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ACTUALIZAÇÃO EM SEPSE
NOME: SELMA AUGUSTA GARCIA DIOGO
MÉDICA INTERNA DO 3º ANO DE MEDICINA INTENSIVA
CLINICA MULTIPERFIL
LUANDA-ANGOLA
Sêpsis = putrefacao (do grego).
Citado nos poemas de Homero (700 a.C.)
Hipócrates = quadro clínico de “febre contínua,
superfície externa do corpo fria, sensação de calor e sede.
Agosto de 1991, Chicago, 1ª conferência de consenso
critérios para uniformizar a definição
Revisão em 2001
Introdução
Introdução
Após duas décadas da criação dos conceitos de sepse,
sepse grave e choque séptico (Sepse-1 de 1991 e Sepse-2
de 2001), uma nova definição, o Sepse-3.0, foi
apresentada no 45º congresso da SCCM e publicada no
JAMA.
Justificada pela necessidade de uma melhor definição baseada nos
avanços do conhecimento fisiopatológico da doença
Estimativas baseadas em estudos populacionais americanos
300/100 mil habitantes todo ano.
http://jama.jamanetwork.com
Definições de 1991
Sepse grave: sepse + disfunção orgânica ou hipoperfusão tissular
(hipotensão, frialdade, hiperlactacidemia, oligúria)
Choque séptico: sepse grave + hipotensão persistente (PAS < 90
mmHg) após fluidoterapia adequada, precisando vasopressores.
Definições 1991 (Sepse-1)
SRIS: Presença de 2 ou mais parámetros inflamatórios
(febre ou hipotermia, taquicárdia, taquipneia ou
PaCO2<32 e leucócitose).
Sepse: SRIS em resposta à um processo infeccioso confirmado
ou suspeito.
Definições 2001 (Sepse-2)
Definições 2016 (Sepse-3.0)
Sepse: disfunção orgânica secundária à resposta
desregulada do hospedeiro à infecção.
Disfunção Orgânica: aumento em 2 pontos no SOFA basal, em
consequência da infecção.
Choque Séptico: anormalidade circulatória e celular/metabólica
secundária à sepse, grave o suficiente para aumentar
significativamente a probabilidade de morte do paciente.
- Hipotensão vasopressores para manter PAM ≥ 65 mmHg ou
- Lactato ≥ 2 mmol/L, após adequada ressuscitação volêmica.
http://jama.jamanetwork.com
Escala De Triagem
quick SOFA (qSOFA)
A presença de duas alterações das três variáveis que compõem a
escala de triagem:
1. Queda do nível de consciência (1 ponto)
2. Frequência respiratória (FR) >22 ipm (1 ponto)
3. Pressão artéria sistólica (PAS) <100 mmHg (1 ponto)
http://jama.jamanetwork.com
.
SOFA
Escala de Avaliação Sequencial das
Disfunções Orgânicas)
1. Definição ampla de sepse
2. Dá ao diagnóstico de Sepse maior sentido de gravidade,
assim como acontece com o infarto do miocardio
3. Simplifica a terminologia (sepse e choque séptico)
4. Incorpora conhecimentos da fisiopatologia – resposta
desrregulada; e não apenas SIRS.
5. Validação dos escores em bases de dados grandes,
contra a opinião de especialistas.
6. Uso de meta analises e sistema DELPHI
Vantagens do Sepsis 3.0
Rev Bras Ter Intensiva
1. Diagnóstico tardio – disfunção orgânica (complicação)
2. Validação qSOFA – retrospectiva
3. Bases de dados usadas – apenas de países desenvolvidos
4. SOFA não é conhecido pela maioria de médicos não
intensivistas e que atendem o doente antes destes
5. Não inclui o lactato na avaliação.
Desvantagens do Sepsis 3.0
Rev Bras Ter Intensiva
Algoritmo Organizacional Para os Critérios Clínicos de
Sepse e Choque Séptico
- As novas diretrizes da Campanha de Sobrevivência à Sepse
Recomenda que:
1. As instituições tenham estratégias para deteção de pacientes com
sepse e instituam programas de melhoria da qualidade do atendimento
baseados em indicadores bem definidos.
2. Apesar de preconizada a utilização dos escores SOFA e qSOFA para o
diagnóstico da sepse, o não preenchimento dos critérios não deve atrasar
nem a investigação nem o tratamento.
Recomendações
Conclusão
A sepse permanece sendo um grande problema de saúde
pública. Devido ao envelhecimento populacional e maior
reconhecimento da síndrome, o número de casos está em
curva ascendente e é causa de alta morbimortalidade.
Em relação aos critérios de diagnóstico sugeridos,
aconselha-se o equilíbrio entre os critérios de sensibilidade
(SRIS) e os de especificidade (SOFA), para evitar viés de
seleção.
Bibliográfia
1.Singer M, Deutschman CS, Seymour CW, et al. The Third International Consensus
Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3). JAMA. 2016;315(8):801-810.
2. Seymour CW, Liu VX, Iwashyna TJ, et al. Assessment of Clinical Criteria for Sepsis:
For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3).
JAMA. 2016;315(8):762-774.
3. Surviving Sepsis Campaign. Educational Videos. Surviving Sepsis Campaign
Responds to Sepsis-3 [Internet]. [cited 2016 Mar 12]. Available from:
http://www.survivingsepsis.org/Pages/default.aspx
4. Chegando a um consenso: vantagens e desvantagens do Sepsis 3 considerando
países de recursos limitados. Instituto Latino Americano de Sepse - Associação de
Medicina Intensiva Brasileira - São Paulo (SP), Brasil Rev Bras Ter Intensiva.
2016;28(4):361-365
MUITO OBRIGADO