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1 SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIÇO SOCIAL ANDREA P. DOS SANTOS DIREITO DOS IDOSOS SALVADOR/BAHIA

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSERVIÇO SOCIAL

ANDREA P. DOS SANTOS

DIREITO DOS IDOSOS

SALVADOR/BAHIA

Maio/2014

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSERVIÇO SOCIAL

ANDREA P. DOS SANTOS

DIREITO DOS IDOSOS

Monografia apresentada ao Curso serviço social da

UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a

obtenção do titulo de bacharel em serviço social

Orientador: Prof. xxxx

SALVADOR/BAHIA

Maio/2014

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FICHA CATALOGRÁFICA

SANTOS, ANDREA P,

A Economia Solidária no Assentamento Itamarati I e II, Município de Ponta

Porã/MS: Rodrigues, Maria Cândida. Ponta Porã/MS- Universidade Norte do

Paraná –Ponta Porã-UNOPAR, 2010.

Orientador: Msc.

Monografia: (Graduação em Serviço Social – UNOPAR,SALVADOR/BAHIA).

1. Pesquisa Bibliográfica. 2. Pesquisa de Campo

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSERVIÇO SOCIAL

ANDREA P DOS SANTOS

DIREITO DOS IDOSOS

AVALIAÇÃO DA BANCA

____________________________________________________________

Prof.º ( a)

XXX

____________________________________________________________

Prof.º ( a)

XXXX

___________________________________________________________

Prof.º (a)

XXXX

SALVADOR/BAHIA

Maio/2014

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5

AGRADECIMENTOS

.

XXXXXXXX

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“.Artigo 8º

O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação vigente.

Estatuto do Idoso

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RESUMO

xxxxx

PALAVRAS-CHAVE: idoso, estatuto, politicas, direitos

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LISTA DE ABREVIATURAS

.

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LISTA DE FIGURAS

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1 INTRODUÇÃO

Até 2025, segundo a OMS, o Brasil será o sexto país do mundo em número

de idosos.

O crescente aumento e longevidade e expectativa de vida, elevou o numero

da população idosa em diversas sociedades, consequência do controle das doenças

infecto contagiosas, redução das doenças cardiovasculares, acesso à saúde,

mudança de comportamento e estilo de vida, levando a uma melhora da qualidade

de vida. Uma das principais mudanças no estilo de vida que contribuiu significativa

foi uma maior participação da população em atividades físicas, ocorreu um

crescimento da atividade física regular, principalmente no grupo da terceira idade.

O processo de envelhecimento provoca no organismo modificações

biológicas, psicológicas e sociais; porém, é na velhice que este processo aparece de

forma mais evidente (SANTOS 2010).

Assim como ao surgimento de doenças crônico-degenerativas advindas de

hábitos de vida inadequados (tabagismo, alimentação, ausência de atividade física

regular), que levam na redução da capacidade para as atividades da vida diária

(TRIBESS S & VIRTUOSO Jr, 2005).

Ainda é grande a desinformação sobre a saúde do idoso e as particularidades

e desafios do envelhecimento populacional para a saúde pública em nosso contexto

social. Entre 1980 e 2000 a população com 60 anos ou mais cresceu 7,3 milhões,

totalizando mais de 14,5 milhões em 2000. O aumento da expectativa média de vida

também aumentou acentuadamente no país. Este aumento do número de anos de

vida, no entanto, precisa ser acompanhado pela melhoria ou manutenção da saúde

e qualidade de vida.

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No Brasil, a legislação de proteção social avançou muito em anos recentes e,

certamente, o marco desse processo foi a promulgação do Estatuto do Idoso (Lei

10.741 de 1º de outubro de 2003).

Na saúde, pode-se considerar como um marco no Sistema Único de Saúde a

Portaria 399 de 22 de fevereiro de 2006 que divulga o Pacto pela Saúde 2006 –

Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Em

uma de suas dimensões, o Pacto pela Vida estabelece seis áreas prioritárias de

atuação, dentre as quais se situa a saúde da população idosa. Nesse documento,

pela primeira vez na história do SUS, a saúde da população idosa consta como

prioridade das três esferas de governo e são destacadas sete ações estratégicas

para que essa prioridade se efetive.

Esta Política tem por propósito trabalhar em dois grandes eixos, tendo como

paradigma a capacidade funcional da população idosa: as pessoas idosas

independentes e a parcela frágil desta população.

Este trabalho se desenvolve em quatro partes distintas e complementares.

Num primeiro momento, é apresentando aspectos biopsicossociais dos idosos. A

seguir, na segunda parte, é apresentado um breve um relato histórico sobre o

desenvolvimento das politicas públicas e serviço social; na terceira parte é

apresentada uma visão geral do assunto no Brasil, onde são apresentadas as

principais lei e politicas desenvolvidas para os idosos.

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1.1 Objetivos2

a) Objetivo Geral

Refletir sobre os direitos da pessoa idosa respaldados pela PNI – Política

Nacional do Idoso.

b) Objetivos específicos

Descrever aspectos biológicos e psicossociais relacionados ao idoso.

Demonstrar a importância das políticas publicas e serviço social para a

garantia dos direitos.

Analisar as principais leis de proteção aos idosos em vigor no país

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1.2 JUSTIFICATIVA

Valida a elaboração deste estudo à relevância do tema uma vez que o

numero da população idosa é crescente, mostrando a necessidade em se

aprofundar as questões que norteiam esse grupo e medidas que garantam um

envelhecimento saudável de forma que ele possa viver e não sobreviver. O

crescente aumento no numero de idosos a importância da atividade física para a

saúde e a grande quantidade de idosos com sedentários que buscam a atividade

física por questões de saúde e lazer, trazendo a necessidade do profissional de

educação física conhecer os aspectos inerentes a pratica da atividade.

A necessidade de se conhecer para proteger e preservar o direito dos

idosos, permitindo o livre exercício da cidadania e o papel o profissional de serviço

social neste contexto.

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1.3 METODOLOGIA

A metodologia implementada no trabalho será a qualitativa, de contexto exploratório e fundo bibliográfico a partir de material já publicado, em geral livros, artigos de periódicos e materiais disponíveis na Internet, referentes ao assunto com o objetivo de levantar dados, analisar e compilar todo o conhecimento necessário para elaboração deste trabalho.

Lakatos e Marconi (2001,) afirmam que a pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias “trata-se do levantamento de toda a bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas em imprensa escrita, documentos eletrônicos. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações.”.

Qualquer tipo de pesquisa em qualquer área do conhecimento supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia, quer para o levantamento da situação em questão, quer para a fundamentação teórica. CERVO e BERVIAN (1976).Esta confere uma análise de conhecimento, um exercício a reflexão, levando o pesquisador a se aprofundar em determinado conhecimento. Conforme Lakatos e Marconi (1987) a pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado em livros, enciclopédias, revistas, jornais, folhetos, boletins, monografias, teses, dissertações e material cartográfico.

Rowley e Slack (2004) apud Rodriguez et al (2011) afirmam que uma importante ferramenta para a seleção de artigos de periódico científicos é o uso da base de dados on-line, para isto foi realizada uma pesquisa no período de abril a maio de 2013, ao acervo da biblioteca faculdade São Salvador, pesquisa on-line a artigos e peri

Constitui-se para a identificação da bibliografia pertinente à temática, realizar o levantamento e a organização de referências bibliográficas tendo como base de dados: LILACS, Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Google acadêmico, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, entre os anos de 2000 a 2013.

A pesquisa bibliográfica, segundo LAKATOS& MARCONI (2010), utiliza material existente sobre o tema e tem por finalidade colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito sobre determinado assunto. Já SANTOS (2003) comenta que na pesquisa descritiva é feita a descrição das características de

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uma determinada população, estudo descritivo de determinado fenômeno com suas variáveis.

Os descritores utilizados estão de acordo com os Descritores em Ciências da saúde (DECS), a conhecer: “idoso”, “direitos”, “políticas píblicas”, “estatuto”.

A fim de se analisar os dados obtidos serão realizados uma leitura criteriosa dos artigos selecionados, considerando-se a concordância e discordância entre os autores quanto aos direitos dos idosos, assim como também.

A aplicação do método é feita de acordo com cada categoria da ciência, exigindo, portanto, processos diferenciados. O método a ser trabalhado em uma ciência depende da natureza do objeto daquela área do saber. Com isso, GIL (2010) mostra que “o objetivo fundamental da pesquisa científica é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. Segundo SANTOS (2003), a pesquisa pode ser classificada ou dividida de duas maneiras: a primeira com base nos procedimentos técnicos utilizados pelo pesquisador, e a segunda se baseia nos objetivos pretendidos.

Plano de desenvolvimento:

Escolha do tema;

Pesquisa bibliográfica a livros, revistas, jornais e internet;

Analise dos dados coletados;

Conclusão.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O processo de envelhecimento provoca no organismo modificações

biológicas, psicológicas e sociais; porém, é na velhice que este processo aparece de

forma mais evidente (SANTOS 2010).

Nos últimos anos, a população a partir dos 60 anos de idade, segundo a

Organização Mundial da Saúde (OMS) APUD Nunciato & PEREIRA (2012), cresceu

significativamente, e a estimativa para o número de idosos em 2050 aponta um

contingente de aproximadamente 1,9 bilhões de pessoas.

Estimativas do Fundo das Nações Unidas para a População (IBGE, 2005

apud Rocha, 2008) mostram que, em 2050, a expectativa de vida nos países

desenvolvidos será de aproximadamente 87,5 anos para os homens e 92,5 anos

para as mulheres (contra 70,6 e 78,4 anos em 1998), enquanto que, nos países em

desenvolvimento, será de 82 anos para homens e 86 anos para mulheres, ou seja,

21 anos a mais do que hoje, que é de 62,1 e 65,2 anos, respectivamente.

Apesar deste aumento da longevidade se traduzir em aspectos positivos, é

também importante refletir que este processo de envelhecimento está ligado a

perdas importantes em inúmeras capacidades físicas, as quais culminam,

inevitavelmente, no declínio da capacidade funcional e da independência do idoso

(MATSUDO et al., 2001 APUD ROCHA, 2008).

A saúde funcional do idoso tem sido associada à qualidade de vida (QV), ao

convívio social, à condição intelectual, ao estado emocional e às atitudes perante o

indivíduo e o mundo (VIDMAR & POTULSKI, 2011).

O processo de envelhecimento ocasiona alterações consideráveis no

individuo, no qual são destacados os aspectos físicos, psicológicos e sociais, que de

certa maneira um está relacionado com o outro e caminham juntos conforme afirma

Zanini et al (2003) apud Miranda & Rabelo (2006), dentre os fatores físicos,

alterações em todos os órgãos e sistema do organismo, intracelulares, que

prejudicam não somente sua função como também sua multiplicação (MIRANDA &

RABELO, 2006).

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No Brasil, considera-se idoso o indivíduo que tem 60 anos ou mais de idade.

É uma fase da vida em que as pessoas tiveram muito ganhos, mas também muitas

perdas, dentre as quais se destaca a saúde como um dos aspectos mais afetados

nos idosos (RODRIGUES & DIEGO, 1996 apud SILVERIA & PASQUALOTTI, 2010).

A Organização Mundial de Saúde identifica como idoso todos que atingem

os 60 anos de idade nos países subdesenvolvidos. Contudo, esta faixa é ampliada

para os 65 anos nos países desenvolvidos (SAAD, 1990 apud SILVA, 2008).

Acerca do processo de envelhecer percebe-se que ao rejeitar a morte como

rejeita, recusando-a com todas as suas forças, o ser humano tende a rejeitar

também a velhice, talvez por esta fase da vida ser a que mais se aproxima da morte

e assim, torna a velhice (SANTOS, 2010).

Para Passerino & Pasqualotti (2006), o envelhecimento humano

compreende todos os processos de transformação do organismo, tanto físicos

quanto psicológicos e sociais, envolvendo, principalmente, papéis sociais

desempenhados pelos indivíduos.

Conforme Vale (2004) à medida que aumenta a idade cronológica, as

pessoas tornam-se menos ativas e a sua capacidade funcional diminui, contribuindo

para que a sua independência seja reduzida.

ASPECTOS DO ENVELHECIMENTO

Segundo Rigo et al (2005) citado por Vidmar e Potulski et al (2011) o

envelhecimento é um processo que afeta todos os indivíduos de forma lenta e

gradativa, provocando alterações biológicas e socioambientais.

A intensidade dessas modificações inerentes ao processo de senescência

varia de indivíduo para indivíduo (VIDMAR e POTULSKI et al, 2011)

Para Alves et al (2004) o sedentarismo, que tende a acompanhar o

envelhecimento, é um importante fator de risco para as doenças crônico-

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degenerativas, especialmente as afecções cardiovasculares, principal causa de

morte nos idosos.

Santos (2010) aponta que os fenômenos do envelhecimento e da velhice e a

determinação de quem seja idoso, muitas vezes, são considerados com referência

as modificações que ocorrem no corpo, na dimensão física.

Neste sentido, Prado et al (2010) destaca que a prática regular de atividade

física tem sido recomendada como meio de atenuar os efeitos deletérios do

envelhecimento na dimensão biológica de cada indivíduo.

2.1 Conceitos

Para Meirelles (1999) citado por Miranda & Rabelo (2006) o envelhecimento

é um processo dinâmico e progressivo, no qual há alterações morfológicas,

funcionais e bioquímicas, que alteram progressivamente o organismo, tornando-o

mais suscetível às agressões.

No Brasil, conforme Silveira et al (2010) é considerado idoso a pessoa com

60 anos ou mais de idade. É a fase da vida em que as pessoas tiveram muito

ganhos, e perdas, dentre as quais se destaca a saúde como um dos aspectos mais

afetados nos idosos (RODRIGUES & DIEGO, 1996 citado por SILVEIRA &

PASQUALOTTI, 2010).

A Organização Mundial de Saúde identifica como idoso todos que atingem

os 60 anos de idade nos países subdesenvolvidos. Contudo, esta faixa é ampliada

para os 65 anos nos países desenvolvidos (SAAD, 1990 apud SILVA, 2008).

Para Papaléo Netto (2002) apud Miranda & Rabelo (2006), o organismo

humano passa por diversas fases, sendo elas o desenvolvimento, puberdade,

maturação e envelhecimento, este ultimo manifesta-se por declínio das funções dos

diversos órgãos que, tende a ser linear em função do tempo, não se conseguindo

definir um ponto exato de transição.

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Spirduso et al.( 2005) citado por Rocha (2009) O envelhecimento é um

processo multifatorial, sendo influenciado pelo tempo cronológico, por aspectos

psicológicos, sociais, biológicos e funcionais.

O envelhecimento é uma etapa do ciclo vital, marcado por mutações

biológicas visíveis e cercado por determinantes sociais que tornam as concepções

sobre velhice variáveis de indivíduo para indivíduo, de cultura para cultura, de época

para época (MARTINS & BARRA et al, 2007).

Assim, para ou autores acima, é impossível dar significado à palavra “velho”

fora de um contexto cultural e histórico.

Para Vidmar & Potulski et al, ( 2011) a forma pela qual a pessoa envelhece

não depende apenas da sua constituição genética, mas também da vida que leva.

Algumas teorias propõem que o ritmo está associado à vitalidade que os

indivíduos trazem consigo ao nascer e a sua capacidade de mantê-la durante toda

vida (HEIKKINEN, 1998 apud VIDMAR & POTULSKI et al, 2011).

Apesar de ser dos menos preciso, o critério cronológico é um dos mais utilizados para estabelecer o ser idoso, até na delimitação da população de um determinado estudo, ou análise epidemiológica, ou com propósitos administrativos e legais voltados para desenho de políticas públicas e para o planejamento ou oferta de serviços (SANTOS, 2010).

A Organização Mundial de Saúde (World Health Organization -OMS) (2005)

considera o envelhecimento ativo um processo de otimização das oportunidades de

saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à

medida que as pessoas ficam mais velhas.

Envelhecimento Ativo segundo a OMS (2005) refere-se à participação

contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não

somente à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de

trabalho.

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2.2 Características do Envelhecimento

O processo de envelhecimento ocasiona alterações consideráveis no

individuo, no qual são destacados os aspectos físicos, psicológicos e sociais, que de

certa maneira um está relacionado com o outro e caminham juntos conforme afirma

Zanini et al (2003) citado por Miranda & Rabelo (2006), dentre os fatores físicos,

alterações em todos os órgãos e sistema do organismo, intracelulares, que

prejudicam não somente sua função como também sua multiplicação (MIRANDA &

RABELO, 2006).

Acerca do processo de envelhecer percebe-se que ao rejeitar a morte como

rejeita, recusando-a com todas as suas forças, o ser humano tende a rejeitar

também a velhice, talvez por esta fase da vida ser a que mais se aproxima da morte

e assim, torna a velhice (SANTOS, 2010).

Para Passerino & Pasqualotti (2006), o envelhecimento humano

compreende todos os processos de transformação do organismo, tanto físicos

quanto psicológicos e sociais, envolvendo, principalmente, papéis sociais

desempenhados pelos indivíduos.

Conforme Vale (2004) à medida que aumenta a idade cronológica, as

pessoas tornam-se menos ativas e a sua capacidade funcional diminui, contribuindo

para que a sua independência seja reduzida.

Segundo Hayflick (1996) apud Miranda & Rabelo (2006), o ritmo de perda de

fibras musculares nos seres humanos se acelera, dos vinte aos sessenta anos, o

que os torna mais fracos, diminuindo a capacidade aeróbica cerca de 1% ao ano.

Conforme Vidma & Potulski (2011) a forma pela qual a pessoa envelhece

não depende apenas da sua constituição genética, mas também da vida que leva.

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Algumas teorias propõem que o ritmo está associado à vitalidade que os

indivíduos trazem consigo ao nascer e a sua capacidade de mantê-la durante toda

vida (HEIKKINEN, 1998 apud VIDMA & POTULSKI 2011).

Spirduso et al., (2005) os aspectos biológicos são constituídos,

principalmente, pelas alterações negativas no sistema cardiovascular, respiratório e

neuromuscular e, na composição corporal, que por sua vez, diminuem as

capacidades físicas, podendo comprometer a performance das atividades da vida

diária (SPIRDUSO, 1995; MOREY ET AL. APUD ROCHA, 2009).

As modificações biológicas, como aparecimento de rugas, cabelos brancos e

outras; as fisiológicas, relacionadas às alterações das funções orgânicas; as

bioquímicas, ligadas às transformações das reações químicas que se processam no

organismo (SANTOS 2010).

De acordo com Wagorn et al. (1991) apud Miranda & Rabelo (2006), o

envelhecimento causa no sistema cardiovascular as seguintes alterações:

diminuição do número de batimentos Cardíacos em repouso; um rápido aumento

dos batimentos cardíacos durante a atividade física; um aumento da pressão arterial;

respiração mais curta; decréscimo na função de alguns órgãos, entre outros.

A partir dos 40 anos, a estatura começa a se reduzir em torno de um centímetro por década – isso se deve à redução dos arcos plantares, ao aumento da curvatura da coluna vertebral, à redução do volume dos discos intervertebrais, o que, por sua vez, ocorre porque o volume de água do corpo diminui através de perda intracelular (SILVEIRA &PASQUALOTTI, 2010).

Conforme Okuma, 2002 apud Miranda & Rabelo (2006) o processo de

envelhecimento ocasiona uma diminuição da capacidade aeróbia máxima, um dos

componentes da aptidão física relacionada à saúde.

Santos (2010) destaca que as modificações psicológicas ocorrem quando,

ao envelhecer, o ser humano precisa adaptar-se a cada situação nova do seu

cotidiano.

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Wagorn et al.(1991) apud Miranda & Rabelo (2006) o envelhecimento causa

no sistema cardiovascular as seguintes alterações: diminuição do número de

batimentos cardíacos em repouso; um rápido aumento dos batimentos cardíacos

durante a atividade física; um aumento da pressão arterial; respiração mais curta;

decréscimo na função de alguns órgãos, entre outros.

Matsudo (2002) diz que em relação ao envelhecimento existem mudanças principalmente na estatura, no peso e na composição corporal. Muitas mudanças físicas que ocorrem com a idade afetam a aparência, ganho de gordura generalizado, perda dos músculos, perda da estatura, má postura, pele seca, renovação mais lenta das células lubrificantes, pele pálida devido à perda de pigmentos da pele, manchas na pele muito exposta ao sol, os vasos sanguíneos se tornam mais evidentes devido ao afinamento da pele e outras no sistema funcional (VERDERI, 2004, pg 32).

Segundo Santos (2010) percebe as modificações sociais quando as relações

sociais tornam-se alteradas em função da diminuição da produtividade e,

principalmente, do poder físico e econômico, sendo a alteração social mais evidente

em países de economia capitalista.

Para Velardi (2003) a imagem negativa do envelhecimento associada às

perdas fisiológicas, psicológicas e sociais, que é predominante na sociedade

brasileira contemporânea, pode provocar a diminuição ou o enfraquecimento da

autonomia e isso pode diminuir a saúde e a qualidade de vida percebida.

Silveira & Pasqualotti (2010, p. 54) destacam que, acontecem lentamente

com o passar de décadas devido a alguns fatores, como os patológicos, os

traumáticos ou os degenerativos, ou ainda decorrentes de alterações

musculoesqueléticas e neurológicas primárias.

As mudanças decorrentes do avanço da idade manifestam-se principalmente no plano sagital e incluem algumas características, como o aumento da curvatura cifótica da coluna torácica, a diminuição da lordose lombar, o aumento do ângulo de flexão do joelho, o deslocamento da articulação coxofemoral para trás e a inclinação do tronco para diante, acima dos quadris (KENDALL , 1995 apud SILVEIRA & PASQUALOTTI, 2010, pg. 55).

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2.3. População Idosa

Em 2025, existirá um total de aproximadamente 1,2 bilhões de pessoas com

mais de 60 anos. Até 2050 haverá dois bilhões, sendo 80% nos países em

desenvolvimento (OMS, 2005) vide gráfico a seguir:

Figura 1 Piramide da população Mundial em 2002 e em 2025

Fonte: Nações Unidas (2001 apud OMS 2005).

Projeção a partir dos dados do Censo Demográfico de 1980, a população

idosa, composta por pessoas de 60 anos ou mais, alcançou a marca dos 12.674

milhões em 1999 e representa 7,7% da população brasileira 2 , assim distribuída

pelos seguintes grupos de idade ( ARAÚJO & ALVES, 2000).

Em 1997, segundo o IBGE (1997) 55% dos idosos declararam um estado de

saúde regular ou ruim (comparando com os 19,4% declarados pelo total da

população).

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Havia pouca diferença entre homens e mulheres, mas a proporção de idosos

pretos e pardos que declararam um estado de saúde regular ou ruim (60,8% e

68,1%, respectivamente) era mais elevada do que a dos brancos (48,6%) (ARAÚJO

& ALVES, 2000).

Conforme os indivíduos envelhecem, as doenças não-transmissíveis (DNTs)

transformam-se nas principais causas de morbidade, incapacidade e mortalidade em

todas as regiões do mundo, inclusive nos países em desenvolvimento, como mostra

a figura 2 (OMS, 2005).

Figura 2 Principais causas de carga de doenças em ambos os sexos 1998

Segundo projeções populacionais baseada no Censo de 2010 divulgadas

pelo IBGE o número de brasileiros acima de 65 anos deve praticamente quadruplicar

até 2060. A população com essa faixa etária deve passar de 14,9 milhões (7,4% do

total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060. A expectativa média

de vida do brasileiro deve aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos. (Jornal BBC

Brasil, 2013).

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo buscou

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Page 28: IDOSO PUBLICADO

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