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INFORMATIVOS TST esquematizados INFORMATIVO TST nº. 74 Período: 25 de fevereiro a 5 de março de 2014. por RAPHAEL MIZIARA DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO No recurso interposto via e-DOC a ausência das folhas que trazem a identificação e a assinatura do advogado não é causa de irregularidade. No peticionamento eletrônico (e-DOC) o próprio sistema atesta a assinatura digital, de modo que não pode ser tido por inexistente ou apócrifo o recurso em que ausentes as folhas que normalmente trazem a identificação e assinatura do advogado (folha de rosto e última lauda). Ainda, a ausência dessas folhas não impede o conhecimento do recurso se da sua leitura for possível identificar os vícios que a parte indica. Comentários Assinatura digital A lei considerou a assinatura digital uma espécie de assinatura eletrônica. Assinatura digital: assinatura em meio eletrônico, que permite aferir a origem e a integridade do documento, baseada em certificado digital, padrão ICP-Brasil, tipo A-3 ou A-4, emitido por Autoridade Certificadora, na forma de lei específica. (art. 3º, I, da Resolução n. 94/2012 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que institui o Sistema Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho PJe-JT). Assim, a validade dos documentos emitidos para fins de prática de atos processuais está condicionada à oposição de assinatura eletrônica. Cabe à parte zelar pela fiel transmissão dos dados enviados por documento eletrônico. Desse modo, por exemplo, não se conhecerá de um recurso em não havendo a identificação da assinatura eletrônica, devidamente cadastrada no sistema, correspondente à do advogado que assina as razões recursais. Ausência de folhas que normalmente trazem a identificação e assinatura do advogado (folha de rosto e última lauda) - Efeitos Foi justamente dessa hipótese que cuidou o julgado ora comentado. A 2ª Turma do TST decidiu que (decisão posteriormente reformada): EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO DE REVISTA. APELO INEXISTENTE. Não se conhece dos embargos de declaração quando são opostos de forma incompleta e, ainda, apócrifo. Embargos de declaração não conhecidos.

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INFORMATIVOS TST esquematizados

INFORMATIVO TST nº. 74 Período: 25 de fevereiro a 5 de março de 2014.

por RAPHAEL MIZIARA

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO No recurso interposto via e-DOC a ausência das folhas que trazem a identificação e a

assinatura do advogado não é causa de irregularidade.

No peticionamento eletrônico (e-DOC) o próprio sistema atesta a assinatura digital, de

modo que não pode ser tido por inexistente ou apócrifo o recurso em que ausentes as

folhas que normalmente trazem a identificação e assinatura do advogado (folha de

rosto e última lauda). Ainda, a ausência dessas folhas não impede o conhecimento do

recurso se da sua leitura for possível identificar os vícios que a parte indica.

Comentários

Assinatura digital A lei considerou a assinatura digital uma espécie de assinatura eletrônica. Assinatura digital: assinatura em meio eletrônico, que permite aferir a origem e a integridade do documento, baseada em certificado digital, padrão ICP-Brasil, tipo A-3 ou A-4, emitido por Autoridade Certificadora, na forma de lei específica. (art. 3º, I, da Resolução n. 94/2012 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que institui o Sistema Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho – PJe-JT). Assim, a validade dos documentos emitidos para fins de prática de atos processuais está condicionada à oposição de assinatura eletrônica. Cabe à parte zelar pela fiel transmissão dos dados enviados por documento eletrônico. Desse modo, por exemplo, não se conhecerá de um recurso em não havendo a identificação da assinatura eletrônica, devidamente cadastrada no sistema, correspondente à do advogado que assina as razões recursais. Ausência de folhas que normalmente trazem a identificação e assinatura do advogado (folha de rosto e última lauda) - Efeitos Foi justamente dessa hipótese que cuidou o julgado ora comentado. A 2ª Turma do TST decidiu que (decisão posteriormente reformada):

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO DE REVISTA. APELO INEXISTENTE. Não se conhece dos embargos de declaração quando são opostos de forma incompleta e, ainda, apócrifo. Embargos de declaração não conhecidos.

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Esse foi o posicionamento turmário. O embargante, diante dessa decisão, opôs embargos de divergência à SBDI-1 do TST, que por sua vez assim entendeu:

No peticionamento eletrônico (e-DOC) o próprio sistema atesta a assinatura digital, de modo que não pode ser tido por inexistente ou apócrifo o recurso em que ausentes as folhas que normalmente trazem a identificação e assinatura do advogado (folha de rosto e última lauda). Outrossim, a ausência dessas folhas não impede o conhecimento do recurso se da sua leitura for possível identificar os vícios que a parte indica.

Como dito, o que importa para a validade do ato é a identificação da assinatura eletrônica, de modo que, ainda que ausente a folha de rosto ou a última folha da petição o ato deve ser considerado válido, caso se possa identificar a assinatura eletrônica, que é atestada pelo próprio sistema. No caso tratado, o sistema e-doc do TST reconheceu a petição como dirigida ao TST, no processo referido, bem como o advogado responsável pela assinatura digital. Ademais, a ausência das folhas citadas no acórdão embargado não prejudicou a compreensão da controvérsia trazida no bojo do recurso não conhecido. Portanto, observado efetivamente que o ato em si se concretizou e foi possível a identificação da assinatura digital, não há como se acolher a tese da invalidade. Trata-se da aplicação do princípio da instrumentalidade das formas, pelo qual nenhuma nulidade seja declarada sem que exista um efetivo prejuízo.

Súmulas

Súmula 383 do TST. Mandato. Arts. 13 e 17 do CPC. Fase Recursal. Inaplicabilidade. [...] II - Inadmissível na fase recursal a regularização da representação processual, na forma do art. 13 do CPC, cuja aplicação se restringe ao Juízo de 1º grau.

OJ’s Não há OJ’s relacionadas diretamente

Referências

legislativas Lei 11.419/06, em especial os artigos 1º a 13.

Processo TST-E-ED-RR-177500-51.2005.5.01.0058, SBDI-I, rel. Min. Alexandre de

Souza Agra Belmonte, 27.2.2014.

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Comprovação da divergência jurisprudencial e precedente em descompasso com os

requisitos da Súmula 337, I, a e IV, c, doTST. Impossibilidade.

Na hipótese em que o aresto trazido à cotejo não preenche os requisitos da Súmula

nº 337, itens I, “a” e IV, “c”, do TST, não é possível conhecer dos embargos por

divergência jurisprudencial com as ementas transcritas no corpo do precedente

apresentado ao confronto que estejam de acordo com os preceitos da referida

súmula.

Comentários

O recurso de embargos de divergência no processo do trabalho Objeto: uniformizar a interpretação da legislação da competência do TST no âmbito da SDI, que julga os recursos referentes aos conflitos individuais

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trabalhistas. Não se trata de recurso que tem por objeto reapreciação de matéria fática, uma vez que seu objeto é a uniformização da jurisprudência interna do TST (SCHIAVI, 2014). Cabimento: art. 894, II, da CLT. ATENÇÃO: não cabem embargos de divergência se:

a) a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do TST ou do STF; b) se a divergência for na mesma turma do TST.

Por outro lado, conforme a doutrina de Carlos Henrique Bezerra Leite (in Curso de Direito Processual do Trabalho, 10. ed. 2012, p. 884), pela interpretação sistemática do art. 894, II, da CLT e de normas previstas no Regimento Interno do TST, os embargos de divergência são cabíveis das decisões:

a) divergentes entre a SBDI-1 e SBDI-2 a respeito de aplicação de norma prevista em lei federal ou na Constituição; b) divergentes entre duas ou mais Turmas; c) de uma ou mais Turmas que divergirem das decisões da SDI; d) de uma ou mais Turmas que divergirem de OJ (da SDI ou SDC); e) de uma ou mais Turmas que divergirem de Súmula do TST.

Recurso de Revista x Embargos de Divergência Ambos têm natureza extraordinária. Ambos objetivam a uniformização de jurisprudência. No entanto, o objetivo da Revista é uniformizar a jurisprudência, superando-as entre os Tribunais Regionais, enquanto o objetivo dos embargos de divergência reside na uniformização jurisprudencial interna no âmbito do TST (LEITE, 2012). Como é feita a comprovação da divergência jurisprudencial? É feita na forma da Súmula 337 do TST, sendo que há rigoroso exame desse pressuposto intrínseco de admissibilidade. No caso julgado, o embargante transcreveu um único aresto e sem indicar a fonte de publicação, em desatenção ao disposto na Súmula 337, itens I, alínea “a”, e IV, alínea “c”, do TST. No caso comentado, o embargante deixou de citar a fonte de publicação e, além disso, não apontou qual das ementas (dentro do acórdão transcrito) seria a divergente, para fins de cotejo.

Súmulas

SUM-337 COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. RECURSOS DE REVISTA E DE EMBARGOS I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário que o recorrente.

a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte oficial

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ou o repositório autorizado em que foi publicado; e b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso.

II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. III – A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de aresto paradigma é inválida para comprovação de divergência jurisprudencial, nos termos do item I, “a”, desta súmula, quando a parte pretende demonstrar o conflito de teses mediante a transcrição de trechos que integram a fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se publicam o dispositivo e a ementa dos acórdãos. IV – É válida para a comprovação da divergência jurisprudencial justificadora do recurso a indicação de aresto extraído de repositório oficial na internet, desde que o recorrente:

a) transcreva o trecho divergente; b) aponte o sítio de onde foi extraído; e c) decline o número do processo, o órgão prolator do acórdão e a data da respectiva publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho.

OJ’s Não há OJ relacionada diretamente ao caso julgado.

Referências legislativas

Art. 894, II, da CLT. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: [...] II - das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal.

Processo TST-E-ED-RR-39400-88.2009.5.03.0004, SBDI-I, rel. Min. Brito Pereira, 27.2.2014.

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

É incabível MS para atacar atos judiciais praticados em diferentes processos, com distinto

teor e autoridades coatoras diversas.

Dada a natureza especial do mandado de segurança, que requer apreciação

individualizada do ato coator, é incabível a impetração de um único mandamus para

atacar atos judiciais praticados em processos diferentes, com distinto teor e

autoridades coatoras diversas.

Comentários No caso, foi ajuizada, no TRT da 6ª Região, ação mandamental por Guardiões Vigilância Ltda. e Linaldo Pereira, contra decisões da 1ª, 2ª, 3ª, 5ª, 7ª, 9ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª Varas do Trabalho do Recife/PE e da 1ª Vara do Trabalho de Ipojuca/PE, proferidas nos autos de diversas reclamações trabalhistas em que consta como parte a empresa Rio Forte Serviços Técnicos S.A., e que incluíram os impetrantes no cadastro do Banco Nacional de Devedores Trabalhistas – BNDT. Inicialmente o mandamus foi extinto (art. 269, IV, do CPC) em razão do reconhecimento da decadência, em decisão monocrática proferida pelo ilustre processualista Sérgio Torres Teixeira. Diante da decisão do TRT da 6ª Região, os impetrantes interpuseram recurso ordinário.

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No TST o MS não prosperou. Os impetrantes formularam pedido genérico direcionado a diversos juízos, o que, salvo as hipóteses descritas nos incisos do art. 286 do CPC, é vedado pelo sistema processual, mormente no caso de mandado de segurança em que é necessária a demonstração, através de prova pré-constituída, da ilegalidade ou abusividade do ato coator específico, ou seja, é imprescindível a indicação específica da decisão impugnada e os autos correspondentes. Com efeito, não é possível em um único mandado de segurança a cumulação de atos judiciais atacados emanados de processos distintos, por autoridades distintas, em que serão atingidas todas as partes das reclamações trabalhistas originárias - que, inclusive, devem figurar no polo passivo da ação mandamental como litisconsortes necessários. Dada a natureza especial do mandado de segurança, o ato coator deve ser apreciado de forma individualizada. Assim, além de desbordar dos requisitos exigidos na lei do mandado de segurança, a inusitada situação dos autos atrai, por analogia, a compreensão depositada na OJ n. 144 da SBDI-2 do TST.

Súmulas Não há súmulas aplicáveis diretamente à decisão em comento.

OJ’s

OJ 144 SDI-1 TST. MANDADO DE SEGURANÇA. PROIBIÇÃO DE PRÁTICA DE ATOS FUTUROS. SENTENÇA GENÉRICA. EVENTO FUTURO. INCABÍVEL. O mandado de segurança não se presta à obtenção de uma sentença genérica, aplicável a eventos futuros, cuja ocorrência é incerta.

Referências legislativas

Art. 286 do CPC. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico: I – nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados; II – quando não for possível determinar, de modo definitivo, as consequências do ato ou fato ilícito; III – quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. Lei n. 12.016/09.

Processo TST-RO-395-82.2012.5.06.0000, SBDI-II, rel. Min. Hugo Carlos Scheuermann, 25.2.2014.

DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO

As horas extras devidas ao bancário não podem ser compensadas com a gratificação de

função quando ausente o efetivo exercício da função de confiança.

Descaracterizado o exercício da função de confiança (art. 224, § 2º, da CLT), pois

reconhecida que a percepção da gratificação visava apenas remunerar a maior

responsabilidade do cargo. Assim, a determinação de compensação das horas

extraordinárias devidas (7ª e 8ª) com o valor da gratificação de função percebida

contraria a Súmula nº 109 do TST.

Comentários

Breve esquema sobre o bancário:

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EMPREGADO JORNADA DURAÇÃO INTERVALO OBSERVAÇÕES

BANCÁRIO – art. 224 da

CLT

a) 6hr contínuas nos dias úteis b) com exceção dos sábados (sábado = dia útil não trabalhado) c) jornada de trabalho entre 7:00 e 22:00

30h semanais

De 15 minutos para alimentação, que não são computados na jornada de até seis horas (OJ n. 178 da SBDI-1)

Estas regras não se aplicam aos que exercem: - funções de direção, fiscalização - chefia ou equivalente - ou que desempenham outros cargos de confiança - e desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo.

Para que o gerente bancário se enquadre no art. 224, §2º, da CLT e, por consequência, tenha jornada de 8 horas, é necessário que preencha dois requisitos cumulativos: a) função de chefia/confiança + b) gratificação não inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo Caso ausente qualquer dos requisitos o empregado não terá a jornada de oito horas e se receber a gratificação superior não há possibilidade de compensação entre a gratificação e o valor das horas extras prestadas, pois essas parcelas têm natureza diversa, conforme previsto na Súmula 109 do TST. A função de confiança e o ônus da prova a seu respeito Quando as atividades exercidas pelo obreiro delineiam-se meramente técnicas, sem subordinados, sem maiores poderes ou responsabilidades que requeiram grau maior de fidúcia, visto que somente se ativando em áreas burocráticas, de simples apoio administrativo, assim como receber os documentos protocolados, consequentemente destituído de cunho decisório e sem acesso a segredos empresariais. O encargo de demonstrar o exercício do cargo de confiança pertence ao banco, pois se trata de fato impeditivo do direito à percepção de horas extras (artigo 818 da CLT c/c artigo 333, inciso II, do CPC), uma vez que a jornada normal dos empregados de estabelecimentos bancários é, repito, de 6 (seis) horas.

Súmulas

Súmula 109 do TST. Gratificação de Função. O bancário não enquadrado no

§2º do art. 224 da CLT, que receba gratificação de função, não pode ter o salário

relativo a horas extraordinárias compensado com o valor daquela vantagem.

OJ’s

OJ Transitória n. 70 da SDI-1 do TST. 70. Caixa Econômica Federal Bancário.

Plano de Cargos em comissão. Opção pela jornada de oito horas. Ineficácia.

Exercício de funções meramente técnicas. Não caracterização de exercício

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de função de confiança.

Ausente a fidúcia especial a que alude o art. 224, § 2º, da CLT, é ineficaz a

adesão do empregado à jornada de oito horas constante do Plano de Cargos em

Comissão da Caixa Econômica Federal, o que importa no retorno à jornada de

seis horas, sendo devidas como extras a sétima e a oitava horas laboradas. A

diferença de gratificação de função recebida em face da adesão ineficaz poderá

ser compensada com as horas extraordinárias prestadas.

Referências

legislativas

Art. 224, §2º, da CLT. A duração normal do trabalho dos empregados em

bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas

contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30

(trinta) horas de trabalho por semana.

§1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará

compreendida entre 7(sete) e 22(vinte e duas) horas, assegurando-se ao

empregado, no horário diário, um intervalo de 15(quinze) minutos para

alimentação.

§2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem

funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que

desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da

gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo.

Processo TST-E-ED-ED-RR-25-27.2010.5.10.0012, SBDI-I, rel. Min. Brito Pereira, red. p/

acórdão Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 27.2.2014.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Assinale verdadeiro (V) ou falso (F)

1 – As horas extras devidas ao bancário não podem ser compensadas com a gratificação de

função quando ausente o efetivo exercício da função de confiança. ( )

2 – A lei n. 11.419/2006, que dispõe sobre a informatização do processo judicial, aplica-se

indistintamente, aos processos civil, penal e trabalhista, bem como aos juizados especiais, em

qualquer grau de jurisdição. ( )

3 – No TST cabem embargos de divergência, no prazo de 8 (oito) dias, das decisões das Turmas

que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se a

decisão recorrida estiver em consonância com súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do

Supremo Tribunal Federal. ( )

4 – Segundo a jurisprudência sumulada do TST o bancário não enquadrado no §2º do art. 224 da

CLT, que receba gratificação de função, não pode ter o salário relativo a horas extraordinárias

compensado com o valor daquela vantagem. ( )

5 – O encargo de demonstrar o exercício do cargo de confiança pertence ao empregado, pois se

trata de fato constitutivo do direito à percepção de horas extras. ( )

Gabarito

1 - V 2 - V 3 - F 4 - V 5 - F