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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM PROFESSORA: MARINÊS DA SILVA

A Importancia Do Ludico No Processo Ensino Aprendizagem

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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

PROFESSORA: MARINÊS DA SILVA

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O LÚDIO NA EDUCAÇÂO INFANTIL• A importância do Lúdico para o desenvolvimento e aprendizagem tem sido objeto de

discussões, pois inserem as crianças no mundo da fantasia e da brincadeira, onde o Lúdico oferecerá uma essência de divertimento fundamental para o aprendizado.

• Segundo Murcia: “as crianças sempre usarão algum jogo para passar o tempo ou para sua diversão, onde o jogo vai expressar algo vital para o ser humano (como meio de eliminar o seu excesso de energia)” (2005, p. 46) apud Orlick (1990) afirma que: “jogar é o meio ideal para uma aprendizagem social positiva, pois é natural, ativo e muito motivador para a maior parte das crianças. As brincadeiras envolvem de modo constante as pessoas nos processos de ação, reação, sensação e experimentação”.Os conteúdos devem contemplar, portanto, atividades que evidenciem essas competências devem promover valores. Os jogos e atividades de ocupação de espaço devem ter lugar de destaque nos conteúdos, pois permitem que se ampliem às possibilidades de se posicionar melhor e de compreender os próprios deslocamentos, construindo representações mentais mais acuradas do espaço.Também nesse aspecto, a referência é o próprio corpo da criança e os desafios devem levar em conta essa característica, apresentando situações que possam ser resolvidas individualmente, mesmo em atividades em grupo.

• O Lúdico desempenha um papel fundamental no aprendizado. Mas, não é o único componente do jogo. Existem outras funções para o mesmo, como competição e passatempo, contudo, independentemente de isso ser bom ou ruim, o que deve ser visto no jogo são seus aspectos criadores e não os negativos. Assim, buscar-se eliminar quaisquer vestígios de vulgarização da existência, vendo no jogo a possibilidade do exercício da criatividade humana (HUIZINGA, 1971).

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BRINCAR

– Para aprofundar o conhecimento e compreender o que nos parece confuso, é que a reflexão e a busca constante por aprimoramento das aulas se tornam importantes, pois o processo de ensino e aprendizagem é muitas vezes monótono e repetitivo com teorias prontas e acabadas. No entanto, esse espaço pode dar lugar ao diálogo e à construção do conhecimento em conjunto entre professor e aluno dinamizando e buscando meios novos de compreender os assuntos serem desenvolvidos.

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O BRINCAR E A APRENDIZAGEM

• O principal problema quando tentamos discutir o brincar e a aprendizagem é que a primeira tarefa difícil, conforme sugerido por Wajskop (1995) é a de distinguir entre o brincar e os comportamentos de brincar. O brincar é, portanto, o processo quanto modo: como as crianças e os adultos consideram certos objetos ou eventos indica se eles estão ou não agindo de maneira lúdica.

• Qualquer coisa pode ser realizada de maneira lúdica, seja qual for a “categoria” ou o nível de atividade envolvida, e é possível que adultos e crianças mudem dentro de uma mesma situação, de lúdico para sério, e vice versa. O mais importante é que isso pode, ou não, ficar óbvio para um observador.

• Especialmente na escola, segundo Oliveira (2000), é improvável que as crianças consigam se expressar, devido a constrangimentos temporais e interpessoais, de forma tão competente, consistente e aberta como fazem em casa. Os professores encontram outros problemas quando tentam avaliar o que a criança realmente esta aprendendo a partir do comportamento de brincar exibido.

• Para Oliveira (2000) dizem também que as crianças ocupadas com uma atividade raramente conseguem participar de conversas intelectualmente desafiadoras, porque sua atenção esta dirigida para a tarefa. Os professores precisam inferir, a partir de suas atitudes externas, concentração, expressões faciais, motivação aparente, e assim por diante, qual esta sendo sua provável aprendizagem; de outra maneira, como eles podem saber que ensino e aprendizagem são necessários. Kishimoto (1994), diz sobre a análise do nosso próprio brincar: “As escolhas de oportunidade lúdicas que fazemos habitualmente, sem refletir, podem, se refletirmos a respeito, ser psicologicamente informativas sobre nós mesmos e podem sugerir uma série de questões muito interessantes sobre o significado psicológico dessas escolhas”. (1994, 29).

• No contexto do presente modelo, precisamos reservar tempo para explorar as necessidades explicitadas pelo brincar, assim como tempo para conversar sobre ele, ampliando a aprendizagem .

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LÚDICO

• por meio do brincar dirigido. A oportunidade para avaliar as respostas, compreensões e incompreensões da criança se apresenta nos momentos mais relaxados do brincar livre.

• A maior aprendizagem está na oportunidade oferecida à criança de aplicar algo da atividade lúdica dirigida a alguma outra situação. Cunha (1994) explica claramente suas idéias em relação a este aspecto quando diz que “o brincar, como uma atividade, está constantemente gerando novas situações. Não se brinca apenas com e dentro de situações antigas”.

• No caso das crianças pequenas, as incidências de aprendizagem podem ser muito pequenas, mas são elas que fazem a criança avançar um estágio ou mais na aprendizagem. E são essas aprendizagens que, livres do constrangimento do ensino ou da aprendizagem explícita, podem ser verdadeiramente consideradas como brincar, pois como dizem Pourtois & Desmet (1999, p. 52), “a exploração tende a preceder o domínio, que tende a preceder o brincar, e nem sempre é fácil distingui-los”. Por meio do brincar livre, exploratório, as crianças aprendem alguma coisa sobre situações, pessoas, atitudes e respostas, materiais, propriedades, texturas, estruturas, atributos visuais, auditivos e cinestésicos. Por meio do brincar dirigido, elas têm uma outra dimensão e uma nova variedade de possibilidades estendendo-se a um relativo domínio dentro daquela área ou atividade.

• Por meio do brincar livre subseqüente e ampliado, as crianças provavelmente serão capazes de aumentar, enriquecer e manifestar sua aprendizagem. Quanto mais jovem a criança, mais provável que seja necessário o brincar mais exploratório, mas isso depende do contexto geral e exploratório em suas experiências pré-escolar, em casa ou com companheiros de brincadeiras. Elas então chegam à escola possivelmente com expectativas muito diferentes em relação ao “brincar”.

• Qualquer pessoa que já tenha observado ou participado do brincar infantil por certo período de tempo perceberá imediatamente que as crianças nem sempre utilizam uma variedade toa grande de materiais e atividades como freqüentemente se sugere. Às vezes elas restringem bastante os recursos, manipulando-os dentro de um estreito intervalo de possibilidades potenciais, e precisam ser estimuladas a usá-los de outras maneiras e para outros propósitos.

• Os jogos e brincadeiras no trabalho psicopedagógico muito podem contribuir na prática pedagógica, atingindo diferentes faixas etárias. Variando desde de brincadeiras já conhecidas da criança até a criação de novos jogos.

• Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil,

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CRIANÇA

[...] brincar é uma das atividades mais importantes para o desenvolvimento da identidade e da autonomia das crianças [...]”, além de [...] “desenvolver habilidades importantes como a atenção, a imitação, a memória e a imaginação, o aluno também amadurece a capacidade de socialização por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais (1998, p. 22).

• A brincadeira permite pensar, construir, decidir, experimentar, sentir emoções, cooperar, descobrir, aceitar limites, competir. Nas brincadeiras as crianças ficam frente a frente com situações já vividas pelos seus pais. Segundo Benjamin, citado por Porto (2003), “o brinquedo, mesmo quando não é apenas miniatura de objetos que circulam no mundo dos adultos, é confronto, não tanto da criança com os adultos, mas destes com a criança”.

• Lembrando que quando a criança cria um jogo ou o confecciona, a motivação é sempre maior, fazendo com que ela se sinta valorizada, principalmente as tímidas e com baixa estima.

• Estes recursos possibilitam às crianças manifestarem curiosidades sobre os conhecimentos já adquiridos, bem como a exploração de vários materiais que são colocados a sua disposição, pois jogando e brincando, a criança assimila conhecimentos, experiências e valores, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo.

• Segundo Araújo, (1992, p. 14), é de fundamental importância o jogo na vida da criança, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos e mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade e satisfação pelo que faz, dando, portanto, real valor e atenção às atividades vivenciadas naquele instante.

• Conhecendo o valor educativo contido nos jogos e brincadeiras, o educador poderá alcançar um desenvolvimento globalizado, atingindo necessidades de seu aprendiz, de forma que este seja um sujeito ativo na construção de seu conhecimento, pois o encanto natural das crianças de todas as idades e realidades sociais pelo brincar, nos fez pensar na importância dos jogos e brincadeiras como parceiros do processo de ensino-aprendizagem. “Os brinquedos são suporte para a mediação do professor que desafia o raciocínio das crianças, tornando possível que o aprender-descobrindo aconteça dentro de um contexto”. (Amae Educando, 1996, p. 7)

• Ressaltando que o êxito do ensino aprendizagem depende em grande parte, da interação professor-aluno, devemos alertar que o professor é um facilitador da aprendizagem e assim deverá criar condições para que a criança explore seus movimentos, manipule materiais e interaja com seus companheiros e assim, resolva situações problemas. E que guie seus alunos para ações participativas em tarefas e atividades que o façam se aproximar mais dos conteúdos programados.

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Aprendizagem

• As crianças brincam, transformando os brinquedos, reelaborando-os criativamente. Combinando os dados da própria experiência, elas constroem uma nova realidade equando as crianças brincam entre si, ou sozinhas, não estão “perdendo tempo”, mas sim construindo uma série de conhecimentos e de habilidades importantíssimas, ao mesmo tempo que podem reviver e resolver uma série de conflitos emocionais, brincando na presença de adultos que se interessam por seus jogos. (Rischbieter, 2000, p.98)

• O ato de brincar, jogar, criar e imitar é um meio para que as crianças se apropriem da cultura corporal na qual estão inseridas, contribuindo assim para o desenvolvimento de relações interpessoais na sala de aula e fora dela. Em um ambiente organizado os jogos e brincadeiras auxiliam as interações, o desenvolvimento cognitivo e a autonomia das crianças.

• É importante estimular uma mudança na postura pedagógica dos profissionais que atuam nesta modalidade de ensino, bem como alertar as instituições educacionais a investir na formação de seus profissionais para que incorpore o lúdico na proposta pedagógica, dando assim suporte para que estas atividades possam contribuir no desenvolvimento das funções psiconeurológicas e as operações mentais envolvidas em cada uma delas.

• Acreditamos que as brincadeiras de outras décadas que fizeram crianças felizes e permanecem em alguns lugares são: a pipa, a bicicleta e a bola. “Brincar não constitui perda de tempo, nem é simplesmente uma forma de preencher o tempo. A criança que não tem oportunidades de brincar esta como um peixe fora d’água.” (Martins, 2005, p.181)

• Também os estudos de Piaget e Vygotsky trazem a baila o valor do brinquedo e da brincadeira para o conhecimento e desenvolvimento infantil. Através de estudos, basicamente sobre conhecimento, Piaget acreditava que o mesmo se forma aos poucos e que são os próprios indivíduos que os constroem progressivamente no decorrer das atividades do sujeito com o meio, atreladas ao jogo espontâneo como incentivador e motivador no processo de aprendizagem. De acordo com Moyles ( 2002, p.37). “O brincar é o principal meio de aprendizagem da criança [...] e esta gradualmente desenvolve conceitos de relacionamentos causais, o poder de discriminar, de fazer julgamentos, de analisar e sintetizar, de imaginar e formular.

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O BRINCAR NA CONCEPÇÃO DE VYGOTSKY

• Então, vamos conhecer a opinião de Vygostky (1991) sobre o• desenvolvimento da criança e evidenciar a importância do lúdico, do brincar,• na sua formação.• A criança, enquanto bebê, é quem por mais tempo depende• de um adulto para sobreviver. A pessoa responsável pela• criança durante esse período de dependência é de suma• importância para a sobrevivência, pois o bebê é o mais• indefeso dos filhotes.• Vygotsky admite que, no começo da vida de uma criança, os• fatores biológicos superam os sociais. Aos poucos a integração• social será o fator decisivo para o desenvolvimento do seu• pensamento.• Desde que nasce a criança está em contato com os adultos,• e estes irão mediar a relação dela com o mundo. Os adultos

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CONCEPÇÃO

• abrirão as portas da cultura para a criança. O comportamento• da criança, com certeza, será influenciado pelos costumes da• cultura daqueles que a cercam (NEVES, 2004, p. 13).• Vygotsky (1991) entende que a relação do homem com o mundo não• é uma relação direta, passiva e determinista, pois toda a relação é mediada• por instrumentos ou signos construídos nas relações sociais e culturais. O uso• desses recursos é específico da espécie humana.• Os instrumentos têm a função de regular as ações dos homens sobre• o mundo, permitindo que este os modifique. São exemplos de instrumentos• os talheres que utilizamos para nos alimentar, os tipos de automotores que• possibilitam nossa locomoção, os materiais e máquinas que facilitam nossos• trabalhos.• Os signos, por sua vez, permitem o controle e a regulação das• atividades psíquicas do indivíduo e entre indivíduos. Os signos são construídos• culturalmente, especialmente por meio da língua e das regras compartilhadas,• por isso são convencionais e, na maioria das vezes, arbitrários. Auxiliam na• comunicação entre os indivíduos, no intercâmbio social, na resolução de• problemas comuns, na possibilidade de categorizar e de representar o mundo.• São exemplos de signos a representação gráfica (como as placas de trânsito),• os sistemas numéricos, as diferentes línguas (COLL; MARCHESI; PALÁCIOS,• 2004; REGO, 1995).• É por meio de signos e instrumentos, construídos culturalmente,• que ocorrem o acolhimento, a inserção, o aprendizado e a possibilidade• de desenvolvimento dos indivíduos. Assim, vale afirmar que os signos e os

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instrumentos permitem as relações entre os sujeitos e por isso são consideradoselementos de mediação. Não esqueça que, para Vygotsky (1991), todas asrelações são mediadas.Para Vygotsky (1991), a brincadeira é a porta do mundo adulto. O autorcompreende que a brincadeira é:

uma atividade social da criança, e através desta a criançaadquire elementos indispensáveis para a constituição de sua

personalidade e para compreender a realidade da qual fazparte. Ele apresenta a concepção da brincadeira como sendoum processo e uma atividade social infantil (NEVES, 2004, p.

14).

Ressaltamos, porém, que não podemos apreciar Vygotsky comoum estudioso do desenvolvimento infantil. Vygotsky pesquisou as fasesdo desenvolvimento da criança. Ele é considerado um teórico que buscacompreender os processos humanos superiores, por isso, para entender acriança, o pesquisador orientava que se deveria observar a criança ao brincare aprender.

Para Vygotsky (1991), não podemos dividir o desenvolvimento infantilem estágios ou etapas, pois a atividade humana pode modificar a natureza e a

sociedade.

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A habilidade de aprender com o passado para interferir no presentenão nasce com o homem, mas a partir dos três anos de idade a criança é capazde perceber que determinadas situações só poderão ser aprendidas nofuturo, e outras, imediatamente.A partir dos três anos de idade, Vygotsky (1991) descreve que inicia oprocesso imaginativo da criança. Só a partir dessa idade é que a imaginação, afantasia aparece na criança, surgindo a partir da ação. O início ao mundo adultose dá através da interação com a brincadeira.Na brincadeira, a criança cresce socialmente, aceita as atitudes e ashabilidades importantes para conviver em seu grupo social. No ato de brincar,a criança pode prever os seus papéis e os seus valores futuros.“A imaginação vai ajudá-la a expandir as suas habilidades conceituais. Acriança, na sua função imitativa, aprende a conviver com as atividades culturais;empregando a brincadeira ela estará estimulando o seu desenvolvimento,aprendendo as regras dos mais velhos” (VYGOTSKY, 1991, p.98)

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APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO• Aprendizagem e desenvolvimento são questões relevantes que• devemos estudar. Segundo Vygotsky (1991), é nessa relação que a criança• começa a aprender. Lembrando que esse aprender inicia muito antes da• criança começar a fase de escolarização.• No processo de desenvolvimento da criança pressupõe-se que a influência

entre os fatores biológicos, sociais e psicológicos possibilite o• acontecimento de modificações qualitativas. A criança recebe os estímulos• necessários para a sua atividade a partir do meio e pertence a um grupo social• no qual interage com outras pessoas, o que proporciona mudanças em seu• desenvolvimento.

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Vygostky (1991) afirma que o ser humano encontra-se subordinadoa uma dupla modificação em sua evolução, seja ela de fatores biológicos oude fatores sociais, pois ele só se define como humano ou se completa comohumano através do social.Assim, como um indivíduo histórico, o ser humano contesta os assuntoseficazes lembrados pela sociedade. Wallon (1978) percebe o sujeito comouma totalidade, que é entendida tanto em relação à sociedade, em que oindivíduo está inserido, como em relação ao seu próprio ser, ou seja, a totalidadedo indivíduo em suas dimensões afetivas, motoras, sociais e cognitivas. Osconceitos de ser humano histórico e de totalidade estão diretamente voltadosao materialismo.Para poder avançar na explicação de uma determinada maneira deperceber o desenvolvimento, necessitamos elucidar alguns conceitos.Referimo-nos aqui a três conceitos muito relacionados: maturação,desenvolvimento e aprendizagem.Quando falamos de maturação, estamos nos referindo às modificaçõesque acontecem ao longo da evolução dos indivíduos, as quais se baseiamna mudança da estrutura e da função das células. Assim, podemos falar,por exemplo, de maturação do sistema nervoso central, mediante a qual

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são criadas as condições para que haja mais e melhores conexões nervosasque permitam uma resposta mais adaptada às necessidades crescentes dosujeito, ou seja, podemos descrever que a maturação está estritamenteatrelada ao crescimento (que corresponderia basicamente às mudançasquantitativas: alongamento dos ossos e aumento de peso corporal) e,portanto, aos aspectos biológicos, físicos, evolutivos das pessoas.Quando falamos de desenvolvimento, referimo-nos explicitamenteà formação progressiva das funções propriamente humanas (linguagem,raciocínio, memória, atenção, estima). Trata-se do processo mediante o qualse põem em andamento as potencialidades dos seres humanos. Ponderamosque é uma ação inacabável, que produz uma série de saltos qualitativos quelevam de um estado de menos capacidade (mais dependência de outraspessoas, menos possibilidades de respostas) para um de maior capacidade(mais autonomia, mais possibilidades de resolução de problemas de diferentes tipos, mais capacidade de criar).Finalmente, queremos destacar as características do conceito deaprendizagem.Mediante os processos de aprendizagem, incorporamos novosconhecimentos, valores e habilidades que são próprias da cultura e dasociedade em que vivemos. As aprendizagens que incorporamos fazemnosmudar de condutas, de maneiras de agir, de maneiras de responder.São produto da educação que outros indivíduos, da nossa sociedade,planejaram e organizaram, ou melhor, do contato menos planificado, nãotão direto, com as pessoas com quem nos relacionamos.

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AS REGRAS DO BRINCAR• Para Vygostky (1991), o brincar, no desenvolvimento infantil, deve• ser sempre proporcionado de forma prazerosa. Porém, em determinados• momentos, isso não acontece, o que acaba desagradando a criança, pois o ato• de ganhar ou perder, no final, pode ser muito desagradável para elas.• A criança satisfaz algumas de suas necessidades usando o brinquedo. As• ações que realiza estão diretamente relacionadas com suas necessidades, com• suas motivações e também de acordo com o seu desenvolvimento.• Na inocência do mundo, com suas motivações e também de acordo• com o seu desenvolvimento, na inocência do mundo infantil, a criança quer• saciar seus desejos e não possui ainda o sentido da temporalidade, e por isso• desconhece a noção de futuro.• Posteriormente, quando já está recebendo na escola a educação infantil,• ela descobre que existem muitas necessidades a serem satisfeitas, e se não• fossem os brinquedos, isso não seria possível.• Ela se envolve com o mundo da ilusão, do imaginário . Esse mundo é• o brinquedo. Entretanto, nem todos os desejos e necessidades da criança• podem ser totalmente atingidos usando os brinquedos, ou o imaginário.

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No desenvolvimento da criança, essa mudança é gradual. É importanteobservar que a criança modifica as regras em desejos através do brinquedo.

FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com>. Acesso em: 16 jul. 2012.

FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com>. Acesso em: 16 jul. 2012.

FIGURA 1

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IMITAÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com>. Acesso em: 16 jul. 2012.

FIGURA 2

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Através da brincadeira, a criança pode reproduzir a realidade. Porexemplo, ao brincar de papai e mamãe, ela reproduz seu cotidiano. Assim,podemos definir a imitação como um feitio da criança em poder relembrar.Já com o brinquedo podemos observar que a criança recorda situações concretas, ou seja, situações já vivenciadas.

FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com>. Acesso em: 16 jul. 2012.

FIGURA 3

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FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com>. Acesso em: 16 jul. 2012.

FIGURA 4

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FAZ DE CONTA• O símbolo se alicerça na

construção do real. O brinquedo, entendido

• como suporte material da brincadeira, estimula a representação, a expressão

• de imagens, ao mesmo tempo que evoca aspectos da realidade vivida pela

• criança, pois representar significa colocar no presente situações do passado.

• Brincar de faz de conta é substituir o real.

FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com>. Acesso em: 16 jul. 2012.

FIGURA 5

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O desprazer pode acontecer na forma como a criança vivencia essebrincar. Podemos constatar isso quando ela adentra em uma disputa e nãoalcança o resultado esperado, ou seja, ganhar. Assim, a derrota passa a ser umprocedimento doloroso.Além da derrota, o esforço efetivado pode ainda fazer com que elasinta sensações que não lhe tragam o prazer, por exemplo, quando as regrasadquirem ação principal no jogo, vemos que a tensão aumenta sensivelmentena brincadeira.

FONTE: Disponível em: <http://www.corbisimages.com>. Acesso em: 16 jul. 2012.

FIGURA 6

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REFERÊNCIAS

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