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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO DETERMINAÇÃO DE FATORES DE COCÇÃO EM PREPARAÇÕES RAYMILA GLAUCE FREITAS COSTA NATALRN 2017

DETERMINAÇÃO DE FATORES DE COCÇÃO EM … · À equipe de Técnica Dietética que se tornou minha 3° família, pelas alegrias, desesperos e festejos compartilhados. E por fim,

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

DETERMINAÇÃO DE FATORES DE COCÇÃO EM

PREPARAÇÕES

RAYMILA GLAUCE FREITAS COSTA

NATAL– RN

2017

RAYMILA GLAUCE FREITAS COSTA

DETERMINAÇÃO DE FATORES DE COCÇÃO EM

PREPARAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Graduação em Nutrição da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte como requisito final

para obtenção do grau de Nutricionista.

Orientadora: Profa. Dr

a. Bruna Leal Lima Maciel

NATAL – RN

2017

RAYMILA GLAUCE FREITAS COSTA

DETERMINAÇÃO DE FATORES DE COCÇÃO EM

PREPARAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de

Nutricionista.

BANCA EXAMINADORA

Bruna Leal Lima Maciel – Orientadora

Thais Souza Passos - 2º Membro

Erika Paula Silva Freitas De Oliveira - 3º Membro

Natal, 14 de Junho de 2017

AGRADECIMENTOS

Ao longo da vida nós vamos construindo e concretizando sonhos, evoluindo e

amadurecendo com novas experiências e vivências, momentos que são acompanhados de pessoas

maravilhosas e essenciais nessa jornada. Sendo assim gostaria de agradecer aos que se fizeram

extremamente importantes ao longo dessa caminhada.

À Deus por me ter dado saúde, força, coragem, discernimento e sabedoria para

superar as turbulências da vida, além de ser o maior exemplo de amor e dedicação ao próximo.

À minha família linda, em especial a minha mãe, exemplo de força e dedicação, que

incansavelmente me incentivou a essa grande conquista, a minha vozinha por todo incentivo e

realizações compartilhadas e ao meu namorado por toda força, amor e paciência dedicada a mim.

Aos meus mestres acadêmicos, em especial a minha orientadora, por toda paciência,

compreensão, incentivo e confiança ofertada.

À equipe de Técnica Dietética que se tornou minha 3° família, pelas alegrias,

desesperos e festejos compartilhados. E por fim, a todos que direta ou indiretamente fizeram parte

da minha formação, o meu muito obrigado.

COSTA, Raymila.Determinaçãode fatores de cocção em preparações. 2017. 35 pag.Trabalho de

Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Curso de Nutrição, Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, Natal, 2017.

O Fator de Cocção (FCÇ) é um indicador culinário que determina o rendimento de uma preparação,

permitindo definir a capacidade dos utensílios e/ou equipamentos que serão utilizados para o

preparo de uma receita, também determinando a porção da preparação, e auxiliando na lista de

compras.Apesar de existirem trabalhos sobre FCÇ de alimentos, poucos estudos determinaram esse

indicador de receitas. Assim, este trabalho teve como objetivo determinar os FCÇde diferentes

preparações. Foi realizado um estudo descritivo a partir dos dados de FCÇ de 66 preparações

classificadas como cereais e leguminosas (n=32), carnes (n=14), frutas e hortaliças (n=7) e bolos e

sobremesas (n=13), obtidos a partir de 487 Fichas Técnicas de Preparo (FTP), produzidas entre

2010 a 2015 no Laboratório de Técnica Dietética da UFRN. Os FCÇforam avaliados em gráficos

Box plots e os valores extremos foram excluídos, em seguida submetidos a análise

estatísticautilizando o programa StatisticalPackage for Social Sciences versão 11.5 (SPSS Inc.

Chicago, IL). Os dados foram analisados quanto a sua normalidade utilizando o teste de

Kolmogorov-smirnov. Aqueles com distribuição normal foram apresentados como média (dp) e

intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Os dados não paramétricos foram apresentados como

mediana (distância interquartil) e valor máximo e mínimo. As preparações a base de carnes, frutas e

hortaliças, bolos e sobremesas apresentaram FCÇ< 1, indicando perdas de massa ou de água na sua

composição, já as preparações a base de cereais e leguminosas, as preparações tiveram resultados

bem variados, com valores maiores e menores que 1, alguns distintos, como o arroz com couve,

arroz com lentilha e o arroz refogado, apresentando valores > 2 indicando ganhos de massa por

incorporação de água.O estudo definiu valores para FCÇ de diversas preparações, o que viabiliza a

definição do rendimento das preparações, gerando dados que podem auxiliar novas UANs no

manejo dos itens citados.

Palavras chaves: culinária, indicadores, dietética, alimentação coletiva, planejamento de cardápio.

COSTA, Raymila. Determination of cooking factors in preparations. 2017. 35 p. Course

Completion Work (Nutrition Graduation) - Nutrition Course, Federal University of Rio Grande do

Norte, Natal, 2017.

The Cooking Factor (FCÇ) is a culinary indicator that determines the performance of a preparation,

allowing to define the capacity of the utensils and / or equipment that will be used to prepare a

recipe, also determining the portion of the preparation, and assisting in the list Of shopping.

Although there are studies on food FCC, few studies have determined this indicator of income.

Thus, this work had as objective to determine the FCÇ of different preparations. A descriptive study

was carried out from the CSF data of 66 preparations classified as cereals and legumes (n = 32),

meats (n = 14), fruits and vegetables (n = 7) and cakes and desserts (n = 13) Obtained from 487

Technical Data Sheets (FTP), produced between 2010 and 2015 in the Laboratory of Dietetic

Technique of UFRN. The FCC were evaluated in Box plots plots and the extreme values were

excluded, then submitted to statistical analysis using the Statistical Package for Social Sciences

program version 11.5 (SPSS Inc. Chicago, IL). The data were analyzed for their normality using the

Kolmogorov-smirnov test. Those with normal distribution were presented as mean (SD) and 95%

confidence interval (95% CI). Non-parametric data were presented as median (interquartile

distance) and maximum and minimum values. The preparations based on meat, fruits and

vegetables, cakes and desserts presented FCC <1, indicating losses of mass or water in its

composition, the preparations based on cereals and legumes, the preparations had very varied

results, with higher values And less than 1, some distinct, such as rice with cabbage, rice with

lentils and rice fried, presenting values> 2 indicating gains of mass by incorporation of water. The

study defined values for FCÇ of several preparations, which makes it possible to define the yield of

the preparations, generating data that may help new UANs in the management of the mentioned

items.

Key words: culinary, indicators, dietetics, collective feeding, menu planning.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................. Erro! Indicador não definido.

MATERIAL E MÉTODO .................................................................. Erro! Indicador não definido.

DISCUSSÃO ...................................................................................... Erro! Indicador não definido.

CONCLUSÃO .................................................................................... Erro! Indicador não definido.

REFERÊNCIAS .................................................................................. Erro! Indicador não definido.

ANEXO – Normas da revista.............................................................. Erro! Indicador não definido.

APÊNDICE 1 – Tabelas de comparação ............................................ Erro! Indicador não definido.

APÊNDICE 2 – Modo de preparo das receitas ................................... Erro! Indicador não definido.

APRESENTAÇÃO

O presente estudo surgiu da necessidade de ampliar os horizontes da literatura na

abrangente área da arte culinária, especialmenteno âmbito espacial e nutricional, focalizando na

determinação de indicadores culinários. Essa percepção se deu a partir do envolvimento na

monitoria da disciplina de Técnica Dietética e na Iniciação cientifica do projeto,

intitulado“Determinação de medidas caseiras de alimentos, valor nutritivo de receitas e indicadores

culinários em dietética”, orientado por professores que partilharam e transmitiram sua paixão pela

esfera da nutrição que trata desta temática.

O trabalho foi produzido a partir das Fichas Técnicas de Preparo (FTP) do

Laboratório de Técnica Dietética do departamento de Nutrição da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte (UFRN), que são elaboradas semanalmente com os dados obtidos nas aulas

práticas da disciplina de Técnica Dietética. Após correção pelos monitores, docentes e alunos da

disciplina, as FTP são disponibilizadas para compor arquivo físico e digital no Laboratório.

Embasando-se nestas FTP, este trabalho teve como objetivo determinar os Fatores de Cocção (FCÇ)

de diferentes tipos de preparações elaboradas no Laboratório de Técnica Dietética da UFRN e

compará-los aos dados de fatores de cocção encontrados na literatura.

Adicionalmente, este instrumento de aprendizagem vem para somar e ampliar os

estudos na área de técnica dietética, fortalecendo os conhecimentos acerca de um dos indicadores

culinários trabalhados e utilizados principalmente em Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN).

Visto isso, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) está em formato de artigo segundo as normas

da Revista de Nutrição, que publica trabalhos que contribuem para o estudo da Nutrição em suas

diversas subáreas e interfaces.

Sendo assim, este trabalho foi desenvolvido para auxiliar as atividades práticas

desempenhadas pelos alunos no laboratório, uma vez que ter acesso aos FCÇ atuais encontrados no

próprio laboratório torna a prática de produção de alimentos, utensílios e lista de compras mais

padronizada, de acordo com a realidade, além de auxiliar novos estudos e estabelecimentos

alimentícios que estão iniciando suas produções.

DETERMINAÇÃO DE FATORES DE COCÇÃO EM PREPARAÇÕES

Título abreviado: FATORES DE COCÇÃO EM PREPARAÇÕES

DETERMINATION OF COOKING FACTORS IN PREPARATIONS

Short Title: COOKING FACTORS IN PREPARATIONS

Raymila Glauce Freitas Costa1, Thais Souza Passo

2, Erika Paula Silva Freitas De Oliveira

4e Bruna

Leal Lima Maciel4

Este artigo é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso da primeira autora.

1 Graduanda em Nutrição. Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, Campus Central, Avenida Senador Salgado Filho, n° 3000, 59072-970, Natal, Rio Grande do

Norte, Brasil. Autora contribuiu com a redação e análise dos dados do trabalho.

[email protected],Tel: (84) 98731-7253.

2 Nutricionista, Doutora. Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

Campus Central, Avenida Senador Salgado Filho, n° 3000, 59072-970, Natal, Rio Grande do Norte,

[email protected],Tel: (84) 996978-1807

3 Nutricionista, Mestre. Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

Campus Central, Avenida Senador Salgado Filho, n° 3000, 59072-970, Natal, Rio Grande do Norte,

[email protected], Tel: (84) 99422-2524

4Nutricionista, Doutora. Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

Campus Central, Avenida Senador Salgado Filho, n° 3000, 59072-970, Natal, Rio Grande do Norte,

Brasil. Autora contribuiu com o delineamento do estudo, análise dos dados, redação e revisão final

do artigo. [email protected],Tel: (84) 99188-9594(autora para correspondência) Open

Researcher: Bruna Maciel andContributor ID: orcid.org/0000-0002-0724-1961

Resumo

Objetivo:Determinar os Fatores de Cocção (FCÇ)de preparações elaboradas no Laboratório de

Técnica Dietética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Métodos:Estudo

descritivo realizado a partir dos dados de fator de cocção de 66 receitas. As preparações foram

obtidas a partir de 487 Fichas Técnicas de Preparo (FTP), produzidas de 2010 a 2015, classificadas

como cereais e leguminosas (n=32), carnes (n=14), frutas e hortaliças (n=7) e bolos e sobremesas

(n=13). Os FCÇforam avaliados em gráficos Box plots, onde os valores extremos foram excluídos, e

submetidos a análise estatísticautilizando o programa StatisticalPackage for Social Sciences versão

11.5 (SPSS Inc. Chicago, IL). Resultados:As preparações a base de carnes, frutas e hortaliças, e

bolos e sobremesas apresentaram FCÇ< 1, indicando perdas de massa ou de água na sua

composição, já as pertencentes ao grupo de cereais e leguminosas, tiveram resultados bem variados,

com valores maiores e menores que 1, alguns distintos, como o arroz com couve, arroz com lentilha

e o arroz refogado, apresentando valores >2, indicando perdas e ganhos de massa ou de

água.Conclusão:O estudo definiu valores para FCÇ de diversas preparações, o que proporcionou a

obtenção do rendimento das preparações, da capacidade dos utensílios e/ou equipamentos, que

serão utilizados para o preparo das receitas avaliadas; a determinação da porção da preparação a

partir dos per capitas utilizados e a elaboração de lista de compras, gerando dados que podem

auxiliar novas UANs no manejo dos itens citados.

Palavras chave: culinária, indicadores, dietética, alimentação coletiva, planejamento de cardápio.

Abstract

Objective: To determine the Cooking Factors (FCC) of preparations elaborated in the Laboratory

of Dietetic Technique of the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN). Methods: A

descriptive study based on the cooking factor data of 66 recipes. Preparations were obtained from

487 Technical Preparation Sheets (FTP), produced from 2010 to 2015, classified as cereals and

legumes (n = 32), meats (n = 14), fruits and vegetables (n = 7) and cakes And desserts (n = 13). The

FCC were evaluated in Box plots charts, where the extreme values were excluded, and submitted to

statistical analysis using the Statistical Package for Social Sciences program version 11.5 (SPSS

Inc. Chicago, IL). Results: Meat, fruit and vegetable preparations, and cakes and desserts presented

FCC <1, indicating losses of mass or water in their composition, even those belonging to the group

of cereals and legumes, had very varied results, with values Larger and smaller than 1, some

distinct, such as rice with cabbage, rice with lentils and rice fried, presenting values> 2, indicating

losses and gains of mass or water. Conclusion: The study defined values for FCÇ of several

preparations, which resulted in obtaining the yield of the preparations, the capacity of the utensils

and / or equipment, which will be used to prepare the evaluated recipes; The determination of the

portion of the preparation from the per capita used and the elaboration of a shopping list, generating

data that can help new UANs in the management of the mentioned items.

Key words: culinary, indicators, dietetics, collective feeding, menu planning.

INTRODUÇÃO

As Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) possuem um serviço extremamente

complexo e para evitar perdas e garantir a qualidade dos alimentos e receitas, utilizam conceitos e

indicadores da Técnica Dietética, que pode ser definida como a disciplina respaldada nas Ciências

Exatas, queestuda as operações aque são submetidos os alimentos eas modificações que sofrem

durante os processos culinários, com procedimentos uniformes e padronizados para cada tipo de

alimento utilizado3.

Com a evolução da química, houve um maior entendimento dos alimentos,

possibilitando conhecê-los e classificá-los por meio de sua composição nutricional, estrutura e

características físicas; melhores formas de seleção, aquisição, conservação e cocção. Esse

conhecimento permitiu processar os alimentos de maneiras diversas, gerando uma variedade de

produtos; facilitar o armazenamento e o transporte; e estimular o surgimento de novos espaços de

consumo, como os restaurantes e supermercados1.

Os alimentos são matérias primas primordiais para a elaboração de uma preparação,

que podem ser obtidas por meio de diversas técnicas e métodos.Uma dessas técnicas e processos

básicos de preparo dos alimentos é a submissão em cocção. Esse processo se faz necessário para

que os alimentos possam ser consumidos na sua totalidade, tendo como objetivos principais manter

ou melhorar o valor nutritivo, aumentar a digestibilidade, aumentar a palatabilidade, alterando a

textura, ou a consistência dos alimentos. Além de inibir o crescimento de organismos patogênicos

ou o desenvolvimento de substâncias prejudiciais à saúde2.

No decorrer da cocção, os alimentos sofrem alterações no peso, podendo diminuir ou

aumentar, em decorrência da composição química, do tipo de calor utilizado, o tempo de cocção, a

forma de preparação, o tipo de utensilio e de manipulador3.

O Fator de Cocção (FCÇ) ou indicador de conversão é um dos conceitos expresso

pela Técnica Dietética. Esse indicadoré interpretado como a relação entre a quantidade de alimento

cozido (pronto para consumo) e, a quantidade de alimento cru e limpo usado na preparação. Ele

revela o rendimento do alimento nas preparações. A partir dele, pode-se definir a capacidade dos

utensílios e/ou equipamentos que serão utilizados para o preparo de uma receita1. Sendo de grande

importância dentro de uma UAN, já que determina a porção da preparação (quantidade a ser

servida) a partir do per capita (quantidade de alimento cru e limpo para uma pessoa, base de cálculo

para análise da dieta).Como é uma medida do rendimento das preparações, tambémtem importância

na estimativa de porções e na elaboração de lista de compras3.

A obtenção do FCÇse dá através da fórmula: FCÇ = peso do alimento cozido/peso

do alimento cru. O valor adquirido expressa alterações como hidratação causada pela absorção de

água dos alimentos, retração de fibras eperda de água, dependendo do tipo de alimento1,3

.

São poucos os estudos na literatura que trazem dados sobre FCÇ, sendo as

referências mais utilizadas as de Ornellas3, Phillipi

2, Barros et al.

4, Silva et al.

5, Parisotoet al.

6,

Hautrive7 e Araújo & Guerra

8. Infelizmente, a maioria desses autores não utilizam analises

estatísticas e os poucos que apresentam carecem de tratamento estatístico específico como:tamanho

da amostra,inexistência de desvio padrão,dispersão da média, se ocorreu avaliação em gráficos

bloxpots, com exclusão deoutliers, para determinação de medidas de tendência central. Além de

existir dados apenas de receitas menos elaboradas como arroz e feijão. Soma-se a isso, a

necessidade de literatura atualizada, considerando preparações que levem em consideração os

ingredientes à disposição no mercado.

Por isso, classicamente, os autores indicam que cada UAN padronize seus

indicadores de uma maneira geral. Todavia, a existência de dados na literatura é importante, uma

vez que permite a comparação dos resultados. Podendo ser de grande valor para laboratórios de

Técnica Dietética e UAN que iniciam seu processo de padronização na produção de listas de

compras, cardápios e dietas. Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo determinar os

fatores de cocção de diversas preparações desenvolvidas no Laboratório de Técnica Dietética da

UFRN.

MATERIAL E MÉTODO

Foi realizado estudo descritivo com coleta de dados efetuada a partir de fichas

técnicas de preparo (FTP) existentes no laboratório de Técnica Dietética do campus central da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal/RN.

Os FCÇ foram adquiridos a partir das FTP elaboradas pelos discentes do curso de

Nutrição como parte avaliativa da disciplina de Técnica Dietética, no período de 2010 a 2015,

sendo um total de 785 fichas produzidas neste período, das quais, 662 continham o FCÇ, mas

somente487fichasforam exploradas. Sendo excluídas do estudo as FTP que não repetiram-se por no

mínimo três vezes, pois inviabilizaria a análise estatística. As preparações analisadas foram

classificadas em grupos de cereais e leguminosas, carnes, frutas e hortaliças, e bolos e sobremesas,

expressas com os FCÇ nas Tabelas 1, 2, 3 e 4 respectivamente. O modo de preparo de cada receita

avaliada foi disposto como apêndice 2.

Os FCÇ nas FTP foram calculados pelos alunos da disciplina, após pesagem do

rendimento total das preparações utilizando balanças digitais da marca Coleman GW-6000, com

precisão de 1g e capacidade máxima de 6000g, e da marca HZT, com precisão de 0,1g e capacidade

máxima de 3100g, empregando a seguinte fórmula: FCÇ= Rendimento total da preparação/ Ʃ do pl

x n° de porções. Todos os cálculos realizados para obtenção do FCÇforam corrigidos e avaliados

pelos monitores e docentes da disciplina de Técnica Dietética.

Os dados coletados das diversas preparações foram avaliados em gráficos box plots,

sendo os valores extremos excluídos antes da análise. O teste de Kolmogorov-smirnov foi utilizado

para determinar se os dados expressavam distribuição normal.Aqueles dados que apresentaram

distribuição normal foram demonstrados como média (dp) e intervalo de confiança de 95% (IC

95%). Os dados não paramétricos foram apresentados como mediana (distância interquartil) e valor

máximo e mínimo. A análise estatística foi realizada utilizando o programa StatisticalPackage for

Social Sciences versão 11.5 (SPSS Inc. Chicago, IL). O dados de FCÇ vistos na literatura foram

colocados em tabelas de comparação com os valores encontrados no estudo, sendo apresentadas no

apêndice 1.

RESULTADOS

Através do levantamento de dados, foram analisados 66 tipos de preparações,

mostrando que de todas as receitas o arroz refogado apresentou o maior FCÇ de 2,51(0,26) e a

batata frita o menor, de 0,36 (0,03). A Tabela 1 deCereais e Leguminosas(n=32), exibiu receitas que

tiveram resultados bem variados, com valores maiores e menores que 1,01, mostrando FCÇ altos e

baixos, indicando perdas e ganhos de massa ou de água.O maior FCÇ encontrado foi para o arroz

refogado de 2,51 (0,26), seguido do arroz com lentilha 2,17 (0,54) e arroz com couve2,12 (0,40). Os

menores valores encontrados foram de 0,54 (0,15) para o bolinho de chuva, seguido de 0,55 (0,12)

da sopa creme de ervilha e 0,60 (0,03) da feijoada.

As receitas feitas com cereais apresentaram valores de FCÇ semelhantes, sendo ≥1,

com exceção do bolino de arroz com valor inferior a 1,00. Já as receitas com leguminosas, que são

alimentos ricos em proteína de limitado valor biológico3apresentaram valores semelhantes, sendo

inferiores a 1,00.

Tabela 1 –Fatores de cocção(FCÇ) de preparações de Cereais e Leguminosas.

Preparações

N

FCÇ Média (dp)

(IC 95%)

Preparações

N

FCÇ Média (dp)

(IC 95%)

Arroz à grega 13 1,64 (0,13)

(1,56 – 1,72)

Farofa de cuscuz 4 1,00 (0,20)

(0,68 – 1,32)

Arroz chopsuey 5 1,07 (0,36)

(0,62 – 1,52)

Farofa de feijão 3 1,01 (0,81)

(0,80 – 1,21)

Arroz com brócolis 8 1,37 (0,52)

(0,94 – 1,80)

Farofa de ovo 3 0,78 (0,01)

(0,75 – 0,81)

Arroz refogado com

cenoura

6 1,70 (0,61)

(1,06 – 2,35)

Feijão carioca 7 0,78(0,14)

(0,64 – 0,91)

Arroz com couve 4 2,12 (0,40)

(1,49 – 2,45)

Feijão verde

cearense

14 0,67 (0,21)

(0,55 – 0,79)

Arroz com lentilha 14 2,17 (0,54)

(1,86 – 2,47)

Feijoada 4 0,60 (0,03)

(0,56 – 0,64)

Arroz de forno 7 1,11 (0,08)

(1,03 – 1,18)

Hambúrguer de

soja

13 1,04 (0,28)

(0,88 – 0,21)

Arroz de leite 7 1,22 (0,30)

(0,94 – 1,49)

Paçoca nutritiva

de amendoim

7 0,98 (0,01)

(0,97 – 0,99)

Arroz refogado 19 2,51 (0,26)**

(2,13 – 2,88)

Petit four de soja 3 0,83 (0,06)

(0,69 – 0,96)

Baião de dois 8 1,47 (0,59)

(0,97 – 1,96)

Pirão de peixe 4 0,71 (0,03)

(0,67 – 0,75)

Bolinho de arroz 6 0,81(0,32)

(0,47 – 1,14)

Salada de grão de

bico

15 1,28 (0,11)

(1,24 – 1,36)

Bolinho de chuva

com goiabada

3 0,54 (0,15)

(0,18 – 0,90)

Sopa creme de

ervilha

16 0,55 (0,12)

(0,48 – 0,61)

**Mediana (distância interquartílica)

Na Tabela 2 estão as receitas de carnes (n=14). Os FCÇ apresentaram todos os

valores inferiores a1,00, sendo o menor o do Filé ao molho madeira de 0,58 e o maior o do Bife à

parmegiana de 0,90, como apresentado na tabela a baixo.

Tabela 2 –Fatores de cocção(FCÇ) de preparações com Carnes.

Preparações

N

FCÇ Média (dp)

(IC 95%)

Preparações

N

FCÇ Média (dp)

(IC 95%)

Bife à parmegiana 5 0,90 (0,33)

(0,50 – 1,30) Frango assado 6

0,64 (0,10)

(0,54 – 0,74)

Bife à rolê 4 0,77 (0,11)

(0,60 – 0,94) Frango empanado 11

0,75 (0,08)

(0,70 – 0,80)

Carne de sol ao molho

de macaxeira 8

0,62 (0,17)

(0,48 – 0,76)

Frango

internacional 11

0,74 (0,05)

(0,70 – 0,77)

Carne de sol na nata 9 0,66 (0,21)

(0,64 – 0,68) Omelete de frango 14

0,72 (0,06)**

(0,65 – 0,76)

Escondidinho de

abóbora e carne de sol 7

0,70 (0,06)

(0,64 – 0,75) Peixe frito 12

0,70 (0,03)

(0,67 – 0,72)

Escondidinho de

macaxeira e carne de sol 7

0,94 (0,06)

(0,89 – 1,00) Picadinho de carne 4

0,81 (0,05)

(0,73 – 0,89)

File ao molho madeira 7 0,58 (0,07)

(0,51 – 0,64)

Torta salgada de

frango 6

0,76 (0,05)

(0,71 – 0,82)

**Mediana (distância interquartílica)

Na Tabela 3 estão presentes as frutas e hortaliças nas quais foram avaliadas n=7

receitas. Observou-se que os FCÇ apresentaram valore inferiores a1,00, sendo o maior o da salada

mista de atum de 0,95 e o menor o da Batata frita de 0,36.

Caldo verde 3 0,71 (0,04)

(0,61 – 0,82)

Tapioca recheada

com banana e

chocolate

8 0,80 (0,07)

(0,75 – 0,85)

Cookie 4 0,86 (0,03)

(0,81 – 0,91)

Pizza romeu e

julieta 3

0,98 (0,10)

(0,72 – 1,24)

Cuscuz ao leite de

coco 3

1,17 (0,34)

(0,33 – 2,01)

Espaguete ao

molho de ervas 3

1,22 (0,45)

(1,10 – 1,33)

Farofa de alho 8 0,85 (0,02)

(0,83 – 0,87)

Macarrão

àcarbonara 6

1,37 (0,08)

(1,29 – 1,45)

Tabela 3 – Fatores de cocção (FCÇ) de preparações de Frutas e Hortaliças

Preparações

N

FCÇ Média (dp)

(IC 95%)

Salada cozida com ovos de codorna 9 0,90 (0,03)

(0,88 – 0,93)

Salada mista de atum 10 0,95 (0,05)

(0,91 – 0,99)

Tomate recheado 8 0,93 (0,03)

(0,90 – 0,95)

Batata frita 3 0,36 (0,03)

(0,28 – 0,44)

Batata recheada com carne moída 12 0,84 (0,04)

(0,82 – 0,86)

Bolinho de batata recheado com queijo 3 0,69 (0,08)

(0,50 – 0,88)

Cartola 10 0,88 (0,06)**

(0,82 – 1,00)

**Mediana (distância interquartílica)

Na Tabela 4, encontramos preparações identificadas como doces e sobremesas

(n=13). Verificou-se que os FCÇ demonstraram valores inferiores a 1,00, sendo 0,90 (0,05) do

Cheesecake de frutas vermelhaso maior valor encontrado, seguido do bolo de chocolate sem lactose

0,88 (0,02) e o menor o da torta de maçã 0,71 (0,13).

Tabela 4–Fatores de cocção (FCÇ) de Bolos e Sobremesas.

Preparações

N

FCÇ Média (dp)

(IC 95%)

Preparações

N

FCÇ Média (dp)

(IC 95%)

Bolo da moça 4 0,86 (0,02)

(0,86 – 0,91)

Brigadeirão 12 0,86 (0,12)

(0,79 – 0,94)

Bolo de banana sem

lactose

3 0,77 (0,02)

(0,73 – 0,81)

Brownie 4 0,87 (0,12)

(0,79 – 0,94)

Bolo de café com

cobertura de laranja

8 0,75 (0,06)

(0,70 – 0,80)

Cheesecake de

frutas vermelhas

3 0,90 (0,05)

(0,78 – 1,03)

Bolo de cenoura com

calda de chocolate

16 0,83 (0,04)

(0,81 – 0,86)

Chocolate quente

cremoso

5 0,82 (0,08)

(0,72 – 0,92)

Bolo de chocolate sem

lactose

3 0,88 (0,02)

(0,85 – 0,92)

Palha italiana 3 0,84 (0,02)

(0,79 – 0,90)

Bolo de milho 16 0,91 (0,08)

(0,86 – 0,95)

Torta de maçã 10 0,71 (0,13)

(0,61 – 0,80)

Bolo de ovos com

cobertura de limão

3 0,80 (0,06)

(0,65 – 0,95)

DISCUSSÃO

Alguns alimentos para que possam ser consumidos precisam ser submetidos ao

processo de cocção.Os métodos de cocção de alimentos diferenciam-se pela forma e/ou meios de

transmissão de calor. Os meios comumente utilizados para o cozimento são: água, gordura, e ar

seco ou úmido.

A cocção consiste basicamente em aplicar calor ao alimento para modificá-lo física e

quimicamente, para fazer sobressaírem suas características sensoriais (sabor, aspecto, consistência,

aroma) e para reduzir ou eliminar micro-organismos. Esse procedimento que ocorre após a seleção,

a armazenagem, a condimentação e outras etapas de pré-preparo, melhora a digestibilidade dos

alimentos, além de modificar seu volume e peso1.

Para o cálculo exato do rendimento de uma preparação, énecessário conhecer e

mensurar essas alterações de peso, e o cálculo per capita, deve ser padronizado para avaliar o

rendimento total da uma receita. Sendo assim, o FCÇéindicador culinário determinante9.

Conforme descrito na Tabela 1, a maioria das preparações de cereaisapresentaram

valoresde FCÇ semelhantes, sendo inferiores ou iguais a1,01. Os cereais são alimentos de origem

vegetal constituídos por sementes ou grãos comestíveis, que são excelentes fontes de carboidrato e

energia; os cereais integrais apresentam, ainda, uma maior quantidade de fibras e minerais.

Os resultados encontrados neste estudo em relação aos cereaisjá era esperado, uma

vez que alimentos de origem vegetal ricos em amido apresentam alto fator de cocção3.O arroz

refogado com FCÇ de2,51 (0,26) apresentou resultados no seu intervalo de confiança coerentes com

a literatura, mostrado por Phillpi2de 2,70, Ornellas

3de 2,50, Araújo & Guerra

8 2,20 e Barros

4de

1,97, contudo os autores não especificaram o tipo do arroz. Araújo & Guerra8

apresentaram valores

para arroz à grega, arroz com lentilha, arroz de leite, baião de dois, bolinho de arroz e farofa de ovo,

com FCÇ de 2,22, 2,17, 1,34, 2,16, 0,60 e 0,85 respectivamente, no entanto apenas o arroz com

lentilha, arroz de leite e o bolinho de arrozexpressaram valores coerentes com os encontrados no

intervalo de confiança apresentados no estudo.

Ocuscuz ao leite de coco 1,17 (0,34)apresentou dados de acordo com o exposto por

Silva et. al.5,de 1,49 (0,10). Já o espaguete ao molho de ervas com FCÇ de 1,22 (0,45) e omacarrão

àcarbonara1,37 (0,08) apresentaram valores que não coincidem ao encontrado na literatura, como

mostrado por Phillpi2,Ornellas

3,e Silva et. al.

42,70, 3,00 2,48 (0,04),respectivamente. Sendo Silva

et. al.4

únicos autores a apresentarem resultados com média e desvio padrão para os seus FCÇ.

Em todas as preparações que continham arroz, foram utilizados o arroz polido. Ele é

conhecido popularmente como arroz branco, sendo o mais consumido no Brasil. As propriedades

funcionais do arroz estão relacionadas à concentração de amido, que constitui 90% do seu peso

seco, especialmente composto por frações de amilose, que está inversamente relacionada as suas

propriedades (maciez, coesão, brilho e volume de expansão)1.O comportamento de gelatinização do

amido é um fator determinante para a textura, tempo de cocção e aceitação do arroz cozido, sendo

influenciado por componentes não amiláceos, principalmente as proteínas que envolvem os

grânulos de amido formando uma matriz proteica muito forte10

. Nos grãos de cereais as frações de amilose e amidopectina variam entre diferentes

espécies e na mesma espécie dependendo do grau de maturação da planta. Assim o amido

comporta-se diferente na presença de água, nos vários tipos de preparações1. Isso possivelmente

justifica o alto valor do FCÇ encontrado para o arroz com couve e o arroz refogado.

Já para o arroz com lentilha o valor encontrado pode ter sido em virtude da alta

adição de água, uma vez que a lentilha utilizada na preparação era seca;apesar de ter sido cozida

separadamente, é uma leguminosa que absorve pouca água durante o processo de cocção, por

possuir uma película mais grossa de celulose e hemicelulose. Essa casca, comumente denominada

de película, é composta por fibras que envolve as leguminosas, representando de 2,0% a 5% da sua

constituição, e é a maior influenciadora no processo de cocção. Quanto mais espessa a película,

mais água será necessário para o cozimento, no entanto ela não se transfere para o grão. E outro

fator importante é o pH do meio de cocção, quando este se torna alcalino tende a diminuir o tempo

de cozimento, ele conduz o abrandamento da parede celular do grão por hidrolisar a hemicelulose

do meio1.Este fato, possivelmente justifica a necessidade de uma maior quantidade de água no

preparo do arroz com lentilha, além também da grande quantidade de água que evapora no processo

de cocção.

O bolinho de arroz com baixo FCÇpode se explicar devido ao método de cozimento

a que foi submetido, o método de calor seco com gordura, através da fritura por imersão. Nesse

método existe a desidratação do alimento, transmitindo calor de forma indireta, por meio da

gordura. No pirão de peixe e na tapioca recheada com banana e chocolate tivemos o processo de

gelatinização do amido, e depois hidrólise através do calor úmido13

, aplicado no pirão, reação que

ocorre naturalmente quando submetido a cocção, e calor seco na tapioca.

No geral as preparações de leguminosas apresentaram valores semelhantes. As

leguminosas (Tabela 1), diferente do cereais, são grãos contidos em vagens, frutos ou raízes e

tubérculos, sendo fontes de vitaminas, minerais e fibras2. Por serem alimentos ricos em proteína de

limitado valor biológico3,os tratamentos térmicos podem ter provocado nas proteínas alterações nas

cadeias laterais de aminoácidos, ou hidrólise das ligações peptídicas e/ou mudanças estruturais.

Essas mudanças dependem da intensidade do tratamento aplicado, das condições ambientais e da

natureza da proteína, podendo na presença de água aumentar sua solubilidade ou retrair-se e perder

a capacidade de retenção de água11

.

Na literatura nos deparamos com valores de referência contrários aos que foram

obtidos na análise do feijão carioca 0,78(0,14), feijão verde cearense 0,67 (0,21) e a feijoada 0,60

(0,03), apresentando altos valores; como mostra Phillipi2, Ornellas

3, Araújo & Guerra

8 e Barros

4,

que apresentaram valores de FCÇ de 2,00, 3,00,1,36 e 2,09 respectivamente; os autores não

especificaram o tipo do feijão e se continha ou não caldo. Não se encaixando nem nos intervalos de

confiança das preparações. Possivelmente, as diferenças encontradas se deram em virtude de no

presente trabalho as receitas de feijão apresentadas terem de fato sido analisadas considerando o

caldo.

Na Tabela 2 estão os resultados encontrados para os FCÇ das carnes. Por definição,

de acordo com o decreto n° 30.691, de 29 de março de 1952, carnes são massas musculares

maturadas e demais tecidos que acompanham, incluindo ou não a massa óssea correspondente, que

procede de animais abatidos sob inspeção sanitária13

. Elas são mais comumente classificadas de

acordo com a sua origem, sendo as opções possíveis de classificação as seguintes: bovina, suína,

ovina, caprina, aves, pescados, entre outras1.Os valores apresentaram-se menores que 1,00,

demonstrando coerência com o preconizado na literatura, onde os alimentos de origem animal ricos

em proteínas tendem a ter FCÇ mais baixos3.

As receitas de bife à parmegiana0,90 (0,33),frango assado 0,64 (0,10),peixe frito

0,70 (0,03) e o picadinho de carne0,81 (0,05) foram as únicas que tiveram valores de referência

encontrados na literatura. Araújo & Guerra8 apresentaram valores de FCÇ de 0,94 para bife à

parmegiana e 0,81 para o picadinho de carne, sendo coerentes com o encontrado no

estudo.Ornellas3expõe o mesmo valor de 0,7 para o frango e o peixe, estando assim coerente com o

demonstrado. No entanto, Silva et. al.5 apresentaram valores menores de0,44 (0,02) para o peixe

frito, não se encaixando nem no intervalo de confiança encontrado em nosso estudo.

O objetivo da cocção de carnes no geral, é destruir germes patogênicos, coagular as

proteínas, abrandar o tecido conjuntivo e desenvolver um sabor agradável para torná-la palatável.

Durante a cocção, a consistência das carnes variam em função do corte e do tipo de fibras

musculares de tecido conjuntivo, reduzindo seuvolume e massa, devido à retração das fibras

musculares pela coagulação das proteínas, pela fusão das gorduras e pela perda de água3.

Este processo ocorre em virtude do calor que é conduzido da superfície ao interior

das carnes, e com o aumento da temperatura tem início a desnaturação, ocasionando o encurtamento

das fibras com a liberação de água11

. A perda de água conduz diversos níveis de desidratação da

carne, alterando sua maciez e suculência. Além disso, os métodos de cocção utilizados em carnes

variam conforme o tipo de calor: seco, úmido ou misto, produzindo assim preparações com

texturas, cores, sabores e odores diferentes1.

Na Tabela 3encontramos os valores de FCÇ para frutas e hortaliças. Compreendemos

frutas, como a parte polposa que envolve a semente de plantas, possuindo aroma característicos e

normalmente é rica em suco e sabor doce e agradável, podendo geralmente ser consumidas cruas2.

A denominação de hortaliças é dada a todos os produtos de hortas, popularmente conhecidos como

verduras e legumes. Elas são formas comestíveis de tecidos de plantas que incluem raízes,

tubérculos, bulbos, talos, flores, folhas, sementes e frutos de certas plantas. Tanto as frutas como as

hortaliças são ricas em vitaminas e minerais1. Dentro desta classificação todas as receitas

apresentaram valores inferiores a 1,00.

Foram encontrados dados na literatura, dentre as receitas da Tabela 3,apenas para a

batata frita 0,603 e 0,44

8, onde o primeiro valor expresso não coincide com o valor encontrado neste

estudo,0,36 (0,03), já o valor de0,448, junto com o FCÇ de 0,95

8 para a cartolaencontra-se coerente

com o expresso no intervalo de confiança. Apesar da diferença de valores entende-se que ambos

estão de acordo com o preconizado na literatura, indicando que houveram perdas por desidratação

na composição dos alimentos.

Nas saladas o baixo valor do FCÇ pode ser justificado pelo fato de apenas alguns

ingredientesque compõem a preparação serem submetidos a cocção, utilizando na sua maioria o

método de calor úmido, afim de deixá-los mais palatáveis para sobressaírem as características das

receitas, priorizando o máximo das vitaminas e minerais. Já na batata frita e no bolinho de batata

recheada com queijo, o método de cocção empregado foi o calor seco, por meio da fritura por

imersão. Nesse método ocorre a desidratação do alimento, transmitindo calor por condução, de

forma indireta, por meio da gordura, sendo distribuído por convecção. No tomate recheado aplicou-

se o método de calor seco, assado em forno, o calor é transmitido por condução, no interior do

alimento, e por convecção, através do aquecimento do ar que circula no forno1; Este mesmo

processo foi aplicado a batata recheada com carne moída, no entanto antes de ir ao forno a batata ea

carne foram previamente cozidas.

Diferente das frutas, as plantas classificadas como hortaliças possuem sabores

variados, de suave, como a batata, a excessivamente forte, como a cebola, e, portanto requerem

habilidades no momento da cocção e/ou da apresentação para torná-las palatáveis. A cocção de

hortaliças objetiva obter textura, aparência e sabores agradáveis, conservando ao máximo o valor

nutritivo, sendo influenciadas por fatores como tempo e temperatura, volume de água, qualidade

físico-química da água entre outras1.

A temperatura e o tempo de cocção atuam no abrandamento da parede celular:

quanto menor o tempo de cocção, mais alta deve ser a temperatura; quanto maior a temperatura,

menor deve ser o tempo de cocção. Quando um dos fatores for utilizado em excesso, ocasionará

prejuízos ou nas características organolépticas, ou no valor nutricional ou em ambos1.

De acordo com a resolução CNNPA nº 12, de 1978, em conformidade com a lei n°

986, de 21 de outubro de 1969, da ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária)12

entende-se

que produtos de confeitaria são os obtidos por cocção adequada de massa preparada com farinhas,

amidos, féculas e outras substâncias alimentícias, doces ou salgados, recheados ou não. Bolo é

designado como produto assado, preparado à base de farinhas ou amidos, açúcar, fermento químico

ou biológico, podendo conter leite, ovos, manteiga, gordura e outras substancias alimentícias que

caracterizam o produto.

Para as preparações classificadas como bolos e sobremesas (Tabela 4), Araújo &

Guerra8

apresentamalguns dados de FCÇ para bolo de chocolate com 0,85e 0,84 para chocolate

quente cremoso, valores condizentes com os intervalos de confiança expressos no estudo, já o bolo

de banana com FCÇ de 0,848 exibiu um valor mais alto do que o de 0,77 (0,02) encontrado no

estudo.

Os bolos de uma maneira geral tem a farinha de trigo como ingrediente principal,

podendo ser parcialmente substituídas por outros tipos de farinhas, como: soja, centeio, cevada,

milho e arroz. Em bolos, a formação do glúten é muito importante, pois requer crescimento,

firmeza, volume e macieiz, assim as membranas retém as bolhas de gás produzidas pelos agentes de

crescimento. A desnaturação das proteínas e a formação de uma crosta que confere a característica

de crocância ocorrem durante o forneamento1.

Geralmente eles são assados em fornos, por cerca de 45 min aproximadamente,

sendo esse o tempo necessário para o fermento agir. A temperatura ótima de cocção varia entre

200°C e 230°C1, condições de tempo e temperatura utilizadas nas preparações analisadas de bolo.

Todas as preparações da Tabela 4 foram submetidas à cocção de calor seco, um método em que as

substancias sensoriais, os nutrientes e os elementos solúveis concentra-se no interior do alimento,

sendo o calor transferido por condução. Isso explica o fato dos valores expressarem FCÇ inferiores

a 1,00, pois, apesar de maior volume, o alimento desidratou, com volatilização dos líquidos.

Comparando os FCÇ de todas as tabelas, observou-se que as preparações de carnes,

frutas e hortaliças, doces e sobremesas apresentaram resultados inferiores a 1,00, já as de cereais e

leguminosas demonstraram maiores variações, com valores inferiores e maiores que 1,00. De

acordo com os resultados de referência encontrados na literatura, quando comparados ao exposto, a

sua maioria mostrou-se contrária, trazendo valores mais altos, do que os que foram apresentados.

Com isso, de uma maneira geral, percebemos que o resultado da análise, foi de suma

importância, uma vez que os dados sobre FCÇ de diferentes preparações ainda são escassos na

literatura e não apresentavam informações substanciais para sua devida análise, como tipo

específico do alimento, a mão de obra, o tipo de calor empregado na preparação ou o modo de

preparo. Adicionalmente, poucos estudos trazem valores máximo e mínimo encontrados e, ainda, há

poucos registros na literatura de dados de IC 95% para FCÇ. A existência desses intervalos é

importante para que sejam determinados valores de referência. Portanto, este trabalho foi

fundamental para aumentar a discussão acerca desse assunto.

CONCLUSÃO

Observou-se que as preparações de cereais e leguminosas tiveram diferentes valores

de FCÇ, sendo alguns distintos das demais preparações, como o arroz com couve, arroz com

lentilha e o arroz refogado, que apresentaram valores superiores a 2,00. As carnes, frutas e

hortaliças, bolos e doces apresentaram valores de FCÇ inferiores a 1,00 o que indicou perda de

massa e desidratação, de acordo com o preconizado na literatura.

Os dados gerados podem viabilizar a definição da capacidade dos utensílios e/ou

equipamentos que serão utilizados para o preparo de uma receita, tendo também importância para a

determinaçãoda porção da preparação a partir do per capita, e na elaboração de lista de compras de

acordo com a realidade do Laboratório e analise de dietas, além de auxiliar novas UAN no manejo

dos itens citados.

REFERÊNCIAS

1 - Araújo WC, Montebello NP, Botelho RBA, Borgo LA. Alquimia dos alimentos. 3a

ed. Distrito

Federal: Editora Senac, 2016.

2 – Philippi, Sonia Tucunduva. Nutrição e técnica dietética. 3a

ed. Ampl. e atual. Barueri, SP:

Manole; 2014.

3 - Ornellas LH. Técnica Dietética: seleção e preparo de alimentos. 8a ed. São Paulo: Editora

Atheneu; 2007.

4 - BARROS, R. M.; GARCIA, P. P. C.; ALMEIDA, S. G. Análise e Elaboração dos Fatores de

Correção e Cocção de Alimentos. Anuário da produção de iniciação científica discente, Brasília, v.

13, n. 16, p. 103-113, 2010.

5 - SILVA, PATRÍCIA CHAVES E. et al. Análise do Fator de Cocção de Alimentos. In: VII

CONNEPI-Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação. 2012.

6 - PARISOTO, Debora Fabiano; HAUTRIVE, Tiffany Prokopp; CEMBRANEL, Fernando

Macedo. Redução do desperdício de alimentos em um restaurante popular. Revista Brasileira de

Tecnologia Agroindustrial, v. 7, n. 2, 2013.

7 - HAUTRIVE, Tiffany Prokopp; PICCOLI, Liana. Elaboração de fichas técnicas de preparações

de uma unidade de alimentação e nutrição do Município de Xaxim–SC. e-Scientia, v. 6, n. 1, p. 01-

07, 2013.

8 – Araújo, M., Guerra, T. Alimentos “Per capita”. 3a ed. Natal/RN: EDUFRN, 2007.

9 – Mendonça, Rejane Teixeira. Nutrição: um guia completo de alimentação, praticas de higiene,

cardápios, doenças, dietas, gestão. 1a ed. São Paulo: Rideel, 2010.

10 - JULIANO, B.O. International cooperative test on texture of cooked rice. Journal of Texture

Studies, v.15, p.357–376, 1984.

11 – Ordoñez, Juan A. Pereda. Tecnologia de alimentos. Componentes dos alimentos e processos.

Porto Alegre: Artmed, v. 1, 2005.

12 -BRASIL, Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952.Regulamento da inspeção industrial e

sanitária de produtos de origem animal. 1952.[acesso 2017 abril 25]. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/D30691.htm>

13 – BRASIL. Resolução CNNPA nº 12, de 1978.Lei n° 986, de 21 de outubro de 1969, da

ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária). Açúcares e produtos para

adoçar: legislação e resoluções. [acesso 2017 maio 17].Disponível em:

<http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/12_78_prod_confeita.htm>.

ANEXO – NORMAS DA REVISTA

APÊNDICE 1

Tabela 1.Cereais e leguminosas, comparação com a literatura.

*NÃO ESPECIFICADO

Preparações

N

FCÇ Média

(dp)

(IC 95%)

Phillipi

(2014)

Ornellas

(2007)

Barros

(2011)

Silva et. al.

(2012)

Araújo &

Guerra

(2007)

Arroz à grega 13 1,64 (0,13)

(1,56 – 1,72)

2,22

Arroz com lentilha 14 2,17 (0,54)

(1,86 – 2,47)

2,17

Arroz de leite 7 1,22 (0,30)

(0,94 – 1,49)

1,34

Arroz refogado 19 2,51

(0,26)**

(2,13 – 2,88)

2,70 2,50 1,97* 2,20

Baião de dois 8 1,47 (0,59)

(0,97 – 1,96)

2,16

Bolinho de arroz 6 0,81(0,32)

(0,47 – 1,14)

0,60

Cuscuz ao leite de

coco

3 1,17 (0,34)

(0,33 – 2,01)

1,49 (0,10)

Espaguete ao molho

de ervas

3 1,22 (0,45)

(1,10 – 1,33)

2,70 3,00 2,48 (0,04)

Farofa de ovo 3 0,78 (0,01)

(0,75 – 0,81)

0,85

Feijão carioca 7 0,78(0,14)

(0,64 – 0,91)

2,00* 3,00* 2,09*

Feijão verde

cearense

14 0,67 (0,21)

(0,55 – 0,79)

2,00* 3,00* 2,09*

Feijoada 4 0,60 (0,03)

(0,56 – 0,64)

2,00* 3,00* 2,09* 1,36

Macarrão

àcarbonara

6 1,37 (0,08)

(1,29 – 1,45)

2,70 3,00

Feijão carioca 7 0,78(0,14)

(0,64 – 0,91)

2,00* 3,00* 2,09*

Feijão verde

cearense

14 0,67 (0,21)

(0,55 – 0,79)

2,00* 3,00* 2,09*

Feijoada 4 0,60 (0,03)

(0,56 – 0,64)

2,00* 3,00* 2,09* 1,36

Macarrão a

carbonara

6 1,37 (0,08)

(1,29 – 1,45)

2,70 3,00

Tabela 2. Carnes, comparação com a literatura.

Preparações

N

FCÇ Média (dp)

(IC 95%)

Ornellas

(2007)

Silva et. al.

(2012)

Araújo &

Guerra (2007)

Bife à

parmegiana 5

0,90 (0,33)

(0,50 – 1,30)

0,94

Frango assado 6 0,64 (0,10)

(0,54 – 0,74) 0,7

Peixe frito 12 0,70 (0,03)

(0,67 – 0,72) 0,7 0,44 (0,02)

Picadinho de

carne 4

0,81 (0,05)

(0,73 – 0,89)

0,81

Tabela 3. Frutas e hortaliças, comparação com a literatura.

Preparações

N

FCÇ Média (dp)

(IC 95%)

Ornellas

(2007)

Araújo &

Guerra (2007)

Batata frita 3 0,36 (0,03)

(0,28 – 0,44) 0,60 0,44

Cartola 10 0,88 (0,06)**

(0,82 – 1,00) 0,95

Tabela 4. Bolos e sobremesas, comparação com a literatura.

Preparações

N

FCÇ Média (dp)

(IC 95%)

Araújo & Guerra

(2007)

Bolo de banana sem lactose 3 0,77 (0,02)

(0,73 – 0,81)

0,97

Bolo de chocolate sem lactose 3 0,88 (0,02)

(0,85 – 0,92)

0,85

Chocolate quente cremoso 5 0,82 (0,08)

(0,72 – 0,92)

0,84

APÊNDICE 2

Modo de preparo das 66 receitas analisas no estudo.

1. ARROZ À GREGA

MODO DE PREPARO: Refogue a cebola no óleo, em seguida junte a cenoura

picadinha e o arroz. Depois de bem refogado, adicione a água fervendo e o sal. Deixe

em fogo baixo, em panela tampada até secar a água. Adicione as passas, o presunto, a

ervilha e misture. Sirva em seguida.

2. ARROZ CHOP SUEY

MODO DE PREPARO: Refogue o arroz no óleo e sal. Acrescente água e deixe

cozinhar. Cozinhe a cenoura no vapor e quando estiver quase pronta adicione o sal e a

ervilha congelada. Em seguida, frite o presunto cortado em cubinhos no óleo. Em outra

frigideira, frite os ovos até que fiquem firmes e soltinhos. Por fim, junte o presunto, a

cenoura, a ervilha e o ovo mexido no arroz. Por fim acrescente a cebolinha.

3. ARROZ COM BRÓCOLIS

MODO DE PREPARO: Em uma panela aquecida adicione o óleo, a cebola, o alho

picadinho e o arroz, refogue por alguns minutos, adicione a água fervida e o sal; deixe

cozinhar. Enquanto isso, cozinhe o brócolis no vapor, com a panela semiaberta. Quando

o arroz estiver pronto, corte o brócolis, adicione ao arroz e misture. Sirva em seguida.

4. ARROZ REFOGADO COM CENOURA

MODO DE PREPARO: Corte a cebola e a cenoura em pequenos cubos. Em seguida,

esprema o alho e insira-o em uma panela aquecida, juntamente com a cebola e com o

óleo. Quando a cebola e o alho estiverem dourados, acrescente o arroz e refogue por

alguns minutos. Tendo feito isso, adicione a cenoura, a água e o sal e deixe cozinhar..

5. ARROZ COM COUVE

MODO DE PREPARO: Em uma panela aquecida adicione o óleo, a cebola, o alho

picadinho, a couve picada e o arroz, refogue por alguns minutos, adicione a água e o sal

e deixe cozinhar.

6. ARROZ COM LENTILHA

MODO DE PREPARO: Refogue a cebola e o alho no azeite, acrescentando a lentilha, o

sal e, em seguida, a água. Cozinhe o arroz separadamente em água e sal. por fim,

misture a lentilha e o arroz.

7. ARROZ DE FORNO

MODO DE PREPARO: corte o frango e tempere com sal, colorau, curry, alho e limão.

Reserve por 15 minutos. Corte cebola, pimentão e tomate, coloque em uma panela e

cozinhe junto com o frango. Cozinhe o arroz e reserve. Corte a cenoura em cubos

médios, cozinhe no vapor com a ervilha. Com o frango pronto, desfie-o. Em uma tigela

misture o arroz, o frango, o milho verde, a ervilha, a cenoura e a azeitona sem caroço.

Coloque em um refratário, cobra com a mussarela. Leve ao forno para gratinar. Depois

de pronto coloque a batata palha por cima e sirva.

8. ARROZ DE LEITE

MODO DE PREPARO: Coloque o arroz em água fria e levar ao fogo para cozinhar,

com a tampa semiaberta. Depois de cozido, junte o leite e o sal. Deixe até levantar

fervura em seguida desligue o fogo, deixando a panela tampada até que seja incorporado

todo o leite.

9. ARROZ REFOGADO

MODO DE PREPARO: Refogue o alho e a cenoura, picados, no óleo, em seguida

acrescente o arroz. Refogue um pouco e acrescente a água fervida e o sal. Tampe e

espere secar.

10. BAIÃO DE DOIS

MODO DE PREPARO: Cozinhar o feijão sem deixá-lo amolecer muito. Refogar o

bacon e o paio picados. Colocar em papel toalha para retirar o excesso de óleo. Refogar

o óleo de soja juntamente com o alho, a cebola, o pimentão, o tomate e, por último o

arroz. Transferir o refogado, as carnes e a água fervente do arroz para a panela do feijão.

Colocar o sal e o coentro. Espere secar.

11. BOLINHO DE ARROZ

MODO DE PREPARO: Coloque o arroz em água fria, junte o sal e leve ao fogo para

cozinhar. Quando secar a água, junte o leite, a farinha de trigo, o fermento em pó e o

ovo, quando secar novamente, desligue. Pique o coentro e a cebolinha, rale o queijo e

acrescente esses, ao arroz. Forme pequenos croquetes, empane-os na farinha de rosca e

leve em panela funda para fritar no óleo bem quente até dourar. Depois de fritos, sirva-

os quente.

12. BOLINHO DE CHUVA COM GOIABA

MODO DE PREPARO: Em uma tigela colocar a farinha de trigo, o fermento em pó, os

ovos, mexer bem, adicionar o açúcar e tornar a mexer. Acrescentar o leite aos poucos

até formar uma massa homogênea. Reservar. Com o auxílio de uma colher, tomar uma

porção da massa, acrescentar a goiabada e jogar em óleo bem quente. Passar na canela e

no açúcar.

13. CALDO VERDE

MODO DE PREPARO: Coloque em uma panela o caldo de legumes com a água e a

batata para cozinhar. Bata no liquidificador a batata junto com o caldo. Refogue em uma

panela a cebola no óleo e adicione a calabresa cortada em cubinhos bem pequenos. Em

seguida adicione a couve cortada em tirinhas finas, refolgando-as. Coloque o caldo do

liquidificador, o leite e a pimenta e deixe ferver. Ao final, sem a preparação estar

fervendo, adicione o creme de leite.

14. COOKIES

MODO DE PREPARO: Antes da preparação dos cookies, pré aquecer o forno a 180 °C.

Unte duas formas com manteiga e farinha de trigo. Em uma tigela, coloquea farinha, a

aveia em flocos finos e a manteiga amolecida. Misture com a mãos até formar uma

farofa úmida, acrescente o ovo, o açúcar mascavo, o fermento em pó e a essência de

baunilha. Em seguida, misture a massa o chocolate e as castanhas do pará picados. Faça

pequenas bolinhas com a massa e achate um pouco. Por último, coloque para assar por

40 minutos no forno pré aquecido.

15.CUSCUZ AO LEITE DE COCO

MODO DE PREPARO: Colocar o fubá e sal com um pouco de água para hidratar

durante 15 minutos. Em seguida, colocar o fubá na cuscuzeira juntamente com água

fervendo e deixar o mesmo cozinhando por 8 minutos. Enquanto isso, liquidificar o

coco fresco com água morna e coar para se obter o leite de coco. Quando o cuscuz

estiver cozido, adicionar o leite de coco ao cuscuz e servir a preparação.

16.FAROFA DE ALHO

MODO DE PREPARO:Refogar o alho e a cebola no óleo até dourar. Adicionar o

colorau e o sal, e logo em seguida a farinha e mexer até dar uma coloração homogênea à

farofa.

17.FAROFA DE CUSCUZ

MODO DE PREPARO: Coloque o sal nos flocos de milho e acrescente a água aos

poucos (verifique se a quantidade adicionada é suficiente) e sempre mexa. Coloque a

massa na cuscuzeira para cozinhar. Quando estiver pronto, retire da cuscuzeira, esfarele

e reserve. Em seguida refogue a cebola, o pimentão e o tomate na margarina. Por fim

adicione o cuscuz sempre mexendo para que o refogado seja completamente

incorporado.

18.FAROFA DE FEIJÃO

MODO DE PREPARO: Cozinhe o feijão com sal. Após a cocção do feijão, escorrer.

Pique a cebola, alho e calabresa. Refogue a calabresa em frigideira em teflon, em

seguida, adicione a cebola e o alho. Mexer até dourar. Adicione a farinha, aos poucos,

para que a farofa não fique nem úmida, nem seca. Em seguida, adicione o feijão. Tire do

fogo. Polvilhe o coentro picado.

19.FAROFA DE OVO

MODO DE PREPARO: Corte o alho e a cebola em pequenos pedaços e refogue-os em

óleo. Em seguida adicione a farinha, o sal e o colorau. Em outa frigideira, frite os ovos

até que fiquem soltinhos. Junte-o a farofa e misture bem.

20.FEIJÃO CARIOCA

MODO DE PREPARO: Para o remolho, acrescente a água e o feijão em uma panela e

leve ao fogo brando, ao entrar em ebulição, marque 2 minutos e em seguida deixe-o

descansar por 1 hora. Após o remolho rápido do feijão, cozinhe-o, juntamente com os

temperos. Cozinhe também a carne de charque. Por último, adicione o coentro.

21.FEIJÃO VERDE CEARENSE

MODO DE PREPARO: Levar o feijão para cozinhar com a água, a cebola e as

pimentas. Quando o caroço estiver mole, juntar o maxixe partido ao meio, os quiabos e

o sal. Deixar cozinhar. Retirar do fogo e acrescentar a nata, o queijo e o coentro. Servir

quente.

22.FEIJOADA

MODO DE PREPARO: Faça o remolho do feijão, corte as carnes e dessalgue-as. Em

seguida, cozinhe o feijão, e em outra panela cozinhe as carnes sob pressão. Em uma

frigideira, frite o paio e a calabresa e com o óleo residual refogue o alho e a cebola.

Misture as carnes, o paio e a calabresa ao refogado, e mexa. Depois junte o feijão e o

refogado dentro de uma panela, acrescente o sal e deixe cozinhar. Ao final acrescente o

coentro e a cebolinha e deixe cozinhar.

23.HAMBÚRGUER DE SOJA

MODO DE PREPARO: Ferver a água para a reidratação da soja. Colocar a soja e deixar

até que absorva toda a água. Retirar o excesso de água utilizando peneira caso

necessário. Misturar os demais ingredientes. Modelar os hambúrgueres e fritar em óleo

quente, tendo cuidado para não quebrá-los.

24.PAÇOCA NUTRITIVA DE AMENDOIM

MODO DE PREPARO: Em uma assadeira coloque o amendoim e leve ao forno pré-

aquecido a 180 graus por 5 minutos (apenas para esquentar o amendoim). Em seguida,

transfira o amendoim ainda quente para um processador e bata até obter uma farinha.

Desligue. Ainda no processador acrescente a farinha láctea, o açúcar e o sal. Bata

novamente até que o óleo do amendoim incorpore na mistura formando uma liga para

moldar a paçoca. (DICA: coloque um pouco da mistura na palma da mão e aperte.

Quando formar uma bolinha firme, esta pronta). Numa superfície lisa coloque o molde

(a forminha) e encha-o com a paçoca, prensando bem com os dedos para que ela fique

bem firme. Depois retire com cuidado do molde já no refratário que irá servir.

25.PETIT FOUR DE SOJA

MODO DE PREPARO: Em um recipiente misture o açúcar, a margarina e os ovos. À

parte misture os ingredientes secos, junte os outros Ingredientes com cuidado. Sove a

massa até que ela torne-se homogênea. Unte a forma com a margarina. Molde os

biscoitos e coloque na forma previamente untada. Leve para assar em forno médio pré-

aquecido.

26.PIRÃO DE PEIXE

MODO DE PREPARO: Acrescentar a farinha lentamente ao caldo quente em fogo alto,

mexendo bem para não formar grumos.

27. SALADA DE GRÃO DE BICO

MODO DE PREPARO: Faça o remolho do grão de bico (2 minutos em ebulição + 1

hora em água quente), e ponha para cozinhar em uma panela de pressão por cerca de 25

minutos. Não deixe que desmanchem. Escorra o grão de bico em peneira e coloque em

uma tigela. Acrescente o azeite e o sal para o grão-de-bico. Deixe esfriar. Higienize e

corte em pequenos pedaços a cebola, o tomate, a cebolinha e o coentro, reservando-os.

Corte o queijo em cubinhos de cerca de 1 cm e reserve. Adicione a cebola, o tomate, o

coentro, a cebolinha, o sal e o milho verde ao grão de bico, misturando delicadamente, e

coloque os cubinhos de queijo por cima.

28. SOPA CREME DE ERVILHA

MODO DE PREPARO: Cozinhar a ervilha em água até que fique macia. Deixar esfriar

e liquidificar. Fritar o bacon em seguida colocar a calabresa para fritar, também. Retirar

o excesso de gordura solta pelo bacon. Refogar a cebola, o alho e esperar que dourem.

Juntar o creme de ervilhas e adicionar o sal e a pimenta. Deixar que cozinhe em fogo

baixo. Acrescentar o coentro picado. Despejar o creme em uma travessa.

29.TAPIOCA RECHEADA COM BANANA E CHOCOLATE

MODO DE PREPARO: Massa: Peneirar a goma se preciso e em seguida acrescentar

sal. Colocar a assadeira para esquentar e colocar uma fina camada de goma. Quando

estiver assada de um lado e desgrudar da assadeira, virar a tapioca para o outro lado,

depois de prontas, reservar. Recheio: colocar o leite condensado junto com o

achocolatado em pó no fogo e mexer até atingir o ponto de brigadeiro. Quando o

brigadeiro estiver pronto, colocar a banana cortada em tirinhas e mexer. Para montar,

colocar o brigadeiro com a banana na tapioca e enrolar.

30.PIZZA ROMEU E JULIETA

MODO DE PREPARO: Espalhe pedacinhos de goiabada na massa, cubra com

mussarela e leve ao forno só para derreter o queijo, sirva polvilhado com canela em pó.

31.ESPAGUERE AO MOLHO DE ERVAS

MODO DE PREPARO: Cozinhar o macarrão em água e sal, escorrer e reservar. Em

uma panela aquecer o azeite e refogar o alho e a cebola. Acrescentar as ervas frescas e o

orégano. Misturar bem. Juntar o molho de tomate, temperar com o sal e pimenta e

cozinhar por 5 minutos. Adicionar o creme de leite e o macarrão cozido, misturar bem e

servir salpicado com o queijo ralado.

32.MACARRÃO À CARBONARA

MODO DE PREPARO: Coloque o macarrão para cozinhar em água e sal. Frite o bacon

até que fique crocante e reserve a gordura. Use metade dessa gordura para refogar o

macarrão. Em outra panela acrescente os ovos em fogo baixo e junte rapidamente o

macarrão refogado e quente e reserve. Aqueça em uma frigideira o creme de leite, a

pimenta, o bacon, o leite e o sal. Desligue o fogo e junte o macarrão. Coloque em um

recipiente e polvilhe o queijo ralado.

33. BIFE À PARMEGIANA

MODO DE PREPARO: Bater os bifes, com o batedor, para que os mesmos fiquem

macios e maiores. Em seguida, colocá-los em uma vasilha e temperar com sal e pimenta

para incorporar o sabor. Bater levemente o ovos e passar o bifes neles,e em seguida

melar os bifes na mistura de farinhas (rosca e mandioca). Numa frigideira, acrescentar e

esquentar o óleo de fritar os bifes e reservar numa travessa com papel toalha a fim de

retirar o excesso de óleo da fritura. Montar na travessa uma camada de molho de

tomate, de bifes e outra de queijo e, assim sucessivamente, até acabarem os

ingredientes.

34.BIFE À ROLÊ

MODO DE PREPARO: Temperar os bifes com sal, pimenta, cominho, colorau e alho e

deixar descansar na geladeira por 20 minutos. Cortar a cebola, o pimentão e o tomate

em pedaços pequenos e colocar em uma panela junto com o óleo. Reservar. Colocar os

palitos de dente em água. Descascar a cenoura e cortar em 4 tiras. Enrolar os bifes com

a cenoura no meio e fechar com um palito. Refogar levemente os bifes na panela com os

vegetais, acrescentar água e deixar cozinhar até que seque um pouco.

35.CARNE DE SOL AO MOLHO DE MACAXEIRA

MODO DE PREPARO: Dessalgar a carne. Cozinhar a macaxeira e reservar. Cortar a

carne em tiras e refogar com a cebola em cubinhos. Passar no liquidificador a macaxeira

junto com a água de cocção, creme de leite, leite em pó e noz moscada. Em seguida,

juntar o molho à carne e deixar levantar fervura.

36.CARNE DE SOL NA NATA

MODO DE PREPARO: dessalgar a carne, cozinhar somente com água e desfiar. Fatiar

a cebola em rodelas finas. Aquecer a manteiga e dourar a cebola e a carne. Acrescentar

a nata, o leite e baixar o fogo. Esperar levantar fervura. Acrescentar o creme de leite e

deixar só um minuto no fogão (não deixar o creme de leite ferver).

37.ESCONDIDINHO DE ABÓBORA E CARNE DE SOL

MODO DE PREPARO: Higienizar adequadamente os vegetais. Cozinhar a abóbora no

vapor e amassá-la. Cortar a cebola e fritar na margarina; quando estiver dourada,

colocar a abóbora amassada, o leite e o sal até formar o purê. Escaldar a carne (colocar

em água fervente por 3 min., e posteriormente, trocar a água e coloque-a em água

fervente por 3 min. novamente); refogar no alho e óleo; colocar sobre papel absorvente

para retirar a oleosidade em excesso, posteriormente, triturar a carne. E por fim, montar

em camadas e acrescentar o queijo parmesão ralado sobre a preparação, deixar gratinar

no forno e depois servir.

38.ESCONDIDINHO DE MACAXEIRA E CARNE DE SOL

MODO DE PREPARO: Cozinhe a macaxeira até ficar bem macia. Depois liquidifique-

a com a margarina, o leite e o sal. Cozinhe a carne de sol cerca de 20 minutos, doure-a

no óleo por 2 minutos e em seguida desfie-a. Coloque o purê em um refratário de vidro,

montando uma camada de purê, uma de carne de sol, uma de queijo mussarela e outra

de purê. Polvilhe com queijo ralado e leve ao forno para gratinar.

39.FILÉ AO MOLHO MADEIRA

MODO DE PREPARO: Corte a carne em filés e tempere com alho, cebola e sal.

Esquente a frigideira e frite a carne em óleo. Corte o champignon em fatias finas e

reserve. Dissolva o caldo de carne em água quente e reserve. Derreta a manteiga em

uma panela e junte a farinha de trigo, mexa bem até que fique dourada. Acrescente aos

poucos o vinho tinto mexendo sempre, coloque o caldo de carne (dissolvido em água), o

sal, a mostarda e o champignon em fatias, mexendo sempre, até engrossar ligeiramente.

Despeje o molho sobre a carne e sirva.

40.FRANGO ASSADO

MODO DE PREPARO: Tempere o frango com limão, pimenta, sal, creme de cebola,

colorau e a cebola ralada e reserve por cerca de 20 minutos. Ligue o forno, unte a forma

com o azeite, coloque o frango e cubra com o papel alumínio. Quando o frango estiver

quase pronto, retire o papel alumínio e deixe o frango dourar.

41.FRANGO EMPANADO

MODO DE PREPARO: Frango empanado: Bater os filés até que aumentem de tamanho

e em seguida colocar em uma vasilha e temperar com sal e pimenta. Após 5min. virar os

filés para que apure melhor o tempero. Em um recipiente separado bater ligeiramente

os ovos e passar os bifes nos ovos e em seguida na mistura de farinhas de mandioca e de

rosca e levar para fritar em frigideira com óleo previamente aquecido. Fritar os filés dos

dois lados. Montagem: Montar em uma travessa uma camada de molho de tomate, uma

de filé, outra de queijo mussarela e ir alternando até acabarem os ingredientes, terminar

com o molho e polvilhar queijo parmesão ralado. Levar ao forno para gratinar.

42.FRANGO INTERNACIONAL

MODO DE PREPARO: Temperar o frango com sal e limão. Refogar a cebola, o

pimentão e o tomate. Adicionar o frango. Após cozido, desfiar o frango. Cozinhar os

ovos, cortá-los e salgá-los. Para o molho branco, refogar a cebola com a margarina,

adicionar a farinha e mexer até dourar. Adicionar o leite quente e mexer rapidamente

para não “empelotar”. Quando o molho estiver espesso, adicionar o requeijão, o frango

desfiado, os ovos cozidos, o milho verde, as ervilhas e as azeitonas (sem os caroços).

43.OMELETE DE FRANGO

MODO DE PREPARO: Tempere o frango com sal, pimenta, colorau e alho. Corte o

tomate, a cebola e o pimentão e refogue no óleo. Coloque o frango e cozinhe até que

esteja quase seco. Espere esfriar e desfie. Ferva a água e coloque a ervilha congelada no

vapor por 3 minutos. Em uma tigela, misture o frango desfiado, a ervilha, o milho

verde, o orégano, o coentro, a noz moscada e o requeijão. Bata as claras em neve até

que fiquem bem firmes e, em seguida, misture delicadamente as gemas, a farinha de

trigo e o sal. Esquente o óleo em uma frigideira, coloque um pouco de massa, salpique o

recheio e coloque mais massa. Quando assar de um lado, virar e assar do outro.

44.PEIXE FRITO

MODO DE PREPARO: Temperar as postas de peixe com sal, pimenta do reino e limão;

deixar pegar o tempero por 15 minutos na geladeira, depois passar a farinha de

mandioca e fritar em óleo quente, e por fim, colocar em papel absorvente para retirar o

excesso de óleo e depois servir.

45.PICADINHO DE CARNE

MODO DE PREPARO: Cortar a carne em cubos (corte para guisado). Refogar o alho e

a cebola no óleo, acrescentar a carne e em seguida adicionar os temperos secos (colorau,

pimenta, cominho e sal) deixando-os refogar por 3 minutos. Acrescentar a água e

coloque a pressão por cerca de 20 minutos. Em quanto isso, cortar os vegetais em cubos

médios e reservar. Após os 20 minutos, retirar a pressão e verificar se a carne está quase

cozida, se não, continuar na pressão e caso seja necessário, adicionar mais água, mas se

já estiver um pouco macia, adicionar os vegetais já cortados. E deixe-os cozinhando

sem a pressão. Lembre-se que esta preparação é necessário deixar um pouco de caldo

46.TORTA SALGADA DE FRANGO

MODO DE PREPARO: Refogar a cebola, o tomate e o pimentão picados em óleo.

Adicionar o frango, o colorau, a pimenta do reino e o sal. Adicionar um pouco de água,

se necessário. Após cozido, adicionar o cheiro verde, esperar esfriar e desfiar. Para a

massa, bater todos os ingredientes no liquidificador. Despejar parte da massa em uma

travessa, colocar o frango e despejar o restante da massa para cobrir.

47.SALADA COZIDA COM OVOS CODORNA

MODO DE PREPARO: Cozinhar os ovos em água e descascar em água corrente fria.

Higienizar o coentro e separar. Lavar os vegetais, descascar e cortar, salpicar o sal e

cozinhar no vapor. Colocar os vegetais cozidos em uma vasilha, acrescentar o coentro

picado e a maionese. Por fim adicionar os ovos cortados.

48. SALADA MISTA DE ATUM

MODO DE PREPARO: Higienize os vegetais e corte-os como desejar. Cozinhe o

chuchu e a batata ao vapor, depois arrume a salada como preferir. Para o molho, corte a

cebola, a cebolinha e o coentro em pedacinhos, misturem todos os ingredientes e sirva

junto com a salada.

49. TOMATE RECHEADO

MODO DE PREPARO: Higienize bem os tomates, corte-os ao meio, retire as sementes

e a polpa com uma colher, coloque sal e reserve-os virados com a abertura para baixo.

Doure o alho no azeite e misture o queijo ricota amassado, o sal e o orégano. Depois

ponha o recheio nos tomates, coloque-os em uma assadeira e leve ao forno pré-aquecido

durante 10 minutos. Sirva quente ou frio.

50.BATATA FRITA

MODO DE PREPARO: Corte as batatas em tiras e coloque-as em um recipiente coberto

com água, 2 colheres de sobremesa de sal e gelo e deixe de molho por uns 10 minutos.

Em seguida escorra a água, não lave as batatas, e seque as batatas bem em papel toalha.

Esquente o óleo e frite as batatas. Não fique mexendo nas batatas, quando estiverem

douradas retire-as e coloque-as no papel toalha.

51.BATATA RECHEADA COM CARNE MOÍDA

MODO DE PREPARO: Cozinhe a carne moída com sal, manteiga, cebola, tomate e

colorau e reserve. Cozinhe as batatas inteiras, depois de cozidas corte-as ao meio, retire

o miolo de cada uma e misture-o com o requeijão, carne (sem o caldo), orégano e sal.

Recheie as batatas e jogue por cima o queijo mussarela fatiado em tiras, leve ao forno

para gratinar.

52.BOLINHO DE BATATA RECHEADO COM QUEIJO

MODO DE PREPARO: Cozinhar as batatas no vapor, até que fiquem amolecidas. À

parte, aquecer o leite e bater o ovo. Descascar, espremer e juntar as batatas ao leite, ovo

e margarina. Em seguida, acrescentar o sal, a farinha, a pimenta do reino e os cheiros

verdes já picados, e misturar bem. Fazer bolinhos com a mão, colocando pequenos

pedaços de queijo no interior de cada bolinho. Polvilhar o orégano sobre os bolinhos e

frita-los em óleo bem quente.

53.CARTOLA

MODO DE PREPARO: Em uma frigideira, fritar as bananas na manteiga com parte do

açúcar. Em seguida, colocar o queijo fatiado em cima das bananas. Polvilhar com o

restante do açúcar. Por último, jogar o chocolate, tampar a frigideira, desligar o fogo e

deixar por 5 minutos. Servir quente.

54.BOLO DA MOÇA

MODO DE PREPARO: Liquidifique, aos poucos, todos os ingredientes; despeje em

forma untada e polvilhada e leve ao forno pré-aquecido por aproximadamente 30

minutos ou até que esteja assado. Colocar leite condensado por cima do bolo.

55.BOLO DE BANANA SEM LACTOSE

MODO DE PREPARO: Massa: Bater no liquidificador o açúcar com o óleo e juntar as

gemas uma a uma. Após bater, colocar a massa em um recipiente e acrescentar a farinha

misturada ao fermento e sal, alternando com o leite de soja. Depois, juntar as claras em

neve e bater levemente. Colocar a massa em uma forma untada com margarina e farinha

de trigo. Levar ao forno pré-aquecido por aproximadamente 45 minutos à

200°C.Cobertura: Levar ao fogo uma panela com o açúcar e as bananas cortadas em

rodelas espessas. Deixar chegar ao ponto de caramelo para começar a mexer sem parar.

Retirar do fogo quando a mistura estiver corada. Despejar a cobertura por cima do bolo

e polvilhar com açúcar e canela. Sirva!

56.BOLO DE CAFÉCOM CALDA DE LARANJA

MODO DE PREPARO: Peneirar junto a farinha, o bicarbonato e o açúcar. Reservar.

Juntar a margarina, as gemas e bater bem. Acrescentar o achocolatado e o café forte

(dissolvido em água e coado). Juntar todos os ingredientes e, por último bater as claras e

acrescentar delicadamente. Assar em forma untada e enfarinhada por 30 min. Para a

calda, espremer a laranja e peneirar. Acrescentar a água e o açúcar e levar ao fogo até

que levante fervura. Molhar o bolo com a calda. Servir frio.

57.BOLO DE CENOURA COM CALDA DE CHOCOLATE

Modo de preparo: Bolo: Descascar a cenoura e cortar em pedaços pequenos. Bater as

claras em neve e reservar. Bater no liquidificador a cenoura, as gemas de ovo e óleo.

Despejar em uma vasilha e misturar o açúcar. Acrescentar aos poucos a farinha de trigo,

colocar o fermento e misturar. Por último, colocar as claras em neve e misturar

delicadamente. Colocar em uma fôrma untada e enfarinhada e levar ao forno pré-

aquecido para assar. Calda: Colocar todos os ingredientes em uma panela pequena,

misturar e levar ao fogo baixo mexendo sempre até ferver e ficar homogêneo. Despejar

a calda ainda quente sobre o bolo.

58.BOLO DE CHOCOLATE SEM LACTOSE

MODO DE PREPARO: Em uma batedeira bata o óleo de soja com o açúcar e, logo em

seguida, junte as gemas uma a uma batendo bem. Depois junte a farinha de trigo

misturada ao fermento, bicarbonato e o chocolate, alternando com o leite de soja. Por

última ponha as claras em neve e leve ao forno para assar em uma forma untada

59.BOLO DE MILHO

MODO DE PREPARO: Hidrate os flocos de milho na água por 15 minutos. Bata todos

os ingredientes no liquidificador e despeje numa forma redonda com 25 cm de diâmetro,

untada com margarina e polvilhada com farinha de trigo. Leve ao forno pré aquecido

moderado (180ºC) por cerca de 50 minutos ou até que, enfiando um palito, este saia sem

resíduos.

60.BOLO DE OVOS COM COBERTURA DE LIMÃO

MODO DE PREPARO: Bater o açúcar e a manteiga até branquear. Acrescentar as

gemas uma a uma, batendo sempre. Peneirar a farinha e o fermento e ir acrescentando

pouco a pouco, alternando com o leite e colocar as raspas de meio limão. Em separado

bater as claras em neve. Juntar as claras delicadamente sem bater. Assar em fôrma

untada e enfarinhada, em forno médio. Em separado juntar o suco do meio limão

utilizado para fornecer as raspas, ao leite condensado, após homogêneo deitar sobre o

bolo, e servir.

61.BRIGADEIRÃO

MODO DE PREPARO: Em um liquidificador, coloque as gemas, o leite condensado, o

leite, o chocolate em pó e a margarina e bata até que fique homogêneo. Em uma forma

para pudim, unte com margarina e despeje a mistura. Primeiro leve a preparação para

assar em banho-maria no forno por 20 min para dá maciez a mesma e em seguida leve-a

em banho-maria no fogão para completar o cozimento. Retire do fogo, deixe esfriar,

desenforme e decore com granulado.

62.BROWNIE

MODO DE PREPARO: Derreter o chocolate junto a manteiga em banho-maria. Em

uma tigela, colocar o açúcar e o chocolate derretido. Acrescentar os ovos, um a um,

batendo bem após cada adição. Misturar a farinha e depois a essência de baunilha. Untar

uma forma com óleo e colocar o papel manteiga. Assar em fogo médio, até formar uma

casquinha seca em cima.

63.CHEESECAKE DE FRUTAS VERMELHAS

MODO DE PREPARO: Massa: Amassar os biscoitos cream cracker com a mão.

Adicionar açúcar, canela em pó, essência de baunilha e margarina sem sal,

posteriormente, misturá-los até formar uma massa úmida e com liga. Com a massa

forrar o fundo de uma forma de fundo removível e reservar. Recheio: Peneirar as gemas,

amassar a ricota com o auxílio de um garfo e em uma batedeira bater as gemas, o

requeijão, a ricota e o açúcar até formar um creme liso e homogêneo; depois adicionar

os demais ingredientes. Após isto, colocar o recheio sobre a massa ainda crua e levá-los

ao forno pré-aquecido por 45 minutos a 170 graus, até que o creme esteja firme e

levemente dourado na superfície. Reserva até esfriar. Cobertura: Derreter a geléia com a

água em uma panela. Logo após colocá-la por cima do creme.

64.CHOCOLATE QUENTE CREMOSO

MODO DE PREPARO: Esquentar o leite, com a canela em pó, sem deixar que ele ferva

(reserve um pouco do leite para dissolver o chocolate em pó e o amido de milho). Em

seguida, adicionar o leite condensado, o chocolate em pó dissolvido, a barra de

chocolate em pedaços mexendo sempre até levantar fervura. Acrescentar o amido

dissolvido, até obter uma mistura homogenia. Desligar o fogo, acrescentar o creme de

leite.

65.PALHA ITALIANA

MODO DE PREPARO: Quebrar os biscoitos maisena em pedaços bem pequenos,

umedecer no leite integral e reservar. Em uma panela, acrescentar o leite condensado, a

margarina e o achocolatado em pó para fazer um brigadeiro, sempre em fogo baixo,

mexer até o brigadeiro começar a desprender do fundo da panela. Desligar o fogo e

acrescentar o creme de leite, misturar bem. Em seguida acrescentar os pedacinhos de

biscoito umedecidos à mistura e mexer delicadamente até que todo o biscoito esteja

coberto com o creme. Despejar a mistura num recipiente, resfriar e servir.

66.TORTA DE MAÇÃ

MODO DE PREPARO: Misturar os ingredientes da massa até obter uma massa lisa e

homogênea, em seguida espalhar a massa numa forma, fazer pequenos furos (ou cortes)

na massa com a faca e coloca-la no forno (por pouco tempo) até dourar. Quando

começar a dourar, acrescentar camadas do creme do leite condensado e do doce de maçã

e reservar. Bater as claras até obter ponto em neve, e acrescentar o açúcar. Bater bem e

em seguida, acrescentar em cima das camadas. Assar em forno médio, por pouco tempo,

até dourar o suspiro. Para preparar o doce de maçã, adicionar todos os ingredientes

numa panela e cozinhar em forno brando até obter o doce; e para preparar o recheio,

misturar o leite condensado e o limão.