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Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A. Gerenciamento de Riscos de Riscos G erenciamento de Riscos de Riscos

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Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Gerenciamento de Riscos

de Riscos Gerenciamento

de Riscos

de Riscos

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2 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

As Principais Categorias de Riscos O Risco de Mercado origina-se da variação no valor dos ativos e passivos causada por mudanças nos preços e taxas de mercado (estando aí inclusos juros, ações, cotações de moedas estrangeiras e preços de commodities), mudanças na correlação (interação) entre eles e nas suas volatilidades. O Risco de Crédito provem de todas as transações que provocam direitos efetivos, contingenciais ou potenciais contra uma determinada contraparte (devedor). Este é normalmente o principal risco enfrentado pelos bancos e é associado com a probabilidade do não recebimento do direito, ou seja, a inadimplência. Decorre de todas as atividades nas quais o êxito depende de cumprimento pela outra parte, emitente ou tomador. O Risco de Liquidez é o risco de que as reservas e disponibilidades de uma instituição não sejam suficientes para honrar suas obrigações no momento em que ocorrem, ou seja, a incapacidade momentânea de quitar compromissos em função de um descompasso no fluxo de caixa, em decorrência do descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. O Risco Operacional é o risco potencial de se incorrer em perdas devido a eventos atribuídos a pessoas, processos, problemas contratuais ou documentais, tecnologia, falha de infra-estrutura e até desastres, influências externas e relações com os clientes, abrangendo todas as fases dos processos de negócio e suporte.. Inclui também o risco regulatório, ou seja, o risco da empresa incorrer em alguma infração regulamentar ou legal . Processo de Gerenciamento de Risco

A gestão de riscos é considerada pelo Banco Itaú Holding Financeira como instrumento essencial para a otimização do uso do capital e a seleção das melhores oportunidades de negócios, visando obter a melhor relação Risco x Retorno para seus acionistas.

Gerenciamento de risco no Banco Itaú Holding Fi-nanceira (BIHF) é o processo onde: • São identificados os riscos existentes e poten-

ciais de uma transação; • São estabelecidos os limites de risco consis-

tentes com todas as estratégias de negócio do banco;

• São aprovados políticas, procedimentos e me-todologias consistentes com os limites de risco previamente estabelecidos;

• O portfólio de risco do banco é administrado vis-à-vis as melhores relações risco-retorno;

• O capital econômico é alocado de modo coer-ente com os riscos incorridos .

Este processo tem um caráter que permeia a totali-dade da instituição: a alta administração, por meio de comissões, define os objetivos globais que são repas-sados sob a forma de metas e limites para as uni-dades de negócios gestoras e às empresas centrali-zadoras de risco. As áreas de controle, por sua vez, subsidiam a alta administração, prestando contas dos resultados do monitoramento dos riscos. Com a criação do Banco Itaú Holding Financeira (BIHF) foram propostas mudanças ao processo de controle e monitoramento de riscos, sendo que o controle das posições e riscos assumidos pelas em-presas do conglomerado permanece centralizado, enquanto o monitoramento e a observação dessas exposições é feito de forma descentralizada por uni-dades de risco independentes. Informações de

Risco Transações

Unidades de negócios

Consolidação

Metas Globais e Limites de Risco

Alocações Baseadas em Risco / Retorno

Sistema de Gerenciamento de Riscos

Superior de Administração

de Riscos Financeiros

Superior de Crédito

Superior de Auditoria e Gestão de Riscos

Operacionais

Comissões

Definições de Políticas e Limites

Risco de Mercado

Risco de Liquidez

Risco de Crédito

Compliance

Risco Operacional

Área de Controle Econômico

Mensuração, Gestão e Controle.

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3 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

A estrutura organizacional de gerenciamento de ris-cos do Banco Itaú Holding Financeira está de acordo com as recomendações sugeridas pelo Comitê de Basiléia, sendo dividida em três grandes comissões: a Comissão Superior de Administração de Riscos Fi-nanceiros, que avalia e estabelece estratégias para os riscos de mercado e de liquidez; a Comissão Superior de Crédito que administra os riscos de crédito, e a Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais, que é responsável pelos riscos opera-cionais e pelos controles internos. Já as atividades de controle dos riscos, de acordo com as políticas esta-belecidas pelas comissões, são todas centralizadas pela Área de Controle Econômico . Comissão Superior de Administração de Riscos Financeiros As reuniões desta Comissão acontecem periodica-mente e nela são avaliados os riscos de mercado rele-vantes a que o conglomerado está exposto. São suas principais atribuições • fixar níveis máximos de descasamento para

prazos e moedas, níveis mínimos de reservas nacional e estrangeira e fixar política de capta-ção e aplicação no mercado nacional e no in-ternacional;

• analisar e definir os níveis de exposições a ris-cos no mercado, os valores em risco (VaR – estatístico e cenarizado) e alocação de capital, bem como os critérios de geração das yields e preços utilizados para a marcação a mercado das posições;

• analisar e aprovar os critérios e regras para pric-ing interno de recursos;

• analisar os resultados consolidados do geren-ciamento de riscos de mercado;

• definir as posições para os diversos fatores de risco, assim como sua manutenção e limites de perda máxima (VaR), inclusive diante de cenários de stress.

• definir limites de exposição e período de ex-posição aos principais riscos de mercado, acompanhando as posições e a evolução da liquidez do mercado.

• acompanhar a evolução da liquidez em moeda nacional e moeda estrangeira.

Comissão Superior de Crédito Assim como a Comissão Superior de Administração de Riscos Financeiros, essa comissão se reúne se-manalmente. Destacamos suas principais funções: • definir políticas corporativas de crédito, e coor-

denar as normas internas sobre limites de crédito, para concessão de financiamentos e garantias bancárias;

• definir alçadas para deferimento de operações de crédito para as demais Comissões ou Comitês de Crédito;

• fixar limites de crédito e aprovar operações de crédito a clientes ou a grupos econômicos, que excedam a alçada da Comissão de Crédito;

analisar casos que recebam parecer contrário de, pelo menos, um dos membros da Co missão de Crédito, ou casos que, por sua relevância ou por características especiais, aquela Comissão decidir por bem submeter a sua apreciação; • Analisar a qualidade da carteira de crédito con-

solidada do Banco Itaú Holding. Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais Essa Comissão tem por objetivo conhecer os riscos dos processos e negócios do Conglomerado Finan-ceiro Itaú, definir a política de atuação da Auditoria Interna, as diretrizes para gestão dos riscos operacio-nais e avaliar os resultados decorrentes do funciona-mento do Sistema BIHF de Controles Internos e Com-pliance. A freqüência das suas reuniões é trimestral. Dentre suas atribuições, destacamos: • analisar os resultados das auditorias, com ênfa-

se nos assuntos relacionados a políticas, inves-timentos e estrutura e estipular e acompanhar providências;

• definir as diretrizes para gestão do risco opera-cional;

• acompanhar o desenvolvimento dos modelos de provisão para perdas e alocação de capital para risco operacional;

• analisar os resultados da atividade de Contro-les Internos , Riscos Operacionais e Compliance Legal.

Controle Centralizado do Risco no Banco Itaú Holding Financeira A estrutura de controle dos riscos de Crédito, Merca-do, Liquidez e Operacional é feita de forma centrali-zada na empresa Holding visando assegurar que as diversas unidades de negócios do conglomerado estão seguindo as políticas e os procedimentos estabelecidos. A identificação, agregação e acompanhamento dos riscos são feitos de modo a fornecer os melhores dados possíveis para as decisões das três comissões da alta direção anteriormente mencionadas.

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4 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

A identificação de riscos tem como objetivo mapear os eventos de risco de natureza interna e externa que possam afetar as estratégias das unidades de negócio e de suporte e o cumprimento de seus objetivos, com possibilidade de impactos no capital alocado e nos resultados. Cumpre a essa estrutura, gerar acompanhamento regulatório (Bacen) às demandas solicitadas à insti-tuição líder do conglomerado. Assim, o Banco Itaú Holding Financeira administra sistemas de infor-mática proprietários para completo atendimento às normas de reserva de capital para risco de operações prefixadas e risco de exposição a moedas estrangei-ras, conforme determinações e modelos do Banco Central. Também coordena as ações para verificação da aderência aos requisitos qualitativos e quantita-tivos estabelecidos pelas autoridades competentes para observação do capital mínimo exigido. A consolidação das carteiras é uma abordagem já madura para risco de crédito e de mercado, en-quanto para risco operacional estão sendo desen-volvidos trabalhos com o mesmo propósito. A mode-lagem do risco operacional, especialmente dificultosa pela natureza multidisciplinar do risco e pelo pouco tempo de observação e abordagem, é um ponto onde a instituição tem alcançado muitos avanços, permitindo aumentar a precisão na alocação de capi-tal para cobertura deste tipo de risco. O objetivo do controle centralizado é prover à alta administração do banco uma visão global das ex-posições do conglomerado aos riscos, de forma a otimizar e agilizar as decisões corporativas. Para operacionalizar este monitoramento centrali-zado, deu-se continuidade à estruturação das áreas destinadas à administração consolidada dos riscos de crédito, mercado, liquidez e legal, mantendo-se o propósito de uniformizar no conglomerado os con-ceitos utilizados na gestão de risco, provendo infor-mações para acompanhamento dos riscos nas várias unidades. Novo Acordo da Basiléia - Basiléia II O Novo Acordo de Basiléia revoluciona a metodolo-gia de cálculo de capital mínimo regulatório para as Instituições Financeiras, tornando-a mais sensível aos riscos assumidos por cada instituição. Sua versão final foi divulgada em junho de 2004. O Banco Itaú Holding Financeira, ciente da necessi-dade de identificar, medir e monitorar seus riscos, calculando o capital necessário para superar todas as perdas potenciais assumidas, sempre apoiou sua ad-ministração em modelos sofisticados de gestão, e contribui ativamente através do IIF (Institute of Inter-national Finance), Febraban e do Banco Central do Brasil para a implementação do Novo Acordo. A im-plantação da nova metodologia trará grandes bene-fícios ao banco, uma vez que suas práticas de gestão

passam a ser reconhecidas e ratificadas pela regula-mentação bancária. O Novo Acordo está estruturado em 3 pilares: Requi-sitos de Capital (Capital Mínimo Alocado), Supervisão Bancária e Disclosure das informações. É no primeiro pilar em que se concentrarão os esforços de adequa-ção do Banco, majoritariamente para Risco de Crédito e Operacional. Para cada um destes estão previstas 3 abordagens possíveis:

Capital Mínimo

Pilar I

Standardized

Foundation IRB

Advanced IRB

Rating das agências externas

Rating interno, Probabilidade de Default

Estimativa de recuperação de crédito

Basic Indicator

Standardized

AdvancedMeasurement

Principais CaracterísticasAbordagens

Modelos de Risco de Crédito

Modelos de Risco

Operacional

Função da receita bruta

Diferentes indicadores por linha de negócios padronizada

Modelos de risco proprietários

O Banco Central do Brasil, através do comunicado 12.746 de dezembro de 2004, apresentou sua pro-posta de cronograma de implantação de Basiléia II com vistas à maior adequação das normas brasileiras às recomendações do Comitê de Basiléia. Para 2007 está prevista a incorporação de alguns dos fatores de risco de mercado não contemplados nas normas de adequação de capital atualmente em vigor (cupom cambial, commodities e ações), a implementação da abordagem padrão simplificada para risco de crédito (no lugar da abordagem “Standardized” sugerida em Basiléia II, que prevê uso de rating das agências) e a adequação da estrutura de gerenciamento de riscos operacionais, de acordo com a Resolução 3380 publi-cada em junho de 2006. Dada a complexidade dos modelos, os requisitos para implementação são maiores, porém, a expecta-tiva é que o capital requerido seja menor. A gestão do BIHF baseia-se na utilização de modelos avan-çados de gestão de riscos e, portanto, grande parte dos requisitos de Basiléia II ou já está presente nas ferramentas de controle de riscos, ou está sendo de-senvolvida.

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5 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Estrutura Interna para Implementação de Basiléia II Mostrando um comprometimento integral da alta administração do Itaú para atendimento aos requisi-tos dos modelos mais avançados, criou-se uma estrutura específica para Basiléia II, em forma de comitês, com a participação de todas as áreas que, de alguma forma, estejam envolvidas com a adequação dos controles de risco aos padrões exigidos pelo Novo Acordo. O projeto de Implantação de Basiléia II no Itaú foi di-vidido em etapas que, ao final de 2004, definiram o planejamento para a implementação de 45 macro-projetos e suas respectivas atividades. O esforço de adequação do banco está focado na compatibilização aos requisitos de Basiléia II dire-cionando-se para: adequação das bases históricas de probabilidades de default, avaliação dos modelos de estimação de recuperação de crédito e na adaptação dos modelos e bases históricas de perdas opera-cionais existentes. Até o momento as atividades têm evoluído conforme o planejado. O projeto para im-plantação de Basiléia II continuou em desen-volvimento no Banco Itaú Holding Financeira em 2006, com inclusão dos mitigadores de risco, análise dos processos de validação de dados e modelos a serem aplicados, adequação da documentação exigida e início da implementação do sistema para consolidar informações e calcular o índice de capital, além da adaptação dos controles para atendimento aos requisitos da resolução 3380, sobre riscos opera-cionais. Com a publicação das primeiras regras do Banco Central sobre Basiléia II para os riscos de crédito e de mercado, prevista para o início de 2007 serão dedica-dos esforços específicos para adoção da abordagem padrão simplificada de risco de crédito e alterações necessárias para risco de mercado em 2007. O Itaú entende que Basiléia II trará ganhos, permit-indo que a qualidade de seus processos de gerencia-mento do risco possa implicar menor capital alocado e, conseqüentemente, maior espaço para cresci-mento do volume de operações a partir da mesma base de capital.

Convêrgência entre Basiléia II e Modelos Banco Itaú Holding Financeira No risco de crédito observa-se convergência do modelo interno de alocação de capital às exigências do Novo Acordo pela adoção das mesmas premissas básicas de entrada de dados, tais como classificação interna do cliente, probabilidade de default, miti-gadores de risco e maturidade das operações, total-mente incorporadas ao modelo interno hoje utili-zado. Estão sendo incorporados também a taxa de recuperação de créditos vencidos e o potencial de perdas de limites de crédito concedidos e não utili-zados, que são fatores que fazem parte do modelo avançado de Basiléia II. No risco operacional, o projeto de adequação a Basiléia II está estruturado em dois módulos. O primeiro é voltado para o apoio à gestão de proces-sos, possibilitando o registro padronizado de ocor-rências com impacto financeiro relevante ou que oferecem risco à imagem do banco. As perdas opera-cionais registradas ao longo dos anos servem de fonte de dados para o segundo módulo, o de mode-lagem interna de risco operacional para cada um dos fatores de risco listados no Novo Acordo. O Banco Itaú Holding Financeira atualmente calcula o risco de mercado via modelo interno para os fatores que serão incorporados pelo Banco Central do Brasil. Dessa forma, o plano de trabalho para início de 2007 compreende a avaliação de eventuais adaptações necessárias aos modelos internos para adequação à Basiléia e o atendimento dos requisitos a serem pub-licados para cupom cambial, ações e commodities.

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Gerenciamento de Riscos

Risco de Mercado

O Risco de Mercado é representado pelas perdas potenciais no valor do portfólio da instituição decorrentes de oscilações em variáveis de mercado como taxas de juro, taxas de câmbio, cotações de ações e commodities.

Gestão de Riscos de Mercado é o processo pelo qual a instituição administra e controla os riscos potenciais de variações nas cotações de mercado dos instrumentos financeiros. Seu principal objetivo é a otimização da relação risco-retorno através do uso de modelos e de ferramentas de gestão avançadas. O Banco Itaú Holding Financeira possui uma área independente de controle de riscos de mercado subordinada à Alta Administração, responsável pelo controle e gerenciamento de risco de mercado e monitoramento das práticas de gestão para todas as empresas centralizadoras. Estratégia de Gestão de Risco de Mercado do Banco Itaú Holding Financeira O Banco Itaú Holding Financeira determina o uso abrangente e conjunto de métodos, bem como

ferramentas quantitativas e qualitativas para estimar, monitorar e gerenciar riscos, baseando-se nas melhores práticas adotadas pelo mercado. A estratégia de gestão de risco de mercado da instituição é continuamente revisada, buscando a liderança em performance e o acompanhamento do desenvolvimento do mercado financeiro. O desenvolvimento de modelos de otimização de portfólio auxilia na determinação de qual carteira de ativos financeiros apresenta a melhor relação risco-retorno. A estratégia de gerenciamento de risco do Banco Itaú Holding Financeira visa a balancear os objetivos de negócio da empresa com seu apetite ao risco, considerando: • Conjuntura política, econômica e de mercado; • Portfólio de risco de mercado da instituição; e • Expertise para atuar em mercados específicos. Acreditamos que nossos modelos e a gestão de risco de mercado seguem as práticas mais modernas, não obstante o Banco está comprometido com sua revisão e melhoria contínua. Responsabilidades O controle de risco de mercado encontra-se organizado de acordo com a seguinte estrutura:

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7 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Conforme já mencionado anteriormente, a Comissão Superior de Administração de Risco Financeiro (CSARF) é a responsável por entender e gerenciar os riscos de mercado incorridos pela instituição. A Diretoria de Controle de Riscos Itaú Holding (DCR-IH) é responsável pelo controle de risco de mercado consolidado do Conglomerado, monitorando a per-formance das atividades de gerenciamento de risco das Empresas. Entre suas atribuições, estão: normati-zar e uniformizar as atividades de controle de risco de mercado e desenvolver e implementar metodologias de mensuração de risco. Por fim, as Empresas Centralizadoras executam diaria-mente as atividades de gerenciamento de risco de mercado de suas Unidades de Negócio, relatando periodicamente os níveis de risco à DCR-IH, de acordo com as diretrizes estabelecidas. Avaliação e Controle As Empresas Centralizadoras e suas subsidiárias utili-zam as seguintes ferramentas para avaliação de risco de mercado e resultado, de acordo com a carac-terística da carteira (Trading ou Banking Book): • Cálculo do Valor em Risco Estatístico (VaR,

do inglês Value at Risk): o VaR é uma medida estatística que estima a perda potencial máxima do valor da carteira do banco em condições normais de mercado, considerando horizonte de tempo e intervalo de confiança estatísticos definidos.

• Cálculo de Perdas em Cenários de Estresse (VaR Stress): o VaR é baseado principalmente em dados estatísticos recentes, e é validado dentro de um nível de confiabilidade previa-mente estabelecido. Assim, é uma ferramenta útil quando o mercado está em situação de rotina. Por este motivo, complementa-se a análise do Risco de Mercado com testes de stress (VaR Stress). Os testes de stress determi-nam os efeitos de condições extremas de mercado no valor do portfólio do BIHF. O primeiro ponto para a realização de testes de stress é a geração de cenários extremos. Para isto, existe a Comissão de Avaliação de Cenários Macroeconômicos (CECON), da qual participam membros da alta direção, com o apoio técnico da área de Consultoria

Econômica. A CECON realiza, mensalmente, uma reunião para gerar o cenário de tendência (aquele que se espera acontecer) e também os cenários de stress, tanto otimistas quanto pes-simistas. Estes cenários possibilitam ao BIHF projetar e quantificar a sensibilidade dos seus resultados, bem como o impacto no valor de mercado de sua carteira nos cenários analisa-dos.

• Perda Máxima (Stop Loss): prejuízo máximo, medido pelos critérios estabelecidos para a apuração de resultados, que um operador, uma submesa ou a Mesa Proprietária pode atingir. Visa limitar as perdas reais incorridas pelas mesas de operação. À medida que se acumulam perdas, este valor é subtraído dos limites de perda potencial, forçando a mesa a reduzir sua exposição a risco.

• Análise de Gaps: representação gráfica por fator de risco dos fluxos de caixa expressos a valor de mercado, alocados nas datas de venci-mento, sendo utilizado para a avaliação de ex-posição a risco em um horizonte de tempo;

• Análise de Sensibilidade (DV1): como a Análise de Gaps, é uma medida de sensibili-dade do resultado que a carteira sofreria se a curva de juros do fator de risco alterasse 100 bps (basis points);

• Analise de Resultados: acompanhamento dos resultados comparados a um benchmark. Os resultados são avaliados antes e após im-postos, mantendo-se um processo de concilia-ção mensal com as posições assumidos pelas empresas;

• Alocação de Capital: é utilizada para garantir que a instituição será capaz de absorver o im-pacto de perdas não esperadas, o que possi-bilita a continuidade das atividades em cenários adversos e serve de base para medir o retorno das operações em relação ao risco in-corrido.

Dada a diferente natureza dos fatores de risco do mercado doméstico e internacional, o banco conduz uma análise separada para cada um dos portfólios, posteriormente agregando de forma adequada os riscos nos vários mercados onde opera.

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8 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Monitoramento Como resposta ao monitoramento de risco de mercado, o Banco tem uma estrutura de limite de risco de mercado para cada Unidade de Negócio. O processo de determinação de limites é alinhado ao nível de apetite e de tolerância a risco de mercado da instituição. No Banco Itaú Holding Financeira existe uma estrutura de Limites Superiores, originados e adminis-trados pelas Comissões Superiores, e depois subdi-vidida pelas Empresas Centralizadoras em Limites Internos. A estrutura de limites leva em conta os seguintes ob-jetivos: • Identificar e definir os tipos principais de riscos

incorridos, de forma que eles estejam consis-tentes com a estratégia definida pelas Co-missões Superiores;

• Quantificar e informar os níveis de risco às Co-missões Superiores, de forma a evitar riscos não desejados;

• Dar flexibilidade às Unidades de Negócio para, eficientemente e oportunamente, construir posições de risco, de acordo com mudanças no mercado, mas sempre dentro dos níveis de risco determinados pelas Comissões Superi-ores;

• Permitir que as Unidades de Negócio assu-mam riscos de forma prudente, mas suficientes para atingir os resultados desejados; e

• Definir a abrangência de produtos e recursos com os quais cada Empresa Centralizadora pode operar, levando em conta características como: sistemas de modelagem e avaliação; liquidez de mercado; expertise; e etc.

A tabela abaixo mostra a estrutura básica utilizada no controle de limites do Banco Itaú Holding Financeira, relacionando os tipos de limites com as suas funções.

A DCR-IH e as Empresas Centralizadoras conduzem programas de backtest, onde são comparados perdas e ganhos reais diários com a percentagem de casos em que os resultados ficaram fora dos padrões pré-estabelecidos. O programa de backtest é realizado no mínimo tri-mestralmente, com dados dos últimos 12 meses, e utiliza o intervalo de confiança de 99%, devendo o número de violações ser compatível com esta hipó-tese. A análise documenta as exceções relativas às

perdas esperadas e é utilizada como subsídio para a melhoria continua dos modelos. Os principais progra-mas são: • Backtest de VaR estatístico (de um dia) para os

principais fatores de risco no mínimo trimes-tralmente; e

• Backtest mensal dos cenários econômicos con-templados nos modelos de VaR Stress.

R$ MM

Data-Base: 29/12/06 Perda Efetiva

Limites Total da Perda

Cenários Normais

Cenários Extremos

Cenários Imprevistos

Liquidez de Mercado

VAR Stress - Pior Cenário XVAR Stress - Pior Combinação XVAR Stress - Por Fator de Risco * X XStop Loss XAlertas X

Perda Potêncial

VaR Stress: No Limite de Pior Cenário busca-se o menor resultado entre os cenários disponíveis, sem misturar os fatores de risco stressados. O Limite de Pior Combinação utiliza como critério para encontrar o menor resultado a combinação de fatores de risco stressados de diferentes cenários

Os alertas visam indicar a possibilidade de se atingir um limite antes que isso venha a acontecer, possibilitando a reversão da posição em condições ainda favoráveis de mercado.

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9 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Mercado Nacional Contexto Macroeconômico A solidez das contas externas, propiciada pela manutenção do bom desempenho do comércio ex-terior, garantiu a permanência da oscilação da taxa de câmbio dentro de uma faixa estreita (R$ 2,133 a R$ 2,187) ao longo do quarto trimestre chegando ao final de dezembro com cotação de R$ 2,138 por dólar (R$ 2,17 por dólar em 29/09/2006). A cotação média do ano que foi de R$ 2,177 por dólar, representou uma valorização de quase 10,6% em relação à média do ano de 2005, o que ajudou a conter a evolução dos preços dos produtos e, somada aos efeitos da política monetária permitiu que a inflação conver-gisse para valores mensais cada vez mais baixos. A inflação do IPCA acumulou 3,14% no ano. Esse ambi-ente favorável para a inflação permitiu ao Banco Cen-tral manter o ritmo de cortes na taxa de juros básica, trazendo-a de 14,25% a.a. em setembro para 13,25% a.a. no final do ano e as expectativas de mercado contemplam novas reduções de juros em 2007. O índice EMBI, que mede a percepção de risco sober-ano, reduziu-se ao longo do trimestre (193 pontos no final de dezembro de 2006 contra 232 pontos no final de setembro de 2006). O mercado acionário apresentou alta quase contínua ao longo do último trimestre de 2006. De 36.449 pontos no final de setembro, o índice Bovespa subiu para 44.473 no final de dezembro, equivalente a uma alta de 22%, reflexo da constante melhora nos indica-dores econômicos. Este conjunto de fatores contribuiu para reduzir a volatilidade dos mercados de forma generalizada.

Itaú O Gap Estrutural, composto pelas operações comer-ciais e instrumentos financeiros associados, apresen-tou um incremento significativo no Var Global em 29/12/2006 decorrente principalmente do aumento da exposição do gap prefixado. .Neste período obser-vou-se uma menor volatilidade em todos os fatores de risco em relação ao trimestre anterior. Dada à re-dução da volatilidade e nos níveis das taxas pre-fixadas a instituição, visando administrar eficiente-mente essa alteração do mercado e buscando a otimização da relação risco-resultado (ajustado ao custo), reduziu o hedge da carteira estrutural asso-ciada a este fator de risco. Mesmo com este aumento a instituição ainda mantém reduzido seu nível de risco em relação ao patrimônio da Unidade.

VaR do Gap Estrutural - Banco Itaú

R$ Milhões

29/dez/06 29/set/06

Prefixado 59,3 6,1

TR 3,8 4,6

Índices de Inflação 4,0 5,0

Cupom Cambial 8,6 5,6

Variação Cambial (**) 4,3 3,0

Renda Variável 10,1 12,0

Efeito de Diversificação (20,3) (18,4)

VaR Global (**) 69,8 18,0

A Mesa Carteira Própria do Itaú opera com a finalida-de de buscar as melhores alternativas entre as diver-sas oportunidades de negócio apresentadas nos mer-cados interno e externo, além de administrar os riscos de operações estruturadas oferecidas a clientes. No trimestre o VaR Stress foi, em média, R$ 182 milhões, sendo no dia 29 de dezembro de 2006 de R$ 360 mi-lhões. Neste período, as principais exposições que contribuíram para esta posição foram as realizadas no mercado interno prefixado, seguidas às indexadas ao dólar e renda variável.

VaR Stress da Mesa Carteira Própria do Itaú

R$ Milhões

29/dez/06 29/set/06

VaR Stress Global (360,0) (263,8) VaR Stress Global Máximo no Trimestre (390,2) (356,0) VaR Stress Global Médio no Trimestre (182,0) (168,3) VaR Stress Global Mínimo no Trimestre (15,3) -

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10 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Itaú BBA As mesas do Itaú BBA atuam de forma independente em relação ao Itaú, construindo posições com o pro-pósito de otimizar o retorno ponderado pelo risco. O efetivo controle e gestão do risco de mercado trouxeram conforto à instituição para administrar efi-cientemente as alterações de cenários assim como manter a contínua evolução em termos de diversifi-cação e sofisticação das operações realizadas. Como verificado em períodos anteriores, o Itaú BBA mantém uma baixa exposição a risco de mercado em relação ao seu capital.

VaR do Banco Itaú BBA

R$ Milhões

29/dez/06 29/set/06

Prefixado 1,4 8,5 Cupom Cambial 3,0 3,6 Variação Cambial (*) 2,5 9,6 Renda Variável 2,4 2,2 Soberano 4,1 5,9 Índices de Inflação 1,9 - Juros Externos 14,3 - Commodities 1,1 - Variação Cambial - Outras Moedas 2,1 - Outros 0,8 - Efeito de Diversificação (17,1) (8,6) VaR Global (*) 16,6 21,1 VaR Global Máximo no Trimestre 24,2 39,2 VaR Global Médio no Trimestre 14,9 25,6 VaR Global Mínimo no Trimestre 8,4 13,4

Mercado Internacional Contexto Macroeconômico A perspectiva de desaceleração da demanda agregada, em conjunto com a manutenção da queda nos preços do petróleo, verificada desde meados de agosto, ajudou a manter as expectativas de inflação norte-americana estáveis. Por esse motivo, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) manteve a taxa de juros básica em 5,25% a.a. nas reuniões de outubro e novembro, sem sinalizar novos aumentos. Com essa atuação, o banco central americano contri-buiu para diminuir o nível de incerteza nos mercados financeiros mundiais e consequentemente a volatilidade.

Overseas A carteira de ativos do Itaubank e das agências d e Grand Cayman e New York é composta principal-mente de títulos de alta liquidez negociados no exte-rior e derivativos de juros. Neste trimestre o risco glo-bal Overseas apresentou redução devido a diminui-ção na volatilidade no mercado de títulos secundário, evidenciada pela redução do Embi (principalmente no mês de dezembro).

VaR do Overseas

US$ Milhões

29/dez/06 29/set/06

Títulos Privados e Soberanos 7,7 8,9

Libor 0,1 0,4

Efeito de Diversificação - (0,3)

VaR Global 7,7 9,0

VaR Global Máximo no Trimestre 9,8 9,0

VaR Global Médio no Trimestre 7,9 6,3

VaR Global Mínimo no Trimestre 6,4 5,0

Banco Itaú Europa O VaR Global do Banco Itaú Europa permaneceu está-vel, em níveis bastante reduzidos, confirmando a pre-ocupação desta instituição em manter um portfólio conservador e sem posições relevantes de tesouraria.

VaR do Banco Itaú EuropaVaR por Fator de Risco 29/dez/06 29/set/06Euribor 0,3 0,5 Libor 0,1 0,5 Títulos Privados e Soberanos 0,4 0,3 Efeito de Diversificação (0,4) (0,8)VaR Global 0,4 0,5 VaR Máximo no Trimestre 0,4 0,5 VaR Médio no Trimestre 0,4 0,4 VaR Mínimo no Trimestre 0,3 0,4

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11 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Banco Itaú Buen Ayre Neste trimestre manteve-se o nível de atividade da economia, verificado durante todo este ano, resultan-te principalmente do aumento do consumo interno e do contexto internacional favorável. A política de controle de preços aliada ao acúmulo de reservas cambiais para pagamento da dívida ex-terna permitiu a redução nos níveis de inflação. As taxas de juros continuaram apresentando uma tendência levemente crescente com um nível de vo-latilidade um pouco menor, enquanto que a taxa de câmbio do peso contra o dólar apresentou uma pe-quena valorização nominal, fechando o trimestre em 3,07contra os3,10 do final do terceiro trimestre. O VaR Global manteve-se em níveis próximos aos observa-dos no trimestre anterior.

VaR do Banco Itaú Buen Ayre US$ MilhõesVaR por Fator de Risco 29/dez/06 29/set/06Peso 0,10 0,11 CER 0,01 0,02 Libor 0,12 0,01 Efeito de Diversificação (0,07) (0,01)VaR Global 0,16 0,13 VaR Máximo no Trimestre 0,18 0,30 VaR Médio no Trimestre 0,14 0,22 VaR Mínimo no Trimestre 0,08 0,03

Banco Itaú Holding Financeira Com o propósito de gerar maior compatibilidade entre a divulgação das informações gerenciais e a forma com que o gerenciamento de risco é feito, dis-tinguiu-se na apuração do VaR Global Consolidado do Banco Itaú Holding Financeira, as posições em que se utiliza VaR Estatístico daquelas em que se utili-za VaR Stress. A tabela ao lado demonstra o VaR Global Consolida-do do Banco Itaú Holding Financeira, abrangendo as carteiras do Itaú BBA, Banco Itaú Europa, Banco Itaú Buen Ayre e da carteira estrutural do Itaú (inclui a car-teira do Banco Itaubank, ex Bank Boston). As carteiras do Itaú e do Itaú BBA são observadas conjuntamente, segregadas por fator de risco. Podemos observar que a diversificação dos riscos das unidades de negócios é significativa, permitindo ao conglomerado manter uma exposição total, ao risco de mercado, muito re-duzida quando comparada ao seu Capital.

VaR(*) do Banco Itaú Holding Financeira S.A.

R$ Milhões

(* *) VaR refere-se à perda máxima potencial de um dia, com 99% de confiança. (**) Considerando os efeitos de ajustes fiscais. Obs.: Em 30/09/06 não considera o portfolio da Mesa Carteira Própria.

29/dez/06 29/set/06

Prefixado 58,4 14,0 TR 3,8 4,6 Índices de Inflação 6,0 7,0 Cupom Cambial 9,5 7,0 Variação Cambial (**) 7,4 12,7 Títulos Privados e Soberanos no Exterior 14,0 21,2 Renda Variável 11,8 13,1 Libor 14,4 0,8 Commodities 1,1 - Variação Cambial - Outras Moedas 2,1 - Outros 0,8 - Banco Itaú Europa 0,8 1,1 Banco Itaú Buen Ayre 0,3 0,3 Efeito de Diversificação (37,9) (39,0) VaR Global (**) 92,5 42,8

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12 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Backtest - Gap Estrutural Itaú - Fator de Risco TR

(40)

(30)

(20)

(10)

0

10

20

30

40

0 5 10 15 20 25 30 35 40Risco

Ret

orno

Milhões de R$

Backtest - Gap Estrutural Itaú - Fator de Risco Cupom Cambial

(200)

(160)

(120)

(80)

(40)

0

40

80

120

160

200

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

Risco

Ret

orno

Milhões de R$

Backtest - Gap Estrutural Itaú - Total

(220)

(180)(140)

(100)(60)

(20)20

60100

140180

220

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220Risco

Ret

orno

Milhões de R$

Backtest - Risco Global Itaú BBA

(120)

(90)

(60)

(30)

0

30

60

90

120

0 20 40 60 80 100 120Risco

Ret

orno

Backtest A eficiência do modelo de Value at Risk é comprova-da por técnicas de backtest, onde são comparados perdas e ganhos reais diários com a percentagem de casos em que o resultado ficou fora dos limites de perda máxima potencial pré-estabelecidos. O núme-ro de violações dos limites estabelecidos de VaR deve ser compatível, dentro de uma margem aceitável, com a hipótese de intervalos de confiança de 99%. Para ilustrar a confiabilidade das medidas de risco geradas pelos modelos usados pelo Banco Itaú Hol-ding Financeira apresentamos os gráficos de backtest dos principais riscos das posições estruturais do Ban-co Itaú (fatores de risco prefixado, dólar e TR), bem como o backtest da posição total do Banco Itaú BBA, para o período de 02/01/2006 a 29/12/2006. Os gráfi-cos demonstram o alto grau de adequação do mode-lo de risco de mercado empregado pelo BIHF. Para o intervalo em estudo ocorreram poucas violações ao valor a risco expresso pelos controles, ou seja, respei-tou-se o intervalo de confiança adotado no modelo.

Backtest - Gap Estrutural Itaú - Fator de Risco Pré-Fixado

(65)

(55)

(45)

(35)

(25)

(15)

(5)

5

15

25

35

45

55

65

0 10 20 30 40 50 60Risco

Ret

orno

Milhões de R$

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13 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Risco de Crédito

O risco de crédito pode ser definido como uma medida de incerteza relacionada ao recebimento de um valor compromissado.

O aperfeiçoamento contínuo do processo decisório e de gerenciamento e controle do risco de crédito, ori-entado pelas melhores práticas do mercado, tem per-mitido ao Itaú utilizar-se de metodologias baseadas em modelagem científica para análise de riscos. O Itaú emprega modelos estatísticos na determinação do capital econômico alocado do portfólio para co-bertura do risco de crédito, levando em consideração a qualidade e a concentração na carteira, além da classificação de crédito dos clientes que a compõem. Tudo isso, aliado a uma conservadora política de con-trole centralizado do risco de crédito com acompa-nhamento da carteira em suas diferentes visões. A política de crédito é formulada com base em fato-res internos, estabelecidos pelo próprio banco e em fatores externos, relacionados à conjuntura econômi-ca do país e do exterior. Dentre os fatores internos podemos destacar o rating dos clientes, apurados através de avançados instrumentos de análise e deci-são de crédito, os índices de default, as taxas de re-torno, a qualidade da carteira e o capital econômico alocado. O foco do banco tem sido crescer os ativos avaliando a relação risco/retorno, sendo a principal preocupação a qualidade da carteira de crédito e a geração de valor para o acionista. Todo o processo decisório, assim como a definição da política de cré-

dito do Banco Itaú Holding Financeira, é centralizado, visando garantir ações sincronizadas e otimizar as oportunidades de negócio. A evolução do instrumental de gestão quantitativa e os modelos estatísticos de gestão ativa da carteira de crédito permitem a identificação das perdas espera-das, que refletem a média estatística, e das inespera-das, que indicam a possibilidade de perda em situa-ções adversas. Apesar de apresentar-se com uma bai-xa probabilidade de ocorrência, as perdas inespera-das, por representarem um elevado valor de perda, podem vir a ameaçar a continuidade dos negócios. Assim, enquanto as perdas esperadas servem de base para cálculo das provisões (PDD), as perdas inespera-das, também conhecidas como Valor em Risco (VaR), são a base para calcular o capital econômico para cobrir os riscos da carteira. A apuração do capital eco-nômico alocado permite a implementação de políti-cas efetivas de controle e precificação sensíveis ao risco. Além do cálculo do capital econômico alocado, o Itaú tem utilizado um sistema gerencial de projeção de PDD baseado na perda esperada (PE) e no nível de inadimplência histórica por tipo de produto da cartei-ra de crédito. Tanto a perda esperada, medida pela PDD, quanto a perda inesperada, medida pelo capital econômico, são utilizados no cálculo do retorno ajus-tado ao risco (RAROC), usado na gestão e otimização da carteira de crédito. A evolução desses instrumen-tos de gestão está consoante às exigências do Novo Acordo da Basiléia, de forma a adequar as necessida-des de reservas mínimas compatíveis com o nível de risco do negócio.

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14 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Gestão de Crédito A gestão de crédito é composta pelas etapas de: decisão, formalização, monitoramento e cobrança, adapta-dos ao perfil dos clientes/segmentos. Esse processo é operacionalizado e controlado por sistemas que possibili-tam o acompanhamento contínuo da qualidade da carteira de crédito.

Implementação Focada na Segmentação

Políticas: Concessão/Redução/Alavancagem/OtimizaçãoPolíticas: Concessão/Redução/Alavancagem/Otimização

Gerenciamento do Risco de Crédito Centralizado

POLÍTICA GERAL/ESTRATÉGIA DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE CRÉDITOPOLÍTICA GERAL/ESTRATÉGIA DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE CRÉDITO

Gerenciamento CentralizadoGerenciamento Centralizado Visão de PortfolioVisão de Portfolio Controles AutomatizadosControles Automatizados

ClassificaçãoClassificação

FormalizaçãoFormalização

Alçada de CréditoAlçada de Crédito

DecisãoDecisão

MonitoramentoMonitoramento CobrançaCobrança

Grandes Empresas(Itaú BBA)

Grandes Empresas(Itaú BBA)

Médias Empresas(Itaú)

Médias Empresas(Itaú)

Micro e pequenas empresas+ Pessoa Física (Itaú)

Micro e pequenas empresas+ Pessoa Física (Itaú)

Bancos(Itaú / Itaú BBA)

Bancos(Itaú / Itaú BBA)

Análise Convencional•Visão retrospectiva•Abordagem qualitativa•Qualidade do Portfolio/classificação•Concentração/Dispersão•Evolução do perfil da carteira

Análise Convencional•Visão retrospectiva•Abordagem qualitativa•Qualidade do Portfolio/classificação•Concentração/Dispersão•Evolução do perfil da carteira

Análise Dinâmica•Visão prospectiva•Abordagem quantitativa•Provisão•Capital Econômico•RAROC do Portfolio

Análise Dinâmica•Visão prospectiva•Abordagem quantitativa•Provisão•Capital Econômico•RAROC do Portfolio

PremissasChave

Processos

Grandes Grupos Econômicos Médias Empresas Micro & Pequenas Empresas Pessoas Físicas

Faturamento ■ Maior que R$ 100 milhões ■ De R$ 10 milhões a R$ 100 milhões ■ Até R$ 10 milhões --

Modelo de Classificação

■ Modelo proprietário de classificação■ Análise econômico-financeira ▪ Empresa ▪ Contexto setorial ▪ Contexto macroeconômico

■ Modelo proprietário■ Modelo estatístico■ Análise econômico-financeira da Empresa

■ Modelo proprietário ▪ Behavior Scoring ▪ Credit Scoring

■ Modelo proprietário ▪ Credit Scoring ▪ Behavior Scoring

Decisão

■ Aprovação em comitês ▪ Limites máximos de concessão

■ Processo controlado por sistemas■ Etapas ▪ Proposta de negócios eletrônica ▪ Alimentação dos dados qualitativos ▪ Parecer dos gestores

■ Quantitativa ▪ Limites pré aprovados para operações de curto prazo ▪ Proposta de negócios

■ Quantitativa ▪ Limites pré aprovados ▪ Valores de crédito pré- aprovado definidos por modelo

Formalização

■ Verificação da documentação■ Acompanhamento dos aspectos legais e contratuais■ Contratação da operação■ Formalização de garantias■ Emissão de relatórios contábeis■ Controle de risco de credito

■ Integrado ao processo de decisão■ Verificação da documentação ▪ Revisão por funcionário sem vínculo hierárquico com a Área Comercial■ Formalização de garantias

Monitoramento

■ Situação do cliente ▪ Liquidez ▪ Revisão de rating ▪ Apresentação ao comitê de crédito

Cobrança

■ Ação imediata■ Controle diário ▪ Datas de vencimentos ▪ Operações em atrasos

■ Contato pessoal■ Inscrição no SPC / SERASA■ Notificações / Protestos■ Pesquisa de bens■ Cobrança judicial■ Acordos judiciais

■ Central de Ativação de Cobrança■ Escritórios externos■ Inscrição no SPC/Serasa■ Notificações / Protestos■ Cobrança judicial■ Renegociação / Acordos■ Campanhas de recuperação

■ Integrado ao processo de decisão■ Verificação da documentação ▪ Revisão por funcionário sem vínculo hierárquico com a Área Comercial■ Contratação da operação■ Formalização de garantias

■ Alterações no comportamento do cliente que indiquem deterioração ▪ Inadimplência / Apontamentos cadastrais / liquidez■ Sistemas de controle emitem "Sinais de Alerta"■ Ações e medidas preventivas ▪ Redução do nível de risco / Reforço das garantias / Não operar

Banco Itaú BBA Banco Itaú

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15 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Controle de Risco de Crédito Com relação ao controle do risco da carteira de Cré-dito, o Banco Itaú Holding Financeira possui adminis-tração centralizada, executada pela Comissão Superi-or de Crédito. A Comissão estabelece normas e limi-tes, aprova as classificações de risco e supervisiona o processo de aprovação de operações de crédito. A-lém disso, a Comissão analisa casos que receberam a opinião desfavorável de pelo menos um dos mem-bros do Comitê de Crédito ou que excederam as al-çadas do Comitê e/ou casos com características es-peciais. De modo a manter a consistência dentro do conglomerado, existem representantes tanto do Ban-co Itaú BBA quanto do Banco Itaú nas Comissões Su-periores de Crédito.

No acompanhamento e controle centralizado, reali-zado pelo Banco Itaú Holding Financeira, utilizam-se, entre outros, os seguintes instrumentos: • Análise da carteira e definição de limites de

crédito envolvendo o capital econômico como medida de risco;

• Modelo de Raroc para definição de spreads de referência;

• Avaliação da qualidade das Carteiras (visão cliente/grupo econômico, produto, ramo de atividade e segmentação);

• Concentração/Dispersão das Carteiras (maturidade/ fluxo de vencimentos, ramo de atividade, moeda, concentração de crédito por cliente e grupo econômico);

• Evolução do perfil da carteira e os impactos econômicos decorrentes (PDD e capital aloca-do) no conglomerado e nos diferentes seg-mentos do Banco;

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16 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Em micro, pequenas e médias empresas o crescimento foi de 3,547% (+5,81% sem Itaubank) no trimestre e 59,94% no ano, atingindo R$ 20.446 milhões. Os créditos direcionados registraram crescimento de 2,876% no trimestre. O segmento de Grandes Empresas atingiu R$ 26.816 milhões, crescimento de 0,107% no trimestre (R$ 24.616 milhões sem Itaubank), +22,12% em 12 meses.

Operações de Crédito

R$ Milhões (**)

(*) Em 30 de setembro de 2006. (**) Em moeda constante de 31 de dezembro de 1995 até esta data; após, em valores nominais. (1) Operações de Crédito: Empréstimos, Leasing, Outros Créditos e Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio. (2) Garantias: Contemplam Fianças, Avais e Outras.

Operações de Crédito e Garantias (2) Operações de Crédito (1)

7.090 6.051 5.531 3.958 5.6548.022

10.81814.414 14.058

23.674

29.615

7.353 6.535 5.846 4.634 6.5239.057

12.20616.916

27.253

84.148

11.572

4.524 4.610

12.325

38.419

60.636

47.407

16.890

38.659

93.648

19.596

34.282

44.581

53.275

67.756

16.077

5.198

14.127

5.194

11.798

45.414

86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06

Evolução da carteira de crédito A carteira de crédito apresentou crescimento de 4,21% em relação a setembro de 2006 (+6,765% sem Itaubank). Em relação a dezembro de 2005 a carteira cresceu de 38,21% (+24,71% sem Itaubank), atingindo R$ 93.648 milhões (R$ 84.497 milhões sem Itaubank). A carteira de pessoa física cresceu 7,876%, (aumento de R$ 2.916 milhões) no último trimestre, atingindo R$ 40.487 milhões (R$ 39.159 milhões sem Itaubank).

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17 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

A participação dos créditos classificados entre os níveis "AA" a "B", considerando-se o Itaubank, foi de 83,9% do total da carteira, um aumento de 1,0 p.p. no trimestre. O trabalho contínuo de diversificação do portfólio de crédito tem resultado na redução da concentração dos maiores devedores em relação à carteira total. Em de-zembro de 2006, os cem maiores devedores represen-tam 20,2% do total da carteira de crédito com Itaubank, contra 21,2% em setembro de 2006. A participação do maior devedor em relação ao total da carteira foi de 1,04%, uma queda de 0,326 p.p. no trimestre.

Evolução da participação dos 100 maiores sobre a Carteira

Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) A constituição da PDD - Provisão para Devedores Duvi-dosos – das empresas pertencentes ao conglomerado do Banco Itaú Holding Financeira baseia-se nas Resolu-ções 2682/99 e 2697/00 e Carta Circular 2899/00 do Banco Central do Brasil. A classificação final das opera-ções é resultado, principalmente, de análises das classifi-cações cliente, grupo econômico ao qual pertence, do atraso no pagamento e das características do produto contratado, conforme fluxo abaixo:

CLASSIFICAÇÃO DO CLIENTE

CLASSIFICAÇÃO DO GRUPO

CLASSIFICAÇÃO DO ATRASOX X X

PROVISÃO ESPECÍFICA PROVISÃO GENÉRICA

PROPAGAÇÃO DA PIOR CLASSIFICAÇÃO

CONTABILIZAÇÃO DA PDD

CLASSIFICAÇÃO DA OPERAÇÃO

GARANTIAS/ MITIGADORES

Como PDD Específica são classificados os valores pro-visionados para operações que apresentem parcelas vencidas há mais de 14 dias ou de responsabilidade de empresas concordatárias ou em processo de fa-lência. As provisões para as demais operações são classificadas como PDD Genérica em função da ex-pectativa de perda correspondente a classificação atribuída ao cliente ou à operação, mesmo que não tenha sido observada inadimplência. A relação PDD total (incluindo PDD Excedente) /carteira atingiu 8,8%, sem avais e fianças, sem altera-ção em relação a setembro de 2006. Em relação a dezembro de 2005 houve aumento de 2,0 p.p.

Evolução da carteira de crédito e relação PDD/carteira

Capital Econômico Alocado (CEA) O modelo interno para cálculo do capital econômico alocado para risco de crédito busca endereçar a pre-ocupação com as perdas inesperadas do portfólio, dando especial atenção ao risco de concentração e a contribuição individual ao risco. Na apuração do capital econômico, estima-se a dis-tribuição estatística de perdas para todo o portfólio do conglomerado e calcula-se o VaR (Valor em Risco) desta distribuição a um coeficiente de confiança, utilizando-se de informações das contrapartes, como a probabilidade de default (PD) e a exposição ao default (EAD), além de garantias das operações e taxas históricas de perda dado o default (LGD). O capital econômico alocado do BIHF possui um con-sumo equilibrado. Nota-se no quadro abaixo que um percentual importante de capital é alocado para opera-ções do segmento Pessoa Física, que é pulverizado. Já o capital alocado a empresas não é concentrado de maneira relevante em nenhum setor de atividade.

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18 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Risco de Liquidez

O risco de liquidez em um banco decorre da sua incapacidade de obter recursos necessários para honrar suas obrigações, seja pela redução em seu passivo ou pelo acréscimo em seus ativos.

A gestão da liquidez do Banco Itaú Holding Financei-ra é centralizada pelo Banco Itaú, que manteve níveis adequados de liquidez no Brasil e no exterior para o quarto trimestre de 2006. A manutenção foi possível em função das bases sólidas e diversificadas de cap-tação, seja no mercado interbancário, seja junto a clientes, e do redimensionamento da carteira de títu-los ocorrida no período. Estrutura de gerenciamento de Liquidez O Itaú possui estrutura dedicada ao aperfeiçoa-mento da monitoração e à análise, através de modelos de projeções estatísticas e econômico-financeiras, das variáveis que afetam o fluxo de caixa e o nível de reserva em moeda local ou es-trangeira.

Complementarmente, a instituição mantém dire-trizes e limites mínimos de reserva que são anali-sados em comitês técnicos periodicamente e que visam garantir uma margem de segurança adequada. As políticas de gestão de liquidez e estes limites são estabelecidos com base nos ce-nários político e econômico e nas definições da Comissão Superior de Administração de Riscos Financeiros, e podem ser revistos periodicamen-te à luz das necessidades de caixa, em virtude de situações atípicas de mercado ou decorrentes das decisões estratégicas da instituição. Em observância às exigências da Resolução 2804 do Banco Central do Brasil, periodicamente são elaborados e submetidos à Comissão Superior de Administração de Riscos Financeiros: • Diferentes cenários de projeção de liquidez; • Planos de contingência para situações de crise; • Relatórios e gráficos que permitam o moni-

toramento das posições de risco em um período de até dois anos.

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19 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Risco Operacional O Banco Itaú Holding Financeira – BIHF dispõe de rígidas políticas e mecanismos de controle que obje-tivam proporcionar um adequado ambiente de avali-ação dos riscos operacionais, capaz de monitorá-los de forma consistente e garantir a sua mitigação e-mergencial e permanente. Reafirmando seu compromisso com essas políticas, o Banco Itaú Holding Financeira reforçou seus mecanis-mos e procedimentos de controle para enquadrar-se integralmente às exigências da Seção 404 da Lei norte-americana Sarbanes-Oxley (SOX), que trata dos contro-les internos relacionados às demonstrações financeiras. Para tanto, o Banco instituiu e passou a executar tes-tes contínuos e formais em todos os seus controles relevantes associados às informações presentes nas demonstrações financeiras. Também estruturou roti-na de análise permanente do desenho dos controles internos, com o objetivo de garantir a efetiva mitiga-ção de riscos dos processos que podem provocar im-pactos significativos nas demonstrações financeiras. A Instituição cumpriu os dispositivos da seção 404 da lei Sarbanes-Oxley (SOX), relativos aos controles inter-nos sobre as demonstrações contábeis consolidadas e incluiu em seu relatório anual 20-F, arquivado na SEC – Securities and Exchange Commission, o “Relatório da Administração sobre os Controles Inter-nos relacionados às Demonstrações Contábeis Con-solidadas”, que atesta que tais controles internos fo-ram submetidos a um processo de avaliação de acor-do com as normas dos reguladores norte-americanos, e que os resultados obtidos demonstram a sua efetividade para 31 de dezembro de 2005. O processo de avaliação dos citados controles inter-nos foi objeto de auditoria específica por parte dos nossos auditores independentes, que, também, efe-tuaram a auditoria dos controles internos e demons-trações contábeis consolidadas, preparadas de acor-do com os princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos. O parecer dos auditores independentes – igualmente arquivado na SEC – contempla a opinião sobre as demonstrações contá-beis consolidadas, a opinião de que em todos os as-pectos relevantes para a data-base o Banco manteve controles internos efetivos, e que a avaliação da Ad-ministração sobre a efetividade dos controles está apresentada adequadamente.

Em junho de 2006, foi publicada a Resolução 3380 do Conselho Monetário Nacional (CMN), divulgada pelo Banco Central do Brasil (Bacen), que determina os critérios mínimos a serem implantados nas institui-ções financeiras brasileiras para o correto gerencia-mento do risco operacional definido como a possibi-lidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Como já havia procedido para garantir a efetividade dos controles internos relacionados às demonstrações financeiras, o Banco Itaú Holding Financeira mobilizou sua estrutura de controles internos visando alcançar, ao final de 2007, total aderência à Resolução 3380. A expertise dos profissionais do Banco Itaú Holding Fi-nanceira será aplicada ao processo de implantação dos requisitos da Resolução 3380, a exemplo da utilização do modelo de avaliação e de testes dos controles inter-nos relacionados às demonstrações financeiras. A avaliação dos riscos operacionais conduzida pelo BIHF é realizada sob dois enfoques: gestão e controle. A gestão preocupa-se com as causas do risco opera-cional atuando no seu monitoramento, avaliação, mitigação e controle, através de uma metodologia própria de mapeamento de processos, identificação de ameaças, elaboração de planos de ação, definição de políticas e procedimentos, racionalização e me-lhoria de processos e elaboração e monitoramento de indicadores. Pelo lado do controle a abordagem está focada na identificação de eventos de perdas operacionais, padronização dessas informações, mo-delagem quantitativa, análise estatística e mensura-ção de perdas, bem como constituição de provisão para perdas esperadas e alocação de capital para per-das não esperadas. O Banco Itaú Holding Financeira já adota modelo gerencial de avaliação econômica por linha de negó-cios, baseado em alocação de capital associada aos riscos operacionais incorridos, o que permite maior refinamento do processo de apreçamento de produ-tos e serviços oferecidos pela instituição. Acredita-mos que este mecanismo proprietário será aprovado pelo órgão regulador brasileiro dentro da categoria de Modelo Avançado para Risco Operacional segun-do os critérios do Novo Acordo de Capital da Basiléia. Com a utilização destes mecanismos de controle e ges-tão do risco operacional, o Banco Itaú Holding Financei-ra vislumbra, além do aprimoramento do seu processo de gestão, o cumprimento antecipado das exigências dos órgãos reguladores e, principalmente a perpetua-ção da sua imagem de banco sólido e confiável.

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20 Gerenciamento de Riscos Banco Itaú Holding Financeira S.A.

Gerenciamento de Riscos

Impacto da Implantação da Basiléia II Os parâmetros do Novo Acordo de Basiléia II foram calibrados segundo uma visão global. Desta forma, mercados mais voláteis como o brasileiro tendem a ter maior exigência de capital tendo em vista os ris-cos assumidos pelo sistema financeiro nacional. Por outro lado, as regras atuais de exigência de capital do Banco Central do Brasil são mais conservadoras, com destaque para a exigência mínima de 11% do capital para a carteira de crédito (quando o recomendado pelo Comitê é 8%) e para capital alocado para risco cambial. A nova exigência de capital para cada insti-tuição dependerá assim da composição de suas ope-rações em relação aos fatores acima, podendo ainda mudar ao longo do tempo à medida que o Banco Central passe a estabelecer a regulamentação local para implantação do Novo Acordo. O Comitê de Basiléia, auxiliado pelos bancos centrais e autoridades regulatórias do sistema financeiro de vários países, coordena um estudo de impacto da implantação do Novo Acordo chamado QIS 5 com base na posição de balanço de 30/06/2005.

Para fins deste estudo o Banco Itaú Holding Financei-ra utilizou a aplicação do modelo interno básico (IRB_Foundation) para o risco de crédito, o modelo proprietário para risco de mercado e o modelo padro-nizado para risco operacional. Embora seja apenas uma estimativa preliminar, o resultado indica que o Índice de Basiléia (base 30/06/05) deve sofrer apenas uma variação de 0,7% (passando de 18,3% da publica-ção para 19,0% no estudo) na hipótese de implemen-tação simultânea dos novos modelos para todos os tipos de risco. Desde então, o Banco tem feito o cálcu-lo paralelo do índice conforme Basiléia II e a estimati-va de impacto observado não têm sido significativo. Como a regulamentação será implantada apenas nos próximos anos, nossa perspectiva é que até lá os mo-delos mais avançados possam ser implantados, tra-zendo ganhos significativos de exigência de alocação de capital que permitam o crescimento do volume de negócios, tendo em vista o capital da instituição.