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DIREITO AMBIENTAL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRF/5 PROFESSOR: BOTELHO Prof. Botelho www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 4 E aí, pessoal, tudo joia? Continuando nossa preparação para Analista do TRF/5, hoje vamos terminar a parte referente à Lei nº 6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente ou PNMA), vendo três tipos de instrumentos: zoneamento ambiental, estudo de impacto ambiental e licenciamento ambiental. Antes, uma errata da questão 86 (aula 2): a resposta é letra D (digitei a letra errada). Mas os comentários lá estão certos. --------------------------------------------------------------------------------------- Sumário 1. Instrumentos da PNMA .......................................................... 1 2. Zoneamento ambiental .......................................................... 2 3. Estudo de impacto ambiental .................................................. 3 4. Licenciamento ambiental .......................................................... 6 5. Questões .......................................................................... 10 6. Respostas .......................................................................... 25 7. Bibliografia .......................................................................... 49 --------------------------------------------------------------------------------------- 1. Instrumentos da PNMA São ferramentas previstas no art. 9º da Lei nº 6.938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) -, que contribuem efetivamente para sua implementação. Marquei em amarelo os incisos cobradas no edital. Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental; III - a avaliação de impactos ambientais (AIA); IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;

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Aula 4 E aí, pessoal, tudo joia? Continuando nossa preparação para Analista do TRF/5, hoje vamos terminar a parte referente à Lei nº 6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente ou PNMA), vendo três tipos de instrumentos: zoneamento ambiental, estudo de impacto ambiental e licenciamento ambiental. Antes, uma errata da questão 86 (aula 2): a resposta é letra D (digitei a letra errada). Mas os comentários lá estão certos. ---------------------------------------------------------------------------------------

Sumário

1. Instrumentos da PNMA .......................................................... 1 2. Zoneamento ambiental .......................................................... 2 3. Estudo de impacto ambiental .................................................. 3 4. Licenciamento ambiental .......................................................... 6 5. Questões .......................................................................... 10 6. Respostas .......................................................................... 25 7. Bibliografia .......................................................................... 49 ---------------------------------------------------------------------------------------

1. Instrumentos da PNMA São ferramentas previstas no art. 9º da Lei nº 6.938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) -, que contribuem efetivamente para sua implementação.

Marquei em amarelo os incisos cobradas no edital.

Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental; III - a avaliação de impactos ambientais (AIA); IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;

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V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental; X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes; XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros.

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2. Zoneamento ambiental Também conhecido como Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), é o planejamento do uso e da ocupação racional de cada área, conforme sua vocação ambiental e econômica. Segundo Édis Milaré, zoneamento ambiental é “o resultado de estudos conduzidos para o conhecimento sistematizado de características, fragilidades e potencialidades do meio, a partir de aspectos ambientais escolhidos em espaço geográfico delimitado”.

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Para Paulo Affonso Leme Machado, o zoneamento ambiental consiste em “dividir o território em parcelas nas quais se autorizam determinadas atividades ou interdita-se, de modo absoluto ou relativo, o exerício de outras atividades”. --------------------------------------------------------------------------------------

3. Estudo de impacto ambiental A implantação de qualquer atividade que cause impacto ao meio ambiente é condicionada a uma Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), para que seja ou não autorizada, e, caso autorizada, sejam exigidas do empreendedor as medidas de correção, mitigação ou compensação dos efeitos adversos. A AIA é um gênero do qual são espécies, entre outras: a) o Relatório Ambiental; b) o Plano e Projeto de Controle Ambiental; c) o Plano de Manejo; d) o Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD); e) o Estudo de Impacto de Ambiental (EIA), previsto no art. 225, §1º, IV, da Constituição. O Estudo (Prévio) de Impacto Ambiental (EIA) é uma modalidade de AIA realizada para subsidiar o licenciamento ambiental de atividades efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental. Revejam o art. 225, §1º, IV, da Constituição:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: (…) IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

Vamos ver agora o que diz o art. 3º da Resolução Conama nº 237/97:

Art. 3º. A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual se

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dará publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação.

A Resolução Conama nº 01/86 traz uma lista exemplificativa de atividades potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental.

Art. 2º. Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do Ibama em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; II - Ferrovias; III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66; V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230kV; VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração; X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; XI - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW;

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XII - Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos); XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI; XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental; XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha. ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério do MMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes; XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia.

Cabe ao empreendedor providenciar a realização do EIA e sua apresentação ao órgão competente. As despesas, portanto, ficam a cargo do empreendedor. O empreendedor poderá contratar uma empresa de consultoria, cujos membros deverão estar inscritos no Cadastro Técnico Federal de Atividades (art. 17, I, da PNMA), administrado pelo Ibama. O Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA) é um documento que reflete as conclusões do EIA de modo claro e acessível aos interessados. O EIA normalmente é mais complexo e tem linguagem mais técnica. O RIMA tem linguagem mais simples e usa fotos, tabelas, gráficos e mapas. Assim, o RIMA atende os princípios da informação e da participação popular. O órgão ambiental, sempre que julgar necessário, ou quando solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público, ou por pelo menos 50 cidadãos, realizará audiência pública para discussão do projeto e seu impacto ambiental. As audiências públicas também atendem os princípios da informação e da participação popular. Deverá ser dado publicidade ao EIA/RIMA, respeitado o sigilo industrial. --------------------------------------------------------------------------------------

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4. Licenciamento ambiental O uso dos recursos naturais, bens de uso comum do povo, depende do consentimento do Poder Público, por meio do licenciamento ambiental. É um exemplo de exercício de poder de polícia do Estado, caracterizado pela limitação de direitos de liberdade e propriedade de particulares em face do interesse público. É definido no art. 1º, I, da Resolução Conama 237/97:

Licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

Uma das etapas do licenciamento é a apresentação de algum tipo de avaliação de impacto ambiental, por exemplo, o EIA/RIMA. Ao final do licenciamento ambiental (que é um procedimento administrativo), a administração emite a Licença Ambiental (que é um ato administrativo), que estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser observadas pelo empreendedor. O licenciamento ambiental compreende a concessão de três licenças, que poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade (art. 8º da Resolução Conama 237/97): a) Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; b) Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; c) Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das

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licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. A competência para licenciar é do Poder Executivo federal, estadual ou municipal, por meio de órgãos ambientais. Os arts. 4º, 5º e 6º da Resolução Conama 237/97 tratam da competência para licenciar, respectivamente: do Ibama (órgão federal); dos órgãos ambientais dos Estados ou DF; e dos órgãos ambientais dos Municípios.

Art. 4º - Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, órgão executor do Sisnama, o licenciamento ambiental, a que se refere o artigo 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber: I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União. II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados; III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados; IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN; V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica. § 1º - O Ibama fará o licenciamento de que trata este artigo após considerar o exame técnico procedido pelos órgãos ambientais dos Estados e Municípios em que se localizar a atividade ou empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos no procedimento de licenciamento. § 2º - O Ibama, ressalvada sua competência supletiva, poderá delegar aos Estados o licenciamento de atividade

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com significativo impacto ambiental de âmbito regional, uniformizando, quando possível, as exigências. ------------------------------------------------------------------ Art. 5º - Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades: I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal; II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais; III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais Municípios; IV – delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convênio. Parágrafo único. O órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal fará o licenciamento de que trata este artigo após considerar o exame técnico procedido pelos órgãos ambientais dos Municípios em que se localizar a atividade ou empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos no procedimento de licenciamento. ------------------------------------------------------------------- Art. 6º - Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.

Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único nível de competência, ou seja, não há duplo ou triplo licenciamento (art. 7º da Resolução Conama 237/97).

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O órgão ambiental tem prazo máximo de 6 meses para analisar pedido de concessão de licença, a partir da protocolização do requerimento. Se houver EIA/RIMA ou audiência pública, o prazo máximo é de 12 meses (art. 14 da Resolução Conama 237/97). As licenças não são eternas, elas têm os seguintes prazos de validade (art. 18 da Resolução Conama 237/97):

Licença Prazo Licença Prévia até 5 anos Licença de Instalação até 6 anos Licença de Operação de 4 a 10 anos

Além disso, a licença ambiental pode ser modificada, suspensa ou cancelada antes do seu término por interesse público, má-fé do empreendedor, superveniência de irregularidades etc. Vejamos as hipóteses, conforme descritas no art. 19 da Resolução Conama 237/97.

Art. 19 – O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer: I - violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais. II - omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença. III - superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

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5. Questões Chegou a hora de resolver mais 48 questões! 5.1. Múltipla Escolha 141) (FCC - 2012 – TJ/GO – Juiz) No âmbito dos procedimentos de licenciamento ambiental, a exigência da elaboração de estudo prévio de impacto ambiental e de seu respectivo relatório (EIA/RIMA) (A) depende da ocorrência de uma das hipóteses taxativamente previstas na legislação aplicável e reconhecidas pelo órgão licenciador. (B) poderá ser efetuada em caráter discricionário pelo órgão licenciador, a partir dos elementos trazidos pelo empreendedor e independentemente do dano ambiental potencialmente causado pela atividade. (C) é definida conforme o tipo de atividade exercida, havendo atividades para as quais o EIA/RIMA é sempre exigível e outras para as quais é dispensado. (D) tem como hipótese constitucional a potencial ocorrência de significativo impacto ambiental, a ser verificado mediante estudos e declarações preliminares fornecidos pelo empreendedor ao órgão licenciador. (E) será efetuada, como regra geral, em caráter preliminar ao procedimento, em todas as hipóteses de exercício de atividades potencialmente poluidoras. 142) (FCC - 2012 – DPE/SP - Defensor Público) A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), após seus 30 anos de vigência, cumpre, de certa forma, o papel de Código Ambiental Brasileiro, assegurando normativamente: (A) a exigência de licença ambiental e de estudo de impacto de vizinhança para atividades efetiva ou potencialmente poluidoras. (B) a consagração da responsabilidade penal da pessoa jurídica. (C) o reconhecimento da legitimidade do Ministério Público para propor ação de responsabilidade civil e criminal em decorrência de danos causados ao ambiente. (D) a consagração expressa do princípio da precaução. (E) a caracterização da responsabilidade subjetiva do poluidor pela reparação ou indenização do dano ecológico causado. 143) (FCC - 2012 – TCE/AP - Analista de Controle Externo - Meio Ambiente) Com base na Resolução Conama 001/1986, qual documento relacionado à avaliação de impacto ambiental possui linguagem simplificada de forma a facilitar a compreensão das questões envolvidas pelos diferentes segmentos da sociedade?

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(A) Estudo de Impacto Ambiental (EIA). (B) Relatório de Controle Ambiental (RCA). (C) Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). (D) Plano de Controle Ambiental (PCA). (E) Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). 144) (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo - Meio Ambiente) A Resolução Conama 001/1986 define impactos ambientais como (A) as atividades que modificam o meio ambiente nos parques urbanos, nas Áreas de Preservação Permanente e nas Unidades de Conservação de proteção integral. (B) atividade econômica que necessariamente afete o bem estar das populações locais, resultando no deslocamento das mesmas para áreas não afetadas pela atividade focal. (C) as barragens, as rodovias, os portos e outras grandes obras realizadas pela União, pelos estados ou pelos municípios, com recursos próprios ou externos. (D) qualquer atividade humana que tenha efeito sobre uma área superior a 50 km2, incluindo tanto as áreas de vegetação nativa como áreas já previamente desmatadas. (E) alterações antropogênicas do meio ambiente que potencialmente afetam, entre outros, a qualidade dos recursos ambientais, a biota e a saúde humana. 145) (FCC - 2011 – TCM/BA - Procurador Especial de Contas) A sujeição de determinadas atividades ao licenciamento ambiental é tida como manifestação do poder de polícia voltada à proteção do meio ambiente porque (A) a outorga de licença é ato de império da Administração, de caráter discricionário e não sujeito a controle jurisdicional. (B) a ausência do licenciamento, quando devido, implica a prática de crime ambiental, passível de persecução por órgãos policiais. (C) existe, no curso do licenciamento, a possibilidade de negociação e concertação entre o interesse público e o particular, de modo que em certos casos possa haver o afastamento da supremacia do primeiro. (D) se trata do condicionamento do exercício de direitos individuais por razões de interesse público, o que corresponde à definição do poder de polícia administrativa. (E) é instituto disciplinado pela Constituição e pelas leis estaduais, voltado à atividade da Administração Pública. 146) (FCC - 2011 – TCM/BA - Procurador Especial de Contas) Considere as afirmações abaixo, a respeito do estudo de impacto ambiental (EIA):

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I. O estudo de impacto ambiental é obrigatório em qualquer hipótese de realização de obra ou atividade que cause risco de dano ambiental, independentemente de sua magnitude. II. O diagnóstico ambiental da área de influência do projeto e a definição de medidas mitigadoras dos eventuais impactos negativos estão entre os elementos obrigatórios do estudo de impacto ambiental. III. O órgão ambiental licenciador não está obrigado a aceitar as conclusões do estudo de impacto ambiental e poderá solicitar esclarecimentos e complementações. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) I e II. (C) II e III. (D) II. (E) III. 147) (FCC - 2011 – PGE/MT – Procurador) Uma rodovia que passe pelo território de quatro municípios no Estado de Mato Grosso deve ter seu licenciamento ambiental realizado (A) exclusivamente pela União. (B) exclusivamente pelo Estado de Mato Grosso. (C) exclusivamente pelo Estado de Mato Grosso, ouvidos os Municípios diretamente afetados, que se manifestarão em relação às questões inseridas na competência municipal. (D) em concorrência entre o Estado de Mato Grosso e os Municípios diretamente afetados. (E) em concorrência entre União, Estado de Mato Grosso e Municípios diretamente afetados. 148) (FCC - 2011 – TJ/PE – Juiz) Os municípios brasileiros, face ao ordenamento constitucional e legal, no que se refere ao licenciamento ambiental, (A) podem emitir licença ambiental exclusivamente nos casos que envolvam o patrimônio histórico local. (B) podem emitir licença ambiental, desde que o empreendimento seja de interesse apenas local e não afete o meio ambiente em nível regional ou nacional. (C) não podem emitir licença ambiental em hipótese nenhuma. (D) não podem emitir licença ambiental em hipótese nenhuma exceto se receberem, para tanto, delegação expressa do IBAMA. (E) podem emitir licença ambiental, desde que o empreendimento se situe e abranja área de região metropolitana reconhecida por lei.

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149) (FCC - 2010 – TCE/AP – Procurador) De acordo com a sistemática atualmente vigente relativamente ao licenciamento ambiental e ao estudo de impacto ambiental (EIA), (A) ambos são exigíveis para qualquer obra ou atividade, por expressa disposição constitucional. (B) ambos são exigíveis em obras ou atividades potencialmente causadoras de poluição, independentemente da decisão do órgão ambiental. (C) o licenciamento é cabível em caso de obras e atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, ao passo que o EIA será exigido quando houver possibilidade de significativa degradação, ficando a critério do órgão ambiental dispensá-lo, se esta não for verificada. (D) o licenciamento é cabível em caso de obras e atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, ao passo que o EIA será exigido quando houver possibilidade de significativa degradação, a critério do empreendedor. (E) as hipóteses de licenciamento e de exigência do EIA são tipificadas em resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, sem espaço para decisões por parte do empreendedor ou do órgão ambiental. 150) (FCC - 2010 – DPE/SP - Defensor Público) Das atividades econômicas abaixo, NÃO está sujeito a prévio Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) o projeto de (A) portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos. (B) ferrovias. (C) exploração econômica de madeira em área acima de 100 hectares. (D) barragem hidrelétrica com potencial de 9MW. (E) estradas de rodagem com duas faixas de rolamento. 151) (FCC - 2009 – TJ/MS – Juiz) O tipo de licença ambiental, expedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento, destinada, entre outras finalidades, a atestar a sua viabilidade ambiental e a estabelecer as condições para a sua instalação denomina-se (A) auditoria ambiental. (B) licença prévia. (C) relatório ambiental preliminar. (D) licença de instalação. (E) estudo prévio de impacto ambiental. 152) (FCC - 2009 – PGE/SP – Procurador) Com base na Resolução Conama 237/1997, e na Lei Estadual no 9.509/97, que instituiu o Seaqua (Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso

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Adequado dos Recursos Naturais), o Poder Público, no exercício de sua competência de licenciamento, expedirá (A) Licença de Ocupação (LO), que autoriza a ocupação da área, na fase de instalação da atividade, quando se tratar de empreendimento de utilidade pública, desde que atendidos os requisitos exigidos na LP. (B) Licença Prévia (LP), que atesta a viabilidade ambiental do empreendimento e apresenta as condicionantes para as próximas fases de sua implantação. (C) Licença de Instalação (LI) que autoriza o início dos estudos relativos à localização do empreendimento, de acordo com as especificações constantes do Projeto Executivo aprovado. (D) Licença Preliminar (LP), na fase inicial do empreendimento, contendo requisitos básicos a serem atendidos na fase de localização, instalação e operação, para fins de autorizar o início de obras que não acarretem desmatamento ou poluição. (E) Licença de Operação (LO), que autoriza o início da implantação do empreendimento, em se tratando de empreendimento licenciado por meio de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, desde que atendidos os requisitos exigidos nas licenças anteriores. 153) (FCC - 2009 – PGE/SP – Procurador) O Governo Federal pretende inverter o curso do Rio São Francisco e para tanto precisa obter o licenciamento ambiental da obra. Nos termos da Resolução Conama 237/1997, o licenciamento será de competência (A) federal, tendo em vista que o grau do impacto ambiental do empreendimento exige o licenciamento por meio de EIA/RIMA. (B) dos Estados, com oitiva dos Municípios por onde o Rio passa, tendo em vista que a União não pode fazer o licenciamento de obra em que ela seja o próprio empreendedor. (C) federal uma vez que o Rio São Francisco constitui bem da União. (D) federal, tendo em vista a extensão geográfica e o grau do impacto ambiental do empreendimento. (E) dos Estados e dos Municípios por onde o Rio passa, tendo em vista que a União não pode fazer o licenciamento de obra em que ela seja o próprio empreendedor. 154) (Cespe - 2009 – PGE/PE - Procurador de Estado) O licenciamento ambiental, instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, é procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais. Acerca da configuração jurídica do licenciamento nos termos da Resolução nº 237/1997 do CONAMA, é correto afirmar que (A) o licenciamento é obrigatório somente para as atividades arroladas no anexo da Resolução nº 237/1997. (B) o licenciamento não consubstancia o exercício do poder de polícia.

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(C) o licenciamento pode ser realizado por meio de uma única licença que agregue a concepção, instalação e operação do empreendimento. (D) os prazos máximos de vigência para as licenças prévia, de instalação e de operação são distintos. (E) o órgão ambiental não pode, por decisão motivada, modificar licenças já concedidas. 155) (Cespe - 2009 – PGE/PE - Procurador de Estado) O EIA e o seu respectivo RIMA são uma radiografia do empreendimento que está em vias de ser submetido ao processo de licenciamento. O EIA/RIMA é feito antes da concessão da licença prévia, a partir de um termo de referência fornecido pelo órgão ambiental. Não é diretriz mínima do termo de referência consoante o disposto na Resolução n.º 1/1986 do Conama (A) contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto. (B) identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de concepção e implantação da atividade. (C) definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos. (D) considerar os planos e programas governamentais propostos e em implantação na área de influência do projeto. (E) considerar a bacia hidrográfica na qual se localiza a área de influência do projeto. 156) (Cespe – 2011 – TRF/5 – Juiz Federal) Com relação ao zoneamento ambiental, assinale a opção correta. (A) Para integrar o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, os estados podem instituir regiões metropolitanas constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, condicionada tal iniciativa à aprovação, por lei, dos municípios envolvidos. (B) O plano diretor, instrumento para o estabelecimento de critérios gerais de ordenação dos espaços urbanos, é obrigatório para todas as cidades que se situem em um mesmo complexo geoeconômico e social e para as que, reunidas, constituam aglomerações urbanas e microrregiões. (C) O zoneamento ambiental constitui um dos instrumentos da PNMA para evitar a ocupação desordenada do solo urbano ou rural, razão por que cabe exclusivamente à União definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos. (D) As indústrias ou grupos de indústrias já existentes e que não se localizem nas zonas industriais definidas por lei devem ser submetidas à instalação de equipamentos especiais de controle e, nos casos mais graves, à relocalização, podendo-se conferir aos projetos com essa finalidade condições especiais de financiamento.

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(E) Considera-se zoneamento ambiental a definição do entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas se sujeitam a normas e restrições específicas, a fim de que se reduzam os impactos negativos sobre a unidade. 157) (Cespe – 2011 – TRF/5 – Juiz Federal) A respeito do EIA, assinale a opção correta. (A) Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em EIA e respectivo relatório (EIA/RIMA), o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e a manutenção de unidade de conservação de proteção integral. (B) A construção, a instalação, a ampliação e o funcionamento de estabelecimentos e atividades considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependem de prévio licenciamento, cuja concessão cabe privativamente ao órgão estadual competente. (C) O EIA deve ser realizado por equipe multidisciplinar habilitada, que, não vinculada direta ou indiretamente ao proponente do projeto, será a responsável técnica pelos resultados apresentados. (D) Compete ao Ibama determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais e às entidades privadas as informações indispensáveis para apreciação dos EIAs, e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental. (E) Um dos requisitos técnicos do EIA é a descrição da área de influência do projeto após a realização da obra. Embora não seja necessário caracterizar a situação da área antes da implantação do projeto, a legislação exige que se descreva, no EIA, de forma prospectiva, o modo como o meio físico, o meio biológico e os ecossistemas naturais reagem à obra ou ao empreendimento. 158) (Cespe – 2009 – TRF/5 – Juiz Federal) Acerca dos conceitos que envolvem o EIA, assinale a opção incorreta. (A) O impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem, entre outros aspectos, as atividades socioeconômicas. (B) O EIA será realizado por equipe multidisciplinar habilitada, não dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto, e que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados. (C) É o órgão público estadual de defesa do meio ambiente que tem competência para exigir das atividades ou obras potencialmente

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causadoras de significativa degradação ambiental o estudo prévio de impacto ambiental, podendo o órgão federal exigir, em caráter supletivo, o EIA se, por exemplo, o órgão estadual for omisso. (D) Dependerá da elaboração de EIA e respectivo relatório de impacto ambiental o licenciamento de atividades que envolvam quaisquer projetos urbanísticos, de instalação de linhas de transmissão de energia, de usinas de geração de eletricidade e de atividades que utilizem carvão vegetal. (E) O estudo prévio de impacto ambiental deverá observar uma série de diretrizes gerais previstas em lei, que podem ser complementadas pelo poder público municipal para atender a seu peculiar interesse. 159) (Cespe – 2009 – TRF/5 – Juiz Federal) Acerca do licenciamento ambiental, assinale a opção correta. (A) A construção, instalação, ampliação e funcionamento de atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, dependerão de prévio licenciamento dos órgãos federais que compõem o Sisnama. (B) Compete ao Ibama, órgão executor do Sisnama, o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades cujos impactos ambientais ultrapassem os limites territoriais de um ou mais municípios, bem como dos empreendimentos delegados pela União aos estados ou ao DF, por instrumento legal ou convênio. (C) Poderá ser concedida a cientistas, pertencentes a instituições científicas, oficiais ou oficializadas, ou por estas indicadas, licença especial para a coleta de espécimes da fauna silvestre, em qualquer época. Aos cientistas das instituições nacionais que tenham, por lei, a atribuição de coletar material zoológico para fins científicos serão concedidas licenças permanentes. (D) Para a expedição das diversas modalidades de licença ambiental (licença prévia, licença de instalação e licença de operação), o órgão ambiental competente não poderá estabelecer prazos de análise diferenciados, devendo, todos eles, observar o prazo máximo de doze meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento. (E) A licença de instalação autoriza, após as verificações necessárias, o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto na licença prévia. 160) (Cespe – 2011 – TRF/3 – Juiz Federal) Acerca do licenciamento ambiental, assinale a opção correta. (A) Compete ao Conama determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis consequências ambientais de projetos privados que possam causar significativa

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degradação ambiental, e ao Ibama cabe apreciar os estudos de impacto ambiental de projetos desenvolvidos pelo poder público. (B) Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos estados e do DF, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local, bem como o que lhe for delegado pelo estado-membro por instrumento legal ou convênio. (C) Pertence ao Ibama, em caráter exclusivo e indelegável, a competência para o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional. (D) O licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente e de todas as que assim forem consideradas por normas federais é da competência do órgão ambiental federal. (E) São idênticos os prazos de validade da licença prévia, da licença de instalação e da licença de operação, etapas inextinguíveis do licenciamento ambiental. 161) (Cespe – 2011 – TRF/3 – Juiz Federal) Assinale a opção correta a respeito do EIA. (A) No EIA, deve ser desenvolvido diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, considerados o meio físico, o biológico e os ecossistemas naturais, sendo de responsabilidade do RIMA a análise do meio socioeconômico e das relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos. (B) O elenco de atividades que dependem do EIA e respectivo RIMA consta exemplificativamente da lei, podendo o órgão ambiental competente, a seu critério, exigir a apresentação do EIA/RIMA em outras hipóteses que julgar relevantes. (C) No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao EIA, verificada a necessidade de complementação dos esclarecimentos prestados, o órgão ambiental competente poderá, de modo unilateral, independentemente da participação do empreendedor, exigir providências suplementares, cujo descumprimento implica o indeferimento sumário do pedido de licença. (D) A audiência pública não é etapa que deva preceder obrigatoriamente a realização do EIA, sendo necessária apenas quando solicitada pelo órgão ambiental responsável pela concessão do licenciamento, o único que dispõe de legitimidade para requerê-la. (E) Pertence ao empreendedor que pretenda a liberação ambiental de seus projetos o dever de pagar as custas do EIA, sujeitando-se, ele e os profissionais que subscrevam os estudos, à responsabilidade nas instâncias administrativa, civil e penal pelas informações apresentadas.

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162) (Cespe – 2011 – TRF/2 – Juiz Federal) A tutela do meio ambiente, devido à complexidade que engendra, envolve definição de políticas públicas, utilização adequada de instrumentos de prevenção e controle das atividades econômicas e atuação constante do poder público. Acerca desse tema, assinale a opção correta. (A) O estudo de impacto ambiental exigido por órgão ambiental competente pode ser objeto de reforma judicial. (B) Entre as atribuições do Conselho Nacional do Meio Ambiente, integrante do Sistema Nacional de Meio Ambiente, inclui-se o desenvolvimento de projetos para o uso racional e sustentável de recursos naturais e para melhorar a qualidade de vida da população. (C) Comparado à avaliação de impacto ambiental, o estudo de impacto ambiental tem abrangência restrita. (D) O estudo de impacto ambiental tem natureza jurídica de ato administrativo ambiental. (E) A autorização para o funcionamento de atividade potencialmente degradadora do ambiente independe da localização do empreendimento ou de estudos preliminares de uso do solo. 163) (Cespe – 2009 – TRF/1 – Juiz Federal) Quanto à licença e ao licenciamento ambiental, assinale a opção correta. (A) O licenciamento ambiental é espécie de ato administrativo unilateral e vinculado, pelo qual a administração faculta àquele que preenche os requisitos legais o exercício de determinada atividade. (B) Por ser ato vinculado sui generis, a licença ambiental não poderá ser concedida quando o estudo prévio de impacto ambiental for desfavorável ao empreendimento. (C) Por se tratar de ato administrativo por meio do qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser observadas pelo empreendedor, o licenciamento ambiental aplica-se a todas as atividades utilizadoras de recursos ambientais. (D) Em razão de sua discricionariedade, a licença ambiental não pode ser concedida sem que sejam supridas todas as condicionantes que limitem as atividades consideradas efetiva ou potencialmente degradadoras, previamente relacionadas na planilha de comando e controle do memorial descritivo que compõe o relatório de impacto ambiental. (E) O licenciamento ambiental é o conjunto de etapas constituintes do procedimento administrativo que objetiva a concessão da licença ambiental, sendo esta, portanto, uma das etapas do licenciamento. 164) (Cespe – 2009 – TRF/1 – Juiz Federal) Assinale a opção correta acerca do EIA.

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(A) O EIA deve ser um processo sequencial, que comece com a descrição da atividade proposta, prossiga com a análise das medidas mitigadoras e termine com a apresentação das consequências negativas do empreendimento, de forma a servir de base à tomada de decisão, que é política, sobre o projeto. (B) O EIA contribui para informar de maneira completa e exaustiva acerca de todos os desdobramentos de determinado projeto, permitindo que as organizações não governamentais possam tomar mais corretamente posição em relação a ele, de forma a eliminar a influência das elites científicas sobre a mídia. (C) O principal aspecto a ser considerado no EIA é o diagnóstico da área de influência indireta do projeto, que deve ser analisado a partir das alternativas locacionais determinadas pelo Conama e, ainda, determinar se a disposição final de resíduos, o tratamento de efluentes e as fontes de energia serão incluídas no empreendimento. (D) As informações técnicas constantes no EIA, o qual reflete as conclusões do órgão ambiental competente para o licenciamento, devem ser expressas em linguagem acessível ao público, ilustradas por mapas com escalas adequadas, quadros, gráficos e outras técnicas de comunicação visual, de modo que se facilite o entendimento das consequências ambientais do projeto e suas alternativas e se comparem as vantagens e desvantagens de cada uma delas. (E) Exige-se o EIA para a realização de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, sendo, por isso, necessário determinar os limites geográficos da área que será direta ou indiretamente afetada pelos impactos decorrentes da implementação do projeto. 165) (Cespe – 2009 – TRF/1 – Juiz Federal) O zoneamento ambiental (A) é instrumento de gestão do qual dispõem o governo, o setor produtivo e a sociedade, cujo fim específico é delimitar geograficamente áreas territoriais com o objetivo de estabelecer regimes especiais de uso, gozo e fruição da propriedade, em nível regional, estadual ou municipal. (B) é uma divisão analítica e disciplinadora da legislação ambiental do uso, gozo e fruição do solo, planejado com o objetivo de compartimentar a gestão dos recursos ambientais. (C) é espécie de controle estatal capaz de ordenar o funcionamento dos ecossistemas e a evolução das mudanças climáticas, de forma a compatibilizar as determinantes sistêmicas com os interesses e direitos ambientais e sociais e tornar possível o crescimento sustentável. (D) é instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas, estabelecendo medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, com objetivo de garantir o

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desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população. (E) é instrumento político de natureza punitiva que visa disciplinar as atividades antrópicas e a ocupação urbana. 166) (Cespe - 2009 - PGE/AL - Procurador de Estado) A respeito do estudo prévio de impacto ambiental, assinale a opção incorreta. (A) O primeiro diploma legal a prever estudos de avaliação de impactos foi a CF de 1998, que exige a realização de estudo prévio de impacto ambiental. (B) O estudo de impacto de vizinhança já estava previsto no ordenamento legal brasileiro antes da promulgação da CF. (C) Há resolução do Conama que define o que seja impacto ambiental. (D) O procedimento do EIA permite a participação popular. (E) No Brasil, a exigência do EIA é norma constitucional. 167) (Cespe – 2010 – MP/ES – Promotor de Justiça) O direito ambiental é entendido como um conjunto de princípios e normas jurídicas que buscam regular os efeitos diretos e indiretos da ação humana no meio, de forma a garantir às atuais e futuras gerações o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Acerca da proteção do meio ambiente, assinale a opção correta. (A) Como forma de garantir a participação da sociedade na política de proteção ambiental, é obrigatória a realização de audiências públicas antes da implementação de qualquer um dos instrumentos da política ambiental. (B) O estudo de impacto ambiental, instrumento de proteção do meio ambiente, representa a aplicação do princípio da precaução. (C) Impedir a exploração econômica dos recursos naturais é um dos objetivos do emprego do licenciamento ambiental como instrumento de proteção ao meio ambiente. (D) É competência exclusiva da União editar políticas públicas com a finalidade de manter a qualidade ambiental e o equilíbrio ecológico. (E) A cobrança pelo uso da água permite reconhecê-la como um bem econômico e, dessa forma, incentivar a racionalização do seu uso. 5.2. Certo ou Errado (Cespe - 2012 - AGU - Advogado da União) A respeito do EIA, importante instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, julgue os próximos itens.

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168) A concessão de licenciamento para desenvolvimento de atividade potencialmente danosa ao meio ambiente constitui ato do poder de polícia, sendo a análise dos EIAs atividade própria do Poder Executivo. 169) Lei estadual pode dispensar a realização de EIA se restar comprovado, por perícia, que determinada obra não apresenta potencial poluidor. 170) Não poderá ser deferida licença ambiental se o EIA e seu respectivo relatório — EIA/RIMA — revelarem possibilidade de danos graves ao meio ambiente. (Cespe – 2007 – TRF/5 – Juiz Federal) Em relação ao licenciamento ambiental, ao estudo de impacto ambiental (EIA) e ao relatório de impacto sobre o meio ambiente (RIMA), julgue os itens a seguir. 171) Por se inserir no campo da discricionariedade administrativa, a dispensa de apresentação de EIA e de RIMA como requisito para o licenciamento, nos casos em que o órgão ambiental considerar inexistente risco de significativa degradação ambiental, não está sujeita a controle judicial. 172) O licenciamento ambiental é um procedimento por meio do qual o Estado desenvolve seu poder de polícia no âmbito preventivo, exercendo controle prévio sobre atividades potencialmente causadoras de dano ao meio ambiente. 173) A exigência, ou não, de EIA decorre sempre da discricionariedade do administrador, que deve verificar, em cada caso, o grau de ofensividade ambiental do empreendimento proposto e determinar, se necessária, a formulação do EIA e do RIMA. 174) Cabe ao órgão ambiental competente indicar ao empreendedor a equipe técnica multidisciplinar que se incumbirá da elaboração do EIA e do RIMA, garantindo-se, assim, a necessária imparcialidade na sua confecção. 175) A licença prévia é um instrumento pelo qual a administração atesta a viabilidade da obra ou da atividade, mas a sua expedição independe de EIA e de RIMA, visto que, por ela, ainda não se acha autorizada a operação do empreendimento.

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176) (Cespe – 2010 – MP/ES – Promotor de Justiça) O estudo de impacto ambiental, apesar de constituir instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, só pode ser empregado no meio natural. 177) (Cespe – 2008 – AGU – Advogado da União) É constitucionalmente prevista a realização, por secretaria estadual de meio ambiente, de estudo de impacto ambiental sigiloso, sob o argumento de que a área poderia ser objeto de especulação imobiliária. (Cespe – 2008 – AGU – Advogado da União) Para efetiva garantia do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cabe ao poder público proteger a fauna e a flora, que não se formam isoladamente, mas da interação constante de matérias orgânicas e não-orgânicas. Toda comunidade de seres vivos interage com o meio circundante, com o qual estabelece intercâmbio recíproco. Da interação entre biocenose (elementos vivos) e biótopo (elementos não-vivos) forma-se o ecossistema, que, na CF, é protegido de forma macro e micro. A respeito da proteção macro dos ecossistemas, no que concerne a florestas e unidades de conservação, julgue os próximos itens. 178) Lei complementar ou ordinária não tem o poder de retirar da floresta amazônica brasileira a condição de bioma relevante para o patrimônio nacional. 179) A proteção constitucional da mata atlântica impede que haja propriedade privada nas áreas abrangidas por esse macroecossistema. 180) As áreas de reservas indígenas situadas nos biomas constitucionalmente protegidos estão sujeitas à atividade fiscalizatória ambiental da União. 181) A implantação de usina nuclear em unidade de conservação estadual depende de autorização específica em lei estadual. 182) (Cespe – 2007 – AGU – Procurador Federal) O estudo de impacto ambiental (EIA) e o seu relatório (RIMA) são documentos técnicos de caráter sigiloso, de forma a impedir danos às empresas concorrentes da obra pública em estudo.

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(Cespe – 2010 – AGU – Procurador Federal) A respeito dos estudos de impacto ambiental, julgue os itens que se seguem. 183) O licenciamento ambiental tem função eminentemente preventiva, porque permite que o poder público verifique e evite futuros danos à coletividade, que possam ser causados por determinada atividade a ser exercida pela iniciativa privada, e somente poderá ser deferido após a realização de estudo prévio de impacto ambiental. 184) Os estudos de impacto ambiental são exigidos, na forma da lei, nos casos de significativa degradação ambiental. 185) (Cespe – 2006 – AGU – Procurador Federal) A exigência pelo poder público da realização do estudo de impacto ambiental é exercício do poder discricionário do Estado no processo de licenciamento ambiental. 186) (Cespe – 2006 – AGU – Procurador Federal) A exigência pela administração pública da realização de estudos de impacto ambiental para o licenciamento de atividades potencialmente poluidoras configura exercício do poder de polícia. 187) (Cespe – 2006 – AGU – Procurador Federal) Em virtude do princípio administrativo da presunção de legitimidade, a administração pública, na execução direta de obras, é dispensada da realização prévia de estudo de impacto ambiental. 188) (Cespe – 2008 – PGE/ES – Procurador de Estado) A Constituição Federal dispôs sobre a proteção do meio ambiente, exigindo, em um de seus dispositivos, na forma da lei, estudo prévio de impacto ambiental para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação ao meio ambiente. A lei em questão é a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, que prevê o chamado estudo de impacto ambiental e o consequente relatório de impacto ao meio ambiente (EIA/RIMA).

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6. Respostas 6.1. Múltipla Escolha 141) (FCC - 2012 – TJ/GO – Juiz) No âmbito dos procedimentos de licenciamento ambiental, a exigência da elaboração de estudo prévio de impacto ambiental e de seu respectivo relatório (EIA/RIMA) (A) depende da ocorrência de uma das hipóteses taxativamente previstas na legislação aplicável e reconhecidas pelo órgão licenciador. (B) poderá ser efetuada em caráter discricionário pelo órgão licenciador, a partir dos elementos trazidos pelo empreendedor e independentemente do dano ambiental potencialmente causado pela atividade. (C) é definida conforme o tipo de atividade exercida, havendo atividades para as quais o EIA/RIMA é sempre exigível e outras para as quais é dispensado. (D) tem como hipótese constitucional a potencial ocorrência de significativo impacto ambiental, a ser verificado mediante estudos e declarações preliminares fornecidos pelo empreendedor ao órgão licenciador. (E) será efetuada, como regra geral, em caráter preliminar ao procedimento, em todas as hipóteses de exercício de atividades potencialmente poluidoras. Resposta: Letra D. Art. 225, §1º, IV, da Constituição. A letra A está ERRADA. O rol do art. 2° da Resolução Conama n° 01/86 NÃO é taxativo. A letra B está ERRADA. Se houver dano potencial, haverá EIA/RIMA. Não há discricionariedade, a exigência de EIA/RIMA é vinculada. A letra C foi dada como ERRADA. A letra E está ERRADA. Não é regra geral, é obrigatoriedade constitucional. E nas hipóteses de atividades significativamente poluidoras. 142) (FCC - 2012 – DPE/SP - Defensor Público) A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), após seus 30 anos de vigência, cumpre, de certa forma, o papel de Código Ambiental Brasileiro, assegurando normativamente: (A) a exigência de licença ambiental e de estudo de impacto de vizinhança para atividades efetiva ou potencialmente poluidoras. (B) a consagração da responsabilidade penal da pessoa jurídica. (C) o reconhecimento da legitimidade do Ministério Público para propor ação de responsabilidade civil e criminal em decorrência de danos causados ao ambiente.

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(D) a consagração expressa do princípio da precaução. (E) a caracterização da responsabilidade subjetiva do poluidor pela reparação ou indenização do dano ecológico causado. Resposta: Letra C. Art. 14, §1°, in fine. “O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.”. A letra A está ERRADA. O estudo de impacto de vizinhança é previsto no art. 4°, VI, do Estatuto da Cidade (Lei n° 10.257/01). A letra B está ERRADA. É o art. 3° da lei de crimes ambientais (Lei n° 9.605/98). A letra D está ERRADA. O princípio da precaução não está explícito na PNMA. A letra E está ERRADA. Responsabilidade objetiva. Art. 14, §1º, primeira parte: “Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade”. 143) (FCC - 2012 – TCE/AP - Analista de Controle Externo - Meio Ambiente) Com base na Resolução Conama 001/1986, qual documento relacionado à avaliação de impacto ambiental possui linguagem simplificada de forma a facilitar a compreensão das questões envolvidas pelos diferentes segmentos da sociedade? (A) Estudo de Impacto Ambiental (EIA). (B) Relatório de Controle Ambiental (RCA). (C) Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). (D) Plano de Controle Ambiental (PCA). (E) Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). Letra C. RIMA. Art. 9º, parágrafo único. “O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação”. 144) (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo - Meio Ambiente) A Resolução Conama 001/1986 define impactos ambientais como (A) as atividades que modificam o meio ambiente nos parques urbanos, nas Áreas de Preservação Permanente e nas Unidades de Conservação de proteção integral.

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(B) atividade econômica que necessariamente afete o bem estar das populações locais, resultando no deslocamento das mesmas para áreas não afetadas pela atividade focal. (C) as barragens, as rodovias, os portos e outras grandes obras realizadas pela União, pelos estados ou pelos municípios, com recursos próprios ou externos. (D) qualquer atividade humana que tenha efeito sobre uma área superior a 50 km2, incluindo tanto as áreas de vegetação nativa como áreas já previamente desmatadas. (E) alterações antropogênicas do meio ambiente que potencialmente afetam, entre outros, a qualidade dos recursos ambientais, a biota e a saúde humana. Resposta: Letra E. Art. 1°. “Considera -se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais”. 145) (FCC - 2011 – TCM/BA - Procurador Especial de Contas) A sujeição de determinadas atividades ao licenciamento ambiental é tida como manifestação do poder de polícia voltada à proteção do meio ambiente porque (A) a outorga de licença é ato de império da Administração, de caráter discricionário e não sujeito a controle jurisdicional. (B) a ausência do licenciamento, quando devido, implica a prática de crime ambiental, passível de persecução por órgãos policiais. (C) existe, no curso do licenciamento, a possibilidade de negociação e concertação entre o interesse público e o particular, de modo que em certos casos possa haver o afastamento da supremacia do primeiro. (D) se trata do condicionamento do exercício de direitos individuais por razões de interesse público, o que corresponde à definição do poder de polícia administrativa. (E) é instituto disciplinado pela Constituição e pelas leis estaduais, voltado à atividade da Administração Pública. Resposta: Letra D. O poder de polícia é a atividade do Estado que consiste em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público. A letra A está ERRADA porque a licença ambiental é ato de caráter discricionário, mas sujeito a controle de legalidade pelo Judiciário. A letra B está ERRADA porque a ausência de licenciamento configura infração administrativa. A letra C está ERRADA porque o interesse público não pode ser afastado.

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A letra E está ERRADA porque o licenciamento ambiental não é disciplinado na Constituição. 146) (FCC - 2011 – TCM/BA - Procurador Especial de Contas) Considere as afirmações abaixo, a respeito do estudo de impacto ambiental (EIA): I. O estudo de impacto ambiental é obrigatório em qualquer hipótese de realização de obra ou atividade que cause risco de dano ambiental, independentemente de sua magnitude. II. O diagnóstico ambiental da área de influência do projeto e a definição de medidas mitigadoras dos eventuais impactos negativos estão entre os elementos obrigatórios do estudo de impacto ambiental. III. O órgão ambiental licenciador não está obrigado a aceitar as conclusões do estudo de impacto ambiental e poderá solicitar esclarecimentos e complementações. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) I e II. (C) II e III. (D) II. (E) III. Resposta: Letra C. Só as afirmações II e III estão CERTAS. A afirmação I é ERRADA. Art. 3°, parágrafo único da Resolução Conama 237/97. “A critério do órgão ambiental competente, e quando verificado que o empreendimento ou atividade não é potencialmente causador de significativa degradação, poderá ser solicitado estudo ambiental diverso, em conformidade com a tipologia, localidade e características do empreendimento ou atividade a ser licenciada”. O EIA é para risco de danos significativos. A afirmação II é CERTA. Art. 6° da Resolução Conama 01/86. “O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades técnicas: I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto (…); (...) III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos (...)”. A afirmação III é CERTA. Art. 10 da Resolução Conama 01/86. “O órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o Município terá um prazo para se manifestar de forma conclusiva sobre o RIMA apresentado”. 147) (FCC - 2011 – PGE/MT – Procurador) Uma rodovia que passe pelo território de quatro municípios no Estado de Mato Grosso deve ter seu licenciamento ambiental realizado (A) exclusivamente pela União. (B) exclusivamente pelo Estado de Mato Grosso.

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(C) exclusivamente pelo Estado de Mato Grosso, ouvidos os Municípios diretamente afetados, que se manifestarão em relação às questões inseridas na competência municipal. (D) em concorrência entre o Estado de Mato Grosso e os Municípios diretamente afetados. (E) em concorrência entre União, Estado de Mato Grosso e Municípios diretamente afetados. Resposta: Letra C. Arts. 5°, III, e 7° da Resolução Conama 237/97.

Art. 5º - Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades: (...) III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais Municípios; (...) Art. 7º – Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único nível de competência, conforme estabelecido nos artigos anteriores.

Art. 13 da Lei Complementar n° 140/11.

Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar. § 1° Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental.

148) (FCC - 2011 – TJ/PE – Juiz) Os municípios brasileiros, face ao ordenamento constitucional e legal, no que se refere ao licenciamento ambiental, (A) podem emitir licença ambiental exclusivamente nos casos que envolvam o patrimônio histórico local. (B) podem emitir licença ambiental, desde que o empreendimento seja de interesse apenas local e não afete o meio ambiente em nível regional ou nacional. (C) não podem emitir licença ambiental em hipótese nenhuma. (D) não podem emitir licença ambiental em hipótese nenhuma exceto se receberem, para tanto, delegação expressa do IBAMA. (E) podem emitir licença ambiental, desde que o empreendimento se situe e abranja área de região metropolitana reconhecida por lei.

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Resposta: Letra B. Art. 6º da Resolução 237/1997 do CONAMA. “Art. 6º - Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio”. 149) (FCC - 2010 – TCE/AP – Procurador) De acordo com a sistemática atualmente vigente relativamente ao licenciamento ambiental e ao estudo de impacto ambiental (EIA), (A) ambos são exigíveis para qualquer obra ou atividade, por expressa disposição constitucional. (B) ambos são exigíveis em obras ou atividades potencialmente causadoras de poluição, independentemente da decisão do órgão ambiental. (C) o licenciamento é cabível em caso de obras e atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, ao passo que o EIA será exigido quando houver possibilidade de significativa degradação, ficando a critério do órgão ambiental dispensá-lo, se esta não for verificada. (D) o licenciamento é cabível em caso de obras e atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, ao passo que o EIA será exigido quando houver possibilidade de significativa degradação, a critério do empreendedor. (E) as hipóteses de licenciamento e de exigência do EIA são tipificadas em resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, sem espaço para decisões por parte do empreendedor ou do órgão ambiental. Resposta: Letra C. A licença é obrigatória quanto a empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental (art. 1º, II, da Resolução Conama 237/97). O EIA/RIMA é obrigatório quando houver risco de significativa degradação ambiental. Se não houver esse risco, não é obrigatório (art. 225, §1º, IV, da Constituição). 150) (FCC - 2010 – DPE/SP - Defensor Público) Das atividades econômicas abaixo, NÃO está sujeito a prévio Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) o projeto de (A) portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos. (B) ferrovias. (C) exploração econômica de madeira em área acima de 100 hectares. (D) barragem hidrelétrica com potencial de 9MW. (E) estradas de rodagem com duas faixas de rolamento. Resposta: Letra D. Só se fosse acima de 10MW. As demais estão CORRETAS. Art. 2° da Resolução Conama 01/86.

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151) (FCC - 2009 – TJ/MS – Juiz) O tipo de licença ambiental, expedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento, destinada, entre outras finalidades, a atestar a sua viabilidade ambiental e a estabelecer as condições para a sua instalação denomina-se (A) auditoria ambiental. (B) licença prévia. (C) relatório ambiental preliminar. (D) licença de instalação. (E) estudo prévio de impacto ambiental. Resposta: Letra B. Art. 8°, I, da Resolução Conama 237/97. “Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;” 152) (FCC - 2009 – PGE/SP – Procurador) Com base na Resolução Conama 237/1997, e na Lei Estadual no 9.509/97, que instituiu o Seaqua (Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais), o Poder Público, no exercício de sua competência de licenciamento, expedirá (A) Licença de Ocupação (LO), que autoriza a ocupação da área, na fase de instalação da atividade, quando se tratar de empreendimento de utilidade pública, desde que atendidos os requisitos exigidos na LP. (B) Licença Prévia (LP), que atesta a viabilidade ambiental do empreendimento e apresenta as condicionantes para as próximas fases de sua implantação. (C) Licença de Instalação (LI) que autoriza o início dos estudos relativos à localização do empreendimento, de acordo com as especificações constantes do Projeto Executivo aprovado. (D) Licença Preliminar (LP), na fase inicial do empreendimento, contendo requisitos básicos a serem atendidos na fase de localização, instalação e operação, para fins de autorizar o início de obras que não acarretem desmatamento ou poluição. (E) Licença de Operação (LO), que autoriza o início da implantação do empreendimento, em se tratando de empreendimento licenciado por meio de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, desde que atendidos os requisitos exigidos nas licenças anteriores. Resposta: Letra B. Art. 8°, I, da Resolução Conama 237/97. “Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos

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básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;” 153) (FCC - 2009 – PGE/SP – Procurador) O Governo Federal pretende inverter o curso do Rio São Francisco e para tanto precisa obter o licenciamento ambiental da obra. Nos termos da Resolução Conama 237/1997, o licenciamento será de competência (A) federal, tendo em vista que o grau do impacto ambiental do empreendimento exige o licenciamento por meio de EIA/RIMA. (B) dos Estados, com oitiva dos Municípios por onde o Rio passa, tendo em vista que a União não pode fazer o licenciamento de obra em que ela seja o próprio empreendedor. (C) federal uma vez que o Rio São Francisco constitui bem da União. (D) federal, tendo em vista a extensão geográfica e o grau do impacto ambiental do empreendimento. (E) dos Estados e dos Municípios por onde o Rio passa, tendo em vista que a União não pode fazer o licenciamento de obra em que ela seja o próprio empreendedor. Resposta: Letra D. Art. 4º, II, da Resolução Conama 237/97. 154) (Cespe - 2009 – PGE/PE - Procurador de Estado) O licenciamento ambiental, instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, é procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais. Acerca da configuração jurídica do licenciamento nos termos da Resolução nº 237/1997 do CONAMA, é correto afirmar que (A) o licenciamento é obrigatório somente para as atividades arroladas no anexo da Resolução nº 237/1997. (B) o licenciamento não consubstancia o exercício do poder de polícia. (C) o licenciamento pode ser realizado por meio de uma única licença que agregue a concepção, instalação e operação do empreendimento. (D) os prazos máximos de vigência para as licenças prévia, de instalação e de operação são distintos. (E) o órgão ambiental não pode, por decisão motivada, modificar licenças já concedidas. Resposta: Letra D. O prazo da licença prévia é de até 5 anos. O da licença de instalação é de até 6 anos. O da licença de operação vai de 4 a 10 anos. A letra A está ERRADA porque não há um rol taxativo. A letra B está ERRADA porque é sim poder de polícia. A letra C está ERRADA porque são três licenças para três momentos distintos: prévia, de instalação e de operação.

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A letra E está ERRADA porque é possível sim, fundamentadamente, alterar licença já concedida. 155) (Cespe - 2009 – PGE/PE - Procurador de Estado) O EIA e o seu respectivo RIMA são uma radiografia do empreendimento que está em vias de ser submetido ao processo de licenciamento. O EIA/RIMA é feito antes da concessão da licença prévia, a partir de um termo de referência fornecido pelo órgão ambiental. Não é diretriz mínima do termo de referência consoante o disposto na Resolução n.º 1/1986 do Conama (A) contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto. (B) identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de concepção e implantação da atividade. (C) definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos. (D) considerar os planos e programas governamentais propostos e em implantação na área de influência do projeto. (E) considerar a bacia hidrográfica na qual se localiza a área de influência do projeto. Resposta: Letra B. O art. 5º, II, da Resolução Conama nº 01/86 diz que uma das diretrizes do EIA é “identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da atividade”. As demais opções estão CERTAS (demais incisos do referido artigo). 156) (Cespe – 2011 – TRF/5 – Juiz Federal) Com relação ao zoneamento ambiental, assinale a opção correta. (A) Para integrar o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, os estados podem instituir regiões metropolitanas constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, condicionada tal iniciativa à aprovação, por lei, dos municípios envolvidos. (B) O plano diretor, instrumento para o estabelecimento de critérios gerais de ordenação dos espaços urbanos, é obrigatório para todas as cidades que se situem em um mesmo complexo geoeconômico e social e para as que, reunidas, constituam aglomerações urbanas e microrregiões. (C) O zoneamento ambiental constitui um dos instrumentos da PNMA para evitar a ocupação desordenada do solo urbano ou rural, razão por que cabe exclusivamente à União definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos. (D) As indústrias ou grupos de indústrias já existentes e que não se localizem nas zonas industriais definidas por lei devem ser submetidas à instalação de equipamentos especiais de controle e, nos casos mais graves, à relocalização, podendo-se conferir aos projetos com essa finalidade condições especiais de financiamento.

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(E) Considera-se zoneamento ambiental a definição do entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas se sujeitam a normas e restrições específicas, a fim de que se reduzam os impactos negativos sobre a unidade. Resposta: Letra D. A letra A está ERRADA porque os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum (art. 25, §3º, da Constituição). A letra B está ERRADA porque o plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana (art. 182, §1º, da Constituição). A letra C está ERRADA porque incumbe ao Poder Público federal, estadual ou municipal definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos (art. 225, §1º, III, da Constituição). A letra E está ERRADA porque isso é zona de amortecimento (art. 25 da Lei nº 9.985/00) e não zoneamento ambiental. 157) (Cespe – 2011 – TRF/5 – Juiz Federal) A respeito do EIA, assinale a opção correta. (A) Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em EIA e respectivo relatório (EIA/RIMA), o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e a manutenção de unidade de conservação de proteção integral. (B) A construção, a instalação, a ampliação e o funcionamento de estabelecimentos e atividades considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependem de prévio licenciamento, cuja concessão cabe privativamente ao órgão estadual competente. (C) O EIA deve ser realizado por equipe multidisciplinar habilitada, que, não vinculada direta ou indiretamente ao proponente do projeto, será a responsável técnica pelos resultados apresentados. (D) Compete ao Ibama determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais e às entidades privadas as informações indispensáveis para apreciação dos EIAs, e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental.

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(E) Um dos requisitos técnicos do EIA é a descrição da área de influência do projeto após a realização da obra. Embora não seja necessário caracterizar a situação da área antes da implantação do projeto, a legislação exige que se descreva, no EIA, de forma prospectiva, o modo como o meio físico, o meio biológico e os ecossistemas naturais reagem à obra ou ao empreendimento. Resposta: Letra A. Art. 36 da Lei n° 9.985/00 (Sistema Nacional de Unidades de Conservação: “Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei”. A letra B está ERRADA. Não necessariamente estadual. Art. 2° da Resolução Conama n° 237/97: “A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis”. A letra C está ERRADA. Segundo o próprio Cespe, a Resolução CONAMA nº 237, de 1997, revogou o art. 7º da Resolução nº 1, de 1986, determinando que os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor (art. 11, caput). O parágrafo único do art. 11 dispõe, ainda, que o empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos previstos no caput serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais. A letra D está ERRADA. Compete ao Conama. Art. 8°, II, da PNMA: “Art. 8°. Compete ao Conama: (…) II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informações indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas patrimônio nacional.”. A letra E está ERRADA. O EIA tem de falar do “antes” e do “depois”. Art. 6°, I, da Resolução Conama n° 01/86: “Art. 6º - O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades técnicas: I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a

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caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto (...)”. 158) (Cespe – 2009 – TRF/5 – Juiz Federal) Acerca dos conceitos que envolvem o EIA, assinale a opção incorreta. (A) O impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem, entre outros aspectos, as atividades socioeconômicas. (B) O EIA será realizado por equipe multidisciplinar habilitada, não dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto, e que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados. (C) É o órgão público estadual de defesa do meio ambiente que tem competência para exigir das atividades ou obras potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental o estudo prévio de impacto ambiental, podendo o órgão federal exigir, em caráter supletivo, o EIA se, por exemplo, o órgão estadual for omisso. (D) Dependerá da elaboração de EIA e respectivo relatório de impacto ambiental o licenciamento de atividades que envolvam quaisquer projetos urbanísticos, de instalação de linhas de transmissão de energia, de usinas de geração de eletricidade e de atividades que utilizem carvão vegetal. (E) O estudo prévio de impacto ambiental deverá observar uma série de diretrizes gerais previstas em lei, que podem ser complementadas pelo poder público municipal para atender a seu peculiar interesse. Resposta: Letras B e D. A questão foi anulada por ter duas respostas. A letra A está CERTA. Art. 1° da Resolução Conama n° 01/86: “considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais.”. A letra B está ERRADA, segundo o próprio Cespe, porque o art. 21 da Resolução Conama nº 237/97, revogou expressamente o art. 7º da Resolução Conama nº 01/86, que estipulava que o estudo de impacto ambiental deveria ser realizado por equipe multidisciplinar não dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto. A letra C está CERTA. Art. 2°, caput, da Resolução Conama n° 01/86: “Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do Ibama em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente”.

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A letra D está ERRADA. Art. 2° da Resolução Conama n° 01/86: “Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do Ibama em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: (…) VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230kV; (…) XI - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a forma de energia primária, acima de 10 MW;(…) XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério do MMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes; XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, derivados ou produtos similares em quantidade superior a dez toneladas por dia.”. A letra E está CERTA. Art. 5° da Resolução Conama n° 01/86: “Art. 5º - O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes gerais: I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto; II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da atividade; III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza; IV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade. Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental, o órgão estadual competente, ou o Ibama ou, quando couber, o Município, fixará as diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e características ambientais da área, forem julgadas necessárias, inclusive os prazos para conclusão e análise dos estudos.”. 159) (Cespe – 2009 – TRF/5 – Juiz Federal) Acerca do licenciamento ambiental, assinale a opção correta. (A) A construção, instalação, ampliação e funcionamento de atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, dependerão de prévio licenciamento dos órgãos federais que compõem o Sisnama. (B) Compete ao Ibama, órgão executor do Sisnama, o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades cujos impactos ambientais ultrapassem os limites territoriais de um ou mais municípios, bem como dos empreendimentos delegados pela União aos estados ou ao DF, por instrumento legal ou convênio. (C) Poderá ser concedida a cientistas, pertencentes a instituições científicas, oficiais ou oficializadas, ou por estas indicadas, licença especial para a coleta de espécimes da fauna silvestre, em qualquer época. Aos cientistas das instituições nacionais que tenham, por lei, a atribuição de coletar material zoológico para fins científicos serão concedidas licenças permanentes.

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(D) Para a expedição das diversas modalidades de licença ambiental (licença prévia, licença de instalação e licença de operação), o órgão ambiental competente não poderá estabelecer prazos de análise diferenciados, devendo, todos eles, observar o prazo máximo de doze meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento. (E) A licença de instalação autoriza, após as verificações necessárias, o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto na licença prévia. Resposta: Letra C. Art. 14, caput e §4º da Lei nº 5.197/67 (Código de Caça).

Art. 14. Poderá ser concedida a cientistas, pertencentes a instituições científicas, oficiais ou oficializadas, ou por estas indicadas, licença especial para a coleta de material destinado a fins científicos, em qualquer época. (...) § 4º Aos cientistas das instituições nacionais que tenham por Lei, a atribuição de coletar material zoológico, para fins científicos, serão concedidas licenças permanentes.

A letra A está ERRADA. Não só dos órgãos federais. Pode ser dos estaduais, distritais ou municipais. A letra B está ERRADA. A competência é do órgão ambiental estadual. A letra D está ERRADA. Os prazos podem ser diferenciados. Em regra, são de até 6 meses. Havendo EIA/RIMA ou audiência pública, são de até 12 meses. A letra E está ERRADA. Isso é licença de operação. 160) (Cespe – 2011 – TRF/3 – Juiz Federal) Acerca do licenciamento ambiental, assinale a opção correta. (A) Compete ao Conama determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis consequências ambientais de projetos privados que possam causar significativa degradação ambiental, e ao Ibama cabe apreciar os estudos de impacto ambiental de projetos desenvolvidos pelo poder público. (B) Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos estados e do DF, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local, bem como o que lhe for delegado pelo estado-membro por instrumento legal ou convênio. (C) Pertence ao Ibama, em caráter exclusivo e indelegável, a competência para o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional.

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(D) O licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente e de todas as que assim forem consideradas por normas federais é da competência do órgão ambiental federal. (E) São idênticos os prazos de validade da licença prévia, da licença de instalação e da licença de operação, etapas inextinguíveis do licenciamento ambiental. Resposta: Letra B. Art. 6º da Resolução Conama 237/97. A letra A está ERRADA. Tanto públicos quanto privados competem ao Conama. Art. 8º, II, da PNMA. A letra C está ERRADA. Se o âmbito é regional, é do órgão estadual, podendo haver delegação. A letra D está ERRADA. Em regra, do estadual. Art. 5º, II, da Resolução Conama 237/97. A letra E está ERRADA. Os prazos de validade são diferentes. Art. 18 da Resolução Conama 237/97. 161) (Cespe – 2011 – TRF/3 – Juiz Federal) Assinale a opção correta a respeito do EIA. (A) No EIA, deve ser desenvolvido diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, considerados o meio físico, o biológico e os ecossistemas naturais, sendo de responsabilidade do RIMA a análise do meio socioeconômico e das relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos. (B) O elenco de atividades que dependem do EIA e respectivo RIMA consta exemplificativamente da lei, podendo o órgão ambiental competente, a seu critério, exigir a apresentação do EIA/RIMA em outras hipóteses que julgar relevantes. (C) No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao EIA, verificada a necessidade de complementação dos esclarecimentos prestados, o órgão ambiental competente poderá, de modo unilateral, independentemente da participação do empreendedor, exigir providências suplementares, cujo descumprimento implica o indeferimento sumário do pedido de licença. (D) A audiência pública não é etapa que deva preceder obrigatoriamente a realização do EIA, sendo necessária apenas quando solicitada pelo órgão ambiental responsável pela concessão do licenciamento, o único que dispõe de legitimidade para requerê-la. (E) Pertence ao empreendedor que pretenda a liberação ambiental de seus projetos o dever de pagar as custas do EIA, sujeitando-se, ele e os profissionais que subscrevam os estudos, à responsabilidade nas

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instâncias administrativa, civil e penal pelas informações apresentadas. Resposta: Letra E. Art. 8º da Resolução Conama 01/86. A letra A está ERRADA. Art. 6º da Resolução Conama 01/86.

Artigo 6º - O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades técnicas: I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando: a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d'água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas; b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora, destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente; c) o meio socioeconômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a socioeconomia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.

A letra B está ERRADA. Não é da lei, é do art. 2º da Resolução Conama 01/86. A letra C está ERRADA. Art. 10, §2º, da Resolução Conama 237/97.

§2º. No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de impacto ambiental - EIA, se verificada a necessidade de nova complementação em decorrência de esclarecimentos já prestados, conforme incisos IV e VI, o órgão ambiental competente, mediante decisão motivada e com a participação do empreendedor, poderá formular novo pedido de complementação.

A letra D está ERRADA. A audiência pública também pode ser requerida por entidade civil, pelo Ministério Público ou por 50 cidadãos.

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162) (Cespe – 2011 – TRF/2 – Juiz Federal) A tutela do meio ambiente, devido à complexidade que engendra, envolve definição de políticas públicas, utilização adequada de instrumentos de prevenção e controle das atividades econômicas e atuação constante do poder público. Acerca desse tema, assinale a opção correta. (A) O estudo de impacto ambiental exigido por órgão ambiental competente pode ser objeto de reforma judicial. (B) Entre as atribuições do Conselho Nacional do Meio Ambiente, integrante do Sistema Nacional de Meio Ambiente, inclui-se o desenvolvimento de projetos para o uso racional e sustentável de recursos naturais e para melhorar a qualidade de vida da população. (C) Comparado à avaliação de impacto ambiental, o estudo de impacto ambiental tem abrangência restrita. (D) O estudo de impacto ambiental tem natureza jurídica de ato administrativo ambiental. (E) A autorização para o funcionamento de atividade potencialmente degradadora do ambiente independe da localização do empreendimento ou de estudos preliminares de uso do solo. Resposta: Letra C. O EIA é uma das espécies da AIA, restrita ao licenciamento de obra ou atividade que possa causar significativa degradação ao meio ambiente. A letra A está ERRADA. O documento EIA é técnico e não pode ser reformado judicialmente. Também o Judiciário não pode interferir se o órgão ambiental exige outra AIA que não seja o EIA. A letra B está ERRADA. Fundo Nacional do Meio Ambiente. Art. 1º da Lei nº 7.797/89.

Art. 1º Fica instituído o Fundo Nacional de Meio Ambiente, com o objetivo de desenvolver os projetos que visem ao uso racional e sustentável de recursos naturais, incluindo a manutenção, melhoria ou recuperação da qualidade ambiental no sentido de elevar a qualidade de vida da população brasileira.

A letra D está ERRADA. É instituto constitucional e instrumento da PNMA. O documento em si não é um ato praticado pela Administração. A letra E está ERRADA. Depende sim. 163) (Cespe – 2009 – TRF/1 – Juiz Federal) Quanto à licença e ao licenciamento ambiental, assinale a opção correta. (A) O licenciamento ambiental é espécie de ato administrativo unilateral e vinculado, pelo qual a administração faculta àquele que preenche os requisitos legais o exercício de determinada atividade.

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(B) Por ser ato vinculado sui generis, a licença ambiental não poderá ser concedida quando o estudo prévio de impacto ambiental for desfavorável ao empreendimento. (C) Por se tratar de ato administrativo por meio do qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser observadas pelo empreendedor, o licenciamento ambiental aplica-se a todas as atividades utilizadoras de recursos ambientais. (D) Em razão de sua discricionariedade, a licença ambiental não pode ser concedida sem que sejam supridas todas as condicionantes que limitem as atividades consideradas efetiva ou potencialmente degradadoras, previamente relacionadas na planilha de comando e controle do memorial descritivo que compõe o relatório de impacto ambiental. (E) O licenciamento ambiental é o conjunto de etapas constituintes do procedimento administrativo que objetiva a concessão da licença ambiental, sendo esta, portanto, uma das etapas do licenciamento. Resposta: Letra E. A letra A está ERRADA porque licenciamento ambiental não é ato, é procedimento. E a licença ambiental é discricionária. A letra B está ERRADA porque a licença ambiental é discricionária, sendo possível sua concessão mesmo com EIA desfavorável. A letra C está ERRADA porque licenciamento ambiental é procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. A letra D está ERRADA porque não é obrigatório que todas as condicionantes do RIMA sejam cumpridas. 164) (Cespe – 2009 – TRF/1 – Juiz Federal) Assinale a opção correta acerca do EIA. (A) O EIA deve ser um processo sequencial, que comece com a descrição da atividade proposta, prossiga com a análise das medidas mitigadoras e termine com a apresentação das consequências negativas do empreendimento, de forma a servir de base à tomada de decisão, que é política, sobre o projeto. (B) O EIA contribui para informar de maneira completa e exaustiva acerca de todos os desdobramentos de determinado projeto, permitindo que as organizações não governamentais possam tomar

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mais corretamente posição em relação a ele, de forma a eliminar a influência das elites científicas sobre a mídia. (C) O principal aspecto a ser considerado no EIA é o diagnóstico da área de influência indireta do projeto, que deve ser analisado a partir das alternativas locacionais determinadas pelo Conama e, ainda, determinar se a disposição final de resíduos, o tratamento de efluentes e as fontes de energia serão incluídas no empreendimento. (D) As informações técnicas constantes no EIA, o qual reflete as conclusões do órgão ambiental competente para o licenciamento, devem ser expressas em linguagem acessível ao público, ilustradas por mapas com escalas adequadas, quadros, gráficos e outras técnicas de comunicação visual, de modo que se facilite o entendimento das consequências ambientais do projeto e suas alternativas e se comparem as vantagens e desvantagens de cada uma delas. (E) Exige-se o EIA para a realização de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, sendo, por isso, necessário determinar os limites geográficos da área que será direta ou indiretamente afetada pelos impactos decorrentes da implementação do projeto. Resposta: Letra E. Art. 5º, III, da Resolução Conama 01/86. “Art. 5º. O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes gerais: (...) III.Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza”. A letra A está ERRADA. Primeiro a descrição, depois a apresentação das consequências e, por fim, a análise das medidas mitigadoras. A letra B está ERRADA. O EIA não é tão profundo e definitivo. E o restante da assertiva é totalmente inventado. A letra C está ERRADA. O diagnóstico da área de influência está previsto no art. 6º, I, da Resolução Conama 01/86, mas o resto não está. A letra D está ERRADA. Não é o EIA, é o RIMA. 165) (Cespe – 2009 – TRF/1 – Juiz Federal) O zoneamento ambiental (A) é instrumento de gestão do qual dispõem o governo, o setor produtivo e a sociedade, cujo fim específico é delimitar geograficamente áreas territoriais com o objetivo de estabelecer regimes especiais de uso, gozo e fruição da propriedade, em nível regional, estadual ou municipal. (B) é uma divisão analítica e disciplinadora da legislação ambiental do uso, gozo e fruição do solo, planejado com o objetivo de compartimentar a gestão dos recursos ambientais.

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(C) é espécie de controle estatal capaz de ordenar o funcionamento dos ecossistemas e a evolução das mudanças climáticas, de forma a compatibilizar as determinantes sistêmicas com os interesses e direitos ambientais e sociais e tornar possível o crescimento sustentável. (D) é instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas, estabelecendo medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, com objetivo de garantir o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população. (E) é instrumento político de natureza punitiva que visa disciplinar as atividades antrópicas e a ocupação urbana. Resposta: Letra A. A letra B está ERRADA porque não é uma divisão da legislação nem serve pra dividir a gestão ambiental. A letra C está ERRADA porque não é possível ordenar o funcionamento dos ecossistemas e a evolução das mudanças climáticas. A letra D foi dada como ERRADA. Mas o art. 2º do Decreto 4297/02 define ZEE (Zoneamento Ecológico-Econômico) com essas EXATAS palavras. A letra E está ERRADA porque não é punitivo. Atividade antrópica é a desenvolvida pelo homem. 166) (Cespe - 2009 - PGE/AL - Procurador de Estado) A respeito do estudo prévio de impacto ambiental, assinale a opção incorreta. (A) O primeiro diploma legal a prever estudos de avaliação de impactos foi a CF de 1998, que exige a realização de estudo prévio de impacto ambiental. (B) O estudo de impacto de vizinhança já estava previsto no ordenamento legal brasileiro antes da promulgação da CF. (C) Há resolução do Conama que define o que seja impacto ambiental. (D) O procedimento do EIA permite a participação popular. (E) No Brasil, a exigência do EIA é norma constitucional. Resposta: Letra A. Foi a PNMA, de 1981. A letra B foi dada como CERTA. A letra C está CERTA. Art. 1° da Resolução Conama n° 01/86. A letra D está CERTA.

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A letra E está CERTA. Art. 225, §1º, IV, da Constituição. 167) (Cespe – 2010 – MP/ES – Promotor de Justiça) O direito ambiental é entendido como um conjunto de princípios e normas jurídicas que buscam regular os efeitos diretos e indiretos da ação humana no meio, de forma a garantir às atuais e futuras gerações o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Acerca da proteção do meio ambiente, assinale a opção correta. (A) Como forma de garantir a participação da sociedade na política de proteção ambiental, é obrigatória a realização de audiências públicas antes da implementação de qualquer um dos instrumentos da política ambiental. (B) O estudo de impacto ambiental, instrumento de proteção do meio ambiente, representa a aplicação do princípio da precaução. (C) Impedir a exploração econômica dos recursos naturais é um dos objetivos do emprego do licenciamento ambiental como instrumento de proteção ao meio ambiente. (D) É competência exclusiva da União editar políticas públicas com a finalidade de manter a qualidade ambiental e o equilíbrio ecológico. (E) A cobrança pelo uso da água permite reconhecê-la como um bem econômico e, dessa forma, incentivar a racionalização do seu uso. Resposta: Letra E. Bem econômico é todo bem útil e escasso. Sendo um bem econômico, a água tem um preço, o que colabora para evitar seu desperdício. A letra A está ERRADA porque a audiência pública é realizada a pedido. A letra B está ERRADA porque, se o dano é conhecido, representa o princípio da prevenção. A letra C está ERRADA porque o objetivo não é impedir a atividade econômica, é racionalizá-la e compatibilizá-la com a proteção do meio ambiente. A letra D está ERRADA porque é competência comum de todos os entes federativos. 6.2. Certo ou Errado (Cespe - 2012 - AGU - Advogado da União) A respeito do EIA, importante instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, julgue os próximos itens. 168) A concessão de licenciamento para desenvolvimento de atividade potencialmente danosa ao meio ambiente constitui ato do poder de polícia, sendo a análise dos EIAs atividade própria do Poder Executivo.

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CERTO. Vejam esse trecho do julgamento da ADI 1505 pelo STF: “A concessão de autorização para desenvolvimento de atividade potencialmente danosa ao meio ambiente consubstancia ato do poder de polícia – ato da administração pública – entenda-se ato do Poder Executivo." 169) Lei estadual pode dispensar a realização de EIA se restar comprovado, por perícia, que determinada obra não apresenta potencial poluidor. ERRADO. A exigência de EIA é obrigação constitucional. 170) Não poderá ser deferida licença ambiental se o EIA e seu respectivo relatório — EIA/RIMA — revelarem possibilidade de danos graves ao meio ambiente. ERRADO. A licença ambiental é um ato discricionário. Mesmo se o EIA/RIMA for desfavorável, a Administração Pública poderá, segundo critérios de conveniência e oportunidade, conceder a licença ambiental, de modo fundamentado. (Cespe – 2007 – TRF/5 – Juiz Federal) Em relação ao licenciamento ambiental, ao estudo de impacto ambiental (EIA) e ao relatório de impacto sobre o meio ambiente (RIMA), julgue os itens a seguir. 171) Por se inserir no campo da discricionariedade administrativa, a dispensa de apresentação de EIA e de RIMA como requisito para o licenciamento, nos casos em que o órgão ambiental considerar inexistente risco de significativa degradação ambiental, não está sujeita a controle judicial. ERRADO. Está sujeita a controle judicial apenas de legalidade, não de mérito. 172) O licenciamento ambiental é um procedimento por meio do qual o Estado desenvolve seu poder de polícia no âmbito preventivo, exercendo controle prévio sobre atividades potencialmente causadoras de dano ao meio ambiente. CERTO. 173) A exigência, ou não, de EIA decorre sempre da discricionariedade do administrador, que deve verificar, em cada caso, o grau de ofensividade ambiental do empreendimento proposto e determinar, se necessária, a formulação do EIA e do RIMA. ERRADO. Há várias hipóteses em que a exigência é obrigatória, por exemplo, as do art. 2º da Resolução Conama 01/86.

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174) Cabe ao órgão ambiental competente indicar ao empreendedor a equipe técnica multidisciplinar que se incumbirá da elaboração do EIA e do RIMA, garantindo-se, assim, a necessária imparcialidade na sua confecção. ERRADO. Não se aplica o art. 7º da Resolução Conama 01/86 porque ele foi revogado pela Resolução Conama 237/97. Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor. A escolha é do empreendedor e não do órgão ambiental. 175) A licença prévia é um instrumento pelo qual a administração atesta a viabilidade da obra ou da atividade, mas a sua expedição independe de EIA e de RIMA, visto que, por ela, ainda não se acha autorizada a operação do empreendimento. ERRADO. Depende de EIA/RIMA, quando for o caso. 176) (Cespe – 2010 – MP/ES – Promotor de Justiça) O estudo de impacto ambiental, apesar de constituir instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, só pode ser empregado no meio natural. ERRADO. Pode ser empregado em qualquer ambiente. 177) (Cespe – 2008 – AGU – Advogado da União) É constitucionalmente prevista a realização, por secretaria estadual de meio ambiente, de estudo de impacto ambiental sigiloso, sob o argumento de que a área poderia ser objeto de especulação imobiliária. ERRADO. O EIA é público. (Cespe – 2008 – AGU – Advogado da União) Para efetiva garantia do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cabe ao poder público proteger a fauna e a flora, que não se formam isoladamente, mas da interação constante de matérias orgânicas e não-orgânicas. Toda comunidade de seres vivos interage com o meio circundante, com o qual estabelece intercâmbio recíproco. Da interação entre biocenose (elementos vivos) e biótopo (elementos não-vivos) forma-se o ecossistema, que, na CF, é protegido de forma macro e micro. A respeito da proteção macro dos ecossistemas, no que concerne a florestas e unidades de conservação, julgue os próximos itens. 178) Lei complementar ou ordinária não tem o poder de retirar da floresta amazônica brasileira a condição de bioma relevante para o patrimônio nacional.

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CERTO. A Floresta Amazônica é bioma relevante para o patrimônio nacional por disposição constitucional. 179) A proteção constitucional da mata atlântica impede que haja propriedade privada nas áreas abrangidas por esse macroecossistema. ERRADO. Não há esse impedimento. 180) As áreas de reservas indígenas situadas nos biomas constitucionalmente protegidos estão sujeitas à atividade fiscalizatória ambiental da União. CERTO. As terras indígenas são da União. 181) A implantação de usina nuclear em unidade de conservação estadual depende de autorização específica em lei estadual. ERRADO. Lei federal. Art. 225, §6º, da Constituição. 182) (Cespe – 2007 – AGU – Procurador Federal) O estudo de impacto ambiental (EIA) e o seu relatório (RIMA) são documentos técnicos de caráter sigiloso, de forma a impedir danos às empresas concorrentes da obra pública em estudo. ERRADO. Não são de caráter sigiloso, são públicos. (Cespe – 2010 – AGU – Procurador Federal) A respeito dos estudos de impacto ambiental, julgue os itens que se seguem. 183) O licenciamento ambiental tem função eminentemente preventiva, porque permite que o poder público verifique e evite futuros danos à coletividade, que possam ser causados por determinada atividade a ser exercida pela iniciativa privada, e somente poderá ser deferido após a realização de estudo prévio de impacto ambiental. CERTO. 184) Os estudos de impacto ambiental são exigidos, na forma da lei, nos casos de significativa degradação ambiental. ANULADO. Originalmente, era CERTO. Segundo o Cespe, a outorga da licença somente poderá ser concretizada após a realização de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), sempre que a atividade ou obra licencianda for “potencialmente causadora de significativamente degradação do meio ambiente”.

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185) (Cespe – 2006 – AGU – Procurador Federal) A exigência pelo poder público da realização do estudo de impacto ambiental é exercício do poder discricionário do Estado no processo de licenciamento ambiental. ERRADO. A exigência de EIA não é discricionária, é vinculada, é uma exigência constitucional, desde que haja significativa degradação ambiental envolvida. 186) (Cespe – 2006 – AGU – Procurador Federal) A exigência pela administração pública da realização de estudos de impacto ambiental para o licenciamento de atividades potencialmente poluidoras configura exercício do poder de polícia. CERTO. 187) (Cespe – 2006 – AGU – Procurador Federal) Em virtude do princípio administrativo da presunção de legitimidade, a administração pública, na execução direta de obras, é dispensada da realização prévia de estudo de impacto ambiental. ERRADO. Não só as empresas privadas, mas também as públicas devem realizar estudo de impacto ambiental. O meio ambiente deve ser protegido tanto das ameaças particulares quanto das públicas. 188) (Cespe – 2008 – PGE/ES – Procurador de Estado) A Constituição Federal dispôs sobre a proteção do meio ambiente, exigindo, em um de seus dispositivos, na forma da lei, estudo prévio de impacto ambiental para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação ao meio ambiente. A lei em questão é a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, que prevê o chamado estudo de impacto ambiental e o consequente relatório de impacto ao meio ambiente (EIA/RIMA). CERTO. ----------------------------------------------------------------------------------------

7. Bibliografia GARCIA, Leonardo de Medeiros & THOMÉ, Romeu. Direito Ambiental. Salvador: Ed. Juspodivm, 4ª edição, 2011. --------------------------------------------------------------------------------------- Por hoje é só, pessoal, até semana que vem e um grande abraço pra vocês!