Upload
internet
View
109
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
A INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA EM SURTOS DE
HEPATITE A
Passos da Investigação,Notificação e Sistema de
Informação
Maria Bernadete de Paula Eduardo
Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar - DDTHA - CVE/SES-SP
03.06.02
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
DIFICULDADES:– Grande parte das infecções são
assintomáticas (formas sub-clínicas);– Quadros leves (anorexia, náusea, febre,
etc.) sem icterícia (formas anictéricas);– alto potencial de alastramento
[contaminação fecal-oral: contato inter-humano (pessoa-a-pessoa) e por água/alimentos contaminados com fezes];
– Período de incubação longo: 15-50 dias (média 28-30 dias)
– Período de transmissibilidade: até a primeira semana da icterícia, com alguns casos até 6 meses após a doença
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
020406080
100120140
Número de surtos
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
Ano
Surtos de Hepatite A notificados ao CVE, ocorridos no estado de São Paulo - 1995-2001
Surtos
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
0500
10001500200025003000
Número de casos
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
Ano
Casos de Surtos de Hepatite A notificados ao CVE, ocorridos no estado de São Paulo, 1995-2001
Casos
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
29
125
5
80
1 18 1 2 225
222
2 18 4
384
1 6 222
2 100
100
200
300
400
Nº Surtos e Casos
DIR1
DIR5
DIR6
DIR7
DIR10
DIR12
DIR14
DIR15
DIR18
DIR21
DIR22
Números e respectivos casos notificados ao CVE, por DIR, ESP - 2001
Surtos Casos
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
0
100
200
300
400
500
Nº Casos
< 1a 1-4a 5-9a 10-19a 20-49a 50 a e + Ign
Casos de surtos de Hepatite A notificados ao CVE, por faixa etária, ESP - 2001
Casos
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
CENÁRIO:
• Detecção de casos/surtos de Hepatite A no município Y, DIR AY nos anos de 2000 a 2002
• (Fonte: Caso verídico)
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• Ano 2000 - 1º. Caso em 30/11/00 - total 3 casos até dezembro/00, sem dados suficientes para estabelecer a relação entre os casos. A incidência parece se elevar a partir daí (sem dados de anos anteriores). O CVE não recebeu notificação de surto de Hepatite A em 2000 deste município.
• Episódio marcante e que parece agravar: chuvas em 25.12.00 atingem vários bairros de periferia e várias famílias ficam desabrigadas.
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
DADOS LEVANTADOS:_________________________________________Ano Nº Pop**. Coef.
Casos* Incid./10 mil hab.
____________________________________________
2000 3 27.897 1,1
2001 162 28.812 56,2
2002 (Fev.) 23 29.521 7,8
Total 188
______________________________________(*) VE Y; (**) IBGE
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
QUEM É O MUNICÍPIO Y ?– Estância turística com cachoeiras/cascatas,
praias lacustres, lagoa, piscinas/toboágua, hotéis, vizinha de cidades turísticas
– Economia: turismo, bordado e agro-pecuária
– Saneamento: rede pública de abastecimento de água municipal; nº de domicílios com esgoto sem informação. Na periferia - uma rua com esgoto a céu aberto.
– 21 escolas/creches (15 públ., 6 part.)
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
DA NOTIFICAÇÃO:– Notificação de surtos– Creches/escolas/recintos fechados -
notificação do 1º. Caso para medidas precoces - investigação
– Detecção de vários casos esparsos - notificação/investigação
– VE (cidade, da Regional de Saúde e da Central) RECEBENDO A NOTIFICAÇÃO (uso do formulário 1 - VE-DTA)
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 1: A VE SE PREPARANDO PARA A INVESTIGAÇÃO EM CAMPO (Para ir a campo a equipe de VE deve):
• 1) conhecer a doença (quadro clínico, vias de transmissão, diagnóstico diferencial, condutas médicas, exames laboratoriais e complementares, tratamento, etc.);
• 2) munir-se de equipamentos e material necessário para a investigação;
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• PASSO 1: A VE SE PREPARANDO PARA A INVESTIGAÇÃO EM CAMPO (Para ir a campo a equipe de VE deve):
• 3) destacar pessoal adequado/perfil (equipe múltipla) para a investigação nos vários âmbitos;
• 4) estabelecer o papel e as tarefas de cada um na investigação;
• 5) agir com a maior rapidez/urgência.
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 2: ESTABELECENDO A RELAÇÃO ENTRE OS CASOS/EXISTÊNCIA DO SURTO
• Que informações adicionais a equipe de VE deve buscar na conversa telefônica com o notificante?
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 2: ESTABELECENDO A RELAÇÃO ENTRE OS CASOS/EXISTÊNCIA DO SURTO
• A) detalhar melhor o quadro clínico de cada paciente, faixa etária, história anterior
• B) saber que exames já foram feitos e se já tem resultados/diagnósticos diferenciais;
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 2: ESTABELECENDO A RELAÇÃO ENTRE OS CASOS/EXISTÊNCIA DO SURTO
• C) saber se há alguma relação entre os casos - história alimentar (refeição ou alimento suspeito, água, local onde faz refeições, restaurantes freqüentados), contato com esgoto, hábitos, ocupação dos pacientes, se freqüentaram o mesmo lugar, lagos, viagens, se há algum membro da família com sintomas semelhantes, contatos com outros casos na escola/trabalho (datas), condições da moradia, condições da creche, escola ou trabalho;
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 2: ESTABELECENDO A RELAÇÃO ENTRE OS CASOS/EXISTÊNCIA DO SURTO
• D) verificar se há casos semelhantes em outros hospitais/Unidades de saúde da cidade/há casos antecedentes na cidade (instituições fechadas)?
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 3: VERIFICAR O DIAGNÓSTICO– Esse diagnóstico é correto?
• Conferir os achados clínicos e laboratoriais
– Evidências epidemiológicas entre os casos
– Propor ou mesmo providenciar técnicas que ajudem no diagnóstico diferencial - testes específicos -sorologia
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 3: VERIFICAR O DIAGNÓSTICO•Quais os diagnósticos diferenciais?
–Síndromes ictéricas (colestase reacional por bacteremias, leptospirose ictérica leve, hepatites por drogas, substâncias tóxicas, etc.).
–Hepatites B, C e E–Surtos por aflatoxinas
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 4: DEFININDO E IDENTIFICANDO CASOS
• Estabelecer uma definição de caso:– 1) informação clínica sobre a doença;– 2) características das pessoas afetadas; – 3) informações sobre o local, e – 4) especificações sobre o tempo de
ocorrência do surto
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 4: DEFININDO E IDENTIFICANDO CASOS
• Definição de caso - clínica e exame laboratorial; elo epidemiológico
• Definição de surto - dois ou mais casos/mesma fonte de transmissão
• Surto de surtos - surtos de um patógeno comum circulante/fontes de transmissão
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• Caso primário: contato com uma fonte de transmissão (foco principal) - por exemplo, alimento, esgoto, creche, etc.. - Taxa de incidência dos casos primários
• Caso secundário: contato com um caso primário - por ex. via de transmissão pessoa-a-pessoa, em casa, etc..- Taxa de incidência dos casos secundários
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 4: DEFININDO E IDENTIFICANDO CASOS
INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS: • Tipo do local:
– Instituição fechadas:• Moradores (asilos, orfanatos, presídios) -
procedimentos internos• Centros/dia (creches, escolas) - procedimentos
internos/comunidade– Comunidade aberta:
• Ruas, bairros, condomínios (fontes de consumo água/alimentos, saneamento, meio ambiente)
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• Inquéritos/Questionários apropriados– sobre os pacientes
• nome, endereço completo, idade,sexo, data do início dos sintomas, sinais e sintomas, ocupação/endereço do local, contato com casos semelhantes, atendimento médico recebido, exames laboratoriais, evolução. História alimentar, hábitos alimentares [consumo de alimentos (verduras - hortas, frutas, água e procedência), locais das refeições, restaurantes], viagens, lazer, etc.. Caso primário ou secundário.
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• Inquéritos/Questionários apropriados– sobre os locais
• Moradia - condições sócio-econômicas do local, saneamento básico - água e esgoto, esgoto a céu aberto, rios, fossas, etc..
• Locais de trabalho/escola/creche: condições
• Viagens: lagos, piscinas, rios, etc..
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS:– Instituição fechadas:
• Moradores (asilos, orfanatos, presídios) - procedimentos internos
–métodos de higiene e limpeza do estabelecimento/uso de sanitários
–preparação dos alimentos/procedência dos alimentos/manipuladores de alimentos
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS:– Instituição fechadas:
• Moradores (asilos, orfanatos, presídios) - procedimentos internos
–água de consumo: bebedouros, caixa d’água ou outras fontes - cadeia de contaminação
–hábitos de lazer–ocorrências/agravantes
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS:– Centros/dia (creches, escolas) -
procedimentos internos/comunidade:
–métodos de higiene e limpeza do estabelecimento/uso de sanitários/uso de fraldas/lavagem das roupas/destino dos dejetos
–preparação dos alimentos/procedência dos alimentos/manipuladores de alimentos
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS:– Centros/dia (creches, escolas) -
procedimentos internos/comunidade:
–água de consumo: bebedouros, caixa d’água, bicas - cadeia de contaminação
–hábitos de lazer/brinquedos–ocorrências/agravantes–condições na comunidade
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
– Creche/Escola - potencial de disseminação e manutenção do vírus
– Comunidade - potencial de geração de casos e de contaminação
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 5: DESCREVENDO E ANALISANDO OS DADOS EM TERMOS DE TEMPO, LUGAR E PESSOA - EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA•Caracterizar o surto por tempo, lugar e pessoa:1) Informações sobre exposições suspeitas2) Compreender o surto pela tendência no tempo, lugar e na população --- gerar hipóteses e testar as hipóteses3) Organizar todo o tipo de informação obtida - nome de doentes, de médicos assistentes, laboratório para exames, restaurantes/refeitórios, serviços de saúde, hábitos da população, origem de produtos de risco, condições do saneamento, etc..
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• PASSO 5: DESCREVENDO E ANALISANDO OS DADOS EM TERMOS DE TEMPO, LUGAR E PESSOA - EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA
• Caracterizar o surto por tempo, lugar e pessoa:4) Mapas - da cidade para orientar investigações e
para distribuição dos casos
5) Informações demográficas, clínicas e fatores de risco/exposições
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
"Curva Epidêmica" - Casos de Hepatite A segundo o mês de ocorrência, Mun Y-SP, Nov. 2000 a Fev.
2002
1 28
48 6
12
28
4031
18
51 1
158
05
1015202530354045
Mês
Nº casos
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Fonte: VE Y/SMS
• Como desenhar uma Curva Epidêmica:
• 1) conhecer o início dos sintomas de cada pessoa (para algumas doenças com período curto de incubação, trabalhar com horas é mais apropriado);
• 2) O número de casos é plotado no eixo Y e a unidade de tempo no eixo X;
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• Como desenhar uma Curva Epidêmica:
• 3) Em geral a unidade de tempo é o período de incubação da doença (se conhecido) e o tempo de aparecimento/distribuição dos casos (hora, dia, semana, mês, ano); regra útil - selecionar uma unidade de tempo 1/4 a 1/3 do período de incubação (ex. Hepatite A - 15-50 = 4-16 dias).
• 4) Desenhar o período pré e pós-epidêmico
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• Como interpretar uma Curva Epidêmica:
• 1) Considerar a forma geral, a qual pode determinar o padrão da epidemia: fonte comum ou transmissão pessoa-a-pessoa, o tempo de exposição de pessoas suscetíveis e os períodos médios mínimo e máximo de incubação para a doença;
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• Como interpretar uma Curva Epidêmica:
• 2) Uma curva com um aclive e um declive e um gradual declive sugere uma fonte comum, um foco/ponto - “epidemia de ponto” onde as pessoas se expuseram por um breve período de tempo. Qualquer surgimento repentino de casos sugere uma fonte comum e os casos ocorrem dentro de um período de incubação;
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• Como interpretar uma Curva Epidêmica:
• 3)Quando a duração à exposição é prolongada a epidemia é chamada de “epidemia de fonte comum prolongada”, e a curva epidêmica terá um platô, em vez de um pico;
• 4) A disseminação pessoa-a-pessoa - “epidemia propagada”- deve ter uma série de picos mais altos progressivamente e cada um com seu período de incubação.
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• Como interpretar uma Curva Epidêmica:
• 5) Casos que surgem isolados: “remotos/afastados” - podem ser casos não relacionados com uma fonte comum ou pessoas que foram expostas mais precocemente que a maioria dos afetados - ex. um cozinheiro que testou seus pratos antes da refeição; pessoa que nadou no rio/lagoa antes da chuva inundar, etc..). Casos tardios isolados - período longo de incubação, exposição tardia em relação às demais pessoas, ou serem casos secundários - contato com um doente.
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• Como interpretar uma Curva Epidêmica:
• 5) Casos que surgem isolados: Os casos “remotos/afastados” devem ser examinados cuidadosamente para se ver se fazem parte do surto, pois podem ser devido a outras fontes não comuns a da maioria das pessoas envolvidas.
• Doenças como a Hepatite A - hospedeiro humano - o caso precoce isolado pode ser um cozinheiro que pode ser a fonte da epidemia.
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Curva Epidêmica - Distribuição dos Casos de Hepatite A por intervalos de tempo (16 dias), Mun
Y-SP, 2000 a Fev. 2002
1 26
2 3 17
4 3 4 6 5
161824
211415
6 41 1 0 0 2
58
52 0
05
1015202530
30.11.0
0
31.12.0
0
31.01.0
1
04.03.0
1
05.04.0
1
07.05.0
1
08.06.0
1
10.07.0
1
11.0
8.01
12.09.0
1
14.10.0
1
15.11.0
1
17.12.0
1
18.01.0
2
19.02.0
2
Dias
Núm
ero
de C
asos
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Curva Epidêmica - Distribuição dos Casos de Hepatite A por intervalos de tempo (16 dias), Mun
Y-SP, 2000 a Fev. 2002
05
1015202530
30.11.0
0
31.12.0
0
31.01.0
1
04.03.0
1
05.04.0
1
07.05.0
1
08.06.0
1
10.07.0
1
11.0
8.01
12.09.0
1
14.10.0
1
15.11.0
1
17.12.0
1
18.01.0
2
19.02.0
2
Dias
Núm
ero
de C
asos
Curva Epidêmica - Casos de Hepatite A em intervalos de 4 dias, Mun Y-SP, 2000 a Fev. 2002
0
2
4
6
8
10
12
30.11.0
020.1
29.0
129.0
118.0
210.0
330.0
319.0
49.0
529.0
518.0
69.0
729.0
718.0
87.0
927.0
917.1
06.11
26.1116.1
25.0
125.0
114.0
2
Cas
osINVESTIGAÇÃO DE SURTOS
DE HEPATITE A
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Curva Epidêmica - Casos de Hepatite A em intervalos de 4 dias, Mun Y, SP, 2000 a Fev. 2002
0
2
4
6
8
10
12
30.11.0
020.1
29.0
129.0
118.0
210.0
330.0
319.0
49.0
529.0
518.0
69.0
729.0
718.0
87.0
927.0
917.1
06.11
26.1116.1
25.0
125.0
114.0
2
Cas
os
• Caracterização por lugar:• Extensão geográfica do problema; pode
mostrar grupos de surtos/casos ou padrões que podem fornecer pistas para identificação do problema.
• Mapas dos casos, gráficos por áreas, escolas, ruas, bairros, etc.. O ideal é fazer o mapa por Taxa de Incidência dos casos.
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 5: DESCREVENDO E ANALISANDO OS DADOS EM TERMOS DE TEMPO, LUGAR E PESSOA - EPIDEMIOLOGIA
DESCRITIVA
Distribuição dos casos de Hepatite A por bairros, Mun Y, SP, Nov./00 a Fev./02
3 1 3 2 1 1 1 2 1
21
2 2 3 1 1 1
20
6 2
64
26
2 2 1 4 112
0
10
20
30
40
50
60
70
Alpes
B Vist
a
Centro
C ABC
C M
Cid. J
ardim Dt
Estânci
a FL HFJd
YM
ar
Nova
Nova Y Pa Pl R SC SB SD ST T VE
V. Hele
na
VnovaVpin NI
Bairros
Nº
Cas
osINVESTIGAÇÃO DE SURTOS
DE HEPATITE A
Fonte: VE Y/SMS
Distribuição dos casos por principais bairros de ocorrência e por mês, Mun Y, SP, 2001
0 1 1 0
53 4 4 3
0 0 01 0 0 1 0 1
64
24
25
14
16 17
57
1 0 00 0 0 1 1 1
68
2 2
0
5
10
15
20
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Mês
Nº
Cas
os HFRSDST
Fonte: VE Y/SMS
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Distribuição dos casos do Bairro HF por rua de ocorrência
2
5
2 2
4
3
2
1
0
1
2
3
4
5
6
A E ES LR LB PP CG JR
Ruas
Nº
Cas
os
Fonte: VE Y/SMS
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Distribuição dos casos do Bairro R por Ruas, Mun Y, SP, 2001
2
1 1 1 1
2
1
4
1
2
0
1
2
3
4
5
AF AZ AR B HC JEM ME PF H JN
Ruas
Nº Casos
Fonte: VE Y/SMS
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Distribuição dos Casos do Bairro SD por Ruas,Mun Y, SP, 2001
2
36
1 3
10
1 1 1 3 1 1 10
5
10
15
20
25
30
35
40
AD JE JMS MS RB AB ES EB H M O OFA
Ruas
Nº
Cas
os
Fonte: VE Y/SMS
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Distribuição dos Casos do Bairro ST por Ruas,Mun Y, SP, 2001
1
3
8
1
8
0
2
4
6
8
10
JE JMS JM RB OFA
Ruas
Nº
Cas
os
Fonte: VE Y/SMS
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Distribuição dos Casos por creche/escola e outros, Mun Y, SP, 2001
122
15 113
113 5
144
85
0102030405060708090
Cl CT C CE EEPGJAP
EEPGProfBM
EEPGVL
GT GD JN Outros
Escolas/Creches e Outros
Nº Casos
Fonte: VE Y/SMS
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Distribuição de Casos de Hepatite A por Bairros, Mun Y, SP, Jan./Fev. 2002
___________________________________
CM 1
E 1
FE 1 1
Mar 1 2 R. N C (1) e CV (1)
Nov 3 R. N C (3)
P F 1
R 5 R. P F (4) e A F (1)
SC 1
SB 1
ST 5 R. J M (4) e M L S S(1)
TSB 1
Não Informado 1
_______________________________
Total 23
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Distribuição dos Casos de Hepatite A por Creche e Escola segundo os Bairros de Procedência, Mun Y,
SP, 2001
0
5
10
Cl C/E C GD
Creches/Escolas
Número de Casos
D HF JD SP R SD STFonte: VE Y/SMS
Distribuição dos Casos de Hepatite A por Creches/Escolas e bairro de procedência, Mun Y,
SP, 2002
0
2
4
6
CT EEPG VLG EEPG JAP GD EEPG BMP
Creches/escolas
Número de Casos
Nova Mar SC E C M ST R SB PH
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Fonte: VE Y/SMS
Distribuição dos Casos pelas Principais Ruas de Ocorrência do Surto nos Bairros SD e ST, 2001
0
2
4
6
8
10
12
14
R. JE R. R B R. JM R. OFA
Ruas
Núm
ero
de C
asos
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Fonte: VE Y/SMS
Distribuição dos Casos de Hepatite A por Creches e Escolas, Mu Y, SP, 2001a Fev. 2002
25
17
58 6
14
5 4 2 2 2
21
02 04
9
0 2 4 6
0 0 0 0 10
5
10
15
20
25
30
GD GTJAP
BMP
JNT Cl
MFA VG
DraH
BB IBCER
Cr MAL
Tia L
Creches/Escolas
Cas
os20012002
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Fonte: Relatório VE Y
4 1
183
0
100
200
Cas
os
Poço Poçoarteziano
Rede públicade Água
Casos
Distribuição dos casos de Hepatite A segundo a origem do tipo de consumo de Água, Mun Y, SP,
2000 a Fev. 2002
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Fonte: VE Y/SMS
• Caracterização por pessoa:• Grupos de pessoas - faixa etária,
sexo, raça, ocupação, renda, tipo de lazer, uso de medicamentos, etc.. = suscetibilidade a doença e riscos de exposição
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 5: DESCREVENDO E ANALISANDO OS DADOS EM TERMOS DE TEMPO, LUGAR E PESSOA - EPIDEMIOLOGIA
DESCRITIVA
Distribuição dos casos segundo faixa etária Mun Y, SP, 2001
27
94
14 8 8 3 2 3 1 2 1 20
20
40
60
80
100
1-4a 5-9a 10-14a 15-19a 20-24a 25-29a 30-34a 35-39a 40-44a 45-49a 65-69a 70a e+
Faixa Etária
Nº
Cas
os
Fonte: VE Y/SMS
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 5: DESCREVENDO E ANALISANDO OS DADOS EM TERMOS DE TEMPO, LUGAR E PESSOA - EPIDEMIOLOGIA
DESCRITIVA
Coef. Incidência por 10 mil Hab. da Hepatite A, Mun Y, SP, Anos 2000, 2001 e 2002
050
100150200250300350400
1-4a 5-9a 10-14a 15-19a 20-29a 30-39a 40-49a 65-69 70a e +
Faixa Etária
Coe
f. I
ncid
ênci
a
2000 2001 2002
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Fonte: VE Y/SMS
010203040506070
%
Masc. Fem. NI
Sexo
Precentuais de casos de Hepatite A segundo o sexo, Mun Y, SP, 2000 a Fev. 2002
2000 2001 2002
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
8973
0
20
40
60
80
100
Números de casos
Contato + Contato -
Distribuição dos casos de Hepatite A segundo a informação de ter tido contato com casos
semelhantes ou não, Mun Y, SP, 2001
Casos
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Fonte: VE Y/SMS
Informações complementares que ajudam:
• Rastrear resultados laboratoriais de casos de Hepatite A nos laboratórios, de períodos anteriores
• Levantar casos anteriores de Hepatite A na cidade - prontuários médicos
• Analisar os gráficos de casos de diarréia (MDDA), dados de morbidade da AIH e mortalidade (SIM) de doenças relacionadas aos fatores de risco
• Construir o quadro-resumo dos casos/surto
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Sinais e Sintomas LaboratórioCaso#
Iniciais Idade DataNotifi-cação
DataInícioSinto-mas
Fontesuspei-
ta*
DataConta-
to
Diagnóstico
N V A F UE I O HA IgM Outros
LocalDoContato
FazpartedoSurto?
1 ASF 1a 06.06 04.06 Lagoa 05.05 Hep A + + + + + + + AST Lagoa Sim 12 AB 2a 06.06 04.06 Lagoa 05.05 Hep A + - + + + + + ALT Lagoa Sim 13 WDF 4a 12.06 10.06 Esgoto 02.06 Não Hep - - + - - + D + ALT Rua Não4 JSF 11m 12.06 10.06 Esgoto 02.06 Não Hep + + + - - + PR - ALT/AST Rua Não5 ADA 3a 14.06 10.06 Pessoa 08.05 Hep A + - + + - - + ALT Creche Sim 16 ILA 22a 14.06 12.06 Pessoa 07.05 Hep A + - + + + + + ALT Creche Sim 17 MSA 45a 15.06 10.06 Alimento 28.05 Hep A + - + + - - + ALT Restaur Sim 28 LLA 4a 16.06 10.06 Alimento 28.05 Hep A + - + + - - + ALT Restaur Sim 29 NJ 12a 17.06 10.06 Pessoa 01.06 Hep A + + + + + + + ALT Resid Sim 110 RSV 11a 18.06 14.06 Pessoa 29.05 Hep A + - + + + + + ALT Resid Sim 111 JSD 5a 18.06 14.06 Lagoa 27.05 Hep A + - + + + + + Lagoa Sim 112 ASV 9a 18.08 16.06 Esgoto 04.06 Hep A + + + + + + + AST Rua Não
(*) Local, alimento ou pessoa-a-pessoaN = náuseas; V = vômitos; A = anorexia; F = febre; UE = urina escura; I = icterícia; O = Outros (registrar o sintoma; por ex. D = diarréia; PR =problemas respiratórios, etc.)
Quadro-Resumo fictício, a título de exemplo:
INFORMAÇÕES OBTIDAS (relatórios e informações verbais):
• Sistema de água - captação de águas da serra com tratamento; outro braço é captado da serra e sem tratamento se mistura em determinado ponto com a água já tratada; 2 bicas na cidade; análise do Pró-Água - normal (rede pública); 1 caso/poço c/ coliformes.
• 1 Hotel despejava esgoto sem tratamento no rio
• Esgoto é jogado no rio (sem tratamento?)
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
INFORMAÇÕES OBTIDAS (relatórios e informações verbais):
• Erosão na R. JE (Bairro de ST e SD) com rompimento do esgoto - cratera de 40 m x 30 m (lagoa). Data do rompimento = 25/12/00
• Merenda escolar: cozinha piloto• Leite consumido: pasteurizado• Verduras: sem informação da procedência
(hortas, águas de irrigação, etc.)• Inspeções sanitárias nas creches/escolas
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
INFORMAÇÕES OBTIDAS (relatórios e informações verbais):
• Escola GD e Creche MA, mais atingidas, ambas do Bairro ST .
• Creche mais atingida - filtro de entrada quebrado/limpeza de caixas d’água
• IG não aplicada• Sorologias realizadas - 162 em 2001; 4 em 2002
(de 23 casos) • Distribuição de hipoclorito• Orientações/palestras, divulgação na imprensa,
reuniões,visitas domiciliares, etc.• Não foi feito estudo de caso-controle ou coorte
para fatores de exposição (RR ou OR, etc.)
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
INFORMAÇÕES ANALISADAS E ALGUMAS CONCLUSÕES:
• Bairros ST e S D - com população de baixa renda; favela sem saneamento básico, catadores de papel; lixão próximo; cratera de esgoto a céu aberto na R. JE, chuvas agravam o problema? (índices pluviométricos?) - esses bairros contribuíram com 90 casos (48%) do total de 188; 36 dos 90 casos freqüentavam creches/escolas - 40% e 60% não; 37 casos (41%) dos 90, residiam na R. JE.
• Bairro R e HF - contribuíram com 41 casos (21%) do total de 188; 15 casos freqüentavam creches/escolas
• Os 4 bairros contribuíram com 70% dos casos
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• Tempo: curso da epidemia - epidemia prolongada e propagada, platô junho a setembro de 2001 e vários picos (fonte comum e pessoa-a-pessoa)
• Lugar: extensão geográfica do problema - 4 bairros mais atingidos sendo os SD e ST com as maiores proporções de casos. Rua com maior proporção de casos - R. JE - corta os dois bairros
• Pessoas: grupo de crianças de 1 a 9 anos, exposição aos fatores de risco - alimento?, esgoto/cratera?, água, lagoa/cascatas?
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
• A partir dos primeiros dados já começamos a desenvolver hipóteses para explicar o surto - o por que e como ocorreu, assim como, a partir dos primeiros dados as medidas devem ser tomadas em relação aos pacientes, aos comunicantes domiciliares/trabalho/creche/escola (IG) e em relação a prevenção de novos casos (atuação nas fontes comuns suspeitas).
PASSO 6: DESENVOLVENDO HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
As hipóteses devem ser testadas em várias direções:
– Conhecimento sobre a doença/agente/formas de transmissão, fatores de risco - compatibilidade
– Conjunto de informações que mostram a viabilidade das hipóteses
– Na revisão de diagnósticos - outras possíveis exposições
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 6: DESENVOLVENDO HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
– Curva epidêmica - período de exposição– Mediana do período de incubação de
cada caso (contato com fonte ou pessoa doente e início dos sintomas) compatível ou não com a doença.
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 6: DESENVOLVENDO HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
Curva Epidêmica - Casos de Hepatite A em intervalos de 4 dias, Mun Y, SP, 2000 a Fev. 2002
0
2
4
6
8
10
12
30.11.0
020.1
29.0
129.0
118.0
210.0
330.0
319.0
49.0
529.0
518.0
69.0
729.0
718.0
87.0
927.0
917.1
06.11
26.1116.1
25.0
125.0
114.0
2
Cas
os
• Quais as hipóteses NESTE EVENTO?– Alimento? Refeições servidas nas
creches/escolas?– Esgoto/cratera?– Sistema de água?– Lagoa/cascatas?– Pessoa-a-pessoa?
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Avaliar a credibilidade das hipóteses - comparando dados/fatos - Métodos:
• Estudo Retrospectivo de Coorte: utilizado comumente para eventos ocorridos em espaços delimitados, populações bem definidas. Cada participante é perguntado se foi exposto ou não e se ficou doente ou não. Calcula-se a Taxa de Ataque (incidência da doença) e o Risco Relativo (RR) (Doença entre expostos e não expostos).
Como saber se o controle não teve Hepatite A?• Estudo aplicável, por exemplo, às creches e escolas
PASSO 7: AVALIANDO ASHIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
Avaliar a credibilidade das hipóteses - comparando dados/fatos - Métodos:
• Estudo de Caso-Controle: utilizado para populações não definidas, espalhadas. Selecionam-se os casos (pacientes) e buscam-se controles (sadios), perguntando-se sobre as várias exposições. Calcula-se matematicamente o risco de cada exposição, a Odds Ratio (OR) que representa a medida entre a exposição e a doença.
Como saber se o controle não teve Hepatite A?• Estudo aplicável ao município como um todo ou a bairros e
ruas.
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 7: AVALIANDO ASHIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
PASSO 7: AVALIANDO AS HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
Tabela 2x2
Hepatite A no Mun Y Exposição = 1...N
Doente Não doentes (-) Total
________________________________________________________
Expostos A B A + B
Não-expostos C D C + D
________________________________________________________
Total A + C B + D A + B + C + D
________________________________________________________
Tx Ataque 1 (Expostos) : A/A + B
Tx Ataque 1 (Não- Expostos) C/C + D
RR ou OR IC e outros testes estatísticos
• Quais as hipóteses mais prováveis NESTE EVENTO?– Alimento? Refeições servidas nas
creches/escolas?– Esgoto/cratera?– Sistema de água?– Lagoa/cascatas?– Pessoa-a-pessoa?
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 7: AVALIANDO AS HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
Se nenhuma dessas hipóteses for confirmada pelo estudo, reconsiderar e estabelecer novos estudos, buscar novos dados incluindo estudos de laboratório e ambientais.
PASSO 8: REFINANDO AS HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A
PASSO 9: IMPLEMENTANDO O CONTROLE E MEDIDAS DE PREVENÇÃO
O que ocorreu nos Bairros de SD e ST, no primeiro semestre de 2001 (recrudescendo em abril, maio?), ou mais especificamente na Rua JE?
O que as chuvas de dezembro de 2000 (ou as chuvas?) têm a ver com esta situação?
AS MEDIDAS DEVEM SER TOMADAS DESDE O COMEÇO DO SURTO:
PROFILAXIA DOS COMUNICANTES - interrupção da via pessoa-a-pessoa, proteção e prevenção de comunicantes domiciliares e do local de ocorrência, abrandamento da infecção (aplicação de IG e discussão da pertinência ou não da vacinação em grupos de risco).
FONTES SUSPEITAS----ERROS-----CORREÇÃO - Interromper a cadeia principal de infecção.
• Inspeção das creches e escolas - descrição das rotinas de funcionamento, de higiene,limpeza e desinfecção, troca de fraldas, sanitários, armazenamento da água, bebedouros, caixas de areia/brinquedos, lavanderia, preparação de alimentos, caracterização de sua população e procedência, saneamento básico na área da creche/escola e na área de procedência de sua população, etc.. - mudanças
• Inspeção ambiental dos bairros - lixo, água, esgoto, etc.. - correções
PASSO 9: IMPLEMENTANDO O CONTROLE E MEDIDAS DE PREVENÇÃO
• Procedência das verduras comercializadas nas quitandas e varejões: Regadas e adubadas como? Há hortas nos bairros?
• Qualidade da água do município - tipo de rede, tipo de tratamento, distribuição, etc..
• Educação da população• Alertas
PASSO 9: IMPLEMENTANDO O CONTROLE E MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Passo 10: Encerrando e Concluindo a Investigação Divulgando os achados e
medidas
O que foi feito no Mun Y para acabar com o surto/epidemia?
PASSO 10: ENCERRANDO E CONCLUINDO A INVESTIGAÇÃO DIVULGANDO OS ACHADOS E
MEDIDAS E ENVIANDO OS DADOS
FORMULÁRIOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO
DISQUE CVE
Município
RegiãoEstado
IALs
CENEPIOutros paísesAL
VE
VS
Utilizar os formulários do SVE DTA - Investigação de Surtos:
F 01 - Registro de Notificação
F02 - Inquérito coletivo de surto de DTA
F03A ou F03B - Ficha Individual de DTA (também pode ser utilizada a Ficha de Hepatites do SINAN)
F04 - Ficha de Identificação da Refeição/Fonte Suspeita
F05 - Relatório de Investigação de Surto de DTA e Ficha SINAN Surtos
NOTIFICAÇÃO DE SURTOS:
UBS, Hospitais, Laboratórios, Consultórios, Escolas, Creches, Cidadãos, etc.
Comunicar o que foi achado a todos os que precisam saber:
1) fazer um resumo e divulgar - descrever o surto, como ocorreu, clínica, laboratório, condutas, %, OR ou RR, o que vocês fizeram para controlar e impedir novos casos;
2) Discutir os achados com os médicos envolvidos no atendimento a pacientes, com professores, lideranças de bairro, moradores, visando a aumentar a notificação e os cuidados de prevenção;
3) Discutir com todas as autoridades locais e regional visando o aprimoramento do sistema de vigilância (epidemiológica e sanitária) e das medidas de controle;
4) A divulgação ajuda melhorar o conhecimento de todos e a gerar boas medidas de controle;
5) Discutir os achados com os pacientes, professores, comerciantes, população - medidas educativas e alertas
6) Enviar os dados para todos os níveis de VE e VISA
Passo 10: Encerrando e Concluindo a Investigação Divulgando os achados e
medidas
• Nosso endereço na Internet– http://www.cve.saude.sp.gov.br < DTA>
• Nossos telefones– 0800 - 55 54 66 (Disque CVE)– 0XX 11 3081-9804 (Divisão de Doenças
de Transmissão Hídrica e Alimentar)• Nosso e. mail
INVESTIGAÇÃO DE SURTOSDE HEPATITE A