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istoegente.com.br R$ 9,90 25/abR/2012 ano 13 n° 659 PAES JULIANA FOTOS INÉDITAS NOS BASTIDORES DE GABRIELA CAROL CELICO: “QUANDO O HOMEM TRAI É SINAL DE QUE SUA MULHER FALHOU”, DIZ A MULHER DE KAKÁ IVETE SANGALO AVISA QUE NOVO FILHO VIRÁ “DE SURPRESA” “O MARIDÃO ME ACHOU MAIS BONITA. MAS ELE NÃO QUER VER AS CENAS DE SEXO” “MEU FILHO NÃO ME RECONHECEU” “SÔNIA BRAGA ME DISSE QUE TENHO GABRIELA NA ESSÊNCIA” Histórias do sertão e o relax da atriz nas gravações do remake da novela inspirada no romance de Jorge Amado 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 9 5 6 0 0 ISSN 1516 -8204 SEMPRE AOS SÁBADOS! EXCLUSIVO GIANE EM PARIS! “MAIS DO QUE NUNCA MEUS OLHOS PROCURAM COISAS BELAS"

ISTOÉ GENTE 659

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ISTOÉ GENTE 659, Juliana Paes

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Page 1: ISTOÉ GENTE 659

istoegente.com.br

R$ 9,90

25/abR/2012ano 13 n° 659

PAESJULIANA

FOTOS INÉDITAS

NOS BASTIDORES DE

GABRIELA

Carol CeliCo:“Quando o homem trai

é sinal de Que sua mulher falhou”,

diz a mulher de KaKá

ivete Sangalo avisa Que novo

filho virá “de surpresa”

“o maridão me achou mais bonita. mas ele não Quer ver as CenaS de Sexo”

“meu filho não me reconheceu”

“SÔnia Braga me disse Que tenho Gabriela na eSSênCia”

Histórias do sertão e o relax da atriz nas gravações do remake da novela inspirada no romance de Jorge Amado

9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 95600

I S S N 1 5 1 6 - 8 2 0 4

Sempre

aoS sábados!

exCluSivogiane EM PARIS!

“mais do Que nunca meus olhos procuram

coisas belas"

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Capa

• Para viver Gabriela, a célebre personagem criada por Jorge Amado, Juliana Paes viajou para o sertão nordestino dois dias antes da equipe. “Tive meus momentos no sertão. Fi-quei numa casa local, para sentir como é viver sem energia elétrica, sentindo a paisagem”, lembra a atriz. “Gabriela é uma mulher do sertão. Eu precisava internalizar tudo aquilo.” Prestes a viver uma das mais marcantes per-sonagens da tevê brasileira – a novela estreia em junho –, Juliana conta, a seguir, segredos e curiosidades dos 15 dias que a equipe passou no sertão. E fala, ainda, da saudade que sentiu do filho – Pedro, de 1 ano e 4 meses – e que o marido – Carlos Eduardo Baptista – a achou ainda mais linda quando ela voltou da Bahia. Mas, para evitar incômodos, ele não vai ver as cenas mais quentes de Juliana na pele da fo-gosa Gabriela. Ao que tudo indica, esse traba-lho da atriz vai dar o que falar. Quem garante é o autor do remake, Walcyr Carrasco: “Julia-na é muito mais do que a gente imaginava. A dedicação dela é impressionante. Vai ser uma Gabriela inesquecível”. Alguém duvida?

25/4/2012 | 23

A cAsA de GAbrielA

No meio da Caatinga, no sertão de Juazeiro, na Bahia, a casa do caseiro de uma fazenda do povoado de Junco do Salitre serviu de cenário para a humilde residência de Gabriela. “É a casa que a personagem abandona, com o tio, e sai na caminhada rumo a Ilhéus. Foi bom ter tido essa casinha de verdade. Tirei fotos da casa para meu arquivo pessoal. Guardei. É uma memória emotiva da personagem. É um abandono mesmo, abandonar o teto”, conta Juliana. Alugada pela produção da Globo, a casa original teve algumas paredes quebradas pela equipe de cenografia da produção. Tudo para deixar o lugar com ares ainda mais rústicos e modestos. Depois, tudo foi devidamente consertado. “A casa era bem pequena, feita de pau a pique. Hoje, não mora mais ninguém lá.”

A morte dA mulA

Depois de enfrentar três horas dentro de uma van sacolejando numa estrada de terra, Juliana Paes e o elenco chegavam à Serra das Confusões, no Piauí. Na cena, a mula que acompanha Gabriela em algumas cenas morre. Para fazer o animal parecer morto, um veterinário contratado pela equipe deu injeções de tranquilizantes na mula. “Eu fiquei morrendo de dó. Tive uma crise de choro e borrei toda a maquiagem”, diz Juliana. No momento em que o bicho sucumbe ao tempo árido e morre, Gabriela e o resto dos retirantes seguem carregando os objetos que estavam no lombo do animal. Para tornar a morte cenográfica ainda mais real, entrou em cena um urubu, que permaneceu quieto ao lado da mula. “É triste ver um animal tentando sobreviver. Diante de tudo aquilo, não me aguentei e caí no choro”, lembra a atriz.

como nuncaGabriela

Foto

s Este

vam

Ave

llar /

TV

Glob

o

Ela não nasceu assim. Não cresceu assim. Não foi sempre assim. Mas ao encarnar a personagem de Jorge Amado, JuliANA PAEs ficou ainda mais linda, despojada, espirituosa. E conta, com exclusividade à Gente, segredos e histórias dos bastidores da regravação de Gabriela e que seu marido já avisou que não vai ver as cenas de sexo da tramaPOR BRUNA NARCIZO

“Tirei fotos da casa que Gabriela abandona e guardei. Foi bom ter

tido essa casinha de verdade ”Juliana Paes

Cena da morte da mula: “Tive uma crise de choro e borrei toda maquiagem. É

triste ver um animal tentando sobreviver”, conta a atriz

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Capa

• Para viver Gabriela, a célebre personagem criada por Jorge Amado, Juliana Paes viajou para o sertão nordestino dois dias antes da equipe. “Tive meus momentos no sertão. Fi-quei numa casa local, para sentir como é viver sem energia elétrica, sentindo a paisagem”, lembra a atriz. “Gabriela é uma mulher do sertão. Eu precisava internalizar tudo aquilo.” Prestes a viver uma das mais marcantes per-sonagens da tevê brasileira – a novela estreia em junho –, Juliana conta, a seguir, segredos e curiosidades dos 15 dias que a equipe passou no sertão. E fala, ainda, da saudade que sentiu do filho – Pedro, de 1 ano e 4 meses – e que o marido – Carlos Eduardo Baptista – a achou ainda mais linda quando ela voltou da Bahia. Mas, para evitar incômodos, ele não vai ver as cenas mais quentes de Juliana na pele da fo-gosa Gabriela. Ao que tudo indica, esse traba-lho da atriz vai dar o que falar. Quem garante é o autor do remake, Walcyr Carrasco: “Julia-na é muito mais do que a gente imaginava. A dedicação dela é impressionante. Vai ser uma Gabriela inesquecível”. Alguém duvida?

25/4/2012 | 23

A cAsA de GAbrielA

No meio da Caatinga, no sertão de Juazeiro, na Bahia, a casa do caseiro de uma fazenda do povoado de Junco do Salitre serviu de cenário para a humilde residência de Gabriela. “É a casa que a personagem abandona, com o tio, e sai na caminhada rumo a Ilhéus. Foi bom ter tido essa casinha de verdade. Tirei fotos da casa para meu arquivo pessoal. Guardei. É uma memória emotiva da personagem. É um abandono mesmo, abandonar o teto”, conta Juliana. Alugada pela produção da Globo, a casa original teve algumas paredes quebradas pela equipe de cenografia da produção. Tudo para deixar o lugar com ares ainda mais rústicos e modestos. Depois, tudo foi devidamente consertado. “A casa era bem pequena, feita de pau a pique. Hoje, não mora mais ninguém lá.”

A morte dA mulA

Depois de enfrentar três horas dentro de uma van sacolejando numa estrada de terra, Juliana Paes e o elenco chegavam à Serra das Confusões, no Piauí. Na cena, a mula que acompanha Gabriela em algumas cenas morre. Para fazer o animal parecer morto, um veterinário contratado pela equipe deu injeções de tranquilizantes na mula. “Eu fiquei morrendo de dó. Tive uma crise de choro e borrei toda a maquiagem”, diz Juliana. No momento em que o bicho sucumbe ao tempo árido e morre, Gabriela e o resto dos retirantes seguem carregando os objetos que estavam no lombo do animal. Para tornar a morte cenográfica ainda mais real, entrou em cena um urubu, que permaneceu quieto ao lado da mula. “É triste ver um animal tentando sobreviver. Diante de tudo aquilo, não me aguentei e caí no choro”, lembra a atriz.

como nuncaGabriela

Foto

s Este

vam

Ave

llar /

TV

Glob

o

Ela não nasceu assim. Não cresceu assim. Não foi sempre assim. Mas ao encarnar a personagem de Jorge Amado, JuliANA PAEs ficou ainda mais linda, despojada, espirituosa. E conta, com exclusividade à Gente, segredos e histórias dos bastidores da regravação de Gabriela e que seu marido já avisou que não vai ver as cenas de sexo da tramaPOR BRUNA NARCIZO

“Tirei fotos da casa que Gabriela abandona e guardei. Foi bom ter

tido essa casinha de verdade ”Juliana Paes

Cena da morte da mula: “Tive uma crise de choro e borrei toda maquiagem. É

triste ver um animal tentando sobreviver”, conta a atriz

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“Não eram vestidos. Eram uma arquitetura, peças de arte, esculturas”, diz Julia

sobre o figurino de sua personagem

Capa

lAmento sertAnejo

No sertão da Bahia, Juliana Paes conheceu a simpática dona Valderez, uma cantora popular muito conhecida e querida na região. “Ela gosta de cantigas do folclore do cancioneiro popular. Tem uma cantiga da borboletinha que ela me deu pra tocar quando estou cozinhando”, conta a atriz. Segundo Juliana, dona Valderez tem uma voz que toca a alma. A atriz gostou tanto que até gravou no iPhone uma das cantigas que aprendeu com a baiana. “Ela me dizia: ‘No finalzinho da música, não precisa esticar muito não, porque a gente não é cantora profissional”, recorda Juliana. Esta foto foi uma promessa da atriz para dona Valderez. “Eu não podia mais tirar foto caracterizada de Gabriela, porque tivemos problemas de vazamento de imagens. Mas ela estava louca por uma foto. Daí, eu fiz e vou mandar para ela. É uma questão de honra.”

A vidA nAs fAzendAs

Numa fazenda de cacau em Ilhéus, chamada Renascer, que também serviu de cenário para a novela homônima em 1993, Mateus Solano teve a sua maquiagem retocada pela supervisora de caracterização, Juliana Mendonça. O carro da década de 1920, alugado pela produção de arte, e os figurinos datam a história, que se passa no início do século 20. “Ficamos sem acesso a internet, sem tevê, e-mail, telefone, nada. Quando voltei para o Rio de Janeiro (onde ela mora), fiquei com saudades da vida simples e do jeito manso daquela região do Brasil”, diz Juliana Paes.

AmiGos em cenA

Os atores Mateus Solano e Nelson Xavier e o diretor Mauro Mendonça Filho

aproveitaram uma folga nas gravações para registrar esta

foto. Para aplacar o forte calor que fazia na fazenda

Renascer, em Ilhéus, o diretor optou por um

figurino leve: camiseta e boné. Já os atores não

tinham essa opção: seus personagens precisavam

estar devidamente caracterizados com roupas

de época, como coletes, paletó e até gravata.

“Dona Valderez tem uma voz que toca a alma. Tem uma cantiga que ela me deu pra tocar quando estou cozinhando ”

Juliana e dona Valderez, cantora popular da região. Suas cantigas foram para o iPhone da atriz

Mateus Solano, Nelson Xavier e Mauro Mendonça Filho: momento de folga e muito calor

Em Ilhéus, Solano retoca a maquiagem. “Ficamos sem internet, tevê, telefone. Quando voltei, fiquei com saudade da vida simples”, conta Juliana Paes

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“Não eram vestidos. Eram uma arquitetura, peças de arte, esculturas”, diz Julia

sobre o figurino de sua personagem

Capa

lAmento sertAnejo

No sertão da Bahia, Juliana Paes conheceu a simpática dona Valderez, uma cantora popular muito conhecida e querida na região. “Ela gosta de cantigas do folclore do cancioneiro popular. Tem uma cantiga da borboletinha que ela me deu pra tocar quando estou cozinhando”, conta a atriz. Segundo Juliana, dona Valderez tem uma voz que toca a alma. A atriz gostou tanto que até gravou no iPhone uma das cantigas que aprendeu com a baiana. “Ela me dizia: ‘No finalzinho da música, não precisa esticar muito não, porque a gente não é cantora profissional”, recorda Juliana. Esta foto foi uma promessa da atriz para dona Valderez. “Eu não podia mais tirar foto caracterizada de Gabriela, porque tivemos problemas de vazamento de imagens. Mas ela estava louca por uma foto. Daí, eu fiz e vou mandar para ela. É uma questão de honra.”

A vidA nAs fAzendAs

Numa fazenda de cacau em Ilhéus, chamada Renascer, que também serviu de cenário para a novela homônima em 1993, Mateus Solano teve a sua maquiagem retocada pela supervisora de caracterização, Juliana Mendonça. O carro da década de 1920, alugado pela produção de arte, e os figurinos datam a história, que se passa no início do século 20. “Ficamos sem acesso a internet, sem tevê, e-mail, telefone, nada. Quando voltei para o Rio de Janeiro (onde ela mora), fiquei com saudades da vida simples e do jeito manso daquela região do Brasil”, diz Juliana Paes.

AmiGos em cenA

Os atores Mateus Solano e Nelson Xavier e o diretor Mauro Mendonça Filho

aproveitaram uma folga nas gravações para registrar esta

foto. Para aplacar o forte calor que fazia na fazenda

Renascer, em Ilhéus, o diretor optou por um

figurino leve: camiseta e boné. Já os atores não

tinham essa opção: seus personagens precisavam

estar devidamente caracterizados com roupas

de época, como coletes, paletó e até gravata.

“Dona Valderez tem uma voz que toca a alma. Tem uma cantiga que ela me deu pra tocar quando estou cozinhando ”

Juliana e dona Valderez, cantora popular da região. Suas cantigas foram para o iPhone da atriz

Mateus Solano, Nelson Xavier e Mauro Mendonça Filho: momento de folga e muito calor

Em Ilhéus, Solano retoca a maquiagem. “Ficamos sem internet, tevê, telefone. Quando voltei, fiquei com saudade da vida simples”, conta Juliana Paes

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Capa

cArrApAtos de GAbizinhA

Essa pequena cadela teve seus carrapatos arrancados

pela própria Juliana Paes. Certo dia, momentos antes

do início das gravações, a equipe foi surpreendida

pelos ganidos do animal, que sentia dores ao ter os parasitas arrancados pela

atriz. “Ela estava dentro da casa. Quando fui olhar as

patinhas, estavam cheias de carrapatos. Mas eu não

sabia que ela ia gritar tanto quando eu começasse a tirar

os bichos”, conta Juliana. “Todo mundo foi ver o que estava acontecendo (risos).

Mesmo assim, continuamos o serviço até não ter mais

nenhum carrapato na coitada. Depois disso,

começamos a chamá-la de ‘Gabizinha’. Tirei várias

fotos com ela.”

“Sexo é bom de se ver” Juliana Paes contou à Gente o que tem de Gabriela e como a personagem de Sônia Braga entrou na sua vida

• Até hoje Sônia Braga é mito, associada a Gabriela. Sabe que pode virar mito?• Juliana. Não pensei nisso. Mas não tenho essa pretensão. Nem vi a novela original, para não ficar tentada a imitar algo feito com tanta maestria. Mas tive uma conversa breve com a Sônia. Ela me parabenizou e disse: “Fica tran-quila. Você tem a Gabriela na sua essência”.

• Gabriela é sexy e natural. O que tem dela?• Sempre fui moleca. Sou sempre a que entra fazendo brincadeira e gritando. Tenho essa liberdade, esse jeito solto, despachado. Ga-briela é uma mulher livre. É uma grande ho-menagem que o Jorge Amado presta à mu-lher. Ela não abafa seus desejos.

• Voltou para casa mais fogosa após tantos dias vivendo o papel?• Não sei. O maridão falou que eu estava mais bonita. Mas voltei para casa um pouco mais conectada com a natureza.

• Pela faixa de horário (23h) e pela trama, cenas quentes vão ao ar. Como se preparou?• Para isso a gente não se prepara. A gente faz. O sexo é bom de se ver. Todo mundo tem uma parcela de voyeurismo. A gente quer ver o bo-nito, o lúdico. Sexo pode ter uma luz bonita, ter o cuidado dos corpos entrelaçados em cena.

• E seu marido? Está preparado para ver as cenas mais quentes?• Ele não vai ver. Ele me disse: “Não precisa, nega. Não entendo nada de televisão. Não posso nem te ajudar”.

Foi difícil ficar longe do seu filho (Pedro)? Quando ficava gravando, não sentia falta. A saudade batia no hotel, à noite. Depois de uma semana, ficou difícil. Nunca tinha ficado tanto tempo sem ele. O pior era sentir que estava perdendo alguma coisa. Nessa idade, cada se-mana é uma evolução. Quando o vi, depois de 11 dias, achei que ele estava diferente.

• Sua mãe o levou à Bahia. Como foi?• Enquanto gravava, minha mãe ia à praia com ele. Um dia, ele foi ao set, e não me reconheceu quando me viu como Gabriela. Quando sorri, ele falou “mamãe” e veio para o meu colo. Era gostoso ter o Pedro e minha mãe por perto. Sou agarrada à família. •

“Para isso (cenas de

sexo)a gente não se prepara.

A gente faz”

“Nunca tinha ficado tanto tempo sem o

Pedro. A saudade batia à noite. O pior

era sentir que estava perdendo

alguma coisa”

“Quando olhei as patinhas dela, estavam cheias de carrapatos. Mas não sabia que ia gritar tanto quando eu começasse a tirar os bichos”, conta Juliana, sobre a cadelinha que “adotou”

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Capa

cArrApAtos de GAbizinhA

Essa pequena cadela teve seus carrapatos arrancados

pela própria Juliana Paes. Certo dia, momentos antes

do início das gravações, a equipe foi surpreendida

pelos ganidos do animal, que sentia dores ao ter os parasitas arrancados pela

atriz. “Ela estava dentro da casa. Quando fui olhar as

patinhas, estavam cheias de carrapatos. Mas eu não

sabia que ela ia gritar tanto quando eu começasse a tirar

os bichos”, conta Juliana. “Todo mundo foi ver o que estava acontecendo (risos).

Mesmo assim, continuamos o serviço até não ter mais

nenhum carrapato na coitada. Depois disso,

começamos a chamá-la de ‘Gabizinha’. Tirei várias

fotos com ela.”

“Sexo é bom de se ver” Juliana Paes contou à Gente o que tem de Gabriela e como a personagem de Sônia Braga entrou na sua vida

• Até hoje Sônia Braga é mito, associada a Gabriela. Sabe que pode virar mito?• Juliana. Não pensei nisso. Mas não tenho essa pretensão. Nem vi a novela original, para não ficar tentada a imitar algo feito com tanta maestria. Mas tive uma conversa breve com a Sônia. Ela me parabenizou e disse: “Fica tran-quila. Você tem a Gabriela na sua essência”.

• Gabriela é sexy e natural. O que tem dela?• Sempre fui moleca. Sou sempre a que entra fazendo brincadeira e gritando. Tenho essa liberdade, esse jeito solto, despachado. Ga-briela é uma mulher livre. É uma grande ho-menagem que o Jorge Amado presta à mu-lher. Ela não abafa seus desejos.

• Voltou para casa mais fogosa após tantos dias vivendo o papel?• Não sei. O maridão falou que eu estava mais bonita. Mas voltei para casa um pouco mais conectada com a natureza.

• Pela faixa de horário (23h) e pela trama, cenas quentes vão ao ar. Como se preparou?• Para isso a gente não se prepara. A gente faz. O sexo é bom de se ver. Todo mundo tem uma parcela de voyeurismo. A gente quer ver o bo-nito, o lúdico. Sexo pode ter uma luz bonita, ter o cuidado dos corpos entrelaçados em cena.

• E seu marido? Está preparado para ver as cenas mais quentes?• Ele não vai ver. Ele me disse: “Não precisa, nega. Não entendo nada de televisão. Não posso nem te ajudar”.

Foi difícil ficar longe do seu filho (Pedro)? Quando ficava gravando, não sentia falta. A saudade batia no hotel, à noite. Depois de uma semana, ficou difícil. Nunca tinha ficado tanto tempo sem ele. O pior era sentir que estava perdendo alguma coisa. Nessa idade, cada se-mana é uma evolução. Quando o vi, depois de 11 dias, achei que ele estava diferente.

• Sua mãe o levou à Bahia. Como foi?• Enquanto gravava, minha mãe ia à praia com ele. Um dia, ele foi ao set, e não me reconheceu quando me viu como Gabriela. Quando sorri, ele falou “mamãe” e veio para o meu colo. Era gostoso ter o Pedro e minha mãe por perto. Sou agarrada à família. •

“Para isso (cenas de

sexo)a gente não se prepara.

A gente faz”

“Nunca tinha ficado tanto tempo sem o

Pedro. A saudade batia à noite. O pior

era sentir que estava perdendo

alguma coisa”

“Quando olhei as patinhas dela, estavam cheias de carrapatos. Mas não sabia que ia gritar tanto quando eu começasse a tirar os bichos”, conta Juliana, sobre a cadelinha que “adotou”

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Baleia no sertão?

Um dos animais mais simbólicos e necessários do sertão são as mulas. Resistentes ao clima seco e inclemente, elas carregam pessoas e cargas sobre o chão rachado da Caatinga. Apaixonada por animais, Juliana não resistiu aos bichos. “A mula gosta de carinho na cabeça, perto do focinho. Usamos várias mulas para interpretar apenas uma. A gente ficava mais cansado do que elas”, conta a atriz. Um dos animais recebeu da equipe o apelido de “baleia”. Era uma ironia. “É que uma delas era muito magrinha. Daí, demos esse nome a ela. As outras mulas eram muito parecidas. Não dava pra gente diferenciar.”

Capa

25/4/2012 | 29

Gabriela selvaGem

Foi num momento pensativo, como esse na Serra das Confusões, que Juliana Paes conseguiu entender o que ela define como “lado selvagem de Gabriela”. “Deitei na pedra pra descansar e contemplei aquela paisagem inacreditável. Naquele momento, tive um pensamento de gratidão pelo primeiro dia de trabalho. Era o meu primeiro dia como Gabriela”, lembra. A natureza praticamente intocada, sem a interferência do homem, foi fundamental para que a personagem surgisse para Juliana. “Foi no final do primeiro dia de gravação. A luz caiu e paramos de gravar. Essa foto foi feita sob a última luz do sol daquele dia. Eu estava exausta de puxar a mula naquele calor. Deitei na pedra pra tirar um cochilo.”

coleGAs de cenA

Na primeira parte de Gabriela, antes de chegar a

Ilhéus, Juliana Paes contracena com três atores

ainda pouco conhecidos: Jhe de Oliveira, Daniel

Ribeiro e Everaldo Pontes (da esq. para a dir.) “Eu me

senti muito privilegiada por ter atuado com essa turma.

As pessoas ainda não os conhecem, mas eles são

profissionais talentosíssimos e deram exemplo de

disciplina e seriedade nas gravações. Eles chegavam

em silêncio, sentindo a energia. Foi uma honra

trabalhar com esses caras. Eles ainda vão dar o que

falar”, afirma Juliana.

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Baleia no sertão?

Um dos animais mais simbólicos e necessários do sertão são as mulas. Resistentes ao clima seco e inclemente, elas carregam pessoas e cargas sobre o chão rachado da Caatinga. Apaixonada por animais, Juliana não resistiu aos bichos. “A mula gosta de carinho na cabeça, perto do focinho. Usamos várias mulas para interpretar apenas uma. A gente ficava mais cansado do que elas”, conta a atriz. Um dos animais recebeu da equipe o apelido de “baleia”. Era uma ironia. “É que uma delas era muito magrinha. Daí, demos esse nome a ela. As outras mulas eram muito parecidas. Não dava pra gente diferenciar.”

Capa

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Gabriela selvaGem

Foi num momento pensativo, como esse na Serra das Confusões, que Juliana Paes conseguiu entender o que ela define como “lado selvagem de Gabriela”. “Deitei na pedra pra descansar e contemplei aquela paisagem inacreditável. Naquele momento, tive um pensamento de gratidão pelo primeiro dia de trabalho. Era o meu primeiro dia como Gabriela”, lembra. A natureza praticamente intocada, sem a interferência do homem, foi fundamental para que a personagem surgisse para Juliana. “Foi no final do primeiro dia de gravação. A luz caiu e paramos de gravar. Essa foto foi feita sob a última luz do sol daquele dia. Eu estava exausta de puxar a mula naquele calor. Deitei na pedra pra tirar um cochilo.”

coleGAs de cenA

Na primeira parte de Gabriela, antes de chegar a

Ilhéus, Juliana Paes contracena com três atores

ainda pouco conhecidos: Jhe de Oliveira, Daniel

Ribeiro e Everaldo Pontes (da esq. para a dir.) “Eu me

senti muito privilegiada por ter atuado com essa turma.

As pessoas ainda não os conhecem, mas eles são

profissionais talentosíssimos e deram exemplo de

disciplina e seriedade nas gravações. Eles chegavam

em silêncio, sentindo a energia. Foi uma honra

trabalhar com esses caras. Eles ainda vão dar o que

falar”, afirma Juliana.

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Diversão & Arte

• Diretor dos elogiados O Cheiro do Ralo e À Deriva, o pernambucano Heitor Dhalia realizou um sonho profissional ao comandar a produção hollywoodiana 12 Horas. O thriller estrelado por Amanda Seyfried é sobre uma jovem que escapou de um sequestro, mas enfrenta a descrença da polícia, que nunca achou o cativeiro. O passado bate à porta quando a irmã é raptada e ela está certa de que seu algoz quer revanche. Dhalia classifica a experiência internacional como válida, mas abre o jogo sobre as dificuldades e restrições que encontrou nos sets.

Hollywood. Não consigo localizar no filme um elemento que seja meu. Compartilho um pouco da jornada da protagonista, que está em busca de algo e no caminho se depara com a incompreensão alheia. É um impulso ir atrás do que se quer, mesmo que os outros não entendam esse processo.

• Você foi convidado a dirigir? • O convite veio de Hollywood e, como o tempo de fazer um filme no Brasil é muito longo, consegui realizar 12 Horas no intervalo entre À Deriva e meu próximo filme, Serra Pelada, que vamos rodar agora. Trabalhei como diretor contratado, dentro de um sistema bem diferente do que estava acostumado.

• A gente ouve histórias de diretores estrangeiros que vão trabalhar em Hollywood e penam para se adequar ao método deles. Há muita interferência?• Sim, isso é totalmente verdade. Não em todos os casos porque a indústria lá é bem heterogênea. Agora, como é uma coisa de grande risco financeiro, o papel do produtor é protuberante e, no meu caso, foi ao extremo. O cara, Tom Rosenberg, era linha dura e deixou claro que a visão do filme era dele, que o filme era dele e não meu. O que fiz foi me manter profissional para realizar a visão dele. A metáfora que uso é a seguinte: você é um chef e vai fazer um bolo, mas vai criar o seu bolo ou seguir a receita de outro? No caso ali, foi seguir a receita e fazer o bolo com alguém na cozinha, junto com você, fiscalizando se está cumprindo a receita tintim por tintim.

• Deve haver uma frustração como cineasta nesse processo.• O maior desafio dessa experiência foi lidar com a frustração. Saí de um ambiente em que tinha 100% de liberdade criativa para um lugar em que tinha 5%. Foi brutal. Tinha de me adaptar à diferença de idioma e de cultura, além do fato de ter passado esse período em hotéis. É uma produ-ção de milhões de dólares e você tem de administrar, pois cada hora extra

custa tantos mil dólares. A pressão é enorme. Mas o pior foi lidar com um produtor com tanta interferência criativa, tanta voz de comando.

• Tomou como lição?• Está aprendida. Não significa que nunca mais vá trabalhar como diretor contratado, mas aí vou negociar melhor. Não tem glamour, é ralação, trabalho de peão. Se tivesse recompensa na área criativa, tudo bem, mas não foi o caso. Assumo que desejava filmar em Hollywood a qualquer custo e quero repetir, mas não a qualquer custo.

• Quando entrou no projeto, o elenco já estava definido?• Praticamente. Pude opinar muito pouco. Encontrei o elenco no set, não me deixaram nem ensaiar. Absurdo. No caso da Amanda (Seyfried) eu tive sorte, porque ela é uma grande atriz. Não fomos adiante pelas limitações do próprio gênero, um thriller de ritmo

‘‘Pude opinar muito pouco. Encontrei o elenco no set, não me deixaram nem ensaiar. Absurdo”

cinema • Heitor DHaliaavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

Na pág. ao lado, ceNa do filme

protagoNizado por amaNda Seyfried

O cineasta fala sobre

o thriller 12 Horas e

desabafa as frustrações

com que teve de lidar

em sua estreia na

indústria hollywodiana

Suzana Uchôa itiberê

“O mAiOr DesAfiO fOi liDAr cOm A frustração”

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

• Tanto em Nina como em O Cheiro do Ralo, À Deriva e, agora, 12 Horas, seus protagonistas estão em busca de alguma verdade, seja ela factual ou emocional. coincidência?• Não é coincidência. Minha praia é essa coisa do herói sofocloniano, embora os de Sófocles sejam mais trágicos. Meus personagens estão em jornadas em busca de uma verdade sobre si mesmos e sobre o mundo ao seu redor.

• À Deriva tinha traços autobiográfi-cos. O que 12 Horas traz de você?• 12 Horas não é um filme autoral. Não foi algo que escrevi e nem tive motivações pessoais em relação à história. Foi muito mais um desejo profissional de atuar na indústria de

rápido que não nos deixou explorar muito seu talento dramático.

• como você lida com a crítica?• Meu primeiro filme recebeu críticas negativas e positivas. Desde então, em todos os filme que fiz a coisa se repete. 12 Horas teve uma estratégia errada de lançamento do produtor, que não mostrou o filme para a crítica de antemão, que é a pior burrice que se pode fazer. Hoje não leio mais crítica. Se é só positiva não ajuda, e pode ser tão destrutiva que também não ajuda. Mas estou acostumado e, nesse caso, é mais fácil porque não tenho ligação emocional com o produto.

• O que pode adiantar de Serra Pelada?• Vai ser meu filme mais ambicioso. É uma obra forte e pulsante, uma gran-de produção de época nacional. Eu escrevo, produzo e dirigo. Todo meu. •

Foto

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ção

25/4/2012 | 95

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Diversão & Arte

• Diretor dos elogiados O Cheiro do Ralo e À Deriva, o pernambucano Heitor Dhalia realizou um sonho profissional ao comandar a produção hollywoodiana 12 Horas. O thriller estrelado por Amanda Seyfried é sobre uma jovem que escapou de um sequestro, mas enfrenta a descrença da polícia, que nunca achou o cativeiro. O passado bate à porta quando a irmã é raptada e ela está certa de que seu algoz quer revanche. Dhalia classifica a experiência internacional como válida, mas abre o jogo sobre as dificuldades e restrições que encontrou nos sets.

Hollywood. Não consigo localizar no filme um elemento que seja meu. Compartilho um pouco da jornada da protagonista, que está em busca de algo e no caminho se depara com a incompreensão alheia. É um impulso ir atrás do que se quer, mesmo que os outros não entendam esse processo.

• Você foi convidado a dirigir? • O convite veio de Hollywood e, como o tempo de fazer um filme no Brasil é muito longo, consegui realizar 12 Horas no intervalo entre À Deriva e meu próximo filme, Serra Pelada, que vamos rodar agora. Trabalhei como diretor contratado, dentro de um sistema bem diferente do que estava acostumado.

• A gente ouve histórias de diretores estrangeiros que vão trabalhar em Hollywood e penam para se adequar ao método deles. Há muita interferência?• Sim, isso é totalmente verdade. Não em todos os casos porque a indústria lá é bem heterogênea. Agora, como é uma coisa de grande risco financeiro, o papel do produtor é protuberante e, no meu caso, foi ao extremo. O cara, Tom Rosenberg, era linha dura e deixou claro que a visão do filme era dele, que o filme era dele e não meu. O que fiz foi me manter profissional para realizar a visão dele. A metáfora que uso é a seguinte: você é um chef e vai fazer um bolo, mas vai criar o seu bolo ou seguir a receita de outro? No caso ali, foi seguir a receita e fazer o bolo com alguém na cozinha, junto com você, fiscalizando se está cumprindo a receita tintim por tintim.

• Deve haver uma frustração como cineasta nesse processo.• O maior desafio dessa experiência foi lidar com a frustração. Saí de um ambiente em que tinha 100% de liberdade criativa para um lugar em que tinha 5%. Foi brutal. Tinha de me adaptar à diferença de idioma e de cultura, além do fato de ter passado esse período em hotéis. É uma produ-ção de milhões de dólares e você tem de administrar, pois cada hora extra

custa tantos mil dólares. A pressão é enorme. Mas o pior foi lidar com um produtor com tanta interferência criativa, tanta voz de comando.

• Tomou como lição?• Está aprendida. Não significa que nunca mais vá trabalhar como diretor contratado, mas aí vou negociar melhor. Não tem glamour, é ralação, trabalho de peão. Se tivesse recompensa na área criativa, tudo bem, mas não foi o caso. Assumo que desejava filmar em Hollywood a qualquer custo e quero repetir, mas não a qualquer custo.

• Quando entrou no projeto, o elenco já estava definido?• Praticamente. Pude opinar muito pouco. Encontrei o elenco no set, não me deixaram nem ensaiar. Absurdo. No caso da Amanda (Seyfried) eu tive sorte, porque ela é uma grande atriz. Não fomos adiante pelas limitações do próprio gênero, um thriller de ritmo

‘‘Pude opinar muito pouco. Encontrei o elenco no set, não me deixaram nem ensaiar. Absurdo”

cinema • Heitor DHaliaavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

Na pág. ao lado, ceNa do filme

protagoNizado por amaNda Seyfried

O cineasta fala sobre

o thriller 12 Horas e

desabafa as frustrações

com que teve de lidar

em sua estreia na

indústria hollywodiana

Suzana Uchôa itiberê

“O mAiOr DesAfiO fOi liDAr cOm A frustração”

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

• Tanto em Nina como em O Cheiro do Ralo, À Deriva e, agora, 12 Horas, seus protagonistas estão em busca de alguma verdade, seja ela factual ou emocional. coincidência?• Não é coincidência. Minha praia é essa coisa do herói sofocloniano, embora os de Sófocles sejam mais trágicos. Meus personagens estão em jornadas em busca de uma verdade sobre si mesmos e sobre o mundo ao seu redor.

• À Deriva tinha traços autobiográfi-cos. O que 12 Horas traz de você?• 12 Horas não é um filme autoral. Não foi algo que escrevi e nem tive motivações pessoais em relação à história. Foi muito mais um desejo profissional de atuar na indústria de

rápido que não nos deixou explorar muito seu talento dramático.

• como você lida com a crítica?• Meu primeiro filme recebeu críticas negativas e positivas. Desde então, em todos os filme que fiz a coisa se repete. 12 Horas teve uma estratégia errada de lançamento do produtor, que não mostrou o filme para a crítica de antemão, que é a pior burrice que se pode fazer. Hoje não leio mais crítica. Se é só positiva não ajuda, e pode ser tão destrutiva que também não ajuda. Mas estou acostumado e, nesse caso, é mais fácil porque não tenho ligação emocional com o produto.

• O que pode adiantar de Serra Pelada?• Vai ser meu filme mais ambicioso. É uma obra forte e pulsante, uma gran-de produção de época nacional. Eu escrevo, produzo e dirigo. Todo meu. •

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Ensaio

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Aos 25 anos, CAroline CeliCo investe na carreira de empresária, fala do casamento de 7 anos com o jogador

KAKá e diz que perdoaria uma traição. “Gosto de ser a mulher que espera o marido chegar para jantar”

POR Thaís BoTelhofOtOS Pedro dias / ag. isToÉ

“Quando o homem trai, é sinal de Que

sua mulher falhou”

Blu

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Aos 25 anos, CAroline CeliCo investe na carreira de empresária, fala do casamento de 7 anos com o jogador

KAKá e diz que perdoaria uma traição. “Gosto de ser a mulher que espera o marido chegar para jantar”

POR Thaís BoTelhofOtOS Pedro dias / ag. isToÉ

“Quando o homem trai, é sinal de Que

sua mulher falhou”

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Ensaio

• Os cabelos curtos de Caroline Celico, 25 anos, anunciam mudanças. “Eu mudei por dentro. Sou uma nova pessoa e isso também se reflete no meu visual”, diz. Após quase dez anos ostentando longas madeixas, livrar-se delas foi parte do processo desta nova pessoa a qual ela se refere. “Estou mais madura, mais certa do que quero e com outra visão sobre o mundo e as pessoas”, declara a mulher do jo-gador Kaká, do Real Madrid. Há três anos, o casal vive na capital espanhola, com os filhos Luca, 3, e Isabella, 1. Parte da mudança de Caroline se deu com sua saída da Igreja Re-nascer, que ela frequentou por mais de cinco anos e da qual chegou a ser pastora. “Eu tive atitudes radicais. Mas hoje consigo aceitar outras opiniões e não julgar ninguém. Não necessito de outra igreja. Tenho Deus comi-go a toda hora”, diz.

Após o período de investimento na famí-lia, como gosta de dizer, hoje ela retorna ao Brasil para realizar um sonho: ter uma car-reira profissional estável. Formada em fashion business pelo Instituto Marangoni, de Milão, na Itália, e formação técnica em bussiness no Brasil, Caroline se prepara para entrar no mundo dos negócios. Em junho deste ano, ela trará uma marca conceitual de produtos sustentáveis para crianças de 0 a 12 anos. “Tem desde a farinha para produção de alimentos até materiais de higiene, brinque-dos e roupas. Tudo eco friendly”, conta ela, que anuncia o lançamento de sua fundação solidária Amor Horizontal.

O visual mais moderno e a vontade de ser mais do que “só a mulher do Kaká”, como ela própria diz, contrasta, porém, com a filosofia tradicionalista, para dizer o mínimo, de como enxerga o papel da mulher em um ca-samento. Durante um bate-papo descontra-ído com Gente, Caroline falou sobre carrei-ra, família e a vida com o marido e os filhos.

• Casamento duradouro• “Acho que o segredo é estar sempre presen-te e tornar o ambiente de casa o melhor pos-sível. Sou moderna. Mudei meu conceito sobre várias coisas. Mas ainda gosto de ser a mulher que espera o marido chegar para jan-tar, que cuida do lar e dos filhos, apesar da minha carreira como empresária. Eu e o Kaká estamos juntos há dez anos, sendo sete de casamento. Sempre busco coisas para tra-zer bem-estar para a minha família. Busco ser uma pessoa agradável em casa. Mas tam-

bém cobro do Kaká. Se ele levanta e não dá bom dia, eu pergunto o porquê. Se sair sem me dar um beijo, vou querer saber o motivo. Sou uma pessoa que precisa de contato físi-co, carinho, olhares. A gente tem isso.” • Traição• “Eu perdoaria uma traição do Kaká. E sabe por quê? Porque quando o homem trai, é sinal de que sua mulher falhou em algum ponto. Ela não estava dando o necessário. E não falo só de sexo. Falo de carinho, diálogo, cumpli-cidade. Se eu descobrisse um caso do Kaká, seria complicado. Mas se ele me trair, acho que estou fazendo algo de muito errado.” • Maria chuteira?• “Certa vez, vi uma reportagem sobre a vida das mulheres de jogadores. Estavam falando como essa mulher tem de ter um perfil dife-rente. Nunca fui tachada de ‘Maria chuteira’, até porque acredito que todos saibam dos meus princípios familiares. Mas não é fácil. Eu abri mão da minha família, amigos, país, de uma carreira. Mas sou feliz e realizada.”

• Marca sustentável no Brasil• “Eu compro produtos de uma loja concei-tual para crianças. Não há nada parecido no Brasil. E é justamente isso que quero trazer. Inicialmente, será num shopping, em São Paulo. Devo fechar tudo em junho. É como se fosse uma multinacional de produtos or-gânicos para crianças. Tive total apoio do Kaká e da minha mãe que, por ter experiên-cia, vai me orientar conforme o negócio for acontecendo. É um investimento meu, no meu país e para o bem-estar da criança. Também teremos um bistrô e um ateliê com atividades para os pequenos. Além disso, em junho, o site da minha fundação, Amor Ho-rizontal estará funcionando”.

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“Preciso de contato físico, de carinho. Eu e o Kaká temos isso. Se ele sair sem me dar um beijo, vou querer saber o motivo”

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Ensaio

• Os cabelos curtos de Caroline Celico, 25 anos, anunciam mudanças. “Eu mudei por dentro. Sou uma nova pessoa e isso também se reflete no meu visual”, diz. Após quase dez anos ostentando longas madeixas, livrar-se delas foi parte do processo desta nova pessoa a qual ela se refere. “Estou mais madura, mais certa do que quero e com outra visão sobre o mundo e as pessoas”, declara a mulher do jo-gador Kaká, do Real Madrid. Há três anos, o casal vive na capital espanhola, com os filhos Luca, 3, e Isabella, 1. Parte da mudança de Caroline se deu com sua saída da Igreja Re-nascer, que ela frequentou por mais de cinco anos e da qual chegou a ser pastora. “Eu tive atitudes radicais. Mas hoje consigo aceitar outras opiniões e não julgar ninguém. Não necessito de outra igreja. Tenho Deus comi-go a toda hora”, diz.

Após o período de investimento na famí-lia, como gosta de dizer, hoje ela retorna ao Brasil para realizar um sonho: ter uma car-reira profissional estável. Formada em fashion business pelo Instituto Marangoni, de Milão, na Itália, e formação técnica em bussiness no Brasil, Caroline se prepara para entrar no mundo dos negócios. Em junho deste ano, ela trará uma marca conceitual de produtos sustentáveis para crianças de 0 a 12 anos. “Tem desde a farinha para produção de alimentos até materiais de higiene, brinque-dos e roupas. Tudo eco friendly”, conta ela, que anuncia o lançamento de sua fundação solidária Amor Horizontal.

O visual mais moderno e a vontade de ser mais do que “só a mulher do Kaká”, como ela própria diz, contrasta, porém, com a filosofia tradicionalista, para dizer o mínimo, de como enxerga o papel da mulher em um ca-samento. Durante um bate-papo descontra-ído com Gente, Caroline falou sobre carrei-ra, família e a vida com o marido e os filhos.

• Casamento duradouro• “Acho que o segredo é estar sempre presen-te e tornar o ambiente de casa o melhor pos-sível. Sou moderna. Mudei meu conceito sobre várias coisas. Mas ainda gosto de ser a mulher que espera o marido chegar para jan-tar, que cuida do lar e dos filhos, apesar da minha carreira como empresária. Eu e o Kaká estamos juntos há dez anos, sendo sete de casamento. Sempre busco coisas para tra-zer bem-estar para a minha família. Busco ser uma pessoa agradável em casa. Mas tam-

bém cobro do Kaká. Se ele levanta e não dá bom dia, eu pergunto o porquê. Se sair sem me dar um beijo, vou querer saber o motivo. Sou uma pessoa que precisa de contato físi-co, carinho, olhares. A gente tem isso.” • Traição• “Eu perdoaria uma traição do Kaká. E sabe por quê? Porque quando o homem trai, é sinal de que sua mulher falhou em algum ponto. Ela não estava dando o necessário. E não falo só de sexo. Falo de carinho, diálogo, cumpli-cidade. Se eu descobrisse um caso do Kaká, seria complicado. Mas se ele me trair, acho que estou fazendo algo de muito errado.” • Maria chuteira?• “Certa vez, vi uma reportagem sobre a vida das mulheres de jogadores. Estavam falando como essa mulher tem de ter um perfil dife-rente. Nunca fui tachada de ‘Maria chuteira’, até porque acredito que todos saibam dos meus princípios familiares. Mas não é fácil. Eu abri mão da minha família, amigos, país, de uma carreira. Mas sou feliz e realizada.”

• Marca sustentável no Brasil• “Eu compro produtos de uma loja concei-tual para crianças. Não há nada parecido no Brasil. E é justamente isso que quero trazer. Inicialmente, será num shopping, em São Paulo. Devo fechar tudo em junho. É como se fosse uma multinacional de produtos or-gânicos para crianças. Tive total apoio do Kaká e da minha mãe que, por ter experiên-cia, vai me orientar conforme o negócio for acontecendo. É um investimento meu, no meu país e para o bem-estar da criança. Também teremos um bistrô e um ateliê com atividades para os pequenos. Além disso, em junho, o site da minha fundação, Amor Ho-rizontal estará funcionando”.

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“Preciso de contato físico, de carinho. Eu e o Kaká temos isso. Se ele sair sem me dar um beijo, vou querer saber o motivo”

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Ensaio

• Fundação Amor Horizontal• “Trata-se de uma plataforma de solidarieda-de na internet. As pessoas serão direcionadas a sites associados, onde comprarão alimentos e produtos de higiene para doação. Ninguém me dará dinheiro. O próprio parceiro fará a entrega e eu irei registrar tudo em vídeos e fotos. Assim, o doador saberá que sua cesta básica foi realmente entregue ao destino. Tudo extremamente cuidadoso e idôneo. A renda que obtive com meu CD e DVD foi toda revertida para esse projeto.” •

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“É uma plataforma de

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Ninguém me dará dinheiro”

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“Homens e mulheres são animais bem diferentes”

• Ela atraiu os olhos das plateias internacio-nais como Malèna (2000), a mulher de for-mas voluptuosas que desperta desejo nos homens e ódio nas mulheres de uma peque-na cidade italiana, no filme homônimo de Giuseppe Tornatore. De lá para cá, Monica Bellucci encarnou diversas outras mulheres marcadas por sua extrema beleza e sexuali-dade, como Cleópatra, na franquia francesa Asterix e Obelix (2002) ou a prostituta (arre-pendida) Maria Madalena de A Paixão de Cristo (2004), de Mel Gibson. A atriz italia-na está de volta aos papéis de forte apelo se-xual em As Idades do Amor, que chega ao cir-cuito brasileiro dia 27.

No filme dirigido por Giovanni Veronesi, ela interpreta Viola, mulher madura que in-cendeia a imaginação de um professor de história americano, recém-divorciado, vivido por Robert DeNiro. Ex-modelo que sobre-viveu muito bem à transição para a carreira no cinema, a bela atriz de 47 anos diz que não se sente incomodada com os papéis de mulheres fatais ou irresistíveis que costu-mam lhe oferecer – mesmo quando estes in-cluem cenas de nudez. “Nunca me senti usa-da pelos diretores com os quais eu trabalhei”, contou a mulher do ator francês Vincent Cassel, durante o Festival de Veneza.

• Em As Idades do Amor, você interpreta uma mulher madura que atiça as fantasias de um americano já quase setentão. Acredita no relacionamento entre amantes de idades tão diferentes?• Monica. Não acredito em leis de atração (física). Às vezes, a gente se pega sentindo curiosidade por um homem ou uma mulher completamente fora dos padrões de amante ideal que é imaginado por nós, não é mesmo? Por mais racionais que tentemos ser em relação ao amor e às características físicas ou intelectuais que desejamos encontrar no outro, tudo é muito imprevisível, não é programável.

• O que te atrai em um homem?• Eu não saberia dizer. E o não saber é que torna a possibi-lidade da atração mais interessante ainda. Pode ser o jeito que ele move as mãos ou o olhar... E talvez não tenha nada a ver com o físico, mas sim com a atitude do homem, o jeito como ele se comporta.

• Você compartilha da ideia de que os homens, em geral, não entendem as mulheres?• Completamente! Mas acho que é essa ignorância que os deixam atraídos pelas mulheres, e vice-versa. Homens e mu-lheres são dois tipos de animais bem diferentes. (risos)

• Ainda se sente incomodada por ser convidada para interpretar mulheres sensuais?• Nunca me senti usada por um diretor. Já fiz muitos papéis fortes na minha carreira, como Malena e Irreversível, nos

Em seu novo filme, As Idades do Amor, MonIcA BElluccI surge como a amante de um professor setentão vivido por Robert Deniro. na vida real, a atriz não acredita nas leis da atração e diz que o homem não entende a mulher. E que isso torna tudo mais interessantePOR Carlos Helí de almeida, de Veneza

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“Homens e mulheres são animais bem diferentes”

• Ela atraiu os olhos das plateias internacio-nais como Malèna (2000), a mulher de for-mas voluptuosas que desperta desejo nos homens e ódio nas mulheres de uma peque-na cidade italiana, no filme homônimo de Giuseppe Tornatore. De lá para cá, Monica Bellucci encarnou diversas outras mulheres marcadas por sua extrema beleza e sexuali-dade, como Cleópatra, na franquia francesa Asterix e Obelix (2002) ou a prostituta (arre-pendida) Maria Madalena de A Paixão de Cristo (2004), de Mel Gibson. A atriz italia-na está de volta aos papéis de forte apelo se-xual em As Idades do Amor, que chega ao cir-cuito brasileiro dia 27.

No filme dirigido por Giovanni Veronesi, ela interpreta Viola, mulher madura que in-cendeia a imaginação de um professor de história americano, recém-divorciado, vivido por Robert DeNiro. Ex-modelo que sobre-viveu muito bem à transição para a carreira no cinema, a bela atriz de 47 anos diz que não se sente incomodada com os papéis de mulheres fatais ou irresistíveis que costu-mam lhe oferecer – mesmo quando estes in-cluem cenas de nudez. “Nunca me senti usa-da pelos diretores com os quais eu trabalhei”, contou a mulher do ator francês Vincent Cassel, durante o Festival de Veneza.

• Em As Idades do Amor, você interpreta uma mulher madura que atiça as fantasias de um americano já quase setentão. Acredita no relacionamento entre amantes de idades tão diferentes?• Monica. Não acredito em leis de atração (física). Às vezes, a gente se pega sentindo curiosidade por um homem ou uma mulher completamente fora dos padrões de amante ideal que é imaginado por nós, não é mesmo? Por mais racionais que tentemos ser em relação ao amor e às características físicas ou intelectuais que desejamos encontrar no outro, tudo é muito imprevisível, não é programável.

• O que te atrai em um homem?• Eu não saberia dizer. E o não saber é que torna a possibi-lidade da atração mais interessante ainda. Pode ser o jeito que ele move as mãos ou o olhar... E talvez não tenha nada a ver com o físico, mas sim com a atitude do homem, o jeito como ele se comporta.

• Você compartilha da ideia de que os homens, em geral, não entendem as mulheres?• Completamente! Mas acho que é essa ignorância que os deixam atraídos pelas mulheres, e vice-versa. Homens e mu-lheres são dois tipos de animais bem diferentes. (risos)

• Ainda se sente incomodada por ser convidada para interpretar mulheres sensuais?• Nunca me senti usada por um diretor. Já fiz muitos papéis fortes na minha carreira, como Malena e Irreversível, nos

Em seu novo filme, As Idades do Amor, MonIcA BElluccI surge como a amante de um professor setentão vivido por Robert Deniro. na vida real, a atriz não acredita nas leis da atração e diz que o homem não entende a mulher. E que isso torna tudo mais interessantePOR Carlos Helí de almeida, de Veneza

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quais a nudez fazia parte da história da per-sonagem. De qualquer forma, sou uma atriz e, portanto, uso o meu corpo como instru-mento de trabalho. Para falar a verdade, ado-ro a nudez em filmes, quando ela é usada dentro do contexto correto. Sei exatamente quando ela está sendo utilizada de maneira apropriada ou não. Recusaria trabalho caso a nudez estivesse sendo mal explorada.

• Considera-se uma mulher religiosa?• Posso dizer que me considero uma agnósti-ca. Isso quer dizer que não acredito em um deus específico, nem professo sobre uma de-terminada religião, muito embora possa dar minha opinião sobre religiosidade. Mas eu acredito na importância da prece, porque acredito no poder da energia humana. Às ve-zes, as pessoas oram por alguma coisa e con-seguem entrar em contato com essa energia especial que nos une. Respeito aqueles que acreditam nesse poder.

• Você e o Vincent conversam sobre trabalho?• Quando estamos juntos, não falamos mui-to. Nossas vidas já são tão separadas física-mente – ele tem um apartamento em Paris, eu em Londres – e profissionalmente que, quando passamos algum tempo juntos, o que menos queremos é conversar sobre trabalho (risos). Somos bastante independentes no campo profissional. Eu nunca interfiro nas escolhas que Vincent faz nem ele nas mi-nhas. Temos um projeto juntos, que espera-mos rodar no Brasil, uma comédia românti-ca adulta, ambientada durante o Carnaval brasileiro. Já faz muito tempo que trabalha-mos em um mesmo filme, é uma oportuni-dade que aguardo com ansiedade.

• Mesmo depois do segundo filho, você não diminuiu o ritmo. A agenda de trabalho e os deveres maternos não a cansam?• Ainda não me sinto cansada com nada. Mi-nha curiosidade ainda é muito grande, há tan-tas coisas acontecendo em casa e na minha profissão... Minha filha mais velha, Deva, já está com 8 anos de idade, e a mais nova, Léo-nie, vai fazer 2, mas sempre dou um jeito de levá-las comigo quando vou fazer um filme. Não é fácil, é verdade, mas não é grande pro-blema assim. É uma questão de organização.

‘‘Não acredito em leis de

atração (física). Às vezes, a gente se pega sentindo

curiosidade por um homem

ou mulher completamente

fora dos padrões de amante ideal.

Tudo é muito imprevisível, não

é programável’’

• Em Un été brûlant (ainda inédito no Brasil), você interpreta uma famosa atriz italiana que perde o controle sobre a carreira e o relacionamento com o marido. Qual a receita do equilíbrio nessa atividade?• As pessoas se perdem, entram em crise, em qualquer profissão, não apenas no negócio do cinema. Não é o tipo de trabalho que é determinante no desequilíbrio mental da pessoa, mas a vida em si. A gente sai dos tri-lhos porque a vida acontece, coisas ruins acontecem e você não consegue superá-las ou lidar com elas. No caso da personagem de Un été brülant o que acontece é que a perso-nagem fica tão obcecada pela imagem que ela construiu, de fama e poder, que ela se tor-na uma mulher rude e desagradável. •

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Aos 47 anos, a atriz mantém seu casamento de13 anos com o ator francês Vincent Cassel com muita liberdade. Ele mora em Paris. Ela tem um apartamento em Londres

“Esperamos (ela e o marido, Vincent Cassel) rodar no Brasil, uma comédia romântica adulta ambientada no Carnaval brasileiro”

Cena de Idades do Amor, onde DeNiro faz um professor setentão que se apaixona pela amante, vivida por Bellucci

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quais a nudez fazia parte da história da per-sonagem. De qualquer forma, sou uma atriz e, portanto, uso o meu corpo como instru-mento de trabalho. Para falar a verdade, ado-ro a nudez em filmes, quando ela é usada dentro do contexto correto. Sei exatamente quando ela está sendo utilizada de maneira apropriada ou não. Recusaria trabalho caso a nudez estivesse sendo mal explorada.

• Considera-se uma mulher religiosa?• Posso dizer que me considero uma agnósti-ca. Isso quer dizer que não acredito em um deus específico, nem professo sobre uma de-terminada religião, muito embora possa dar minha opinião sobre religiosidade. Mas eu acredito na importância da prece, porque acredito no poder da energia humana. Às ve-zes, as pessoas oram por alguma coisa e con-seguem entrar em contato com essa energia especial que nos une. Respeito aqueles que acreditam nesse poder.

• Você e o Vincent conversam sobre trabalho?• Quando estamos juntos, não falamos mui-to. Nossas vidas já são tão separadas física-mente – ele tem um apartamento em Paris, eu em Londres – e profissionalmente que, quando passamos algum tempo juntos, o que menos queremos é conversar sobre trabalho (risos). Somos bastante independentes no campo profissional. Eu nunca interfiro nas escolhas que Vincent faz nem ele nas mi-nhas. Temos um projeto juntos, que espera-mos rodar no Brasil, uma comédia românti-ca adulta, ambientada durante o Carnaval brasileiro. Já faz muito tempo que trabalha-mos em um mesmo filme, é uma oportuni-dade que aguardo com ansiedade.

• Mesmo depois do segundo filho, você não diminuiu o ritmo. A agenda de trabalho e os deveres maternos não a cansam?• Ainda não me sinto cansada com nada. Mi-nha curiosidade ainda é muito grande, há tan-tas coisas acontecendo em casa e na minha profissão... Minha filha mais velha, Deva, já está com 8 anos de idade, e a mais nova, Léo-nie, vai fazer 2, mas sempre dou um jeito de levá-las comigo quando vou fazer um filme. Não é fácil, é verdade, mas não é grande pro-blema assim. É uma questão de organização.

‘‘Não acredito em leis de

atração (física). Às vezes, a gente se pega sentindo

curiosidade por um homem

ou mulher completamente

fora dos padrões de amante ideal.

Tudo é muito imprevisível, não

é programável’’

• Em Un été brûlant (ainda inédito no Brasil), você interpreta uma famosa atriz italiana que perde o controle sobre a carreira e o relacionamento com o marido. Qual a receita do equilíbrio nessa atividade?• As pessoas se perdem, entram em crise, em qualquer profissão, não apenas no negócio do cinema. Não é o tipo de trabalho que é determinante no desequilíbrio mental da pessoa, mas a vida em si. A gente sai dos tri-lhos porque a vida acontece, coisas ruins acontecem e você não consegue superá-las ou lidar com elas. No caso da personagem de Un été brülant o que acontece é que a perso-nagem fica tão obcecada pela imagem que ela construiu, de fama e poder, que ela se tor-na uma mulher rude e desagradável. •

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Aos 47 anos, a atriz mantém seu casamento de13 anos com o ator francês Vincent Cassel com muita liberdade. Ele mora em Paris. Ela tem um apartamento em Londres

“Esperamos (ela e o marido, Vincent Cassel) rodar no Brasil, uma comédia romântica adulta ambientada no Carnaval brasileiro”

Cena de Idades do Amor, onde DeNiro faz um professor setentão que se apaixona pela amante, vivida por Bellucci

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• Por Silviane Neno

Estilo Casa

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No coração do bairro referência em decoração em São Paulo, o Jardim Europa, o casal Fernando Autran e Sofia Kozma vive como se morasse num sítio. A casinha de 140 metros quadrados é o cenário de uma história moderna que começou por acaso, mas com todos os ingredientes para o clássico final felizFOTOS Marcelo Navarro / Ag. IstoÉ

o amor e uma cabana chic

Na foto maior, Sofia e Fernando

na varanda lateral que dá acesso ao quarto do casal.

A casinha tem amplas janelas

de vidro e chaminé na sala. Ao lado, detalhe

do quarto do bebê, construído onde era um armário

• Era uma casa muito engraçada, não tinha dono, não tinha nada. O início dessa bela aventura foi quase assim. Mas, na verdade, Fernando nem planejava sair do conforto da sua edícula de solteiro no endereço dos pais, quando um amigo disse que alugara uma ca-sinha numa das travessas da alameda Gabriel Monteiro da Silva. “Ele contou que tinha en-contrado um achado mas que desistira de mudar”, diz. Fernando não teve dúvidas: “Fico com ela”. Deu certo. A casinha era uma graça. Dessas que remetem a histórias infan-tis, com jardim, quintal, janelas de vidro e

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• Por Silviane Neno

Estilo Casa

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No coração do bairro referência em decoração em São Paulo, o Jardim Europa, o casal Fernando Autran e Sofia Kozma vive como se morasse num sítio. A casinha de 140 metros quadrados é o cenário de uma história moderna que começou por acaso, mas com todos os ingredientes para o clássico final felizFOTOS Marcelo Navarro / Ag. IstoÉ

o amor e uma cabana chic

Na foto maior, Sofia e Fernando

na varanda lateral que dá acesso ao quarto do casal.

A casinha tem amplas janelas

de vidro e chaminé na sala. Ao lado, detalhe

do quarto do bebê, construído onde era um armário

• Era uma casa muito engraçada, não tinha dono, não tinha nada. O início dessa bela aventura foi quase assim. Mas, na verdade, Fernando nem planejava sair do conforto da sua edícula de solteiro no endereço dos pais, quando um amigo disse que alugara uma ca-sinha numa das travessas da alameda Gabriel Monteiro da Silva. “Ele contou que tinha en-contrado um achado mas que desistira de mudar”, diz. Fernando não teve dúvidas: “Fico com ela”. Deu certo. A casinha era uma graça. Dessas que remetem a histórias infan-tis, com jardim, quintal, janelas de vidro e

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Estilo Casa

25/4/2012 | 69

POST-IT

Canto preferido

Ante malesuada nec soc nunc lorem

com eget semper donec

Achado de décor

Feugiat lorem com caligaris ante

malesuada nec soc nunc lorem com

eget semper donec

Na Wish listDolores lorens lupus mauris sodales.

Eget, ele nunc feugiat aliquam

A mesa de centro foi feita a partir de um palete

de madeira. A boia, de Eduardo Srur, fez

parte de uma instalação no lago do Palácio do Planalto, em Brasília

Acima, o quarto principal. A pintura em bico de pena é de Arnaldo Pedroso d’HortaA estante, ao lado, foi restaurada e guarda livros, equipamento de som e um globo de espelhos da Champanheria de Fernando

chaminé. O Autran de Fernando é o mesmo do tio famoso, Paulo, um dos maiores nomes do teatro brasileiro. Mas o sobrinho nunca quis ser artista. Cedo ele descobriu a vocação para mexer com o público de outra maneira. Empresário da noite, ele é dono da Champa-nheria e da Casa 92, dois points fervidos da vida noturna de São Paulo.

Mudança feita, mobília instalada, Fernando já morava ali havia dois anos quando reen-controu Sofia Kozma, uma ex-colega de es-cola que não via há mais de dez anos. Depois de uma longa temporada em Barcelona tra-balhando como arquiteta, ela estava de volta ao Brasil. Desta vez para ficar. Dois meses de-pois dividiam o mesmo teto. A casinha en-graçada ganhou uma dona e uma expert em boas ideias, cheia de bossa. “Como ela é ar-quiteta, deixei ela se divertir aqui dentro”, conta Fernando no maior bom humor.

Os móveis e objetos de Sofia funcionaram na maior sintonia com os de Fernando. Tudo muito moderno, original e cheio de vida. Os dois têm mania de recolher na rua objetos que à primeira vista não servem para nada, mas que ali, naquele ambiente, na compa-nhia de outros, ganham status de obra de arte. Foi assim com um número de metal pintado de vermelho jogado fora por um garrafeiro. A mesa de centro foi feita por Sofia a partir de um palete de madeira en-contrado num jardim. Quando Ella, a pri-meira filha do casal anunciou que estava a caminho, o armário usado como “porta- tudo”, ao lado da suíte, foi transformado em quartinho do bebê. A parede foi descascada e os tijolos originais pintados de branco. O resultado (feito em uma semana) ficou sur-preendente. Pelo charme e pela sacada da utilização do espaço. Agora, mesmo com a família maior, ficou difícil sair dali.

A atmosfera é quase mágica. Como se a cidade morasse muito longe dali. Sofia plan-tou mudas de limão, manjericão e romã. Ella está começando a engatinhar e cresce como uma criança que mora num sítio, paradoxal-mente cercada pela metrópole. E assim ter-mina, ou começa, essa história. Um casal apaixonado, um bebê, um cachorro e uma casinha engraçada e feliz. •

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POST-IT

Canto preferido

Ante malesuada nec soc nunc lorem

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Achado de décor

Feugiat lorem com caligaris ante

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eget semper donec

Na Wish listDolores lorens lupus mauris sodales.

Eget, ele nunc feugiat aliquam

A mesa de centro foi feita a partir de um palete

de madeira. A boia, de Eduardo Srur, fez

parte de uma instalação no lago do Palácio do Planalto, em Brasília

Acima, o quarto principal. A pintura em bico de pena é de Arnaldo Pedroso d’HortaA estante, ao lado, foi restaurada e guarda livros, equipamento de som e um globo de espelhos da Champanheria de Fernando

chaminé. O Autran de Fernando é o mesmo do tio famoso, Paulo, um dos maiores nomes do teatro brasileiro. Mas o sobrinho nunca quis ser artista. Cedo ele descobriu a vocação para mexer com o público de outra maneira. Empresário da noite, ele é dono da Champa-nheria e da Casa 92, dois points fervidos da vida noturna de São Paulo.

Mudança feita, mobília instalada, Fernando já morava ali havia dois anos quando reen-controu Sofia Kozma, uma ex-colega de es-cola que não via há mais de dez anos. Depois de uma longa temporada em Barcelona tra-balhando como arquiteta, ela estava de volta ao Brasil. Desta vez para ficar. Dois meses de-pois dividiam o mesmo teto. A casinha en-graçada ganhou uma dona e uma expert em boas ideias, cheia de bossa. “Como ela é ar-quiteta, deixei ela se divertir aqui dentro”, conta Fernando no maior bom humor.

Os móveis e objetos de Sofia funcionaram na maior sintonia com os de Fernando. Tudo muito moderno, original e cheio de vida. Os dois têm mania de recolher na rua objetos que à primeira vista não servem para nada, mas que ali, naquele ambiente, na compa-nhia de outros, ganham status de obra de arte. Foi assim com um número de metal pintado de vermelho jogado fora por um garrafeiro. A mesa de centro foi feita por Sofia a partir de um palete de madeira en-contrado num jardim. Quando Ella, a pri-meira filha do casal anunciou que estava a caminho, o armário usado como “porta- tudo”, ao lado da suíte, foi transformado em quartinho do bebê. A parede foi descascada e os tijolos originais pintados de branco. O resultado (feito em uma semana) ficou sur-preendente. Pelo charme e pela sacada da utilização do espaço. Agora, mesmo com a família maior, ficou difícil sair dali.

A atmosfera é quase mágica. Como se a cidade morasse muito longe dali. Sofia plan-tou mudas de limão, manjericão e romã. Ella está começando a engatinhar e cresce como uma criança que mora num sítio, paradoxal-mente cercada pela metrópole. E assim ter-mina, ou começa, essa história. Um casal apaixonado, um bebê, um cachorro e uma casinha engraçada e feliz. •

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viaja

25/4/2012 | 59

À esq., Daniela nas ruínas de um teatro romano. O centro histórico (acima) é outra atração de Split. Assim como as estátuas (no alto) e as ruas com calçamento de pedra (à direita)

BELEZASda Croácia

• “Gosto muito de viajar. Quando viajo sem meu filho (André Matarazzo, 13 anos), que adora ir à Disney, sempre opto por lugares que nunca visitei. Tenho um caderno no qual fiz uma lista de todos os países e cidades que tenho vontade de conhecer antes de morrer. Foi assim que resolvi ir para a Croácia. Eu e um grupo de amigos fechamos uma viagem de navio, que passava por Itália, Grécia e Croácia. Na Croácia, país que hoje é visto como a nova Ibiza da Europa, fomos para uma cidade que foge completamente do ce-nário de baladas: Split, uma linda península medieval. Como cheguei de navio, não sabia exatamente o que me aguardava.

Apesar de fazer pesquisas sobre os lugares que visito, Split me surpreendeu. Circundada por uma muralha, a cidade é extremamente pitoresca. Todas as construções são feitas de pedra, assim como as ruas. No centro históri-co, nenhuma rua é pavimentada e muitas ca-sas e pequenos prédios nunca foram restaura-dos. Carros não entram. Só é possível andar a pé. Caminhando pelas ruelas, eu me sentia num filme do Império Romano. Os túneis de

pedra e as ruínas de teatros antigos, com suas cores acinzentadas em contraponto com o céu azul e sem nuvens, construíam um cená-rio para qualquer artista pintar sua obra-pri-ma. Split é típica também por sua tradição religiosa. Entre as pedras dos muros das igre-jas, há centenas de bilhetes, algo muito seme-lhante ao que vi no Muro das Lamentações, em Jerusalém, Israel.

• Arquitetura e sossego• Como sou fã de art déco, a arquitetura da cidade me fascinou. Pude ver o rigor geo-métrico das construções e apreciar de perto a magnitude de civilizações antigas. As igre-jas e a sede do porto são um ótimo referen-cial para quem gosta dessa escola da arte. Uma situação superinteressante que viven-ciei lá aconteceu quando estava passeando com minhas amigas pelas ruínas de um tea-tro e passamos por um grupo de violinistas. Eles, vestidos de terno e camisa, pareciam tocar para uma grande plateia num evento de gala. Nesse dia, eu estava usando um ves-tido longo, que parecia um traje de festa.

A atriz Daniela Escobar embarcou para uma viagem pela cidade de Split, conhecida por sua riqueza cultural, belas paisagens e às margens do Mar Adriático DEPOIMENTO CEDIDO a júlIa lEãO

Foto

s arq

uivo

pess

oal

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À esq., Daniela nas ruínas de um teatro romano. O centro histórico (acima) é outra atração de Split. Assim como as estátuas (no alto) e as ruas com calçamento de pedra (à direita)

BELEZASda Croácia

• “Gosto muito de viajar. Quando viajo sem meu filho (André Matarazzo, 13 anos), que adora ir à Disney, sempre opto por lugares que nunca visitei. Tenho um caderno no qual fiz uma lista de todos os países e cidades que tenho vontade de conhecer antes de morrer. Foi assim que resolvi ir para a Croácia. Eu e um grupo de amigos fechamos uma viagem de navio, que passava por Itália, Grécia e Croácia. Na Croácia, país que hoje é visto como a nova Ibiza da Europa, fomos para uma cidade que foge completamente do ce-nário de baladas: Split, uma linda península medieval. Como cheguei de navio, não sabia exatamente o que me aguardava.

Apesar de fazer pesquisas sobre os lugares que visito, Split me surpreendeu. Circundada por uma muralha, a cidade é extremamente pitoresca. Todas as construções são feitas de pedra, assim como as ruas. No centro históri-co, nenhuma rua é pavimentada e muitas ca-sas e pequenos prédios nunca foram restaura-dos. Carros não entram. Só é possível andar a pé. Caminhando pelas ruelas, eu me sentia num filme do Império Romano. Os túneis de

pedra e as ruínas de teatros antigos, com suas cores acinzentadas em contraponto com o céu azul e sem nuvens, construíam um cená-rio para qualquer artista pintar sua obra-pri-ma. Split é típica também por sua tradição religiosa. Entre as pedras dos muros das igre-jas, há centenas de bilhetes, algo muito seme-lhante ao que vi no Muro das Lamentações, em Jerusalém, Israel.

• Arquitetura e sossego• Como sou fã de art déco, a arquitetura da cidade me fascinou. Pude ver o rigor geo-métrico das construções e apreciar de perto a magnitude de civilizações antigas. As igre-jas e a sede do porto são um ótimo referen-cial para quem gosta dessa escola da arte. Uma situação superinteressante que viven-ciei lá aconteceu quando estava passeando com minhas amigas pelas ruínas de um tea-tro e passamos por um grupo de violinistas. Eles, vestidos de terno e camisa, pareciam tocar para uma grande plateia num evento de gala. Nesse dia, eu estava usando um ves-tido longo, que parecia um traje de festa.

A atriz Daniela Escobar embarcou para uma viagem pela cidade de Split, conhecida por sua riqueza cultural, belas paisagens e às margens do Mar Adriático DEPOIMENTO CEDIDO a júlIa lEãO

Foto

s arq

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viaja

25/4/2012 | 61

Na chegada a Split, a beleza do Mar Adriático (acima). E abaixo,a atriz posando ao lado de outra construção romana

Foi muito fofo quando eles abriram os olhos e me viram dançando ao som da melodia que tocavam. Ao final, eles pararam e me aplau-diram, como se eu fosse uma bailarina. Aquela imagem vai ficar guardada eterna-mente na minha memória.

• Calmaria e silêncio • Split é tão encantadora que, apesar de amar museus, não me empolguei muito com ne-nhum da cidade. Preferi curtir e admirar o museu a céu aberto, pois acho que essa é a melhor maneira de se conhecer de perto uma cultura. Entrei em vários supermerca-dos, padarias e bares. Diferentes dos que existem no Brasil, em cada um deles havia alguém para receber o cliente, sempre com um sorriso no rosto. Calmos e simpáticos, eles tratam bem a clientela, seja um turista, seja um croata. Banhada pelo Mar Adriático, com suas águas azuladas e límpidas, Split é o lugar perfeito para quem quer esquecer da correria do dia a dia. A calmaria e o silêncio que fazem parte da essência dessa fascinante cidade croata me ajudaram a ter uma viagem incrível. Fiquei em paz.” •

Herança medieval: todo o centro histórico da cidade é feito de pedra, com destaque para as escadarias, muralhas e túneis. Abaixo, Daniela em frente ao Palácio de Diocleciano, um dos destaques da cidadela

“Split é o lugar perfeito para quem

quer esquecer da correria do dia a

dia. Fiquei em paz”

VEJA MAIS FOTOS EM WWW.ISTOEGENTE.COM.BR

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viaja

25/4/2012 | 61

Na chegada a Split, a beleza do Mar Adriático (acima). E abaixo,a atriz posando ao lado de outra construção romana

Foi muito fofo quando eles abriram os olhos e me viram dançando ao som da melodia que tocavam. Ao final, eles pararam e me aplau-diram, como se eu fosse uma bailarina. Aquela imagem vai ficar guardada eterna-mente na minha memória.

• Calmaria e silêncio • Split é tão encantadora que, apesar de amar museus, não me empolguei muito com ne-nhum da cidade. Preferi curtir e admirar o museu a céu aberto, pois acho que essa é a melhor maneira de se conhecer de perto uma cultura. Entrei em vários supermerca-dos, padarias e bares. Diferentes dos que existem no Brasil, em cada um deles havia alguém para receber o cliente, sempre com um sorriso no rosto. Calmos e simpáticos, eles tratam bem a clientela, seja um turista, seja um croata. Banhada pelo Mar Adriático, com suas águas azuladas e límpidas, Split é o lugar perfeito para quem quer esquecer da correria do dia a dia. A calmaria e o silêncio que fazem parte da essência dessa fascinante cidade croata me ajudaram a ter uma viagem incrível. Fiquei em paz.” •

Herança medieval: todo o centro histórico da cidade é feito de pedra, com destaque para as escadarias, muralhas e túneis. Abaixo, Daniela em frente ao Palácio de Diocleciano, um dos destaques da cidadela

“Split é o lugar perfeito para quem

quer esquecer da correria do dia a

dia. Fiquei em paz”

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Sucesso

• “Eu acho que é menino, mas está todo mundo dizendo que vem uma menina aí”, dizia uma exuberante Claudia Leitte nos sa-lões do restaurante A Bela Sintra, na segun-da-feira 16, no bairro dos Jardins, em São Paulo. Convidada de honra do anfitrião da noite, o hair stylist Marco Antonio di Biaggi – que lançava seu segundo livro, Cabelo de Estrela, com a cantora na capa –, a baiana de coração explicava aos muitos amigos presen-tes sua expectativa quanto à chegada da nova criança. “Está pronta para mais um? Você sabe o trabalho que dá...”, advertia bem-hu-morada a apresentadora Adriane Galisteu. Ao lado do marido, o empresário Márcio Pe-dreira, Claudia se manteve inabalável. “Ah, mas vale a pena, não é?”

A notícia da gravidez foi bem recebida em casa também. Claudia contou que Davi, seu primogênito de 3 anos, não tem demonstrado

25/4/2012 | 39

Em noite de autógrafos para o segundo livro do cabeleireiro Marco antonio di Biaggi, em São Paulo, musas da tevê capricharam nas madeixas. Mas foi a barriga de seis meses de gravidez de claudia lEittE que ganhou todos os flashesPOR Simone BlaneSfOtOS Sidney RodRigueS / ag. iStoÉ

Acima, Claudia Leitte e Marco Antonio di Biaggi: grávida de seis meses, ela foi a estrela da noite. Ao lado, Luiza Brunet sorridente posa com o livro “Cabelo de Estrela”

Sabrina Sato usa vestido Armazém e

sapatos Christian Louboutin

Adriane Galisteu veste NK Store

Debaixo Dos caracóis

Claudia Leitte veste camisa Dolce&Gabbana, saia Hervé Lerger, sapatos Christian Louboutin e carteira Hermès.

Marco Antonio di Biaggi exibe seu segundo livro sobre o cabelos das estrelas do showbiz

Maria Fernanda Cândido

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Sucesso

• “Eu acho que é menino, mas está todo mundo dizendo que vem uma menina aí”, dizia uma exuberante Claudia Leitte nos sa-lões do restaurante A Bela Sintra, na segun-da-feira 16, no bairro dos Jardins, em São Paulo. Convidada de honra do anfitrião da noite, o hair stylist Marco Antonio di Biaggi – que lançava seu segundo livro, Cabelo de Estrela, com a cantora na capa –, a baiana de coração explicava aos muitos amigos presen-tes sua expectativa quanto à chegada da nova criança. “Está pronta para mais um? Você sabe o trabalho que dá...”, advertia bem-hu-morada a apresentadora Adriane Galisteu. Ao lado do marido, o empresário Márcio Pe-dreira, Claudia se manteve inabalável. “Ah, mas vale a pena, não é?”

A notícia da gravidez foi bem recebida em casa também. Claudia contou que Davi, seu primogênito de 3 anos, não tem demonstrado

25/4/2012 | 39

Em noite de autógrafos para o segundo livro do cabeleireiro Marco antonio di Biaggi, em São Paulo, musas da tevê capricharam nas madeixas. Mas foi a barriga de seis meses de gravidez de claudia lEittE que ganhou todos os flashesPOR Simone BlaneSfOtOS Sidney RodRigueS / ag. iStoÉ

Acima, Claudia Leitte e Marco Antonio di Biaggi: grávida de seis meses, ela foi a estrela da noite. Ao lado, Luiza Brunet sorridente posa com o livro “Cabelo de Estrela”

Sabrina Sato usa vestido Armazém e

sapatos Christian Louboutin

Adriane Galisteu veste NK Store

Debaixo Dos caracóis

Claudia Leitte veste camisa Dolce&Gabbana, saia Hervé Lerger, sapatos Christian Louboutin e carteira Hermès.

Marco Antonio di Biaggi exibe seu segundo livro sobre o cabelos das estrelas do showbiz

Maria Fernanda Cândido

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Sucesso

nenhum traço de ciúme. “Ele, aos poucos, vai entendendo. Tenho mostrado fotos de quan-do eu estava esperando por ele, para que Davi entenda que veio do mesmo lugar que o ir-mãozinho dele”, explicou. “Tá vendo? Eu falo irmãozinho sempre porque eu acho que é me-nino”, diverte-se.

Além de Claudia Leitte e Adriana Galisteu, o evento do cabeleireiro das famosas, como é conhecido Biaggi, reuniu atrizes, apresenta-doras e modelos. “Todas que estão aqui são mais do que clientes, são amigas. Adoro cabe-lo de estrela e é isso que eu faço nelas”, disse ele. Confira outros momentos da noite.

• Namorado de escanteio• Sabrina Sato, a mais sexy da noite com um vertiginoso decote nas costas, assumiu que o deputado federal Fábio Faria, seu namorado, nem sempre tem a preferência em sua agenda. “Às vezes eu passo mais tempo com meu ca-belereiro do que com ele”, brincou.

• Encontro• Amigas fora das telas, Tânia Khalill e Maria Fernanda Cândido colocaram o papo em dia rapidamente. Maria Fernanda, mãe de dois meninos – Tomaz e Nicolas –, quis saber no-tícias das filhas de Tânia, Isabela e Laura. “Precisamos marcar um encontro das crianças hein?”, disse a mulher de Jairzinho, que acaba de entrar em férias depois de interpretar Le-tícia na novela Fina Estampa.

Fernanda Souza veste Patrícia Bonaldi

Marina Mantega veste Balmain e bolsa Chanel

No alto, a jornalista Ana Paula Padrão e

acima, Rosângela Lyra, elegante de Dior, foram prestigiar o hair stylist

Ao lado, encontro de musas: Sabrina Sato e Adriane Galisteu

Abaixo, Paloma Bernardi e Milena Toscano se divertem na festa

Os casais da noite: ao lado,

Tânia Khalill e Jairzinho; e André Ramos

e Bruno Chateaubriand

Nesta foto, Letícia Birkheuer e Alexandre Furmanovich; ao lado,

Luiza Brunet

Giovanna Ewbank veste Reinaldo

Lourenço, sapatos TMZ, bolsa Chanel e joias Carla Amorim

Mariana Rios usa vestido Gucci, sapatos Schutz, colar Anarrá e bolsa Hermès

Claudia Leitte na capa do livro de Marco Antonio: homenagem à amiga

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Sucesso

nenhum traço de ciúme. “Ele, aos poucos, vai entendendo. Tenho mostrado fotos de quan-do eu estava esperando por ele, para que Davi entenda que veio do mesmo lugar que o ir-mãozinho dele”, explicou. “Tá vendo? Eu falo irmãozinho sempre porque eu acho que é me-nino”, diverte-se.

Além de Claudia Leitte e Adriana Galisteu, o evento do cabeleireiro das famosas, como é conhecido Biaggi, reuniu atrizes, apresenta-doras e modelos. “Todas que estão aqui são mais do que clientes, são amigas. Adoro cabe-lo de estrela e é isso que eu faço nelas”, disse ele. Confira outros momentos da noite.

• Namorado de escanteio• Sabrina Sato, a mais sexy da noite com um vertiginoso decote nas costas, assumiu que o deputado federal Fábio Faria, seu namorado, nem sempre tem a preferência em sua agenda. “Às vezes eu passo mais tempo com meu ca-belereiro do que com ele”, brincou.

• Encontro• Amigas fora das telas, Tânia Khalill e Maria Fernanda Cândido colocaram o papo em dia rapidamente. Maria Fernanda, mãe de dois meninos – Tomaz e Nicolas –, quis saber no-tícias das filhas de Tânia, Isabela e Laura. “Precisamos marcar um encontro das crianças hein?”, disse a mulher de Jairzinho, que acaba de entrar em férias depois de interpretar Le-tícia na novela Fina Estampa.

Fernanda Souza veste Patrícia Bonaldi

Marina Mantega veste Balmain e bolsa Chanel

No alto, a jornalista Ana Paula Padrão e

acima, Rosângela Lyra, elegante de Dior, foram prestigiar o hair stylist

Ao lado, encontro de musas: Sabrina Sato e Adriane Galisteu

Abaixo, Paloma Bernardi e Milena Toscano se divertem na festa

Os casais da noite: ao lado,

Tânia Khalill e Jairzinho; e André Ramos

e Bruno Chateaubriand

Nesta foto, Letícia Birkheuer e Alexandre Furmanovich; ao lado,

Luiza Brunet

Giovanna Ewbank veste Reinaldo

Lourenço, sapatos TMZ, bolsa Chanel e joias Carla Amorim

Mariana Rios usa vestido Gucci, sapatos Schutz, colar Anarrá e bolsa Hermès

Claudia Leitte na capa do livro de Marco Antonio: homenagem à amiga

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25/4/2012 | 42

Sucesso

• Tietagem de musas• Giovanna Ewbank, um dos rostos mais bo-nitos da Rede Globo, era só elogios à amiga Giselle Itié, musa da emissora concorrente, a Rede Record. “Nossa, você está uma gata!”, disse a mulher do ator Bruno Gagliasso, que estava naquela noite nos Estados Unidos, as-sistindo a uma partida de basquete da NBA.

• Faz uma foto?• Sem perder a classe, a top Fernanda Motta não exitou ao ver Claudia Leitte no evento. A modelo pediu licença e disparou: “Faz uma foto com a minha mãe? Ela é sua fã!” Pedido feito, pedido aceito. •

Os looks da noite

Fernanda Motta veste blusa e blazer Zara, saia Le Lis Blanc, sapatos Schutz e bolsa Chanel

Adriana Birolli veste Patrícia Bonaldi, sapatos Schutz e joias Jack Vartanian

Ticiane Pinheiro veste 284

Vera Viel usa Gucci e bolsa Michael Kors

Giselle Itiè usa blusa e saia Daiane von Furstenberg, sapatos Schutz e clutch Chanel

Luiza Brunet veste Carolina Herrera

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Sucesso

• Tietagem de musas• Giovanna Ewbank, um dos rostos mais bo-nitos da Rede Globo, era só elogios à amiga Giselle Itié, musa da emissora concorrente, a Rede Record. “Nossa, você está uma gata!”, disse a mulher do ator Bruno Gagliasso, que estava naquela noite nos Estados Unidos, as-sistindo a uma partida de basquete da NBA.

• Faz uma foto?• Sem perder a classe, a top Fernanda Motta não exitou ao ver Claudia Leitte no evento. A modelo pediu licença e disparou: “Faz uma foto com a minha mãe? Ela é sua fã!” Pedido feito, pedido aceito. •

Os looks da noite

Fernanda Motta veste blusa e blazer Zara, saia Le Lis Blanc, sapatos Schutz e bolsa Chanel

Adriana Birolli veste Patrícia Bonaldi, sapatos Schutz e joias Jack Vartanian

Ticiane Pinheiro veste 284

Vera Viel usa Gucci e bolsa Michael Kors

Giselle Itiè usa blusa e saia Daiane von Furstenberg, sapatos Schutz e clutch Chanel

Luiza Brunet veste Carolina Herrera

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25/abR/2012ano 13 n° 659

PAESJULIANA

FOTOS INÉDITAS

NOS BASTIDORES DE

GABRIELA

Carol CeliCo:“Quando o homem trai

é sinal de Que sua mulher falhou”,

diz a mulher de KaKá

ivete Sangalo avisa Que novo

filho virá “de surpresa”

“o maridão me achou mais bonita. mas ele não Quer ver as CenaS de Sexo”

“meu filho não me reconheceu”

“SÔnia Braga me disse Que tenho Gabriela na eSSênCia”

Histórias do sertão e o relax da atriz nas gravações do remake da novela inspirada no romance de Jorge Amado

9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 95600

I S S N 1 5 1 6 - 8 2 0 4

Sempre

aoS sábados!

exCluSivogiane EM PARIS!

“mais do Que nunca meus olhos procuram

coisas belas"