e colegiada da Escola;

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- valorização da experiência extra-escolar;

- gratuidade do ensino com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza.

2.5 OBJETIVOS

De acordo com os princípios psico-pedagógicos e filosóficos que norteiam a ação

educativa, a Escola se propõe às seguintes metas:

- reconhecer o educando, enquanto sujeito da própria aprendizagem, como um

ser social;

- priorizar, na formação do educando como cidadão, o desenvolvimento global de

sua personalidade e potencialidades;

- promover a permanência do educando no processo de escolaridade com

sucesso;

- proporcionar condições adequadas e necessárias ao desenvolvimento do

educando no meio em que vive, fazendo-o participar das atividades da família e

da comunidade;

- oportunizar aos Corpos Técnico-administrativo e Docente espaço para reflexão,

troca de experiências e estudos para aprimoramento cultural e profissional;

- fortalecer os relacionamentos democráticos, a liberdade de expressão e

a igualdade de direitos e deveres;

- valorizar os saberes científicos, tecnológicos e populares;

- promover a construção de um saber como resultado de um trabalho coletivo;

- oportunizar a compreensão das classes populares fazendo-os descobrir uma

nova visão de homem, mundo e sociedade.

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2.6 A ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

2.6.1 A estrutura organizacional

A estrutura organizacional da escola tem a seguinte composição:

I - Conselho Escolar

II - Equipe de Direção

a) Direção

III - Equipe Pedagógica

a) Professor Pedagogo

b) Corpo Docente

IV - Equipe Administrativa

a) Secretaria

b) Assistente Administrativo

b) Auxiliar de Serviços Gerais

V - Órgãos complementares

a) Associação de Pais, Mestres e Funcionários

b) Conselho de Classe

c) Associação Comunitária de Apoio ao CAIC – ACACE

d) Conselho Escolar

2.6.2 Os espaços físicos

A Escola Estadual Professora Halia Terezinha Gruba funciona nas dependências do

CAIC Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha da Universidade Estadual de Ponta Grossa –

UEPG. Os edifícios construídos totalizam uma área de 5000m², num terreno amplo e

arborizado de 15 000m².

As construções se constituem em um conjunto arquitetônico funcional, sendo

formada por três blocos: o primeiro que abriga o espaço da Educação Infantil com

dependências apropriadas para atendimento das crianças de 4 a 6 anos; o segundo bloco

formado pela Biblioteca, Auditório, salas específicas para oficinas pedagógicas e uma área

de saúde com consultório médico-odontológico e sala de atendimento de enfermagem; e o

terceiro que possui dois pavimentos: - no andar inferior abriga o refeitório, cozinha,

banheiros equipados com chuveiros, área administrativa onde funcionam: a secretaria,

Page 16: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

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direção geral do CAIC, sala de convivência, almoxarifado, sala de Educação Física; - no

andar superior possui 12 (doze) salas de aulas, sendo que 06 (seis) salas destinadas aos

alunos da Escola Estadual Professora Halia Terezinha Gruba e 06 (seis) salas destinadas

aos alunos da Escola Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha; salas de coordenação

pedagógica de ambas as escolas. Compõe ainda esta estrutura um Ginásio de Esportes,

uma quadra externa poliesportiva, pátio interno e externo, anfiteatro, um campo de futebol

suíço, parque infantil, além de uma extensa área verde.

Além deste amplo espaço os alunos podem usufruir também de algumas

dependências do Campus Universitário, como quadras, pista de atletismo e piscina.

2.7 A ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E ROTINA ESCOLAR

2.7.1. Salas Ambiente

A comunidade escolar da Escola Estadual Professora Halia Terezinha Gruba usufrui

todo o espaço físico do CAIC Reitor Álvaro Augusto Cunha Rocha para as diversas

atividades pedagógicas e administrativas necessárias ao desenvolvimento do trabalho

escolar. Especificamente para o desenvolvimento das aulas do ensino fundamental de 5ª a

8ª séries são utilizadas 06 (seis) salas ambientes, agrupadas por disciplinas: Língua

Portuguesa; Língua Inglesa e Geografia; Educação Física e Educação Artística; História;

Matemática; e Ciências.

A utilização dessas salas é um sistema de rodízio, no qual os alunos deslocam-se de

uma sala para outra, sendo que os materiais, equipamentos e recursos disponíveis das

disciplinas permanecem nas mesmas, facilitando assim o trabalho do professor, que é

responsável pelo manuseio desses materiais e manutenção da sala.

A organização das salas de aula como sala ambiente constituir-se-á uma prática

pedagógica resultante do coletivo de ensinar e aprender, onde alunos e professores serão

parceiros de aprendizagem.

O professor deve ter um planejamento adequado que favoreça a organização e

utilização desses espaços, buscando o equilíbrio entre as necessidades de

ensino/aprendizagem e da integração dos componentes curriculares.

Nos primeiros dias de aula devem ser estipuladas, junto com os alunos, as

Normas da Sala Ambiente, incluindo-se aí a manutenção de materiais, carteiras, quadros e

quaisquer objetos que façam parte do ambiente.

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A entrada e saída, de maneira ordenada, das salas são de responsabilidade dos

professores e também o acompanhamento do grupo até o refeitório na descida para o

Recreio.

O deslocamento de uma sala para outra deve ser feito sempre pelo lado direito do

corredor. É necessária atenção com relação também à entrada dos alunos e o menor

espaço de permanência no corredor, uma vez que todas as salas estarão no mesmo

pavilhão superior, devendo os alunos deslocar-se para o piso inferior somente no horário

das aulas de Educação Física e Recreio.

Os alunos não devem ser dispensados para idas ao banheiro no horário das aulas,

salvo os casos de problemas de saúde, que deverão ser encaminhados a Coordenação

Pedagógica, para encaminhamento à Seção de Saúde.

A saída das salas será feita sempre após o sinal, sob o comando do professor. Os

alunos não serão dispensados antes do sinal, salvo nos casos de solicitação dos

responsáveis.

2.7.2 Professores Conselheiros No início do ano letivo, são sorteados os Professores Conselheiros, que fazem um

trabalho de orientação específico a uma determinada turma.

Este professor também será o responsável pelo desenvolvimento do ―Projeto Novos

Saberes e Sabores: Formando Aprendizes Pela Pesquisa‖, com esta turma.

Esse professor será o porta-voz do grupo de alunos.

2.7.3 Identificação dos Grupos

A escolha do símbolo do grupo acontece no início de cada ano letivo sob a

coordenação do (s) Professor (es) Conselheiro (s).

Page 18: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

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Este símbolo será o tema de estudo do ―Projeto Novos Saberes e Sabores:

Formando Aprendizes Pela Pesquisa‖, que terá sua apresentação e conclusão conforme

previsto em calendário.

A abrangência desta pesquisa envolverá as diferentes áreas do conhecimento. O (s)

Professor (es) Conselheiro (s) poderá (ã0) recorrer a seus colegas de trabalho para o auxílio

necessário em áreas específicas.

2.7.4 Sinais e Ponto de Encontro

Nos horários de entradas das aulas são dados dois sinais para alertar a todos.

No primeiro sinal, que bate 5 (cinco) minutos antes do horário, os alunos e

professores dirigem-se para o Ponto de Encontro, no segundo sinal todos devem estar

dirigindo-se para as salas ambientes, evitando-se atrasos.

O Ponto de Encontro é um local escolhido pelos alunos no início do ano letivo, no

pátio da escola, onde se reúnem para o aguardo do professor que vem encontrá-los para

juntos dirigirem-se às salas ambientes.

Em caso de chuva os alunos permanecem embaixo da cobertura interna do pátio em

frente ao Ginásio.

Para as trocas das salas ambientes, após o sinal, a tolerância do tempo é de 3 (três

minutos), se após esse período houver atraso por parte dos alunos poderá ser encaminhado

para a Coordenação Pedagógica.

2.7.5 Faltas, Atrasos e Atestados Médicos – Professores

- Faltas – devem ser evitadas e se possível avisadas com antecedência. Neste caso o

professor deve encaminhar atividades para os alunos, o que não caracteriza como aula

dada.

O livro de chamada não deve ser preenchido neste dia. O professor deve

encaminhar à Direção o projeto de Reposição.

- Atrasos – devem ser justificados com a Direção da Escola, se possível com

antecedência.

Page 19: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

15

A partir dos 10 (dez) minutos de tolerância, cada três atrasos corresponde a uma

falta.

- Atestados médicos – deve ser entregue o quanto antes possível para a Direção da

Escola.

As justificativas de faltas, atrasos e atestados médicos, serão aceitas em até 72

(setenta e duas) horas após o ocorrido pela Direção da escola, após este período as faltas

serão computadas.

A reposição de aulas será feita de acordo com a legislação em vigor. Será marcada

de acordo com as necessidades que surgirem no decorrer do ano letivo. Se possível deverá

ser feita no mesmo mês em que foram necessárias as faltas.

Cada professor possui uma Ficha Individual de faltas, atrasos, reposições, onde são

registradas as ocorrências e justificativas, bem como a data das reposições. Na

apresentação de atestados e nas reposições esta ficha é assinada pelos professores junto

à Direção.

Importante: As justificativas são de responsabilidade exclusiva dos professores.

2.7.6 Faltas, Atrasos e Atestados Médicos – Alunos

- Faltas – a cada três faltas consecutivas as pedagogas devem ser avisadas para

averiguações dos motivos.

- Atrasos – somente permitir a entrada em sala de aula com autorização por escrito da

Coordenação.

A tolerância para os alunos será de 10 (dez) minutos.

Ao chegar após 30 (trinta) minutos o aluno aguardará a segunda aula em companhia

da Equipe Pedagógica para entrar em sala, com exceção de aulas geminadas.

- Atestados Médicos - os professores devem ficar atentos ao quadro de avisos, onde

estarão anotados os nomes dos alunos com atestado médico, que devem constar no Livro

de Chamada no campo referente às Observações.

2.7.7 Uniformes e carteirinhas

Page 20: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

16

As utilizações do uniforme e da carteirinha são normas da Escola, sendo dever de

todos auxiliar no seu cumprimento.

A apresentação das carteirinhas será controlada por um funcionário na portaria da

escola e pela Coordenação Pedagógica com auxílio dos professores.

Os responsáveis serão comunicados nos casos de reincidência.

2.7.8 Livros de Chamada

O livro de chamada é um dos documentos mais importantes da Escola. Deve ser

preenchido diariamente com C para comparecimento e F para falta, bem como o conteúdo

programático desenvolvido na aula.

A chamada deverá ser feita no final das aulas para evitar rasuras caso cheguem

alunos atrasados.

O registro de chamada deve ser fiel a realidade de alunos presentes durante as

aulas.

Em caso de falta do professor, não deve ser preenchido neste (s) dia (s), as

anotações serão feitas no (s) dia (s) de reposição (ões).

Os livros permanecem no Arquivo da Sala da Coordenação Pedagógica e para retirá-

los da escola é necessário solicitar autorização à Direção.

Como documento, é de uso exclusivo do (a) professor (a), não devendo em hipótese

alguma ser preenchido por alunos ou estagiários.

O seu preenchimento deve ser feito com o máximo cuidado evitando-se rasuras.

Será vistado bimestralmente pelas pedagogas e consultado sempre que necessário.

2.7.9 Pasta Individual

Cada professor (a) possui uma Pasta Individual, onde são colocados os recados,

contra-cheques, documentos e os seus respectivos livros de chamada, avaliações, provas,

no arquivo da Sala da Coordenação Pedagógica, separadas por período.

2.7.10 Livro Ponto, Livro de Convocação e Livro Ata

Page 21: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

17

O Livro Ponto é um documento de registro diário da presença do (a) professor (a),

que deve ser assinado todos os dias. Ele permanece na Sala da Coordenação Pedagógica

e quaisquer anotações necessárias serão feitas somente pela Direção.

O Livro de Convocação destina-se a notificar os professores sobre reuniões e

atividades que deverão participar no ano letivo.

O Livro Ata é um documento de registro de Reuniões, Conselhos de Classe,

Conselho Escolar e decisões tomadas em conjunto, que deve ser assinado pelos presentes

no dia das atividades.

2.10.11 Biblioteca A Escola possui uma biblioteca, muito bem equipada, com Enciclopédias, vários

livros, vídeos, revistas, jornais, hemeroteca, etc, que constituem um excelente apoio para as

aulas.

Para os trabalhos de pesquisa deverá ser verificada a bibliografia disponível junto

com a bibliotecária.

O (a) professor (a) pode fazer a carteirinha da Biblioteca para empréstimos pessoais.

Na hora-atividade pode-se consultar o acervo e solicitar empréstimos, agendar o

espaço para utilização durante as aulas.

2.10.12 Material Didático e Espaços Escolares

A Escola possui cartazes, mapas, aparelho de som, projetor de slides, vídeo, dvd,

retroprojetor, spinlight, materiais de consumo, roupas teatrais, etc. e os coloca à disposição

dos professores, que deverão reservá-los e retirá-los com antecedência e após sua

utilização, entregá-los à pessoa responsável. Podem utilizar-se da h/ativ. para selecionar os

materiais.

Os materiais didáticos e de consumo devem ser utilizados com racionalidade e

economia.

Outros espaços, como o Auditório, sala 75, Biblioteca (utilização com alunos),

também devem ser reservados com antecedência em quadro próprio.

Não será autorizada a liberação para alunos de materiais ou espaços, sem a presença

do professor responsável.

Page 22: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

18

2.10.13 Almoxarifado

Na sala de número 37 localiza-se o almoxarifado da Escola Estadual Professora

Halia Terezinha Gruba.

A retirada de materiais deve ser feita pelos professores junto às pessoas

responsáveis com antecedência, de preferência no início da manhã ou da tarde, com

assinatura de protocolo.

Não é permitida a entrada de alunos desacompanhados no almoxarifado.

Não será entregue material para aluno desacompanhado de professor (a).

2.10.14 Solicitação de Consertos e Compras

Todas as solicitações de consertos e compras devem ser feitas à Coordenação

Pedagógica. Os consertos devem ser solicitados imediatamente após a constatação do

problema. As compras serão efetivadas mediante a disponibilidade de recursos.

2.10.15 Livros Didáticos

Os livros didáticos estarão à disposição dos professores nas Salas Ambientes e o

seu uso é da responsabilidade dos mesmos.

Deve ser tirado o máximo proveito de sua proposta pedagógica, não esquecendo,

porém que a Proposta Pedagógica da Escola é superior a ela.

A utilização dos livros didáticos fica a critério dos professores que podem mantê-los

na sala ou deixar que os alunos levem para casa para efetuar as tarefas.

No primeiro dia de aula deve ser organizada a colocação das capas nos livros

A entrega no início e o recolhimento no final do ano são responsabilidade dos

professores. Os livros serão entregues aos alunos mediante assinatura de protocolo.

2.10.16 Agenda Escolar

Todos os alunos devem portar a agenda, onde devem estar anotados os trabalhos,

recados ou outros comunicados.

A agenda torna-se um canal direto do professor com a família, que pode enviar

bilhetes, solicitações para os pais e vice-versa, sempre com a assinatura dos mesmos.

Page 23: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

19

As autorizações para trabalhos no contraturno das aulas, deverão ser rubricadas ou

assinadas pelo(a) professor(a) que solicitou a atividade, onde deve constar disciplina, dia e

horário de efetivação e data de entrega.

2.10.17 Reuniões

Os professores serão convocados, sempre que necessário, para reuniões

administrativas e/ou pedagógicas, aos sábados, à noite ou outro dia da semana.

As convocações serão feitas em livro próprio com no mínimo de 72 (setenta e duas)

horas de antecedência.

Qualquer convocação é passível de falta conforma legislação em vigor.

2.10.18 Reunião com Pais

As reuniões com pais ocorrem no início de cada ano letivo, nos finais de bimestre,

ou quando alguma situação o exigir.

Os horários de reuniões bimestrais para entrega de boletins são marcados por turma

e dela participam os alunos, seus responsáveis, os professores, as pedagogas e a direção.

No horário da reunião as outras turmas permanecem em atividades desenvolvidas

pelas outras Seções do CAIC no período correspondente.

Antes do início e após o término da Reunião cada turma segue seu horário normal

de aulas.

2.10.19 Conselhos de Avaliação

Ao final de cada bimestre haverá o período específico para os Conselhos de

Avaliação.

Fazem parte dos Conselhos de Avaliação: Conselho de Classe, Conselho

participativo dos alunos, auto-avaliação, avaliação da equipe técnico-pedagógica e direção.

Conselho de Classe: Reunião bimestral para considerações sobre as turmas. Fazem

parte: direção, pedagogas e professores. Os professores recebem uma ficha para cada

turma, que deve ser preenchida antecipadamente à data do Conselho.

Conselho Participativo: Encontro bimestral com alunos, onde são levantados os

aspectos positivos, aspectos a melhorar, sugestões e propostas sobre todos os setores do

Page 24: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

20

CAIC e sobre todas as disciplinas. As considerações feitas sobre as disciplinas são

repassadas aos professores pelas pedagogas e direção, com registro em ata.

Auto-avaliação: feita pelos professores ao final de cada bimestre, através de uma

ficha específica.

Avaliação da equipe técnico-pedagógica e direção: feita pelos professores e alunos,

ao final de cada bimestre. Os alunos manifestam as considerações no Conselho

participativo, os professores preenchem junto com a ficha de auto-avaliação.

2.10.20 Atividades Extra Classe

Todas as atividades extra classe deverão ser planejadas, programadas e

apresentadas à Coordenação, antes de serem comunicadas aos alunos.

Posteriormente será enviado um comunicado aos pais por escrito, para ciência e

autorização.

Atividades não autorizadas, que não possuem objetivos pré-estabelecidos ou que

não se relacionam com a disciplina, serão canceladas.

2.10.21 Representantes de Turma

No início de cada semestre são escolhidos pelos próprios alunos, os representantes

de sua turma, sendo um do sexo masculino e um do sexo feminino.

Os representantes de turma são os auxiliares diretos dos professores em várias

atividades e representam a turma em atividades, eventos, tarefas, enfim onde seja

necessária a sua liderança.

Quando houver necessidade de saídas das salas, seja para busca de materiais,

solicitação à Coordenação, ou para outros fins, são esses alunos autorizados a sair das

salas.

Os representantes de turma possuem funções pré-determinadas e recebem

orientações para cumpri-las. Não serão aceitas solicitações que fogem da sua função ou

responsabilidade. (exemplo: marcar nome de alunos indisciplinados).

Page 25: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

21

2.10.22 Festa dos Aniversariantes do Semestre

No final de cada semestre é organizada a festa dos aniversariantes incluindo alunos

e professores. No primeiro semestre considera-se também o mês de julho.

Os aniversariantes são os responsáveis pela festa onde é feita a confraternização de

todas as turmas, por período.

2.10.23 Trabalho Escolar – Pesquisa

Devem ser observados os seguintes itens:

Estabelecer primeiramente os objetivos do trabalho;

Certificar-se de que o tema e a abordagem estão de acordo com o conteúdo

programático e principalmente com as habilidades e meios de que os alunos dispõem;

Verificar se no acervo da Biblioteca da Escola existem exemplares sobre o assunto;

Indicar no mínimo 2 livros (título, autor e editora), sendo pelo menos um do acervo da

Escola;

Deixar claro os critérios de avaliação;

A entrega dos trabalhos deve ser feita no horário de aula do professor da disciplina;

Determinar se o trabalho será individual, em duplas ou em grupo. Os trabalhos em

grupos devem ser evitados fora do ambiente escolar e no contraturno.

Verificar o mês que será solicitado à pesquisa ou trabalho orientado e preencher

primeiramente a ―Folha de Trabalhos‖, no mural da sala da equipe pedagógica, para

depois atribuir o trabalho aos alunos.

Na primeira semana do mês da solicitação do trabalho, entregar à Supervisão e a

bibliotecária a referência e assunto, e passar para os alunos as devidas orientações.

Registrar na agenda dos alunos o dia, o assunto e as orientações sobre o trabalho, bem

como a autorização da vinda até a Escola, com sua assinatura.

2.8 RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

O patrimônio geral do CAIC Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha, que

conseqüentemente é utilizado pela Escola Estadual Professora Halia Terezinha Gruba é

agrupado em materiais permanentes pertencentes à Universidade Estadual de Ponta

Grossa, ao Ministério da Educação e Cultura - MEC oriundos do Projeto Minha Gente, a

Page 26: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

22

FUNDEPAR, a SEED - Secretaria de Estado da Educação e a ACACE - Associação

Comunitária de Apoio ao CAIC. As dependências da Escola estão equipadas conforme a

finalidade de utilização, portanto com equipamentos e materiais diversos.

Atualmente, tanto os materiais permanentes como de consumo, são oriundos das

seguintes recursos financeiros: Programa Fundo Rotativo, Programa Dinheiro Direto na

Escola, arrecadação feita pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários, promoções de

festas e eventos, Programa Merenda Escolar, Universidade Estadual de Ponta Grossa e

convênios eventuais.

Os materiais de consumo estão organizados em sala especial - o almoxarifado -,

sendo feito o armazenamento, controle e distribuição por um funcionário responsável.

As salas ambientes estão sendo gradativamente equipadas com materiais didáticos-

pedagógicos diversos, atendendo as necessidades de cada disciplina: armários, carteiras,

mesas, cortinas, audio-visuais- tv, vídeo cassete, livros didáticos, materiais escolares em

geral, entre outros.

2.9 RECURSOS HUMANOS

O quadro de recursos humanos do estabelecimento é formado por professores e

funcionários contratados pela Secretaria de Estado da Educação. Além destes, o CAIC

oferece aos alunos atendimento de profissionais como, nutricionista, cozinheiras, assistente

social, médico, dentista, técnicos administrativos, auxiliares de enfermagem, técnicas em

higiene dental, auxiliar de atividades de ensino, vigilantes e estagiários, dentre outros,

através dos programas implantados.

3 LOCALIZAÇÃO

3.1 A CIDADE

Ponta Grossa foi fundada em 1812, tendo sido elevada a condição de cidade em 24

de março de 1862.

Devido a sua localização, tornou-se caminho o obrigatório e parada das tropas,

iniciando a prática do comércio, presente até os dias de hoje. Está localizada no 2. º

Planalto, ou Campos Gerais, altitude de 975 metros, em uma área de 2100 Km2. O clima é

ameno no verão e frio no inverno, com incidência de geadas. Temperaturas médias: verão

21º/inverno 14º C. A população é de, aproximadamente, 300.000 habitantes.

Page 27: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

23

A economia é baseada na extração de talco, pecuária e na agro-indústria,

principalmente a indústria da soja, sendo o município um dos maiores centros de

processamento de soja do mundo. Também se destacam o forte comércio e as indústrias

metal-mecânica e madeireiras. Ponta Grossa é uma cidade que conta com um favorável

equilíbrio econômico, incentivo à industrialização e ampliação constante do mercado

agropecuário.

3.2 A COMUNIDADE ESCOLAR ATENDIDA

A comunidade escolar atendida pela Escola Estadual professora Hália Terezinha

Gruba, é na sua grande maioria do Bairro de Uvaranas, cujo nome é originário da planta

"varana" ou "tuvarana", existente em grande quantidade na região. É um dos dezesseis

bairros que compõem a cidade de Ponta Grossa, destacado pela prosperidade e

importância em virtude da transformação que o Campus Universitário vem influenciando nos

últimos anos.

Em Uvaranas, a característica é de uma área residencial, mas localizam-se algumas

entidades de destaque no município: o Hipódromo, 13º Batalhão de Infantaria Blindada,

Pátio da América Latina Logística, Rede Ferroviária, União Campo Alegre Esporte Clube,

Fazenda Modelo, Associação Atlética Banco do Brasil, Spaipa S/A Indústria Brasileira de

Bebidas, Sementes FAVA, Vega Sopave, J. Baron Indústria e Comércio, Mineração Giraldi,

Costalco, Cooperativa de Carnes de Ponta Grossa, Construtora Wosgrau Ltda., Igreja Bom

Jesus, Faculdade de Direito - CESCAGE (Centro de Estudos Superiores dos Campos

Gerais), Sadia-Frigobrás Cia Bras. de Frigorífico, Metalúrgica Química Scheffer, Colégio

Agrícola Augusto Ribas, o Hospital Vicentino, sob a responsabilidade dos irmãos Camilianos

que dá atendimento à saúde da comunidade.

Além da representatividade das entidades acima arroladas merece destaque

especial o ―Campus‖ da Universidade Estadual de Ponta Grossa, localizado na Vila Rubini,

que vem se expandindo tanto quanto a estrutura física como no desenvolvimento das

atividades de ensino, pesquisa e extensão, dos diversos cursos universitários ali em

funcionamento, e ainda de um Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Pós-graduação.

Page 28: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

24

4 PRESSUPOSTOS

O projeto pedagógico, mais que uma organização formal ou documental deve

garantir a qualidade em todo o processo vivido, constituindo-se num instrumento clarificador

da ação educativa da escola em sua totalidade.

Nessa perspectiva, entendemos que se define a identidade da escola, ao mesmo

tempo em que o compromisso em solucionar os problemas da educação, do currículo e do

processo ensino-aprendizagem, devem estar fundamentados numa teoria pedagógica

progressista, num conjunto de princípios e normas que norteiem a ação pedagógica

cotidiana.

4.1 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS

As transformações culturais, econômicas, sociais e políticas vividas nestes últimos

anos levaram o homem a buscar novas alternativas de desenvolvimento, de organização

social e modelos de relações sociais. Para enfrentar os desafios do próximo milênio, é

então necessário superar o descrédito da sociedade em relação à educação, assinalando-

lhes novos objetivos, em função desse novo homem que se quer e precisa formar.

A educação, neste contexto, é chamada a formar um homem capaz de atuar neste

mundo em transformação como sujeito histórico competente, organizado, crítico e criativo,

abrindo possibilidades de avanços para um mundo mais humanizado. A preparação para o

mundo do trabalho atualmente, requer o desenvolvimento nas novas gerações além de

conhecimentos, idéias, habilidades e capacidades formais, a formação também de

disposições, atitudes, interesses e comportamentos que se ajustem às exigências

contemporâneas da sociedade. ―A educação se confronta com essa apaixonante tarefa:

formar seres humanos para os quais a criatividade e a ternura sejam necessidades

vivenciais e elementos definidores dos sonhos de felicidade individual e social‖ (ASSMANN,

1998, p.29 ).

Nessa perspectiva, há necessidade de uma nova escola, uma escola crítica que

possibilite a construção do conhecimento, onde o indivíduo seja capaz de adaptar-se as

mudanças, de saber pensar, de aprender a aprender, como escreve Ribas ―a escola, como

instrumento de educação formal compete, no atual processo de modernização da

sociedade, para não se tornar obsoleta, refletir sobre a sua finalidade, repensar-lhe a função

e adequar-se às demandas do atual momento histórico, ou seja, passar por um processo de

mudança‖ (RIBAS,1997, p.26 ).

Page 29: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

25

Formar o cidadão, preparando-o para a convivência na comunidade humana é

também competência da escola. Sua função educativa, imersa na tensão dialética entre

reprodução e mudança, pode utilizar o conhecimento social e historicamente produzido para

explicitar o sentido das mudanças e das influências que o indivíduo recebe na escola e na

sociedade.

Entendemos com Demo (1992) que ―a mudança é questão de qualidade formal e

política ao mesmo tempo, cuja efetividade depende, mais que tudo, da qualidade educativa

da população (formação básica) no sentido de poder assumir a condição de sujeito histórico

de seu próprio projeto de desenvolvimento‖. Ora, a crise da escola que temos hoje reflete a

crise da própria sociedade – crise de valores, crise ética, crise cultural, crise econômica,

crise política, crise de paradigmas – enfim, a escola que temos ainda não é aquela que

queremos e que a sociedade atual está a exigir.

Nesta nova concepção, a UNESCO, através da Comissão Internacional sobre

Educação3 para o Século XXI, sob a presidência de Jacques Delors, aponta que a educação

deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais, consideradas como os

pilares do conhecimento para o próximo século: aprender a conhecer, aprender a fazer,

aprender a conviver e aprender a ser .

Esta nova tendência na educação pressupõe a superação de algumas tensões que,

apesar de não serem novas, ainda se fazem muito presentes: a tensão entre o global e o

local, entre o universal e o singular, entre o material e o espiritual, entre a tradição e a

modernidade, entre as perspectivas de longo prazo e as necessidades imediatas, entre a

economia globalizada e a valorização da microprodução, entre o social e o individual, entre

a competição e a igualdade de oportunidades, entre o acesso aberto a todas as fontes do

conhecimento e a absoluta falta de condições para assimilá-lo.

Desde o início dos seus trabalhos que os membros da Comissão compreenderam

que seria indispensável, para enfrentar os desafios do próximo século, assinalar novos

objetivos a educação e, portanto, mudar a idéia que se tem da sua utilidade. Uma nova

concepção ampliada de educação devia fazer com que todos pudessem descobrir,

reanimar e fortalecer o seu potencial criativo - revelar o tesouro escondido em cada um de

nós. Isto supõe que se ultrapasse a visão puramente instrumental da educação, considerada

como a via obrigatória para obter certos resultados ( saber-fazer, aquisição de capacidades

3 Em 1991 a Conferência Geral da UNESCO convidou o Diretor Geral da Instituição a reunir uma ― comissão internacional para

refletir sobre a educação e aprendizagem no século XXI‖ . Esta comissão foi formalmente estabelecida no início de 1993, sob a

presidência do Sr. Jacques Delors, na época presidente da Comissão Européia. Os quinze membros da comissão reuniram-se várias vezes em diversos locais , tiveram oportunidade de ouvir a opinião de numerosos especialistas, e prepararam um Relatório que sob o título ― Educação: um tesouro a descobrir ‖, está agora sendo publicado em muitos id iomas para ampla

divulgação.

Page 30: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

26

diversas, fins de ordem econômica), e se passe a considerá-la em toda sua plenitude:

realização da pessoa que na sua totalidade, aprender a ser.

Para dar resposta ao conjunto de seus objetivos, a educação deverá estar baseada

nessas quatro aprendizagens fundamentais que, durante toda a vida, serão para cada

indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos

de compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a

viver em comum, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades

humanas; finalmente aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. É claro

que essas quatro vias do saber constituem apenas uma, dado que existem entre elas

múltiplos pontos de contato, de relacionamento e de permuta.

Precisamos partir para uma nova fase de superação das incertezas e construção de

um novo projeto de sociedade, em que o individualismo, a competição e o materialismo,

dêem lugar a solidariedade, ao resgate dos valores éticos, morais e espirituais.

A educação, nessa perspectiva, é a essência desse processo de mudança. E a

escola, enquanto instituição formadora da consciência deste novo homem para este novo

modelo de sociedade, a ser construído pelo próprio homem, ―não deve ser concebida como

simples agência repassadora de conhecimentos prontos mas como contexto e clima

organizacional propício à iniciação em vivências personalizadas do aprender a aprender"

(ASSMANN,1998, p.33). Ela terá que sintonizar-se com as reais aspirações do ser humano,

tornando-se desencadeadora desse processo, através da integração entre o conhecimento

intelectual e a sabedoria do espírito, revelando assim o papel do homem na construção de

uma sociedade mais justa, mais humana e verdadeiramente democrática.4 Nas palavras de

Paulo Freire: ―uma escola que saiba que não é a chave da transformação, mas que sabe

também que a transformação passa por ela‖ (FREIRE, 1988, p. )

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, conforme

resolução CEB nº2 de 07/04/1998 estão definidos os princípios, fundamentos e

procedimentos da educação básica, que estão baseados nas concepções mencionadas.

anteriormente. Os princípios norteadores das ações pedagógicas das escolas são: a) os

princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem

comum; b) os princípios do direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade e do

respeito à ordem democrática; c) os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, e

4 Segundo ASSMANN, no mundo de hoje, o aspecto instrucional da educação já não consegue dar conta da profusão de conhecimentos

disponíveis e emergentes mesmo em áreas específicas. Por isso não deveria preocupar-se tanto com a memorização dos saberes

instrumentais, privilegiando a capacidade de acessá-los, decodificá-los e maneja-los. O aspecto instrucional deveria estar em função da emergência do aprender (emergent learning), ou seja, da morfogênese personalizada do conhecimento.

Page 31: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

27

da e da diversidade de manifestações artísticas e culturais. Com referência a competência

das escolas está posto nos incisos III e V :

― III - As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas pela interação dos processos de conhecimentos com os de linguagem e os afetivos, em conseqüência das relações entre as distintas identidades dos vários participantes do contexto escolarizado; as diversas experiências de vida dos alunos, professores e demais participantes do ambiente escolar, expressas através de múltiplas formas de diálogo, devem contribuir para a constituição de identidade afirmativas, persistentes e capazes de protagonizar ações autônomas e solidárias em relação a conhecimentos e valores indispensáveis a vida cidadã. V - As escolas deverão explicitar em suas propostas curriculares processos e ensino voltados para as relações com sua comunidade local, regional e planetária, visando à interação entre a educação fundamental e a vida cidadã; os alunos, ao aprenderem os conhecimentos e valores da base nacional comum e da parte diversificada, estarão também constituindo sua identidade como cidadãos, capazes de serem protagonistas de ações responsáveis, solidárias e autônomas em relação a si próprios, às suas famílias e às comunidades.‖ ( DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS, 1998).

O novo paradigma, a partir da LDB, supõe a articulação da Educação Fundamental

com a Vida Cidadã. Vida Cidadã entendida como o exercício de direitos e deveres de

pessoas, grupos e instituições na sociedade, que em sinergia, em movimento cheio de

energias que se trocam e se articulam, influem sobre múltiplos aspectos, podendo assim

viver bem e transformar a convivência para melhor.

Fundamentados nessas reflexões nossa escola pretende adotar uma postura

filosófica progressista, colaborando no preparo do indivíduo para a cidadania, propiciando

experiências de aprendizagens significativas, e ainda, possibilitando ―formar o homem

capaz de conviver numa sociedade em que se cruzem interveniências e influências

mundiais de cultura, da política, da economia, da ciência e da técnica‖ (RODRIGUES: 1989).

Constituir-se-á num espaço de construção de múltiplos sujeitos e saberes, de

experiências de aprendizagens, enfim um espaço de ensinar e aprender que de condições

para que o indivíduo possa formar-se, construir-se, ―fazer-se fazendo‖ .

4.2 PRESSUPOSTOS EPISTEMOLÓGICOS

O desenvolvimento humano caracteriza-se por ser um processo contínuo e

abrangente no que diz respeito aos vários aspectos constitutivos do homem, sejam eles

físicos, afetivos, sociais ou intelectuais.

Ao mesmo tempo, o desenvolvimento humano, que pressupõe sucessivas

transformações, não pode ser entendido se dissociado do processo de aprendizagem, já

que, desenvolvimento e aprendizagem são processos da mesma unidade. Isto significa a

existência de mútuas influências que fazem a totalidade do humano. Nessas influências

Page 32: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

28

estabelece-se a importância do aprendizado no despertar de variados processos internos de

desenvolvimento.

Em virtude dessa unidade, põe-se de lado a concepção dicotômica de

desenvolvimento e aprendizagem que sugere a possibilidade de o indivíduo desenvolver-se

desvinculado das aprendizagens vivenciadas. Está presente nessa idéia a própria dialética

da humanidade.

A criança e o adolescente interagem, inter-relacionam-se com o mundo, através da

mediação de outras pessoas membros de sua cultura.

Nos referenciamos em Vygotsky quando coloca que o aprendizado humano

antecede a natureza social, sendo um processo em que as crianças inserem-se na vida

intelectual daqueles que a rodeiam.

Pelo processo sócio-interativo da vida, a criança e o adolescente irão formar suas

funções mentais que emergirão do plano biológico, transformando-se de processos

elementares em processos superiores. Ocorre que essas transformações é que fazem o

desenvolvimento humano, o qual é erguido sobre o plano das interações.

Uma ação partilhada torna-se uma ação internalizada. O processo segue o sentido

do social para o individual, presumindo sempre a relação com "o outro"

O aprendiz reconstrói no plano de sua individualidade, as operações do plano da

intersubjetividade. Na concepção vygotskyana as relações de aprendizagem ocorrem

primeiramente num processo interpessoal, para somente então, transformar-se num

processo intrapessoal. Isto quer dizer que as funções do desenvolvimento da criança

aparecem duas vezes: primeiro no nível social, e depois, no nível individual.

Tal pressuposto acarreta certa dependência no que se refere à qualidade das

experiências interativas, já que as regulações de outras pessoas são substituídas por auto-

regulações.

No contexto cultural da criança e do adolescente, a regulação externa realiza-se pela

ação dos adultos ou companheiros que permitirão as primeiras apropriações dos

conhecimentos constituídos por aquele grupo social. A criança e o adolescente vão

incorporando o mundo físico e social às suas estruturas. Esses conhecimentos serão

filtrados pelos grupos sociais, elementos mediadores das concepções que formará de

mundo, de homem, de sociedade e das relações entre os mesmos.

Os signos como a fala, a escrita, a matemática, os gestos, o desenho e outros,

compõem o instrumental cultural da humanidade. É por meio deles que organiza-se o

pensamento e o comportamento humanos.

Page 33: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

29

No contexto escolar, a regulação externa revela-se como função pedagógica e diz

respeito à atitude do professor. FREIRE nos diz que ― ensinar não é transferir conhecimento,

mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção‖. (FREIRE, 1996,

p. 29).

A aprendizagem escolar é uma força que direciona e determina o desenvolvimento

da criança e permite-lhe tornar-se consciente de suas operações mentais.

A escola foi historicamente constituída como instituição onde se dá a transmissão do

conhecimento elaborado pela humanidade. Mas, essa função atualmente se ampliou.

Segundo Maria Inês Fini " a escola não é mais o lugar onde uma geração passa para outra

um acervo de conhecimentos. Ela tem outro papel: é o espaço onde as relações humanas

são moldadas, avalia. Dever ser usada para aprimorar valores e atitudes, além de capacitar

o indivíduo na busca de informações, onde quer que elas estejam, para usá-las no seu

cotidiano." (GENTILE, 2000. p. 12)

Esta nova concepção fundamentada no ensino por competências, nas palavras de

Philippe Perrenoud, confere a escola à missão prioritária de desenvolver a inteligência como

capacidade multiforme de adaptação às diferenças e às mudanças. Tem por objetivo

ensinar aos alunos o que eles precisam aprender para ser cidadãos que saibam analisar,

decidir, planejar, expor suas idéias e ouvir a dos outros, para que possam ter uma

participação ativa sobre a sociedade em que vivem. Segundo o autor, desenvolver

competências nos alunos é a palavra de ordem da educação moderna. Ele define

competência como:

" sendo uma capacidade de agir eficazmente em determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles. Para enfrentar uma situação da melhor maneira possível, deve-se, via de regra, por em ação e em sinergia vários recursos cognitivos complementares, entre os quais os conhecimentos. No sentido comum da expressão, estes são representações da realidade, que construímos e armazenamos ao sabor de nossa experiência e de nossa formação. Quase toda ação mobiliza alguns conhecimentos, algumas vezes elementares e esparsos, outras vezes complexos e organizados em redes‖. (PERRENOUD, 1999, p. 7)

O conhecimento, nessa acepção, dever ser entendido como uma rede de relações,

na qual o educador ajuda os alunos a fazer as conexões necessárias . As competências não

são conhecimentos; elas utilizam, integram, ou mobilizam os conhecimentos. Portanto, a

abordagem por competências não rejeita nem os conteúdos, nem as disciplinas, mas sim

acentua sua implementação.

Isso pressupõe, que um programa de formação na escola orientado pelo

desenvolvimento de competências, terá um poder de gerenciamento sobre os

Page 34: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

30

conhecimentos disciplinares. Formulando os objetivos da formação em termos de

competências, estaremos lutando abertamente contra a tentação da escola de ensinar por

ensinar, de marginalizar as referências às situações da vida e de não reservar tempo para a

mobilização dos saberes adquiridos para situações mais complexas.

A transposição didática, isto é, a transformação dos conhecimentos científicos em

conhecimentos escolares é fundamental nesse processo de mudança das finalidades da

escola. Para isso, há que se modificar as práticas pedagógicas através da organização de

situações didáticas e de atividades que tenham sentido para os alunos, envolvendo-os e, ao

mesmo, gerando aprendizagens fundamentais. Trabalhar com pesquisas, com desafios, por

resolução de problemas, por projetos, com tarefas complexas propicia a

construção/reconstrução do conhecimento e de novos saberes, ao mesmo tempo em que

geram uma interação de aprendizagens facilitadoras do desenvolvimento dos

conhecimentos fundamentais a pessoa humana.

Vale dizer portanto, que a criança e o adolescente vão à escola para apropriar-se de

instrumentos que deverão permitir-lhe tanto a sobrevivência como o exercício de sua

cidadania, entendida enquanto qualidade de condições materiais que viabilizem o papel de

sujeito de suas relações sociais.

Para tamanha tarefa, é importante que o professor leve em conta os conceitos

espontâneos provindos do cotidiano da criança e do adolescente, como pontos de partida

para a apropriação dos conceitos científicos, que só ganham significado quando

enriquecidos pela concretude da experiência e vivência da criança. Ao mesmo tempo, como

aponta VYGOTSKY, esses conceitos espontâneos precisam ser objetos da "consciência

reflexiva" e do "controle deliberado", o que tem sido historicamente colocado como papel da

escola.

Dentro dessa perspectiva, situamos o processo uno que faz o desenvolvimento e a

aprendizagem humanas. O aprendiz precisa encontrar na escola, as oportunidades de

apropriação dos conhecimentos acumulados pela humanidade, tendo em vista sua

emancipação. Nessa trajetória, ele se constituirá sujeito na medida em que os

conhecimentos acumulados integrem-se à sua própria vida. Partindo de uma aprendizagem

que seja vinculada com o conhecimento teórico, partindo de um ensino contextualizado.

4.3 PRESSUPOSTOS DIDÁTICO PEDAGÓGICOS

Para a efetivação de uma pedagogia com enfoque crítico e contextualizado,

reconhecedora das diferenças existentes entre os alunos, e buscando levá-los à apropriação

Page 35: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

31

de conhecimentos necessários ao exercício da cidadania, se faz necessário traçar princípios

básicos que nortearão o seu encaminhamento metodológico.

É preciso ressaltar, que antes de pensarmos em uma metodologia pré-elaborada,

faz-se importante ter em mente que esta deve ser, sobretudo, construída na prática

pedagógica pelos agentes educacionais.

A escola e o agir pedagógico têm uma função social específica, na medida em que

existem, para criar as oportunidades básicas à morfogênese do conhecimento. Educar é

fazer emergir vivências do processo de conhecimento. Portanto:

" O conhecimento não é de nenhuma forma uma coisa que se pudesse tratar como uma estocagem simbólica susceptível de ser transmitida. Não se podem passar os conhecimentos de um lado para o outro. O conhecimento se constrói sempre sobre a base de um novelo de ações, e é sobre a lógica desse entremeado de ações que é preciso agir para poder, justamente, abri-lo para a flexibilidade e a transformação" ( ASSMANN, 1998, p. 43 ).

Concebida como um local propício à iniciação em vivências personalizadas do

aprender a aprender, a escola deve centrar suas ações pedagógicas oportunizando

situações de aprendizagem, com experiências que levem ao prazer de estar aprendendo e

conhecendo, de construir/reconstruir o conhecimento.

Partindo dessa premissa, o encaminhamento didático-pedagógico adotado pela

escola, estará fundamentado na teorias dos educadores: Pedro Demo na questão do educar

pela pesquisa, Philippe Perrenoud e Luckesi na avaliação e Célestin Freinet no

encaminhamento metodológico.

Basear a educação escolar na pesquisa, e não somente na aula ou nos ambientes

escolares, ou ainda no mero contato com o professor é a proposta de Pedro Demo. Ela

parte dos seguintes pressupostos:

- ―a convicção de que a educação pela pesquisa é a especificidade mais própria da educação escolar e acadêmica;

- o reconhecimento de que o questionamento reconstrutivo com qualidade formal e política é o cerne do processo de pesquisa;

- a necessidade de fazer da pesquisa atitude cotidiana no professor e no aluno; - e a definição de educação como processo de formação da competência humana". (DEMO, 1996. p. 5).

Sabemos que a pesquisa incorpora necessariamente a prática ao lado da teoria, e

conhecer é uma das formas mais competentes de intervir no processo de formação do

sujeito crítico e criativo, sendo o conhecimento o meio mais potente de inovação.

Page 36: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

32

Segundo o autor, existe entre educação e pesquisa um trajeto coincidente, pois a

característica emancipatória da educação exige a pesquisa como seu método formativo.

Nessa perspectiva o aluno não é objeto de ensino, mas sujeito do processo, parceiro do

trabalho.

As estratégias didáticas, do ponto de vista metodológico facilitadoras do

questionamento reconstrutivo, isto é, da educação pela pesquisa, devem fazer parte do

ambiente didático cotidiano, cultivando a consciência crítica nos alunos e a capacidade de

intervir na realidade. As motivações lúdicas, o hábito da leitura, o manejo eletrônico, apoio

familiar e o uso intensivo do tempo escolar, são estratégias didáticas essenciais nesse

processo.

Também, a educação pela pesquisa "funda-se em procedimentos metodológicos

que cercam e fecundam o conhecimento para torná-lo inovador em termos teóricos e

práticos " (DEMO, 1996, p.32), isto é, preparam o aluno para receber o ensino, supõe

cuidados propedêuticos como: desenvolver a capacidade de saber pensar; cultivar o

aprender a aprender; saber avaliar-se e avaliar a realidade como forma de consciência

crítica; unir qualidade formal e política, ou seja adotar procedimentos metodológicos com

ética, que possibilitem a construção de saberes, através da inovação, participação, e da

articulação teoria e prática.

Organizar e dirigir situações de aprendizagem, numa perspectiva de uma escola de

qualidade para todos, segundo o sociólogo suíço Philippe Perrenoud, significa acentuar a

vontade de conceber situações didáticas ótimas, que "as didáticas contemporâneas

encaram como situações amplas, abertas, carregadas de sentido e de regulação, as quais

requerem um método de pesquisa, de identificação e de resolução de problemas"

(PERRENOUD, 2000, p. 25 ) .

Aliada a essa competência geral, os professores, nesse contexto, terão que mobilizar

várias competências mais específicas, que contribuam para a concepção, organização e

animação de situações de aprendizagem, assim apontadas pelo autor:

- conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem.

- trabalhar a partir das representações dos alunos. - trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem. - construir e planejar dispositivos e seqüências didáticas. - envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento" (PERRENOUD,

2000, p.26).

Para desenvolver um trabalho por competências há que se reconstruir a transposição

didática, e atenuar as divisões disciplinares com propostas de integração e

Page 37: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

33

interdisciplinaridade, com projetos enriquecedores ao currículo e atividades voltadas para o

interesse das crianças.

A pedagogia proposta por Freinet, que caracteriza-se como uma pedagoga

centralizada na criança, propicia também situações de aprendizagem que privilegiam a

construção do conhecimento . Com uma prática pedagógica fundamentada nos princípios:

do senso de responsabilidade, do senso cooperativo, da sociabilidade, do julgamento

pessoal, da autonomia, da expressão, da criatividade, da comunicação, da reflexão

individual e coletiva, e da afetividade, favorecem a formação de indivíduo crítico, criativo e

autônomo, capaz de aprender a aprender.

5 PRINCÍPIOS

5.1 PRINCÍPIOS EDUCATIVOS

A condução metodológica, é tarefa a ser orientada pela equipe técnico-pedagógica.

Os princípios educativos que orientarão essa condução e as práticas pedagógicas da escola

são os seguintes:

- considerar o aluno como sujeito de sua própria aprendizagem;

- reconhecer que o conhecimento é construído, progressivamente, por meio da

atividade própria do aluno e também das interações sociais, isto é, de aluno

para aluno e entre o professor e os alunos;

- superar a fragmentação do saber dividido em disciplinas, enfatizando a

interdisciplinaridade dos conhecimentos e a construção integrada de saberes,

competências e valores que perpassam, de forma transdisciplinar, o conjunto do

saber-fazer escolar;

- tomar as experiências e vivências do cotidiano do aluno como ponto de partida

para as novas aprendizagens escolares;

- organizar o trabalho escolar em torno de atividades que proporcionem o prazer

de conhecer, o desejo de descobrir e de fazer e que estimulem o aprender a

aprender;

Page 38: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

34

- respeitar a diversidade dos alunos, enquanto pessoas e enquanto membros de

um determinado grupo étnico-cultural e socioeconômico;

- estimular o desenvolvimento da autonomia do aluno e da sua participação na

construção da vida escolar por meio do incentivo ao trabalho em grupo e à

aprendizagem cooperativa.

5.2 ENCAMINHAMENTOS NORTEADORES DO TRABALHO DO PROFESSOR

Além dos princípios defendidos pelas orientações didáticas contemporâneas citadas

anteriormente, propomos os seguintes encaminhamentos metodológicos:

5.2.1 Plano de trabalho bimestral

Tomando por base o currículo, o professor seleciona os conteúdos, propõe e elabora

objetivos, projetos e atividades, constituindo um "plano de trabalho", a ser apresentado e

discutido com os alunos no início de cada bimestre. De posse de seu plano de trabalho, o

aluno "administra" sob a orientação do professor, as atividades que lhe cabe cumprir

naquele bimestre. Da mesma maneira, o professor controla os objetivos atingidos pelas

atividades realizadas. A importância deste plano de trabalho ser planejado e negociado com

os alunos resulta num enriquecimento das atividades curriculares.

5.2.2 Assembléias

Referem-se a sessões coletivas (professor e alunos), para discutir e orientar a

realização do plano de trabalho e também para proporcionar momentos de avaliação

individual e coletiva. Deverão ser realizadas periodicamente, atendendo as necessidades do

processo pedagógico.

Page 39: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

35

5.2.3 Trabalho individual

Consiste nas atividades que o aluno por si só realiza. Na aprendizagem por mais que

se constitua num processo interpessoal e compartilhado é sempre uma questão individual,

uma apropriação pessoal.

Os professores na tarefa de individualizar as situações de aprendizagens oferecidas

aos alunos, devem considerar as capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas,

assim como os conhecimentos que possuem dos mais diferentes assuntos considerando

suas origens e cultura.

Isso significa que o professor deve oferecer e planejar situações que respondam as

demandas do grupo e as individualidades de cada aluno, considerando como pessoas

singulares e características próprias.

5.2.4 Trabalho diversificado

O trabalho diversificado oportuniza o atendimento das diferenças individuais na

realização das atividades em grupos, onde o professor coordena e dirige.

Essa estratégia ocorre também quando o professor detecta dificuldades que alguns

alunos têm em áreas específicas. Estes alunos receberão atividades especiais, com

direcionamento adequado para superar a dificuldade. São alunos a serem atendidos

também pelos especialistas da escola, de modo a levá-los a avançar autonomamente. Em

referência à área de conhecimento onde tiver maior dificuldade, o aluno será estimulado de

várias formas para superá-la. Assim sendo, a dificuldade será pedagogicamente trabalhada

e não simplesmente ignorada.

Há também a possibilidade de formarem-se grupos diversificados para

aprofundamento de conhecimento, em razão de peculiaridades, necessidades, e interesses

de cada aluno. A diversificação do trabalho possibilita o espaço da construção coletiva de

regras de conduta, cooperação e autonomia intelectual.

5.2.5 Pesquisa como processo de formação da competência humana

Page 40: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

36

O professor poderá propor a realização de projetos de estudo com propostas

interdisciplinares, buscando o elo entre as diversas áreas do conhecimento e a realidade

vivida, despertando no aluno o prazer pela pesquisa, promovendo assim a reflexão no seu

próprio processo de saber pensar, aprender a aprender, avaliar e avaliar-se. Ao mesmo

tempo oportunizar o trabalho com os Temas Transversais, propostos pelos Parâmetros

Curriculares Nacionais. Neste processo o professor assume o papel de mediador do

conhecimento, e o aluno o de construtor do próprio conhecimento.

5.2.6 Atividades propostas pelos alunos

Os alunos poderão fazer propostas de enriquecimento curricular com temas de

estudo ou atividades pertinentes ao seu interesse de investigação e faixa etária. Essas

atividades propiciam a participação efetiva do alunos na vida escolar, atendendo aos

diferentes ritmos e necessidades de aprofundamento grupais ou individuais.

5.2.7 Projetos coordenados pelos professores

Partindo do pressuposto que os projetos constituem-se pelo conjunto de atividades

que trabalham com os conhecimentos específicos, construídos a partir de um dos eixos de

trabalho decorrentes de um problema para ser resolvido, ou um produto final que se quer

obter, os professores propõe e coordenam projetos enriquecedores do currículo. Sua

duração é variável, conforme seus objetivos, desejo, e o interesse dos alunos pelo assunto

tratado.

5.2.8 Registros da classe

Os principais instrumentos que o professor dispõe para apoiar sua prática

constituem-se na observação e no registro.

Com base nesses mecanismos, ele registra os processos de aprendizagem dos

alunos, suas interações, seus avanços e recuos, proporcionado uma visão integral dos

educandos. Com base nesses registros o professor redimencionará ou confirmará sua

prática.

Page 41: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

37

5.2.9 Estudos complementares

A recuperação da aprendizagem será feita na forma de estudos complementares,

paralelos ao desenvolvimento das atividades cotidianas e ao final de cada semestre, com

atividades diversificadas em sala de aula e sempre inseridas no processo educativo, e não

apenas num momento restrito.

São atividades realizadas por professores e alunos para resgatar as deficiências

durante o processo de ensino aprendizagem. As concepções de aprendizagem e de

avaliação, implícitas na nova LDB, enfatizam a obrigatoriedade dos ―estudos de

recuperação, de preferência paralelos ao período letivo,‖ Segundo o parecer CEB/CNE

no.05/97, a recuperação paralela ―aperfeiçoa o processo pedagógico, uma vez que estimula

as correções de curso, enquanto o ano letivo se desenvolve, do que pode resultar apreciável

melhoria na progressão dos alunos com dificuldades que se projetam .‖

Com essa prática e embasado na Lei, pretende-se atender as diferenças individuais no

que se refere as dificuldades de aprendizagem dos alunos

6 AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

A avaliação da aprendizagem sempre foi cercada de dúvidas, incertezas e

contradições.

Entretanto é claro que a avaliação da aprendizagem cumpre uma finalidade ampla

dentro do processo de ensino, uma vez que é orientadora da ação docente em relação aos

meios que os alunos necessitam para assimilar o que lhes é ensinado. Será um instrumento

dialético do avanço e um instrumento de identificação de novos rumos.

―Avaliar não é uma ação esporádica ou circunstancial dos professores e da instituição escolar, mas um elemento principal de todo processo de ensinar e aprender. Jamais pode ser analisada em si mesma, mas como um componente de um sistema de ação. É uma engrenagem no funcionamento didático e, mais globalmente , na seleção e na orientação escolar. Ela serve para controlar o trabalho dos alunos e simultaneamente, para gerir os fluxos‖(PERRENOUD,1999 p13).

Page 42: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

38

A avaliação da aprendizagem oferece suporte a tomada de decisão quanto a

maneira mais adequada de conduzir o processo ensino aprendizagem. Será um instrumento

do reconhecimento dos trajetos percorridos e da identificação dos novos caminhos a serem

perseguidos.

A ação de avaliar constitui-se em um momento de reflexão sobre a prática, e a ela

retornando de modo efetivo e dinâmico para alcançar os objetivos propostos.

Vasconcelos vem nos afirmar que: "Avaliar é ser capaz de acompanhar o processo

de construção do conhecimento do educando, para ajudar a superar os obstáculos‖. (1998

p.85).

Desta forma, devemos ter em mente que a avaliação tem como função obter

informações sobre os avanços e as dificuldades de cada aluno, constituindo-se em um

procedimento permanente de suporte ao processo ensino-aprendizagem, de orientação para

o professor planejar suas ações, a fim de conseguir ajudar o aluno a prosseguir, com êxito,

em seu processo de escolarização. Para tanto cabe ao professor interpretar

qualitativamente o conhecimento construído pelo aluno, considerando-se que esse

conhecimento abrange as áreas cognitiva, afetiva e social.

A LDB, no seu artigo 24, inciso V, expressa uma concepção de avaliação que

considera o processo de construção do conhecimento contínuo e progressivo, devendo a

avaliação a ele adequar-se; que a aprendizagem comporta tanto elementos de ordem

subjetiva quanto objetiva e, portanto, deve privilegiar os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos. Em síntese, a avaliação escolar deve ser considerada um instrumento de

estímulo e promoção da aprendizagem e colocada a serviço do avanço, com qualidade, do

processo de escolarização do aluno.

É necessário que a escola busque a elevação do nível escolar, criando

oportunidades adequadas para que a aprendizagem se consolide. Pela avaliação o

professor identifica quais os elementos mediadores necessários para consolidar o

desenvolvimento da criança nos seus vários aspectos.

Dentro desta perspectiva Luckesi coloca:

"A avaliação é um constante olhar crítico sobre o que se está fazendo. Esse olhar possibilita que se decida sobre os modos de como melhorar a construção do projeto no qual estamos trabalhando. Aqui, a avaliação constitui para identificar impasses e encontrar caminhos para superá-los; ela subsidia o acréscimo de soluções alternativas, se necessários para um determinado percurso em ação". (1998 p.117)

Sendo assim, entende-se que a aprendizagem pressupõe um confronto entre sujeito

e realidade, visando o domínio do conhecimento, que deverá ocorrer sob a forma de

Page 43: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

39

observação da realidade, proposição de hipóteses e sua testagem, construção de

conclusões e aplicação de ações criativas. O ensino, nessa abordagem, constitui-se num

desafio, numa provocação, que facilite ao aluno a construção de seu próprio conhecimento.

Isso se constitui no que Paulo Freire conceitua como ―prática dialógica‖.

A avaliação, nesta perspectiva, vincula-se ao projeto educativo da escola que, por

seus objetivos gerais, vai iluminar a elaboração dos projetos específicos de cada disciplina,

considerando-se as expectativas, interesses e necessidades dos alunos e a relação com a

comunidade.

Percebe-se que é impossível avaliar o aluno de uma única forma, pois a educação

envolve seres humanos diferentes entre si. Seu desenvolvimento acontece de forma

acelerada. A cada minuto realizam novas descobertas, interagindo com o mundo de

maneira singular, pois sentem e pensam esse mundo de maneira própria, ultrapassando

rapidamente os obstáculos.

―Acompanhar a criança em seu desenvolvimento exige um olhar teórico reflexivo

sobre seu contexto sócio cultural e manifestações decorrentes do caráter evolutivo do seu

pensamento. Significa respeitá-la em sua individualidade e em suas sucessivas e gradativas

conquistas de conhecimento em todas as áreas‖(HOFFMANN 1999p.7).

Assim é fundamental que as diferenças individuais sejam respeitadas, pois a criança

é um sujeito que faz parte de uma sociedade e de um meio familiar determinados por uma

cultura e por um momento histórico, ponto chave para se pensar a avaliação.

A avaliação que importa é aquela que é feita no processo quando o professor

acompanha o aluno na construção de seu conhecimento, observando se está atingindo o

que foi proposto, avaliando no momento que precisa e principalmente acompanhando seus

vários estágios e não julgando-os num determinado momento.

A avaliação escolar se faz pela observação constante do aluno, pela freqüência e

pela aplicação de testes, trabalhos individuais e em equipe, pesquisas, tarefas, atividades

em classe, extra classe, laboratórios, entre outras, sempre buscando analisar o processo de

construção do conhecimento individual.

Frente aos desempenhos obtidos na aprendizagem, professor e alunos devem

perguntar se o processo, da forma como está sendo conduzido, é conseqüentemente para

a aprendizagem. Esta pergunta deve ser o norte das decisões pedagógicas na escola. O

grande desafio é ensinar e aprender.

Freire nos afirma que ―quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao

aprender‖ (1996, p.25)

Page 44: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

40

Ordenar e reordenar o processo educativo é o dia a dia da escola, do professor e do

aluno.

6.1 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Na avaliação da aprendizagem escolar serão considerados os aspectos qualitativos

sobre os quantitativos, privilegiando-se a atividade crítica, a capacidade de síntese, a

elaboração pessoal e a autonomia intelectual e afetiva do aluno.

As tarefas relacionadas ao processo ensino-aprendizagem não são estanques,

isoladas. Elas efetivamente fazem parte do cotidiano dos indivíduos na escola e não devem

ser avaliadas, apenas, em momentos isolados, às vezes desvinculados da realidade

escolar, e onde os alunos são levados a responder questões sobre um saber cristalizado.

LUCKESI salienta a necessidade de utilizar os critérios de avaliação como exigência de

qualidade e não como forma de autoritarismo do professor para com o aluno. Portanto, em

todos os níveis, levar-se-á em conta a qualidade da aprendizagem do aluno, o que deve ser

objeto de reflexão de todos os elementos da escola.

Na Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba, considerar-se-ão como

critério fundamental, o fato de que toda criança e adolescente obrigatoriamente terão que

dominar os conteúdos considerados básicos para aquela série onde se encontram. Além

desses, serão propostos objetivos/conteúdos de aprofundamento e/ou atividades do

interesse dos alunos, buscando-se com isso a maximização individual e coletiva.

6.2 AVALIAÇÃO POR OBJETIVOS

A avaliação será realizada em função dos objetivos explicitados no planejamento de

ensino das disciplinas, em diferentes situações de aprendizagem, respeitando-se as

diferenças individuais dos alunos, do grupo no qual estão inseridos e o próprio contexto.

Os objetivos a serem trabalhados em cada série serão estabelecidos pelos

professores e equipe técnico-pedagógica, os quais fundamentar-se-ão nos conteúdos

estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.

Page 45: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

41

Além dos conteúdos propostos pelos professores, os alunos também propõem temas

a serem investigados, os quais enriquecem sobremaneira o plano curricular, bem como

propiciam o avanço nos seus conhecimentos, atendendo a interesses individuais e coletivos.

Desta forma, a atividade educativa tem por meta atingir uma série de objetivos que

se traduzem em termos de aquisição de habilidades, apropriação de conteúdos e postura

reflexiva frente aos mesmos. Cabe justamente à avaliação verificar em que medida esses

objetivos estão realmente sendo alcançados, para ajudar o aluno a avançar na

aprendizagem, de um nível para outro.

Os objetivos não atingidos serão retrabalhados e reavaliados, impulsionando novas

decisões na condução do processo educativo.

Na avaliação serão considerados os resultados obtidos num processo contínuo, cujo

resultado expresse a totalidade do aproveitamento escolar.

Para a obtenção dos resultados, serão utilizadas diferentes atividades, técnicas e

instrumentos que revelem, fidedignamente, o desempenho do aluno, tais como:

- observação diária dos alunos;

- discussões de temas previamente estudados;

- elaboração de pesquisas;

- auto-avaliação;

- relatórios de aulas práticas, passeios, visitas;

- confecção de materiais, cartazes, manuais, entre outros;

- organização de álbuns, diários;

- diversos tipos de testes.

- todas as técnicas, instrumentos e procedimentos adequados para avaliar as

diferentes situações de ensino-aprendizagem que contribuam para o

aprimoramento do processo.

Partindo do pressuposto que os projetos constituem-se pelo conjunto de atividades

que trabalham com os conhecimentos específicos, construídos a partir de um dos eixos de

trabalho decorrentes de um problema para ser resolvido, ou um produto final que se quer

obter, os professores propõe e coordenam projetos enriquecedores do currículo. Sua

duração é variável, conforme seus objetivos, desejo, e o interesse dos alunos pelo assunto

tratado.

6.2.6 Registros da classe

Page 46: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

42

Os principais instrumentos que o professor dispõe para apoiar sua prática

constituem-se na observação e no registro.

Com base nesses mecanismos, ele registra os processos de aprendizagem dos

alunos, suas interações, seus avanços e recuos, proporcionado uma visão integral dos

educandos. Com base nesses registros o professor redimencionará ou confirmará sua

prática.

6.2.7 Estudos complementares

A recuperação da aprendizagem será feita na forma de estudos complementares,

paralelos ao desenvolvimento das atividades cotidianas e ao final de cada semestre, com

atividades diversificadas em sala de aula e sempre inseridas no processo educativo, e não

apenas num momento restrito.

São atividades realizadas por professores e alunos para resgatar as deficiências

durante o processo de ensino aprendizagem. As concepções de aprendizagem e de

avaliação, implícitas na nova LDB, enfatizam a obrigatoriedade dos ―estudos de

recuperação, de preferência paralelos ao período letivo,‖ Segundo o parecer CEB/CNE

no.05/97, a recuperação paralela ―aperfeiçoa o processo pedagógico, uma vez que estimula

as correções de curso, enquanto o ano letivo se desenvolve, do que pode resultar apreciável

melhoria na progressão dos alunos com dificuldades que se projetam .‖

Com essa prática e embasado na Lei, pretende-se atender as diferenças individuais no

que se refere as dificuldades de aprendizagem dos alunos

6.3 PROMOÇÃO DE ALUNOS

Nesta proposta, os alunos progredirão de uma série para outra, desde que dominem

os conteúdos básicos e significativos. Dar-se-á atendimento especial às diferenças

individuais, levando-se em conta o desenvolvimento de cada aluno, sem que se perca de

vista o caráter coletivo da aprendizagem. É fundamental, sobretudo, que o aluno com

dificuldades receba atendimento individualizado para que avance no seu desenvolvimento.

Em casos excepcionais, o aluno poderá ficar retido pela falta de domínio dos conteúdos

significativos, após criterioso estudo de sua situação escolar pelo Conselho de Avaliação.

Page 47: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

43

O aluno será promovido após completar as atividades previstas para a série na qual

se encontra.

A promoção do aluno será fundamentada em registro feito em fichas próprias

individuais, considerando-se que cada série apresentará objetivos/conteúdos básicos que

devem ser atingidos. Cada grupo apresentará também conteúdos de enriquecimento e

aprofundamento que serão desenvolvidos à medida do interesse do aluno.

6.4 REGISTRO DE AVALIAÇÃO

O processo de acompanhamento do rendimento escolar do aluno será devidamente

registrado pelo professor em fichas próprias e cumulativas.

Nessas fichas serão anotados os desempenhos que indiquem o alcance dos

objetivos/conteúdos, propostos para a série em que o aluno se encontra.

O acompanhamento e controle dessa avaliação será da responsabilidade da Equipe

técnica pedagógica a serem discutidas e apresentadas no Conselho de Avaliação.

6.5 FREQÜÊNCIA

O comparecimento às práticas educativas e às aulas propriamente ditas deverá ser

entendido pela escola, pela família e pelo próprio educando como absolutamente necessário

para que a proposta pedagógica possa ser concretizada. O percentual de freqüência a ser

exigido seguirá o que estabelece a legislação vigente e será registrado pelo professor em

livro próprio e em fichas individuais.

6.6 TRANSFERÊNCIA

A remoção do aluno de uma escola para outra deve ser objeto de análise em duas

situações:

6.6.1 Transferência recebida

Page 48: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

44

O aluno egresso de outra escola, após ser avaliado pela equipe responsável pelo

acompanhamento dos educandos (Conselho de Avaliação formado pela equipe pedagógica

e Professor Integrador), terá indicado o nível em que deverá ingressar, salvaguardados os

direitos adquiridos. Esse dado será informado à secretaria da escola que fará os devidos

registros.

6.6.2 Transferência expedida

Ao aluno que solicitar transferência será emitido Histórico Escolar, em modelo oficial

adotado pela Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba devidamente aprovado

pelo Conselho Estadual de Educação. Acompanhará a documentação de transferência, a

ficha de avaliação do aluno, com dados especificados de forma descritiva e cumulativa.

A expedição da transferência dar-se-á mediante requerimento do responsável pelo

aluno utilizando-se o formulário modelo oficial.

6.7 REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL

Conforme capítulo III do adendo n.º 01/99 do Regimento Escolar da escola está

previsto o regime de progressão parcial para alunos reprovados em até três disciplinas da

série.

6.8 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

O capítulo II do adendo n.º 02/99 do Regimento Escolar normatiza a classificação dos

alunos segundo critérios próprios, posicionando o aluno na série, período compatível com

a idade, experiência e desempenho adquiridos por meios formais ou informais.

Page 49: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

45

6.9 ADAPTAÇÃO

A adaptação de estudos é o conjunto de atividades didático-pedagógicas

desenvolvidas, sem prejuízo das atividades normais da série ou período em que o aluno se

matricular para que possa seguir com proveito o currículo da escola. Ela será feita pela base

nacional comum no período estabelecido pela escola. A normatização da adaptação está

prevista no capítulo III do adendo n.º 02/99 ao Regimento Escolar.

7 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

A escola apresenta as seguintes características organizacionais:

7.1 ESTATÍSTICA DE MOVIMENTAÇÃO ESCOLAR DE 1993-2000

A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba, oriunda do desmembramento

da Escola Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha vem aumentando a sua demanda de

atendimento à comunidade escolar. É grande a procura pelas vagas, mas desde 1993 a

implantação das turmas foi gradativa, chegando a 266 matrículas no ano 2000, conforme

apresentado abaixo, e com previsão de atender 280 para o ano de 2006.

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46

TABELA

ESTATÍSTICAS DE MOVIMENTAÇÃO ESCOLAR ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA HÁLIA T. GRUBA

PONTA GROSSA – PR - 2000

ANO

MATRÍCULA

INICIAL

TRANSFERIDOS

MATRÍCULA

FINAL

APROVADOS

RETIDOS

DESISTENTES

Qt. % Qt. % Qt. % 1993 -

1994 34 03 31 29 94 01 03 01 03 1995 68 09 59 55 93 04 07 00 00 1996 129 14 115 90 78 25 22 00 00

1997 162 06 156 146 94 10 06 00 00 1998 239 13 226 222 98 03 02 00 00 1999 258 12 246 237 96 08 3,5 01 05

2000 266

Fonte: Secretaria da escola

7.2 ANO LETIVO

O ano letivo, conforme estabelece a LDB 9394/96, é formado por 200 dias que

totalizam 800 horas anuais. As atividades escolares são realizadas nas salas de aulas ou

em outras dependências da escola, adequadas a trabalhos teóricos e práticos, tais como a

leitura, a pesquisa, atividades em grupo. Inserem-se nesses dias todas as atividades de

natureza educacional, cultural, artística ou esportiva, que contribuam para a formação do

aluno, desde que haja freqüência exigível, com efetiva orientação dos professores e duração

conforme estabelecido em lei.

7.3 REGIME ESCOLAR

A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino Fundamental – 5ª a

8ª séries para o ano letivo de 2006 funcionará no período diurno, nos turnos da manhã e

tarde, com uma grade curricular formada pelas disciplinas da nova grade curricular que está

sendo analisada pelo Núcleo Regional de Educação, apresentada em anexo

As aulas têm a duração de cinqüenta minutos, sendo ministradas 03 aulas com

intervalo de vinte minutos para recreio, e em seguida 02 aulas, conforme quadro abaixo:

Page 51: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

47

HORÁRIOS MANHÃ TARDE

1ª aula 7h 15 min 13h

2ª aula 8h 05 min 13h 50 min

3ª aula 8h 55 min 14h 40 min

Recreio 9h 45 min 15h 30 min

4ª aula 10h 00 min 15h 50min

5ª aula 10h 50 min 16h 40min

7.4 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A organização curricular é seriada para estruturação dos conteúdos programáticos.

No decorrer do processo, o currículo será desenvolvido através das séries: 5ª , 6ª, 7ª e 8ª,

permitindo o progresso sistemático do aluno no domínio do conhecimento, eliminando-se

gradativamente a reprovação.

O quadro abaixo apresenta esta estruturação, bem como a previsão de oferta de

vagas para o ano letivo de 2007:

SÉRIE MANHÃ TARDE TURMAS ALUNOS P/ TURMA TOTAL ALUNOS

5ª X 02 35 70

6ª X 02 35 70

7ª X 02 35 70

8ª X 02 35 70

TOTAL ----------- ------------ 08 ----------- 280

Como os alunos apresentam ritmos diferentes de desenvolvimento na formulação de

seu próprio conhecimento, em alguns casos o Conselho de Avaliação, após estudo

criterioso da condição do aproveitamento escolar, pode decidir pela retenção ou não do

aluno.

7.5 ORGANIZAÇÃO DAS CLASSES

Os alunos serão agrupados por faixa etária em séries. Posteriormente poderão ser

reagrupados, se necessário, para trabalhos intra e inter-grupal. Trabalho esse a ser

orientado pela equipe pedagógica e professores.

No desenvolvimento do trabalho pedagógico haverá momentos intra-grupais,

supondo com isso que o aluno tenha o seu grupo referencial: a sua própria classe.

Page 52: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

48

Haverá também momentos de trabalho inter-grupal, especialmente os que se

realizarão através de atividades elaboradas para permitir a interação de alunos mais

experientes com outros, atuando assim como elementos mediadores entre os colegas e o

conhecimento. Essas trocas serão possibilitadas também nas "oficinas pedagógicas

ofertadas pelos programas do CAIC: Esportes, Cultura e Educação pelo trabalho".

As classes serão constituídas com o número de alunos que possibilite atender à

proposta pedagógica estabelecida e a capacidade física do estabelecimento.

7.6 GRUPOS IDENTIFICADOS POR SÍMBOLOS OU DENOMINAÇÃO

No início de cada ano letivo os alunos escolhem um símbolo ou denominação para

identificação de seu grupo.

Esse símbolo é uma referência ao grupo e nele pode estar contida uma

característica, uma mensagem, um ideal, enfim algo que seja do interesse dessa turma e

que a represente. Ele é reconhecido em toda a escola e utilizado em materiais, registros,

documentos do grupo. Elimina-se assim, a frieza da identificação de classes somente por

letras e números.

7.7 PONTO DE ENCONTRO

A cada ano letivo, os grupos escolhem um ponto de encontro, tendo como referência

um local interno no pátio da escola para se reunirem após o sinal, onde aguardam a vinda

dos professores. Essa medida é levada em conta para a organização do grupo, um

momento especial de organização do grupo para o início/reinício das atividades escolares.

7.8 SALAS AMBIENTES

Os professores, funcionários e alunos da Escola compartilham os espaço físicos do

CAIC, com os demais programas, para as diversas atividades pedagógicas e administrativas

necessárias ao desenvolvimento do trabalho escolar.

As aulas do ensino fundamental de 5ª a 8ª séries são ministradas em seis salas

ambientes: Português, Matemática, Educação Artística e Educação Física, Inglês e

Geografia; História; e Ciências.

Page 53: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

49

A utilização destas salas é em sistema de rodízio, no qual os alunos deslocam-se de

uma sala para outra, razão pela qual organizou-se dois turnos de funcionamento, com 04

turmas em cada um, sendo as 7ªs e 8ªs séries no período da manhã, e no período da tarde

as 5ªs e 6ªs séries.

Os materiais, equipamentos e recursos didáticos disponíveis das disciplinas estão

nas salas ambientes facilitando assim o trabalho do professor, é responsável pelo manuseio

desses materiais e manutenção da sala.

A organização das salas de aula como sala ambiente constituir-se-á uma prática

pedagógica resultante do coletivo de ensinar e aprender, onde alunos e professores serão

parceiros de aprendizagem. Deve ser um espaço propício para a troca de experiências, para

a construção do conhecimento coletivo e individual, e também para a exploração de

vivências significativas.

A convivência com a sala ambiente deve ser parte da rotina diária. Os professores

nesta concepção, entendem que há necessidade de um planejamento adequado que

favoreça a organização e utilização desses espaços, buscando o equilíbrio entre as

necessidades do ensino/aprendizagem e da integração dos componentes curriculares. Por

outro lado, entendem também que os ambientes não garantem a aprendizagem, mas

podem ser um agente facilitador do processo.

Um espaço planejado, privilegiado, confortável e prazeroso para os alunos, com

materiais que devem estar sempre à mão para serem manipulados, observados ou

contemplados, mas que necessariamente devem tê-los como parceiros e co-participantes

dessa construção e reconstrução, com seus trabalhos e produções.

7.9 MERENDA ESCOLAR

A escola adota o sistema de merenda escolar única, planejada, elaborada e servida

pelo Programa Alimentação no refeitório do CAIC, constituindo-se também numa prática de

educação alimentar, além do atendimento das necessidades alimentares básicas dos

alunos.

A escola adota esse tipo de serviço em consonância com a proposta pedagógica,

onde todos os alunos são tratados de modo igualitário, não existindo cantina escolar para a

venda de outros tipos de lanches.

7.10 FORMAÇÃO CONTÍNUA: CORPO DOCENTE E EQUIPE TÉCNICO PEDAGÓGICA

Page 54: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

50

É preciso que os profissionais da educação estejam bem preparados. A

complexidade da tarefa que a escola deve assumir, hoje, exige profissionais capazes, de

exercer, com autonomia intelectual, a condução de um processo de ensino que vai além da

simples transmissão de alguns conhecimentos. Preocupados com essa situação, o grupo de

professores considera os encontros pedagógicos fundamentais para a melhoria do trabalho

pedagógico na escola.

Os encontros serão realizados mensalmente no segundo sábado de cada mês, com

quatro horas de duração, desde que se implante a hora-atividade do professor. O projeto de

formação contínua encontra-se em anexo.

7.11 ARTICULAÇÃO COM OS DEMAIS GRAUS DE ENSINO

A escola constituir-se-á campo de estágio para os alunos dos Cursos do Ensino

Médio e para os acadêmicos dos cursos ofertados pela Universidade Estadual de Ponta

Grossa, e outras instituições de ensino superior, oportunizando possibilidades de vivências

práticas com análise crítica e acompanhamento científico, bem como o contato com

profissionais capacitados de áreas específicas.

7.12 CAMPO DE PESQUISA PEDAGÓGICA

A escola propondo-se a adotar uma pedagogia progressista, poderá constituir-se

num centro formador de recursos humanos qualificados, e também irradiador de novas

propostas educacionais, através da efetivação e divulgação de projetos de ensino, de

pesquisa e da extensão.

8 PROPOSTAS CURRICULARES

O plano curricular da escola em funcionamento está aprovado conforme Parecer n.º

16/97 e Ato Administrativo n.º 249/97 documentos que estão anexados neste projeto.

Informamos que a proposta curricular está sendo reformulada conforme as novas exigências

legais da nova LDB 9394/96.

Page 55: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

51

9 PROJETOS

9.1 PROJETO SALAS AMBIENTE I - TÍTULO: Salas Ambiente

II - COORDENAÇÃO: Ronilze de Fátima Tozetto

Silmara do Rocio Schwab

Neusa Cenci

III - PÚBLICO ALVO: Alunos da Escola Estadual Hália Terezinha Gruba

IV - ANO: 2006

V - INTRODUÇÃO:

As salas ambiente foram idealizadas para que o ensino ficasse mais dinâmico e

interessante para os estudantes.

A melhor organização e utilização das salas será resultado de nossas concepções de

que este é um espaço de ensinar e aprender. Nesses espaços aprendem os alunos e

também, os professores.

É claro que reorganizar o espaço escolar e modificar a organização da sala de aula

não garante, por si só, mudanças, mas pode facilitar o seu processo. Não temos, também, a

ingenuidade de acreditar que apenas a presença de materiais e recursos pedagógicos na

escola represente mudanças na prática. As mudanças da prática são resultado das

reflexões que fazemos sobre nossas ações e só se farão no dia-a-dia da escola por meio da

ação consciente e orientada do professor. Mudar a prática exige mudar nossas concepções

sobre o processo de ensino-aprendizagem.

Com certeza a ação docente, enquanto mediadora entre o aluno e o conhecimento,

encontrará nas possibilidades oferecidas pela sala um elemento facilitador e enriquecedor

do trabalho escolar, que levará ao desenvolvimento de uma nova forma de ensinar e

aprender, rumo a uma cultura de SUCESSO NA ESCOLA.

Page 56: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

52

VI - JUSTIFICATIVA:

As salas-ambiente são salas de aula nas quais os recursos didático-pedagógicos,

criam vida. Com esse espaço e recursos, o professor pode dar mais vazão à sua

criatividade, dinamizar seu trabalho e enriquecer as atividades de ensino-aprendizagem.

Na sala ambiente o aluno interage com uma maior diversidade de recursos/materiais

pedagógicos tem mais condições de estabelecer uma relação entre o conhecimento escolar,

a sua vida e o mundo. Trata-se de um espaço propício para a construção de conhecimentos

a partir da explanação de vivências, ou mesmo de apresentação de problemas, que podem

ser materializados por meio de relatos, dramatizações, fotos, filmes, testemunhos. Com isso,

as aulas se tornam mais interessantes, tanto para os alunos como para os professores.

A sala-ambiente deve ser um espaço flexível, que possa ser adequado a situações

específicas e diversificadas, levando em conta:

a) a facilidade de acesso por parte do aluno ao material;

b) as condições de reconhecimento do material adequado a cada situação, pelo

aluno e pelo professor.

É importante que disponha de um mobiliário mínimo, para a guarda e conservação

dos materiais, como armários e/ou arquivos, e/ou caixas. Fazem parte dela, também,

carteiras, lousa, quadros de avisos.

Sendo a sala-ambiente um espaço de construção coletiva do conhecimento é que se

justifica a nossa iniciativa em oportunizar aos alunos este tipo de sala em nossa escola.

VII - OBJETIVOS:

a) agregar materiais, muitas vezes dispersos na escola, cujo uso conjugado permite

enriquecer o trabalho docente;

b) montar situações concretas;

c) criar espaços e construir situações que permitam a participação diversificada do

educando em seu processo de construção do conhecimento;

d) criar um espaço propício para a troca de experiências e exploração de vivências;

e) criar condições para a estimulação da observação e da criatividade;

Page 57: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

53

VIII - REVISÃO DA LITERATURA:

Os materiais e recursos didático-pedagógicos que fazem parte das salas-ambiente

são aqueles produzidos e/ou trazidos pelos próprios alunos e professores e os adquiridos

pela escola, como:

- livros didáticos, paradidáticos, livros de literatura infantil e juvenil, revistas,

jornais;

- jogos, equipamentos e instrumentos, discos, CDs, equipamentos para atividades

experimentais, instrumentos musicais etc.

Os mesmos materiais podem ser utilizados para desenvolver temas diversos, em

diferentes momentos e em várias situações. Portanto, é o conhecimento do professor sobre

o alcance de cada material que definirá a melhor utilização de cada um em cada momento.

É importante pensar na forma mais adequada de sua utilização, pois é a forma de usá-los

que garante a sua eficácia na consecução de objetivos.

Um mesmo material ou recurso didático-pedagógico pode permitir várias formas de

utilização, em diversos componentes e/ou na integração deles. O importante é que o

professor esteja atento às várias formas de exploração que cada material/recurso oferece e

estimule os alunos a explorá-los ao máximo no seu percurso de descobertas. Em suma,

material é meio e não finalidade.

IX - QUAIS AS VANTAGENS DAS SALAS-AMBIENTE?

A utilização de recursos e materiais, por professores e alunos, só poderá representar

ganhos no processo em que ambos estão permanentemente envolvidos - ensinar e

aprender - à medida que passar a fazer parte do trabalho cotidiano, estando sempre a

serviço de satisfazer a curiosidade de alunos e professores, num processo contínuo de

exploração e apropriação do saber. Sem a adequada utilização desses recursos e materiais,

a sala-ambiente se tornaria apenas um depósito ou mera exposição. Utilizá-los para o

enriquecimento da aprendizagem é o que vale!

Page 58: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

54

X - COMO FICA A AVALIAÇÃO?

Uma concepção diferenciada de ensino-aprendizagem implica um entendimento de

avaliação também diferenciado, com função de diagnóstico e acompanhamento do

processo. Sabemos que, inicialmente, é preciso saber o que os alunos já conhecem para

poder planejar adequadamente nosso trabalho — avaliação diagnóstica. Sabemos também

que é preciso avaliar continuamente, ao longo de cada dia de todo o ano letivo. A avaliação

é, assim, parte integrante do trabalho realizado em sala de aula, concebida como um

instrumento para ajudar o aluno a aprender, permitindo-lhe perceber seus próprios avanços

e dificuldades. A partir dela, também o professor pode rever os procedimentos que vem

utilizando e replanejar o trabalho.

Nesta concepção, o professor assume o papel de investigar as dificuldades que os

alunos enfrentam em seu processo de aprendizagem. Esta avaliação, intrinsecamente

ligada ao processo de aprendizagem do aluno e ao trabalho desenvolvido pelo professor,

fornece a ambos informações sobre o percurso e as conquistas realizadas.

XI - O QUE AVALIAR ENTÃO?

Observar as produções dos alunos, conversar com eles sobre as razões que os

levaram a produzi-las de uma determinada maneira e não de outra, e ouvir suas

justificativas, são procedimentos que ajudam o professor a detectar os "nós" que podem

estar emperrando o processo. Dessa forma, ele pode perceber o que seus alunos não

entenderam bem, por que fizeram esta ou aquela interpretação, por que cometeram este ou

aquele engano. A partir daí o professor pode planejar suas ações e procedimentos no

sentido de transformar eventuais erros e dificuldades em situações de aprendizagem,

possibilitando ao aluno atingir novos patamares de conhecimento.

Essas ações e procedimentos vão exigir formas variadas de atendimento e

alterações na rotina de sala de aula, com outros usos do espaço, outras formas de

organização do grupo, utilização de outras atividades e de outros materiais, recursos.

É a partir da análise de suas próprias produções, partilhada com o professor, que os

alunos poderão desenvolver sua autonomia, reconhecendo seus avanços e suas

dificuldades, tornando-se conscientes dos progressos feitos em relação a situações

Page 59: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

55

anteriores, tornando-se, enfim, sujeitos de seu próprio processo de aprendizagem e

melhorando suas competências.

É o professor quem vai ajudar os alunos a refletir sobre o modo como estão

realizando suas tarefas e como podem melhorar suas competências num determinado tipo

de aprendizagem. É importante que o professor trabalhe com o aluno a identificação do

resultado que ele alcançou e também o caminho percorrido.

Também contribuem para a percepção do próprio trabalho as apreciações sobre os

trabalhos dos colegas, que o professor pode propor ao final das atividades. Nessas

apreciações, os alunos podem indicar o que gostaram, o que mais gostaram, o que não

ficou claro e podem opinar sobre formas de melhorar o trabalho em questão.

A exposição de trabalhos dos alunos e de gráficos de resultado de desempenho

possibilita também uma oportunidade de aprendizagem para o grupo, permitindo que os

alunos, sob a orientação do professor, desenvolvam atividades de leitura e interpretação de

gráficos e possam, ainda, iniciar um trabalho de auto-avaliação e acompanhamento de seu

próprio desempenho.

É importante, ainda, considerar as condições que interferiram nos resultados, como a

organização da classe (proposta para a tarefa a ser realizada), os materiais/recursos

utilizados; enfim, o que facilitou ou dificultou o alcance dos resultados apresentados.

As provas podem ser um dos instrumentos do conjunto de práticas de avaliação. É

importante, contudo, ter clareza de que seus resultados não podem ser considerados como

único indicador do desempenho dos alunos.

Muitas vezes, os resultados apresentados ou provas são decorrentes de fatores não

relacionados à apropriação do conhecimento que se quer verificar, como por exemplo, a

falta de familiaridade do aluno com a linguagem utilizada na elaboração da prova, a

insuficiência de tempo para realizá-la e, até, um certo grau de subjetividade (inevitável) em

sua elaboração e correção.

É imprescindível, ainda, retornar as provas aos alunos após a apreciação do

professor e desencadear com a classe uma discussão sobre os objetivos das questões e as

respostas possíveis.

XII - E OS REGISTROS?

A avaliação contínua não dispensa os momentos de síntese, de balanço. Esta

síntese deve representar não só o registro do grau de domínio dos conhecimentos, mas

também incorporar:

Page 60: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

56

a) a avaliação que o professor faz de sua proposta de trabalho: se ela foi adequada

aos conhecimentos que os alunos já traziam, se foi motivadora no sentido de

envolver os alunos e ampliar seus conhecimentos, enfim, se foi adequada para o

alcance dos objetivos propostos (os objetivos do trabalho serão o parâmetro para

o professor avaliar o alcance de cada aluno);

b) a participação dos alunos nas atividades propostas, dentro de suas

possibilidades e limitações;

c) o trabalho desenvolvido pelos alunos como participantes de um grupo - o

desenvolvimento do trabalho cooperativo, o respeito às diferenças individuais.

XIII - RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS:

- Salas de aula e os diversos materiais existentes em cada sala.

Page 61: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

57

9.2 PROJETO NOVOS SABERES E SABORES: FORMANDO APRENDIZES PELA

PESQUISA

I - TITULO: Novos saberes e sabores: formando aprendizes pela pesquisa

II – COORDENAÇÃO: Ronilze de Fátima Tozetto

III – PÚBLICO ALVO: Alunos da Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba

IV – ANO DE REALIZAÇÃO: 2006

V - DESCRIÇÃO

De acordo com o Projeto Pedagógico da Escola Estadual Professora Hália Terezinha

Gruba – Ensino Fundamental de 5ª à 8ª série, que assume a escola como espaço gerador

da competência humana via conhecimento, no propósito de formar a autonomia crítica e

criativa do sujeito historicamente competente, propomos o envolvimento de todos os

participantes no processo educativo com a pesquisa. Pesquisa entendida como construtora

do conhecimento, gerando novos saberes e novos sabores, pois educar é fazer emergir

vivências do processo de conhecimento, desenvolvendo competências e habilidades.

Neste trabalho, os alunos orientados pelos professores das diversas disciplinas

tornam-se pesquisadores, participando efetivamente da construção de seu próprio

conhecimento, utilizando a informática como ferramenta essencial e inovadora ao processo

de aprendizagem.

VI - JUSTIFICATIVA

As rápidas mudanças do mundo em que vivemos gera o „homem ligth”, definido por

Enrique Rojas, que recebe inúmeras informações, não reconstrói conhecimento, sem

paixões, apegado a moral íntima, sem vínculos, descomprometidos, voltado ao

pragmatismo.

A base da proposta está em contribuir na formação do homem que não é mero

―recebedor‖ de informações, mas que, tendo acesso a elas, reconstrói e gera novas

Page 62: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

58

informações, maximizando os recursos dos quais dispõe, relacionando o seu objeto de

estudo particular à realidade global.

Percebemos que as transformações sociais impõem novas formas de aprender e

ensinar. Nesta perspectiva, acreditamos que no contexto educacional, o computador é um

poderoso aliado, pois enriquece os processos de ensino- aprendizagem dos alunos,

familiarizando- os com a tecnologia contemporânea e socializando os meios de acesso à

informação.

A escola ao assumir-se como local de gerar competência humana, será eficiente

nesta tarefa à medida que seus alunos aprenderem; mudando, portanto, do paradigma da

ensinagem para o das experiências de aprendizagem. Para tal, é necessário comprometer

aluno e professor com a pesquisa, por ser esta, especificamente, mais própria para a

educação.

"É preciso substituir a pedagogia das certezas e dos saberes pré-fixados por uma

pedagogia da pergunta, do melhoramento das perguntas e do "acessamento" de

informações. Em suma, por uma pedagogia da complexidade, que saiba trabalhar com

conceitos transversáteis, abertos para a surpresa e o imprevisto." (ASSMANN, 1998)

Neste processo o professor assume o papel de mediador do conhecimento, deixando

a mera exposição como formato de seu trabalho, utilizando-se dela apenas como um dos

instrumentos de trabalhar dados. Oportunizando a elaboração própria, combatendo receitas

prontas e permitindo aos alunos ousarem na busca de dados. Auxiliando na autonomia da

aquisição do conhecimento, pois somente cidadãos autônomos, pesquisadores,

individualmente competentes serão oportunidade e gerarão oportunidade a outros.

VII - OBJETIVOS GERAIS:

- realizar projetos de estudo com propostas interdisciplinares, proporcionando o elo

entre as diversas áreas do conhecimento e a realidade vivida, ou seja, as diversas

contribuições na análise do mesmo conteúdo;

- oportunizar o trabalho com os Temas Transversais, propostos pelos Parâmetros

Curriculares Nacionais;

- promover a reflexão no seu próprio processo de “saber pensar, aprender a aprender,

avaliar e avaliar-se”;

- interagir com diversos equipamentos tecnológicos, especialmente o computador em

diversas experiências de aprendizagem.

Page 63: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

59

VIII - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- escolher um objeto de estudo para a pesquisa;

- utilizar-se da informática na obtenção de informações, organização de dados e

divulgação de resultados;

- buscar a percepção clara e precisa de informações utilizando-se de um

comportamento exploratório;

- distinguir dados relevantes e irrelevantes considerando várias fontes de informações;

- relacionar a realidade próxima a realidade global;

- traçar estratégias e verificar hipóteses;

- oportunizar a aprendizagem significativa dos conteúdos propostos nas diversas

áreas do conhecimento;

IX - METODOLOGIA

Envolvimento de todos os participantes no processo educativo com a pesquisa.

Haverá a participação de todos os grupos de alunos ( turmas) da escola, de 5ª a 8ª

séries. Cada grupo delimitará um tema, ou seja, o objeto de estudo a ser pesquisado,

pertencente a sua realidade próxima ou cotidiana, sob a orientação de um professor

coordenador. A participação dos demais professores se fará presente durante todo o

processo da pesquisa, com ênfase especial da disciplina de sua responsabilidade,

possibilitando desta forma uma trabalho interdisciplinar, com a construção dos olhares das

diversas áreas do conhecimento sobre o mesmo objeto de estudo. Essas pesquisas serão

feitas durante um período letivo. com ênfase a estudos de aprofundamento, tanto na

internet, quanto em outras fontes. O projeto será coordenado pela equipe técnico-

pedagógica da escola (orientação, supervisão e direção), e pelo professor integrante do

projeto.

A pesquisa envolverá:

- apresentação da proposta do trabalho de pesquisa a todos os grupos de alunos

pela equipe pedagógica;

- abertura dos trabalhos com a participação de toda a comunidade escolar;

- a escolha de um tema para pesquisa de interesse dos alunos por turma, situado

nas proximidades da escola;

- a observação criteriosa do objeto de estudo, utilizando-se de anotações, fotos,

desenhos;

Page 64: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

60

- levantamento de dados que possam contribuir para a análise com a contribuição

de todas as disciplinas escolares na formulação de hipóteses;

- organização de dados, partindo da realidade local para fazer generalizações;

- utilização da informática na busca de dados (através de enciclopédias digitais e

outros softwares educativos), análise dos dados encontrados, organização das

informações, socialização dos resultados obtidos com a divulgação do trabalho

através de um software próprio criado pelos alunos participantes e utilizando

programas específicos;

- utilização da Internet: e solfwares educativos;

- pesquisas de assuntos afins ;

- troca de informações sobre o objeto de estudo com outras instituições, órgãos e

pessoas de interesse para o desenvolvimento do tema;

- coleta de opiniões e informações através de uma lista de discussões via rede;

- divulgação dos resultados e informações obtidos em página ser criada pelos

alunos;

- apresentação em seminário aberto a comunidade educativa, com defesa e

exposição da pesquisa realizada;

- exposição/mostra dos trabalhos realizados para a comunidade local, organizada

pelos alunos e professores.

X - CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Page 65: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

61

XI - AVALIAÇÃO

Elaborar um diagnóstico inicial e fazer acompanhamento da trajetória dos grupos e

do aluno individualmente, retomando e auxiliando nas reelaborações necessárias.

A avaliação contínua deve ser clara, evitando-se a falta de objetividade ao realizar o

acompanhamento dos alunos, não significando desconsiderar os aspectos criativos, mas

organizar formas de registro precisas, das quais os alunos sejam conhecedores.

A avaliação acontecendo durante todo o processo permite a orientação dos

professores, proporcionando: auto- avaliação individual e em grupo, a escolha de diversos

instrumentos conforme as necessidades de cada disciplina, e a análise global dos

resultados.

XII - RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS

A escola conta com uma ampla área com bosques, gramados, jardins fornecendo

diversos ambientes que proporcionam vários aspectos a serem pesquisados, como

pássaros, vegetação, solo. E nas suas imediações temas como relevo, fontes de água...

O trabalho também será desenvolvido nas salas ambientes e na biblioteca escolar,

contando com um lugar adequado para a instalação de uma sala de informática, que

possibilitará a utilização de computadores, softwares adequados para coletas de dados e

acesso à Internet.

XIII - RECURSOS HUMANOS

Equipe técnico pedagógica, professores, funcionários, alunos e comunidade.

XIV - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

APPLE, Michael. BEANE, James ( orgs.) Escolas Democráticas, São Paulo:

Cortez. 1997.

BAYER, Hugo Otto. O fazer psicopedagógigo: a abordagem de Reuven

Feuerstein a partir de Vygotsky e Piaget. Porto Alegre : Mediação, 1996.

Page 66: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

62

BELTRÁN, José Maria Martinéz. La Mediación en el proceso del aprendizaje.

Madrid: Bruño, 1994.

_____ . Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros

curriculares nacionais: ensino fundamental, temas transversais, 1999.

DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. – 2.ed. Campinas SP: Autores Associados,

1997.

PARANÁ. Secretaria Estadual de Educação. Currículo básico do Estado do Paraná.

Curitiba: SEED, 1992.

REVISTA DE EDUCADORES CATÓLICOS. Educação e Informática –

Treinamento ou criação? AEC, Brasília, ano 25, n.º 99, 1996.

Page 67: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

63

9.3 PROJETO: JOCA - JOGOS DO CAIC

I - ÓRGÃO PROPONENTE: CAIC Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha.

II - DESENVOLVIMENTO: Subprograma Esportes

III - AUTORIA: Professora Simone Aparecida Schwab da Silva

IV- COORDENAÇÃO: Marcos Aurélio dos Santos

V - PERÍODO DE REALIZAÇÃO: Ano letivo de 2006.

VI - ENTIDADES ENVOLVIDAS:

Universidade Estadual de Ponta Grossa;

CAIC Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha;

Departamento de Educação Física da UEPG;

Secretaria Municipal de Esportes e Recreação.

VII - DESCRIÇÃO

Os jogos do CAIC Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha – JOCA, são competições

internas entre as turmas de 5a a 8a séries da Escola Estadual Professora Hália Terezinha

Gruba, inserida no CAIC.

As competições acontecerão no período de 01 a 06 de setembro do corrente ano,

podendo participar das mesmas todos os alunos regularmente matriculados na escola acima

citada.

Page 68: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

64

VIII - JUSTIFICATIVA

O presente projeto justifica-se:

A OMS ( Organização Mundial da Saúde ) conceitua saúde como: ―A saúde não

consiste somente na ausência de doenças ou enfermidades, mas representa um estado de

bem-estar físico, mental e social, cuja aquisição consiste num direito fundamental de todo

ser humano, independente de raça, religião, opinião política, condições econômicas e

sociais .‖

Quando estamos motivados, a tendência é lutar por um objetivo de forma mais ativa.

Pensando desta forma, o Programa Esportes realizará o IV JOCA ( Jogos do CAIC ) , certos

que ao decorrer destes jogos estaremos abrangendo não somente o físico do aluno, mas

sim, os setores de maior importância moral, social e psíquica.

Com referência ao jogo propriamente dito, trata-se de manifestação tão primitiva

quanto o ser humano. Cabe a Rosseau, haver iniciado os primeiros trabalhos sérios sobre o

jogo como manifestação biológica, natural no ser humano e no reino animal. Locke,

Spencer, Gross e outros, seguiram ao estudioso francês, mostrando que o jogo não é

apenas uma atividade lúcida inerente ao homem, mas também uma atividade pedagógica.

O indivíduo, seja criança ou adulto, revive no jogo a maioria das atividades pelas

quais passou a espécie, em suas metódica evolução, durante milênios. Todos os atos

praticados pelo homem, mormente a criança, revivem no jogo. Através dele um educador

cuidadoso poderá vislumbrar os rasgos mais relentos da personalidade dos seus pupilos e

usá-los como força educativa.

Têm-se a necessidade do homem dar expressão aos seus impulsos ou sentimentos

através do movimento de seu belo corpo. É, em última análise, a arte corporal as suas

variadas formas. O esporte é uma manifestação, emoção como a escultura, a pintura, a

música, poesia, literatura, teatro.

O ser componente de uma equipe que compete e tente, obter a vitória contra uma

equipe adversária, constitui uma motivação de cada jogador, mesmo que pratique apenas

um jogo desportivo, os fatores ou efeitos e as influências positivas, da prática do jogo sobre

o organismo, a qual corresponde satisfatoriamente às necessidades de cultura e educação

desportiva do homem moderno.

Com isso, queremos que o IV JOCA seja de grande utilidade e de grande valia para

todos os que apreciam o esporte. Que os jogos sejam um exemplo de vida futuro.

Page 69: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

65

IX - OBJETIVO GERAL

- incentivar a prática da atividade física/recreativa, bem como integrar pais, alunos,

professores e funcionários, oferecendo um ambiente agradável e amistoso.

X - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- despertar e incentivar a prática desportiva durante os momentos de lazer;

- obter o desenvolvimento, manutenção e aperfeiçoamento da saúde mental e

física através da prática desportiva;

- promover a descarga das tensões nervosas do nosso dia a dia;

- vivenciar um maior número de modalidades esportivas;

- integrar as diversas turmas da escola;

- despertar o interesse por uma prática de atividade física orientada.

XI - METAS

Os jogos pretendem atingir a participação de aproximadamente 315 alunos

regularmente matriculados na Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba.

XII - SISTEMÁTICA OPERACIONAL

- Local de inscrição: Programa Esportes do CAIC.

- Local de execução: dependências do CAIC e pista de atletismo do Campus

Universitário.

- Forma de disputa: todas as modalidades coletivas serão disputadas na forma de

eliminatória simples.

Page 70: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

66

XIII - MODALIDADES

As modalidades a serem disputadas são: futsal, basquetebol, voleibol, atletismo,

bete-ombro, tênis de mesa, xadrez e queimada.

XIV - DIVULGAÇÃO

A divulgação será feita através de cartazes colocados nas dependências do Caic e

através de bilhetes enviados através dos alunos.

XV - ARBITRAGEM

- professores de Educação Física do Caic;

- acadêmicos do curso de Educação Física da UEPG.

XVI - RECURSOS

- Humanos: 04 professores de Educação Física, 02 acadêmicos do curso de

Educação Física da UEPG.

- Físicos: dependências do CAIC, pista de atletismo do Campus Universitário.

- Materiais : serão utilizados os materiais disponíveis nos locais de competição.

XVII - PREMIAÇÃO

Buscaremos patrocinadores para a doação das seguintes medalhas:

- 94 medalhas de ouro;

- 94 medalhas de prata;

- 94 medalhas de bronze.

Page 71: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

67

9.4 PROJETO MOMENTO CÍVICO: BUSCANDO O RESGATE DE HINOS CÍVICOS

I – TITULO: Momento cívico: buscando o resgate de hinos cívicos

II - COORDENAÇAO: Simone Aparecida Schwab da Silva

III - PÚBLICO ALVO: Alunos da Escola Hália Terezinha Gruba

IV - LOCAL DE REALIZAÇÃO: CAIC Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha

Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba

V - INTRODUÇÃO:

A escola, como instituição formadora, não tem por objetivo apenas proporcionar o

acesso ao conhecimento, mas oferecer formação que garanta condições de cidadania.

Pensando nisso, a escola através de um trabalho interdisciplinar pretende resgatar os

símbolos nacionais e hinos cívicos que retratam a História Nacional.

Acreditamos que através deste trabalho estaremos promovendo um sentimento de

pertinência ao país, levando o aluno a compreender a cidadania, o patriotismo e o civismo

como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos,

civis e sociais.

VI - JUSTIFICATIVA:

―A Lei Federal n.º 9394/96 em seu artigo 27, inciso I, também destaca que os

conteúdos curriculares da educação básica deverão observar a difusão de valores

fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos de respeito ao bem

comum e a ordem democrática‖ (PCN 1998)

Considerando que cidadania é um conjunto de ações, que exercidas, nos fazem

pessoas participativas de uma cidade e de um país, se faz necessário também conhecer e

respeitar os símbolos de nossa Pátria.

Conhecer e cantar os hinos cívicos são expressões de patriotismo e ter atitudes que,

enaltecendo à Pátria, o Estado ou o Município, engrandecem a nossa consciência de

Page 72: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

68

cidadania. Segundo a Constituição é proibido e considerado crime apresentá-los ou tratá-los

com desrespeito. Os símbolos nacionais: bandeira nacional, o hino nacional, as armas

nacionais e o selo nacional, são protegidos por lei e é obrigatório ensinar o desenho da

Bandeira e o canto do Hino Nacional em todas as escolas públicas ou particulares e em

todos os graus.

As letras dos hinos e canções nacionais são o retrato da História Nacional, bem

como as datas comemorativas que representam fatos históricos, pessoas que tiveram papel

fundamental nas mudanças do país ou ainda eventos ou símbolos religiosos que também

influenciaram, e ainda influenciam o destino do país.

O papel da escola, enquanto auxiliar no desenvolvimento das pessoas e das

sociedades, não pode deixar de propiciar atividades que despertem o sentimento de civismo

e patriotismo.

VI - OBJETIVO GERAL:

- Promover atividades interdisciplinares que despertem o sentimento de patriotismo

e civismo.

VII – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Resgatar valores históricos presentes nos hinos cívicos e canções nacionais.

- Comemorar as datas constantes no calendário nacional, resgatando fatos,

pessoas ou eventos importantes na história do país.

- Despertar o interesse por fatos históricos importantes.

- Conhecer e respeitar os símbolos nacionais.

- Interpretar as letras dos hinos cívicos e canções nacionais.

VIII - ESTRUTURA PROGRAMÁTICA:

- As atividades serão desenvolvidas de forma interdisciplinar, com ênfase nas

disciplinas de História e Português, com estudo histórico e interpretativo.

- Uma vez por semana haverá o Momento Cívico, com hasteamento das bandeiras

e com a execução de um Hino cívico ou Canção Nacional. Nesse momento, um

Page 73: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

69

grupo de alunos orientados por um professor responsável fará referência às datas

comemorativas constantes no calendário nacional.

- No momento cívico será feita a comemoração dos aniversariantes.

IX - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO:

No período da manhã, o Momento Cívico, será às quintas-feiras, 7 horas e 20 minutos.

No período da tarde, às quartas-feiras, 13 horas.

X - RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS

- Serão utilizadas as dependências físicas e equipamentos da escola para realização do

projeto.

Page 74: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

70

10. PROJETO DE FORMAÇÃO CONTÍNUA: PROFESSORES E EQUIPE TÉCNICO

PEDAGÓGICA

I - TÍTULO

“A escola enquanto espaço de formação contínua dos professores”

II - ÓRGÃO PROPONENTE

CAIC REITOR ÁLVARO AUGUSTO CUNHA ROCHA ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA HÁLIA TEREZINHA GRUBA

III - ÁREA DE CONHECIMENTO Educação

IV - COORDENAÇÃO

Mary Angela Teixeira Brandalise

V - PERÍODO DE REALIZAÇÃO

Ano letivo de 2006

VI - PARTICIPANTES

Professores e equipe técnico pedagógica da Escola Estadual Professora Hália

Terezinha Gruba.

VII - JUSTIFICATIVA

As profundas transformações que estamos vivendo, a diversificação dos valores, dos

modos de vida e das formas de pensar têm multiplicado as incertezas e as dúvidas dos

professores, ao mesmo tempo em que as ciências da educação, longe de darem respostas

as questões, trazem ainda mais dúvidas, novos questionamentos, deixando-nos claro que

Page 75: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

71

as verdades são provisórias e que, portanto, não existem respostas prontas, pelas quais

muitas vezes os professores esperam ansiosamente.

Face ao fracasso escolar, tornou-se muito claro que este não é uma fatalidade, nem

obra do acaso. Os professores sentem-se cada vez mais responsáveis pela sua prática

diária em sala de aula e pelos maus resultados obtidos pelos alunos, uma vez que mesmo

os considerados ―bons‖ não correspondem ao ideal e aos padrões de qualidade da literatura

especializada.

Além disso, os professores vivem em constante conflito dentro da escola, vendo-se

divididos entre as suas concepções de educação, homem, sociedade, e, portanto, do papel

social a ser cumprido pela escola e as exigências impostas de cima para baixo pelo sistema,

em programas, ações, normas, ... que revelam uma política educacional marcada por

interesses econômicos e políticos em detrimento de interesses educacionais e sociais.

A formação de um professor reflexivo, que problematiza sua prática e reflete na e

sobre a mesma, se constitui num caminho para nos afastarmos de uma concepção

epistemológica da prática herdada do positivismo, de uma concepção tecnológica de

atividade profissional, que ainda se faz tão presente nas práticas escolares.

Mas o sucesso de um programa de formação contínua, como instrumento de

desenvolvimento profissional dos professores, passa pela utilização da escola com espaço

de formação desses professores. Nesse sentido, a Escola passa até ser certo ponto a

constituir-se como uma unidade de formação permanente, que tem a responsabilidade de

oportunizar espaços para o trabalho coletivo, onde o professor possa estudar, trocar

experiências, refletir sobre a sua prática e construir o seu conhecimento.

A formação contínua é entendida atualmente como processo de desenvolvimento da

competência dos professores. Os problemas da prática são considerados como ponto de

partida e ponto de chegada do processo de formação, pois possibilitam a reflexão, e ainda

com auxílio da fundamentação teórica ampliam a consciência do professor em relação ao

seu trabalho, apontando caminhos para uma atuação competente.

Assim a construção da competência pedagógica se dá no âmbito escolar, pois a

prática leva a descoberta de novos conhecimentos que a formação inicial não tem condições

de fornecer. A competência não é estática, não tem um modelo pré-estabelecido, mas é

construída pelos profissionais em sua práxis cotidiana. Segundo Fusari:

As condições para um trabalho competente encontram-se, de um lado, no educador, nas

características que o qualificam, e de outro, no contexto no qual ele exerce sua prática, nos

sujeitos com os quais interage, nas possibilidades e nos limites que apresentam para uma

ação coletiva.( 1994, p.41. )

Page 76: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

72

Não podemos deixar de mencionar que a formação do professor voltada a uma

profissionalização com competência deve considerar o duplo caráter dessa competência: a

dimensão técnica e a dimensão política . Enquanto a dimensão técnica se refere ao conjunto

organizado e sistematizado dos conhecimentos e aos meios e estratégias para socializá-los,

a dimensão política refere-se ao compromisso assumido pelo profissional que define o

direcionamento da prática. De acordo com RIOS (1994) a dimensão ética existe como

mediação entre aquelas, sendo inseparáveis revelando uma preocupação com ―dever-ser do

desempenho do educador‖ , ou seja da sua competência profissional.

Tomando a escola como espaço de formação e tomando a prática como fonte

inesgotável de contínua reflexão, e consequentemente de aperfeiçoamento do trabalho

escolar, é a partir do cotidiano das práticas escolares e dos dilemas enfrentados pelas

escolas, que emergem os temas a serem trabalhados nos momentos de formação e as

metodologias a serem utilizadas nos mesmos, uma vez que temos consciência que a razão

principal da formação de professores em serviço é solucionar os problemas da prática, e

que a produção de conhecimento se de com este fim.

É neste processo coletivo que a competência pedagógica vai se construindo, ora

avançando ora recuando, pois ― é a partir do educador que somos que vamos caminhar

para o educador que queremos ser .‖ ( RIOS, 199 ,p.42.)

Nessa perspectiva, é que propomos o presente projeto de formação contínua em

nossa escola. Acreditamos que se bem planejado e adequadamente implementado terá

reflexos profundos no processo educativo. Para efetivá-lo, há necessidade da participação

consciente e intensa dos professores e equipe pedagógica, requerendo o comprometimento

ético-político-pedagógico. Tais ações não poderão ser isoladas, fora do contexto

educacional, mas sim com um processo permanente de estudo, incentivo e

acompanhamento, compreendendo as múltiplas dimensões que envolvem um processo

educativo.

VIII - OBJETIVOS

- Promover experiências formativas em clima de reflexão da prática docente.

- Oportunizar grupos de estudo e pesquisa de modo a buscar coletivamente e

reflexivamente a superação de suas práticas pedagógicas, dentro de um processo

de ação- reflexão- ação.

Page 77: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

73

- Incentivar os professores a repensar sua forma de trabalho, seu papel ético, político

e pedagógico perante a construção de uma nova cultura escolar e de uma escola

pública de qualidade.

- Estimular e aprofundar as questões que envolvem o relacionamento humano entre

professores, alunos, equipe pedagógica.

- Propiciar a vivência de experiências democráticas, através do trabalho participativo e

coletivo.

IX – METODOLOGIA

Este projeto será desenvolvido durante o ano de 2006 para professores e equipe

pedagógica da Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba.

As atividades serão desenvolvidas através de grupos de estudo, cursos, palestras,

seminários, troca de experiências, produção de textos, publicações, e outras que se fizerem

necessárias.

Os encontros serão divididos em momentos de estudo e de análise da prática. A

cada novo encontro, se fará a reflexão sobre as ações propostas e desenvolvidas

anteriormente, constituindo-se sempre de momentos coletivos de discussão e de

redimensionamento das práticas pedagógicas.

X - ESTRUTURA PROGRAMÁTICA

- A formação contínua de professores e a mudança na prática pedagógica

- O processo de ação-reflexão- ação e o professor reflexivo

- Os quatro pilares da educaçäo para o século XXI e o cotidiano do trabalho docente

- A construção do conhecimento através da pesquisa

- A interdisciplinaridade e pedagogia de projetos

- As características do professor mediador

- As técnicas Freinet

- A noção de competências e habilidades

- A transposição didática

- Estudo da LDB9394/96 , deliberações, portarias e resoluções da SEED e CNE

- Regimento Escolar da Escola

Page 78: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

74

XI - CARACTERÍSTICAS

- Duração: ano letivo de 2006

- Período: fevereiro a dezembro

- Carga horária anual: 60 horas

- Vagas: 25 vagas

- Datas previstas:

Nº de

encontros

Data dos

encontros

1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana Total de

horas

1 18/03 13/02 a

17/02

27/02 a

03/03

06/03 a

10/03

13/03 a 17/03 4h

2 08/04 20/03 a

24/03

27/03 a

31/04

03/04 a

07/04

10/04 a 14/04 4h

3 24/06 17/04 a

21/04

24/04 a

28/04

02/05 a

05/05

08/05 a 12/05 4h

4 05/08 15/05 a

19/05

22/05 a

26/05

29/05 a

02/06

05/06 a 09/06 4h

5 16/08

(manhã)

12/06 a

16/06

19/06 a

23/06

26/06 a

30/06

03/07 a 07/07 4h

6 16/08

(tarde)

31/07 a

04/08

07/08 a

11/08

14/08 a

18/08

21/08 a 25/08 4h

7 02/09 28/08 a

01/09

04/09 a

08/09

11/09 a

15/09

18/09 a 22/09 4h

8 11/11 25/09 a

29/09

02/10 a

06/10

09/10 a

13/10

16/10 a 20/10 4h

9 15/12 23/10 a

27/10

30/10 a

03/11

06/11 a

10/11

13/11 a 17/11 4h

XII - MINISTRANTES

- Equipe pedagógica e professores lotados na Escola Estadual Professora Hália

Terezinha Gruba.

- Pedagogas, professores e profissionais do CAIC, da UEPG ou de outras Instituições.

Page 79: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

75

XIII - AVALIAÇÃO

- Freqüência mínima de 85% da carga horária anual.

- Apresentação de trabalho final de conclusão do curso.

XIII- CRONOGRAMA

ETAPAS Dez/

2005

Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Planejamento

X

Tramitação e

Aprovação

X

X

Inscrição

X

Início e término do

projeto

X

X

Desenvolvimento

do Projeto

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Avaliação

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Relatório Final

X

XIV - RECURSOS FÍSICOS, MATERIAIS E FINANCEIROS

- Serão utilizadas as dependências físicas e equipamentos da escola para realização dos

encontros.

- Recursos materiais e financeiros para subsidiar o curso serão rateados entre os

cursistas.

- Não será cobrado nenhuma taxa de inscrição ou mensalidade neste curso.

Page 80: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

76

XV - APOIO ADMINISTRATIVO SOLICITADO Á PROEX

- Emissão de certificados e certidões aos participantes.

XVI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FUSARI, RIOS. Formação continuada dos profissionais do ensino.

GÓMEZ, A.P. O pensamento prático do professor – a formação do professor como

profissional reflexivo. In: NÓVOA, Á(Coord.) Os professores e a sua formação.

Lisboa: Publicações Dom Quixote/IIE,1992.

LUDKE, M. Os professores e sua socialização profissional. Cadernos de Pesquisa. São

Paulo, n99, p.

NÓVOA, Antonio. Os professores e a sua Formação. Lisboa : Publicações Dom

Quixote,1992.

OLIVEIRA, Dalila Andrade (org). Gestão Democrática da Educação : desafios

contemporâneos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

PELLEGRINI, Marlou Zenella. Participação da teoria à prática. Agosto de 1998.

PEREIRA, E.M.A. "Professor como pesquisador: o enfoque da pesquisa ação na prática

docente". In: GERALDI, C. M. G. et all. (Org). Cartografias do trabalho Docente:

professor(a)-pesquisador(a). Campinas: Mercado de letras, 1998.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar; trad. Patrícia Chittoni

Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

__________. Philippe. Construir as competências desde a escola; trad. Bruno Charles

Magne.

Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

Page 81: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

77

_________. Philippe. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação. Lisboa:

Publicações D. Quixote/IIE, 1993.

Projeto Pedagógico da Escola Estadual Hália terezinha Gruba. Ponta Grossa. PR - 2000

QUELUZ, Ana Gracinda. ALONSO, Myrtes. O trabalho docente: teoria & prática. São

Paulo : Pioneira, 1999.

RIBAS, Mariná Holzmann. Construindo a competência: processo de formação de

professores. São Paulo : Editora Olho d'água, 2000.

RIOS, T. A. Ética e competência. São Paulo: Cortez, 1993.

VÁZQUEZ, A.S. Filosofia da práxis. 3.ed. Rio de Janeiro: `Paz e Terra, 1986.

ZEICHNER, K. "El maestro como profesional reflexivo". Cuadernos de pedagogia.

Barcelona, dez. 1993, n.220, pp.44-49.

Page 82: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

78

11 PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

I - TÍTULO: "AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: um processo necessário"

II - PROPONENTE: CAIC Reitor Alvaro Augusto Cunha Rocha

Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

Fundamental - 5ª a 8ª séries

III - COORDENAÇÃO: Mary Angela Teixeira Brandalise

IV - PERÍODO DE REALIZAÇÃO: Ano letivo de 2006

V - CLIENTELA ENVOLVIDA

- Equipe técnico pedagógica, professores, funcionários, alunos e pais

- Comunidade Externa

VI - JUSTIFICATIVA

Romper com o medo da avaliação institucional, e em seu lugar instaurar gradativa e

coletivamente uma cultura democrática para a produção dos processos de avaliação, é um

uma necessidade, e ao mesmo tempo um desafio as instituições escolares no contexto

atual.

A avaliação de uma instituição educativa interessa a sociedade como um todo,

porque além de ser um fenômeno público, trata-se de uma questão política importante. A

avaliação imposta atualmente às escolas, é uma questão polêmica, motivo de discussões

entre educadores, governo e a sociedade em geral. Não é um processo neutro, nem

irrelevante, mas a instituição que não se envolver com os princípios e ações avaliativas,

além de perder um mecanismo que tem por objetivo valorizar sua produção de

conhecimento, estará negando sua participação no contexto social e público.

Reconhecemos no entanto, que há um consenso entre os intelectuais formuladores

da política educacional, quando caracterizam e unificam as estratégias para

Page 83: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

79

implementação das reformas educacionais: por um lado a necessidade de estabelecer

mecanismos de controle e avaliação da qualidade dos serviços educacionais (na ampla

esfera de sistemas e, de maneira específica, no interior das próprias instituições escolares),

e por outro a necessidade, de articular e subordinar produção educacional às

necessidades estabelecidas pelo mercado.

Há que se concordar que a avaliação institucional é necessária, constituindo-se num

processo de extrema complexidade. Ultrapassando as questões técnicas e seus aspectos

formais e operacionais, a avaliação tem uma significação muito mais ampla, de fundo ético-

político. Uma avaliação institucional consistente vai muito além de avaliações espontâneas,

sem compromisso com procedimentos científicos e metodologias explícita e

intencionalmente organizadas.

Entendida como processo, e não como instrumento, no meio científico, deve se

consolidar cada vez mais como agente de identificação e promoção das instituições

escolares. Constitui-se um compromisso da Escola com a qualidade que deve atender as

expectativas da comunidade escolar e da sociedade, através de um aprimoramento de

seus níveis internos e externos. Para SOBRINHO (1994, p.102) ―... qualidade é aquele

atributo que permite o reconhecimento e a aprovação da natureza de alguma coisa

enquanto tal, conforme julgamentos de valor socialmente constituídos e praticados em

determinado meio‖.

Mas, a avaliação segundo DEMO (1995), ―precisa ser intrinsecamente educativa e

ser processo permanente, não evento super ou interveniente, de fora para dentro ou de

cima para baixo‖. Nesse sentido, é que a avaliação institucional deve ir muito além de

verificações de aprendizagens, testes, exames, provas. Deve estar fundamentada num

programa que vise a transformação e a melhoria da instituição e das pessoas que fazem o

cotidiano, cujo funcionamento e cujos objetivos sejam sociais, pedagógicos e proativos, e

não punitivos e classificatórios.

Os sujeitos da ação, são os agentes da comunidade escolar que se inserem na

produção e realização da avaliação. O objeto ou campo da avaliação compreende as

diversas dimensões administrativas, pedagógicas, relacionais, tudo o mais integrado

possível, possibilitando a interferência sobre essas realidades, no seu todo ou em partes.

Nesse enfoque, o termo institucional, tem uma forte significação, adquire um caráter

de totalidade, e define também o modo ou o caráter das ações avaliativas. ―A avaliação não

rompe a institucionalidade da instituição. Pelo contrário, a avaliação assim entendida é um

exercício de institucionalidade. Em outras palavras, o respeito à institucionalidade significa

Page 84: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

80

respeito a história, a especificidade, aos compromissos e a identidade de cada instituição‖

(SOBRINHO, 1998, p.143).

A avaliação institucional deve priorizar as questões que permitam uma compreensão

mais ampla e articulada possível da instituição. A combinação da avaliação interna e

externa, permitem uma construção constante, tornando o processo de avaliação

permanente. "A auto avaliação é necessária porque, por si só, permite dar à avaliação

externa a sua plena eficácia (...) ; mas é também necessária porque a avaliação externa é,

tendo em conta os meios que exigem, uma operação ocasional."( LAFOND, 1999, p.21 )

E o mais importante, que não podemos deixar de destacar é que a avaliação propicia

―a certeza da localização exata do problema (...). O que tem significado é a contribuição

para a resolução do problema que a avaliação como ‗organizador‘ proporciona. Porque, em

verdade, a situação não mais será igual para o futuro‖ (LEITE E MOROSINI, 1997, p.145).

O valor da avaliação é relativo, mas assim mesmo ela é de grande importância para a

construção da qualidade como compromisso da Escola com a Sociedade, dizem as autoras.

Quando se considera a história, a especificidade, os compromissos, e em

especial a identidade da instituição, as ações avaliativas possibilitam uma compreensão

mais ampla e articulada de todo processo educacional. A interação entre as metodologias,

técnicas, e instrumentos qualitativos e quantitativos, também permitem uma análise mais

efetiva da realidade avaliada e vivida.

As conclusões e inferências, desencadeadas por um processo de avaliação nessa

perspectiva, em que não se levam em conta apenas os resultados quantitativos, mas as

múltiplas relações que se estabelecem no cotidiano das instituições escolares, contribuirão

efetivamente para melhoria de todo processo educacional.

Acreditamos portanto, baseados nessas considerações, que a implantação de um

processo de avaliação institucional em nossa escola, constituir-se-á num esforço de

análise para compreender os processos existentes no interior da escola, a partir da

observação direta e dos pareceres dos sujeitos envolvidos no processo educacional, a sua

vida, o seu funcionamento, os seus problemas, no sentido de se levantar um diagnóstico,

que evidencie os seus acertos e sucessos, e ao mesmo tempo indiquem sob a forma de

recomendações e inferências, o caminho a seguir para se aperfeiçoar cada vez mais.

VII- OBJETIVOS

- Perceber o olhar da comunidade escolar frente as ações desenvolvidas pela escola.

Page 85: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

81

- Aprimorar o processo da gestão escolar, tornando-a mais eficaz e socialmente

reconhecida.

- Proporcionar maior participação na vida da escola por parte dos sujeitos nela

envolvidos, nomeadamente, pais, alunos, professores, pessoal não docente,

representantes de autarquias e outros agentes da comunidade local.

- Evidenciar os avanços e sucessos conquistados pela escola, tendo-se sempre presente

uma preocupação pela qualidade do ensino e da educação realizada pela escola, no

sentido da preparação de cidadãos para a vida em comunidade e para o mundo do

trabalho.

- Fazer inferências sobre os problemas detectados, baseados em informações, fatos e

dados da realidade escolar, bem como da utilização de metodologias estatísticas, que

subsidiem a tomada de decisões com confiabilidade.

VIII – METODOLOGIA

Este projeto será desenvolvido durante o ano de 2006, sob a coordenação da

direção geral, com o apoio da direção auxiliar e equipe técnico-pedagógica da Escola

Estadual Professora Hália Terezinha Gruba.

O processo de avaliação ocorrerá semestralmente, caracterizando-se a qualidade

dos serviços prestados pela escola, através de quatro grandes grupos de fatores: recursos

humanos, recursos materiais, recursos ambientais e recursos organizacionais.

A coleta de dados será feita através de entrevistas estruturadas ou semi-estruturadas,

questionários e encontros de avaliação.

Para o desenvolvimento desse processo de auto-avaliação da escola, serão

consultados todos os sujeitos da comunidade escolar: alunos, professores, funcionários,

pais e representantes da comunidade externa. Acreditamos que o olhar de todos os

envolvidos no processo educativo retratará a realidade do ambiente escolar, e apontará

elementos significativos para a melhoria da qualidade da escola. Assim teremos:

1- OLHAR DOS ALUNOS

O professor conselheiro de cada grupo fará um encontro com os alunos para

avaliação dos fatores estabelecidos. Após discussão e análise com o grupo, dos dados

obtidos, organizar-se-á um resumo geral, o qual será encaminhado à equipe técnico

Page 86: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

82

pedagógica. Esta, por sua vez, fará a análise de todos os grupos ou turmas da escola,

apresentando um relatório final da percepção dos alunos sobre os aspectos avaliados.

2- OLHAR DOS PROFESSORES

A direção e direção auxiliar conduzirão o processo de avaliação junto aos

professores nos conselhos, e também através de instrumento de coleta de dados escolhido.

Após a organização dos dados, será elaborado um relatório final que contemple as

percepções dos professores sobre os aspectos da escola que foram avaliados.

3- OLHAR DOS FUNCIONÁRIOS/ EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA

A direção da escola fará a consulta também aos funcionários através de

questionários e/ou entrevistas, reunindo num documento único os resultados dos aspectos

avaliados.

4- OLHAR DOS PAIS

O envolvimento dos pais é fundamental para a avaliação do trabalho realizado pela

escola. O encaminhamento de questionários aos mesmos será realizado adotando-se a

metodologia da amostragem aleatória proporcional, tendo-se portanto uma

representatividade de pais de cada turma na avaliação do trabalho da escola. O

encaminhamento desse processo de avaliação será responsabilidade da direção e

assistente social. De forma análoga as anteriores, os dados coletados serão organizados

num documento único, contendo a percepção dos pais sobre o trabalho da escola.

5- OLHAR DA COMUNIDADE EXTERNA

A avaliação da escola, pela comunidade externa será feita através de entrevistas ou

questionários, pela assistente social. A análise do trabalho realizado pela escola por

pessoas ou instituições externas ao meio escolar será relevante para que se perceba quais

são de fato as contribuições da escola para a comunidade local. Após organização dos

dados, obteremos o relatório final.

A análise dos cinco relatórios obtidos, permitirá uma análise da situação real da

escola , subsidiando também a tomada de decisões sobre as inferências a serem feitas

naqueles aspectos ou setores apontados. O redimensionamento das ações poderá ser

efetuado em dois momentos distintos: ao término do primeiro semestre, com alterações já

para o ano letivo em curso , ou ainda para planejamento do próximo ano letivo

Page 87: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

83

IX- CRONOGRAMA

ETAPAS Nov/

2006

Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Planejamento

X

X

Início e término

do projeto

X

X

Desenvolvimen

to do Plano

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Elaboração de

Instrumentos

X

X

X

X

Aplicação dos

Instrumentos

X

X

X

X

Tabulação e

organização

dos dados

X

X

X

X

Análise dos

dados e

encaminhamen

tos

X

X

Relatório Final

X

X - RECURSOS FÍSICOS, MATERIAIS E FINANCEIROS

- Serão utilizadas as dependências físicas, materiais, equipamentos e recursos

financeiros da escola .

XI REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRITO, Carlos. Gestão escolar participada : na escola todos somos gestores. 4 ed.

Porto, Texto Editora, 1998.

CATANI, Antonio Mendes (org). Novas perspectivas nas políticas de educação

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Page 88: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

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Editores II, Sociedade Anônima, 1999.

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qualificado: na prática, é possível repensar a Universidade? " in SGUISSARDI, V.

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2000.

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resultados. Campinas, SP: UNICAMP, 1994.

Page 89: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

85

12 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desafio que representa esta proposta pedagógica traz consigo a exigência de

entender e considerar o projeto como processo sempre em construção, cujos resultados

serão gradativos e mediatos.

Partimos do pressuposto que ao ser discutido, elaborado e assumido coletivamente,

oferecerá garantia visível e sempre aperfeiçoável da qualidade esperada no processo

educativo, ao mesmo tempo que o sinalizará como construção coletiva dos sujeitos

envolvidos.

Tão essencial quanto a construção desta proposta pedagógica, será cultivá-la como

fonte de inspiração criativa e crítica, pois sua existência não encerra o processo nem

acarreta resultado final, mas sempre fará reiniciar a discussão no meio termo entre

"envolvimento e criatividade crítica", " avaliação e aperfeiçoamento".

E ainda, ao se constituir como processo, indica e reforça a função precípua da

direção da escola e da equipe técnico administrativa de cuidar da política educacional, do

alcance e da globalidade do processo educativo na escola, e de liderá-lo administrando a

consecução de suas metas e objetivos.

Concordamos com Ilma Passos Veiga, quando afirma que "é preciso entender o

projeto-político pedagógico da escola como uma reflexão de seu cotidiano. Para tanto, ela

precisa de um tempo razoável de reflexão e ação, para se ter um mínimo necessário à

consolidação de sua proposta" ( VEIGA, 2000, p.33 ).

Tudo isto parece uma utopia em educação?

Acreditamos que não.

Afinal para que serve a utopia?

Essa resposta nos é dada por um autor desconhecido:

A utopia está no horizonte!

Avanço dois passos, ela se afasta dois passos...

Avanço cinco passos , ela se afasta cinco passos ...

Avanço dez passos ela se afasta dez passos ...

Então, para que serve a utopia?

SERVE PARA A GENTE CAMINHAR...

Page 90: A Escola Estadual Professora Hália Terezinha Gruba - Ensino

86

13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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14 ANEXOS

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92