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5/14/2018 Aula01-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/aula-01-55a92c1b29182 1/76 Curso Online - Contabilidade Geral – Teoria e Exercícios Agente da Polícia Federal Prof. Moraes Junior  Prof. Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 1 Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade Princípios de Contabilidade Conteúdo 1. Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade ........................................................... 3 1.1. Conceito e Objetivo........................................................................................................ 3 1.2. Objeto.................................................................................................................................. 3 1.3. Campo de Atuação ......................................................................................................... 4 1.4. Estrutura Conceitual da Contabilidade ........................................................................ 5 1.4.1. Objetivo do Relatório Contábil-Financeiro de Propósito Geral ....................... 5 1.4.2. Premissa Subjacente ................................................................................................. 7 1.4.2.1. Continuidade ............................................................................................................. 7 1.4.3. Características Qualitativas da Informação Contábil-Financeira Útil ...... 7 1.4.3.1. Características Qualitativas Fundamentais ........................................................ 8 1.4.3.1.1. Relevância................................................................................................................... 8 1.4.3.1.1.1. Materialidade ......................................................................................................... 9 1.4.3.1.2. Representação Fidedigna ...................................................................................... 9 1.4.3.1.3. Aplicação das Características Qualitativas Fundamentais .....................10 1.4.3.2. Características Qualitativas de Melhoria ........................................................... 11  1.4.3.2.1. Comparabilidade..................................................................................................... 11 1.4.3.2.2. Verificabilidade ........................................................................................................ 11 1.4.3.2.3. Tempestividade....................................................................................................... 12 1.4.3.2.4. Compreensibilidade ............................................................................................... 12 1.4.3.2.5. Aplicação das Características Qualitativas de Melhoria .......................... 12 1.4.3.3. Restrição de Custo na Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil- Financeiro Útil ............................................................................................................................... 13 1.4.4. Elementos das Demonstrações Contábeis ...................................................... 13  1.4.4.1. Posição Patrimonial e Financeira ..................................................................... 14 1.4.4.1.1. Ativos ...................................................................................................................... 15 1.4.4.1.2. Passivos ................................................................................................................. 16 1.4.4.1.3. Patrimônio Líquido............................................................................................. 17 1.4.4.1.4. Desempenho ........................................................................................................ 17 1.4.4.1.4.1. Receitas.............................................................................................................. 18 1.4.4.1.4.2. Despesas .............................................................................................................. 18 1.4.4.1.5. Reconhecimento dos Elementos das Demonstrações Contábeis .... 19 1.4.4.1.5.1. Probabilidade de Realização de Benefício Econômico Futuro ....... 20 

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Aula 1Estrutura Conceitual Básica da ContabilidadePrincípios de Contabilidade

Conteúdo1.  Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade ........................................................... 3 1.1.  Conceito e Objetivo........................................................................................................ 3 1.2.  Objeto.................................................................................................................................. 3 1.3.  Campo de Atuação ......................................................................................................... 4 1.4. Estrutura Conceitual da Contabilidade ........................................................................ 5 1.4.1. Objetivo do Relatório Contábil-Financeiro de Propósito Geral ....................... 5 1.4.2.  Premissa Subjacente ................................................................................................. 7 1.4.2.1.  Continuidade ............................................................................................................. 7 1.4.3.  Características Qualitativas da Informação Contábil-Financeira Útil...... 7 1.4.3.1. Características Qualitativas Fundamentais ........................................................ 8 1.4.3.1.1. Relevância................................................................................................................... 8 1.4.3.1.1.1. Materialidade ......................................................................................................... 9 1.4.3.1.2. Representação Fidedigna ...................................................................................... 9 1.4.3.1.3. Aplicação das Características Qualitativas Fundamentais ..................... 10 1.4.3.2. Características Qualitativas de Melhoria........................................................... 11 1.4.3.2.1. Comparabilidade..................................................................................................... 11 1.4.3.2.2. Verificabilidade........................................................................................................ 11 1.4.3.2.3. Tempestividade....................................................................................................... 12 1.4.3.2.4. Compreensibilidade ............................................................................................... 12 1.4.3.2.5. Aplicação das Características Qualitativas de Melhoria .......................... 12 1.4.3.3. Restrição de Custo na Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro Útil ............................................................................................................................... 13 1.4.4.  Elementos das Demonstrações Contábeis ...................................................... 13 1.4.4.1.  Posição Patrimonial e Financeira ..................................................................... 14 1.4.4.1.1.  Ativos...................................................................................................................... 15 1.4.4.1.2.  Passivos ................................................................................................................. 16 1.4.4.1.3.  Patrimônio Líquido............................................................................................. 17 1.4.4.1.4.  Desempenho ........................................................................................................ 17 1.4.4.1.4.1.  Receitas.............................................................................................................. 18 1.4.4.1.4.2. Despesas.............................................................................................................. 18 1.4.4.1.5.  Reconhecimento dos Elementos das Demonstrações Contábeis .... 19 1.4.4.1.5.1.  Probabilidade de Realização de Benefício Econômico Futuro ....... 20 

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1.4.4.1.5.2.  Confiabilidade da Mensuração .................................................................. 21 1.4.4.1.5.3.  Reconhecimento de Ativos ......................................................................... 21 1.4.4.1.5.4.  Reconhecimento de Passivos..................................................................... 21 1.4.4.1.5.5.  Reconhecimento de Receitas..................................................................... 22 1.4.4.1.5.6.  Reconhecimento de Despesas................................................................... 23 1.4.5.  Mensuração dos Elementos das Demonstrações Contábeis..................... 24 1.4.5.1.  Conceitos de Capital e de Manutenção de Capital ................................... 27 1.4.5.1.1.  Conceitos de Capital ......................................................................................... 27 1.4.5.1.1.1.  Conceitos de Manutenção do Capital e Determinação do Lucro . 27 1.5.  Princípios de Contabilidade (aprovados pela Resolução do ConselhoFederal de Contabilidade – CFC - no 750/93).................................................................. 29 1.5.1.  Princípio da Entidade ............................................................................................... 32 1.5.2.  Princípio da Continuidade ...................................................................................... 33 1.5.3.  Princípio da Oportunidade ..................................................................................... 34 1.5.4.  Princípio do Registro pelo Valor Original.......................................................... 35 1.5.5.  Princípio da Competência....................................................................................... 38 1.5.6.  Princípio da Prudência ............................................................................................. 40 1.6.  Memorize para a Prova............................................................................................... 42 1.7.  Exercícios de Fixação .................................................................................................. 47 1.8.  Resolução dos Exercícios de Fixação .................................................................... 52 

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1.  Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade

1.1.  Conceito e Objetivo

De acordo com o I Congresso Brasileiro de Contabilistas, de 1924,Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação,controle e registro relativas à administração econômica.

Contabilidade é a ciência social que estuda e controla o patrimônio dasentidades, mediante o registro dos dados, com a finalidade de oferecerinformações sobre sua composição e suas variações. A contabilidadedeve ser um instrumento gerencial de tomada de decisão.

A Contabilidade também pode ser conceituada como sendo “a ciência

que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos nopatrimônio das entidades com fins lucrativos ou não”.

O objetivo da Contabilidade é assegurar o controle do patrimônio administradoe fornecer informações sobre a composição e as variações patrimoniais, bemcomo sobre o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidadepara alcançar seus fins. A principal finalidade da contabilidade é proverinformações para auxiliar a tomada de decisões. 

As funções da contabilidade são as de coleta de dados, registro dosdados e elaboração de relatórios e as técnicas utilizadas no trabalhosão a escrituração contábil, a elaboração das demonstraçõescontábeis, a auditoria e a análise das demonstrações contábeis.

1.2.  Objeto

O objeto da Contabilidade é o patrimônio, que corresponde ao conjunto debens, direitos e obrigações referentes à azienda. Por azienda, entende-setoda entidade organizada passível de ter um patrimônio (bens, direitos eobrigações), ou seja, são pessoas jurídicas com fins lucrativos, empresasinformais, entidades sem fins lucrativos, empresas públicas, pessoas físicas e

etc.

Os bens são itens avaliados em moeda capazes de satisfazer às necessidadesdas entidades, sejam essas pessoas físicas ou jurídicas.

Os direitos são os valores a receber de terceiros, gerados por meio deoperações da entidade, e as obrigações representam as dívidas que a entidadecontrata junto a terceiros.

Patrimônio: Objeto da contabilidade, formado por bens,direitos e obrigações.

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Já caiu em prova! (Contador-STM-2010-Cespe) O objeto da contabilidade éo patrimônio, constituído pelo conjunto de bens, direitos e obrigações própriosde determinado ente.

E aí? Alguma dúvida na resposta? Questão tranquila, não? O item está correto.

1.3.  Campo de Atuação

O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas, inclusive as pessoas de direito público, como a União, osEstados, os Municípios, as Autarquias, etc.

- Entidade econômico-administrativa: também conhecida como Azienda (Patrimônio + Gestão), são as entidades que possuem patrimônio líquido

(pessoas físicas ou jurídicas), com fins lucrativos ou não. São definidas comoum patrimônio considerado juntamente com a pessoa que possui poderes deadministração e disponibilidade sobre este patrimônio.

- Quanto aos fins a que se destinam as aziendas ou entidades econômico-administrativas classificam-se em:

- Aziendas sociais: aquelas que não visam lucros. São exemplo deaziendas sociais as associações beneficentes, esportivas, culturais,recreativas, etc;

- Aziendas econômico-sociais: são aquelas que, além das finalidadessociais, visam também ao lucro, com o objetivo de prestar serviços,pecúlios, benefícios, às pessoas que contribuíram para sua formação.Exemplos: institutos de pensão, aposentadoria, pecúlio e previdência; e

- Aziendas econômicas: são aquelas cuja finalidade é obter lucros.Nesse tipo de azienda, estão todas as sociedades comerciais, industriais,agrícolas, de serviços, entre outras.

- Quanto aos seus proprietários as aziendas  ou entidades econômico-administrativas classificam-se em:

- Aziendas públicas: pertencem à comunidade, mas podem estar sob aadministração do poder público ou privado. Exemplos: fundações,sindicatos, fundações com fins educacionais, intelectuais, esportivos, e opróprio Estado; e

- Aziendas particulares: são as propriedades particulares pertencentesa uma pessoa ou a um grupo de pessoas, como as sociedades civis oucomerciais ou o próprio patrimônio de uma família.

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Já caiu em prova! (Agente Executivo-Susep-2006-Esaf-Adaptada aoModelo Cespe–Certo ou Errado) O campo de atuação da Contabilidade é aentidade econômico-administrativa, cuja classificação, quanto aos fins a que sedestinam, faz-se, corretamente, dividindo-as em entidades civis e entidades

comerciais.

A primeira parte do item está correta: O campo de atuação da Contabilidade éa entidade econômico-administrativa (ou aziendas).

Contudo, repare que, quanto aos fins a que se destinam, as entidades sãodivididas em sociais, econômicas e econômico-sociais. Portanto, o itemestá errado.

1.4. Estrutura Conceitual da Contabilidade

A Deliberação CVM no 675/11 e a Resolução CFC no 1.374/11 aprovaram oPronunciamento Conceitual Básico (R1) do Comitê de PronunciamentosContábeis (CPC), que dispõe sobre a Estrutura Conceitual para Elaboração eDivulgação de Relatório Contábil-Financeiro.

1.4.1. Objetivo do Relatório Contábil-Financeiro de Propósito Geral

De acordo com a Estrutura Conceitual, os termos “Relatório Contábil-Financeiro” e “Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro” referem-se a informações contábil-financeiras com propósitogeral.

O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecerinformações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta talinformação (reporting entity ) que sejam úteis a investidores existentes einvestidores em potencial, a credores por empréstimos e a outroscredores, tendo em vista que o processo de tomada de decisão dessesusuários está diretamente ligado ao fornecimento de recursos para a entidade.

Exemplos: Tomada de decisão sobre comprar, vender ou manterparticipações em instrumentos patrimoniais ou disponibilizar empréstimospara a entidade.

No processo de tomada de decisão, os usuários externos analisam o retornoesperado do investimento ou do empréstimo, ou seja, necessitam avaliar asperspectivas relativas aos fluxos de caixa futuros da entidade.

Esses usuários (investidores, credores por empréstimo e outros credores,existentes e em potencial) são denominados de usuários primários dosrelatórios contábil-financeiros de propósito geral, pois  eles não

requerem informações específicas para entidade, mas utilizam os relatórioscontábil-financeiros de propósito geral disponibilizados.

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Os relatórios contábil-financeiros de propósito geral forneceminformações para auxiliar os usuários primários a estimarem o valorda entidade.

Atenção, pois os relatórios não são elaborados com o objetivo de sechegar ao valor da entidade que reporta a informação. Eles fornecemferramentas para que esse valor possa ser estimado.

Caso esses usuários necessitem de outras informações além dos relatórioscontábil-financeiros de propósito geral, podem buscá-las em outras fontes,tais como: condições econômicas gerais e expectativas, eventos políticos eclima político, e perspectivas e panorama para a indústria e para a entidade.

Nada impede, também, que a entidade forneça informações que sejam úteis a

determinado grupo de usuários primários individuais.Repare que, até aqui, falamos, basicamente, de dois tipos de usuários:investidores e credores. Contudo, também há os administradores daprópria entidade, bem como órgãos reguladores, governos e os fiscos federal,estaduais e municipais.

Os administradores não necessitam utilizar (mas podem utilizar) os relatórioscontábil-financeiros de propósito geral no processo de tomada de decisão,tendo em vista que podem obter as informações necessárias internamente.

Do mesmo modo, os relatórios contábil-financeiros de propósito geral não sãodirecionados primariamente aos órgãos reguladores, governos e fiscos, masesses usuários também podem utilizá-los, caso considerem que asinformações serão úteis.

Há que se ressaltar que os relatórios contábil-financeiros são baseados emestimativas, julgamentos e modelos e não em descrições exatas e forneceminformações acerca da posição patrimonial e financeira da entidadeque reporta a informação (informações sobre os recursos econômicosda entidade e reivindicações (*) contra a entidade) e informaçõessobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram osrecursos econômicos da entidade.

(*) As reivindicações contra a entidade são as obrigações da entidade.

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1.4.2.  Premissa Subjacente

Há uma premissa subjacente na estrutura conceitual, denominadacontinuidade.

1.4.2.1.  Continuidade

As demonstrações contábeis são normalmente preparadasno pressuposto de que a entidade está em atividade (entidade emmarcha) e continuará em operação no futuro previsível.

Dessa forma, presume-se que a entidade não tem a intenção nem anecessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das

suas operações.

Se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis têm queser preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá serdivulgada.

1.4.3.  Características Qualitativas da Informação Contábil-FinanceiraÚtil

As características qualitativas da informação contábil-financeira útil têm o

objetivo de identificar os tipos de informações que serão mais úteis aosusuários primários no processo de tomada de decisão.

Tudo bem, professor, mas o que torna uma informação contábil-financeiraútil? Para ser útil, a informação contábil-financeira deve ser RELEVANTE eREPRESENTAR COM FIDEDIGNIDADE o fato que se propõe a representar.

Portanto, temos duas palavras importantes para a utilidade da informaçãocontábil-financeira: RELEVÂNCIA e FIDEDIGNIDADE (ou REPRESENTAÇÃOFIDEDIGNA).

Além disso, a informação contábil-financeira pode ser melhorada se forcomparável, verificável, tempestiva e compreensível.

Características Qualitativas Fundamentais: relevância e representaçãofidedigna.

Características Qualitativas de Melhoria: comparabilidade,

verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade.

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1.4.3.1. Características Qualitativas Fundamentais

1.4.3.1.1. Relevância

A informação contábil-financeira é considerada relevante quando ela é capazde fazer a diferença nas decisões a serem tomadas pelos usuários, ou seja, ainformação deve ter valor preditivo, valor confirmatório ou ambos.

Epa, epa, epa, professor, que historia é essa de valor preditivo e valorconfirmatório? Vamos estudar os conceitos:

Valor Preditivo: a informação contábil-financeira pode ser utilizada comoinsumo (dado de entrada) em processos empregados pelos usuários parapredizer ou estimar futuros resultados da entidade, ou seja, a informação

contábil-financeira não precisa ser uma predição ou uma projeção para tervalor preditivo, mas ela deve servir de base para a predição ou projeção. 

Valor Confirmatório: a informação contábil-financeira terá valorconfirmatório quando retroalimentar (servir de feedback ) avaliações prévias,confirmando ou alterando essas avaliações.

Há que se ressaltar que o valor preditivo e o valor confirmatório da informaçãocontábil se relacionam entre si e, muitas vezes, uma informação com valorpreditivo também possui valor confirmatório.

Exemplo: A empresa J4M2 informou, em sua Demonstração do Resultado doExercício (DRE), que sua receita bruta de vendas de 2011 foi de R$10.000.000,00. Essa receita pode ser utilizar para estimar (predizer) a receitade anos futuros (valor preditivo) e também pode ser comparada com aestimativa de receita feita nos anteriores para o ano de 2010 (valorconfirmatório).

Já caiu em prova!(Fiscal de Rendas-SP-2009-FCC-Adaptada ao ModeloCespe-Certo ou Errado) A empresa Empreendimentos S.A. atua noseguimento da construção civil exclusivamente na construção de agênciasbancárias. Nesse mercado a inadimplência é próxima de zero em decorrênciade o setor ser bastante forte. Com o objetivo de ampliar seus negócios, aempresa passou a atuar, no último ano, no seguimento de casas populares,em que o ganho é maior e o risco de inadimplência, também. O faturamentonesse primeiro ano representou 2% do total. A empresa não necessita divulgaressa informação.

A empresa está entrando em um novo ramo de negócios que oferece maiorganho, mas também oferece maior risco de inadimplência. Logo, essainformação deve ser divulgada por ser relevante e afetar a avaliação de riscos

e oportunidades. O item está errado.

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1.4.3.1.1.1. Materialidade

Uma informação contábil-financeira é material se a sua omissão ou asua divulgação de forma distorcida (misstating) puder causar

influência nas decisões dos usuários da informação.

De acordo com a norma, a materialidade é um aspecto de relevânciaespecífico da entidade, que se baseia na natureza ou na magnitude, ou emambos, dos itens para os quais a informação está relacionada no contexto dorelatório contábil-financeiro.

1.4.3.1.2. Representação Fidedigna

Para que uma informação contábil-financeira possa ser útil, ela deve

representar o fenômeno relevante de forma fidedigna, por meio de trêsatributos: a informação deve ser completa, neutra e livre de erro. Aperfeição é difícil, mas o objetivo da representação fidedigna é maximizar osseus atributos.

Atributos da Representação Fidedigna: a informação deve sercompleta, neutra e livre de erro.

Exemplos:1 – Uma representação completa de um grupo de ativos deve considerar, nomínimo, a descrição da natureza dos ativos que compõem o grupo, os valoresdos ativos e o método de mensuração utilizado (por exemplo, custo histórico).

2 – Uma informação contábil-financeira é neutra quando não é distorcida comviés que possa dar maior ou menor ênfase, ou quaisquer outros tipos demanipulações que aumentem a probabilidade de a informação ser recebidapelos usuários de modo favorável ou desvaforável.

Atenção! Uma informação neutra não representa informação sempropósito ou sem influência na tomada de decisão dos usuários.

Além disso, uma representação fidedigna não significa exatidão emtodos os aspectos, como por exemplo, no caso de uma estimativa devalor.

A representação fidedigna de um evento ocorrido na entidade também nãosignifica que terá utilidade para o usuário (informação útil).

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Exemplos:1 - A empresa J4M2 informa, em seu Balanço Patrimonial e em notasexplicativas, que recebeu um terreno por meio de doação do governo doestado onde se localiza a sede da empresa. A informação de que a empresa

  “adquiriu” o ativo imobilizado (terreno) sem custo é uma representaçãofidedigna da realidade, mas pode não ter utilidade para os investidores empotencial da empresa.

2 – A empresa J4M2 fez o teste de recuperabilidade (impairment test) de umativo imobilizado e registrou uma perda por desvalorização ( impairment loss)no valor do referido ativo. O cálculo da perda por desvalorização porestimativa pode ser uma representação fidedigna, mas, se o nível de incertezada estimativa for muito alto, essa informação poderá não ser útil ao usuário e,com isso, a relevância do ativo que está sendo representado será

questionável. Por outro lado, se não existir outra alternativa que retrate oteste de recuperabilidade de forma mais fidedigna, a estimativa, ainda quecom alto nível de incerteza, será considerada a melhor informação disponível.

1.4.3.1.3. Aplicação das Características Qualitativas Fundamentais

Para que uma informação seja útil ela deve ser, concomitantemente,relevante e representar com fidediginidade a realidade reportada.

1 - A representação fidedigna de fenômeno irrelevante não é útil.

2 – A representação não fidedigna de fenômeno relevante não é útil.

3 – A representação fidedigna de fenômeno relevante é útil.

De acordo com a norma, o processo mais eficiente e mais efetivo paraaplicação das características qualitativas fundamentais, desconsiderando ascaracterísticas de melhoria e a restrição do custo, seria:

1 – Identificar o fenômeno econômico que tenha o potencial de ser útil para ousuários da informação contábil-financeira reportada pela entidade.

2 – Identificar o tipo de informação sobre o fenômeno que seria maisrelevante se estivesse disponível e que poderia ser representado comfidedignidade.

3 – Determinar se a informação está disponível e pode ser representada comfidediginidade.

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1.4.3.2. Características Qualitativas de Melhoria

As características qualitativas de melhoria são: comparabilidade,verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade.

Essas características qualitativas melhoram a utilidade da informaçãorelevante e representada com fidedignidade e podem ser utilizadas paraescolher entre duas alternativas consideradas equivalentes em termos derelevância e fidedignidade.

1.4.3.2.1. Comparabilidade

A comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuáriosidentifiquem e compreendam similaridades dos itens e as diferenças entre

eles. Diferentemente de outras características qualitativas, a comparabilidadenão está relacionada com um único item, e exige, no mínimo, dois itens.

A informação contábil-financeira será mais útil se puder ser comparada cominformação similar de outras entidades ou com informação similar da mesmaentidade de outros períodos.

Atenção, pois embora a consistência esteja relacionada com acomparabilidade, elas possuem significados diferentes.

A consistência está relacionada à utilização da mesma metodologia para osmesmo itens, em períodos diferentes, para uma mesma entidade, ou em ummesmo período, para entidades diferentes, ou seja, auxilia no alcance doobjetivo. Por outro lado, a comparabilidade é o objetivo a ser alcançado.

A comparabilidade também não significa uniformidade, tendo em vistaque, para serem comparáveis, itens diferentes devem parecer diferentes,assim como itens iguais devem parecer iguais.

1.4.3.2.2. Verificabilidade

A verificabilidade permite que os usuários assegurem que a informaçãocontábil-financeira represente fidedignamente o fato a que se propõe arepresentar.

A verificação pode ser direta ou indireta.

Verificação Direta: como o próprio nome sugere, permite que o usuário dainformação verifique se ela está fidedigna de forma direta.Exemplos: Inventário físico do estoque de mercadorias, contagem do dinheirodisponível em caixa, entre outros.

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Verificação Indireta: por meio desse tipo de verificação, o usuário utiliza osdados de entrada do modelo, fórmula ou outra técnica utilizada pela entidadee recalcula o resultado utilizando a mesma metodologia.Exemplo: Verificação do valor contábil dos estoques por meio da conferência

dos dados de entrada (quantidades e custos) e utilização da mesmametodologia da entidade para cálculo do estoque final (por exemplo, PEPS –Primeiro que Entra, Primeiro que Sai).

1.4.3.2.3. Tempestividade

Uma informação será tempestiva se ficar disponível para os usuários a tempopara que possa influenciar em suas decisões. Com isso, normalmemte, asinformações mais antigas são menos úteis aos usuários.

Por outro lado, é possível que uma informação tenha sua tempestividadeprolongada após o encerramento do período contábil, pois, em algunscasos, os usuários têm interesse em identificar e avaliar tendências.

1.4.3.2.4. Compreensibilidade

Para que uma informação seja compreensível, é necessário que ela sejaclara e concisa, ou seja, a informação deve ser classificada, caracterizada eapresentada de forma clara e concisa.

Há certas informações relevantes que são complexas e de difícil entendimento.Contudo, se a entidade deixar essas informações de fora dos relatórioscontábil-financeiros, pode torná-los incompletos e potencialmente distorcidos(misleading). Portanto, nesse caso, a entidade deve informá-las.

1.4.3.2.5. Aplicação das Características Qualitativas de Melhoria

De acordo com a norma, as características qualitativas de melhoria devem sermaximizadas na extensão possível. Contudo, as características qualitativas demelhoria não podem tornar uma informação irrelevante ou sem representaçãofidedigina útil. Portanto, para utilizar as características qualitativas demelhoria, é necessário que a informação já seja relevante e sua representaçãoseja fidedigna.

Há que se ressaltar, também, que a aplicação das características qualitativasde melhoria não segue uma ordem preestabelecida e, em alguns casos, umacaracterística qualitativa de melhoria pode ter sua importância diminuída paraque outra característica qualitativa de melhoria seja destacada.

Exemplo: A redução temporária na comparabilidade como resultado daaplicação prospectiva de uma nova norma contábil-financeira pode ser

vantajosa para o aprimoramento da relevância ou da representação fidediginano longo prazo. Divulgações apropriadas podem compensar parcialmente anão comparabilidade.

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1.4.3.3. Restrição de Custo na Elaboração e Divulgação de RelatórioContábil-Financeiro Útil

Para que a informação seja gerada pela entidade, há um custo. Esse custo

para gerar a informação é uma restrição que estará sempre presente noprocesso de elaboração e divulgação dos relatórios contábil-financeiros.

Também há os custos incorridos de análise e interpretação da informação porparte dos usuários da informação contábil-financeira.

Além disso, caso as informações necessárias não sejam fornecidas, osusuários terão custos adicionais para obtenção da informação por outrasfontes ou por meio de estimativa.

Portanto, a restrição do custo deve ser aplicada na elaboração e divulgaçãodos relatórios contábil-financeiros, onde devem ser avaliados os benefícios queserão proporcionados pela elaboração e divulgação da informação, ou seja, é,literalmente, avaliar o custo-benefício de elaborar e divulgar tal informação.

1.4.4.  Elementos das Demonstrações Contábeis

Demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais efinanceiros das transações e outros eventos, agrupando-os emclasses de acordo com as suas características econômicas.

Essas classes são chamadas de elementos das demonstrações contábeis, quese dividem em dois tipos:

I - elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimoniale financeira no balanço:

-  ativos;-  passivos; e-  patrimônio líquido.

II - elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenhona demonstração do resultado:

-  receitas; e-  despesas.

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1.4.4.1.  Posição Patrimonial e Financeira

Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posiçãopatrimonial e financeira são ativos, passivos e patrimônio líquido.

Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo oupatrimônio líquido, deve-se ter atenção para a sua essência subjacente e

realidade econômica e não apenas sua forma legal (primazia da essênciasobre a forma).

Já caiu em prova!(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância emSaúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Ao avaliar se um item se enquadrana definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, o contador deveconsiderar a essência, em detrimento da forma.

E aí? Alguma dúvida? O item está correto. 

 Ativo: é um recurso controlado pela entidade como resultado deeventos passados e do qual se espera que resultem futurosbenefícios econômicos para a entidade.

Exemplo: Uma máquina utilizada na produção é controlada pela entidadecomo resultado de um evento passado (compra da máquina pela entidade)e do qual a entidade espera que resultem futuros benefícios (os produtosfabricados pela referida máquina geram lucro para a entidade).

Passivo: é uma obrigação presente da entidade, derivada deeventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte emsaída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.

Exemplo: Uma dívida com um fornecedor em virtude da compra demercadorias a prazo (dívida a pagar) corresponde a uma obrigaçãopresente da entidade derivada de um evento já ocorrido (compra demercadorias a prazo), cuja liquidação resultará em saída de recursos

capazes de gerar benefícios econômicos (saída de dinheiro do caixa daempresa para pagamento dos fornecedores).

Patrimônio Líquido: é o valor residual dos ativos da entidadedepois de deduzidos todos os seus passivos, ou seja, é a diferençaentre o total de ativos e o total de passivos.

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1.4.4.1.1.  Ativos

O benefício econômico futuro embutido em um ativo é o seu potencialem contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou

equivalentes de caixa para a entidade.

O fluxo de caixa é a diferença entre os fluxos positivo (Exemplo:recebimentos diversos) e negativo (Exemplo: pagamentos diversos).

Caixa: compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.

Equivalentes de caixa: são aplicações financeiras de curto prazo, de altaliquidez (normalmente, com vencimento em até 90 dias), que são prontamenteconversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um

insignificante risco de mudança de valor.A entidade, geralmente, utiliza os seus ativos na produção demercadorias ou prestação de serviços capazes de satisfazer osdesejos e necessidades dos clientes.

Os benefícios econômicos futuros de um ativo podem fluir para a entidade dediversas maneiras.

Por exemplo, um ativo pode ser:

- usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produçãode mercadorias e serviços a serem vendidos pela entidade;Exemplo: Um equipamento (ativo) utilizado na fabricação de produtos emuma indústria.

- trocado por outros ativos;Exemplo: Compra à vista de mercadorias para revenda. O dinheiro utilizadona compra é um ativo.

- usado para liquidar um passivo;Exemplo: Pagamento de fornecedores. O dinheiro utilizado para pagamento éum ativo.

- distribuído aos proprietários da entidade.Exemplo: Distribuição de lucros aos proprietários da entidade. O dinheiroutilizado na distribuição é um ativo.

Muitos ativos, por exemplo, máquinas e equipamentos industriais,têm uma substância física. Entretanto, substância física não éessencial à existência de um ativo.

Exemplo: As patentes e direitos autorais são ativos, desde que deles sejamesperados benefícios econômicos futuros para a entidade e que eles sejampor ela controlados.

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Muitos ativos, como contas a receber e imóveis, estão ligados a direitos legaisou a direito de propriedade. Contudo, ao determinar a existência de umativo, o direito de propriedade não é essencial.Exemplo: Um imóvel objeto de arrendamento é um ativo, desde que a

entidade arrendatária controle os benefícios econômicos provenientes doimóvel. 

Já caiu em prova!(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância emSaúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Considera-se um ativo aquele itemque tem potencial para contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo decaixa ou equivalentes de caixa da entidade. 

E aí? Alguma dúvida? O item está correto. 

1.4.4.1.2. Passivos

Uma característica essencial para a existência de um passivo é que aentidade tenha uma obrigação presente resultante de um eventopassado.

Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer deuma certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis emconseqüência de um contrato, por exemplo.

Exemplo: Contas a pagar por mercadorias e serviços recebidos.

A extinção de uma obrigação presente pode ocorrer de diversasmaneiras:

- pagamento em dinheiro;Exemplo: Pagamento de uma conta de telefone em dinheiro.

- transferência de outros ativos;Exemplo: Um cliente deu um adiantamento em dinheiro para que empresafabricasse determinado produto. Como a empresa ainda não entregou oproduto ao cliente, esse adiantamento de cliente é uma obrigação da empresa.No momento em que a empresa entregar o produto para o cliente(transferência de ativo – o produto é um ativo da empresa), a obrigação como cliente se extingue.

- prestação de serviços;Exemplo: Um cliente deu um adiantamento em dinheiro para que empresaprestasse determinado serviço. Como a empresa ainda não prestou o serviçoao cliente, esse adiantamento de cliente é uma obrigação da empresa. Nomomento em que a empresa prestar o serviço para o cliente, a obrigação com

o cliente se extingue.

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- substituição da obrigação por outra; ouExemplo: A empresa Linotécnica precisava pagar o aluguel de sua fábrica,mas não possuía dinheiro no momento. Para não atrasar o pagamento doaluguel, a empresa fez um empréstimo bancário, ou seja, trocou uma

obrigação (aluguel a pagar) por outra (empréstimo bancário a pagar).

- conversão da obrigação em capital.Exemplo: A empresa Linotécnica possuía uma obrigação a pagar com o seuprincipal fornecedor de matéria-prima. Contudo, ela não possuía dinheiro etambém não conseguiu fazer um empréstimo bancário. Para resolver asituação a Linotécnica ofereceu uma sociedade para o seu fornecedor em trocada dívida, ou seja, o fornecedor virou sócio da Linotécnica. Portanto, nessecaso, a Linotécnica converteu a obrigação em capital social. 

Uma obrigação pode, também, ser extinta por outros meios, tais como pelarenúncia do credor ou pela perda dos seus direitos creditícios.

Já caiu em prova!(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância emSaúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Se a empresa tem uma obrigaçãopresente, derivada de eventos já ocorridos, de cuja liquidação se espera queresulte saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos, talobrigação deve ser enquadrada como um passivo da entidade.

Como diria John Lennon, no doubt. Não há dúvida! O item está correto.

1.4.4.1.3.  Patrimônio Líquido

O patrimônio líquido é considerado um valor residual, pois é oresultado da diferença entre ativos e passivos.

Patrimônio Líquido = Ativos - Passivos

1.4.4.1.4.  Desempenho

O resultado é, normalmente, utilizado como medida de desempenho ou comobase para outras avaliações, tais como o retorno do investimento ou resultadopor ação.

Os elementos diretamente relacionados com a mensuração doresultado são as receitas e as despesas.

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As definições de receitas e despesas identificam os seus aspectos essenciais,mas não especificam os critérios que precisam ser satisfeitos para que sejamreconhecidas na demonstração do resultado.

1.4.4.1.4.1.  Receitas

A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditascomo ganhos.

A receita surge no curso das atividades ordinárias de uma entidade e édesignada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros,dividendos, royalties e aluguéis.Exemplo: Receita de venda de mercadorias.

Os ganhos representam outros itens que se enquadram na definição dereceita e podem ou não surgir no curso das atividades ordinárias da entidade,representando aumentos nos benefícios econômicos e, como tal, não diferem,em natureza, das receitas.Exemplo: Venda de um veículo utilizado para entrega de mercadorias (aatividade principal da entidade é venda de mercadorias e não de veículos).

1.4.4.1.4.2. Despesas

A definição de despesas abrange as perdas, assim como as despesasque surgem no curso das atividades ordinárias da entidade.

Exemplos de despesas que surgem no curso das atividades ordinárias:custo das vendas, salários e depreciação.

As perdas representam outros itens que se enquadram na definição de

despesas e podem ou não surgir no curso das atividades ordinárias daentidade, representando decréscimos nos benefícios econômicos e, como tal,não são de natureza diferente das demais despesas.

Receitas: são aumentos nos benefícios econômicos durante operíodo contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumentode ativos ou diminuição de passivos, que resultem em aumento dopatrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dosproprietários da entidade.Exemplo: Receita de vendas de mercadorias.

Despesas:  são decréscimos nos benefícios econômicos durante operíodo contábil sob a forma de saída de recursos ou redução deativos ou incremento em passivos, que resultem em decréscimo dopatrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuiçãoaos proprietários da entidade.Exemplo: Despesa de salários de empregados.

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Exemplos de perdas: Sinistros como incêndio, inundações ou o custo doveículo utilizado para entrega de mercadorias que foi vendido pela empresa.

Já caiu em prova! (Analista do Mercado de Capitais-CVM-2010-Esaf-

Adaptada ao Modelo Cespe-Certo ou Errado) Julgue os itens abaixo: 

1. Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventospassados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos paraa entidade. O item está correto. 

2. Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos jáocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazesde gerar benefícios econômicos. O item está correto.

3. Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois dededuzidos todos os resultados.Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois dededuzidos todos os seus passivos. O item está errado. 

4. Muitos ativos, por exemplo, máquinas e equipamentos industriais, têmuma substância física. Entretanto, substância física é essencial à existência deum ativo.Muitos ativos, por exemplo, máquinas e equipamentos industriais, têm umasubstância física. Entretanto, substância física não é essencial à existência deum ativo. O item está errado.

5. Muitos ativos, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão ligados adireitos legais, inclusive a direito de propriedade. Contudo, ao determinar aexistência de um ativo, o direito de propriedade é essencial. Muitos ativos, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão ligados adireitos legais, inclusive a direito de propriedade. Contudo, ao determinar aexistência de um ativo, o direito de propriedade não é essencial. O item estáerrado. 

1.4.4.1.5.  Reconhecimento dos Elementos das Demonstrações

Contábeis

Reconhecimento é o processo que consiste em incorporar ao balançopatrimonial ou à demonstração do resultado um item que se enquadrena definição de um elemento e que satisfaça os critérios dereconhecimento.

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Para o reconhecimento, é necessário considerar três passos:

I – Descrição do item;II – Atribuição do seu valor; e

III – Inclusão do item no balanço patrimonial ou na demonstração doresultado.

Exemplo: Se a empresa Kaprisma comprar o veículo XYZ, por R$ 30.000,00à vista, para entrega de mercadorias, ele deverá ser registrado no balançopatrimonial, pois corresponderá a um bem da empresa.

I – Descrição do item: Veículo XYZ, ano 2011.II – Atribuição de valor: R$ 30.000,00.III – Veículo é um bem incluído no balanço patrimonial.

Um item que se enquadre na definição de ativo ou passivo deve serreconhecido nas demonstrações contábeis se:

- for provável que algum benefício econômico futuro referente ao item venhaa ser recebido ou entregue pela entidade; e

- ele tiver um custo ou valor que possa ser medido em bases confiáveis.

1.4.4.1.5.1.  Probabilidade de Realização de Benefício EconômicoFuturo

O conceito de probabilidade é usado nos critérios de reconhecimentopara determinar o grau de incerteza com que os benefícioseconômicos futuros referentes ao item venham a ser recebidos ouentregues pela entidade.

O conceito está em conformidade com a incerteza que caracteriza o ambienteem que a entidade opera.

As avaliações do grau de incerteza ligado ao fluxo de futuros benefícioseconômicos são feitas com base na evidência disponível quando asdemonstrações contábeis são preparadas.

Exemplo: Quando é provável que uma conta a receber devida à entidadeseja paga, é então justificável, na ausência de qualquer evidência emcontrário, reconhecer a conta a receber como um ativo.

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1.4.4.1.5.2.  Confiabilidade da Mensuração

O segundo critério para reconhecimento de um item é que ele possuaum custo ou valor que possa ser determinado em bases confiáveis.

Em muitos casos, o custo ou valor precisa ser estimado. O uso de estimativasrazoáveis é uma parte essencial da preparação das demonstrações contábeise não prejudica a sua confiabilidade.

Quando, entretanto, não puder ser feita uma estimativa razoável, o item nãodeve ser reconhecido no balanço patrimonial ou na demonstração doresultado.

Exemplo: O valor que se espera receber de uma ação judicial pode

enquadrar-se nas definições tanto de um ativo como de uma receita, assimcomo nos critérios exigidos para reconhecimento. Todavia, se não é possíveldeterminar, em bases confiáveis, o valor que será recebido, ele não deve serreconhecido como um ativo ou uma receita; a existência da reclamação deveser, entretanto, divulgada nas notas explicativas ou demonstraçõessuplementares.

1.4.4.1.5.3.  Reconhecimento de Ativos

Um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provávelque benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para aentidade e seu custo ou valor puder ser determinado em basesconfiáveis.

Um ativo não é reconhecido no balanço patrimonial quando desembolsostiverem sido incorridos ou comprometidos, dos quais seja improvável ageração de benefícios econômicos para a entidade após o período contábilcorrente. Nesse caso, a transação é reconhecida como despesa nademonstração do resultado.

1.4.4.1.5.4.  Reconhecimento de Passivos

Um passivo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provávelque uma saída de recursos envolvendo benefícios econômicos sejaexigida em liquidação de uma obrigação presente e o valor pelo qualessa liquidação se dará possa ser determinado em bases confiáveis.

Na prática, as obrigações contratuais ainda não integralmente cumpridas deforma proporcional (por exemplo, obrigações decorrentes de pedidos decompra de produtos e mercadorias, mas ainda não recebidos) não sãogeralmente reconhecidas como passivos nas demonstrações contábeis.

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Contudo, tais obrigações podem enquadrar-se na definição de passivos e,desde que sejam atendidos os critérios de reconhecimento nas circunstânciasespecíficas, podem qualificar-se para reconhecimento. Nesses casos, oreconhecimento do passivo exige o reconhecimento dos correspondentes ativo

ou despesa.

1.4.4.1.5.5.  Reconhecimento de Receitas

A receita é reconhecida na demonstração do resultado quando resultaem um aumento, que possa ser determinado em bases confiáveis, nosbenefícios econômicos futuros provenientes do aumento de um ativoou da diminuição de um passivo.

Isso significa, de fato, que o reconhecimento da receita ocorre

simultaneamente com o reconhecimento de aumento de ativo ou dediminuição de passivo. Mas isso não significa que todo aumento deativo ou redução de passivo corresponda a uma receita.

Exemplos:I - Venda de mercadorias à vista: há um aumento de ativo em virtude dorecebimento de dinheiro e caracteriza uma receita (aumento do patrimôniolíquido).

II -  Prescrição de um dívida: há uma diminuição de passivo em virtude daprescrição da dívida (obrigação de pagar) e caracteriza uma receita (aumentodo patrimônio líquido).

III - Compra de um veículo a prazo: há o aumento de ativo em virtude doveículo e há um aumento do passivo em virtude do financiamento a pagar.Portanto, não houve geração de receita (não há alteração do patrimôniolíquido).

A Estrutura Conceitual não detalha, mas são exemplos de receitas realizadas, pelo regime de competência:

– nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamentoou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidurana propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, querpela fruição de serviços por esta prestados;Exemplo: venda de mercadoria a prazo (o dinheiro ainda não foi recebido,mas a receita considera-se realizada, pelo princípio da competência, nomomento da entrega da mercadoria).

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– quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer queseja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo devalor igual ou maior;Exemplo: a empresa possuía um determinado tributo a pagar, mas o governo

fez uma remissão, ou seja, não há mais a necessidade pagamento por parte daempresa. Portanto, houve a extinção de um passivo (tributo a pagar) sem odesaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior.

Repare que, se houvesse o pagamento do tributo, sumiria o passivo (tributo apagar) e haveria o desaparecimento de um ativo (dinheiro) no mesmo valor.Neste caso, não é receita.

– pela geração natural de novos ativos independentemente daintervenção de terceiros;

Exemplo: nascimento de bezerro em uma empresa de pecuária. Ou seja, nãohouve a intervenção de ninguém (exceto do boi e da vaca. Risos), mas aempresa ganhou um novo ativo (bezerro).

– no recebimento efetivo de doações e subvenções.Exemplo: doação de um terreno, pelo governo de determinada localidade,para que a empresa construa uma fábrica (é uma forma de desenvolvimentoda região) ou, subvenção de determinado tributo, por um período de tempo,para a empresa se instalar em uma região específica (a empresa pagará umaalíquota diferenciada – menor - daquele tributo).

1.4.4.1.5.6.  Reconhecimento de Despesas

As despesas são reconhecidas na demonstração do resultado quandosurge um decréscimo, que possa ser determinado em basesconfiáveis, nos futuros benefícios econômicos provenientes dadiminuição de um ativo ou do aumento de um passivo. 

Isso significa, de fato, que o reconhecimento de despesa ocorresimultaneamente com o reconhecimento do aumento do passivo ou dadiminuição do ativo.

Exemplos:

I – Provisão para obrigações trabalhistas: há grande chance de a empresaperder uma causa trabalhista na justiça e, prevendo isso, é feita umaprovisão, que gera um aumento do passivo e caracteriza uma despesa(diminuição do patrimônio líquido).

II – Depreciação de um equipamento: a depreciação ocorre em virtude dodesgaste pela utilização do equipamento e ela reduz o valor contábil do

referido equipamente, o que gera uma redução do ativo e caracteriza umadespesa (diminuição do patrimônio líquido).

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As despesas são reconhecidas na demonstração do resultado com base naassociação direta entre elas e os correspondentes itens de receita, fatoconhecido como confrontação entre despesas e receitas (Regime deCompetência), que envolve o reconhecimento simultâneo ou combinado das

receitas e despesas que resultem diretamente das mesmas transações ououtros eventos.

Uma despesa deve ser reconhecida imediatamente na demonstração doresultado quando:

I - Um gasto não produz benefícios econômicos futuros ou quando e naextensão em que os benefícios econômicos futuros não se qualificam, oudeixam de se qualificar, para reconhecimento no balanço patrimonial comoum ativo.

II - Um passivo é incorrido sem o correspondente reconhecimento de umativo, como no caso de um passivo decorrente de garantia de produto.

A Estrutura Conceitual não detalha, mas são exemplos de despesasincorridas, pelo regime de competência:

– quando deixar de existir o correspondente valor ativo, portransferência de sua propriedade para terceiro;Exemplo: Na venda de mercadorias para terceiros, há a saída da referidamercadoria do estoque e, com isso, o custo destas mercadorias é uma despesaincorrida no período.

– pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;Exemplo: A legislação permite que determinados bens sejam depreciados aolongo de sua vida útil em virtude de desgaste ou obsolescência. Estadepreciação é uma despesa incorrida no período (o valor econômico do ativosofre uma redução, pois, é calculado como: Custo de Aquisição – DepreciaçãoAcumulada).

– pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. Exemplo: Ao pagar uma dívida com atraso (após o vencimento), há aincidência de juros e multa, ou seja, surgiram novos passivos sem os ativoscorrespondentes.

1.4.5.  Mensuração dos Elementos das Demonstrações Contábeis

A mensuração é o processo que consiste em determinar os valorespelos quais os elementos das demonstrações contábeis devem serreconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e nademonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção de uma

base específica de mensuração.

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Diversas bases de mensuração são empregadas em diferentes graus e emvariadas combinações nas demonstrações contábeis. Essas bases incluem oseguinte:

Custo histórico:-  Ativos: são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em

caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursosque são entregues para adquiri-los na data da aquisição, podendoou não ser atualizados pela variação na capacidade geral decompra da moeda; e

-  Passivos:  são registrados pelos valores dos recursos que foramrecebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias(por exemplo, imposto de renda), pelos valores em caixa ou

equivalentes de caixa que serão necessários para liquidar opassivo no curso normal das operações, podendo também, emcertas circunstâncias, ser atualizados monetariamente.

Custo corrente:-  Ativos:  são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes

de caixa que teriam de ser pagos se esses ativos ou ativosequivalentes fossem adquiridos na data do balanço patrimonial; e

-  Passivos: são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentesde caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar aobrigação na data do balanço patrimonial.

E aí? Percebeu a diferença entre o custo histórico e o custo corrente? Veja ocaso dos ativos:

Custo Histórico: valor justo na data de aquisição do ativo.Custo Corrente: valor caso o ativo fosse adquirido na data de confecção dobalanço patrimonial.

Percebeu agora? Vamos fazer um exemplo numérico. Suponha que a empresaJ4M2 adquiriu um veículo, para utilizar na entrega de suas mercadoriasvendidas, em 01/07/2010, por R$ 40.000,00. Suponha que, caso o veículofosse vendido em 31/12/2010 (data do balanço patrimonial), a empresaconseguiria R$ 30.000,00.

Custo Histórico do Veículo = R$ 40.000,00 (valor da aquisição)Custo Corrente do Veículo = R$ 30.000,00 (valor na data do balançopatrimonial)

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Valor realizável (valor de realização ou de liquidação): -  Ativos:  são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de

caixa que poderiam ser obtidos pela venda numa forma ordenada;

-  Passivos:  são mantidos pelos seus valores de liquidação, isto é,pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados,que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentesobrigações no curso normal das operações da entidade.

Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 vendeu o seu veículo por R$30.000,00, em 15/12/2010, incorrendo em despesas para concretizar a vendano valor de R$ 1.000,00. Portanto, o valor realizável líquido será:

Valor da Venda 30.000 (valor realizável)

(-) Despesas Relacionadas (1.000)Valor Realizável Líquido 29.000

Repare que, na data do balanço patrimonial, o valor realizável é igualao valor corrente.

Valor   presente:-  Ativos:  são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo

futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado peloitem no curso normal das operações da entidade; e

-  Passivos:  são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxofuturo de saída líquida de caixa que se espera seja necessário paraliquidar o passivo no curso normal das operações da entidade.

Exemplo (Venda a prazo de mercadorias): A empresa J4M2, em02/01/2009 vendeu mercadorias a prazo no valor de R$ 10.000,00 para aempresa Kaprisma. O valor das mercadorias somente será pago pela Kaprismaem 30/12/2010. Considere que os juros embutidos na operação correspondema R$ 2.400,00. Não houve tributação nas vendas

Repare que o valor presente da Receita Bruta de Vendas será:

Valor da Venda a Prazo 10.000(-) Juros na Transação (2.400)(=) Valor Presente da Receita Bruta de Vendas 7.600

A base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades napreparação de suas demonstrações contábeis é o custo histórico.

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Exemplo: Os estoques são geralmente mantidos pelo menor valor entre ocusto e o valor líquido de realização, os títulos e ações negociáveis podem,em determinadas circunstâncias, ser mantidos a valor de mercado (valor

 justo) e os passivos decorrentes de pensões são mantidos pelo valor presente

de tais benefícios no futuro.

1.4.5.1.  Conceitos de Capital e de Manutenção de Capital

1.4.5.1.1.  Conceitos de Capital

O conceito financeiro de capital é adotado pela maioria das entidades napreparação de suas demonstrações contábeis.

De acordo com o conceito financeiro de capital, tal como o dinheiro

investido ou o seu poder de compra investido, o capital é sinônimo deativo líquido ou patrimônio líquido da entidade.

Por outro lado, segundo o conceito físico de capital, o capital éconsiderado como a capacidade produtiva da entidade baseada, porexemplo, nas unidades de produção diária.

A seleção do conceito de capital apropriado para a entidade deve ser baseadanas necessidades dos usuários das demonstrações contábeis.

Assim, o conceito financeiro de capital deve ser adotado se os usuários dasdemonstrações contábeis estão principalmente interessados na manutençãodo capital nominal investido ou no poder de compra do capital investido.

Se, entretanto, a principal preocupação dos usuários é com a capacidadeoperacional da entidade, o conceito físico de capital deve ser usado. Oconceito escolhido indica a meta a ser atingida na determinação do lucro,embora possa haver dificuldades de mensuração em se tornar operacionalesse conceito.

1.4.5.1.1.1.  Conceitos de Manutenção do Capital e Determinação doLucro

Os conceitos de capital dão origem aos seguintes conceitos de manutenção decapital:

Manutenção do capital financeiro: o lucro é auferido somente se omontante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos no fim doperíodo excede o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo doperíodo, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietáriose seus aportes de capital durante o período. A manutenção do capital

financeiro pode ser medida em qualquer unidade monetária nominal ou emunidades de poder aquisitivo constante. 

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Manutenção do capital físico: o lucro é auferido somente se acapacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade(ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade)no fim do período excede a capacidade física produtiva no início do

período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietáriose seus aportes de capital durante o período. 

O conceito de manutenção do capital um elo entre os conceitos de capital e osconceitos de lucro, pois fornece um ponto de referência para medição do lucroe também permite distinguir entre o retorno sobre o capital da entidade e arecuperação do capital.

Portanto, somente os ingressos de ativos que excederem os valoresnecessários para a manutenção do capital podem ser considerados como lucro

(retorno sobre o capital). O lucro é o valor remanescente depois que asdespesas (inclusive os ajustes de manutenção do capital, quando forapropriado) tiverem sido deduzidas do resultado. Se as despesasexcederem a receita, o saldo será um prejuízo.

Em relação às bases de mensuração, temos as seguintes regras:

- Conceito Físico de Manutenção de Capital: deve-se adotar o custocorrente.

- Conceito Financeiro de Manutenção de Capital: não requer autilização de uma base específica.

A seleção das bases de mensuração e o conceito de manutenção do capitaldeterminam o modelo contábil usado na preparação das demonstraçõescontábeis.

Já caiu em prova! (Analista de Saneamento- Ciências Contábeis-Embasa-2009-Cespe) Acerca dos conceitos de manutenção do capital e determinaçãodo lucro, contemplados no Pronunciamento Técnico CPC 00, julgue os itens aseguir.

1. O conceito de manutenção do capital está relacionado à forma como aentidade define o capital que ela procura manter, representando um elo entreos conceitos de capital e os conceitos de lucro.O conceito de manutenção do capital está relacionado à forma como aentidade define o capital que ela procura manter. Ele representa umelo entre os conceitos de capital e os conceitos de lucro, pois fornece umponto de referência para medição do lucro; é uma condição essencial paradistinguir entre o retorno sobre o capital da entidade e a recuperação docapital; somente os ingressos de ativos que excedem os valores necessários

para manutenção do capital podem ser considerados como lucro e, portanto,como retorno sobre o capital.

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Portanto, o lucro é o valor remanescente depois que as despesas(inclusive os ajustes de manutenção do capital, quando forapropriado) tiverem sido deduzidas do resultado. Se as despesasexcederem a receita, o saldo será um prejuízo. O item está correto.

2. O conceito financeiro de manutenção de capital requer a adoção do custocorrente como base de avaliação.

O conceito físico de manutenção de capital requer a adoção do custo correntecomo base de avaliação. O conceito financeiro de manutenção do capital,entretanto, não requer o uso de uma base específica de mensuração. Oitem está errado.

1.5.  Princípios de Contabilidade (aprovados pela Resolução do

Conselho Federal de Contabilidade – CFC - n

o

750/93).

Os Princípios de Contabilidade foram estabelecidos pelo Conselho Federal deContabilidade, por meio da Resolução CFC no 750/93, com as alteraçõestrazidas pela a Resolução CFC no 1.282/10. De acordo com o artigo 2o daresolução:

 Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência dasdoutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade , consoanteo entendimento predominante nos universos científico e profissional de

nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplode ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.

O artigo 3o

da Resolução no

750/93 enumera os princípios fundamentais,conforme descrito abaixo:

 Art. 3º São Princípios de Contabilidade:

 I)  o da ENTIDADE; II) o da CONTINUIDADE; III)  o da OPORTUNIDADE; IV)  o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;V)  o da COMPETÊNCIA; e

VI)  o da PRUDÊNCIA.

O principal objetivo da adoção dos princípios de contabilidade étornar as informações contábeis divulgadas uniformes, confiáveise úteis para os usuários internos e externos.

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Cabe ressaltar que, de acordo com o artigo 1o da Resolução no 750/93:

  Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) osenunciados por esta Resolução.

§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória

no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade dasNormas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situaçõesconcretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seusaspectos formais. 

Isto significa que, independentemente da forma jurídica aplicada, aContabilidade deve traduzir, primordialmente, o efeito econômico datransação, isto é, aquilo que, de fato, as transações representam parao patrimônio (essência das transações) deve prevalecer sobre os seusaspectos formais ou aparentes. 

Exemplo: A empresa J4M2 vendeu, à vista, um imóvel que possuía, na Av. RioBranco, 100, no Rio Janeiro, para a empresa Kaprisma, por R$ 100.000,00.Logo, em seguida, a empresa Kaprisma alugou o referido imóvel para aempresa J4M2, por um ano, com um aluguel mensal no valor de R$ 1.000,00.No contrato de aluguel havia uma cláusula que previa a possibilidade de aempresa J4M2 efetuar a recompra do imóvel ao final do seu prazo de vigência,pelo valor de R$ 100.000,00.

Repare que, neste exemplo, a forma jurídica da transação é uma venda deimóvel de J4M2 para Kaprisma, seguida de um aluguel do mesmo imóvel,agora pertencente à empresa Kaprisma, para a empresa J4M2. Vamos detalharmelhor:

Venda do Imóvel (J4M2 para Kaprisma) = R$ 100.000,00Aluguel do Imóvel (Kaprisma para J4M2) = R$ 1.000,00 mensais por um ano(R$ 12.000,00 no total)

EntidadeCompetênciaOportunidadePrudência

R egistro pelo Valor OriginalContinuidade

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O contrato de aluguel possuía uma cláusula com a previsão de recompra doimóvel, ao final do prazo de vigência. Repare que o valor final desembolsadopela J4M2, caso efetuasse a recompra, seria de R$ 112.000,00, quecorresponde ao valor da recompra do imóvel pela J4M2 (R$ 100.000,00),

somado ao valor que foi pago pela J4M2, como aluguel, por um ano decontrato (R$ 12.000,00).

Portanto, qual foi a essência da transação? Vamos lá! O que você acha? Aessência da transação é exatamente um empréstimo feito pela Kaprisma com aJ4M2.

Veja: Na aquisição do empréstimo, a empresa J4M2 recebeu R$ 100.000,00.Além disso, a empresa J4M2 pagou R$ 1.000,00 de “juros” durante um ano e,no final do período de vigência do “suposto” contrato de aluguel, recomprou o

imóvel por R$ 100.000,00. Viu? Esta é a essência da transação.

Já caiu em prova(Analista Judiciário-Contabilidade–TRT 17R-2009–Cespe-Adaptada) De acordo com os princípios de contabilidade, um bem

adquirido por meio de contrato de alienação fiduciária deve ser registrado noativo da entidade alienatária ou devedora. 

Como vimos anteriormente, independentemente da forma jurídica aplicada, aContabilidade deve traduzir, primordialmente, o efeito econômico datransação, isto é, aquilo que, de fato, as transações representam parao patrimônio (essência das transações) deve prevalecer sobre os seusaspectos formais ou aparentes.

Um exemplo de caso concreto ocorre quando uma entidade adquire bens por

meio de alienação fiduciária. Nesse tipo de contrato, o bem financiado étransferido para a propriedade da instituição financeira, embora permaneça naposse direta da entidade, que assume a condição de depositária do bem epode utilizá-lo normalmente. Além disso, pelo contrato, esta transferência depropriedade é transitória, tornando-se sem efeito após a quitação da dívida.

Logo, apesar de o bem, durante o período de duração do contrato de alienaçãofiduciária, ser propriedade da instituição financeira, ele é registradocontabilmente no ativo não circulante imobilizado (subgrupo do ativo noBalanço Patrimonial) da entidade compradora (alienatária), por ocasião de suaentrega pelo vendedor.

A essência das transações deve prevalecer sobre os seusaspectos formais ou aparentes. 

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Ou seja, neste exemplo concreto, prevalece a essência da transação (que ésemelhante a uma operação de compra e venda a prazo) sobre os aspectosformais (legais). Se os aspectos formais prevalecessem, o bem deveria estarregistrado no ativo da instituição financeira (alienante), que é sua proprietária

até a quitação do financiamento. O item está correto.

1.5.1.  Princípio da Entidade

De acordo com o artigo 4o da Resolução CFC no 750/93:

 Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objetoda Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial  , a necessidadeda diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos  patrimônios existentes  , independentemente de pertencer a uma

  pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição dequalquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde comaqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ouinstituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas arecíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de  patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, masnuma unidade de natureza econômico-contábil .

Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

1. Conceito principal do Princípio da ENTIDADE: autonomia dopatrimônio a ela pertencente.

2. Patrimônio: deve revestir-se do atributo de autonomia em relação atodos os outros Patrimônios existentes, pertencendo a uma Entidade,no sentido de sujeito suscetível à aquisição de direitos e obrigações.

3. A autonomia tem por corolário o fato de que o patrimônio de umaEntidade jamais pode confundir-se com aqueles dos seus sócios ouproprietários.

4. A autonomia patrimonial apresenta sentido unívoco. Porconsequência, o patrimônio pode ser decomposto em partes segundo os maisvariados critérios, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Masnenhuma classificação, mesmo que dirigida sob ótica setorial, resultará emnovas Entidades. Carece, pois, de sentido, a ideia de que as divisões oudepartamentos de uma Entidade possam constituir novas Entidades, ou “microentidades”, precisamente por que sempre lhes faltará o atributo da autonomia.A única circunstância em que poderá surgir nova Entidade, será aquela em quea propriedade de parte do patrimônio de uma Entidade, for transferida para

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outra unidade, eventualmente até criada naquele momento. Mas, no caso,teremos um novo patrimônio autônomo, pertencente a outra Entidade.

5. As somas e agregações de patrimônios de diferentes Entidades não

resultam em nova Entidade. A razão básica é a de que as Entidades cujasdemonstrações contábeis são consolidadas mantém sua autonomiapatrimonial, pois seus Patrimônios permanecem de sua propriedade. Como nãohá transferência de propriedade, não pode haver formação de novopatrimônio, condição primeira da existência jurídica de uma Entidade. Osegundo ponto a ser considerado é o de que a consolidação se refere àsdemonstrações contábeis, mantendo-se a observância dos Princípios deContabilidade no âmbito das Entidades consolidadas, resultando em umaunidade de natureza econômico-contábil, em que os qualificativos ressaltam osdois aspectos de maior relevo: o atributo de controle econômico e a

fundamentação contábil da sua estruturação.

Já caiu em prova! (Técnico em Contabilidade-Ministério da Saúde-2009-Cespe) Segundo o princípio da entidade, a soma ou agregação de patrimôniosautônomos resulta em uma nova entidade de natureza econômico-contábil. 

A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resultaem nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. Ou seja, se uma empresa é controladora de outra empresa (possuimais de 50% do capital votante) e faz um balanço consolidado por exigência

de lei (da controladora e da controlada), esta consolidação não forma umanova empresa. As empresas controladora e controlada continuam comempresas separadas. Portanto, o item está errado.

1.5.2.  Princípio da Continuidade

De acordo com o artigo 5o da Resolução CFC no 750/93:

  Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidadecontinuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e aapresentação dos componentes do patrimônio levam em contaesta circunstância. 

Postulado da Continuidade das Entidades: “Para a Contabilidade, aEntidade é um organismo vivo que irá viver (operar) por um longoperíodo de tempo (indeterminado) até que surjam fortes evidências emcontrário...” 

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Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

1. O Princípio da CONTINUIDADE afirma que o patrimônio da Entidade,na sua composição qualitativa e quantitativa, depende das condições

em que provavelmente se desenvolverão as operações da Entidade. Asuspensão das suas atividades podem provocar efeitos na utilidade dedeterminados ativos, com a perda, até mesmo integral de seu valor. Aqueda no nível de ocupação podem também provocar efeitossemelhantes.

2. A situação-limite na aplicação do Princípio da CONTINUIDADE éaquela em que há a completa cessação das atividades da Entidade. Nessa situação, os ativos materiais, como estoques, ferramentas ou máquinas,podem ter seu valor modificado substancialmente. As causas da limitação da

vida da Entidade não influenciam o conceito da continuidade; entretanto, comoconstituem informação de interesse para muitos usuários, quase sempre sãode divulgação obrigatória, segundo norma específica. No caso de provávelcessação da vida da Entidade, também o passivo é afetado, pois, além doregistro das exigibilidades, com fundamentação jurídica, também devem sercontemplados os prováveis desembolsos futuros, advindos da extinção em si.

1.5.3.  Princípio da Oportunidade

De acordo com o artigo 6o da Resolução CFC no 750/93:

  Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo demensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perdade sua relevância , por isso é necessário ponderar a relação entre aoportunidade e a confiabilidade da informação.

Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

1. O Princípio da OPORTUNIDADE exige a apreensão, o registro e orelato de todas as variações sofridas pelo patrimônio de uma Entidade,no momento em que elas ocorrerem. 

2. O Princípio da Oportunidade é a base indispensável à fidedignidadedas informações sobre o patrimônio da Entidade, relativas a umdeterminado período e com o emprego de quaisquer procedimentostécnicos. 

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3. O Princípio da OPORTUNIDADE abarca dois aspectos distintos, mascomplementares: a integridade e a tempestividade, razão pela qualmuitos autores preferem denominá-los de Princípio daUNIVERSALIDADE.

4. A integridade diz respeito à necessidade de as variações seremreconhecidas na sua totalidade, isto é, sem qualquer falta ou excesso. 

5. A tempestividade obriga a que as variações sejam registradas nomomento em que ocorrerem, mesmo na hipótese de alguma incerteza,na forma relatada no item anterior. Sem o registro no momento daocorrência, ficarão incompletos os registros sobre o patrimônio atéaquele momento, e, em decorrência, insuficientes quaisquerdemonstrações ou relatos, e falseadas as conclusões, diagnósticos e

prognósticos.6. Falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgaçãoda informação contábil: pode ocasionar a perda de sua relevância, porisso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e aconfiabilidade da informação.

1.5.4.  Princípio do Registro pelo Valor Original

De acordo com o artigo 7o da Resolução CFC no 750/93:

 Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que oscomponentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelosvalores originais das transações, expressos em moeda nacional .

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em grausdistintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor 

  justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data daaquisição. Os  passivos são registrados pelos valores dos recursosque foram recebidos em troca da obrigação ou  , em algumascircunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, osquais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

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II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, oscomponentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variaçõesdecorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixaou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se essesativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no  período das demonstrações contábeis. Os  passivos sãoreconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa,não descontados, que seriam necessários para liquidar aobrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;

b) Valor realizável . Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ouequivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em

uma forma ordenada. Os  passivos são mantidos pelos valores emcaixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam  pagos para liquidar as correspondentes obrigações no cursonormal das operações da Entidade;

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente,descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que seespera seja gerado pelo item no curso normal das operações daEntidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente,descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que seespera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ouum passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas aisso, em uma transação sem favorecimentos; e

e)   Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nosregistros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida devalor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores dastransações originais, é necessário atualizar sua expressão formal emmoeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os

valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o doPatrimônio Líquido; e

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III – a atualização monetária não representa nova avaliação , mastão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data,mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos atraduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado

 período.

Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

1. O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ordena que oscomponentes do patrimônio tenham seu registro inicial efetuado pelosvalores ocorridos na data das transações havidas com o mundoexterior à Entidade, estabelecendo, pois, a viga-mestra da avaliaçãopatrimonial: a determinação do valor monetário de um componente dopatrimônio.

2. Ao adotar a ideia de que a avaliação deva ser realizada comfundamento no valor de entrada, o Princípio consagra o uso dosvalores monetários decorrentes do consenso entre os agenteseconômicos externos e a Entidade – contabilmente, outras Entidades –ou da imposição destes.

3. No caso de doações recebidas pela Entidade, também existe atransação com o mundo exterior e, mais ainda, com efeito quantitativoe qualitativo sobre o patrimônio. Como a doação resulta em inegávelaumento do Patrimônio Líquido, cabe o registro pelo valor efetivo dacoisa recebida, no momento do recebimento, segundo o valor demercado.

4. A expressão do valor dos componentes patrimoniais em moedanacional decorre da necessidade de homogeneização quantitativa doregistro do patrimônio e das suas mutações, a fim de se obter anecessária comparabilidade e se possibilitarem agrupamentos devalores.

5. As bases de mensuração:  Custo histórico  e  Variação do custohistórico (Custo corrente, Valor realizável, Valor presente, Valor justoe Atualização monetária).

6. Atualização Monetária: a moeda, embora aceita universalmentecomo medida de valor, não representa unidade constante em termosdo poder aquisitivo. A atualização monetária não representa novaavaliação.

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Já caiu em prova! (Analista de Saneamento- Ciências Contábeis-Embasa-2009-Cespe) O princípio do registro pelo valor original estabelece que oscomponentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais dastransações com o mundo exterior. 

De acordo com a Resolução CFC no 750/93, por meio do Princípio doRegistro pelo Valor Original: Os componentes do patrimônio devem serregistrados pelos valores originais das transações com o mundoexterior. No caso de doação, o valor a ser registrado será o valor de mercado.Portanto, o item está correto.

1.5.5.  Princípio da Competência

De acordo com o artigo 9o da Resolução CFC no 750/93:

  Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos dastransações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos aque se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. 

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a  simultaneidade da confrontação de receitas e de despesascorrelatas.

Portanto, temos os seguintes pontos importantes:1. A compreensão do cerne do Princípio da COMPETÊNCIA estádiretamente ligada ao entendimento das variações patrimoniais e suanatureza. Nestas encontramos duas grandes classes: a daquelas quesomente modificam a qualidade ou a natureza dos componentespatrimoniais, sem repercutirem no montante do Patrimônio Líquido, ea das que o modificam. As primeiras são denominadas de“qualitativas”, ou “permutativas”, enquanto as segundas sãochamadas de “quantitativas”, ou “modificativas”. 

2. A competência é o princípio que estabelece quando um determinadocomponente deixa de integrar o patrimônio, para transformar-se emelemento modificador do Patrimônio Líquido. Da confrontação entre ovalor final dos aumentos do Patrimônio Líquido – usualmentedenominados “receitas” – e das suas diminuições – normalmentechamadas de “despesas”–, emerge o conceito de “resultado doperíodo”: positivo, se as receitas forem maiores do que as despesas;ou negativo, quando ocorrer o contrário.

3. O Princípio da Competência não está relacionado com recebimentosou pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas geradas e dasdespesas incorridas no período. 

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4. As despesas, na maioria das vezes, representam consumo de ativos,que tanto podem ter sido pagos em períodos passados, no próprioperíodo, ou ainda virem a ser pagos no futuro. De outra parte, não énecessário que o desaparecimento do ativo seja integral, pois muitas

vezes o consumo é somente parcial, como no caso das depreciações ounas perdas de parte do valor de um componente patrimonial do ativo,por aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA. Mas a despesa também podedecorrer do surgimento de uma exigibilidade sem a concomitantegeração de um bem ou de um direito, como acontece, por exemplo, nos juros moratórios e nas multas de qualquer natureza. Além disso, o fatogerador de uma despesa pode ocorrer em virtude um perecimento deum direito, como por exemplo, o cancelamento de um título a receber.

5. Entre as despesas do tipo em referência localizam-se também as

que se contrapõem a determinada receita, como é o caso dos custosdiretos com vendas, nos quais se incluem comissões, impostos e taxas.

6. A receita é considerada realizada no momento em que há a venda debens e direitos da Entidade – entendida a palavra “bem” em sentidoamplo, incluindo toda sorte de mercadorias, produtos, serviços,inclusive equipamentos e imóveis –, com a transferência da suapropriedade para terceiros, efetuando estes o pagamento em dinheiroou assumindo compromisso firme de fazê-lo num prazo qualquer. Normalmente, a transação é formalizada mediante a emissão de nota fiscal oudocumento equivalente, em que consta a quantificação e a formalização dovalor de venda, pressupostamente o valor de mercado da coisa ou do serviço.

7. Uma segunda possibilidade de receita é materializada na extinçãoparcial ou total de uma exigibilidade, como no caso do perdão de multafiscal, da anistia ou prescrição total ou parcial de uma dívida, daeliminação de passivo pelo desaparecimento do credor, pelo ganho decausa em ação em que se discutia uma dívida ou o seu montante, jádevidamente provisionado, ou outras circunstâncias semelhantes.

8. Há uma terceira possibilidade: a de geração de novos ativos sem ainterveniência de terceiros, como ocorre correntemente no setorpecuário, quando do nascimento de novos animais. Ou ainda, osurgimento do ativo sem o respectivo passivo, como no caso derecebimento de multas por atraso no pagamento de um título pelocliente.

9. A última possibilidade está representada na geração de receitas pordoações e subvenções recebidas.

Já caiu em prova! (Analista de Saneamento- Ciências Contábeis-Embasa-

2009-Cespe) O princípio da competência significa que os fatos devem serreconhecidos no patrimônio, isto é, registrados contabilmenteindependentemente do recebimento ou pagamento.

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De acordo com o princípio da competência, as receitas e as despesas devemser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempresimultaneamente quando se correlacionarem, independentemente derecebimento ou pagamento. O item está correto.

1.5.6.  Princípio da Prudência

De acordo com o artigo 10o da Resolução CFC no 750/93:

 Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os doPASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmenteválidas para a quantificação das mutações patrimoniais quealterem o patrimônio líquido.

Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego decerto grau de precaução no exercício dos julgamentosnecessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que  passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação doscomponentes patrimoniais.

Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

1. A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA – de forma a obter-se omenor Patrimônio Líquido, dentre aqueles possíveis diante deprocedimentos alternativos de avaliação – está restrita às variaçõespatrimoniais posteriores às transações originais com o mundoexterior, uma vez que estas deverão decorrer de consenso com osagentes econômicos externos ou da imposição destes. Esta é a razãopela qual a aplicação do Princípio da Prudência ocorreráconcomitantemente com a do Princípio da COMPETÊNCIA, quandoresultará, sempre, variação patrimonial quantitativa negativa, isto é,

redutora do Patrimônio Líquido.2. A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou umpassivo já escriturados por determinados valores, segundo o Princípiosdo REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL, surge dúvida sobre a aindacorreção deles. Havendo formas alternativas de se calcularem osnovos valores, deve-se optar sempre pelo que for menor do que oinicial, no caso de ativos, e maior, no caso de componentespatrimoniais integrantes do passivo. 

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3. A provisão para créditos de liquidação duvidosa constitui exemploda aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA, pois sua constituiçãodetermina o ajuste, para menos, de valor decorrente de transaçõescom o mundo exterior, das duplicatas ou de contas a receber. A

escolha não está no reconhecimento ou não da provisão, indispensávelsempre que houver risco de não recebimento de alguma parcela, mas,sim, no cálculo do seu montante.

4. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau deprecaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas emcertas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas nãosejam superestimados e que passivos e despesas não sejamsubestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo demensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

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1.6.  Memorize para a Prova

Estrutura Conceitual Básica

Objetivo do Relatório Contábil-Financeiro de Propósito Geral: fornecerinformações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta tal informação(reporting entity) que sejam úteis a investidores existentes e investidores empotencial, a credores por empréstimos e a outros credores, tendo em vista queo processo de tomada de decisão desses usuários está diretamente ligado aofornecimento de recursos para a entidade.

Usuários da InormaçãoUsuários: Investidores, credores por empréstimo e outros credores,existentes e em potencial (denominados de usuários primários dos

relatórios contábil-financeiros de propósito geral, pois  eles nãorequerem informações específicas para entidade, mas utilizam os relatórioscontábil-financeiros de propósito geral disponibilizados).

Outros usuários: administradores da própria entidade, órgãos reguladores,governos e os fiscos federal, estaduais e municipais.

Características Qualitativas da Informação Contábil-Financeira ÚtilCaracterísticas Qualitativas Fundamentais: relevância e representaçãofidedigna.

Características Qualitativas de Melhoria: comparabilidade,verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade.

Ativo  é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventospassados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicospara a entidade;

Passivo  é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos jáocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazesde gerar benefícios econômicos;

Patrimônio Líquido  é o valor residual dos ativos da entidade depois dededuzidos todos os seus passivos.

Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábilsob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição depassivos, que resultem em aumento do patrimônio líquido e que não sejamprovenientes de aporte dos proprietários da entidade; e

Despesas  são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período

contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementoem passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido e que nãosejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade. 

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Custo histórico:Ativos: são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ouequivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues paraadquiri-los na data da aquisição, podendo ou não ser atualizados pela

variação na capacidade geral de compra da moeda; e

Passivos: são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos emtroca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (por exemplo, imposto derenda), pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que serãonecessários para liquidar o passivo no curso normal das operações, podendotambém, em certas circunstâncias, ser atualizados monetariamente.

Custo corrente:Ativos: são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que

teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridosna data do balanço; e

Passivos: são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa,não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data dobalanço.

Valor realizável (valor de realização ou de liquidação):Ativos: são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa quepoderiam ser obtidos pela venda numa forma ordenada; e

Passivos: são mantidos pelos seus valores de liquidação, isto é, pelos valoresem caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriampagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal dasoperações da entidade.

Valor presente:Ativos: são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro deentrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normaldas operações da entidade; e

Passivos: são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro desaída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo nocurso normal das operações da entidade.

Capital Financeiro: o capital é sinônimo de ativo líquido ou patrimôniolíquido da entidade.

Capital Físico: o capital é considerado como a capacidade produtiva daentidade baseada, por exemplo, nas unidades de produção diária.

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Manutenção do capital financeiro: De acordo com esse conceito, o lucro éauferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidosno fim do período excede o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começodo período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e

seus aportes de capital durante o período. 

Manutenção do capital físico:  De acordo com esse conceito, o lucro éauferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidadeoperacional) da entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingiressa capacidade) no fim do período excede a capacidade física produtiva noinício do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietáriose seus aportes de capital durante o período. 

Lucro: é o valor remanescente depois que as despesas (inclusive os ajustes

de manutenção do capital, quando for apropriado) tiverem sido deduzidas doresultado. Se as despesas excederem a receita, o saldo será um prejuízo.

Princípios de Contabilidade: ECOPRC

Essência sobre a forma: A essência das transações deve prevalecer sobre osseus aspectos formais ou aparentes.

Princípio da Entidade:- Objeto da Contabilidade: Patrimônio,

- O Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ouproprietários, no caso de sociedade ou instituição.

- O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não éverdadeira.

- A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resultaem nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Princípio da Continuidade:- A Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a

mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levamem conta esta circunstância.

EntidadeCompetênciaOportunidadePrudênciaR egistro pelo Valor Original

Continuidade 

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Princípio da Oportunidade:- Processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais paraproduzir informações íntegras e tempestivas.

- Falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação dainformação contábil: pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso énecessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidadeda informação.

- Abarca dois aspectos distintos, mas complementares: a integridade ea tempestividade, sendo também conhecido como Princípio daUNIVERSALIDADE. 

Princípio do Registro pelo Valor Original:

- Os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelosvalores originais das transações, expressos em moeda nacional.

- Bases de mensuração: Custo histórico e Variação do custo histórico (custo corrente, valor realizável, valor presente, valor justo e atualizaçãomonetária).

- Atualização Monetária: a moeda, embora aceita universalmente comomedida de valor, não representa unidade constante em termos dopoder aquisitivo;

- A atualização monetária não representa nova avaliação.

Princípio da Competência:- Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejamreconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente dorecebimento ou pagamento.

- Pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e dedespesas correlatas.

- Exemplos de receitas realizadas:– nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ouassumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura napropriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pelafruição de serviços por esta prestados;– quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que sejao motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valorigual ou maior;– pela geração natural de novos ativos independentemente daintervenção de terceiros; e

– no recebimento efetivo de doações e subvenções.

- Exemplos de despesas incorridas:

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– quando deixar de existir o correspondente valor ativo, portransferência de sua propriedade para terceiro;– pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; e– pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

Princípio da Prudência:- Determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO edo maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativasigualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniaisque alterem o patrimônio líquido.

- Pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos  julgamentos necessários às estimativas em certas condições deincerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam

superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados,atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação doscomponentes patrimoniais.

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1.7.  Exercícios de Fixação

1.(Analista Administrativo-Especialidade Contábil-Previc-2011-Cespe) O conceito da chamada entidade em marcha, originado do pressuposto de que

toda entidade deve concretizar seus objetivos sem término delimitado, decorredo princípio contábil da oportunidade.

2.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Se a empresa tem uma obrigação presente, derivadade eventos já ocorridos, de cuja liquidação se espera que resulte saída derecursos capazes de gerar benefícios econômicos, tal obrigação deve serenquadrada como um passivo da entidade. 

3.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Receitas são definidas como aumentos nos benefícioseconômicos, durante o período contábil, que resultem em aumento dopatrimônio líquido, sob a forma de entrada de recursos provenientes deaumento de ativos ou de diminuição de passivos ou, ainda, de aporte dosproprietários da empresa.

4.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Ao avaliar se um item se enquadra na definição deativo, passivo ou patrimônio líquido, o contador deve considerar a essência,em detrimento da forma.

5.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Considerando-se determinados conceitos demanutenção de capital, os aumentos e as diminuições do patrimônio líquidodecorrentes de reavaliações ou de atualizações de ativos e passivosenquadram-se nas definições de receita e de despesa; por isso, devem serincluídos na demonstração de resultados.

6.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Considera-se um ativo aquele item que tem potencialpara contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes

de caixa da entidade.

7.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Conforme a estrutura conceitual da contabilidadeadotada no Brasil, as definições de receitas e despesas identificam os seusaspectos essenciais, mas não especificam os critérios que precisam sersatisfeitos para que sejam reconhecidas na demonstração do resultado.

8.(Contador-SEDUC/AM-2011-Cespe) De acordo com a nova estruturaconceitual da contabilidade, as empresas devem restringir o reconhecimento

da receita aos itens que apresentem grau suficiente de certeza em relação àsua ocorrência e que possam ser determinados em bases confiáveis. 

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9.(Contador-SEDUC/AM-2011-Cespe) Segundo o conceito financeiro decapital, o capital de uma empresa é representado pela sua situação patrimoniallíquida.

10.(Contador-SEDUC/AM-2011-Cespe) De acordo com o conceito físico decapital, capital é a capacidade produtiva fundamentada, por exemplo, nasunidades de produtos finalizadas diariamente.

11.(Analista Judiciário-Área: Administrativa-Contabilidade-TRE/ES-Cespe-2010) A confusão normalmente feita entre os termos capital epatrimônio é causada pelo fato de, na contabilidade, o capital ser constituídopelo patrimônio líquido, enquanto o patrimônio é formado pelo ativo total dasentidades. 

12.(Contador-STM-2010-Cespe) O objeto da contabilidade é o patrimônio,constituído pelo conjunto de bens, direitos e obrigações próprios dedeterminado ente. 

13.(Contador-STM-2010-Cespe) Patrimônio líquido é o conjunto derecursos controlados e utilizados pela entidade, fruto de suas transaçõespassadas e cujo objetivo é a geração de benefícios futuros.

14.(Técnico Judiciário-Apoio Especializado-Contabilidade-STM-2010-Cespe) Para se reconhecer um passivo na estrutura patrimonial de umaempresa, deve-se atender a requisitos específicos. Assim, um passivo seráreconhecido quando for provável que uma saída de recursos envolvendobenefícios econômicos seja exigida em liquidação de uma obrigação presente equando o valor pelo qual essa liquidação ocorrerá puder ser determinado embases confiáveis. 

15.(Oficial Técnico de Inteligência-Ciências Contábeis-Abin-2010-Cespe) A observância do princípio da continuidade é indispensável à corretaaplicação do princípio da competência, por se relacionar diretamente àquantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e porconstituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração deresultado.

16.(Oficial Técnico de Inteligência-Ciências Contábeis-Abin-2010-Cespe) Segundo o princípio da prudência, os encargos financeiros decorrentesde financiamento de ativos de longa maturação não devem ser ativados noperíodo pré-operacional, com amortização a partir do momento em que o ativoentrar em operação.

17.(Analista-Contabilidade-Perito-MPU-2010-Cespe)  Alvo de constantescríticas, o custo histórico como base de valor sofreu alterações com a

aprovação da Lei n.o 11.638/07.

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18.(Analista-Contabilidade-Perito-MPU-2010-Cespe) Um conglomeradoeconômico-financeiro, constituído pela soma dos patrimônios dos entes que ocompõem, não constitui entidade contábil.

19.(Analista-Contabilidade-Perito-MPU-2010-Cespe) O patrimônio não éobjeto de estudo exclusivo da contabilidade, haja vista que ciências como aadministração e a economia também se interessam pelo patrimônio, mas é aúnica que restringe o estudo do patrimônio a seus aspectos quantitativos.

20.(Analista-Contabilidade-Perito-MPU-2010-Cespe) Considere que umaempresa, após sucessivos prejuízos, ao atingir passivos superiores a seusativos, teve a falência decretada. Nessa situação, essa empresa ainda é umaentidade contábil.

21.(Analista-Contabilidade-Perito-MPU-2010-Cespe) Para o ConselhoFederal de Contabilidade brasileiro, os conceitos de entidade contábil e decontinuidade, mais do que princípios, são postulados, axiomas com base nosquais se constrói a teoria contábil.

22.(Analista Administrativo-Ciências Contábeis-Antaq-2009-Cespe) Asobrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial,existentes à época do balanço, deverão ser mantidas pelo seu valor em moedanacional à época da contratação da operação ou da última avaliação, se tiverhavido valorização cambial no período, em consonância com o princípio daprudência.

23.(Analista Judiciário-Contabilidade–TRT 17R-2009–Cespe-Adaptada) De acordo com os princípios de contabilidade, um bem adquirido por meio decontrato de alienação fiduciária deve ser registrado no ativo da entidadedevedora.

24.(Analista de Saneamento- Ciências Contábeis-Embasa-2009-Cespe)O princípio da competência significa que os fatos devem ser reconhecidos nopatrimônio, isto é, registrados contabilmente independentemente dorecebimento ou pagamento.

25.(Analista de Saneamento- Ciências Contábeis-Embasa-2009-Cespe)Em observância ao princípio da continuidade, o patrimônio dos sócios ouproprietários não deve confundir-se com o da sociedade ou instituição.

26.(Analista de Saneamento- Ciências Contábeis-Embasa-2009-Cespe)O princípio do registro pelo valor original estabelece que os componentes dopatrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com omundo exterior.

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27.(Assistente de Saneamento-Técnico Contábil-Embasa-2009-Cespe)O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades. 

28.(Assistente de Saneamento-Técnico Contábil-Embasa-2009-Cespe) 

A principal finalidade da contabilidade é prover informações para auxiliar atomada de decisões.

29.(Auditor-FUB-2009-Cespe) De acordo com o princípio da prudência,quando se apresentarem duas opções igualmente aceitáveis, a escolha deverárecair sobre a opção de maior valor para os componentes de ativo. 

30.(Auditor-FUB-2009-Cespe-Adaptada) Em obediência aos princípios decontabilidade, as doações devem ser registradas pelo valor efetivo da coisarecebida, no momento do recebimento e segundo o seu valor de mercado.

31.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Ténico em Contabilidade-IBAM-2009-Cespe) A contabilidade tem como objeto o patrimônio e comoum de seus objetivos prover seus usuários de informações úteis para a tomadade decisão. 

32.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Ténico em Contabilidade-IBAM-2009-Cespe) A contabilidade busca entender as mutações sofridaspelo patrimônio, tendo como alvo, entre outras, uma visão prospectiva depossíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da ação do homemcomo da natureza.

33.(Especialista em Regulação-Economia-Antaq-2009-Cespe) Umaentidade hipotética cujo patrimônio pertence a uma pessoa física, a sociedadesinformais e a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza pode disporlivremente, nos limites estabelecidos em lei, desse patrimônio, o qual deve serautônomo em relação aos demais patrimônios existentes nessa entidade.

34.(Técnico em Contabilidade-Ministério da Saúde-2009-Cespe)Segundo o princípio da entidade, a soma ou agregação de patrimôniosautônomos resulta em uma nova entidade de natureza econômico-contábil. 

35.(Técnico em Contabilidade-Ministério da Saúde-2009-Cespe) Acontinuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, ovalor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção daentidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.

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GABARITO:

1 – Errado 26 – Certo2 – Certo 27 – Certo

3 – Errado 28 – Certo4 – Certo 29 – Errado5 – Errado 30 – Certo6 – Certo 31 – Certo7 – Certo 32 – Certo8 – Certo 33 – Certo9 – Certo 34 – Errado10 – Certo 35 – Certo11 – Errado12 – Certo

13 – Errado14 – Certo15 – Certo16 – Errado17 – Certo18 – Certo19 – Errado20 – Certo21 – Errado22 – Errado23 – Certo24 – Certo25 – Errado

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1.8.  Resolução dos Exercícios de Fixação

1.(Analista Administrativo-Especialidade Contábil-Previc-2011-Cespe) O conceito da chamada entidade em marcha, originado do pressuposto de que

toda entidade deve concretizar seus objetivos sem término delimitado, decorredo princípio contábil da oportunidade.

Resolução

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará emoperação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação doscomponentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

As demonstrações contábeis são normalmente preparadas nopressuposto de que a entidade está em atividade (entidade emmarcha) e continuará em operação no futuro previsível.

Portanto, o conceito da chamada entidade em marcha, originado dopressuposto de que toda entidade deve concretizar seus objetivos sem términodelimitado, decorre do princípio contábil da continuidade.GABARITO: Errado

2.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Se a empresa tem uma obrigação presente, derivadade eventos já ocorridos, de cuja liquidação se espera que resulte saída derecursos capazes de gerar benefícios econômicos, tal obrigação deve serenquadrada como um passivo da entidade. 

Resolução

PassivoUma característica essencial para a existência de um passivo é que aentidade tenha uma obrigação presente resultante de um eventopassado.

Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer deuma certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis emconsequência de um contrato, por exemplo.

Portanto, se a empresa tem uma obrigação presente, derivada de eventos  já ocorridos, de cuja liquidação se espera que resulte saída derecursos capazes de gerar benefícios econômicos, tal obrigação deve serenquadrada como um passivo da entidade. GABARITO: Certo

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3.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Receitas são definidas como aumentos nos benefícioseconômicos, durante o período contábil, que resultem em aumento dopatrimônio líquido, sob a forma de entrada de recursos provenientes de

aumento de ativos ou de diminuição de passivos ou, ainda, de aporte dosproprietários da empresa.

Resolução

Receitas: são aumentos nos benefícios econômicos durante operíodo contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento deativos ou diminuição de passivos, que resultem em aumento dopatrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos

proprietários da entidade.Exemplo: Receita de vendas de mercadorias.

Cuidado, pois a banca foi maldosa nesse item. O item estava perfeito até aúltima linha: ..., ainda, de aporte dos proprietários da empresa.

Aporte dos proprietários da empresa não é receita. Por exemplo, se umproprietário integraliza um aumento de capital da empresa em dinheiro,haverá um aumento do ativo (aumento do dinheiro da empresa) e umaumento do patrimônio líquido (aumento do capital social), mas isso não é

uma receita. Atenção para não erra na hora da prova!GABARITO: Errado

4.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Ao avaliar se um item se enquadra na definição deativo, passivo ou patrimônio líquido, o contador deve considerar a essência,em detrimento da forma.

Resolução

Posição Patrimonial e FinanceiraOs elementos diretamente relacionados com a mensuração da posiçãopatrimonial e financeira são ativos, passivos e patrimônio líquido e sãoapresentados no balanço patrimonial da entidade.

Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo oupatrimônio líquido, deve-se ter atenção para a sua essência erealidade econômica e não apenas sua forma legal.GABARITO: Certo

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5.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Considerando-se determinados conceitos demanutenção de capital, os aumentos e as diminuições do patrimônio líquidodecorrentes de reavaliações ou de atualizações de ativos e passivos

enquadram-se nas definições de receita e de despesa; por isso, devem serincluídos na demonstração de resultados.

Resolução

Ajustes para Manutenção do CapitalQuando ocorre a reavaliação ou a atualização de ativos e passivos, há umaumento ou diminuição do patrimônio líquido.

Repare que, embora esses aumentos ou diminuições do patrimônio

líquido possam ser classificados como receitas ou despesas,respectivamente, eles não são considerados dessa forma, devendo serincluídos no patrimônio líquido como ajustes para manuntenção docapital.

Suponha que a empresa J4M2 possui 10.000 ações da Vale, registradas emseu patrimônio por R$ 200.000,00. No dia 6 maio de 2011, essas açõestiveram uma valorização na bolsa de valores e o valor de mercado das 10.000ações ficou em R$ 205.000,00.

Nesse caso, a empresa fará um ajuste para manutenção do capital no valorde R$ 5.000,00 (R$ 205.000,00 – R$ 200.000,00), ou seja, aumentará ovalor registrado das ações para R$ 205.000,00 e incluirá esse aumento de R$5.000,00 diretamente no patrimônio líquido (ajuste de avaliação patrimonial).GABARITO: Errado

6.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Considera-se um ativo aquele item que tem potencialpara contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentesde caixa da entidade.

Resolução

AtivosO benefício econômico futuro embutido em um ativo é o seu potencialem contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ouequivalentes de caixa para a entidade.GABARITO: Certo

7.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) Conforme a estrutura conceitual da contabilidade

adotada no Brasil, as definições de receitas e despesas identificam os seusaspectos essenciais, mas não especificam os critérios que precisam sersatisfeitos para que sejam reconhecidas na demonstração do resultado.

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Resolução

O resultado é, normalmente, utilizado como medida de desempenho ou comobase para outras avaliações, tais como o retorno do investimento ou resultado

por ação.

Os elementos diretamente relacionados com a mensuração doresultado são as receitas e as despesas.

As definições de receitas e despesas identificam os seus aspectosessenciais, mas não especificam os critérios que precisam sersatisfeitos para que sejam reconhecidas na demonstração doresultado.GABARITO: Certo

8.(Contador-SEDUC/AM-2011-Cespe) De acordo com a nova estruturaconceitual da contabilidade, as empresas devem restringir o reconhecimentoda receita aos itens que apresentem grau suficiente de certeza em relação àsua ocorrência e que possam ser determinados em bases confiáveis. 

Resolução

A receita é reconhecida na demonstração do resultado quando resultaem um aumento, que possa ser determinado em bases confiáveis, nosbenefícios econômicos futuros provenientes do aumento de um ativo ou dadiminuição de um passivo.

Isso significa, de fato, que o reconhecimento da receita ocorresimultaneamente com o reconhecimento de aumento de ativo ou dediminuição de passivo. Mas isso não significa que todo aumento de ativo ou

redução de passivo corresponda a uma receita.

Receitas: são aumentos nos benefícios econômicos durante operíodo contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumentode ativos ou diminuição de passivos, que resultem em aumento dopatrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dosproprietários da entidade.Exemplo: Receita de vendas de mercadorias.

Despesas:  são decréscimos nos benefícios econômicos durante operíodo contábil sob a forma de saída de recursos ou redução deativos ou incremento em passivos, que resultem em decréscimo dopatrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuiçãoaos proprietários da entidade.Exemplo: Despesa de salários de empregados.

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Exemplos:I - Venda de mercadorias à vista: há um aumento de ativo em virtude dorecebimento de dinheiro e caracteriza uma receita (aumento do patrimôniolíquido).

II -  Prescrição de um dívida: há uma diminuição de passivo em virtude daprescrição da dívida (obrigação de pagar) e caracteriza uma receita (aumentodo patrimônio líquido).

III - Compra de um veículo a prazo: há o aumento de ativo em virtude doveículo e há um aumento do passivo em virtude do financiamento a pagar.Portanto, não houve geração de receita (não há alteração do patrimôniolíquido).GABARITO: Certo

9.(Contador-SEDUC/AM-2011-Cespe) Segundo o conceito financeiro decapital, o capital de uma empresa é representado pela sua situação patrimoniallíquida.

Resolução

O conceito financeiro de capital é adotado pela maioria das entidades napreparação de suas demonstrações contábeis.

De acordo com o conceito financeiro de capital, tal como o dinheiroinvestido ou o seu poder de compra investido, o capital é sinônimo deativo líquido ou patrimônio líquido da entidade.

Por outro lado, segundo o conceito físico de capital, o capital é consideradocomo a capacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, nasunidades de produção diária.GABARITO: Certo

10.(Contador-SEDUC/AM-2011-Cespe) De acordo com o conceito físico decapital, capital é a capacidade produtiva fundamentada, por exemplo, nasunidades de produtos finalizadas diariamente.

Resolução

Segundo o conceito físico de capital, o capital é considerado como acapacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, nasunidades de produção diária.GABARITO: Certo

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11.(Analista Judiciário-Área: Administrativa-Contabilidade-TRE/ES-Cespe-2010) A confusão normalmente feita entre os termos capital epatrimônio é causada pelo fato de, na contabilidade, o capital ser constituídopelo patrimônio líquido, enquanto o patrimônio é formado pelo ativo total das

entidades. 

Resolução

Na verdade, é o patrimônio líquido que possui o capital social em suaconstituição e não o contrário.

Capital Social: corresponde à parte do Patrimônio Líquido formada por açõessubscritas na constituição ou no aumento do capital de uma sociedadeanônima.

O Capital Social é dividido em duas partes:

- Capital a Realizar (ou a Integralizar ou Não-Realizado): corresponde àsações subscritas que ainda não foram realizadas pelos acionistas.

- Capital Realizado (ou Integralizado): corresponde às ações subscritas erealizadas pelos acionistas (mínimo de 10%) ou quaisquer outros benssuscetíveis de avaliação em dinheiro.

Além disso, o patrimônio bruto da entidade é o ativo total e o patrimôniolíquido é a diferença positiva entre o ativo total e o passivo.GABARITO: Errado

12.(Contador-STM-2010-Cespe) O objeto da contabilidade é o patrimônio,constituído pelo conjunto de bens, direitos e obrigações próprios dedeterminado ente. 

Resolução

O objeto da Contabilidade é o patrimônio, que corresponde aoconjunto de bens, direitos e obrigações referentes à azienda ou entidadeeconômico-administrativa.

Por azienda, entende-se toda entidade organizada passível de ter umpatrimônio (bens, direitos e obrigações), ou seja, são pessoas jurídicas comfins lucrativos, empresas informais, entidades sem fins lucrativos, empresaspúblicas, pessoas físicas e etc.GABARITO: Certo

13.(Contador-STM-2010-Cespe) Patrimônio líquido é o conjunto de

recursos controlados e utilizados pela entidade, fruto de suas transaçõespassadas e cujo objetivo é a geração de benefícios futuros.

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Resolução

Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado deeventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios

econômicos para a entidade. Ou seja, a definição dada pelo item é deativo.

Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos jáocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazesde gerar benefícios econômicos.

Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois dededuzidos todos os seus passivos.GABARITO: Errado

14.(Técnico Judiciário-Apoio Especializado-Contabilidade-STM-2010-Cespe) Para se reconhecer um passivo na estrutura patrimonial de umaempresa, deve-se atender a requisitos específicos. Assim, um passivo seráreconhecido quando for provável que uma saída de recursos envolvendobenefícios econômicos seja exigida em liquidação de uma obrigação presente equando o valor pelo qual essa liquidação ocorrerá puder ser determinado embases confiáveis. 

Resolução

Reconhecimento de AtivosUm ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável quebenefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seucusto ou valor puder ser determinado em bases confiáveis.

Reconhecimento de PassivosUm passivo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provávelque uma saída de recursos envolvendo benefícios econômicos sejaexigida em liquidação de uma obrigação presente e o valor pelo qualessa liquidação se dará possa ser determinado em bases confiáveis.

Reconhecimento de ReceitasA receita é reconhecida na demonstração do resultado quando resulta em umaumento, que possa ser determinado em bases confiáveis, nos benefícioseconômicos futuros provenientes do aumento de um ativo ou da diminuiçãode um passivo.

Reconhecimento de DespesasAs despesas são reconhecidas na demonstração do resultado quando surgeum decréscimo, que possa ser determinado em bases confiáveis, nos futuros

benefícios econômicos provenientes da diminuição de um ativo ou doaumento de um passivo.GABARITO: Certo

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15.(Oficial Técnico de Inteligência-Ciências Contábeis-Abin-2010-Cespe) A observância do princípio da continuidade é indispensável à corretaaplicação do princípio da competência, por se relacionar diretamente àquantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e por

constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração deresultado.

Resolução

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações eoutros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,independentemente do recebimento ou pagamento. 

O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da

confrontação de receitas e de despesas correlatas.Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

I - A compreensão do cerne do Princípio da COMPETÊNCIA está diretamenteligada ao entendimento das variações patrimoniais e sua natureza. Nestasencontramos duas grandes classes: a daquelas que somente modificam aqualidade ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem nomontante do Patrimônio Líquido, e a das que o modificam. As primeiras sãodenominadas de “qualitativas”, ou “permutativas”, enquanto as segundas sãochamadas de “quantitativas”, ou “modificativas”.

II - A competência é o princípio que estabelece quando umdeterminado componente deixa de integrar o patrimônio, paratransformar-se em elemento modificador do Patrimônio Líquido. Daconfrontação entre o valor final dos aumentos do Patrimônio Líquido –usualmente denominados “receitas” – e das suas diminuições –normalmente chamadas de “despesas”–, emerge o conceito de“resultado do período”: positivo, se as receitas forem maiores do queas despesas; ou negativo, quando ocorrer o contrário. 

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará emoperação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação doscomponentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. 

Postulado da Continuidade das Entidades: “Para a Contabilidade, aEntidade é um organismo vivo que irá viver (operar) por um longoperíodo de tempo (indeterminado) até que surjam fortes evidências emcontrário...” 

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Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

I - O Princípio da CONTINUIDADE afirma que o patrimônio da Entidade, na suacomposição qualitativa e quantitativa, depende das condições em que

provavelmente se desenvolverão as operações da Entidade. A suspensão dassuas atividades podem provocar efeitos na utilidade de determinados ativos,com a perda, até mesmo integral de seu valor. A queda no nível de ocupaçãopodem também provocar efeitos semelhantes.

II - A situação-limite na aplicação do Princípio da CONTINUIDADE é aquela emque há a completa cessação das atividades da Entidade. Nessa situação, osativos materiais, como estoques, ferramentas ou máquinas, podem ter seuvalor modificado substancialmente. As causas da limitação da vida da Entidadenão influenciam o conceito da continuidade; entretanto, como constituem

informação de interesse para muitos usuários, quase sempre são de divulgaçãoobrigatória, segundo norma específica. No caso de provável cessação da vidada Entidade, também o passivo é afetado, pois, além do registro dasexigibilidades, com fundamentação jurídica, também devem ser contempladosos prováveis desembolsos futuros, advindos da extinção em si.

III - A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ouprovável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação dasmutações patrimoniais qualitativas e quantitativas.Mutações qualitativas: relacionadas aos elementos que compõem o patrimônio(bens, direitos e obrigações). Ex: Aquisição de um veículo (o veículo seráregistrado no patrimônio causando uma mutação qualitativa).

Mutações quantitativas: relacionadas aos elementos em valores monetários.

IV - A continuidade influencia o valor econômico dos ativos (bens e direitos) e,em muitos casos, o valor de vencimento dos passivos (obrigações),especialmente quando a extinção da entidade tem prazo determinado, previstoou previsível.

V - A observância do Princípio da Continuidade é indispensável àcorreta aplicação do Princípio da Competência, por efeito de serelacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniaise à formação do resultado, e de se constituir dado importante paraaferir a capacidade futura de geração de resultado.

Exemplo: Se há previsão de que uma determinada empresa vai se extinguirno próximo exercício, ao fazer o seu balanço patrimonial, tal empresa nãopoderá classificar suas obrigações a longo prazo no passivo não circulante esim no passivo circulante.

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Balanço Patrimonial: é uma demonstração financeira que evidencia,resumidamente, a situação patrimonial e financeira da entidade,quantitativamente e qualitativamente, em um dado momento (normalmenteem 31 de dezembro de cada ano).

Exemplo: Se há previsão de que a empresa não irá se extinguir, as despesasa serem apropriadas a longo prazo deverão ser, no atual balanço, classificadascomo ativo não circulante realizável a longo prazo.

Porque devemos apropriar as despesas de longo prazo no ativo não circulanterealizável a longo prazo?

As despesas são contas de resultados. Contudo as despesas A SEREMAPROPRIADAS A LONGO PRAZO são despesas que ainda vão ocorrer. Neste

caso, são despesas antecipadas, classificadas no ativo não circulante realizávela longo prazo, pois o fato gerador das despesas ainda não ocorreu de acordocom o Princípio da Competência.

Exemplo: A continuidade diz respeito diretamente ao valor econômico dosbens, ou seja, ao fato de um ativo manter-se nesta condição ou transformar-se, total ou parcialmente quando há previsão de encerramento das atividadesda Entidade, com o vencimento antecipado ou o surgimento de exigibilidades.GABARITO: Certo

16.(Oficial Técnico de Inteligência-Ciências Contábeis-Abin-2010-Cespe) Segundo o princípio da prudência, os encargos financeiros decorrentesde financiamento de ativos de longa maturação não devem ser ativados noperíodo pré-operacional, com amortização a partir do momento em que o ativoentrar em operação.

Resolução

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para oscomponentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que seapresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação dasmutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau deprecaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas emcertas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas nãosejam superestimados e que passivos e despesas não sejamsubestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo demensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

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Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

I - A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA – de forma a obter-se o menorPatrimônio Líquido, dentre aqueles possíveis diante de procedimentos

alternativos de avaliação – está restrita às variações patrimoniais posterioresàs transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverãodecorrer de consenso com os agentes econômicos externos ou da imposiçãodestes. Esta é a razão pela qual a aplicação do Princípio da Prudência ocorreráconcomitantemente com a do Princípio da COMPETÊNCIA, quando resultará,sempre, variação patrimonial quantitativa negativa, isto é, redutora doPatrimônio Líquido.

II - A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo  já escriturados por determinados valores, segundo o Princípios do REGISTRO

PELO VALOR ORIGINAL, surge dúvida sobre a ainda correção deles. Havendoformas alternativas de se calcularem os novos valores, deve-se optar semprepelo que for menor do que o inicial, no caso de ativos, e maior, no caso decomponentes patrimoniais integrantes do passivo.

III - A provisão para créditos de liquidação duvidosa constitui exemplo daaplicação do Princípio da PRUDÊNCIA, pois sua constituição determina o ajuste,para menos, de valor decorrente de transações com o mundo exterior, dasduplicatas ou de contas a receber. A escolha não está no reconhecimento ounão da provisão, indispensável sempre que houver risco de não recebimentode alguma parcela, mas, sim, no cálculo do seu montante.

IV - O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precauçãono exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condiçõesde incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados eque passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maiorconfiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentespatrimoniais.

V - Para melhor entendimento da aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA cumprelembrar que:

- os custos ativados devem ser considerados como despesa no período em queficar caracterizada a impossibilidade de eles contribuírem para a realização dosobjetivos operacionais da Entidade;

- todos os custos relacionados à venda, inclusive aqueles de publicidade,mesmo que institucional, devem ser classificados como despesas;

- os encargos financeiros decorrentes do financiamento de ativos delonga maturação devem ser ativados no período pré-operacional a

partir do momento em que o ativo entrar em operação.GABARITO: Errado

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17.(Analista-Contabilidade-Perito-MPU-2010-Cespe)  Alvo de constantescríticas, o custo histórico como base de valor sofreu alterações com aaprovação da Lei n.o 11.638/07.

Resolução

O critério de avaliação de ativos baseado no custo histórico sofreualterações com a aprovação da Lei no 11.638/2007.

Exemplo: O art. 183 da Lei no 6.404/76 (Lei das S.A.), com redação dada pelaLei no 11.638/07, estabelece que as aplicações em instrumentos financeiros (=instrumento financeiro ativo), inclusive derivativos, deverão ser avaliadas peloseu valor justo. Exemplos de instrumentos financeiros ativos: ações de umacompanhia aberta e Certificado de Depósito Bancário (CDB).

De acordo com o artigo 7o da Resolução CFC no 750/93:  Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original  determina que oscomponentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelosvalores originais das transações, expressos em moeda nacional .

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em grausdistintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a  serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dosrecursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em trocada obrigação ou  , em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ouequivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivono curso normal das operações; e

II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, oscomponentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variaçõesdecorrentes dos seguintes fatores:a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ouequivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ouativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período dasdemonstrações contábeis. Os  passivos são reconhecidos pelos valoresem caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriamnecessários para liquidar a obrigação na data ou no período dasdemonstrações contábeis;

b) Valor realizável . Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ouequivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em umaforma ordenada. Os  passivos são mantidos pelos valores em caixa e

equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos paraliquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operaçõesda Entidade;

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c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente,descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro

de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um  passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, emuma transação sem favorecimentos; e

e)   Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivoda moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeismediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos

componentes patrimoniais.

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, nãorepresenta unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores dastransações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moedanacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores doscomponentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e

III – a atualização monetária não representa nova avaliação  , mas tãosomente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediantea aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

I - O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ordena que oscomponentes do patrimônio tenham seu registro inicial efetuado pelos valoresocorridos na data das transações havidas com o mundo exterior à Entidade,estabelecendo, pois, a viga-mestra da avaliação patrimonial: a determinaçãodo valor monetário de um componente do patrimônio.

II - Ao adotar a ideia de que a avaliação deva ser realizada com fundamentono valor de entrada, o Princípio consagra o uso dos valores monetáriosdecorrentes do consenso entre os agentes econômicos externos e a Entidade –contabilmente, outras Entidades – ou da imposição destes.

III - No caso de doações recebidas pela Entidade, também existe a transação

com o mundo exterior e, mais ainda, com efeito quantitativo e qualitativosobre o patrimônio. Como a doação resulta em inegável aumento do

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Patrimônio Líquido, cabe o registro pelo valor efetivo da coisa recebida, nomomento do recebimento, segundo o valor de mercado. 

IV - A expressão do valor dos componentes patrimoniais em moeda nacional

decorre da necessidade de homogeneização quantitativa do registro dopatrimônio e das suas mutações, a fim de se obter a necessáriacomparabilidade e se possibilitarem agrupamentos de valores.

V - As bases de mensuração: Custo histórico e Variação do custo histórico(Custo corrente, Valor realizável, Valor presente, Valor justo e Atualizaçãomonetária).

VI - Atualização Monetária: a moeda, embora aceita universalmente comomedida de valor, não representa unidade constante em termos do poder

aquisitivo. A atualização monetária não representa nova avaliação.GABARITO: Certo

18.(Analista-Contabilidade-Perito-MPU-2010-Cespe) Um conglomeradoeconômico-financeiro, constituído pela soma dos patrimônios dos entes que ocompõem, não constitui entidade contábil.

Resolução

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidadee afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de umPatrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, umasociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem finslucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confundecom aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ouinstituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não éverdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomosnão resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de naturezaeconômico-contábil.

Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

I - Conceito principal do Princípio da ENTIDADE: autonomia do patrimônio aela pertencente.

II - Patrimônio: deve revestir-se do atributo de autonomia em relação a todosos outros Patrimônios existentes, pertencendo a uma Entidade, no sentido desujeito suscetível à aquisição de direitos e obrigações.

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III - A autonomia tem por corolário o fato de que o patrimônio de umaEntidade jamais pode confundir-se com aqueles dos seus sócios ouproprietários. 

IV - A autonomia patrimonial apresenta sentido unívoco. Por consequência, opatrimônio pode ser decomposto em partes segundo os mais variados critérios,tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Mas nenhuma classificação,mesmo que dirigida sob a ótica setorial, resultará em novas Entidades. Carece,pois, de sentido, a ideia de que as divisões ou departamentos de uma Entidadepossam constituir novas Entidades, ou “micro entidades”, precisamente porque sempre lhes faltará o atributo da autonomia. A única circunstância em quepoderá surgir nova Entidade, será aquela em que a propriedade de parte dopatrimônio de uma Entidade, for transferida para outra unidade,eventualmente até criada naquele momento. Mas, no caso, teremos um novo

patrimônio autônomo, pertencente a outra Entidade.V - As somas e agregações de patrimônios de diferentes Entidades nãoresultam em nova Entidade. A razão básica é a de que as Entidades cujasdemonstrações contábeis são consolidadas mantém sua autonomiapatrimonial, pois seus Patrimônios permanecem de sua propriedade. Como nãohá transferência de propriedade, não pode haver formação de novopatrimônio, condição primeira da existência jurídica de uma Entidade. Osegundo ponto a ser considerado é o de que a consolidação se refere àsdemonstrações contábeis, mantendo-se a observância dos Princípios deContabilidade no âmbito das Entidades consolidadas, resultando em umaunidade de natureza econômico-contábil, em que os qualificativos ressaltam osdois aspectos de maior relevo: o atributo de controle econômico e afundamentação contábil da sua estruturação.GABARITO: Certo

19.(Analista-Contabilidade-Perito-MPU-2010-Cespe) O patrimônio não éobjeto de estudo exclusivo da contabilidade, haja vista que ciências como aadministração e a economia também se interessam pelo patrimônio, mas é aúnica que restringe o estudo do patrimônio a seus aspectos quantitativos.

Resolução

De acordo com a Resolução CFC no 774/94 (que foi revogada para ResoluçãoCFC 1.282/10, mas possui alguns conceitos importantes):

Na Contabilidade, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade, definidocomo um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com terceiros,pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nassociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza,independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro.

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O essencial é que o patrimônio disponha de autonomia em relação aos demaispatrimônios existentes, o que significa que a Entidade dele pode disporlivremente, claro que nos limite estabelecidos pela ordem jurídica e, sob certoaspecto, da racionalidade econômica e administrativa.

O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – porexemplo, da Economia, da Administração e do Direito – que,entretanto, o estudam sob ângulos diversos daquele da Contabilidade,que o estuda nos seus aspectos quantitativos e qualitativos. Repare queo item fala apenas em aspectos quantitativos.

O patrimônio é representado por dois aspectos: aspecto qualitativo e aspectoquantitativo.

- Aspecto Qualitativo: corresponde à identificação dos elementos quecompõem o patrimônio (bens, direitos e obrigações).

- Aspecto Quantitativo: corresponde à identificação dos elementos emvalores monetários.

Elemento Patrimonial Aspecto Qualitativo Aspecto QuantitativoConta (*) Expressão Monetária

Dinheiro Caixa 1.000,00Mesas e Armários Móveis e Utensílios 10.000,00

Mercadorias para Revenda Mercadorias 4.000,00Receitas > Despesas Lucro 3.000,00Dívidas por compras a prazo Fornecedores 14.000,00(*) Conta: Nome ou título atribuído a atos e fatos contábeis de mesmanatureza. A função das contas é representar os itens patrimoniais (bens,direitos e obrigações) e de resultado (receita ou despesa).GABARITO: Errado

20.(Analista-Contabilidade-Perito-MPU-2010-Cespe) Considere que umaempresa, após sucessivos prejuízos, ao atingir passivos superiores a seus

ativos, teve a falência decretada. Nessa situação, essa empresa ainda é umaentidade contábil.

Resolução

Uma entidade com suas atividades reduzidas, ou suspensas temporariamente,ou até mesmo com suspensão definitiva de suas atividades, continuará a serobjeto da Contabilidade enquanto dispuser de patrimônio.

O que haverá é a reapreciação dos componentes patrimoniais, quantitativa equalitativamente, precisamente em razão do Princípio da Continuidade.

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Portanto, uma empresa continua a ser uma entidade contábil mesmo nasituação em que tem a sua falência decretada e isto se deve a umarazão bastante simples: a existência de patrimônio.GABARITO: Certo

21.(Analista-Contabilidade-Perito-MPU-2010-Cespe) Para o ConselhoFederal de Contabilidade brasileiro, os conceitos de entidade contábil e decontinuidade, mais do que princípios, são postulados, axiomas com base nosquais se constrói a teoria contábil.

Resolução

De acordo com a Resolução no 774/94, revogada pela Resolução 1.282/10:

  “(...) Nos princípios científicos  jamais pode haver hierarquização formal,dado que eles são os elementos predominantes na constituição de um corpoorgânico, proposições que se colocam no início de uma dedução, e sãodeduzidos de outras dentro do sistema. Nas ciências sociais, os princípios secolocam como axiomas, premissas universais e verdadeiras, assim admitidassem necessidade de demonstração, ultrapassando, pois, a condição de simplesconceitos.” 

Então é errado dizer que os conceitos de entidade contábil e de continuidade,são mais do que princípios, dado que não há hierarquia de princípios decontabilidade na visão do CFC.GABARITO: Errado

22.(Analista Administrativo-Ciências Contábeis-Antaq-2009-Cespe) Asobrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial,existentes à época do balanço, deverão ser mantidas pelo seu valor em moedanacional à época da contratação da operação ou da última avaliação, se tiverhavido valorização cambial no período, em consonância com o princípio daprudência.

Resolução

Questão literal da Lei no 6.404/76 (Lei da S.A.). A referida Lei, em seu artigo184, trata dos critérios de avaliação do passivo. Um desses critérios específicosserá utilizado para resolver a questão. Veja:

No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com osseguintes critérios:(...)  II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridadecambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em

vigor na data do balanço;

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Ou seja, as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridadecambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigorquando? Atenção, pois é na data do balanço e não na época da contrataçãoou última avaliação.

Vamos a alguns conceitos importantes tratados na questão. São eles:

I. Ativo: são os bens e os direitos (ou créditos) de propriedade da empresa,que são avaliáveis em dinheiro e que representam benefícios presentes oufuturos para a empresa.Exemplos: estoque de mercadorias para revendas; veículos; títulos a receber.

II. Passivo: são as obrigações (débitos ou dívidas) da empresa com terceiros.Exemplos: contas a pagar; empréstimos a pagar; financiamentos a pagar.

III. Equação Fundamental do Patrimônio: Ativo = Passivo + PLPL = Patrimônio Líquido

IV. Obrigações em Moeda Estrangeira: são débitos contraídos em moedadiferente do real. Por exemplo, a empresa obtém um empréstimo em dólar.

V. Cláusula de Paridade Cambial: é uma cláusula, por exemplo, constanteem um contrato de empréstimo, em que o valor da dívida é ajustado conformea variação da cotação da moeda estrangeira em relação à moeda nacional.

VI. Balanço = Balanço Patrimonial: demonstração contábil que mostra asituação financeira da empresa em determinado momento. É composto deAtivo, Passivo e Patrimônio Líquido, e suas respectivas contas.

VII. Princípio da Prudência: De acordo com o artigo 10o da Resolução doConselho Federal de Contabilidade (CFC) no 750/93: 

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para oscomponentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que seapresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação dasmutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resultemenor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmenteaceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais deContabilidade.GABARITO: Errado

23.(Analista Judiciário-Contabilidade–TRT 17R-2009–Cespe-Adaptada) De acordo com os princípios de contabilidade, um bem adquirido por meio de

contrato de alienação fiduciária deve ser registrado no ativo da entidadedevedora.

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Resolução

Nesta questão, temos um conceito muito importante, que, no processode convergência internacional das Normas Brasileiras de Contabilidade

(NBC) ganhou um grande destaque:

Cabe ressaltar que, de acordo com o § 2o do artigo 1o da Resolução CFCno 750/93: Na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidadea situações concretas, a essência das transações deve prevalecersobre seus aspectos formais.

Isto significa que, independentemente da forma jurídica aplicada, aContabilidade deve traduzir, primordialmente, o efeito econômico datransação, isto é, aquilo que, de fato, as transações representam parao patrimônio (essência das transações) deve prevalecer sobre os seusaspectos formais ou aparentes.

Um exemplo de caso concreto ocorre quando uma entidade adquire bens pormeio de alienação fiduciária. Nesse tipo de contrato, o bem financiado étransferido para a propriedade da instituição financeira, embora permaneça naposse direta da entidade, que assume a condição de depositária do bem epode utilizá-lo normalmente. Além disso, pelo contrato, esta transferência depropriedade é transitória, tornando-se sem efeito após a quitação da dívida.

Logo, apesar de o bem, durante o período de duração do contrato de alienaçãofiduciária, ser propriedade da instituição financeira, ele é registradocontabilmente no ativo não circulante imobilizado (subgrupo do ativo noBalanço Patrimonial) da entidade compradora, por ocasião de sua entrega pelovendedor.

Ou seja, neste exemplo concreto, prevalece a essência da transação (que ésemelhante a uma operação de compra e venda a prazo) sobre os aspectosformais (legais). Se os aspectos formais prevalecessem, o bem deveria estarregistrado no ativo da instituição financeira, que é sua proprietária até aquitação do financiamento.GABARITO: Certo

24.(Analista de Saneamento- Ciências Contábeis-Embasa-2009-Cespe)O princípio da competência significa que os fatos devem ser reconhecidos nopatrimônio, isto é, registrados contabilmente independentemente dorecebimento ou pagamento.

A essência das transações deve prevalecer sobre os seusaspectos formais.

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Resolução

De acordo com o princípio da competência, as receitas e as despesasdevem ser incluídas na apuração do resultado do período em que

ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,independentemente de recebimento ou pagamento.GABARITO: Certo

25.(Analista de Saneamento- Ciências Contábeis-Embasa-2009-Cespe)Em observância ao princípio da continuidade, o patrimônio dos sócios ouproprietários não deve confundir-se com o da sociedade ou instituição.

Resolução

A banca queria confundir o concurseiro mais desatento, tendo em vista que oconceito acima se refere ao princípio da entidade e não ao princípio dacontinuidade.

Princípio da Continuidade: a continuidade ou não da entidade, bemcomo sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quandoda classificação e avaliação das mutações patrimoniais qualitativas equantitativas. Assim, por exemplo, se há previsão de que uma determinadaempresa vai se extinguir no próximo exercício, ao fazer o seu balanço, talempresa não poderá classificar suas obrigações a longo prazo no passivoexigível a longo prazo, e sim no passivo circulante. Se há, por exemplo, aprevisão de que a empresa não irá se extinguir, as despesas a seremapropriadas a longo prazo deverão ser, no atual balanço, classificadas comoativo realizável a longo prazo. Se há, por exemplo, previsão que umadeterminada empresa irá se fundir com outra empresa, deverá haver no seupatrimônio líquido a incorporação de todas as reservas e lucros ao capitalsocial, a fim de facilitar a redistribuição das ações na nova empresa após afusão.

Princípio da ENTIDADE: reconhece o Patrimônio como objeto daContabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade dadiferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimôniosexistentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto depessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, comou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio nãose confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso desociedade ou instituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. Asoma ou agregação contábil de patrimônios autônomos, no caso de balançosconsolidados, não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza

econômico-contábil.GABARITO: Errado

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26.(Analista de Saneamento- Ciências Contábeis-Embasa-2009-Cespe)O princípio do registro pelo valor original estabelece que os componentes dopatrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com omundo exterior.

Resolução

Por meio do Princípio do Registro pelo Valor Original, os componentesdo patrimônio devem ser registrados pelos valores originais dastransações com o mundo exterior. No caso de doação, o valor a serregistrado será o valor de mercado.GABARITO: Certo

27.(Assistente de Saneamento-Técnico Contábil-Embasa-2009-Cespe)

O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades. Resolução

A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – econsiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com ascondições de generalidade, certeza e busca das causas, em nívelqualitativo semelhante às demais ciências sociais. 

Portanto, o objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades.GABARITO: Certo

28.(Assistente de Saneamento-Técnico Contábil-Embasa-2009-Cespe) A principal finalidade da contabilidade é prover informações para auxiliar atomada de decisões.

Resolução

A principal finalidade da contabilidade é prover informações paraauxiliar a tomada de decisões. 

O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecerinformações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta talinformação (reporting entity ) que sejam úteis a investidores existentes einvestidores em potencial, a credores por empréstimos e a outroscredores, tendo em vista que o processo de tomada de decisão dessesusuários está diretamente ligado ao fornecimento de recursos para a entidade.GABARITO: Certo

29.(Auditor-FUB-2009-Cespe) De acordo com o princípio da prudência,quando se apresentarem duas opções igualmente aceitáveis, a escolha deverá

recair sobre a opção de maior valor para os componentes de ativo. 

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Resolução

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para oscomponentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se

apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutaçõespatrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menorpatrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveisdiante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.GABARITO: Errado

30.(Auditor-FUB-2009-Cespe-Adaptada) Em obediência aos princípios decontabilidade, as doações devem ser registradas pelo valor efetivo da coisa

recebida, no momento do recebimento e segundo o seu valor de mercado.Resolução

No caso de doações recebidas pela Entidade, também existe a transação com omundo exterior e, mais ainda, com efeito quantitativo e qualitativo sobre opatrimônio.

Como a doação resulta em inegável aumento do Patrimônio Líquido,cabe o registro pelo valor efetivo da coisa recebida, no momento dorecebimento, segundo o valor de mercado. 

Mantém-se, no caso, intocado o princípio do Registro pelo Valor Original, coma única diferença em relação às situações usuais: uma das partes envolvidas –caso daquela representativa do mundo externo – abre mão dacontraprestação, que se transforma em aumento do Patrimônio Líquido daEntidade recebedora da doação.GABARITO: Certo

31.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Ténico em Contabilidade-IBAM-2009-Cespe) A contabilidade tem como objeto o patrimônio e comoum de seus objetivos prover seus usuários de informações úteis para a tomadade decisão. 

Resolução

Com certeza, hoje, você vai sonhar com o objeto da contabilidade(patrimônio) e um de seus objetivos (prover usuários de informaçõesúteis para a tomada de decisão).GABARITO: Certo

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32.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Ténico em Contabilidade-IBAM-2009-Cespe) A contabilidade busca entender as mutações sofridaspelo patrimônio, tendo como alvo, entre outras, uma visão prospectiva depossíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da ação do homem

como da natureza.

Resolução

O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por exemplo, daEconomia, da Administração e do Direito – que, entretanto, o estudam sobângulos diversos daquele da Contabilidade, que o estuda nos seus aspectosquantitativos e qualitativos. A Contabilidade busca, primordialmente,apreender, no sentido mais amplo possível, e entender as mutaçõessofridas pelo Patrimônio, tendo em mira, muitas vezes, uma visão

prospectiva de possíveis variações. As mutações tanto podem decorrerda ação do homem, quanto, embora quase sempre secundariamente,dos efeitos da natureza sobre o patrimônio.

Por aspecto qualitativo do patrimônio entende-se a natureza dos elementosque o compõem como dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos emmoeda, máquinas, estoques de materiais ou de mercadorias, etc. A delimitaçãoqualitativa desce, em verdade, até o grau de particularização que permita aperfeita compreensão do componente patrimonial. Assim, quando falamos em

  “máquinas”, ainda estamos a empregar um substantivo coletivo, cujaexpressão poderá ser de muita utilidade, em determinadas análises. Mas aContabilidade, quando aplicada a um patrimônio particular, não se limitará às

  “máquinas” como categoria, mas, dependendo das necessidades de controlepoderá descer a cada máquina em particular e, mais ainda, aos seuspormenores de forma que sua caracterização evite a confusão com quaisqueroutras máquinas, mesmo de tipo idêntico.

O atributo quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniaisem valores, o que demanda que a Contabilidade assuma posição sobre o queseja “Valor”, porquanto os conceitos sobre a matéria são extremamentevariados.

Do Patrimônio deriva o conceito de Patrimônio Líquido, mediante a equaçãoconsiderada como básica na Contabilidade:(Bens + Direitos) – (Obrigações) = Patrimônio Líquido

Quando o resultado da equação é negativo, convenciona-se denominá-lo de “Passivo a Descoberto”.

O Patrimônio Líquido não é uma dívida da Entidade para com seus sócios ouacionistas, pois estes não emprestam recursos para que ela possa ter vida

própria, mas, sim, os entregam, para que com eles forme o Patrimônio daEntidade.GABARITO: Certo

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33.(Especialista em Regulação-Economia-Antaq-2009-Cespe) Umaentidade hipotética cujo patrimônio pertence a uma pessoa física, a sociedadesinformais e a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza pode disporlivremente, nos limites estabelecidos em lei, desse patrimônio, o qual deve ser

autônomo em relação aos demais patrimônios existentes nessa entidade.

Resolução

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto daContabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade dadiferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimôniosexistentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, umconjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquernatureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência,

nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seussócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.GABARITO: Certo

34.(Técnico em Contabilidade-Ministério da Saúde-2009-Cespe)Segundo o princípio da entidade, a soma ou agregação de patrimôniosautônomos resulta em uma nova entidade de natureza econômico-contábil. 

Resolução

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto daContabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade dadiferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimôniosexistentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, umconjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquernatureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência,nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seussócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. Asoma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta emnova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Ou seja, se uma empresa é controladora de outra empresa (possui mais de50% do capital votante) e faz um balanço consolidado (da controladora e dacontrolada), esta consolidação não forma uma nova empresa. As empresascontroladora e controlada continuam com empresas separadas. GABARITO: Errado

35.(Técnico em Contabilidade-Ministério da Saúde-2009-Cespe) Acontinuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o

valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção daentidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.

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Resolução

Princípio da Continuidade:A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável,

devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutaçõespatrimoniais qualitativas e quantitativas.

Mutações qualitativas: relacionadas aos elementos que compõem opatrimônio (bens, direitos e obrigações).Exemplo: Aquisição de um veículo (o veículo será registrado no patrimôniocausando uma mutação qualitativa).

Mutações quantitativas: relacionadas aos elementos em valores monetários.A continuidade influencia o valor econômico dos ativos (bens e

direitos) e, em muitos casos, o valor de vencimento dos passivos(obrigações), especialmente quando a extinção da entidade tem prazodeterminado, previsto ou previsível.GABARITO: Certo

Bons estudos,

Moraes [email protected]

Bibliografia

Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07e pela Lei no 11.941/09.

Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).www.cpc.org.br

Normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). www.cfc.org.br

Normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). www.cvm.gov.br

FIPECAFI, Manual de Contabilidade Societária (aplicável a todas associedades). São Paulo. Editora Atlas. 2010.

MORAES JUNIOR, José Jayme. Contabilidade Geral . Rio de Janeiro. ElsevierEditora. 3a Edição. 2011.