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R$ 9,90 00/NON/2011 ANO 12 N° 000 NA TERÇA-FEIRA 6, A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF DIVIDE O PALCO COM PEDRO LOURENÇO, CAUÃ REYMOND, LILIA CABRAL, FABIO ASSUNÇÃO, DEBORAH SECCO E ANDERSON SILVA R$ 9,90 19/DEZ/2011 ANO 13 N° 640 NOVO FORMATO E UM NOVO PROJETO GRÁFICO. IstoÉ Gente, ainda mais sofisticada O PRÊMIO DO ANO A emoção de Lilia Cabral ao receber o troféu de Istoé Gente das mãos da presidente Dilma Cauã Reymond anuncia na festa que será pai de uma menina Deborah Secco, Fabio Assunção e todo o agito da premiação NOVO FORMATO E UM NOVO PROJETO GRÁFICO. IstoÉ Gente, mais sofisticada, mais moderna LUCIANA GIMENEZ VIRA SOLDADO DO EXÉRCITO POR UM DIA GIANECCHINI ADIA TRANSPLANTE PARA JANEIRO 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 0 4 6 0 0 ISSN 1516 -8204

ISTOÉ Gente 640

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ISTOÉ Gente 640, O Prêmio do Ano

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R$ 9,90

00/NON/2011ANO 12

N° 000

9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 93600

I S S N 1 5 1 6 - 8 2 0 4

NA TERÇA-FEIRA 6, A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF DIVIDE O PALCO COM PEDRO LOURENÇO, CAUÃ REYMOND, LILIA CABRAL, FABIO ASSUNÇÃO, DEBORAH SECCO E ANDERSON SILVA

R$ 9,90

19/DEZ/2011ANO 13

N° 640 NOVO FORMATO E UM NOVO PROJETO GRÁFICO.IstoÉ Gente, ainda mais so� sticada

O PRÊMIO DO ANOA emoção de Lilia Cabral ao receber o troféu de Istoé Gente das mãos da presidente Dilma • Cauã Reymond anuncia na festa que será pai de uma

menina • Deborah Secco, Fabio Assunção e todo o agito da premiação

NOVO FORMATO E UM NOVO PROJETO GRÁFICO.IstoÉ Gente, mais so� sticada, mais moderna

LUCIANA GIMENEZ VIRA SOLDADO DO EXÉRCITO POR UM DIA

GIANECCHINI ADIA TRANSPLANTE PARA JANEIRO

LUCIANA GIMENEZ VIRA SOLDADO DO EXÉRCITO POR UM DIA

GIANECCHINI ADIA TRANSPLANTE PARA JANEIRO

9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 04600

I S S N 1 5 1 6 - 8 2 0 4

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Na entrega do prêmio Personalidade do Ano, de IstoÉ Gente, a atriz Lilia Cabral se emociona ao receber a homenagem por seu destaque na tevê das mãos da presidente Dilma Rousseff, premiada na mesma noite Brasileira do Ano, pela revista IstoÉPOR AINA PINTO

Sob olhar do anfi trião Caco Alzugaray, presidente executivo da Editora Três (à dir.), Lilia recebe o troféu da presidente e é aplaudida por Dilma. A cerimônia anual celebra os prêmios Personalidade do Ano, de IstoÉ Gente, Brasileiro do Ano, de IstoÉ, e Empreendedor do Ano, de IstoÉ Dinheiro. O palco reuniu autoridades, artistas e empresários

Lilia, DilmaE AS GRISELDAS DO BRASIL

Especial premiação

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• Era quase 21h quando os homenageados da noite que premiou os 15 melhores de 2011 pelas revistas IstoÉ, Dinheiro e Gente come-çaram a ocupar o palco do Credicard Hall, em São Paulo. A presidente Dilma Rousseff, que receberia o prêmio Brasileiro do Ano por Is-toÉ na mesma cerimônia, e a atriz Lilia Ca-bral, Personalidade do Ano na Televisão por Gente, sentaram-se em suas poltronas e con-tinuaram o animado papo que haviam come-çado na sala vip. O assunto? De comadres! “Falamos de novela! Ela assiste!”, disse a atriz. Foi a presidente, sua admiradora confessa, quem fez o pedido para entregar o troféu a Lilia, dias antes da premiação.

O papel dela em Fina Estampa foi citado também no discurso de agradecimento de ambas. “Não sei se eu choro, mas é uma emoção muito grande estar aqui. Primeiro por receber esse prêmio das mãos de Dilma, que conhece as Griseldas deste País mais do que ninguém”, disse a artista, após fazer reverência e abrir os braços para receber o abraço da presidente. “Tenho de agradecer aos meus amigos, minha família, marido e principalmente ao Aguinaldo Silva, que teve a coragem de me dar esse personagem tão brilhante. Griselda será inesquecível porque existe nas casas, nos lares brasileiros (...). Nós conhecemos to-das as Griseldas e espero que tenham o mesmo futuro da minha, que ganhem na loteria também”, brincou Lilia.

Dilma retribuiu o carinho em seu dis-curso e foi aplaudida de pé: “Dedico esse prêmio aos 190 milhões de brasileiros e brasileiras que carregam este País nas cos-tas. É graças ao povo que chegamos até aqui. Como disse a Lilia Cabral: graças às Griseldas e aos Griseldos deste País”. •

No palco, a atriz conversou com os ministros Fernando Pimentel e Guido Mantega

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Especial premiação

A sequência em que Lilia reverencia e recebe o abraço de Dilma: “Griseldas e Griseldos do País” homenageados

‘‘Dedico este prêmio aos 190 milhões de brasileiros e brasileiras que carregam este País nas costas. É graças ao povo que chegamos até aqui. Como disse a Lilia Cabral: graças às Griseldas e aos Griseldos deste País’’Dilma Rousseff

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‘‘Tenho de agradecer aos meus amigos, à minha família, marido e principalmente ao Aguinaldo Silva, que teve a coragem de me dar esse personagem tão brilhante’’

Especial premiação

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‘‘É uma emoção muito grande estar aqui primeiro por receber este prêmio das mãos de Dilma, que conhece as Griseldas deste País mais do que ninguém’’Lilia Cabral, atriz

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A indicação ao Emmy Internacional, a volta à tevê e a bem-sucedida peça Adultérios credenciaram Fabio Assunção ao prêmio Personalidade do Ano de Gente. Eufórico, ele dedicou o prêmio aos filhos João e Ella FelipaPOR SIMONE BLANES

BOM Um ano

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Especial premiação

Fabio Assunção agradeceu à IstoÉ Gente pelo reconhecimento do trabalho. “Ainda mais porque a revista tem uma linha editorial tão bacana”, elogiou

‘‘Fiz uma peça maravilhosa, entrei em um

programa muito bacana, o Corinthians foi campeão, e nasceu minha filha linda, a Ella Felipa.

Então, receber este prêmio

foi muito importante para mim’’

Fabio Assunção, ator

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Especial premiação

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• Ao descer do palco da premiação, às 22h30 da terça-feira 6, Fabio Assunção não conse-guia conter a felicidade. “Foi uma emoção maravilhosa”, dizia eufórico com o prêmio que acabava de receber – o de Personalidade do Ano. No trajeto para a mesa do jantar, onde a mulher Karina Tavares, o sogro Luís Felipe, a empresária Patrícia Casé e a asses-sora Fabiana Oliva, o aguardavam, o ator parou dezenas de vezes para dar autógrafos e posar para fotos. Era o termômetro de sua popularidade em um ano realmente especial em sua carreira.

“Este ano foi um ano de muitas realizações. Fiz uma peça maravilhosa, entrei em um pro-grama muito bacana, o Corinthians foi cam-peão, e nasceu minha filha linda, a Ella Felipa. Então, receber esse prêmio foi muito impor-tante para mim. Para coroar este ano tão ilu-minado”, resumia ele. Em seu discurso, Fabio – que dedicou o prêmio aos filhos Ella e João, de seu casamento com a empresária Priscila Borgonovi – citou ainda a disputa pelo Emmy Internacional pelo personagem que fez na sé-rie Dalva&Herivelto, ao lado de Adriana Es-teves, no início de 2010.

O prêmio de Gente foi festejado também pela mulher dele, Karina. A publicitária reve-lou que a ideia é continuar comemorando nas férias. “Estávamos agora no carro falando que esse prêmio é para o Fabio fechar o ano com chave de ouro. Hoje é o último evento dele antes de sair de férias. Agora é só descansar e curtir a homenagem em Itacaré, na Bahia, onde passaremos o Réveillon.”

• Ano-Novo• Depois da temporada em praias baianas, Fa-bio volta ao batente no teatro. Sua bem-suce-dida peça, Adultérios, retorna a São Paulo no dia 20 de janeiro. Depois, deve excursionar por capitais brasileiras e termina o semestre no Rio. O seriado Tapas&Beijos também terá nova temporada. De quebra, Fabio pretende dirigir sua primeira montagem nos palcos, com um texto americano. Antes de tudo isso, porém, o ator terá um papel importante no próximo Carnaval de São Paulo: vai desfilar pela escola de samba Gaviões da Fiel, que ho-menageará Lula em 2012. “Farei o chofer do carro do Lula no dia da posse dele”, anteci-pou. Corintiano fanático, ele contou ainda que foi até o estádio do Pacaembu, na capital paulista, para torcer pelo time no domingo 3, quando a equipe se sagrou pentacampeã bra-sileira. “Foi genial. Eu fui ao estádio com o João e o fato é que somos pentacampeões. Vão ter que engolir”, zombou. •

‘‘Foi genial. Eu fui ao estádio

com o João (ver o jogo do Corinthians)

e o fato é que somos

pentacampeões Vão ter que

engolir’’

O ator com a mulher, Karina, e abaixo, com

o governador da Bahia, Jaques Wagner, que lhe

entregou o troféu

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Deborah Secco brilhou no cinema, na tevê, no teatro e também no palco do prêmio Personalidade do Ano, onde foi

homenageada e agradeceu ao marido, Roger FloresPOR BRUNA fURlAN e BRUNA NARCIZO

Só deuELA!

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Especial premiação

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• Elegante em um conjunto de saia e blusa pretos e os cabelos presos em um coque clás-sico, Deborah Secco chegou com o marido, Roger Flores, ao Credicard Hall para rece-ber o prêmio Personalidade do Ano na Dramaturgia. Em 2011, ela brilhou na tevê, como Natalie Lamour, de Insensato Coração, no cinema, como Bruna Surfistinha, e no te-atro, com a peça Mais Uma Vez Amor. Em seu discurso, ela mencionou Roger, com quem trocou olhares enquanto estava no pal-co. “Queria agradecer muito à minha família, em especial ao meu marido, que está aqui, por ter suportado tamanha ausência que a minha profissão exige”, disse. Confira o ba-te-papo com a atriz nos bastidores:

• Como foi para você receber este prêmio?• Debora. Atuar é a única coisa que sei fazer na vida e faço com o maior amor do mundo. Este ano foi iluminado, tive grandes personagens. Ser reconhecida por isso, depois de tamanho trabalho, tamanho sacrifício, é uma emoção. Poder acordar de manhã e ler no jornal uma declaração da Dilma (Rousseff ) de que assis-tia à novela para ver a Natalie... E hoje ela re-forçou isso. Disse: ‘Você divertiu as minhas noites este ano. Era a pessoa que eu mais que-ria encontrar aqui’. Realmente não têm pala-vras que definam o que estou sentindo. • Você já está escalada para o seriado Louco Por Elas. Mais algum novo projeto para 2012?• Este é um superprojeto para mim, com di-reção do João Falcão e da Flávia Lacerda. Poder trabalhar com eles é um privilégio. Eu falo que um especial, um programa semanal, é a cereja do bolo na TV Globo, a gente con-segue trabalhar com mais tempo, não é aque-la loucura de fazer novela. E tem o Confissões de Adolescente, que faz parte da minha histó-ria, foi onde comecei. A gente vai fazer virar filme e será um dos momentos mais emocio-nantes da minha carreira. • Acredita que neste ano você teve uma superexposição na mídia? Pretende descansar um pouco em 2012?• A novela terminou no meio do ano, e a série estreia em abril. Então, vou ficar quase um ano fora do ar. Acho que precisava desse des-canso de imagem e ele aconteceu. Agora, descanso interno para criar um novo perso-nagem, não teve. Já estou fazendo a série. Mas confio tanto no João Falcão como dire-tor que ele supre essa falta de tempo. •

Com um longo preto e uma vertiginosa fenda, a atriz foi aplaudida e admirada por sua beleza pela plateia e pelos homenageados no palco

‘‘Dilma disse: ‘Você divertiu as minhas noites este ano. Era a pessoa que eu mais queria encontrar aqui’. Realmente não têm palavras que definam o que estou sentindo”Deborah Secco

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Como Deborah virou a musa da festa

O cabeleireiro Marcos Proença e a estilista Lethicia Bronstein foram os responsáveis pelo visual inesquecível da atriz

O beauty stylist cuidou do visual: “Fiz um coque com brilho para dar um ar sofisticado”, explicou Proença. Já a estilista ajustava o belíssimo vestido. “Ele tem renda francesa Chantily em cima, paetês e bordados, e uma generosa fenda na coxa esquerda.” O resultado? “Uau!”, exclamou Deborah ao sair do salão para ser aplaudida na noite do prêmio.

Com o marido, o jogador Roger Flores, que foi buscá-la no salão. O vestido de rendas, paetês e fendas (à dir.) foi sucesso no prêmio

Marcos Proença (acima) e a estilista Lethicia Bronstein dão os últimos retoques na produção de Deborah antes do prêmio

Page 15: ISTOÉ Gente 640

Especial premiação

“Atuar é a única coisa

que sei fazer na vida e

faço com o maior amor

do mundo. Este ano foi iluminado,

tive grandes personagens’’

Deborah Secco, atriz

Recordista de bilheteria no cinema com Bruna Surfistinha e responsável pelos picos de audiência de Insensato Coração: aplausos merecidos para Deborah

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Especial premiação

Cauã Reymond, que foi visto em três filmes diferentes este ano, foi homenageado por sua performance nas telonas e, prestes a estrear no papel de pai, ouviu dicas do colega Fabio Assunção e do lutador Anderson Silva POR thaís botelho

O príncipedO cinema

‘‘Sou o mais jovem entre os

homenageados, fico surpreso

com isso. Estou crescendo

rápido’’

• Cauã Reymond parecia tão seguro ao rece-ber o prêmio de Personalidade do Ano no Cinema que se deu ao direito de brincar com a vaidade da colega Deborah Secco e da pre-sidente Dilma Rousseff. Como chegou atra-sado, fez um discurso rápido e bem-humora-do, dizendo que havia levado mais tempo que as duas para se arrumar. O ator, na verdade, tinha acabado de chegar do Rio e voltaria para a cidade no dia seguinte. “Foram três filmes e uma novela. Classifico como um dos melho-res e mais produtivos anos da minha vida”, disse. “O Fabio (Assunção) fez um trabalho fenomenal. A Lilia (Cabral) nem se fala. To-dos os que estão aqui merecem. E sou o mais jovem entre eles, fico surpreso com isso. Estou crescendo rápido”, considera Cauã, que a par-tir de 17 de fevereiro estará nas telas de cine-ma em Reis e Ratos, que também tem Selton Mello e Rodrigo Santoro no elenco.

Cauã, em breve, também começa a gravar Avenida Brasil, próxima novela das 21h da Globo, ao mesmo tempo em que cuida dos preparativos para a chegada da primeira filha com Grazi Massafera – que não o acompa-nhou porque está gravando Aquele Beijo. “Ela vai nascer no meio da novela. Fico preocupa-do porque estarei trabalhando muito”, contou ele, que aproveitou o encontro na festa de pre-miação para pegar algumas dicas com outros pais. “Conversei com o Fábio (Assunção) e com o Anderson Silva. Eles disseram que as meninas são muito apegadas aos pais.” •

“Ela vai nascer no meio da novela. Fico preocupado porque estarei trabalhando muito”, conta o ator sobre a filha

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Especial premiação

Cauã Reymond, que foi visto em três filmes diferentes este ano, foi homenageado por sua performance nas telonas e, prestes a estrear no papel de pai, ouviu dicas do colega Fabio Assunção e do lutador Anderson Silva POR thaís botelho

O príncipedO cinema

‘‘Sou o mais jovem entre os

homenageados, fico surpreso

com isso. Estou crescendo

rápido’’

• Cauã Reymond parecia tão seguro ao rece-ber o prêmio de Personalidade do Ano no Cinema que se deu ao direito de brincar com a vaidade da colega Deborah Secco e da pre-sidente Dilma Rousseff. Como chegou atra-sado, fez um discurso rápido e bem-humora-do, dizendo que havia levado mais tempo que as duas para se arrumar. O ator, na verdade, tinha acabado de chegar do Rio e voltaria para a cidade no dia seguinte. “Foram três filmes e uma novela. Classifico como um dos melho-res e mais produtivos anos da minha vida”, disse. “O Fabio (Assunção) fez um trabalho fenomenal. A Lilia (Cabral) nem se fala. To-dos os que estão aqui merecem. E sou o mais jovem entre eles, fico surpreso com isso. Estou crescendo rápido”, considera Cauã, que a par-tir de 17 de fevereiro estará nas telas de cine-ma em Reis e Ratos, que também tem Selton Mello e Rodrigo Santoro no elenco.

Cauã, em breve, também começa a gravar Avenida Brasil, próxima novela das 21h da Globo, ao mesmo tempo em que cuida dos preparativos para a chegada da primeira filha com Grazi Massafera – que não o acompa-nhou porque está gravando Aquele Beijo. “Ela vai nascer no meio da novela. Fico preocupa-do porque estarei trabalhando muito”, contou ele, que aproveitou o encontro na festa de pre-miação para pegar algumas dicas com outros pais. “Conversei com o Fábio (Assunção) e com o Anderson Silva. Eles disseram que as meninas são muito apegadas aos pais.” •

“Ela vai nascer no meio da novela. Fico preocupado porque estarei trabalhando muito”, conta o ator sobre a filha

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19/12/2011 | 30

• Tão logo recebera seu troféu como Perso-nalidade do ano da Moda, o estilista Pedro Lourenço ficou ansioso por poder conhecer a presidente Dilma Rousseff pessoalmente. E foi o que aconteceu, ainda no palco, quan-do Dilma falou com todos os demais home-nageados da noite. “Ela tem uma energia incrível. Adorei poder conhecê-la”, disse Pe-dro. Na rápida conversa que teve, o jovem de 21 anos reiterou sua preocupação com os im-postos na cadeia produtiva do setor têxtil, tema do seu discurso de agradecimento. No papo, Dilma sorriu e respondeu: “Fica tran-quilo que estou cuidando de tudo. A indús-tria da moda vai bombar”, contou ele, que se tornou o mais novo fã de Dilma. “Ela é uma

Especial premiação

Pedro Lourenço, o melhor da moda em 2011, pede a Dilma Rousseff mais atenção ao setor têxtil e ouve promessa da presidentePOR bianca Zaramella

Papo coma Presidente

“Dilma tem uma energia incrível. Adorei poder conhecê-la” Pedro Lourenço, estilista

mulher de personalidade muito forte e inde-pendente, como as mulheres que imagino para a minha marca. Dilma estava muito ele-gante”, disse ele, que assumiu uma vontade de ser seu estilista oficial no futuro.

• Emoção• Na plateia, os pais de Pedro, os estilistas Reinaldo Lourenço e Gloria Coelho, eram só orgulho. “É ótimo vê-lo tão seguro e reco-nhecido pelo seu trabalho na moda. Depois de todo o sucesso lá fora é bom ser reconhe-cido e ganhar prêmios no próprio país”, disse Gloria. Lilia Cabral também não se privou em elogiar a carreira do rapaz. “Você é muito talentoso menino!”, brincou a atriz. •

O estilista em noite de consagração no Credicard Hall: elogios e conversa engajada

com Dilma (abaixo, observados pelo ministro da fazenda, Guido Mantega)

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Diversão & Arte 19/12/2011 | 109

• Sem lançar um disco de inéditas desde Brasileira da Gema (1996), Beth Carvalho repõe seu bloco na avenida com o CD Nosso Samba Tá na Rua. O álbum representa a superação do grave problema de saúde que prendeu Beth a uma cama por mais de um ano. Nesta entrevista à Gente, a Madrinha do Samba (como é chamada pelos colegas) conceitua o disco, lembra o período mais difícil e celebra as pazes com a Mangueira, que de forma indire-ta a homenageia no Carnaval de 2012 ao desfilar com enredo sobre os 50 anos do bloco Cacique de Ramos.

• A sra. teve um grave problema de saúde. O que aconteceu, afinal?• Tive de fazer uma operação na colu-na, tirar quatro vértebras. Não foi uma operação simples, mas foi bem-sucedi-da. Eu estava bem e ia fazer o show do Réveillon carioca de 2009. Aí, um dia, andando em casa, eu senti uma dor inenarrável. Eu tinha fissurado o sacro (osso situado na base da coluna verte-bral). Fiquei meses de cama, porque não é possível engessar o sacro. A única saída é deitar para que o osso se consolide. Só que o meu osso não se consolidou e eu tive de fazer outra operação. Comecei a me recuperar quando fui operada com uma técnica indiana. Botei dois parafusos, um de 15

centímetros e outro de 14. Esses para-fusos resolveram a questão. Agora eu ando e brinco dizendo que, além de interplanetária, eu sou biônica (Beth se refere ao fato de que, em 1997, uma gravação do samba “Coisinha do Pai” foi usada pela Nasa para acordar um robô em Marte).

• Foi durante o repouso forçado que o Zeca Pagodinho lhe deu um rosário verde e rosa, com as cores da Mangueira?• Sim, foi. No Natal de 2009 eu já estava de cama. Nesse longo tempo em que fiquei de repouso, recebi visitas diárias de amigos. Numa das vezes em que o Zeca veio, ele me trouxe o rosário verde e rosa e me disse que eu ia ficar boa. É raríssimo encontrar uma imagem de Nossa Senhora com as cores da Mangueira. E eu segui meu tratamento até poder sair da cama. É horrorosa a sensação de um dia pisar o chão e não conseguir mais dar um passo. É desesperador porque a sensação é a de que você nunca mais vai andar.

• Foi nessa época que começou a pesquisa de repertório?• Sim. Já me afligia ver a quantidade de fitas cassete que acumulei em 46 anos de carreira. Nunca tive coragem de jogar nada fora porque tenho cabeça de pesquisador. Sou uma intérprete, dependo dos compositores. E resolvi digitalizar esse acervo. Chamei meu amigo Paulinho Bicolor, músico, para essa tarefa de digitalização. Aí eu comecei a ouvir tudo aquilo. Só que, desse acervo, acabei somente aprovei-tando no disco o “Palavras Malditas”, um samba raro do Nelson Cavaquinho com o Guilherme de Brito, que só tinha sido gravado uma única vez, em 1957, pelo Ary Cordovil. Tenho a gravação do Nelson cantando esse samba para mim!

• Como montou o repertório do disco então?• Estava com um monte de sambas inéditos comigo. Quis falar de temas como o amor, o próprio samba, a negritude, o feminismo, a Mangueira. Quis ter um samba de bloco como o “Chega”, porque ninguém mais grava

música para o Carnaval. E consegui ter tudo isso no disco. E tem um bonito samba do Edinho do Samba, “Tô Feliz Demais”, que eu quis gravar porque ele já diz no título qual é o meu estado de espírito atual.

• Como avalia a supremacia do pagode pop nas paradas em detrimento do samba mais tradicional?• Apareceu uma geração de autores e cantores de muita representatividade no samba tradicional. Moyseis Marques, Teresa Cristina, Pedro Miranda, Mariana Baltar, Casuarina... Tem a Mariene de Castro, minha afilha-da da Bahia. Só que tem forças de fora querendo dominar o Brasil através da diminuição da qualidade da nossa músi-ca. Quando um povo quer dominar outro, ele destrói sua cultura. Toda a música brasileira vem do samba, do baião ou do sertanejo. Meu primeiro sucesso, “Andança”, é uma toada, que vem do sertanejo. Esse tripé básico da MPB foi atingido. Tem forró universitário, esse pagode pop, sertane-jo universitário... Estão mediocrizando a música brasileira. Estão forçando a barra para acabar com os valores musicais do nosso povo. • Vai desfilar na Mangueira?• Sim, devo vir na comissão de frente. Estou feliz porque fiz as pazes com a minha escola (a cantora foi impedida de desfilar em 2007 por desentendi-mentos com a antiga diretoria). O primeiro ato do Ivo Meirelles foi pedir desculpas a mim em nome da comunidade quando assumiu a presi-dência. Estou me sentindo homenage-ada com o enredo do Carnaval de 2012. O enredo é “Vou Festejar, Sou Cacique, Sou Mangueira”. Quem será essa pessoa? (risos).

‘‘É desesperadora a sensação de um dia pisar o chão e não conseguir mais dar um passo”

MÚSICA • BETH CARVALHOAVALIA: ★★★★★ INDISPENSÁVEL ★★★★ MUITO BOM

★★★ BOM ★★ REGULAR ★ FRACO

Em 1978, quando seu filme Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977) abo-canhou quatro prêmios no Oscar, Woody Allen não estava presente porque preferira tocar clarinete num pub. Devoto do jazz tradicional, o cineasta sempre pôs sua marca autoral nas trilhas sonoras. Lançada este mês no Brasil, a coletânea dupla Woody Allen & La Musique – De Manhattan à Midnight in Paris junta 36 gravações usadas pelo dire-tor em seus filmes, do período 1979-2011. As 36 gravações priorizam o jazz, mas, mesmo quando enveredam por outros ritmos, primam pela unidade estética. O Brasil está duplamente representado. “Desafinado”, em regis-tro de Stan Getz e Charlie Byrd, foi usada por Allen em Tudo Pode Dar Certo (2009). “South American Way”, tema de A Era do Rádio (1987), está na voz de Carmen Miranda. (M.F.)

COM O BLOCO DE VOLTA À RUA

Em recuperação de um

problema de saúde, a cantora

lança seu primeiro disco de

inéditas em 15 anos, lamenta o

que chama de “mediocrização”

da música e celebra as pazes

com sua escola, a Mangueira

Mauro Ferreira

Na trilha refi nada de Woody AllenSai no Brasil coletânea dupla produzida na França com 36 músicas usadas pelo cineasta em seus fi lmes

TUDO PODE DAR CERTO, DE 2009, TEM “DESAFINADO” NA TRILHA

trilha

A CANTORA DIZ QUE O SAMBA “TÔ FELIZ

DEMAIS” REFLETE SEU ATUAL ESTADO DE

ESPÍRITO

arte • cinema • gastronomia • livros • música • teatro • televisão

Was

hing

ton P

ossa

to

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ulga

ção

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Diversão & Arte 19/12/2011 | 109

• Sem lançar um disco de inéditas desde Brasileira da Gema (1996), Beth Carvalho repõe seu bloco na avenida com o CD Nosso Samba Tá na Rua. O álbum representa a superação do grave problema de saúde que prendeu Beth a uma cama por mais de um ano. Nesta entrevista à Gente, a Madrinha do Samba (como é chamada pelos colegas) conceitua o disco, lembra o período mais difícil e celebra as pazes com a Mangueira, que de forma indire-ta a homenageia no Carnaval de 2012 ao desfilar com enredo sobre os 50 anos do bloco Cacique de Ramos.

• A sra. teve um grave problema de saúde. O que aconteceu, afinal?• Tive de fazer uma operação na colu-na, tirar quatro vértebras. Não foi uma operação simples, mas foi bem-sucedi-da. Eu estava bem e ia fazer o show do Réveillon carioca de 2009. Aí, um dia, andando em casa, eu senti uma dor inenarrável. Eu tinha fissurado o sacro (osso situado na base da coluna verte-bral). Fiquei meses de cama, porque não é possível engessar o sacro. A única saída é deitar para que o osso se consolide. Só que o meu osso não se consolidou e eu tive de fazer outra operação. Comecei a me recuperar quando fui operada com uma técnica indiana. Botei dois parafusos, um de 15

centímetros e outro de 14. Esses para-fusos resolveram a questão. Agora eu ando e brinco dizendo que, além de interplanetária, eu sou biônica (Beth se refere ao fato de que, em 1997, uma gravação do samba “Coisinha do Pai” foi usada pela Nasa para acordar um robô em Marte).

• Foi durante o repouso forçado que o Zeca Pagodinho lhe deu um rosário verde e rosa, com as cores da Mangueira?• Sim, foi. No Natal de 2009 eu já estava de cama. Nesse longo tempo em que fiquei de repouso, recebi visitas diárias de amigos. Numa das vezes em que o Zeca veio, ele me trouxe o rosário verde e rosa e me disse que eu ia ficar boa. É raríssimo encontrar uma imagem de Nossa Senhora com as cores da Mangueira. E eu segui meu tratamento até poder sair da cama. É horrorosa a sensação de um dia pisar o chão e não conseguir mais dar um passo. É desesperador porque a sensação é a de que você nunca mais vai andar.

• Foi nessa época que começou a pesquisa de repertório?• Sim. Já me afligia ver a quantidade de fitas cassete que acumulei em 46 anos de carreira. Nunca tive coragem de jogar nada fora porque tenho cabeça de pesquisador. Sou uma intérprete, dependo dos compositores. E resolvi digitalizar esse acervo. Chamei meu amigo Paulinho Bicolor, músico, para essa tarefa de digitalização. Aí eu comecei a ouvir tudo aquilo. Só que, desse acervo, acabei somente aprovei-tando no disco o “Palavras Malditas”, um samba raro do Nelson Cavaquinho com o Guilherme de Brito, que só tinha sido gravado uma única vez, em 1957, pelo Ary Cordovil. Tenho a gravação do Nelson cantando esse samba para mim!

• Como montou o repertório do disco então?• Estava com um monte de sambas inéditos comigo. Quis falar de temas como o amor, o próprio samba, a negritude, o feminismo, a Mangueira. Quis ter um samba de bloco como o “Chega”, porque ninguém mais grava

música para o Carnaval. E consegui ter tudo isso no disco. E tem um bonito samba do Edinho do Samba, “Tô Feliz Demais”, que eu quis gravar porque ele já diz no título qual é o meu estado de espírito atual.

• Como avalia a supremacia do pagode pop nas paradas em detrimento do samba mais tradicional?• Apareceu uma geração de autores e cantores de muita representatividade no samba tradicional. Moyseis Marques, Teresa Cristina, Pedro Miranda, Mariana Baltar, Casuarina... Tem a Mariene de Castro, minha afilha-da da Bahia. Só que tem forças de fora querendo dominar o Brasil através da diminuição da qualidade da nossa músi-ca. Quando um povo quer dominar outro, ele destrói sua cultura. Toda a música brasileira vem do samba, do baião ou do sertanejo. Meu primeiro sucesso, “Andança”, é uma toada, que vem do sertanejo. Esse tripé básico da MPB foi atingido. Tem forró universitário, esse pagode pop, sertane-jo universitário... Estão mediocrizando a música brasileira. Estão forçando a barra para acabar com os valores musicais do nosso povo. • Vai desfilar na Mangueira?• Sim, devo vir na comissão de frente. Estou feliz porque fiz as pazes com a minha escola (a cantora foi impedida de desfilar em 2007 por desentendi-mentos com a antiga diretoria). O primeiro ato do Ivo Meirelles foi pedir desculpas a mim em nome da comunidade quando assumiu a presi-dência. Estou me sentindo homenage-ada com o enredo do Carnaval de 2012. O enredo é “Vou Festejar, Sou Cacique, Sou Mangueira”. Quem será essa pessoa? (risos).

‘‘É desesperadora a sensação de um dia pisar o chão e não conseguir mais dar um passo”

MÚSICA • BETH CARVALHOAVALIA: ★★★★★ INDISPENSÁVEL ★★★★ MUITO BOM

★★★ BOM ★★ REGULAR ★ FRACO

Em 1978, quando seu filme Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977) abo-canhou quatro prêmios no Oscar, Woody Allen não estava presente porque preferira tocar clarinete num pub. Devoto do jazz tradicional, o cineasta sempre pôs sua marca autoral nas trilhas sonoras. Lançada este mês no Brasil, a coletânea dupla Woody Allen & La Musique – De Manhattan à Midnight in Paris junta 36 gravações usadas pelo dire-tor em seus filmes, do período 1979-2011. As 36 gravações priorizam o jazz, mas, mesmo quando enveredam por outros ritmos, primam pela unidade estética. O Brasil está duplamente representado. “Desafinado”, em regis-tro de Stan Getz e Charlie Byrd, foi usada por Allen em Tudo Pode Dar Certo (2009). “South American Way”, tema de A Era do Rádio (1987), está na voz de Carmen Miranda. (M.F.)

COM O BLOCO DE VOLTA À RUA

Em recuperação de um

problema de saúde, a cantora

lança seu primeiro disco de

inéditas em 15 anos, lamenta o

que chama de “mediocrização”

da música e celebra as pazes

com sua escola, a Mangueira

Mauro Ferreira

Na trilha refi nada de Woody AllenSai no Brasil coletânea dupla produzida na França com 36 músicas usadas pelo cineasta em seus fi lmes

TUDO PODE DAR CERTO, DE 2009, TEM “DESAFINADO” NA TRILHA

trilha

A CANTORA DIZ QUE O SAMBA “TÔ FELIZ

DEMAIS” REFLETE SEU ATUAL ESTADO DE

ESPÍRITO

arte • cinema • gastronomia • livros • música • teatro • televisão

Was

hing

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ossa

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ção

Page 22: ISTOÉ Gente 640

Ensaio

A trajetória de Loris Kraemerh, a menina rica que perdeu tudo, morou na favela e sofreu violência doméstica até se tornar uma top internacional

POR Simone BlaneS fOtOs RichaRd machado stylist anna KatSaniS

Gataborralheira

Vest

ido,

sap

atos

e b

olsa

Sal

vato

re F

erra

gam

o, lu

vas

Loui

s Vu

itton

e p

ulse

ira

Pam

ela

Love

Longos cabelos loiros, olhos verdes e corpo impecável. A menina que perdeu tudo por conta do alcolismo do pai ganhou o mundo: “Hoje sou feliz”

Page 23: ISTOÉ Gente 640

Ensaio

A trajetória de Loris Kraemerh, a menina rica que perdeu tudo, morou na favela e sofreu violência doméstica até se tornar uma top internacional

POR Simone BlaneS fOtOs RichaRd machado stylist anna KatSaniS

Gataborralheira

Vest

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Love

Longos cabelos loiros, olhos verdes e corpo impecável. A menina que perdeu tudo por conta do alcolismo do pai ganhou o mundo: “Hoje sou feliz”

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Ensaio

19/12/2011 | 77

• Uma menina linda, de origem humilde, descoberta por acaso pelo mundo da moda. Resumir a história da brasileira Loris Kraemerh assim, como acontece com a maio-ria das modelos, seria uma simplificação ex-trema diante do drama pessoal vivido pela top até conquistar as capas das revistas e os editorias de moda mundo afora – como este ensaio feito em Nova York. As dificuldades começaram cedo para Loris, de 19 anos.

Ela nasceu prematura depois que sua mãe, então com 15 anos, se sentiu mal em pleno voo de um helicóptero pilotado por seu pai. “Minha mãe era muito nova e não sabia que estava grávida. Meu pai pousou às pressas e nasci em um hospital de Sorocaba (interior de São Paulo), aos cinco meses e meio”, con-ta à Gente. A bebê, claro, tinha poucas chances de sobrevivência, mas depois de três meses na incubadora, recebeu alta sem ne-nhuma sequela. Passado o susto, ela teve uma vida confortável, cheia de brinquedos, viagens e estudando em uma excelente esco-la. Até os 9 anos de idade.

Ironia do destino, o pai perdeu o emprego e se perdeu na bebida. Começavam as incon-táveis cenas de violência doméstica. “O alco-olismo do meu pai estragou tudo. E a minha mãe não era fácil, ela me batia muito”, diz a modelo que, além de encarar a separação dos pais, teve de se acostumar a uma vida dife-rente, em uma favela na capital paulista. “Minha mãe estava grávida de 9 meses e nos mudamos com a roupa do corpo. Lembro que eu trouxe uma (boneca) Barbie escondi-da. Não tínhamos o que comer e presenciei desde pessoas sendo mortas até venda de drogas na favela. Não podíamos nem abrir as janelas de casa”, relembra.

Sendo a filha mais velha, Loris teve de tra-balhar ainda criança para ajudar no sustento da família. “Comecei como estoquista de loja. Como não aparentava meus 9 anos por causa da minha altura, consegui o emprego.” Ela caminhava às 5h da madrugada, nove quilômetros para comer a merenda da escola

pública e voltava tarde todas as noites. O alento era dado pelas tias da modelo, que muitas vezes entravam à força na casa para salvá-la, e aos irmãos, das surras da mãe. O padrasto, com 21 anos na época, também defendia as crianças.

“Hoje em dia tenho dois pais que eu amo muito”, afirma a top, que no mês de agosto reencontrou seu pai biológico depois de 11 anos. Ela conta como tudo aconteceu: “Procurei meu pai em todas as redes sociais da internet. Um dia, minha avó me achou na lista de contatos dele e escreveu: ‘Não sei se você é a minha neta. Se for, a vó está morren-do de saudades’”. O encontro, depois da Semana de Moda de Nova York, foi emocio-nante. “Conversei com meu pai, entendi que ele fez tudo aquilo porque estava doente e o perdoei”, relata. Com a mãe, Loris ainda tem uma relação conturbada. “Ela me expulsou de casa e tem muitos problemas psicológicos. Mas não a culpo, embora seja difícil esquecer todas as surras que eu levei”, desabafa.

• Novos ares• Aos 15 anos, a sorte da adolescente virou quando ela entrou em um processo seletivo para modelos. “Nunca foi um sonho. Mas minha mãe estava desempregada, meu pa-drasto era caminhoneiro e quando vi que não tinha comida em casa... Fui a única escolhida pelo olheiro e, quatro dias depois, já estava trabalhando”, conta.

Com o tempo e o trabalho, Loris conquis-tou a capa da Vogue Itália e deslanchou. “Hoje me sustento, comprei meu aparta-mento em Nova York e sou feliz como mo-delo. Tenho muitas amigas que eu amo. Gostamos de ir ao Farofa, um bar brasileiro em Nova York, onde tomamos caipirinha e comemos pão de queijo”, diverte-se.

Dona de longos cabelos loiros, olhos verdes e corpo impecável, nutre um sonho de menina para o futuro: “Quero viver um grande amor e ser mãe. Vou tratar meus filhos com respeito, como eu gostaria de ter sido tratada”. •

‘‘Não tínhamos o que comer e presenciei desde pessoas sendo mortas até venda de drogas na favela. Não podíamos nem abrir as janelas de casa’’

Blu

sa e

ves

tido

BC

BG

e a

néis

Raj

ana

Kha

n

CabelO • Elsa CanEdoMaquiageM • MykEl REnnER paRa MaCManiCuRe • ViRginia BoRiniassistente de fOtOgRafia • ChaRliE EngManassistente de styling • ashE daVisVídeO (nO site) • MilEs adgatE

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“Vou tratar meus filhos com respeito,

como eu gostaria de ter sido tratada”,

garante a modelo

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Ensaio

19/12/2011 | 77

• Uma menina linda, de origem humilde, descoberta por acaso pelo mundo da moda. Resumir a história da brasileira Loris Kraemerh assim, como acontece com a maio-ria das modelos, seria uma simplificação ex-trema diante do drama pessoal vivido pela top até conquistar as capas das revistas e os editorias de moda mundo afora – como este ensaio feito em Nova York. As dificuldades começaram cedo para Loris, de 19 anos.

Ela nasceu prematura depois que sua mãe, então com 15 anos, se sentiu mal em pleno voo de um helicóptero pilotado por seu pai. “Minha mãe era muito nova e não sabia que estava grávida. Meu pai pousou às pressas e nasci em um hospital de Sorocaba (interior de São Paulo), aos cinco meses e meio”, con-ta à Gente. A bebê, claro, tinha poucas chances de sobrevivência, mas depois de três meses na incubadora, recebeu alta sem ne-nhuma sequela. Passado o susto, ela teve uma vida confortável, cheia de brinquedos, viagens e estudando em uma excelente esco-la. Até os 9 anos de idade.

Ironia do destino, o pai perdeu o emprego e se perdeu na bebida. Começavam as incon-táveis cenas de violência doméstica. “O alco-olismo do meu pai estragou tudo. E a minha mãe não era fácil, ela me batia muito”, diz a modelo que, além de encarar a separação dos pais, teve de se acostumar a uma vida dife-rente, em uma favela na capital paulista. “Minha mãe estava grávida de 9 meses e nos mudamos com a roupa do corpo. Lembro que eu trouxe uma (boneca) Barbie escondi-da. Não tínhamos o que comer e presenciei desde pessoas sendo mortas até venda de drogas na favela. Não podíamos nem abrir as janelas de casa”, relembra.

Sendo a filha mais velha, Loris teve de tra-balhar ainda criança para ajudar no sustento da família. “Comecei como estoquista de loja. Como não aparentava meus 9 anos por causa da minha altura, consegui o emprego.” Ela caminhava às 5h da madrugada, nove quilômetros para comer a merenda da escola

pública e voltava tarde todas as noites. O alento era dado pelas tias da modelo, que muitas vezes entravam à força na casa para salvá-la, e aos irmãos, das surras da mãe. O padrasto, com 21 anos na época, também defendia as crianças.

“Hoje em dia tenho dois pais que eu amo muito”, afirma a top, que no mês de agosto reencontrou seu pai biológico depois de 11 anos. Ela conta como tudo aconteceu: “Procurei meu pai em todas as redes sociais da internet. Um dia, minha avó me achou na lista de contatos dele e escreveu: ‘Não sei se você é a minha neta. Se for, a vó está morren-do de saudades’”. O encontro, depois da Semana de Moda de Nova York, foi emocio-nante. “Conversei com meu pai, entendi que ele fez tudo aquilo porque estava doente e o perdoei”, relata. Com a mãe, Loris ainda tem uma relação conturbada. “Ela me expulsou de casa e tem muitos problemas psicológicos. Mas não a culpo, embora seja difícil esquecer todas as surras que eu levei”, desabafa.

• Novos ares• Aos 15 anos, a sorte da adolescente virou quando ela entrou em um processo seletivo para modelos. “Nunca foi um sonho. Mas minha mãe estava desempregada, meu pa-drasto era caminhoneiro e quando vi que não tinha comida em casa... Fui a única escolhida pelo olheiro e, quatro dias depois, já estava trabalhando”, conta.

Com o tempo e o trabalho, Loris conquis-tou a capa da Vogue Itália e deslanchou. “Hoje me sustento, comprei meu aparta-mento em Nova York e sou feliz como mo-delo. Tenho muitas amigas que eu amo. Gostamos de ir ao Farofa, um bar brasileiro em Nova York, onde tomamos caipirinha e comemos pão de queijo”, diverte-se.

Dona de longos cabelos loiros, olhos verdes e corpo impecável, nutre um sonho de menina para o futuro: “Quero viver um grande amor e ser mãe. Vou tratar meus filhos com respeito, como eu gostaria de ter sido tratada”. •

‘‘Não tínhamos o que comer e presenciei desde pessoas sendo mortas até venda de drogas na favela. Não podíamos nem abrir as janelas de casa’’

Blu

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Raj

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Kha

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CabelO • Elsa CanEdoMaquiageM • MykEl REnnER paRa MaCManiCuRe • ViRginia BoRiniassistente de fOtOgRafia • ChaRliE EngManassistente de styling • ashE daVisVídeO (nO site) • MilEs adgatE

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“Vou tratar meus filhos com respeito,

como eu gostaria de ter sido tratada”,

garante a modelo

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14/01/2011 | 71

Gente entrevista

“Fui criado para participar das questões nacionais”Em Tudo Pelo Poder, onde atua e dirige, George Clooney volta a falar de um de seus temas preferidos: política. Nesta entrevista à Gente, ele fala de como o assunto era tratado em família e compara os bastidores de Hollywood a Casa BrancaPOR CARLOS HELÍ DE ALMEIDA

• Irônico e sedutor até o último fi o de cabelo grisalho, George Clooney só trabalha em fi l-mes que lhe interessam, com roteiros provo-cadores. Virou um dos maiores astros de Hollywood de nossos tempos. Aos 50 anos de idade, o ex-galã de Plantão Médico é um homem engajado em causas políticas e so-ciais e escolhe cuidadosamente os fi lmes em que atua ou dirige. É também um solteirão convicto, mas um namorador de plantão. Ainda assim, dribla a indústria de celebrida-des e tira as fofocas de letra. “Minha tia é uma cantora famosa e meu pai trabalhou du-rante muitos anos na tevê. Sei como lidar com a fama”, disse o ator – dono de um Os-car por seu desempenho em Syriana (2005) – durante o Festival de Londres, onde foi promover Tudo Pelo Poder, seu novo trabalho como diretor. Na história, que entra no cir-cuito brasileiro dia 23, Clooney toma para o si o papel de Mike Morris, governador que disputa a indicação do partido democrata para a corrida à Casa Branca, coprotagonista de uma trama que envolve traição e corrup-ção. Baseado na peça Farragut North, de Beau Willimon, o fi lme devolve Clooney ao território que o consagrou como realizador: o do drama de fundo político.

• Seu pai concorreu a uma vaga como vereador distrital no Estado de Kentucky, em 2004. Teve alguma ajuda dele para construir o seu personagem em Tudo Pelo Poder?• George Clooney. Há alguns elementos que consegui em conversas com meu pai, como a tradição de apertar as mãos de gente que normalmente não apertaria normalmente. Infelizmente, é assim. Não se consegue fi -nanciar a própria campanha a não ser que se tenha bastante dinheiro, o que não era o caso de meu pai.

• Tem intenção de algum dia concorrer a um cargo público?• Tenho uma vida muito confortável e não pretendo abandoná-la (risos). Mas isso não quer dizer que não continuarei a expressar minhas posições. Meu bisavô foi prefeito da cidade dele, meu pai foi apresentador de no-ticiário de tevê por 40 anos, antes de se aven-turar em uma campanha política. Algumas das maiores mudanças no meu país nessas áreas aconteceram na minha infância e ju-ventude e, portanto, fui criado para contri-buir e para participar ativamente das ques-tões nacionais.

Clooney diz que conversou com o pai, um

ex-candidato a vereador, para

construir o personagem AP

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14/01/2011 | 71

Gente entrevista

“Fui criado para participar das questões nacionais”Em Tudo Pelo Poder, onde atua e dirige, George Clooney volta a falar de um de seus temas preferidos: política. Nesta entrevista à Gente, ele fala de como o assunto era tratado em família e compara os bastidores de Hollywood a Casa BrancaPOR CARLOS HELÍ DE ALMEIDA

• Irônico e sedutor até o último fi o de cabelo grisalho, George Clooney só trabalha em fi l-mes que lhe interessam, com roteiros provo-cadores. Virou um dos maiores astros de Hollywood de nossos tempos. Aos 50 anos de idade, o ex-galã de Plantão Médico é um homem engajado em causas políticas e so-ciais e escolhe cuidadosamente os fi lmes em que atua ou dirige. É também um solteirão convicto, mas um namorador de plantão. Ainda assim, dribla a indústria de celebrida-des e tira as fofocas de letra. “Minha tia é uma cantora famosa e meu pai trabalhou du-rante muitos anos na tevê. Sei como lidar com a fama”, disse o ator – dono de um Os-car por seu desempenho em Syriana (2005) – durante o Festival de Londres, onde foi promover Tudo Pelo Poder, seu novo trabalho como diretor. Na história, que entra no cir-cuito brasileiro dia 23, Clooney toma para o si o papel de Mike Morris, governador que disputa a indicação do partido democrata para a corrida à Casa Branca, coprotagonista de uma trama que envolve traição e corrup-ção. Baseado na peça Farragut North, de Beau Willimon, o fi lme devolve Clooney ao território que o consagrou como realizador: o do drama de fundo político.

• Seu pai concorreu a uma vaga como vereador distrital no Estado de Kentucky, em 2004. Teve alguma ajuda dele para construir o seu personagem em Tudo Pelo Poder?• George Clooney. Há alguns elementos que consegui em conversas com meu pai, como a tradição de apertar as mãos de gente que normalmente não apertaria normalmente. Infelizmente, é assim. Não se consegue fi -nanciar a própria campanha a não ser que se tenha bastante dinheiro, o que não era o caso de meu pai.

• Tem intenção de algum dia concorrer a um cargo público?• Tenho uma vida muito confortável e não pretendo abandoná-la (risos). Mas isso não quer dizer que não continuarei a expressar minhas posições. Meu bisavô foi prefeito da cidade dele, meu pai foi apresentador de no-ticiário de tevê por 40 anos, antes de se aven-turar em uma campanha política. Algumas das maiores mudanças no meu país nessas áreas aconteceram na minha infância e ju-ventude e, portanto, fui criado para contri-buir e para participar ativamente das ques-tões nacionais.

Clooney diz que conversou com o pai, um

ex-candidato a vereador, para

construir o personagem AP

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‘‘Cresci nos anos 60 e 70, numa época em que os fi lmes refl etiam sobre o movimento pelos direitos civis, os protestos antiguerra, os movimentos feministas. Vem daí o meu gosto por fi lmes que levantam questões sem, necessariamente, oferecer respostas’’George Clooney

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA EMWWW.ISTOEGENTE.COM.BR

“Sei bem o que é lidar com esse aspecto da celebridade. Mas sempre preferi falar sobre meus fi lmes do que sobre minha vida particular”

Gente entrevista

• Acredita que o cinema pode mudar a realidade ou interferir nela?• Cresci nos anos 60 e 70, numa época em que os fi lmes refl etiam sobre o movimento pelos direitos civis, os protestos antiguerra, os movimentos feministas. Vem daí o meu gosto por fi lmes que levantam questões sem, necessariamente, oferecer respostas. Mas acho que fi lmes não têm muita infl uência sobre o cenário político ou social. Um fi lme como Tudo Pelo Poder leva, no mínimo, dois anos para ser escrito, produzido, fi lmado e lançado. Então, ele funciona como um mero espelho de certo momento que já passou.

• Os bastidores de Hollywood são tão maquiavélicos quanto os do Congresso americano?• O cinema como indústria, como negócio, pode abrigar gente assim, que queira esfa-quear as pessoas pelas costas. Mas existe uma dose de generosidade entre os atores que não se vê entre os políticos (risos). Tenho certeza de que vocês, da imprensa, gostariam de cor-tar a cabeça de alguns atores, mas a maioria deles é muito gentil um com o outro. Porque somos tão afortunados por fazer um trabalho que amamos. Somos privilegiados e temos a

noção exata de que não é só por nosso bri-lhantismo que chegamos aonde chegamos. É resultado de uma série de felizes acidentes que encontramos ao longo do percurso.

• Sente-se frustrado quando as questões sérias levantadas em seus fi lmes são ofuscadas pela curiosidade em descobrir que grife está vestindo ou com quem o sr. está saindo?• Compreendo bem os dois lados. Minha tia (Rosemary Clooney) é uma cantora famosa, meu pai trabalhou anos na tevê, durante mui-to tempo fi z parte do elenco de um bem-su-cedido seriado (a série Plantão Médico). En-tão, sei bem o que é lidar com esse aspecto da celebridade. Mas sempre preferi falar sobre meus fi lmes do que minha vida particular. •

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No fi lme, o ator é um governador que

tenta concorrer à Presidência

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Televisão

19/12/2011 | 61

• A quinta-feira 8 foi um dia atípico para Luciana Gimenez. Às 11h40 ela se apresen-tou na base do 20° Grupo de Artilharia de Campanha Leve do Exército Brasileiro, no município de Barueri, em São Paulo, onde encarou um dia de treinamento de guerra. Bem-humorada, a apresentadora do Super-pop começou o desafi o, um circuito de trei-namento físico militar, de shorts e regata com seu nome. Ela estava gravando o qua-dro “Gimenez na Real” e pensou que tudo seria uma brincadeira...

O sol ainda estava ardido quando Luciana começou a série de fl exões de braço, abdomi-nais, agachamentos e levantamento de peso. “Treinamento bem pesadinho esse, né? Não é para meninas...”, ela comentou com Gente. Na segunda etapa, a apresentadora teve de vestir a chamada gandola de combate, uma farda militar camufl ada, e uma mochila cheia de apetrechos nas costas. Nos bolsos, Luciana colocou batom e celular, motivo da primeira bronca da comandante. “Preciso estar com o telefone por causa dos meus fi lhos”, tentou justifi car, mas também tinha o coturno amar-rado de modo errado.

Depois que a mãe de Lucas e Lorenzo Ga-briel partiu do alojamento em direção a uma trilha intitulada de “pista aeromóvel”, acon-teceu a etapa mais árdua. “Aqui preparamos os soldados para passar por qualquer terreno e se movimentar em qualquer lugar”, expli-cou a capitã Marília Villas Boas. O trajeto incluía obstáculos como pneus e uma tubula-

De farda militar, Luciana bate continência na base do 20° Grupo de Artilharia de Campanha Leve do Exército Brasileiro, em São Paulo

A apresentadora encara a trilha onde os soldados

aprendem a passar por obstáculos no terreno

Luciana Gimenez sofre em campo de treinamento do Exército para gravar seu reality show da Rede TV!

Mas a apresentadora não desistiu POR SIMONE BLANES

FOTOS SIDNEI RODRIGUES / AG. ISTOÉ

PEDE PRA SAIR, GIMENEZ!

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Televisão

19/12/2011 | 61

• A quinta-feira 8 foi um dia atípico para Luciana Gimenez. Às 11h40 ela se apresen-tou na base do 20° Grupo de Artilharia de Campanha Leve do Exército Brasileiro, no município de Barueri, em São Paulo, onde encarou um dia de treinamento de guerra. Bem-humorada, a apresentadora do Super-pop começou o desafi o, um circuito de trei-namento físico militar, de shorts e regata com seu nome. Ela estava gravando o qua-dro “Gimenez na Real” e pensou que tudo seria uma brincadeira...

O sol ainda estava ardido quando Luciana começou a série de fl exões de braço, abdomi-nais, agachamentos e levantamento de peso. “Treinamento bem pesadinho esse, né? Não é para meninas...”, ela comentou com Gente. Na segunda etapa, a apresentadora teve de vestir a chamada gandola de combate, uma farda militar camufl ada, e uma mochila cheia de apetrechos nas costas. Nos bolsos, Luciana colocou batom e celular, motivo da primeira bronca da comandante. “Preciso estar com o telefone por causa dos meus fi lhos”, tentou justifi car, mas também tinha o coturno amar-rado de modo errado.

Depois que a mãe de Lucas e Lorenzo Ga-briel partiu do alojamento em direção a uma trilha intitulada de “pista aeromóvel”, acon-teceu a etapa mais árdua. “Aqui preparamos os soldados para passar por qualquer terreno e se movimentar em qualquer lugar”, expli-cou a capitã Marília Villas Boas. O trajeto incluía obstáculos como pneus e uma tubula-

De farda militar, Luciana bate continência na base do 20° Grupo de Artilharia de Campanha Leve do Exército Brasileiro, em São Paulo

A apresentadora encara a trilha onde os soldados

aprendem a passar por obstáculos no terreno

Luciana Gimenez sofre em campo de treinamento do Exército para gravar seu reality show da Rede TV!

Mas a apresentadora não desistiu POR SIMONE BLANES

FOTOS SIDNEI RODRIGUES / AG. ISTOÉ

PEDE PRA SAIR, GIMENEZ!

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19/12/2011 | 62

ção escura e enlameada. Ela hesitou, mas não desistiu. Atravessou um lago em cima de uma ponte de cordas, dependurou-se em ci-pós e até se arrastou pela lama. Tudo embaixo da chuva que caiu na tarde da quinta-feira 8.

Antes de encarar o desafio final, o túnel ca-muflado, a apresentadora precisou do incen-tivo dos outros soldados. Gritou a palavra “superação” e, com muito esforço, concluiu o exercício. “Entrar nesse túnel e não conseguir avistar o final foi o que mais me deu frio na barriga e falta de ar”, disse. Os relógios mar-cavam 17 horas quando a “soldado Gimenez” viu o resultado de seus esforços. Ela recebeu uma homenagem: a boina das Forças de Ação Rápida. “Quase chorei, mas não poderia pa-gar esse mico. Lembrei dos meus pais e dos meus filhos”, contou ela. E concluiu: “Como toda mãe, vou ficar com o coração apertado quando eles tiverem de se alistar...”. •

Cenas do campo: o início do percurso, ainda de regata. Travessia de uma tubulação estreita e no meio da lama. Ponte de cordas (abaixo), que exigiu equilíbrio da apresentadora

“Quase chorei, mas não poderia pagar esse mico”, disse Luciana, que recebeu uma homenagem ao concluir o treinamento

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R$ 9,90

00/NON/2011ANO 12

N° 000

9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 93600

I S S N 1 5 1 6 - 8 2 0 4

NA TERÇA-FEIRA 6, A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF DIVIDE O PALCO COM PEDRO LOURENÇO, CAUÃ REYMOND, LILIA CABRAL, FABIO ASSUNÇÃO, DEBORAH SECCO E ANDERSON SILVA

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19/DEZ/2011ANO 13

N° 640 NOVO FORMATO E UM NOVO PROJETO GRÁFICO.IstoÉ Gente, ainda mais so� sticada

O PRÊMIO DO ANOA emoção de Lilia Cabral ao receber o troféu de Istoé Gente das mãos da presidente Dilma • Cauã Reymond anuncia na festa que será pai de uma

menina • Deborah Secco, Fabio Assunção e todo o agito da premiação

NOVO FORMATO E UM NOVO PROJETO GRÁFICO.IstoÉ Gente, mais so� sticada, mais moderna

LUCIANA GIMENEZ VIRA SOLDADO DO EXÉRCITO POR UM DIA

GIANECCHINI ADIA TRANSPLANTE PARA JANEIRO

LUCIANA GIMENEZ VIRA SOLDADO DO EXÉRCITO POR UM DIA

GIANECCHINI ADIA TRANSPLANTE PARA JANEIRO

9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 04600

I S S N 1 5 1 6 - 8 2 0 4