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INSTRUÇÃO TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO ITD-03 Revisão 1 Critérios de Fiscalização de Redes de Distribuição Urbanas e Rurais COMPANHIA ENERGÉTICA DE GOIÁS

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INSTRUÇÃO TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO

ITD-03 Revisão 1

Critérios de Fiscalização de Redes de Distribuição Urbanas e Rurais

COMPANHIA ENERGÉTICA DE GOIÁS

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ITD-03 / DIVISÃO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

Í N D I C E

SEÇÃO TÍTULO PÁGINA 1. INTRODUÇÃO 1 2. OBJETIVO 2 3. CAMPO DE APLICAÇÃO 3 4. CONCEITO 4 5. ETAPAS DE FISCALIZAÇÃO 5 5.1 Divisão das Etapas de Fiscalização 5 5.2 Generalidades 5 6. ETAPAS E ATRIBUIÇÕES ANTES DA EXECUÇÃO 6 6.1 Verificação das Condições de Execução do Projeto 6 6.2 Programação de Execução da Obra 6 6.3 Verificação da AFS e Requisição de Material 8 7. ETAPAS E ATRIBUIÇÕES DURANTE A EXECUÇÃO DA OBRA 9 7.1 Verificação da Viabilidade de Implantação da Obra 9 7.2 Desmatamento 107.3 Locação 117.4 Estaiamento 117.5 Escavação 127.6 Verificação da Aplicação dos Condutores 137.7 Materiais 167.8 Verificação de Veículos, Equipamentos e Ferramentas 227.9 Verificação da Armazenagem dos Materiais 237.10 Verificação da Segurança e Medicina do Trabalho 237.11 Verificação do Aspecto Geral da Obra 248. ETAPAS E ATRIBUIÇÕES APÓS A EXECUÇÃO DA OBRA 258.1 Documentos da Obra 258.2 Relatório Geral de Encerramento com Informações para Avaliação de

Desempenho da Empreiteira

268.3 Cadastramento 26ANEXOS Anexo A Procedimentos para Fiscalização de Redes Convencionais 27Anexo B Procedimentos para Fiscalização de Rede Compacta 32DESENHOS Desenho 1 Engastamento Simples 34Desenho 2 Engastamento com Base Reforçada 35Desenho 3 Fôrma para Concretagem de Base - Poste de Concreto Circular 36Desenho 4 Concretagem de Base para Poste de Concreto Circular 11 m 37Desenho 5 Concretagem de Base para Poste de Concreto Circular 12 m 38Desenho 6 Concretagem de Base para Poste de Concreto Circular 13 m 39Desenho 7 Base para Poste 11/1000 40Desenho 8 Base para Poste 12/1000 41Desenho 9 Base para Poste 12/1500 42Desenho 10 Base para Poste 12/2000 43Desenho 11 Base para Poste 13/1500 44Desenho 12 Base para Poste 13/2000 45Desenho 13 Base para Poste 14/2000 46

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1. INTRODUÇÃO

As instruções contidas neste manual foram elaboradas observando-se as recomendações dos relatórios da ABRADEE, as portarias da ANEEL e as normas técnicas da Celg. As prescrições deste manual destinam-se a prestar orientações aos fiscais que atuam junto ao setor encarregado de acompanhar e fiscalizar obras de redes de distribuição urbanas (convencionais, compactas e isoladas) e redes de distribuição rurais. A aceitação da RDR e da RDU, não implica em qualquer responsabilidade da Celg com relação às condições técnicas das instalações das unidades consumidoras, após a medição.

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2. OBJETIVO

O presente manual tem por objetivo básico a uniformização dos procedimentos e definição dos critérios para fiscalização e acompanhamento da execução das obras de distribuição urbanas e rurais, executadas por firmas empreiteiras. Entende-se por acompanhamento a presença da fiscalização durante todo o desenvolvimento de uma atividade de construção julgada necessária pela Celg.

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3. CAMPO DE APLICAÇÃO

O presente trabalho destina-se ao uso dos setores técnicos da área de distribuição da Celg envolvidos diretamente na execução de obras e serviços de redes de distribuição urbanas e rurais. Na aplicação deste manual deverão ser observadas: NTD-01 - Postes de Concreto Armado para Redes de Distribuição. NTD-02 - Ferragens para Redes Aéreas de Distribuição. NTD-03 - Caixas para Medição, Proteção e Derivação. NTD-04 - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição. NTD-05 - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária de Distribuição. NTD-06 - Estruturas para Redes de Distribuição Rural - Tensões 13,8 e 34,5 kV. NTD-07 - Critérios de Projetos de Redes de Distribuição Rural. NTD-08 - Critérios de Projetos de Redes de Distribuição Urbana. NTD-10 - Transformadores para Redes Aéreas de Distribuição Classes 15 e 36,2 kV -

Especificação e Padronização. NTD-11 - Especificação para Levantamento Topográfico de Redes de Distribuição

Tensões 13,8 e 34,5 kV. NTD-12 - Padronização e Especificação de Chaves Fusíveis de Distribuição – Classes

de Tensão 15 e 36,2 kV. NTD-13 - Pára-raios de Distribuição sem Centelhados - Especificação e Padronização NTD-15 - Procedimentos Básicos para Uso Mútuo de Poste. NTD-16 - Padrões Pré-fabricados em Poste de Aço e Concreto - Especificação e

Padronização. NTD-17 - Estruturas de Redes de Distribuição Aéreas Compactas, Protegidas, em

Espaçadores - Classe 15 kV. NTD-18 - Estruturas para Redes Aéreas Isoladas em Tensão Secundária de

Distribuição. NTD-19 - Pré-formados - Especificação e Padronização.

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4. CONCEITO

Fiscalizar é uma atividade que a Celg exerce para verificar se suas obras ou serviços estão sendo executados pela empreiteira de conformidade com os projetos e com as exigências contratuais, em estrita observância às suas normas e especificações.

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5. ETAPAS DE FISCALIZAÇÃO 5.1 Divisão das Etapas de Fiscalização

- Antes da execução da obra. - Durante a execução da obra. - Após a execução da obra.

5.2 Generalidades Durante todas as etapas a fiscalização deverá atentar para: a) verificação da execução das atividades de construção, devendo ser exigido das

empreiteiras o cumprimento dos termos contratuais e o uso conveniente das normas técnicas, especificações e procedimentos em geral, de modo a garantir a perfeita execução das obras;

b) retificação dos serviços que julgarem defeituosos; c) medição dos serviços executados; d) elaboração de relatórios, especificando:

- início da execução da obra; - previsão de conclusão da obra; - desenvolvimento das obras e serviços, bem como a sua qualidade; - problemas da obra e falta de materiais; - cumprimento dos prazos e desempenho da empreiteira; - parecer sobre o comportamento dos padrões técnicos de montagem sugerindo as

modificações julgadas convenientes; - discriminação das condições de uso dos veículos na obra;

e) verificação da qualidade dos materiais, quando fornecidos pela empreiteira, para

serem empregados na obra, observando se atendem as especificações da Celg; f) correta aplicação dos materiais e equipamentos, no transcorrer da obra; g) dúvidas relacionadas com a execução da obra, apresentadas pela empreiteira, as

quais deverão ser esclarecidas de acordo com o que foi solicitado; h) cadastramento dos equipamentos instalados na rede (RDU, RDR ou Compacta),

através de instalação de placas, conforme ITD-05 - Cadastramento de Rede de Distribuição.

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6. ETAPAS E ATRIBUIÇÕES ANTES DA EXECUÇÃO DA OBRA

A fiscalização deve participar do planejamento das etapas de execução da obra, onde serão verificadas as condições de execução do projeto, programação da execução da obra, autorização de fornecimento de serviço (AFS), requisição e entrega de materiais.

6.1 Verificação das Condições de Execução do Projeto Consiste em verificar todos os aspectos inerentes ao projeto como: - identificar o sistema elétrico onde o projeto será implantado; - identificar no projeto os locais de maior concentração de carga, bem como as cargas

especiais; - identificar os principais equipamentos projetados, tais como transformadores, regu-

ladores de tensão, religadores, etc; - analisar outros pontos considerados importantes do projeto, tais como cruzamentos

aéreos, travessias, derivações, mudanças de bitolas, ângulos, jampeamentos, estaiamentos, postes reforçados, estruturas especiais, iluminação pública, etc.;

- analisar o desmonte de redes com ou sem reaproveitamento parcial ou total dos ma-teriais;

- tomar conhecimento, embora ainda em caráter geral, das implicações do desliga-mento junto às diferentes categorias de consumidores, devendo ser levado em conta a duração máxima de cada desligamento, a sua frequência e a área da rede a ser atingida pelo mesmo;

- estudar a capacidade de manobra da rede e verificar os recursos operacionais dispo-níveis para reduzir ou mesmo suprir os efeitos dos desligamentos.

6.2 Programação de Execução da Obra

A programação da execução da obra deve ser elaborada pela empreiteira em conjunto com a fiscalização, levando-se em conta os seguintes itens:

a) Verificar e contactar, preferencialmente, através do representante local da Celg e

demais orgãos públicos ou terceiros sobre o caminhamento e existência de impedimentos (projetos viários, loteamentos ou quaisquer outros obstáculos) que possam afetar a execução da obra.

b) Equipamentos e pessoal especializado, devidamente treinados e disponíveis, de

modo a não causar atrasos na execução da obra. c) Providências ligadas ao desmonte de RDUs ou RDRs, reaproveitamento dos

materiais e do recebimento dos salvados. 6.2.1 Desligamento

Nenhum desligamento pode ser executado em uma RDU ou RDR, sem prévia autorização do órgão responsável pela operação. Na Celg o responsável pelos desligamentos é o Centro de Operação de Distribuição (COD).

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a) A programação do desligamento deve ser elaborada de acordo com critérios esta-

belecidos, definindo claramente os trechos a serem desenergizados, indicados em plantas e/ou croquis que contenham inclusive a numeração dos novos postos a serem instalados, anexos aos PDs, bem como as manobras que se fizerem necessárias. Daí as considerações a seguir: - a Celg deve estabelecer um programa de desligamento que não cause improdu-

tividade à empreiteira; - previsão de desligamento de modo a evitar coincidência com determinados even-

tos ou comemorações na área; - uso de todos os recursos operacionais da empresa através da utilização simultâ-

nea de várias turmas de construção e manutenção, equipadas com recursos de comunicação, utilização de turmas de linha viva, instalação provisória de chaves, seccionamentos de circuitos, sem comprometimento das normas de segurança;

- em áreas rurais não deverão ser programados desligamentos nos horários de maior solicitação de carga, principalmente se estas forem sazonais, por ser uma característica da atividade da região;

- para cidades turísticas, balneários, estâncias hidrotermais ou pequenas localida-des não devem ser programados desligamentos nos fins de semana e/ou temporadas;

- havendo apenas consumidores residenciais o desligamento deve ser programado para os dias úteis.

b) Pedido de desligamento (PD)

Deverá ser feito pela fiscalização diretamente ao COD, que é o responsável pela operação, de conformidade com o disposto na ITD-04 - Desligamento Programado. O horário de desligamento deve ser programado, observando os seguintes aspectos: b.1) redes de baixa tensão - o tempo de duração de cada desligamento deve ser no

máximo de 05 horas por dia e não será permitido: - desligamentos nos horários das 11:00 às 13:00 horas e

das 18:00 às 06:00 horas; - desligamento de um mesmo circuito de transformador

mais de 2 vezes por semana e em dias consecutivos.

b.2) redes de alta tensão - o tempo de duração de cada desligamento será no máximo de 5 horas por dia e não será permitido:

- desligamentos nos horários das 11:00 às 13:00 horas e das 18:00 às 24:00 horas;

- desligamento de um mesmo equipamento de alta tensão mais de 2 vezes por semana e em dias consecutivos.

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c) Prazos para solicitar desligamentos.

Para possibilitar a comunicação aos consumidores com um mínimo de 72 horas e usufruir dos benefícios da Resolução 024/2000 da Aneel, os pedidos de desligamento de rede de alta tensão devem ser apresentados no mínimo com 10 dias de antecedência. Nos PDs para rede de baixa tensão os prazos mínimos dependem do local de entrada do PD, do tipo de atividade exercida pelo consumidor e local de execução da obra.

d) Verificação do desligamento (segurança) Após o responsável pela execução dos serviços estar ciente de que a rede está desligada proceder em primeiro lugar aos testes de praxe, para verificar se realmente não existe tensão na rede. Em segundo lugar faz-se o seu aterramento nos pontos adequados. As demais medidas de segurança deverão ser tomadas pelo pessoal, sendo obrigatório a colocação da placa "NÃO LIGUE", no poste, logo abaixo das chaves dos pontos de seccionamento do trecho isolado.

e) Tolerância para início de serviço programado As redes só serão entregues desenergizadas, pelo COD, ao executante do serviço programado, após a sua presença no local devidamente equipado para a execução dos trabalhos. A tolerância para comparecimento do executante ao local do serviço é de 30 minutos. Caso o responsável pela execução do serviço não compareça ao local da obra neste intervalo de tempo o desligamento será suspenso. Para conceder novo desligamento deve-se obedecer a rotina inicial.

6.3 Verificação da AFS e Requisição de Material A fiscalização deve estar informada de todas as dificuldades que se relacionarem com a obra, principalmente quanto a documentação, disponibilidade de material, de pessoal e equipamentos. A eventual falta de materiais considerados complementares tais como, chaves, pára-raios, transformadores, religadores, reguladores de tensão, capacitores, etc., cuja indisponibilidade temporária já é prevista, não deve retardar o início ou continuidade da obra. Deve ser dispensada especial atenção à data de início da obra.

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7. ETAPAS E ATRIBUIÇÕES DURANTE A EXECUÇÃO DA OBRA

Durante a execução da obra a fiscalização deve verificar : - viabilidade de implantação da obra; - desmatamento; - locação; - estaiamento; - escavação; - aplicação de condutores; - materiais; - implantação dos postes; - veículos, equipamentos e ferramentas; - armazenagem; - segurança do trabalho; - aspecto geral da obra.

7.1 Verificação da Viabilidade de Implantação da Obra É a etapa da obra na qual o projeto é examinado em relação ao local onde ela será executada, objetivando identificar todos os problemas e tomar as providências necessárias para a sua solução, promovendo desde que necessário, as eventuais modificações do projeto e dos materiais originalmente previstos. Essas modificações só poderão ser autorizadas se obedecidos os critérios estabelecidos pela Celg. Ao verificar a viabilidade de implantação da obra a fiscalização deverá manter contatos com o representante local da Celg e, se necessário, com a prefeitura municipal e demais órgãos públicos para os necessários esclarecimentos em relação ao alinhamento dos postes, definição dos recuos e da largura dos passeios, desobstrução e desmatamento. Nesta fase deve ser levado em consideração: - se a rede em operação existente na localidade se acha fisicamente em coincidência

ou não com a rede a ser executada; - se todos os consumidores previstos no projeto podem ser ligados; - obtenção de licença para adentrar a propriedade de terceiros; - existência de consumidores atendidos pela rede em operação e não considerados no

projeto a ser executado; - existência de consumidores trifásicos não considerados no levantamento de carga; - existência de consumidores não atendidos pelo projeto; - existência de loteamentos não identificados no projeto; - se as ruas se acham totalmente abertas e niveladas; - quadras com dimensões diferentes das consideradas no projeto; - materiais e equipamentos previstos para serem reaproveitados mas não oferecendo

condições de uso; - materiais e equipamentos em condições de reaproveitamento, mas não previstos em

projeto; - falta de condições locais para implantação de postes, equipamentos e acessórios

previstos no projeto; - coincidência dos postes projetados, com tubulações subterrâneas de água, esgoto,

rede de água pluvial, rede telefônica, etc.;

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- necessidade de modificação das estruturas propostas para assegurar o afastamento

dos condutores em relação aos prédios ou outros obstáculos; - existência de redes telefônicas ou telegráficas em coincidência com o projeto a ser

executado, assim como pontos de cruzamentos, caixas telefônicas ou entradas de serviço em AT, nos postes a serem removidos;

- se no poste da rede aérea existente, onde será instalada a luminária, não existe derivação de alta tensão, transformador, religador, regulador de tensão, mufla subterrânea, que fiquem muito próximos da referida luminária;

- modificações já executadas na rede original e aproveitáveis pelo projeto ora em execução, podendo portanto serem excluídas;

- se os locais previstos para as chaves fusíveis e de manobra apresentam fácil acesso; - existência de autorização de passagem; - existência de autorização de desmatamento, expedida pelo orgão competente; - antes de ser iniciado o serviço de desmatamento, deverão ser mantidos

entendimentos com os proprietários dos terrenos atingidos pela rede.

7.2 Desmatamento É a etapa da obra que consiste no abate ou poda de árvores de um e de outro lado do eixo da RDR para possibilitar a construção desta em condições favoráveis, bem como proporcionar segurança e confiabilidade ao seu funcionamento. A largura da faixa de servidão adotada pela Celg é de 20 m, tanto para sistemas trifásicos como monofásicos, nas classes 15 e 36,2 kV, enquanto que a largura da faixa de segurança é de 6 m. Em coincidência com o eixo central da RDR deverá ser verificado a limpeza e desobstrução total de uma faixa de terreno (faixa de servidão). Deverá ser removida para as margens, toda a vegetação aí existente, inclusive troncos de árvores, tocos, galhos, entulhos, etc. Os cortes a serem feitos deverão ficar a 0,30 m do solo, facilitando a livre circulação de pessoas tanto no período da construção como posteriormente na manutenção da RDR, evitando também um possível incêndio que venha comprometer o desempenho da rede. Atentar para as seguintes tarefas: - manter as árvores fora da faixa de segurança, com altura tal que, caso a árvore possa

vir a cair em direção à RDR, em momento algum sua distância aos condutores ou estais seja inferior a 0,50 m;

- os galhos terão de ser cuidadosamente podados; sempre que possível a poda deve ser feita rente ao tronco, evitando que os galhos se lasquem, pois uma poda incorreta fará com que o galho apodreça, danificando a árvore;

- somente será permitido o corte de árvores frutíferas ou outras culturas, em caso de necessidade e com prévio acerto e autorização por escrito do proprietário;

- em caso de embargo por proprietário a fiscalização comunicará imediatamente a sua chefia e somente após receber a decisão final, poderá liberar o citado local para continuidade do serviço;

- quando no desmatamento houver árvores aproveitáveis, derrubadas ou não, evitar a sua danificação e cientificar o proprietário para que, ele próprio, se assim o desejar, faça a derrubada ou aproveitamento;

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- não permitir danos em culturas localizadas fora da faixa de servidão; no interior da

desta restringir ao mínimo tais danos; - somente permitir o desmatamento ou poda de árvores, principalmente em se

tratando de áreas de reflorestamento ou reservas florestais nativas, existentes em locais por onde deve passar a RDR, com expressa autorização do proprietário ou autoridade competente;

- no caso de existência de árvores isoladas ou grupo de árvores fora da faixa de servidão e que possam oferecer riscos às instalações, deve ser obtida autorização para a sua poda ou abate, conforme item anterior;

- no caso de RDU a poda ou abate de árvores deve restringir-se ao mínimo necessário e ser autorizada pela prefeitura local; a poda de árvores sob as RDUs deve obedecer o mínimo de 2,00 m da rede de AT e 0,50 m da rede de BT.

7.3 Locação

É a etapa da obra que se caracteriza pela distribuição dos postes nos locais adequados, e pela implantação das estruturas. A fiscalização nesta fase deverá dispensar especial atenção para as seguintes tarefas a serem desenvolvidas pelas empreiteiras: - a correta localização dos postes em relação aos piquetes fincados durante o

levantamento topográfico, operação essa também denominada de amarração das estruturas aos piquetes; essa distribuição dos postes junto aos piquetes não deve ser realizada com muita antecipação;

- os postes devem ser distribuídos de forma a não causarem obstrução ao escoamento das águas pluviais, não prejudicarem a circulação de pessoas, veículos ou animais e nem danificarem plantações ou terrenos;

- a correta localização dos postes em relação às entradas de garagens, residências (sacadas e janelas), postos de combustíveis, estabelecimentos públicos, estações rodoviárias, ferroviárias, fábricas, locais de carga e descarga, igrejas etc;

- em casos de loteamentos locar as estruturas, sempre que possível, nas divisas dos lotes.

7.4 Estaiamento

Os estais devem se apresentar: a) de conformidade com os projetos e especificações; b) devidamente tensionados e de acordo com as cotas previstas para a montagem; c) o estai de âncora deve formar um ângulo de 45° com o poste, devendo ainda

coincidir com o plano vertical que contém o eixo da linha; constitui exceção o estai instalado na bissetriz do ângulo;

d) em estruturas de ângulo um dos estais deve ser aplicado na bissetriz do ângulo formado entre cada eixo da RDR e os demais aplicados de tal forma a coincidirem com o plano vertical que contém cada eixo:

- a não observância da cota do ponto de aplicação do estai no poste pode ocasionar

a flexão deste e consequente fissuramento com uma possível redução de sua vida útil;

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- deve ser observada a correta aplicação da placa de concreto, tora de madeira

(aroeira), chapa para âncora ou contra-poste, uma vez que a rede somente se mantém estável se tais peças estiverem bem posicionados e suficientemente apiloadas para suportarem o contínuo esforço mecânico que sobre elas é exercido;

- a placa de concreto, tora de madeira (aroeira) ou chapa para âncora deve ocupar uma posição tal que a haste de âncora forme aproximadamente um ângulo de 90° com sua superfície (da âncora). A referida haste de âncora deve constituir juntamente com o cabo de aço do estai, um só segmento retilíneo, devendo este ficar no prolongamento da mesma;

- o estai não deve ser instalado em terreno de terceiros, para evitar problemas com o proprietário, salvo se autorizado. A cava deve ter uma profundidade tal que permita a instalação da haste de âncora, de modo que o olhal dela não fique a uma distância superior a 0,30 m do solo;

e) para estais com contra-poste de concreto de seção circular e seção duplo T atentar

para os seguintes aspectos: - o ângulo de fixação do cabo de aço no contra-poste em relação a horizontal deve

ser no máximo 10°; - o ângulo de inclinação do contra-poste com o solo deve ser no máximo 30°; - o ponto de fixação do estai ao contra-poste deve estar a uma altura mínima de

2,50 m do solo; - a fundação do contra-poste obedece aos mesmos critérios da fundação para poste.

7.5 Escavação É a atividade que consiste na abertura das cavas para engastamento do poste ou estai ao solo. A profundidade (e) do engastamento é função do comprimento do poste (L), e dada pela fórmula:

e = 0,10 x L + 0,60 m O diâmetro da seção da cava é definido pela fórmula:

d = b + 0,30 m "b" é o diâmetro da base do poste circular ou a bissetriz maior da base do poste DT.

7.5.1 Tipos de Engastamento a) Engastamento Simples

No engastamento simples o terreno em volta do poste deve ser reconstituído compactando-se a terra em camadas de 0,20 m até o nível do solo. Recomenda-se misturar brita, cascalho ou pedras, na terra de enchimento da cava e molhar antes de socar energicamente as camadas para a reconstituição do solo, conforme mostrado no Desenho 1.

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b) Engastamento com base reforçada

No engastamento com base reforçada colocam-se duas escoras na fundação. A primeira é assentada do lado oposto do esforço aplicado, no fundo da cava, junto do poste, conforme mostrado no Desenho 2. A cava deve ser aberta de maneira a acomodar a escora de tal forma que esta permaneça firme junto ao poste e às paredes laterais da mesma. A escora pode ser matacão, tora de madeira (aroeira) ou placa de concreto. A segunda é colocada na face do poste onde o esforço de tracionamento é aplicado. Esta escora deve ficar a 0,30 m da superfície do solo, conforme Desenho 2. O terreno deve ser reconstituído de maneira análoga ao engastamento simples.

c) Engastamento com base concretada Nos engastamentos com base concretada deve-se proceder conforme indicado nos Desenhos 4 a 13, para confecção das bases; neles estão indicados o fck do concreto, quantidades de materiais e dimensões. Nota:

1) A fiscalização verificará, para efeito de acerto de obra, as cavas abertas em rocha com ou sem uso de explosivos.

2) Enquanto não se coloca o poste, a cava deve permanecer tampada com proteção suficientemente resistente para suportar o peso de veículos, animais ou transeuntes (RDU e RDR). A empreiteira não poderá fazer a cava com antecipação superior a vinte e quatro horas da realização dos serviços, evitando sua abertura em terrenos sujeitos a erosão, entulhos, quedas ou solapamentos.

3) Utilizar apenas materiais de boa qualidade para a reconstituição das cavas, evitando materiais deterioráveis, como raízes, pedaços de madeira, etc.

7.6 Verificação da Aplicação dos Condutores

A fiscalização verificará a aplicação dos condutores, e como estão dispostos na rede.

7.6.1 Itens para o qual a fiscalização deve atentar: - manuseio de utilização; - tensionamento; - conexões em geral; - emendas; - cruzamento aéreo; - proteção no lançamento; - desnivelamento; - encabeçamento; - jampeamento; - aplicação de pré-formados; - seqüência de fases; - utilização do dinamômetro e das tabelas de trações de montagem.

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7.6.2 Manuseio e utilização

A utilização dos condutores deve atender rigorosamente ao projeto e às especificações. O seu manuseio deve se processar com os devidos cuidados, tanto no armazenamento, como no transporte e principalmente durante o seu lançamento e tensionamento quando as tensões mecânicas deverão se realizar sem movimentos bruscos para evitar a danificação dos condutores e comprometimento de seu desempenho. Para os desmontes recomendam-se cuidados especiais no sentido de não seccionar ou danificar os condutores retirados. Observar ainda: - no lançamento, tensionamento e regulagem dos condutores de alumínio deve-se

atentar para o uso correto dos equipamentos e ferramentas conforme especificações; - o condutor de alumínio não deve ser cortado com alicate ou tesourão, mas apenas

com serra, fazendo-se antes a sua proteção com o uso de fita adesiva; - nas estruturas de ancoragem deve-se evitar o seccionamento de condutores, a fim de

evitar pontos de conexão; - os condutores deverão ser tratados de forma a evitar dobras, torções ou ranhuras de

qualquer natureza.

7.6.3 Tensionamento Os condutores devem ser corretamente tensionados de conformidade com as especificações técnicas que definem um esforço mecânico para obtenção de determinada flecha, em função da temperatura, seção do condutor e grandeza do vão regulador. Os condutores muito tensionados, com flecha inferior à prevista, provocam esforços mecânicos não considerados nas estruturas, podendo danificar tanto as ferragens e isoladores, como a cruzeta e o próprio poste, como podem ainda romper-se pela variação negativa da temperatura. Por outro lado, os condutores tensionados insuficientemente estão sujeitos a provocar curto-circuito pela diminuição da distância que os separa, quer pela variação positiva da temperatura, quer pela ação dos ventos, até mesmo comprometendo a altura mínima de segurança entre o condutor e o solo. Deve-se atentar ainda: - o condutor somente deve ser tensionado após ter uma extremidade encabeçada; - para evitar desperdício de material o corte será permitido apenas após o

tensionamento; - o fiscal deve acompanhar a regulagem dos condutores e observar com rigor os

valores estabelecidos pelas normas referentes a temperaturas, tensão máxima, flechas e vão regulador;

- a regulagem do condutor pode ser interrompida quando os ventos forem intensos e, a critério da fiscalização, prejudicarem o andamento da operação em condições favoráveis;

- nas medições de temperaturas serão utilizados termômetros de cabo, à base de mercúrio, apropriados para essa finalidade;

- caso o fiscal não acompanhe a fase de aplicação dos condutores deve ser exigido o registro dos valores do tensionamento e temperatura na hora do lançamento;

- os cabos somente deverão ser lançados com o uso de dinamômetros, devendo estes possuírem certificado de aferição, cuja validade máxima será de um ano.

Nota:

Para o item tensionamento ver NTD-07, NTD-17 e NTD-18, tabelas de trações de montagem.

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7.6.4 Amarração

A amarração deverá ser feita somente por intermédio de pré-formados.

7.6.5 Conexões em Geral Os problemas mais comuns que se apresentam nas RDUs e RDRs são aqueles relacionados a defeitos nas conexões, por isso deve ser dispensada especial atenção a elas. Sabe-se que o alumínio oxida com certa facilidade e o óxido formado não apresenta propriedades condutoras, advindo daí o comprometimento elétrico das conexões. Para resolver esse problema, é obrigatório o uso de pasta anti-óxido, que evita a umidade e com isso um possível problema de contato na conexão. As conexões executadas incorretamente, especialmente as bimetálicas, causam perdas elétricas e até mesmo a fusão dos condutores. Por isso, o condutor de cobre sempre ficará abaixo do condutor de alumínio, para que os sais de cobre, que formam soluções corrosivas, não atinjam o condutor de alumínio. Verificar também se as conexões atendem as especificações da Celg, no que tange às feitas entre condutores, e entre equipamentos e a rede, determinando se as mesmas estão convenientemente ajustadas de maneira a oferecer perfeito contato elétrico. As conexões devem ser feitas com conector cunha, perfuração ou compressão. Os jumpers podem ser feitos com o próprio cabo de alumínio, com o aproveitamento de sobras e/ou evitando conexões. Observar a limpeza dos pontos de aplicação dos conectores, seu aperto e compressão.

7.6.6 Emendas Todas as seções danificadas deverão ser eliminadas e recompostas com emendas adequadas antes dos condutores serem nivelados. Não utilizar mais de uma emenda por condutor, por tramo, quando se tratar de construção nova. Não deverá ser usada emenda em vãos que cruzem rodovias, ferrovias, hidrovias, linhas elétricas, etc.

7.6.7 Cruzamento Aéreo O cruzamento aéreo deve estabelecer perfeito contato elétrico entre os condutores que se cruzam e ser executado com o máximo cuidado para evitar que através da conexão e ou amarração haja esforço mecânico no vão de cruzamento. As conexões com amarrações deverão ser executadas de forma a evitar o seu afrouxamento, com mau contato elétrico e o consequente rompimento da tomada aérea em face das vibrações constantes dos condutores da rede.

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7.6.8 Proteção no Lançamento

Ao lançar o condutor nas estruturas da rede, o seu desenrolamento deve ser efetuado com o uso de carretilhas apropriadas, de modo a não permitir que o condutor arraste sobre a superfície do solo, cruzetas, postes, isoladores, etc., e venha a ser danificado nos contatos com corpos estranhos.

7.6.9 Aplicação de Pré-formados É obrigatório o uso de laços pré-formados nas amarrações de AT e BT. Este processo garante uma maior segurança ao sistema, além da facilidade de aplicação, flexibilidade, redução de mão-de-obra, estética , etc.

7.6.10 Sequência de Fases

As derivações de consumidores deverão permanecer na mesma sequência de fases do projeto. Caso venha a ser mudada esta sequência, fazer as anotações das modificações no projeto.

7.7 Materiais

A fiscalização examinará visualmente os materiais, solicitando a imediata substituição daqueles que apresentarem defeitos, observando a disposição deles nos depósitos das empreiteiras.

7.7.1 Na inspeção o fiscal deverá atentar: a) se os materiais se acham convenientemente armazenados e separados por tipo,

conforme as respectivas especificações sobre armazenagem; b) se os materiais da Celg se acham separados de materiais de terceiros e se estão

obedecendo as condições de segurança; c) as condições gerais do depósito, no que diz respeito a sua estrutura externa e

interna; d) se a empreiteira mantém, por obra, controle dos materiais recebidos, aplicados e

transferidos, para o seu bom gerenciamento e facilidade no seu controle; e) separação dos materiais danificados durante a execução da obra.

7.7.2 Se os materiais encontram-se: - lascados; - fissurados; - retilinidade comprometida; - ferragem exposta; - rachaduras e fendas. Nota:

Realizar testes operacionais e de isolação nos equipamentos instalados.

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7.7.3 Postes

Verificar os seguintes aspectos: - locação; - trincas; - flexão; - alinhamento; - prumo; - apiloamento; - engastamento; - arrancamento; - retilinidade; - divergência do projeto; - outros. Alinhamento A fiscalização verificará visualmente o alinhamento dos postes. Engastamento Postes mal engastados no solo poderão inclinar-se, originando problemas mecânicos na rede. Flexão Postes fletidos são em geral resultantes de sobretensões mecânicas no lançamento dos condutores ou da falta de estaiamento adequado. Postes lascados Os postes de concreto, lascados, podem ser restaurados na própria obra, desde que não apresentem ferragens expostas, quando então deverão ser substituídos. Postes fissurados (trincados) Deve ser examinada a existência de fissuras na superfície dos poste de concreto. Pode-se admitir a existência de pequenas trincas capilares inerentes ao próprio material de que é fabricado, isto é, aquelas trincas nas quais não é possível distinguir as duas bordas a olho nu, desde que não sejam orientadas segundo o comprimento do poste. Retilinidade comprometida Os postes de concreto com retilinidade comprometida poderão apresentar sinais de ruptura em seus pontos críticos, tendo como consequência, a rachadura, a ferragem exposta, a infiltração de água e finalmente a sua inutilização.

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7.7.4 Cruzeta

Na verificação das cruzetas observar os aspectos qualidade da madeira, acabamento do material, retilinidade, esquadro de suas faces e arestas, presença de rachaduras, lascas, nós ou suas correspondentes cavidades que possam comprometer tecnicamente a cruzeta. Além desses aspectos o fiscal deverá observar: - nivelamento; - bissetriz (alinhamento); - posicionamento; - trincas; - especificação; - divergência do projeto; - faceamento. Nivelamento O nivelamento da cruzeta é indispensável uma vez que fora do nível causa esforços sobre os isoladores, podendo provocar o arrancamento ou a flexão deles, com a agravante de causar também o desnivelamento dos condutores e possível flambagem da cruzeta. Bissetriz As cruzetas fora da bissetriz provocam o aparecimento de um momento de torção sobre o poste quando os condutores estiverem tensionados, causando uma sobretensão mecânica nas estruturas, principalmente nas de ancoragem. Sabe-se ainda que o encruzetamento sem o devido faceamento da cruzeta no encaixe com o poste ou junto à sela, causa esforços adicionais não previstos sobre a estrutura em razão da má distribuição dos esforços mecânicos, decorrentes do peso próprio dos condutores. Posicionamento da cruzeta É o ponto de fixação da cruzeta em relação à extremidade superior do poste ou a outros níveis de cruzeta existentes no próprio poste. Deve-se, neste particular, atender as especificações da Celg. Nota:

Nas RDRs com estruturas N1 e N2 consecutivas é obrigatória a alternância do condutor da fase central.

7.7.5 Isolador

- posição; - fixação; - lascado; - trincado. Os isoladores devem estar isentos de corpos estranhos e completamente limpos ao serem utilizados.

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Verificar se foram aplicados isoladores que apresentam imperfeições não apenas em sua superfície, mas também em sua cimentação e ferragem. Dispensar especial atenção para o caso de isoladores lascados, trincados ou mesmo quebrados. Isoladores nas citadas condições absorvem água através das trincas, ocasionando o "vazamento de corrente elétrica" para a terra. Os isoladores de pino deverão ser atarrachados firmemente aos pinos e de modo que o entalhe da sua cabeça coincida com a direção do condutor, a fim de evitar que as vibrações neles produzidas, pela ação dos ventos, venham afetar a sua resistência mecânica e amarração.

7.7.6 Aterramento - posicionamento; - espaçamento das hastes; - resistência ôhmica; - inexistência; - condutor inadequado; - estruturas a serem aterradas; - fixação e posição do condutor de aterramento e hastes de aterramento; - profundidade do cabo. As estruturas a serem aterradas são previstas no projeto. A fiscalização deverá verificar se tais aterramentos se acham executados conforme normas e especificações da Celg. A profundidade mínima para o enterramento do cabo é de 0,50 m. A haste de aterramento deverá ser cravada a uma distância mínima de 1,00 m do poste. O condutor de aterramento deve descer pelos furos do poste DT, bem como sair pelo furo apropriado, conforme Figura 4 da NTD-01. O condutor de aterramento, conforme necessidade de ordem técnica, poderá se prolongar em direção prefixada, com utilização de outras hastes de aterramento. É usual entretanto esse cabo se estender no sentido do alinhamento dos postes, de um e de outro lado da estrutura aterrada, desde que as condições locais permitam. Havendo necessidade de ampliar a malha de aterramento, com cabo de aço, a emenda deste com a cordoalha de cobre deve ser feita com conector cunha. O valor da resistência de terra deverá situar-se em torno dos limites máximos previstos pelas especificações da Celg, 10 ohms. Deve ser verificado o seccionamento e aterramento das cercas que ficam sob as linhas primárias, principalmente quando forem paralelas a estas ou formarem pequenos ângulos. O aterramento e seccionamento de cercas deverá obedecer aos seguintes casos, previstos na NTD-06: a) aterramento e seccionamento sem pré-formado; b) aterramento e seccionamento com pré-formado:

b.1) cercas paralelas;

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b.2) cercas transversais. Notas:

1) Interromper o fio de arame liso ou farpado através do seccionador pré-formado para cerca.

2) O proprietário rural é responsável pela execução dos seccionamentos das cercas que forem construídas após a construção e energização da rede elétrica. A Celg poderá fornecer a orientação necessária ao interessado em executar o seccionamento.

7.7.7 Ferragens e Acessórios

Atentar para os seguintes aspectos: - localização (posição); - fixação; - montagem (cotas). Fixação Observar na fixação das ferragens se os pinos de topo, pinos de isoladores, mão francesa, etc. estão dispostos fora de centro ou sem arruelas, sem porcas e se estão em desacordo com a especificação. Montagem Nas montagens as ferragens não podem estar com a galvanização comprometida e dispostas de forma incorreta, como no caso de gancho-olhal instalado com a ponta do gancho voltada para baixo ou contrapinos sem as cupilhas nas cadeias de isoladores de suspensão. Todas as ferragens deverão ser galvanizadas por imersão a quente e obedecer ao disposto na NTD-02. A armação secundária deve estar tanto no alinhamento como na altura correta de sua instalação, e suas braçadeiras e parafusos devem estar bem fixados e posicionados.

7.7.8 Iluminação Pública Verificar: - instalação; - fixação do braço, luminária e reator; - fixação do relé com orientação sul da célula fotoelétrica; - ligações; - alinhamento e foco das luminárias; - se as luminárias instaladas obedecem as cotas de montagem previstas na

especificação.

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7.7.9 Chaves e Pára-raios

Verificar: - posição; - condições da porcelana e do invólucro polimérico; - conexões; - regulagem; - aterramento; - divergência do projeto. Chaves: Na instalação de chaves tripolares, chaves fusíveis, chave faca e chave isoladas em SF6, deve-se observar: - chave tripolar: mecanismo de operação, sua fixação ao poste, conexões, isoladores e

aterramentos; - chave fusível ou chave faca: sua posição na cruzeta, conforme especificações, as

condições da ferragem, da porcelana, do porta-fusível, ajustamento e elos fusíveis conforme as especificações do projeto.

As chaves fusíveis devem ser instaladas na estrutura anterior ao trafo, porém em local de fácil acesso, isento de grotas, brejos, matas, rios etc; A cruzeta que contém as chaves fusíveis deve receber duas mãos francesas para evitar vibração durante a operação.

- chave em SF6: posição correta de sua instalação, conexões, estado geral das

buchas, vazamento de gás, pressão de gás e ligação à terra. Pára-raios:

- verificar sua posição na cruzeta conforme especificação, sua ferragem de

sustentação (aperto das porcas), condições do isolamento, se possuem lascas, corpos estranhos incrustados, bolhas e se estão aterrados corretamente.

7.7.10 Transformadores

Verificar: - posição; - buchas; - vazamento de óleo; - aterramento da carcaça; - divergência do projeto. A instalação do transformador, dado seu peso, forma e volume, deverá ser realizada adotando-se medidas de segurança adequadas para evitar sua queda e consequentemente danos pessoais e materiais.

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Sua instalação deverá se processar de acordo com o projeto, obedecendo as especificações e exigências relacionadas a nivelamento, aprumagem, simetria, esquadro e fixação. As buchas de AT e BT devem se achar limpas e desprovidas de trincas. Não apresentar vazamento de óleo. Os "taps" devem estar de acordo com a tensão de operação. Sua carcaça deve ser aterrada.

7.8 Verificação de Veículos, Equipamentos e Ferramentas

7.8.1 Veículos

a) Os veículos mais comuns para a execução do serviço são:

- caminhão com guindauto; - caminhão com carroceria de madeira; - camioneta; - veículo leve de apoio.

b) Os veículos durante a jornada de trabalho devem estar com os seguintes ítens em

boas condições: - faróis; - óleo; - bateria; - sinalizador; - buzina; - pneus; - estepe; - parte elétrica; - parte mecânica; - parte hidráulica; - freios; - abastecimento; - guindauto; - limpador de pára-brisa.

c) Quando em serviço, os veículos deverão sempre dispor dos seguintes acessórios:

- triângulo de sinalização; - macaco; - chave de roda; - retrovisores externos e interno; - extintor de incêndio.

7.8.2 Equipamentos e Ferramentas Os equipamentos e ferramentas de uso individual e coletivo da turma deverão estar em perfeitas condições de uso, a fim de permitir a execução dos serviços dentro dos padrões técnicos e de segurança exigidos.

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Os voltímetros, amperímetros e geôhmetros devem possuir o selo de aferição.

7.9 Verificação da Armazenagem dos Materiais - prever pátios de armazenagem externo e interno; - o pátio de armazenagem externo deve ter dreno para evitar o acúmulo de água

pluvial; - depositar no pátio externo camadas de pó de pedra, pedrisco, brita ou materiais

similares; - os locais de guarda externa de materiais terão que ser divididos em lotes e quadras

para permitir o acesso por mais de um lado; - prever, na área de armazenagem interna, prateleiras com escaninhos para estocagem

dos materiais; - manter controle de especificação, códigos, entrada em estoque, permanência, saída

de estoque, aplicação e devolução de materiais; - observar que materiais como equipamentos eletrônicos, pré-formados, vara de ma-

nobra, acessórios de equipamentos, etc., devem ser guardados em depósitos abrigados;

- verificar se os materiais inflamáveis se encontram em local separado dos demais; o local dever ser sinalizado e possuir equipamentos de combate a incêndio;

- manter todo material e equipamentos nas próprias embalagens, desde que as mesmas se encontrem em boas condições;

- armazenar em caixas os materiais que se encontrem fora de embalagens; - em toda estocagem do tipo pilha levar em consideração a sua altura de modo a

facilitar a retirada dos materiais.

7.10 Verificação da Segurança e Medicina do Trabalho

São fixadas algumas condições, de ordem geral, para garantir a segurança do pessoal nos serviços de construção da obra, para os quais a fiscalização deve atentar, sendo as principais: - sinalização das áreas de trabalho por meio de cones, placas de aviso, grades, fitas

sinalizadoras, cavaletes, cordas de isolamento e outros meios de impedimento do acesso público;

- treinamento dos empregados sobre os métodos de primeiros socorros, prevendo todo material para isso (caixa de primeiros socorros);

- comunicação imediata dos acidentes ocorridos na área da execução da obra ao proprietário da firma empreiteira e à CIPA regional da Celg; deverá ainda ser comunicado à área de segurança do trabalho da Celg, em Goiânia;

- sinalização, testes e aterramentos das instalações elétricas, quando dos trabalhos em redes aéreas de distribuição desenergizadas;

- presença do responsável pelos serviços no local de trabalho; - condições físicas e higiênicas do alojamento; - qualidade e higiene da alimentação.

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7.10.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Os equipamentos de proteção individual deverão ser de boa qualidade e se encontrarem em perfeito estado de uso e conservação. Alguns dos principais são: - calçados de segurança; - capacete; - cinturão de segurança com talabarte; - luva de proteção; - óculos de segurança; - luva protetora da luva classe 0; - luva isolante classe 0.

7.10.2 Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) Os equipamentos de proteção coletiva também deverão ser de boa qualidade e se encontrarem em perfeito estado de uso e conservação. Alguns dos principais são: - cone, bandeira, placa e fita de sinalização; - conjunto de aterramento temporário AT; - conjunto de aterramento temporário BT; - detetor de AT e BT; - luva protetora classe 2 e luva isolante classe 2; - placa de sinalização. "NÃO OPERE ESTE EQUIPAMENTO".

7.11 Verificação do Aspecto Geral da Obra. É o exame realizado pela fiscalização durante ou após a execução da obra, através do qual são relacionados todos os defeitos identificáveis a olho nu, que podem comprometer a estética da obra ou prejudicar terceiros. Atentar para: - reparo de calçadas; - reparo de cercas; - limpeza de faixas; - entulhos; - qualidade do acabamento; - poda de árvores. Verificar se a empreiteira esta fazendo corretamente os serviços de conserto de calçadas e remoção de entulhos resultante da construção. Quando forem executadas obras em vias públicas fazer o reparo das calçadas com reposição de material igual àquele que foi retirado. No caso de instalação de sistemas de aterramento as vias pavimentadas, quando danificadas, deverão ser reparadas pela empreiteira.

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8. ETAPAS E ATRIBUIÇÕES APÓS A EXECUÇÃO DA OBRA

Nesta fase a fiscalização deverá atentar para os seguintes aspectos: a) documentos da obra; b) relatório geral de encerramento com informações para avaliação de desempenho da

empreiteira; c) boletins para cadastramento.

8.1 Documentos da Obra Após a execução da obra deverão ser apresentados os seguintes documentos: a) projeto atualizado constando todas as alterações ocorridas durante a execução da

obra em relação ao projeto original; b) folha de vistoria da fiscalização onde se acham discriminados e localizados cada

um dos defeitos encontrados na obra; c) relação das notificações da fiscalização encaminhadas à empreiteira, referente às

irregularidades cometidas por esta, durante a execução da obra; d) ficha de medição de tensão e corrente; e) ficha de medição de resistência de terra:

- com a malha desconectada do neutro; - com a malha conectada ao neutro;

f) relação das cavas para os postes e estais, em rochas, com ou sem uso de explosivos, em terrenos pantanosos e arenosos;

g) discriminação dos trechos desmatados, classificando-os por natureza do desma-

tamento; h) medição dos serviços executados, especificando os serviços adicionais e os não

executados; i) levantamento físico dos materiais aplicados; j) notas dos materiais recebidos pela empreiteira para execução da obra; k) relação dos materiais retirados da rede (salvados); l) relação dos materiais pertencentes a terceiros, com recebimento devidamente

formalizado; m) relação dos materiais devolvidos ao almoxarifado pela empreiteira, com separação

dos orçados que sobraram da obra e dos que foram retirados da rede (salvados).

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8.2 Relatório Geral de Encerramento com Informações para Avaliação de

Desempenho da Empreiteira a) Após reunir todos os documentos da obra deve ser efetuado o seu encerramento

administrativo junto a área técnica e a empreiteira. A fiscalização em conjunto com a empreiteira deverá apresentar o inventário dos materiais movimentados, separando-os por obra, para devolução à Celg dos considerados sobra e os retirados da rede (salvados).

b) Informações necessárias para a avaliação do desempenho técnico e administrativo da empreiteira, quanto a: - veículos, equipamentos e ferramentas; - sinalização do local da obra; - segurança individual e coletiva; - qualidade técnica dos serviços executados; - produção; - cumprimento dos prazos; - assistência técnica da obra; - cumprimento dos prazos dos desligamentos solicitados; - condições e guarda dos materiais; - danos causados a terceiros; - comportamento do pessoal; - prestação indevida de informações da obra a terceiros; - uniforme do pessoal; - condições de devolução dos materiais; - cumprimento das obrigações sociais e trabalhistas.

8.3 Cadastramento Após a execução da obra o fiscal deverá digitar os seguintes documentos: a) cadastramento de posto de transformação e chaves (CPT e CH) tanto para obras da

Celg como para obra particular; b) movimentação de transformadores (MT). Notas:

1) O fiscal deverá atualizar uma cópia do projeto, conforme construído, incluindo todos os dados dos equipamentos instalados.

2) O preenchimento dos documentos anteriormente mencionados deverá ser feito de conformidade com as respectivas Instruções Técnicas de Distribuição (ITDs).

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ANEXO A

PROCEDIMENTOS PARA FISCALIZAÇÃO DE REDES CONVENCIONAIS

A1. POSTE

- Trincado - Quebrado - Podre (madeira) - Fletido - Comprimento inadequado - Fino, leve ou com resistência nominal insuficiente - Inclinado, fora de prumo - Queimado - Fundação mal feita, mal socada ou insuficiente - Terreno com erosão - Falta placa de identificação - Ilegível - Com arrancamento - Fora de alinhamento - Deslocado da locação correta - Poste parcialmente danificado - Fora de especificação

A2. CRUZETA

- Quebrada - Lascada - Trincada - Podre - Frouxa - Queimada - Fora de nível - Fora de bissetriz ou esquadro com a linha - Sem faceamento - Faltando arruelas - Selada ou empenada - Fora de especificação - Posição incorreta - Cruzeta de madeira verde - Falta o espaçador de isoladores (34,5 kV)

A3. ISOLADOR

- Trincado - Lascado - Furado - Impróprio para a tensão da rede - Frouxo - Fundido - Mal instalado - Falta contra-pino - Falta alternar a posição do isolador central em relação ao poste

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- Fora de especificação - Falta cupilha

A4. PINO DE ISOLADOR

- Torto - Fora de prumo - Sem arruela quadrada - Fora de especificação - Instalado fora da altura padronizada - Falta porca e arruela - Reapertar pino para isolador - Falta o espaçador de isoladores (34,5 kV)

A5. ESTAIAMENTO

- Com altura incorreta - Oxidado (cabo de aço, haste) - Frouxo - Fora de alinhamento - Alça pré-formada de estai danificada - Bitola do cabo incorreta - Falta sapatilha - Sapatilha inadequada - Ângulo vertical incorreto - Fora de bissetriz do ângulo horizontal - Haste de âncora mal enterrada - Haste de âncora dobrada ou cortada - Faltam estais - Estai provisório - Estai de âncora a ser substituído por contra-poste - Falta acabamento - Falta aterrar o cabo do neutro - Falta a haste de âncora - Haste de âncora com comprimento inadequado - Falta a chapa do estai - Concretar (terreno rochoso)

A6. CONDUTOR

- Solto do isolador - Muito tensionado - Com flecha desigual - Emenda inadequada - Muito emendado - Oxidado - Sem coxim - Emenda muito próxima do isolador - Amarração frouxa - laço pré-formado danificado - Amarração mal feita, despadronizada - Mal tensionado - bambo - Sem proteção no lançamento - Sem roldana de lançamento

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- Encabeçamento inadequado ou por fazer - Com altura insuficiente - Com garranchos, galhos pendurados - Parcialmente partido, com dobras - Faltam conexões ou jumpers - Jumpers inadequados - Bitola inadequada ou divergente do projeto - Falta lançar ou amarrar - Com altura insuficiente no cruzamento com outras linhas ou travessias de rodovias,

ferrovias, etc. - Falta tensionar - Falta manilha sapatilha

A7. CONECTORES - CONEXÕES

- Oxidado - Frouxo - Inadequado - Falta - Sem pasta anti-óxido - Falta estribo e grampo de linha viva - Posição invertida - Condutor de cobre sobre o de alumínio - Fora de especificação

A8. GANCHO DE SUSPENSÃO

- Instalado invertido - Faltando contra-pino e/ou cupilha - Fora de especificação

A9. ATERRAMENTO

- Cabo do aterramento solto - Falta o condutor de aterramento - Haste descoberta - Haste dobrada - cortada - danificada - Falta haste - Cerca mal aterrada ou seccionada - Cerca não aterrada ou seccionada - Falta conexão do neutro da linha com o condutor de aterramento, carcaça do

transformador ou caixa de medição - Condutor de aterramento inadequado - Com resistência alta - Falta fazer a malha de terra - Falta o aterramento - Conector da haste de aterramento mal apertado - Comprimento da haste inadequado - Haste de aterramento enferrujada (oxidada)

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A10. PÁRA-RAIOS

- Fora de prumo - Impróprio para a tensão da linha - Desconectado da linha ou do aterramento - Instalado fora de padronização - Trincado - Falta instalar - Ferragens frouxas - Fora de especificação

A11. CHAVE FUSÍVEL

- Fora de prumo - Instalada fora de padronização (distâncias mínimas) - Imprópria para a tensão da rede - Trincada ou lascada - Falta instalar - Faltam os jumpers - Ferragens frouxas - Fora de especificação

A12. ABERTURA DE FAIXA

- Suja - Galhos próximos da linha - Estreita - Construção próxima da linha - Árvores, arbustos cortados acima da altura máxima normalizada

A13. ARMAÇÃO SECUNDÁRIA

- Fora de prumo - Altura incorreta - Faltando roldana - Roldana danificada - Amarração mal feita - Falta laço pré-formado - Condutor amarrado pelo lado contrário - Falta cupilha - Falta coxim - laço pré-formado danificado - Fora de especificação - Torta

A14. TRANSFORMADOR

- Posição incorreta - Altura incorreta - Aterramento com resistência acima da permitida - Falta conexão do neutro com a carcaça - Com vazamento de óleo

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- Com bucha danificada (AT ou BT) - Terminal de fase aterrado - Classe de tensão do transformador em desacordo com a classe de tensão da rede - Potência em desacordo com o projeto - Desnivelado - Faltam jampers - Jampers desconectados - Tanque enferrujado

A15. MEDIÇÃO

- Altura da caixa incorreta - Vedação insuficiente - sem vedação - Fixação dos eletrodutos insuficiente - Faltam buchas e arruelas - Bitola dos condutores inadequada - Comprimento dos condutores insuficiente - Ligação dos disjuntores incorreta - Falta ligar o neutro ao aterramento - Corrente nominal do disjuntor inadequada - Falta o vidro do visor - vidro do visor quebrado - Falta ligar a caixa ao aterramento - Falta disjuntor - Posição da caixa incorreta - Disjuntor danificado - Caixa de medidor despadronizada - Caixa de medidor enferrujada - Condutores mal conectados - Disjuntor mal fixado - Falta cabeçote - Cabeçote mal fixado - Eletroduto danificado - enferrujado - Suporte da caixa desapertado/danificado

A16. ESTRUTURA

- Em desacordo com a projetada - A ser substituída - Falta instalar - Instalada fora do local - deslocar - A ser intercalada - Falta mão francesa - Mãos francesas soltas - Retirar - Despadronizada - Faltam arruelas - Número ilegível - sem número - Parafuso cortado - Parafuso muito longo - Parafuso curto - Sem alternância do condutor central

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ANEXO B

PROCEDIMENTOS PARA FISCALIZAÇÃO DE REDE COMPACTA

B1. CABO COBERTO

- Falta amarrar ao espaçador - Com a cobertura danificada - Seção divergente do projeto - Afastamentos mínimos

B2. CONECTOR - CONEXÃO

- Falta capa do conector cunha - Inadequado para o cabo - Executada incorretamente

B3. MENSAGEIRO DE REDE COMPACTA

- Fora de padrão - Muito tensionado - Pouco tensionado - Emenda inadequada - Com flecha desigual - Oxidado - Amarração frouxa - laço pré-formado danificado - Com altura insuficiente - Seção divergente do projeto - Falta lançar ou amarrar - Falta tensionar - Falta fixar ao prensa-cabo do braço L. - Falta interligar ao aterramento

B4. BRAÇOS L e C

- Fora de padrão - Falta apertar parafusos - Em posição inadequada - Oxidado - Fora de nível - Faltando arruelas (poste DT) - Posição incorreta - Galvanização eletrolítica - Torto.

B5. GRAMPO DE ANCORAGEM

- Inadequado para o cabo - Danificado - Cunha inadequada

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B6. BRAÇO ANTI-BALANÇO

- Falta colocar - Posição incorreta - Danificado - Quebrado - Frouxo - Solto do espaçador.

B7. ATERRAMENTO

- Desconectado - Posicionamento - Conexão inadequada/frouxa - Condutor divergente do projeto - Profundidade do cabo.

B8. PÁRA-RAIOS

- Substituir por poliméricos - Substituir por 12 kV, 10 kA ou por 30 kV, 10 kA (sistema 34,5 kV) - Reapertar conexões/porcas - Desconectados - Isolação perfurada ou rasgada

Nota: Os itens relativos à rede compacta devem ser verificados juntamente com os da rede convencional, quando estes forem aplicáveis também às redes compactas.

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