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6 brasil brasil de 21 a 27 de maio de 2015 Roberta Traspadini PARA ENTENDERMOS a situação dos professores da rede pública de ensino no Brasil atual, precisamos levantar ques- tões que nos remetam à gênese do pro- blema. As balas de borrachas são uma expressão dos múltiplos mecanismos de violência criados pelo capital contra o trabalho ao longo da historia. Há outras balas que geram hemorragias internas com vias à dependência dos trabalhado- res ao capital. 1. Por que a educação está em crise? Nunca existiu no Brasil a figura do Estado de bem-estar social presente em alguns países europeus e inerente à di- nâmica capitalista de guerra até mea- dos do século 20. Na América Latina, o Estado – figura central nas políticas de desenvolvimento dos anos de 1940 e 1950 – teve como substância a monta- gem da nação para os capitais nacional e internacional. A educação no inicio da industrializa- ção tinha uma função concreta: permitir a formação rápida de uma mão de obra pouco qualificada para os processos in- dustriais, dada a dinâmica interna de economia agrário-exportadora, latifun- diária, monocultora e escravocrata exis- tente. A educação, função do Estado, era pública, técnica e atrelada à necessidade de industrialização-urbanização, cujos subsídios originavam-se do FMI e do Banco Mundial. Educação técnica e funcional, eis o ins- trumento posto para a ordem e o pro- gresso do desenvolvimento nos anos de 1940-1950. Em 1940, o total de popula- ção com mais de 10 anos de idade era de 29.037.849 e 56,7% eram analfabetos. Dez anos depois, esse mesmo grupo che- gava 36.557.990, com 51,9% de analfabe- tos (IBGE). A industrialização atrelou-se à quali- ficação técnica de um grupo minoritário de pessoas frente ao expressivo núme- ro de trabalhadores do campo e da ci- dade no Brasil. O capital não tinha in- teresse em ser o protagonista desta po- lítica, uma vez que o processo de desen- volvimento centrado na industrialização Capital, tiros e educação ENSINO A simbiose Estado- capital explicita o desmonte concreto da educação pública como necessidade de reprodução social do capital não expressava, ainda, para a oligarquia agrária exportadora, um lucrativo em- preendimento. As frações da burgue- sia nacional manifestavam seu passado conservador, cujo presente e futuro não deixariam de lhe pertencer. Donos da terra, donos do Estado, donos dos pode- res locais. À medida que o imperialismo avançou e a exportação de capitais ficou nítida, os capitais financeiros atuantes na Amé- rica Latina começaram a organizar as verbas públicas diretamente. SESC, SE- SI e SENAI, viraram parceiros na cons- trução da pátria educadora daquele pe- ríodo. Nos anos de 1970, as escolas téc- nicas federais e as escolas profissionais das entidades citadas, se expandiram. A população acima de 10 anos era de aproximadamente 66 milhões e a taxa de analfabetismo caia para 32,9%. Aos poucos a educação como direito social se desdobrou em serviço público- -privado, de acordo com as áreas de in- teresse do capital gestor do desenvolvi- mento. De gasto público a educação pas- sa a ser investimento privado com pers- pectiva de receitas futuras. Quando isto se torna hegemônico, a educação passa a ser mercadoria e o professor, trabalha- dor assalariado, torna-se peça-chave na produção de mais-valia. A educação é o reflexo da fase em que se desdobra o capitalismo no mundo com especificidades próprias do con- tinente em que ela se realiza. No Bra- sil e na América Latina, este serviço vai compor a estratégia da dependência inerente ao particular desenvolvimen- to do capitalismo. 2. Qual a relação entre público-privado? Dados do INEP-2013: A educação bá- sica possui 190.706 estabelecimentos, dos quais 20% são privados e 80% pú- blicos. São 50.042.448 estudantes neste nível, com 46,4% em escolas estaduais, 35,8% municipais e apenas 17,8% nas escolas privadas. Porque ganham tão pouco os profes- sores deste âmbito? Porque são a maior massa de extração de valor entre todos os trabalhadores da educação e com- põem a média da força de trabalho assa- lariada público-privada de responsabili- dade do Estado, cuja tutela é do capital desde seu nascimento. A questão se inverte no ensino supe- rior: São 2.391 estabelecimentos, 2016 privados e 375 públicos. Dos 7.305.977 matriculados, 83% estão na rede pri- vada e 17% na pública. Das instituições privadas, 2.100 estão cadastradas no FIES, mecanismo de extração direta de recursos públicos para o capital-merca- doria educação. Com inadimplência ze- ro, o mercado presente-futuro destes capitais é mantido pela remuneração da classe trabalhadora extraída pelo Esta- do nos impostos e pelo capital nos salá- rios pagos aos docentes. A simbiose Estado-capital explicita o desmonte concreto da educação pú- blica como necessidade de reprodução social do capital. Os estudantes traba- lhadores tomam empréstimos, FIES e responsabilizam-se por pagar em um tempo proporcional ao curso, mais 12 meses, com taxas de juros anuais de 3,4 ao ano. 3. O que significa tudo isto? Significa que não há volta para o pro- jeto de mercantilização dos serviços sob a égide do capital. Os serviços integram a produção de lucro no âmbito nacio- nal com primazia do capital financeiro transnacional. Os professores da rede pública pre- cisarão lutar coletivamente com os de- mais trabalhadores, pois a sangria será muito maior e as balas, para além das de borrachas, estão apontadas contra nos- sos processos cotidianos. O PL 4.330, a criminalização das lutas-greves e o corte orçamentário colocam na ordem do dia os desafios do nosso tempo. A hemorra- gia é interna e à bala de borracha se so- mam outras sanguinárias formas de ex- tração de valor. Contra a educação-mercadoria e a extração de sobre-trabalho do profes- sor somente a luta coletiva, organizada com formação política clara, rumo a ou- tro projeto societário. Sem entendermos como funciona a sociedade, nossas lutas serão fragilizadas, nossos corpos ainda mais feridos, nossa força de trabalho in- tensivamente superexplorada. Roberta Traspadini é professora do Curso de Relações Internacionais e Integração (UNILA) e professora militante da ENFF Cerca de 230 trabalhadores das áreas de reforma agrária serão diretamente be- neficiados com o projeto Fortalecimen- to dos Processos de Cooperação, Comer- cialização e Acesso às Políticas Públicas de Apoio à Produção da Agricultura Fa- miliar, resultante de uma parceria entre a Petrobras Distribuidora e a Cooperati- va de Trabalho em assessoria a Empre- sas Sociais em Assentamentos de Refor- ma Agrária ((Cooperar). A parceria entre Cooperar e Petrobras Distribuidora pretende contemplar, de forma indireta, cerca de 1.600 pessoas beneficiadas. Trata-se de uma iniciativa com abrangência nacional que terá co- mo plano piloto a comercialização dos produtos da reforma agrária em lojas de conveniência da rede BR Mania na re- gião da Grande São Paulo, com a pos- sibilidade de ampliação em todo o país. Também foi realizado um Planejamen- to Estratégico, além da confecção de um Plano de Marketing e de um Plano de Ne- gócios para implementação de um Cen- tro de Distribuição Nacional de produtos da reforma agrária. O projeto contempla, ainda, ações de formação e capacitação em vendas e gestão, destinadas a repre- sentantes comerciais e dirigentes de co- operativas das áreas de reforma agrária. As organizações sociais do campo apontam a importância de se organizar a produção da agricultura familiar e cam- ponesa por meio das cooperativas, o que possibilita o aumento da produtividade do trabalho e a redução de custos, que aliado ao incentivo à produção agroeco- lógica, ainda contribui para o desenvolvi- mento econômico sustentável do campo. Atualmente, 500 milhões de agricul- tores familiares no mundo são respon- sáveis por produzir 80% dos alimentos consumidos pela população. No caso do Brasil, a agricultura familiar é res- ponsável por produzir grande parte dos alimentos consumidos no país. Con- forme o Censo Agropecuário 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Es- tatística (IBGE), existem 4,3 milhões INFORME PUBLICITÁRIO de estabelecimentos da agricultura fa- miliar em nível nacional, o que repre- senta 84,4% das propriedades rurais brasileiras. Estes seriam responsáveis por 70% dos alimentos presentes na mesa dos brasileiros. Esse cenário demonstra a importância desse setor para o desenvolvimento eco- nômico e social, impactando no abasteci- mento e na segurança alimentar e nutri- cional da população. Diante disso, a As- sembleia Geral das Nações Unidas reco- nheceu, inclusive, a contribuição da agri- cultura familiar para a segurança ali- mentar e para a erradicação da pobreza no mundo. A agricultura familiar também favore- ce o emprego de práticas produtivas eco- logicamente equilibradas, como a diver- sificação de cultivos, o menor uso de in- sumos industriais e a preservação do pa- trimônio genético. Nesse sentido, o apoio a projetos e ações deste porte impulsiona a agricul- tura familiar e contribui com a garantia da soberania alimentar, além de levar ali- mentos saudáveis, livres de agrotóxicos, para a mesa da população brasileira. Ao potencializar os processos de co- mercialização, tendo como base a co- operação entre cooperativas e associa- ções produtivas do campo e lojas de con- veniência da rede BR Mania, o peque- no agricultor, que tradicionalmente atua no mercado local, tem a possibilidade de dar o primeiro passo em direção a novos mercados de comercialização, aumenta- do o acesso da população brasileira aos produtos agroecológicos da agricultura familiar e camponesa. Lojas de conveniência da Petrobras venderão produtos da reforma agrária Aos poucos a educação como direito social se desdobrou em serviço público-privado, de acordo com as áreas de interesse do capital gestor do desenvolvimento Os professores da rede pública precisarão lutar coletivamente com os demais trabalhadores, pois a sangria será muito maior e as balas, para além das de borrachas, estão apontadas contra nossos processos cotidianos Inácio Teixeira/Coperphoto/Apeoesp Professores da rede estadual em manifestação na Avenida Paulista

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  • 6 brasilbrasil de 21 a 27 de maio de 2015

    Roberta Traspadini

    PARA ENTENDERMOS a situao dos professores da rede pblica de ensino no Brasil atual, precisamos levantar ques-tes que nos remetam gnese do pro-blema. As balas de borrachas so uma expresso dos mltiplos mecanismos de violncia criados pelo capital contra o trabalho ao longo da historia. H outras balas que geram hemorragias internas com vias dependncia dos trabalhado-res ao capital.

    1. Por que a educao est em crise?

    Nunca existiu no Brasil a figura do Estado de bem-estar social presente em alguns pases europeus e inerente di-nmica capitalista de guerra at mea-dos do sculo 20. Na Amrica Latina, o Estado figura central nas polticas de desenvolvimento dos anos de 1940 e 1950 teve como substncia a monta-gem da nao para os capitais nacional e internacional.

    A educao no inicio da industrializa-o tinha uma funo concreta: permitir a formao rpida de uma mo de obra pouco qualificada para os processos in-dustriais, dada a dinmica interna de economia agrrio-exportadora, latifun-diria, monocultora e escravocrata exis-tente. A educao, funo do Estado, era pblica, tcnica e atrelada necessidade de industrializao-urbanizao, cujos subsdios originavam-se do FMI e do Banco Mundial.

    Educao tcnica e funcional, eis o ins-trumento posto para a ordem e o pro-gresso do desenvolvimento nos anos de 1940-1950. Em 1940, o total de popula-o com mais de 10 anos de idade era de 29.037.849 e 56,7% eram analfabetos. Dez anos depois, esse mesmo grupo che-gava 36.557.990, com 51,9% de analfabe-tos (IBGE).

    A industrializao atrelou-se quali-ficao tcnica de um grupo minoritrio de pessoas frente ao expressivo nme-ro de trabalhadores do campo e da ci-dade no Brasil. O capital no tinha in-teresse em ser o protagonista desta po-ltica, uma vez que o processo de desen-volvimento centrado na industrializao

    Capital, tiros e educaoENSINO A simbiose Estado-capital explicita o desmonte concreto da educao pblica como necessidade de reproduo social do capital

    no expressava, ainda, para a oligarquia agrria exportadora, um lucrativo em-preendimento. As fraes da burgue-sia nacional manifestavam seu passado conservador, cujo presente e futuro no deixariam de lhe pertencer. Donos da terra, donos do Estado, donos dos pode-res locais.

    medida que o imperialismo avanou e a exportao de capitais ficou ntida, os capitais financeiros atuantes na Am-rica Latina comearam a organizar as verbas pblicas diretamente. SESC, SE-SI e SENAI, viraram parceiros na cons-truo da ptria educadora daquele pe-rodo. Nos anos de 1970, as escolas tc-nicas federais e as escolas profissionais das entidades citadas, se expandiram. A populao acima de 10 anos era de aproximadamente 66 milhes e a taxa de analfabetismo caia para 32,9%.

    Aos poucos a educao como direito social se desdobrou em servio pblico--privado, de acordo com as reas de in-teresse do capital gestor do desenvolvi-mento. De gasto pblico a educao pas-sa a ser investimento privado com pers-pectiva de receitas futuras. Quando isto se torna hegemnico, a educao passa a ser mercadoria e o professor, trabalha-dor assalariado, torna-se pea-chave na produo de mais-valia.

    A educao o reflexo da fase em que se desdobra o capitalismo no mundo com especificidades prprias do con-tinente em que ela se realiza. No Bra-sil e na Amrica Latina, este servio vai compor a estratgia da dependncia inerente ao particular desenvolvimen-to do capitalismo.

    2. Qual a relao entre pblico-privado?

    Dados do INEP-2013: A educao b-sica possui 190.706 estabelecimentos,

    dos quais 20% so privados e 80% p-blicos. So 50.042.448 estudantes neste nvel, com 46,4% em escolas estaduais, 35,8% municipais e apenas 17,8% nas escolas privadas.

    Porque ganham to pouco os profes-sores deste mbito? Porque so a maior massa de extrao de valor entre todos os trabalhadores da educao e com-pem a mdia da fora de trabalho assa-lariada pblico-privada de responsabili-dade do Estado, cuja tutela do capital desde seu nascimento.

    A questo se inverte no ensino supe-rior: So 2.391 estabelecimentos, 2016 privados e 375 pblicos. Dos 7.305.977 matriculados, 83% esto na rede pri-vada e 17% na pblica. Das instituies privadas, 2.100 esto cadastradas no FIES, mecanismo de extrao direta de recursos pblicos para o capital-merca-doria educao. Com inadimplncia ze-ro, o mercado presente-futuro destes capitais mantido pela remunerao da classe trabalhadora extrada pelo Esta-

    do nos impostos e pelo capital nos sal-rios pagos aos docentes.

    A simbiose Estado-capital explicita o desmonte concreto da educao p-blica como necessidade de reproduo social do capital. Os estudantes traba-lhadores tomam emprstimos, FIES e responsabilizam-se por pagar em um tempo proporcional ao curso, mais 12 meses, com taxas de juros anuais de 3,4 ao ano.

    3. O que significa tudo isto?Significa que no h volta para o pro-

    jeto de mercantilizao dos servios sob a gide do capital. Os servios integram a produo de lucro no mbito nacio-nal com primazia do capital financeiro transnacional.

    Os professores da rede pblica pre-cisaro lutar coletivamente com os de-mais trabalhadores, pois a sangria ser muito maior e as balas, para alm das de borrachas, esto apontadas contra nos-sos processos cotidianos. O PL 4.330, a criminalizao das lutas-greves e o corte oramentrio colocam na ordem do dia os desafios do nosso tempo. A hemorra-gia interna e bala de borracha se so-mam outras sanguinrias formas de ex-trao de valor.

    Contra a educao-mercadoria e a extrao de sobre-trabalho do profes-sor somente a luta coletiva, organizada com formao poltica clara, rumo a ou-tro projeto societrio. Sem entendermos como funciona a sociedade, nossas lutas sero fragilizadas, nossos corpos ainda mais feridos, nossa fora de trabalho in-tensivamente superexplorada.

    Roberta Traspadini professora do Curso de Relaes Internacionais e Integrao (UNILA) e professora

    militante da ENFF

    Cerca de 230 trabalhadores das reas de reforma agrria sero diretamente be-neficiados com o projeto Fortalecimen-to dos Processos de Cooperao, Comer-cializao e Acesso s Polticas Pblicas de Apoio Produo da Agricultura Fa-miliar, resultante de uma parceria entre a Petrobras Distribuidora e a Cooperati-va de Trabalho em assessoria a Empre-sas Sociais em Assentamentos de Refor-ma Agrria ((Cooperar).

    A parceria entre Cooperar e Petrobras Distribuidora pretende contemplar, de forma indireta, cerca de 1.600 pessoas beneficiadas. Trata-se de uma iniciativa com abrangncia nacional que ter co-mo plano piloto a comercializao dos produtos da reforma agrria em lojas de convenincia da rede BR Mania na re-gio da Grande So Paulo, com a pos-sibilidade de ampliao em todo o pas.

    Tambm foi realizado um Planejamen-to Estratgico, alm da confeco de um Plano de Marketing e de um Plano de Ne-gcios para implementao de um Cen-tro de Distribuio Nacional de produtos da reforma agrria. O projeto contempla, ainda, aes de formao e capacitao em vendas e gesto, destinadas a repre-sentantes comerciais e dirigentes de co-operativas das reas de reforma agrria.

    As organizaes sociais do campo apontam a importncia de se organizar a produo da agricultura familiar e cam-ponesa por meio das cooperativas, o que possibilita o aumento da produtividade do trabalho e a reduo de custos, que aliado ao incentivo produo agroeco-lgica, ainda contribui para o desenvolvi-mento econmico sustentvel do campo.

    Atualmente, 500 milhes de agricul-tores familiares no mundo so respon-sveis por produzir 80% dos alimentos consumidos pela populao. No caso do Brasil, a agricultura familiar res-

    ponsvel por produzir grande parte dos alimentos consumidos no pas. Con-forme o Censo Agropecurio 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatstica (IBGE), existem 4,3 milhes

    INFORME PUBLICITRIO

    de estabelecimentos da agricultura fa-miliar em nvel nacional, o que repre-senta 84,4% das propriedades rurais brasileiras. Estes seriam responsveis por 70% dos alimentos presentes na mesa dos brasileiros.

    Esse cenrio demonstra a importncia desse setor para o desenvolvimento eco-nmico e social, impactando no abasteci-mento e na segurana alimentar e nutri-cional da populao. Diante disso, a As-sembleia Geral das Naes Unidas reco-nheceu, inclusive, a contribuio da agri-cultura familiar para a segurana ali-mentar e para a erradicao da pobreza no mundo.

    A agricultura familiar tambm favore-ce o emprego de prticas produtivas eco-logicamente equilibradas, como a diver-sificao de cultivos, o menor uso de in-sumos industriais e a preservao do pa-trimnio gentico.

    Nesse sentido, o apoio a projetos e aes deste porte impulsiona a agricul-tura familiar e contribui com a garantia da soberania alimentar, alm de levar ali-mentos saudveis, livres de agrotxicos, para a mesa da populao brasileira.

    Ao potencializar os processos de co-mercializao, tendo como base a co-operao entre cooperativas e associa-es produtivas do campo e lojas de con-venincia da rede BR Mania, o peque-no agricultor, que tradicionalmente atua no mercado local, tem a possibilidade de dar o primeiro passo em direo a novos mercados de comercializao, aumenta-do o acesso da populao brasileira aos produtos agroecolgicos da agricultura familiar e camponesa.

    Lojas de convenincia da Petrobras vendero produtos da reforma agrria

    Aos poucos a educao como direito social se desdobrou em servio pblico-privado, de acordo com as reas de interesse do capital gestor do desenvolvimento

    Os professores da rede pblica precisaro lutar coletivamente com os demais trabalhadores, pois a sangria ser muito maior e as balas, para alm das de borrachas, esto apontadas contra nossos processos cotidianos

    Incio Teixeira/Coperphoto/Apeoesp

    Professores da rede estadual em manifestao na Avenida Paulista