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Flores contra a barbárie Assinantes que receberam o calendário Pitoco/Aldeia de 2014 podem ver a obra de Elizabeth no entorno do lago nas fotos de Julio Szymanski. Nas imagem do texto acima, ela aparece com o ex-pre- feito Tolentino, a quem entregou sementes de cerejeiras para o plantio nos anos 80. O sonho da japonesa é ter todo o entorno do lago florido com cereje iras. Pela saúde e disposição que ostenta aos 68 anos, Elizabeth verá o pai sorrir muitas vezes ainda... Elizabeth sobreviveu a bomba atômica para plantar cerejeiras em Cascavel Voa, fuscão... Rebatendo as críticas sobre os custos do aluguel de aeronaves contratadas pelo Go- verno no Paraná (incluindo um helicóptero baseado em Cascavel), o secretário Michele Caputo (Saúde) usou um argumento bem di- dático: “Helicóptero não é um fusca”, disse ele no Paço Municipal, na quarta-feira. Cascavel,sexta-feira, 24 de janeiro de 2014 - Ano XVI - Nº 1764 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo A menina Kazuyo nasceu cinco meses antes do bombardeiro americano Enola Gay lançar a bomba atômica sobre Naga- zaki em 9 de agosto de 1945. Agora, em 2015, os ataques hediondos que ceifaram 80 mil vidas em Nagazaki e outras 140 mil em Hiroshima, completam 70 anos. Quem vê Kazuyo caminhado pelas ruas de Cascavel, sempre disposta a encontrar um lugar para plantar a árvore símbolo do Japão, a cerejeira, jamais poderia imaginar que ela estava na Província de Nagazaki naquele dia horrendo da bomba. Restavam poucas alternativas aos sobreviventes da terra arrasada. Uma delas era migrar para países distantes. Esta foi a decisão do pai de Kazuyo. Um navio lotado de homens e mulheres sofridos singrou oceanos em 1954 até o porto de Santos. A bordo, a mãe, Miyoko, hoje com 91 anos e morando em Cascavel, o pai (in memorian) e três crianças. Aqui, Kazuyo, então com 9 anos, virou Elizabeth. O irmão mais velho, Fumihiko, foi rebatizado como Alberto e a caçula, Kumi, teve o nome trocado para Ana Maria. Nos 45 dias da longa viagem Japão/ Brasil, as crianças estudaram em uma escola flutuante. “Todo dia tínhamos aulas de japonês e aprendíamos coisas sobre o Brasil”, relata Elizabeth. Cerejeiras – Uma trajetória tão impres- sionante já seria suficiente para distinguir a japonesa em Cascavel. Mas a marca que ela deixa aqui é ainda mais perene. A sobrevivente da 2ª Guerra “pintou” o entorno do Lago Municipal de rosa. Foi ela quem, com a paciência e disciplina nipônica, preparou - uma a uma - 10 mil sementes de cerejeiras e as doou para a cidade. Essas belas árvores, cujas efême- ras flores emergem no inverno e lembram a florada do pessegueiro, estão no Terminal Rodoviário, no Paço Municipal e na região do Lago. Elizabeth, que escapou da bomba da morte, sempre carrega sementes da vida consigo. De onde vem essa obsessão por plantar cerejeiras? “Toda vez que planto uma árvore vejo meu pai sorrir”, afirma, em um português ainda contagiado pelo sotaque pátrio. Provocada a opinar sobre o massacre de civis com as bombas atômicas quando o Japão já estava prestes a se render, Elizabeth não altera o semblante e não exprime qualquer rancor. Faz lembrar a frase do escritor francês Sthendal: “O amor é uma flor delicada, mas é preciso ter coragem de ir colhê-la à beira de um precipício.” “O cadeião da 15ª SDP é a legítima sucursal do inferno” (Neri Puerari, na rádio Colméia) Bafo da onça Edgar Bueno revelou sua fobia de felinos, na última quarta-feira. Ele disse que levou um susto quando a Onça (construtora) deu 38% de desconto para ganhar a licitação do terminal do aeroporto. Bueno teme que a obra não seja exe- cutada com tamanho desconto. E ainda disse que o 13 (o ano) fez mal para ele.

Cascavel,sexta-feira, Nº 1764 - Clipping News Agência de …pitoco.com.br/arquivos/20140124_155929_17.pdf · Flores contra a barbárie Assinantes que receberam o calendário Pitoco/Aldeia

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Flores contra a barbárie

Assinantes que receberam o calendário Pitoco/Aldeia de 2014 podem ver a obra de Elizabeth no entorno do lago nas fotos de Julio Szymanski. Nas imagem do texto acima, ela aparece com o ex-pre-feito Tolentino, a quem entregou sementes de cerejeiras para o

plantio nos anos 80.O sonho da japonesa é ter todo o entorno do lago florido com cereje iras. Pela saúde e disposição que ostenta aos 68 anos, Elizabeth verá o pai sorrir muitas vezes

ainda...

Elizabeth sobreviveu a bomba atômica para plantar cerejeiras em Cascavel

Voa, fuscão...Rebatendo as críticas sobre os custos do

aluguel de aeronaves contratadas pelo Go-verno no Paraná (incluindo um helicóptero baseado em Cascavel), o secretário Michele Caputo (Saúde) usou um argumento bem di-dático: “Helicóptero não é um fusca”, disse ele no Paço Municipal, na quarta-feira.

Cascavel,sexta-feira, 24 de janeiro de 2014 - Ano XVI - Nº 1764 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo

A menina Kazuyo nasceu cinco meses antes do bombardeiro americano Enola Gay lançar a bomba atômica sobre Naga-zaki em 9 de agosto de 1945. Agora, em 2015, os ataques hediondos que ceifaram 80 mil vidas em Nagazaki e outras 140 mil em Hiroshima, completam 70 anos.

Quem vê Kazuyo caminhado pelas ruas de Cascavel, sempre disposta a encontrar um lugar para plantar a árvore símbolo do Japão, a cerejeira, jamais poderia imaginar que ela estava na Província de Nagazaki naquele dia horrendo da bomba.

Restavam poucas alternativas aos sobreviventes da terra arrasada. Uma delas era migrar para países distantes. Esta foi a decisão do pai de Kazuyo. Um navio lotado de homens e mulheres sofridos singrou oceanos em 1954 até o porto de Santos. A bordo, a mãe, Miyoko, hoje com 91 anos e morando em Cascavel, o pai (in memorian) e três crianças.

Aqui, Kazuyo, então com 9 anos, virou Elizabeth. O irmão mais velho, Fumihiko, foi rebatizado como Alberto e a caçula, Kumi, teve o nome trocado para Ana Maria. Nos 45 dias da longa viagem Japão/Brasil, as crianças estudaram em uma escola flutuante. “Todo dia tínhamos aulas de japonês e aprendíamos coisas sobre o Brasil”,

relata Elizabeth.Cerejeiras – Uma trajetória tão impres-

sionante já seria suficiente para distinguir a japonesa em Cascavel. Mas a marca que ela deixa aqui é ainda mais perene. A sobrevivente da 2ª Guerra “pintou” o entorno do Lago Municipal de rosa. Foi ela quem, com a paciência e disciplina nipônica, preparou - uma a uma - 10 mil sementes de cerejeiras e as doou para a cidade. Essas belas árvores, cujas efême-ras flores emergem no inverno e lembram a florada do pessegueiro, estão no Terminal Rodoviário, no Paço Municipal e na região do Lago.

Elizabeth, que escapou da bomba da morte, sempre carrega sementes da vida

consigo. De onde vem essa obsessão por plantar cerejeiras? “Toda vez que planto uma árvore vejo meu pai sorrir”, afirma, em um português ainda contagiado pelo sotaque pátrio.

Provocada a opinar sobre o massacre de civis com as bombas atômicas quando o Japão já estava prestes a se render, Elizabeth não altera o semblante e não exprime qualquer rancor. Faz lembrar a frase do escritor francês Sthendal: “O amor é uma flor delicada, mas é preciso ter coragem de ir colhê-la à beira de um precipício.”

“O cadeião da 15ª SDP é a legítima sucursal do inferno”

(Neri Puerari, na rádio Colméia)

Bafo da onçaEdgar Bueno revelou sua fobia de felinos,

na última quarta-feira. Ele disse que levou um susto quando a Onça (construtora) deu 38% de desconto para ganhar a licitação do terminal do aeroporto. Bueno teme que a obra não seja exe-cutada com tamanho desconto. E ainda disse que o 13 (o ano) fez mal para ele.

Só rindoPatroa para a empregada:- Ué, onde você vai?- Prá minha terra, morrer junto dos meus.- Mas o que aconteceu, querida?- A senhora diz que o seu marido é um excelente médico e que nunca errou um diagnóstico. E o doutor, hoje pela manhã, disse apertando minha bunda com as duas mãos: “Desta noite você não passa!”.

O Ibis, sediado em Paris, capital francesa, maior rede hoteleira do planeta com mais de 1,7 mil hotéis em 55 países, abre as portas em Cascavel na próxima segunda-feira. É na rua Paraná, próximo na região do Centro Cívico.

São 102 apartamentos distri-buídos em 5 mil metros de área construída ao custo aproximado de R$ 15 milhões. A inauguração – sem festerê, diga-se de passagem – que-bra um longo hiato de uma década sem novos hotéis de grande porte na cidade.

O último, com 135 apartamentos, foi o Copas Executive, em 2004. A maioria dos concorrentes são das décadas de 70 e 80, como Copas Verdes, Deville e Harbor (Querência).

Segundo o empresário Edson Vasconcelos, operador do Ibis em Cascavel, o hotel vem com preço competitivo, menor que o do Copas e do Deville: R$ 139,00. Para o Show Rural, no entanto, a exemplo dos demais, o preço é outro face a demanda gigantesca. “Todos os

O francês chegou21,1 mil passageiros utiliza-ram o aeroporto municipal de Cas-cavel no último mês de 2013, um recorde histórico. Três anos atrás, a média era de 3,8 mil passagei-ros/mês.

Para equipe do Josué/Tânia Ca-beleireiros, notabilizados por aten-der clientela vip da cidade, em especial para o novo reforço da equipe, Victor. Abraço também para o advogado Paulo Fornazari.

The end

Após longo “jejum” Cascavel inaugura novo hotel

Aquele abraçoO número

Válido de20 a 26/01

CADERNOCAPA DURA ¼

96 FOLHAS R$1,99CADA

PAPEL A4100 FOLHASR$2,49

CADA

102 apartamentos já estão reser-vados para o Show Rural”, afirma Vasconcelos.

Hospedagem verde - O Ibis trabalha com o conceito de susten-tabilidade. Terá reaproveitamento da água da chuva, energia solar, gerador próprio e outras iniciativas simpáticas ao meio ambiente, como plantar árvores para os clientes que fizerem uso racional de toalhas, por exemplo.

Cascavel vive o momento de maior expansão hoteleira da his-tória. O número de leitos crescerá 50% assim que forem inaugurados os hotéis em construção na rua Paraná (perto da Bielle) e na rua Rondon, esquina com São Paulo. Somados ao Ibis, serão mais de 300 novos apartamentos.

“Divirta-se. Se isso envolve assu-mir riscos, assuma-os. Se for pego, coloque suas mãos para cima”(Uma das 28 lições que o professor in-glês Paul Flanagan deixou para os filhos antes de morrer de câncer. Íntegra no www.pitoco.com.br, seção “Leia Mais”).