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    ETEC JOÃO BELARMINOTÉCNICO EM DESIGN DE INTERIORES - 1º. DIN

    ERGONOMIA

    Eliane Cristina Gallo Aquino1 [email protected]

     Amparo - SP2016

    1 Doutora em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas, Mestre em Educação pela Pontifícia UniversidadeCatólica de Campinas, Especialista em Educação, Criatividade e Tecnologia pela Metrocamp e Arquiteta e Urbanista pelaPontifícia Universidade Católica de Campinas.

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    Ementa do componente curricular

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    ERGONOMIA

    1. A origem do termo Ergonomia

    O termo  ergonomia  foi utilizado pela primeira vez, em 1857, pelo polonês W. Jastrzebowski , que publicou um artigo intitulado “Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalhobasead a nas leis objetivas da ciência da natureza”. 

    Figura 1. Crianças trabalhando no passado.

    Quase cem anos mais tarde, em 1949, um engenheiro inglês chamado Murrel  criou naInglaterra a primeira sociedade nacional de ergonomia, a “Ergonomic Research Society” . 

    O desenvolvimento da Ergonomia está ligado à evolução da tecnologia, principalmenteno início da revolução industrial (Fig. 1), no final do século XIX, e início do século XX.

    O nascimento oficial da Ergonomia se deu logo após a Segunda Guerra, depois de seperceber que inúmeras falhas ocorridas com aviões e dispositivos como radares derivavam dainadequação dos mecanismos e áreas de acionamento às capacidades humanas.

     A ergonomia é uma ciência que tem como objetivo a melhoria da relação do homem e omeio ambiente com o estudo das características físicas do corpo humano (fisiologia e fatores

     psicológicos).Portanto, pode ser entendida como uma disciplina que tem como objetivotransformar o trabalho, em suas diferentes dimensões, adaptando-o às caacteríticas e aoslimites do ser humano.

    ergon + nomosEstes termos gregos

    denominam a ciência do trabalho

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    2. Aspectos estudados pela Ergonomia

    Ser Humano: características físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais do trabalho;influência do sexo, idade, treinamento e motivação; 

    Máquina: entende-se por máquina todas as ajudas materiais que o homem utiliza noseu trabalho, englobando os equipamentos, ferramentas, mobiliários e instalações;Ambiente: estuda as características do ambiente físico que envolve o homem durante o

    trabalho, como temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases e outros;Informação: refere-se às comunicações existentes entre os elementos de um sistema,

    a transmissão de informações, o processamento e a tomada de decisões;Organização:  é a conjugação de todos estes elementos no sistema produtivo,

    estudando aspectos como horários, turnos de trabalho e formação de equipes; 

    3. As diferentes abordagens em ergonomia

    Quanto à abrangência: o  Ergonomia do posto de trabalho: abordagem microergonômica;o  Ergonomia de sistemas de produção: abordagem macroergonômica.

    Quanto à contribuição:o  Ergonomia de concepção:o  Normas e especificações de projeto;o  Ergonomia de correção:o  Modificações de situações existentes;o  Ergonomia de arranjo físico:o  Melhoria de sequencias e fluxos de produção;o  Ergonomia de conscientização:o  Capacitação em ergonomia.

    Quanto à interdisciplinaridade:o  Engenharia: projeto e produção ergonomicamente seguros;o  Design: metodologia de projeto e design do produto;o  Psicologia: treinamento e motivação do pessoal;o  Medicina e enfermagem: prevenção de acidentes e doenças do trabalho; o  Administração: projetos organizacionais e gestão de R.H..

    3.1. Os objetivos da ergonomia 

    - Interpretar as abordagens e principais campos da aplicação da ergonomia;

    - Analisar as variáveis relativas a ergonomia, propondo soluções para melhoria do desempenhohumano;- Analisar e identificar as principais diferenças entre as medidas objetivas e subjetivas daergonomia;- Analisar e identificar condições antropométricas para atendimento às determinações dospadrões mundiais;- Estabelecer relações ergonômicas entre o homem, mobiliário e ambientes;- Estabelecer relações ergonômicas visando atender aos portadores de necessidades especiaispara a obtenção de autonomia, segurança e conforto no trabalho e na vida diária.

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    4. Os domínios da Ergonomia: Física, Cognitiva e Organizacional

    4.1 A Ergonomia Física

    Interessa-se pelas características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e

    biomecânica e sua relação com a atividade física e inclui:  Posturas de trabalho;  Levantamento manual de carga;  Movimentos repetitivos;  Distúrbios musculoesquelético relacionados ao trabalho;  Layout do local de trabalho;  Segurança e saúde. 

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    4.2 Dimensões adequadas a movimentos específicos

    As diferentes atividades do dia a dia exigem um espaço mínimo recomendado para quese possam ser executadas sem maiores problemas. Abaixar, sentar, alcançar um arquivo, ouseja, movimentar-se requer uma distância, um área, um espaço para os movimentos envolvidosna ação específica. Então respeite:

      Aproximadamente 30 cm entre a altura do assento e a da bancada. Portanto, paramesas de 75 cm de altura, o assento deve ter 45 cm; para bancadas de 90 cm de altura,o banco deve ter 60cm; e para bancadas mais altas, de 100 cm a 110 cm, opte por

    bancos de 70 cm.  Bancadas com pia devem estar aproximadamente com 5 cm abaixo do cotovelo (braço

    dobrado a 90º.).  A altura ideal para bancadas de trabalho e preparação de alimentos com a utilização de

    utensílios de pequeno e médio porte é de 17 cm a 25 cm abaixo do cotovelo dobrado a90º.

    4.3 AntropometriaAntropometria é o ramo das ciências biológicas que tem por finalidade o estudo dos

    caracteres mensuráveis da morfologia humana. O método antropométrico baseia-se namensuração sistemática e na análise quantitativa das variações dimensionais do corpo humano.

    Constituem divisões da antropometria:

      Somatometria – consiste na avaliação das dimensões corporais;  Cefalometria – estudo das medidas da cabeça do indivíduo;

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      Osteometria – estudo dos ossos cranianos;  Pelvimetria – ocupa-se das medidas pélvicas;  Odontometria – estudo das dimensões dos dentes e áreas dentárias.

    4.3.1 Qual a relação que existe entre Ergonomia, Antropometria e Design ErgonômicoNa tentativa de estabelecer as adaptações necessárias entre

    Homem/Envolvimento/Actividade de Trabalho, a Ergonomia socorre-se, por um lado, daAntropometria, que se encarrega de estudar as características antropométricas individuais, poroutro lado, do Design Ergonômico, que tenta criar condições materiais para que essa adaptaçãoseja optimizada tanto quanto possível.

    De um ponto de vista funcional, Design é a organização de um equilíbrio harmonioso demateriais, de procedimentos e de todos os elementos de forma a satisfazer uma dada função doponto de vista artístico, e evidencia exclusivamente a componente artística sem pensar na suautilização.

    Design Ergonômico é a disciplina que disponibiliza metodologias que permitem odesenvolvimento de requisitos funcionais para uma dada proposta de concepção, centrada noutilizador, a partir das informações obtidas na análise ergonómica e da ergonomia do produto,fazendo com que haja uma optimização da relação entre segurança, conforto e eficácia.

    Por seu lado a Antropometria fornece dados bidimensionais e tridimensionais para aErgonomia, preocupando-se também com os deslocamentos no espaço dos segmentos.

    A classificação proposta por Pheasant (1988), coloca a Antropometria como a ciênciahumana que contribui para a Ergonomia, com todo o seu conhecimento acerca das dimensõesdo corpo humano. Esta, por sua vez, possui dados, conceitos, princípios e metodologias que sãonecessários para os processos de design.

    Existe portanto, uma partilha de informação por parte destas duas ciências e do design,sendo de prever que o fluxo de informação deve ser em ambas as direções, ou seja, de modo aque se verifiquem interações positivas. Esta interação pode ser esquematizada:

    Antropometria

    Ergonomia

    Design Ergonômico

    4.3.2 A importância da Antropometria na ErgonomiaO estudo dos dados antropométricos, constitui uma base de referência para a

    Ergonomia, que com a ajuda de todo este conhecimento vai tentar resolver os problemasdimensionais no local de trabalho, definir zonas de alcance e acessibilidade, conseguindo destemodo minimizar o desconforto e mal-estar que todo o envolvimento possa provocar.

    O problema para o projetista, consiste em organizar uma estrutura dimensional queconjugue a adaptação óptima do indivíduo com o trabalho a realizar, nas condições fisiológicasconvenientes, por um lado, e na boa execução da tarefa e conforto do operador, por outro. Estaadaptação deve ser feita, tendo sempre em conta as características do trabalhador, ascondições de execução do trabalho e as condições do envolvimento em que ele o executa.

    Assim, examinar o dimensionamento do posto de trabalho, do ponto de vistaergonômico, consiste em estudar a existência e natureza das relações que o trabalhodetermine. Desta relação resulta uma interação dos diversos segmentos corporais, umadeterminada intensidade dos esforços dispendidos e a duração da postura.

    Aqui, entra então a Antropometria, que com as suas vertentes, vem contribuir para aresolução deste tipo de problemas:

      Antropometria Estática/ EstruturalEstudam-se as dimensões lineares (alturas, comprimentos, perímetros e diâmetros) e o

    peso do corpo, que vão permitir melhorar a zona de trabalho do operador, fazendo com que ele

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    não sinta qualquer constrangimento no exercício das suas funções. Ou seja, comporta umconjunto de medidas bidimensionais ou tridimensionais, que definem com a melhor precisãopossível os tamanhos e formas humanas.

      Antropometria Dinâmica/ FuncionalInclui medições de alcance, espaço livre, área de trabalho, postura e força, realizados

    sob condições funcionais, isto é, consideram-se dados relativos à biomecânica humana,incluindo amplitudes dos gestos, velocidade dos movimentos, forças musculares aplicadas, etc.

    Estes dados, têm a característica comum de definirem o espaço corporal e de umamaneira geral as possibilidades extremas do operador executar movimentos e de exercer a suaforça muscular. Permite a concepção de um posto de trabalho e a realização de um projecto, noqual a colocação dos órgãos de protecção dos utensílios e máquinas impossibilitam quequalquer parte do corpo do operador penetre nas zonas de perigo e seja atingido por acidente.

      Antropometria NewtonianaTermo utilizado para descrever um conjunto de dados estruturais e funcionais aos quais

    se aplicam as leis de Newton do movimento.

    4.3.3 Diferenças e Variabilidade Humana

    Por tudo o que foi referido anteriormente, o estudo das posturas, movimentosprofissionais, espaços de trabalho, concepção de ferramentas ou de órgãos de comando,necessita de conhecimento prévio de medidas antropométricas. No entanto, estas não  sãoiguais de indivíduo para indivíduo. Existem, no plano geral, vários factores que influenciam deforma marcante as características antropométricas.

    Eles são, segundo Pheasant (1988):  Sexo – as dimensões corporais diferem consideravelmente de homem para mulher.

    Tanto ao nível da estrutura esquelética, como em níveis de adiposidade (maiores nasmulheres);

      Idade – o ser humano aumenta a estrutura desde o nascimento até à idade adulta,onde estabiliza. Por volta dos 40 anos começa a notar-se um decréscimo da estatura;  Diferenças Étnicas – um grupo étnico constituído por um conjunto de indivíduos que

    habitam uma mesma zona geográfica e que têm características físicas idênticas, oque os distingue das restantes zonas e grupos de pessoas;

      Crescimento e Desenvolvimento – cada indivíduo possui informação genética própriaque o faz ser diferente e ter um crescimento também diferente. O envolvimento querodeia o Homem desde a nascença, vai condicionar o desenvolvimento corporal decada indivíduo, fazendo com que essas diferenças se acentuem;

      Tendência Secular –  traduz uma alteração das características mensuráveis dapopulação, ocorridas durante um determinado período de tempo. Tem-se entãoverificado um aumento proporcional no crescimento das crianças, uma diminuição da

    idade da puberdade e um aumento da estatura dos adultos;  Classe Social e Ocupação – segundo o tipo de ocupação que um indivíduo tem, assuas características corporais moldam-se e definem uma forma característica paracada indivíduo. A Classe Social que determina a ocupação que o indivíduo vai ter,influi com o modo de vida, com a conduta de cada um, com a alimentação e até coma própria cultura.

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    Por seu lado, Kroemer (1986), atribui esta variabilidade:  Variações Inter-individuais –  resultado das características do DNA. Este material

    genético, inerente a cada indivíduo é que determina a composição celular e ascaracterísticas biológicas. Além disso, o tamanho corporal é influenciado peloenvolvimento, ou seja, pela altitude, temperatura, sol e tipo de clima. É lógico que, omodo de nutrição desempenha um papel importante, na medida em que provoca

    efeitos directos no aumento do tamanho corporal, tornando-o diferente de indivíduopara indivíduo;

      Variações Intra-individuais –  na antropometria os efeitos da idade são bastanteevidentes;

      Variações Seculares –  actualmente os indivíduos são maiores que os seusantepassados. O desenvolvimento secular das dimensões corporais é pequeno elento;

      Mudanças Populacionais – características como a idade, saúde, força e composiçãoda população em geral, com o evoluir do tempo vão sendo diferentes, quer nas suasexigências, quer nas suas origens e fontes. Por outro lado, existem também asmigrações.

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    Há portanto dois grandes desafios para aqueles que se preocupam em adequar assituações de trabalho às características dos trabalhadores: “Conhecer a população e sabertrabalhar com a diversidade inerente a ela”. 

    4.3.4 Tipologia MorfológicaA Somatotipologia é uma escala de classificação morfológica, introduzida em 1940 por

    Sheldon, Stevens e Tucker. O seu conceito central é o de Somatótipo, entendido como aquantificação dos três componentes derivados dos três folhetos embrionários que determinam aestrutura morfológica do indivíduo, e designam-se de:- Endomorfismo (folheto endodérmico), exprime o grau de desenvolvimento em adiposidade(711 endomorfo puro);- Mesomorfismo (folheto mesodérmico), traduz o desenvolvimento músculo-esquelético relativo,em relação à altura (171 mesomorfo puro);- Ectomorfismo (folheto ectodérmico), traduz a linearidade ou o grau de desenvolvimento emcomprimento (117 ectomorfo puro).

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    Endomorfo A principal característica dos indivíduos com predomínio das formas arredondadas é a

    sua capacidade de acumulação de gordura e o elevado volume dos seus órgãos digestivos.Designação endomorfo, prende-se com o facto do sistema digestivo ter a sua origemembriológica no folheto germinativo endodérmico.

    Os indivíduos com características endomorfas, têm aspecto volumoso e uma grande

    concentração de massa na zona central devido ao grande volume dos órgãos digestivos e àquantidade elevada de tecido adiposo acumulada nesta região. A flacidez muscular é evidente,a pele é macia e aveludada, e em consequência da sua maturação precoce terminam o processode crescimento muito cedo.

    MesomorfoOs indivíduos com robustez física, apresentam um predomínio dos ossos, músculos,

    tecido conjuntivo e vasos sanguíneos que se desenvolvem a partir do folheto germinativomesodérmico.

    Robustos fisicamente, com ossos largos e pesados e músculos bem desenvolvidos eproeminentes, os relevos musculares e as projecções ósseas são visíveis. Não apresentamconcentrações de massa na região central, a sua pele é áspera e encontra-se fortemente ligada

    aos tecidos subjacentes. A sua maturação é variável, sendo a resposta androgénica no início dosalto pubertário muito intensa fundamentalmente nos rapazes.

    EctomorfoA pele e o sistema nervoso, que têm origem no folheto germinativo ectodérmico, são

    relativamente predominantes nos indivíduos muito lineares e cujo tipo morfológico dominante éo ectomorfo.

    Os indivíduos com características ectomorfas apresentam grande linearidade efragilidade, consequência directa de possuírem uma superfície corporal relativamente grandeem comparação com a sua massa total. É mínimo o desenvolvimento muscular e a acumulaçãode gordura corporal, sendo bem visíveis as saliências ósseas e a hipotonia muscular, a pele éfina e está desligada dos tecidos subjacentes. Tendem a ser atrasados maturacionalmente

    apresentando algum potencial crescimento em altura após o pico de velocidade em altura.

    4.3.5 Composição CorporalA Composição Corporal é o estudo dos diferentes componentes químicos do corpo

    humano, a sua análise permite a quantificação de grande variedade de componentes corporais,tais como água, proteínas, gordura, hidratos de carbono, minerais, etc., variando as suasquantidades de indivíduo para indivíduo.

    A quantidade relativa de gordura corporal (percentagem de massa gorda) é a medida decomposição corporal que é avaliada com maior frequência. Este facto prende-se com aexistência de uma relação inversa entre a quantidade de gordura e a qualidade de vida, e entrea quantidade de gordura e a prestação motora.

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    Heyward e Stolarczyk (1996), referem que a estimativa da composição corporal é obtidaatravés da quantificação da massa gorda e da massa livre de gordura. A massa gorda incluitodos os lípidos extraíveis do tecido adiposo e dos outros tecidos, a massa magra consiste emtodas as restantes substâncias químicas livres de gordura e tecidos orgânicos.

    Considerando o organismo humano composto por 3 componentes básicos (músculo,gordura e osso) e a existência de diferenças entre sexos na composição corporal, Behnke

    propôs dois modelos teóricos: o homem de referência e a mulher de referência, que podemservir como base de trabalhos quando desejamos comparar a composição corporal de diferentesindivíduos. De acordo com este modelo proposto, é possível verificarmos que:

    Homem de Referência Mulher de ReferênciaAltura 174 Cm 163,8 CmPeso 70 Kg 56,7 Kg

    Massa Muscular 31,3 Kg 20,4 KgGordura 10,5 Kg 15,3 Kg

    Os adultos apresentam alterações na composição corporal, embora estes se processemmais lentamente. Sabe-se que, com o aumento da idade há um aumento da percentagem demassa gorda e do peso corporal e, simultaneamente, a diminuição da massa livre de gordura,do conteúdo mineral ósseo e de água corporal (Van Loan, 1996).

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    4.3.6 Medidas AntropométricasAs medidas convencionais em Antropometria incluem distâncias entre pontos ou linhas

    (alturas, comprimentos e diâmetros), perímetros, superfícies, volumes e medidas de massa ede gordura subcutânea.

    4.3.7 Espaço LivreSegundo Pheasant, é o mínimo espaço para dar acesso pessoal a passagens sujeitas a

    limitações especiais. Espaço disponível em que a dimensão máxima aceitável de um objeto édeterminado pela população de percentil 95, ou seja, 95% das pessoas têm uma medidacorporal inferior, logo, se o indivíduo com maiores dimensões passa, os restantes 95% tambémpassam, ficando apenas um espaço inadequado para 5% da população.

    Associados ao espaço livre aparecem dois conceitos, que não podem ser consideradosconstrições, pois são impossíveis de quantificar, são as chamadas dimensões escondidas. Adefinição destas dimensões é dada pelo espaço mínimo necessário para o bem-estar físico emental, e são eles:

    o  Territorialidade

    Espaço de uso exclusivo do indivíduo, com importância na alteração dos postos detrabalho, determinando a adaptação do indivíduo à nova situação. É uma dimensão variável deindivíduo para indivíduo, e consoante o grupo étnico ao qual pertence o indivíduo.

    É um conceito presente sobretudo nos animais, contudo o Homem também demarca oseu território, principalmente quando é um espaço que é sempre utilizado pela mesma pessoa.

    Se não for respeitado este conceito na dimensão dos postos de trabalho, podem surgiralterações no trabalho do indivíduo diminuindo a performance e a produtividade.

    o  Espaço PessoalBolha psicológica que rodeia o indivíduo e que influencia a sua relação com os outros,

    sendo maior atrás e menor à frente. É relativo e psicológico, variando de indivíduo paraindivíduo, principalmente entre grupos étnicos e devido à confiança que cada sujeito possui de

    si mesmo.Este conceito deve ser respeitado pelo facto de ter uma grande influência sobre o bem-estar psicológico do trabalhador, bem como sobre a sua relação com os outros.

    O Espaço Livre impõe assim determinadas consequências no design ergonómico, comosejam a determinação do pé direito adequado, os espaços mínimos para circulação e asaberturas adequadas para os vários segmentos corporais.

    o  AlcanceResulta do deslocamento dos segmentos corporais no espaço tridimensional de forma a

    atingir o alvo e cumprir um dado objectivo, ou seja, com vista à execução de uma tarefa.Segundo Pheasant, é um conjunto de coordenadas resultantes do deslocamento de um

    segmento no espaço, definindo uma área de trabalho. O percentil indicado como referência é o

    percentil 5, no entanto para a concepção de alcances ideais numa determinada situação detrabalho, deve fazer-se a intersecção dos dois percentis.Importa referir, que a solicitação dos segmentos corporais no alcance não é feita sempre

    da mesma forma, e normalmente, fazemos primeiro a solicitação dos segmentos maisproximais e depois dos segmentos distais.

    O Alcance depende de vários factores, tais como: peso do objecto –  objectos maispesados serão mais facilmente transportados se estiverem aproximados do centro de gravidadedo corpo; vestuário – se for muito apertado dificulta o alcance; inclinação do solo; limitações daamplitude articular; barreiras; a base de sustentação; etc.

    o  PosturaÉ a posição e orientação dos segmentos corporais no espaço durante a realização de

    uma dada tarefa num dado momento, sendo o percentil negociado para cada situação, pois estádependente do Espaço Livre, do Alcance, da Força e também, do Campo de Visão.

    Na determinação da postura mais adequada para realizar a actividade, deve-se quandopossível, ter em conta a vontade demonstrada pelo trabalhador, ou seja, se este prefere

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    desempenhá-la sentado ou de pé. No entanto, ela é determinada pela relação entre asdimensões do corpo do indivíduo e as dimensões do seu espaço de trabalho, que podemprovocar limitações quer físicas, quer visuais.

    Postura SentadoContempla duas atitudes diferentes:

    - indivíduo sentado, numa posição erecta, fazendo um ângulo de 90º entre pernas e coxas, ecoxas e tronco;- indivíduo sentado, numa posição relaxada, em que a pélvis roda para trás e a colunaencontra-se flectida. Esta rotação é aproximadamente de 30º a partir da posição erecta.

    A postura sentado não deve ser mantida durante grandes intervalos de tempo, devendoser alternado com a postura de pé, devido ao aporte sanguíneo aos membros inferiores. Outrosfactores também podem constituir problema para o indivíduo nesta postura e o ergonomistadeve tentar sempre optimizá-las tendo como referência os vários percentis: altura do assento(altura poplítea do P5 feminino); profundidade do assento (comprimento poplíteo-nádega do P5feminino); encosto (P95 masculino); largura do assento (largura entre cotovelos do P95feminino); ângulo do encosto (inclinação máxima varia entre 100º e 110º); ângulo do assento.

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    Postura de PéUtilização de um apoia nádegas que reduza o peso suportado pelos membros inferiores e

    permita uma postura mais ou menos estável, podendo ser utilizado em tarefas que requeremum descanso dos membros inferiores, mas que por limitação de espaço, não permitem acolocação de uma cadeira.

    o  ForçaCaracterística individual que é influenciada pelo comprimento dos segmentos corporais

    de cada indivíduo, assim como pela postura adaptada e por todos os fatores fisiológicos quetenham a ver com a tensão produzida ao nível muscular. É a capacidade que um conjunto desegmentos corporais tem para aplicar uma força sobre um dado objecto e cumprir umobjectivo, sendo o percentil 5 o mais adequado.

    A atividade de trabalho vai impor ao indivíduo a adopção de várias posturas que vãosolicitar intensidades diferentes de força, estabelecendo-se uma relação entre estes trêsconceitos. Este compromisso entre Força/Postura/Atividade de Trabalho, trás consequências

    práticas ao nível do desempenho do indivíduo no posto de trabalho, como é o caso damanipulação de comandos que devem ser adequados a cada nível de força.Pheasant definiu Força como o estado máximo de tensão que um indivíduo consegue

    exercer num esforço estático de curta duração. Esta força, é designada de Força Estática,existindo também a Força Dinâmica, que pode ser exercida durante um longo período detempo.

      Variação de Força com o Sexo e a IdadeNa generalidade, a força das mulheres é cerca de 60% da dos homens. Ambos os sexos

    atingem o pico de força por volta dos 30 anos, decrescem em 90% aos 45 anos e em 70-80%aos 60 anos.

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      Duração e Repetição da ForçaA força máxima apenas pode ser executada durante breves segundos. A percentagem

    máxima de força aceitável de um indivíduo quando realiza esforços contínuos é de 15%devendo ser evitada, para esforços frequentes é aceitável os 30%, para esforços ocasionais60% e acima destes deve ser evitado.

    Há circunstâncias em que a força que o indivíduo pode exercer depende de outrosfatores, é o caso das ações de levantar, puxar e empurrar, em que existe uma determinadafricção dos objectos ao solo, para além do peso inerente a esses objectos. A carga aceitáveldeve ser estimada para a pessoa mais fraca.

    4.3.9 A Ergonomia Cognitiva

    Relacionam-se com os processos mentais, tais como percepção, memória raciocínio eresposta motora, e seus efeitos nas interações entre seres humanos e outros elementos de umsistema.

    Estuda também como esses processos afetam as interações entre pessoas e outroselementos do sistema. Entre os tópicos relevantes:

      Carga de trabalho mental;  Tomada de decisão;  Performance especializada;  Interação humano-computador;  Confiabilidade humana;  Estresse;  Treinamento de trabalho.

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    4.3.10 Os Processos Perceptivos e Cognitivos

    4.3.11 estudo da Ergonomia das cores

    Segundo Iida (2005), “a sensação de luz e calor associada com a forma dos objetos éum dos elementos mais importantes na transmissão de informações”. São itens importantes naaplicação das cores:

    VISIBILIDADE• Quanto mais visível uma cor, mais ela chama a atenção; • A visibilidade depende do contraste e da saturação da cor;• Visibilidade em excesso é fatigante. 

    LEGIBILIDADE• É o contraste entre a figura e o fundo;• Para aumentar, é preciso distanciar as cores principalmente pela luminosidade.

    MEMÓRIA• Experiências anteriores interferem nas atuais.

    EMOÇÃO• As cores influenciam nosso estado emocional refletindo sobre:- Produtividade- Qualidade- Erros

    RECOMENDAÇÕES• O uso adequado das cores facilita  a comunicação, reduz erros e aumenta a eficiência notrabalho.

    COR NO AMBIENTE• Cores claras ajudam na limpeza • A sensação de temperatura pode ser influenciada:- Cores quentes aumentam o calor

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    - Cores frias aumentam o frescor  Cuidado com cores fortes- Cores fortes podem tirar a concentração• Evite a monocromia- O ambiente fica confuso e estressante

    4.3.12 A Ergonomia Organizacional

    Relaciona-se com a otimização de sistemas socio-técnicos, incluindo suas estruturasorganizacionais, políticas e processos. Tópicos relevantes:

      Comunicação;  Gerenciamento de recursos humanos;  Projeto do trabalho;  Projeto de turnos de trabalho;  Equipe de trabalho;  Projeto participativo;  Trabalho cooperativo;

      Novos paradigmas do trabalho;  Organizações virtuais;  Teletrabalho;  Gerência de qualidade;  Ergonomia de comunidade.

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    5. Espaços de moradia

    Em ergonomia, o espaço de moradia do homem constitui uma dimensão importante deanálise pelo número de variáveis envolvidas e a interdependência entre elas. Um es-paço de moradia adequado às características dos seus habitantes aumenta a segurança e o

    bem como favorece o conforto e o bem-estar. Considerar os diversos ambiente que compõemuma residência será importante para a boa aplicação da ergonomia.5.1 A Sala de Estar e Jantar

    É importante observar as dimnesões mínimas para a circulação e mobiliário nas salas deestar e jantar. São inúmeras as opções de sofás, poltronas e mesas, mas o designer deinteriores deverá saber fazer a melhor escolha para o seu cliente. Abaixo seguem algumasindicações das dimensões mínimas recomendadas para o ser humano:

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    A distância das mesas de centro aos assentos não deve ser menor do que 50 cm. Adistância mínima de 60 cm é mais aconselhável, porém não ultrapasse os 70 cm, evitando queaspessoas tenham de levantar para utilizar a mesa.

    A altura do assento do sofá irá variar conforme sua finalidade. É mais incô-modo levantar de um sofá mais baixo, embora possa parecer mais informal erelaxante. A estrutura dos móveis também deve ser considerada, já que pessoas

    mais idosas, por exemplo, preferirão braços mais firmes e altos para facilitar oapoio na hora de levantarem-se.

    A Sala de Estar (Living)

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    O revestimento do sofá também deve ser analisado com cuidado, pois umsofá de couro para algumas pessoas é ideal pela facilidade de manutenção; paraoutras, é desconfortável, pois se escorrega facilmente sobre ele.

    O tamanho das mesas de jantar irá variar segundo o modelo e, principalmente, otamanho das cadeiras e vice-versa.

    Aparadores devem ter no mínimo 50 cm de profundidade, para que travessas e outros

    utensílios possam ser dispostos sem problemas num jantar americano, por exemplo.Buffets para louças e objetos relacionados com almoço ou jantar podem ter

    até 60 cm de profundidade. Mais do que essa medida, tornam-se demasiada-mente fundos e de difícil acesso. Lembre-se de manter uma distância de, nomínimo, 120/130 cm entre o buffet e a mesa, caso tenha de ter acesso a eledurante o jantar, evitando incomodar as pessoas durante a refeição.

    Cadeiras de jantar medem, no mínimo, aproximadamente 45 cm x 45 cm,com a mesma medida para a altura do assento. As cadeiras com braço serãorazoavelmente mais largas.

    Mesas circulares (diâmetros mínimos) e altura entre 70 cm e 75 cm:•  2 pessoas - 60 cm;•  4 pessoas - 90 cm;

    •  5 pessoas - 110 cm;•  6 pessoas - 120 cm;•  8 pessoas - 140 cm.

    Para as mesas quadradas ou retangulares, a altura também varia de 70 cm a75 cm, dependendo da cadeira e do modelo. Podemos considerar 60 cm comoespaço para cada pessoa e área mínima de 60 cm x 45 cm. Para cada cabeceirade mesa, adote o mínimo de 20 cm a mais no comprimento da mesa. O ideal,entretanto, seria 45 cm.

    5.2 Banheiros e Lavabos

    Banheiros e lavabos também merecem muita atenção quanto às dimensões mínimasrecomendadas.

    Os boxes podem ter portas de abrir (para fora é o mais indicado por motivo desegurança), correr ou sanfonadas.

    Medidas e dimensões especiais para pessoas com necessidades especiais constam naNBR 9050/2004.

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    5.3 Cozinhas

    As cozinhas devem ser confortáveis e adaptadas a cada família. As alturaspodem variar conforme a utilização das bancadas de apoio.

    Bancadas: pia - 83 cm a 90 cm ou 5 cm abaixo do cotovelo dobrado a 90 graus; preparação de alimentos - 83 cm a 90 cm ou 5 cm a 10 cm abaixo do cotovelo dobrado a

    90 graus;  utilização de eletrodomésticos de pequeno e médio porte - 70 cm a 75 cm

    ou 17 cm a 25 cm do cotovelo dobrado a 90 graus.  Bancada para refeição  (diferença de aproximadamente 30 cm entre a bancada e o assento)  com cadeira ou banco baixo - 75 cm;  com banco médio - 90 cm;  com banco alto - 100 cm/110 cm. 

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    5.4 Dormitórios

    Nos dormitórios, as principais considerações quanto à ergonomia estãoligadas ao espaço de circulação ao redor das camas e às áreas destinadas aoarmazenamento de roupas e objetos.

    O espaçamento entre as camas ou entre cama e a parede nunca deve sermenor do que 50 cm, mínimo ideal de 60 cm, e melhor distância 70/80 cm.

    O tamanho das camas é variável. Seguimos no Brasil as medidas america-nas. Basicamente podemos considerar num estudo preliminar as seguintesmedidas:

    solteiro - de 70 cm a 90 cm x 190 cm;viúva - 120 cm X 190 cm;casal - 140 cm X 190 cm;queen - 150 cm x 2 m.king - 160 cm x 2 m;cama tipo box americana (tipo hotel) - pode medir de 180 cm x 2m a 2 m x 2,10 m.

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    Camas com estrado geralmente têm altura de 45 cm; as do tipo hotel/box podem ser maisaltas.

    As mesas de cabeceira devem estar de acordo com a altura das camas. A melhor opçãoseria a mesa ter uma altura um pouco maior do que a da cama, evitando que a pessoa bata a

    cabeça a noite. As dimensões das mesas ou criados mudos são variadas.

    ESTUDO DE CASO 1: Executar um layout para um casal de terceira idade adotando o projetoda Casa da Sogra. Adotar a NBR 9050/2004.

    6. Espaços de trabalho

    Em ergonomia, o espaço de trabalho constitui uma dimensão importante deanálise pelo número de variáveis envolvidas e a interdependência entre elas. Um es-paço de trabalho adequado às características dos trabalhadores aumenta a segurançados homens/mulheres e equipamentos, a probabilidade de melhoria da produção,

    bem como favorece o conforto e o bem-estar. Considerar o espaço de trabalho, oumelhor, os locais onde os trabalhadores desenvolvem as suas atividades é importantepara compreender diferentes aspectos do trabalho como:

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    ■  As posturas possíveis;■  As dificuldades em obter certas informações;■  As necessidades de deslocamento;■  Certas estratégias operacionais, entre outras variáveis.

    A compreensão da relação dos trabalhadores com o espaço é fundamental para

    a (re)concepção dos postos, dos locais e do ambiente.Como já vimos nos capítulos precedentes, a questão do espaço de trabalho

    sempre esteve presente nas demandas e nas abordagens da ergonomia. Conceitosrelativos a essa questão foram, e são, tratados isoladamente ou integrados com ou-tras variáveis do trabalho. A necessidade de integrar organização do espaço com asdimensões humanas, com os ritmos biológicos, com a fadiga pode ajudar a explicaro desconforto, as doenças e os insucessos.

    Utilizaremos um estudo de caso como fio condutor na apre-sentação dos conceitos, mostrando como eles podem ser aplicados. Discutiremos,também, os espaços de trabalho, ora retomando os conceitos já apresentados, orasugerindo novos elementos determinantes para a sua compreensão e análise.

    Inicialmente, apresentaremos uma situação de trabalho com uso de compu-

    tadores e a partir dela discutiremos as relações do espaço com a antropometria, e arelação entre alguns elementos ambientais importantes como a iluminação, o ruídoe a temperatura com a fisiologia e os processos perceptivos humanos.

    ESTUDO DE CASO 2:  Um hipermercado geralmente é associado ao seu primeiro objetivo:vender produtos de diferentes naturezas, desde gêneros alimentícios até eletrodomésticos. Écomum, ao pensar no trabalho de uma organização como essa, que as pessoasgeralmente se lembrem do caixa, dos organizadores de prateleiras, dos promotores,do pessoal da limpeza, ou seja, de todos os que lidam diretamente com o cliente/con-sumidor. No entanto, para que essa organização obtenha sucesso, um conjunto defuncionários executa tarefas de suporte direto e indireto ao atendimento aos clientes, comocontabilistas, programadores/analistas de sistemas, administradores, psicólo-

    gos organizacionais, dentre outros. Abaixo segue o layout do espaço de trabalho:

    Espaço de trabalho

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    Maria é uma dessas funcionárias e trabalha como analista de sistemas. Seupapel e criar e aprimorar novos aplicativos para controlar o estoque, identificar rela-ções è padrões de consumo, desencadear processos de compras. Ela criou um progra-ma que permitiu mapear hábitos de consumo como, por exemplo: pessoas de umadeterminada faixa etária costumam, ao comprar fraldas descartáveis, levar tambémcervejas, principalmente nos finais de semana.

    Seu trabalho tem contribuído para que, ao planejarem promoções, os gerentespossam defmir a organização das seções e prateleiras de maneira a induzir a compra Idesses produtos conjuntamente. Apesar de não ser visível para o público, seu traba-lho é muito importante na relação direta consumidor-hipermercado.

    Maria e suas colegas chegam ao trabalho às 8h e saem às 18h. Há um plantãodas 18h até às 24h, para garantir que caso o sistema informatizado apresente algumproblema tenha alguém para assegurar a manutenção. Quem está escalado para oplantão, folga no dia seguinte.

    O ambiente de trabalho de Maria assemelha-se a um escritório comum. Neleexistem postos de trabalho onde estão colocados computadores, impressoras, mesaspara reunião da equipe (veja croqui do espaço de trabalho).

    Apesar dos acessórios para ajudar a reduzir o desconforto, como teclados de boa qualidade,apoio para pés, mouse e cadeiras ajustáveis, nesse setor, há várias queixas.

    7. Sugestões de livros e Normas, etc. 

    ABRAHÃO, J. Introdução à ergonomia: da prática à teoria. São Paulo: Blucher, 2009.

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:  Acessibilidade a edificações,mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, 2004.

    BOUERI FILHO, José Jorge. Projetos e Dimensionamento dos Espaços da HabitaçãoEspaços de Atividades. São Paulo: Estação da Letras e Cores, 2008.

    GURGEL, Mirian. Projetando Espaços:  guia de arquitetura de interiores para áreasresidenciais. São Paulo: Ed. SENAC, 2005.

     _______, Mirim. Projetando Espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas comerciais.São Paulo: Ed. SENAC, 2005.

      JULIUS Panero; MARTIN, Zelnik. Dimensionamento humano para espaçosinteriores. Editora GG, 2008. Este livro eu tenho na versão e-book. E a biblioteca daETEC tem também um exemplar.