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Jornal da União Popular Anarquista - UNIPA www.uniaoanarquista.org/ [email protected] Causa do Povo França na luta para barrar o Neoliberalismo! França na luta para barrar o Neoliberalismo! 4 2 3 6 O Fórum de oposições e o sindicalismo revolucionário Xenofobia na França: a Nova-Velha Arma da Burguesia para Dividir os Trabalhadores. Terceirização na UnB O governismo é peça chave para a super-exploração! 7 5 5 As eleições burguesas consagram o governismo para a manutenção da ofensiva sobre os trabalhadores. A expansão do governismo nas eleições de 2010 A expansão do governismo nas eleições de 2010 Narcotráfico, Empresários e o Estado: Avança a Repressão Sobre o Povo Mexicano do Povo 8 anos anos 8 Causa N° 57 - Outubro / Novembro / Dezembro de 2010

Jornal da União Popular Anarquista - UNIPA - nº57 1 Causa ......Jornal da União Popular Anarquista - UNIPA - nº57 - 3O Fórum de Oposições e o Sindicalismo Revolucionário A

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Jornal da União Popular Anarquista - UNIPA - nº57 - 1

Jornal da União Popular Anarquista - UNIPAwww.uniaoanarquista.org/ [email protected]

Causa do Povo

França na luta para barrar oNeoliberalismo!França na luta para barrar oNeoliberalismo!

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2 3 6

O Fórum de oposiçõese o sindicalismorevolucionário

Xenofobia na França: aNova-Velha Arma daBurguesia para Dividiros Trabalhadores.

Terceirização na UnBO governismo é peçachave para asuper-exploração!

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As eleições burguesasconsagram o governismo para amanutenção da ofensiva sobre ostrabalhadores.

A expansão do governismo naseleições de 2010A expansão do governismo naseleições de 2010

Narcotráfico,Empresários e oEstado: Avança aRepressão Sobre oPovo Mexicano

do Povo

8anosanos8Causa

N° 57 - Outubro / Novembro/ Dezembro de 2010

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2 - - - - - Causa do Povo ----- nº57 - Outubro / Novembro / Dezembro de 2010

Desde 1980, com a globalizaçãoe a desagregação da URSS e do blo-co socialista uma “verdade” vinha sen-do repetida. Foi repetida tantas vezescom a “autoridade” dos fatos que qua-se se tornou parte da realidade. Masa verdade, era apenas a verdade dateoria conservadora. Queria decretaro fim do sindicalismo, e projetou seudesejo em meio a uma crise históricada classe trabalhadora.

Mas além dos advogadosneoliberais, conservadores e pós-mo-dernos do fim do sindicalismo, haviaoutras teses equivocadas. Comparti-lhando em parte a tese dos neoliberais,o marxismo ortodoxo de tipo “stalinista”afirmara que estando o operariado “in-dustrial em crise” (partidos, sindicatos)não existiam outros agentes capazesde fazer a luta de classes. E nissoviram o pretexto para levar oreformismo ao seu grau mais dege-nerado.

Mas o que o ciclo de mobiliza-

É o fim do sindicalismo e da luta de classes?Novo ciclo da lutas coloca em xeque teoricamente o fatalismo e o imobilismo

ções e lutas vem mostrando desde2005-2006, é como a luta de classesestá se manifestando sob o capitalis-mo ultra-monopolista.

Tivemos primeiramente um ci-clo de revoltas de um proletariado mar-ginal, antes da crise econômica atual,no período 2005-2006. As revoltas dasperiferias francesas contra a violênciaracista do Estado mostram a contra-dição da exploração dos imigrantes edas minorias dentro do que resta doEstado de “bem estar social”.

Agora estamos com um ciclo degreves gerais e protestos também naFrança contra as reformas neoliberais.Novamente os sindicatos e as cate-gorias profissionais vão às ruas. Ascategorias profissionais mais diversas(servidores públicos, operários, estu-dantes) estão impondo sérios obstá-culos ao Estado Francês e sua políticade precarização e redução dos direi-tos. A greve geral volta a ser o instru-mento primordial da luta dos trabalha-

dores.Teoricamente, esses movimen-

tos colocam em xeque as teses fata-listas pós-modernas (fim das classes,fim do trabalho e etc). Mas tambémcolocam em xeque a ortodoxia mar-xista-stalinista, traduzida pelo o feti-che do “operário” industrial (só o ope-rário é capaz de dirigir e fazer a lutade classes), imobilismo e a fragmen-tação resultante dele. Mas não é umxeque-mate.

O desafio colocado por essenovo ciclo da luta de classes na Fran-ça e na Europa é a superação dasformas de organização social-demo-crata e suas teses, assim como desuas limitações corporativistas e naci-onalistas. É preciso criar organismosde massa que aglutinem todas as fra-ções do proletariado, coordenando suaação e lançando ataques contra o ca-pital ultra-monopolista.

Esse ciclo de lutas – que ape-nas começa – exigirá assim uma ca-

Desde fins dos anos 80, mas fun-damentalmente com a eleição de CarlosSalinas de Gortari (1988-1994), se ini-ciou uma mudança na política econômicae internacional do estado mexicano, prin-cipalmente em relação aos Estados Uni-dos. Isso significou uma adesão ao Con-senso de Washigton, ao Nafta e a umamodificação nas relações de poder dopaís. (fato analisado no Causa do PovoNº 55). Neste mesmo período, final dogoverno Salinas, iniciou-se um aumentosubstancial do tráfico de armas e drogasno norte do México com a formação devários cartéis de drogas, enquanto ao Sulo movimento indígena se subleva. O novogoverno de Ernesto Zedillo (PAN) come-çou uma política de militarização. Paraisso os Estados Unidos iniciaram o trei-namento de forças especiais do Exércitomexicano para atuar no combate ao EZLNe aos movimentos sociais no sul do país.

Entretanto, o Acordo de San Andréssobre Direitos e Cultura Indígena, em fe-

Narcotráfico, Empresários e o Estado:Avança a Repressão Sobre o Povo Mexicano.

vereiro de 1996, fez com que o governoenviasse essa forças especiais para o nor-te do país para combater os cartéis, semdeixar de manter as hostilidades contraos movimentos sociais, principal entravepara efetivação do Plano Puebla-Panamá.No ano seguinte, membros dessas forçasespeciais foram recrutados para criar asegurança do chefe do cartel do Golfo,Osiel Cárdenas. No mesmo ano, o "CzarAnti-Droga", chefe do Instituto Nacionalpara o Combate as Drogas (INCD), Gene-ral Gutierrez Rebolo, vinculado diretamen-te ao Presidente República, foi preso porassociação ao Cartel de Tijuana.

A eleição de Felipe Calderon (PAN)em 2006, significou a ampliação da polí-tica de militarização no combate aoscartéis, e também aos movimentos soci-ais de maneira geral. Essa política levoua associação entre os maiores cartéispara combater os menores. Neste senti-do, houve um aumento exponencial daviolência, tanto por parte do Estado, como

no conflito entre os principais cartéis, quesão: Tijuana, Juárez, Beltran Leya, famí-lia Michoacan, Sinaloa , Golfo e Los Zetas.

Em 2008, foi aprovado um acordoentre Estados Unidos, México e países daAmérica Central conhecido como PlanoMérida que ampliou essa politica, nos mol-des do Plano Colômbia. A expansão doscartéis está fortemente associado ao au-mento internacional do tráfico de armas,que são adquiridas pelos cartéis nos EUA,e de drogas associado ao empobrecimen-to das famílias de trabalhadores da Amé-rica Latina com a implementação das po-líticas neoliberais e com o combate as re-voluções da Nicarágua e El Salvador nosanos 80.

A situação contra os trabalhado-res só tem piorado no México. SegundoWalter Maierovitch, colunista da revistasocial-democrata Carta Capital, até o mêsde setembro haviam "28.361 mortes e70% das vítimas eram civis de ficha e con-dutas limpas. Dentre os mortos estão 900

mulheres, 90 crianças e 30 jornalistas".O caso mais recente foi a morte de 72trabalhadores latino-americanos que fo-ram obrigados a enfrentar a política ra-cista anti-imigratória dos Estados Unidos,e morreram executados pelos Cartel LosZetas por se recusarem a "trabalhar" noscartéis que dominam toda fronteira comos Estados Unidos.

Os trabalhadores mexicanos e la-tino-americanos, que sofrem com a vio-lência histórica das classes dominantes,do Estado e com a política imperialestadounidense, agora têm sofrido como violência do conflito entre os cartéis. Apolítica de repressão das classes domi-nantes e do Estado utilizam essa escala-da da violência para continuar matandoe calando os trabalhadores, e todos ospovos que se insurjam contra a situaçãode dominação e exploração a queestamos submetidos.

pacidade de teorização dos revolucio-nários. Pois ele colocará a nu as fra-quezas das teses até entãohegemônicas. Por isso, enquanto ostrabalhadores da Europa vão à luta, éhora também de aprofundar a lutateórica contra as teses que deformame emperram essas lutas.

Pois essas teses são materiali-zadas em formas de organização.Sem superar estas teses, não é pos-sível superar as suas organizações cor-respondentes. Somente assim coloca-remos as teses e formas de organi-zação em xeque-mate: pela luta polí-tica e teórica.

É preciso organizar a juventudee o proletariado marginal, que na Eu-ropa quase sempre se confundo como imigrante. Organizá-lo não para“integrá-lo” no sistema, mas fazer suaintegração na luta internacionalista dostrabalhadores e dos povos. E isso sóé possível fazer através da reconstru-ção do sindicalismo revolucionário.

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Jornal da União Popular Anarquista - UNIPA - nº57 - 3

O Fórum de Oposições e oSindicalismo Revolucionário

A análise da conjuntura e da his-tória recente da luta de classes no Bra-sil nos mostra que o movimento sindi-cal e popular brasileiro se encontrasobre uma dura crise de organizaçãoe sob a hegemonia de direções opor-tunistas e pelegas. A reconstrução dosindicalismo revolucionário em nossopaís é uma das grandes tarefas quenecessitam ser iniciadas e delineadasdesde já pelas organizações revoluci-onárias do proletariado.

A organização dos trabalhado-res brasileiros é marcada pelo papeldesorganizador do Sindicalismo de Es-tado. Este modelo de estrutura sindi-cal que é predominante em nosso paísé baseada em uma legislação de ins-piração fascista que remonta o Esta-do Novo (1937-1945), e tem por prin-cipal objetivo controlar os sindicatos eestabelecer uma política de colabora-ção de classe. Esta legislação é for-mada pela: a) investidura sindical, b)a unicidade sindical e c) o imposto sin-dical. São essas medidas que outor-gam ao Estado o papel de reconhe-cer ou não a organização dos traba-lhadores e financiá-las. Esta es-trutura se ampliou no anopassado com a Lei11.648/2008,

Abaixo o Sindicalismo de Estado!Viva a Ação Direta Proletária!

que incorporou as centrais sindicais àestrutura sindical oficial. Assim, as cen-trais são igualmente tuteladas peloEstado e financiadas pelo imposto sin-dical.

Na última década assistimos asubordinação completa das entidadesde base e centrais sindicais (CUT, UNE,CTB, NCST, CGTB) ao Governo Lula-PT e a sua política de reformasneoliberais. O campo dito anti-gover-nista dividido majoritariamente entreos oportunistas de direita (PSOL/Intersindical) e o oportunismo de es-querda (PSTU/Conlutas), guinou a di-reita aplicando uma política débil paraa reorganização da classe trabalhado-ra. A aceitação da Lei das Centraispela Conlutas, a unidade nas frentesnacionais desenvolvimentistas e a po-lítica frustrada e desorganizadora defusão com a Intersindical e a Esquer-da da UNE são um exemplo destapolítica.

O cenário da crise internacionale os resultados desastrosos do

CONCLAT apontam para a necessi-dade da recomposição de forças daclasse trabalhadora em um instrumen-to concreto de aglutinação a nível na-cional, que defina elementos essenci-ais para a reorganização dos traba-lhadores em oposição ao Sindicalismode Estado e à Burguesia. A rupturacom o Governismo e seus braços nomovimento popular (CUT, UNE eCMS) mantém sua centralidade tantopara desenvolver as lutas mais bási-cas como para reorganizar de formaindependente outro modelo desindicalismo. Ao que tudo indica, sedesenham mais 4 anos de Governismono movimento Sindical com a vitóriade Dilma.

Assim como nas décadas de 70e 80, onde as Oposições Sindicais re-presentaram o elemento vital para re-organizar a luta e dirigir as greves ge-rais de 79 e 80, na atualidade se faznecessário impulsionar a construção deverdadeiras e combativas OposiçõesSindicais e Estudantis para cumprir trêsobjetivos principais: a) Impulsionar aorganização por local de trabalho e es-

tudo b) combater a estrutura sindicaloficial c) Combater as direções Gover-nistas e retomar os sindicatos para aluta.

A atual fase do capitalismo ultra-monopolista impõe a fragmentaçãocrescente aos trabalhadores. Uma or-ganização que pretenda romper comas imposições do capital e ocorporativismo sindical deve unificar emum mesmo instrumento os movimen-tos sindical, popular e estudantil. Osprocessos revolucionários do século XXconfirmam que apenas com a unifica-ção de todas as frações da classe tra-balhadora (operários, assalariados emgeral, desempregados, camponesese estudantes proletários) sairemos vi-toriosos. Portanto a construção de umaCentral de Classe se coloca como ho-rizonte necessário para reconstruir osindicalismo revolucionário no Brasil.Convocamos os militantes combativos,independentes ou que ainda organi-zados na CSP-Conlutas, a romper comas ilusões e a construir um Fórum Na-cional de Oposição Sindical, Popular eEstudantil como embrião de uma Cen-tral de Classe.

oposicaopelabase.blogspot.com/

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Eleições 2010:Confirmação da expansão do governismo

As eleições burguesas consa-gram o governismo como alternativapara a manutenção da ofensiva so-bre os trabalhadores. O PT, com suapolítica de conciliação de classe, con-segue substituir partidos de origemburguesa (PSDB e DEM) na gestãodo Estado, ocupando espaços signifi-cativos na Câmara, no Senado, nosgovernos estatuais e na direção dopoder executivo. Com a vitória deDilma/PT no segundo turno, ospetistas terão seu terceiro mandatopresidencial consecutivo.

1. Consolidação dogovernismo: vitória do Capital.

As eleições do primeiro turno de2010 já tinham confirmado a expan-são do governismo com a ampliaçãosignificativa das bancadas do PT noSenado e na Câmara dos Deputa-dos Federais. Os senadores petistasaumentaram de 8 para 14, supe-rando os tucanos que formavam asegunda maior bancada. No total ospartidos governistas (PT, PMDB,PCdoB, PDT, PRB, PR, PSB, PSC, PTCe PTN) somam 57 senadores, sen-do 20 do PMDB. Já na Câmara Fe-deral, os governistas chegam a 313deputados, sendo o PT o partido como maior número de deputados: 88.

Nas eleições para os governosestaduais o governismo também saiuna frente: elegeu 11 governadoresno primeiro turno e 5 no segundoturno, sendo 5 do PT, 5 do PMDB e6 do PSB. Assim, o governo Dilma/PT terá a maioria necessária paraavançar nas reformas neoliberais.

Essa vitória da ampla coalizãopartidária da candidatura à presidên-cia de Dilma/PT mostrou a eficiênciada aliança petista com partidos oligarcase da reprodução e ampliação doclientelismo estatal. Os partidosoligarcas, especialmente o PMDB, con-trolam importantes currais eleitoras queagora garantem votos para o PT. Osprogramas “sociais” (Bolsa Família,ProUni, Luz para Todos, etc) são no-vos instrumentos da velha políticaclientelista, uma vez que são apresen-tados como dádivas do governo que

devem ser “pagas” nas urnas. Lem-brando que tais programas, que sãoprojetos neoliberais do FMI e do Ban-co Mundial, foram implementados eamplamente explorados pelos tucanosna Era FHC.

A continuidade e o fortalecimentodo governismo têm no enfraquecimen-to e na desorganização da classe tra-balhadora a sua contra partida. Como predomínio da via reformista-eleito-ral as reivindicações que marcaram aluta dos trabalhadores nas décadasde 1980 e 1990 foram abandonadaspelo apoio às políticas do governo, tan-to dos programas “sociais”, quanto dosprojetos das mega-obras do PAC (Hi-drelétrica de Belo Monte, Transposi-ção do Rio São Francisco,

Transnordestina, etc). Além disso, asorganizações da classe trabalhadorapassam a incorporar bandeiras da bur-guesia, como a redução da taxa dejuros e as medidas de estímulo ao con-sumo. Esse foi o preço pago pela as-similação de setores de origem sindi-cal-popular ao Estado burguês.

2. A ineficácia da via refor-mista-eleitoral.

O predomínio da linha refor-mista-eleitoral começou ainda nos anosde 1980, quando no seu 2° congres-so (1986) a CUT aprovou resolução

direcionando a estratégia da conquis-ta do poder pela via eleitoral1. Essaresolução retirou o protagonismo dostrabalhadores e transferiu para “o par-tido” a responsabilidade pela emanci-pação do proletariado.

Três aspectos sobre a via elei-toral-reformista devem ser ressalta-dos: primeiro, todas as correntes polí-ticas cutistas, mesmo as que se colo-cavam como as mais revolucionárias,não se opuseram a ela; em segundolugar, os demais movimentos popula-res foram incorporando a estratégiaeleitoral, adaptando-se as suas exigên-cias; e, em terceiro lugar, o crescimen-tos das vitórias eleitorais dos partidosde origem sindical-popular foram acom-panhadas do rebaixamento das rei-

vindicações dos trabalhadores. O rebaixamento das bandei-

ras do movimento evoluiu para umade conciliação de classes, sintetizadano “sindicalismo propositivo” da déca-da de 1990. A conciliação com a bur-guesia assume sua forma madura nogovernismo, ou melhor, na defesa dogoverno Lula/PT a partir das eleiçõesde 2002.

Apesar do governismo repre-sentar a falência da via eleitoral, ospartidos que se apresentam como sen-do de esquerda (PSOL. PSTU, PCB e

PCO) continuam insistindo nessa linha.Enquanto parcelas significativas dos tra-balhadores demonstram descontenta-mento com o processo eleitoral, essespartidos reproduzem o discurso de queexistem alternativas eleitoras para aclasse trabalhadora.

O expressivo número de abs-tenções e de votos nulos indica insatis-fação e a revolta latente do proletaria-do. No primeiro turno, por exemplo, asoma das abstenções, dos votos nu-los e brancos, cerca de 33,7 milhõesde brasileiros (no segundo turno essasoma chegou aos 36,1 milhões), sónão superou os 47,6 milhões de votosque Dilma/PT recebeu. Outro exem-plo interessante foi a votação do se-gundo turno na cidade do Rio de Ja-neiro, onde as abstenções e votosnulos chegaram a 1,3 milhões, aci-ma dos 1,2 milhões de votos dadosao candidato tucano.

É possível apontar para a exis-tência de um potencial questionadormanifesto por milhões de trabalha-dores que, de alguma maneira, nãoreconhecem o processo eleitoral bur-guês. Esse potencial encontra-se dis-perso e não é, hoje, capitalizado pornenhuma força política. Entretanto,o cenário que se desenha, com ofortalecimento do governismo e aofensiva burguesa, exige a organiza-ção da classe trabalhadora para re-sistir e avançar na luta contra o Esta-do e o Capital. A ruptura com ogovernismo e a retomada doprotagonismo da classe trabalhadorana luta por sua emancipação.

Neste sentido é fundamental oinicio do processo de organização dasoposições (interprofissionais) no movi-mento sindical e do rompimento no mo-vimento popular com as propostasestatistas-reformistas para efetivamen-te construir um movimento de mas-sas revolucionário, ou seja, que nãoaposte na via eleitoral como sua liber-tação.

____________________1 Resoluções do II CONCUT,

1986, p. 6.

Sarney, Dilma e Lula - A renovação da aliança entre a burguesia e o PT queconquista a maioria no Congresso com sua base aliada

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Jornal da União Popular Anarquista - UNIPA - nº57 - 5

O Neoliberalismo tenta avançar na França. MasTrabalhadores e Estudantes Resistem!

Desde inicio dos anos 90 queo Estado francês e a burguesia ten-tam implementar uma reformaprevidenciária. Em 1995, o recém-eleito Chirac tentou implementar umareforma das aposentadorias do se-tor privado e o congelamento dossalários dos servidores públicos, masfoi impedido pelas greves massivasdos trabalhadores franceses. Con-juntamente com essas medidas vi-eram o desemprego, principalmentepara os jovens, empregos precári-os, principalmente para as mulheres,e uma brutal repressão policial na pe-riferias francesas e contra os imigran-tes de maneira geral. (ver matériasobre os ciganos)

Desde então, o governo deChirac (1995-2007) e Sarkozy - elei-to em 2008 - tentam implementarseguidas medidas neoliberais, comoo CPE em 2006. Agora tentam umanova reforma do sistema de apo-sentadoria, elevando a contribuiçãopara 42 anos e a idade de 60 para62 e 65 para 67 no caso de aposen-tadorias integrais. A principal tentati-va do governo Sarkozy é acabar comas aposentadorias especiais comodos ferroviários, bastião da greve ge-ral de 1995, que representa 5% dosgastos com aposentadoria.

Sarkozy foi eleito prometendoimplementar as reformas que os dois

governos Chirac não conse-guiram. Com isso, seguiuampliando a repressão aosimigrantes e trabalhadores -e jovens - das periferias etentando implementar as re-formas da educação e dosistema de aposentadoria.Neste ano o governo enviouao parlamento a proposta dereforma do sistemaprevidenciário, que foi apro-vada no senado e sanciona-da pelo presidente. A princi-pal intenção do governo éfavorecer os fundosprevidenciários privados vin-culados ao sistema financei-ro.

Mais uma vez os tra-balhadores franceses inicia-ram desde 2009 uma sériede mobilizações que culminaram nasgreves gerais de outubro. As cen-trais sindicais francesas (CGT, Soli-dários, CFDT, CFE/CGC, CFTC, CGT,FSU, UNSA e Força Operária) orga-nizaram massivas mobilizações quelevaram as ruas 3 milhões de traba-lhadores no último 19 de outubro.Todas elas contestam a reformaprevidenciária do governo. As mobi-lizações contaram com a grande par-ticipação dos estudantessecundaristas organizados pelos

seus sindicatos nacionais, como FIDLe UNL, e ainda organizações comoFederação SUD de Estudantes, dacentral Solidários, e a CGT Jovens.Essa série de mobilizações levou aparalisação das atividades produtivas,com greves nos locais de trabalho ebloqueio de rodovias, ferrovias e por-tos. O abastecimento de combustí-vel deixou regiões do país sem ga-solina.

Trabalhadores, Estudantes edesempregados protestam contra oprojeto que penaliza os trabalhado-res aumentando seu tempo de con-tribuição para 42 anos. O alto índicede desemprego, de trabalhos tem-porários e o ingresso cada vez mais

tarde no mercado de trabalho fazcom que na prática não haja apo-sentadoria para os trabalhadoresfranceses, principalmente das futu-ras gerações.

Por isso, a resistência do povofrancês continua. A experiência dosindicalismo revolucionário na Fran-ça deixou sua marca. As mobiliza-ções e manifestações nas ruas con-tinuam como marca fundamental dosindicalismo francês. O povo resis-te, e reivindica nas ruas, através deações diretas, a redução do tempode contribuição e a ao invés de ta-xar os salários (e trabalhadores),taxar o lucro dos patrões.

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Xenofobia na Françaa Nova-Velha Arma da Burguesia para Dividir os Trabalhadores.

A escalada de discriminaçãoe repressão às diversas etnias quechegam a Europa vinda de todasas partes do globo tem aumentan-do na última década. A onda derepressão, e prisão, de diversasetnias é parte do receituário do Es-tado e dos empresários na atualfase do capitalismo. Pela Europase espalham campos de detençãode imigrantes. Na França essa po-lítica não poderia ser diferente. Fin-do o estado de bem-estar social, apolítica para imigrantes e france-ses de origem judia, árabe, portu-guesa, marroquina, senegalesa,argelina, tunisiana e camaronesadeixou de ser os baixos saláriosnas indústrias para se transfor-mar em guetificação e prisões.

Essa nova onda de xenofo-bia tem se convertido em políticapública do Governo Francês e le-vado forças políticasultraconservadoras, fascistas, a di-versos parlamentos burgueses. Omais recente caso é a persegui-ção aos "ciganos".

A DevastaçãoNeoliberal do Leste Europeue a onda Migratória

Com o fim da União Sovié-tica, a OTAN e os Estados Uni-dos implementaram uma políticade terra arrasada na Iugosláviapara decretar o fim do "socialis-mo real". Depois dessa política, aUnião Europeia, sob pressão ame-ricana, começou a incorporar ospaíses do Leste Europeu. Com essanova situação se iniciou uma ondaimigração dos trabalhadores dosantigos países da "Cortina de Fer-ro" para os países centrais da Eu-ropa, como a França.

A Situação dos Ciganos

Abaixo a Xenofobia!A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores!

O fracasso da social-demo-cracia européia levou a resposta daburguesia que iniciou mais um ata-que contra os trabalhadores. NaFrança houve uma deterioraçãodas condições de vida e um au-mento do desemprego, principal-mente entre jovens, e umadesestabilização dos operários cen-trais (brancos) que gerou uma gra-ve crise social.

Os partidos burgueses pas-saram a atacar os imigrantes e seusdescendentes como os principaisresponsáveis pela situação de po-

breza e violência no país. A con-tínua repressão nas periferias fazparte do cotidiano dos franceses edos novos imigrantes, principal-mente vindos do leste europeu.Em 2005, a juventude protestoucontra a morte de jovens perse-guidos pela polícia e o atual presi-dente, Nicolas Sarkozy, na época

o Ministro do Interior, classificouesses jovens como "bande deracaille" (escória da sociedade).

Nesta nova onda de perse-guição o grupo étnico a ser perse-guido pelo governo Sarkozy pas-sou a ser os CIGANOS. Tal situa-ção não é nova para este grupoétnico. No romance de VictorHugo, "Notre-Dame de Paris" osciganos são perseguidos pela Aris-tocracia e Burguesia. Essa novapolítica anti-imigração levou aaprovação de medidas que restrin-giam a vida privada e familiar, prin-

cipalmente para deter os casamen-tos binacionais.

A eleição de Sarkozy em2007 aumentou a repressão. Paraisso foi criado o novo Ministérioda Imigração e Identidade Nacio-nal. Esse novo ministério passoua defender e implementar políti-cas públicas que valorizassem uma

identidade pura francesa, pregan-do assimilação do que o governopassou a chamar de franceses deorigem estrangeira e expulsão dosimigrantes ao qual o estado pas-sou a classificar como "imigrantesem situação de risco".

Nesta escalada, o governoSarkozy expulsou mais de mil ci-ganos para a Romênia e Bulgária,ainda que eles tivessem cidadaniaeuropéia. O governo estabeleceuque os ciganos não podem viverem solo francês por mais de trêsmeses, pois representam uma

ameaça à ordem pública. Assim,Paris desrespeita as próprias leise convenções burguesas, euro-péias e internacionais. Nessa es-calada o governo aprovou umamedida que pretende retirar a na-cionalidade desses Francesescaso "voluntariamente tenhamatentado contra um funcionárioda polícia, um agente das forçasde segurança ou qualquer outraautoridade pública". Os ciganospassaram a ser vigiados pelo Mi-nistério da Imigração e Identi-dade Nacional.

Neste sentido, os trabalha-dores de todas as origens de-vem se unir e combater a políti-ca racista implementada pelospatrões e pelo Estado. Nós tra-balhadores "somos patriotas detodas as pátrias oprimidas", e

nesse sentido devemos unificar in-ternacionalmente as várias deman-das da classe trabalhadora (lutacontra o racismo, contra o sexis-mo, por melhores condições devida etc) em uma perspectivacombativa e classista que apontepara o protagonismo proletário naluta emancipatória.

Manifestação em Paris contra a xenofobia em Setembro

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Jornal da União Popular Anarquista - UNIPA - nº57 - 7

Terceirização na UnBO governismo é peça chave para a super-exploração!

Pelo direito à organização sindical!Abaixo à precarização!

Mesmo trabalho, mesmo salário!

O capital ismo ultra-monopol ista tem nasterceirizações e na repressãoaos trabalhadores uma marcade sua política trabalhista-sin-dical , que vem sendoimplementada pelo GovernoLula e pela burguesia em es-cala nacional, com a ajuda dosindicalismo pelego repre-sentados pela CUT e CTB.

Na Universidade deBrasília - UnB - a maioriaesmagadora da mão-de-obra é de terceirizados ou"contratados diretos" pelaUnB (contratos sem cartei-ra-assinada, sem férias,13º, sem licença materni-dade, etc). Segundo umamatér ia do CorreioBrazi l iense de julho de2009, só o Hospital Univer-sitário tem 1.060 funcioná-rios que não estão de acor-do com a legislação traba-lhista, e a UnB segundodados levantados em 2008teria mais de 2.100 traba-lhadores precarizados. A per-seguição política-sindical, porparte da Reitoria e Empresas,possui exemplos indigestos,como são as 84 demissões fei-tas, entre Fevereiro e Abrildeste ano, por apenas umaempresa de portar ia:PHserviços!

O caminho de luta dosterceirizados está cada vez seintensificando mais, e temcomo um marco a greve noHUB (final de 2009) que "atro-

pelou" a direção do SINTFUB.É pela luta que osterceirizados vem rompendoilusões e demonstrando quemsão os culpados pela situaçãoextrema que hoje vivem.

Em primeiro lugar está aReitoria governista, que con-trata as empresas e tem uma

pol í t ica de defesa dasterceirizações, assim como épró-ativa nos casos de demis-sões, já que as listas passampela Prefeitura. Ironicamente,em entrevista de avaliação deum ano de gestão, quando in-terrogado sobre os baixos sa-lários e condições precária detrabalho, o Reitor José Geral-do afirmou que na UnB "o tra-balho se torna, de fato, umprazer. Não estou dizendo quenão é para ter bons salários,

reconhecimento profissional,mas aqui há outras formas dereconhecimento". Em segundolugar estão as empresas, umamáfia parasitária que lucra emcima da sangria, do trabalhoe da desorganização dosterceirizados, assim como pelodesvio de verba pública. Os

trabalhadores da empresaPHServiços denunciam, porexemplo, que esta empresarecebe da Reitoria cerca de2.500 reais para pagar o salá-rio de cada trabalhador, e re-passa apenas cerca de 600reais aos terceirizados. Emterceiro lugar está a direçãogovernista do SINTFUB, quebusca não aprofundar a lutados terceirizados, lavando asmãos perante suas principaisreivindicações e perante a or-

ganização sindical destes.Lutar contra a fragmen-

tação de nossa classe impos-ta pela terceirização, assimcomo avançar nos direitos dostrabalhadores é uma bandeiraestratégica para nossa orga-nização. A União Popular Anar-quista - UNIPA - defende que

todos os servidores daUnB devem se organizarpor local de trabalho, emum único sindicato, com-batendo a fragmentaçãoda classe em "categoriascorporativas". Defendeque os servidorescombativos, terceirizadosou não, devem formaruma Oposição Sindicalpara derrubar a atual di-reção do SINTFUB,recolocando o sindicatono caminho da luta. De-fende que os trabalhado-res não devem depositarnenhuma ilusão na Reito-ria, Prefeitura ou Empre-sas, muito menos nos

"GT's de enrolação" das mes-mas. Defende uma forte alian-ça estudantil-proletária paraimpor pela força de nossas mo-bilizações a incorporação detodos os terceirizados ao qua-dro efetivo de servidores. Sóassim será possível ser con-seqüente com a luta imediatae específica destes trabalha-dores e com a construção dacondição estratégica revoluci-onária para a vitória final doconjunto do proletariado.

Manchete de jornal de Brasília de Junho de 2008 denunciando número grande deterceirizados - e ainda em situação ilegal. A realidade hoje é semelhante.

Page 8: Jornal da União Popular Anarquista - UNIPA - nº57 1 Causa ......Jornal da União Popular Anarquista - UNIPA - nº57 - 3O Fórum de Oposições e o Sindicalismo Revolucionário A

8 - - - - - Causa do Povo ----- nº57 - Outubro / Novembro / Dezembro de 2010

O ano de 2010 é um anoemblemático para a luta contra o ra-cismo e para a população negra e afro-descendente do país. Em tese, esteano foi marcado por um fato históri-co: a aprovação do "Estatuto da Igual-dade Racial". É interessante aprovei-tar o dia da consciência negra pararefletir sobre este fato e sobre suasconseqüências para a luta de todosos trabalhadores contra o racismo.

A análise sobre o Estatuto daIgualdade Racial nos leva à compre-ensão de que existem dois fatos rela-cionados: o racismo e a exploraçãocapitalista. Podemos concluir que hásérias limitações do capitalismo perifé-rico brasileiro em desvencilhar a ex-ploração de classes da discriminaçãoracial.

Mas a aprovação do Estatutonão foi um avanço, nem mesmo par-cial. Isto porque ele vai se somar ago-ra ao discurso clássico de GilbertoFreyre de que o Brasil é uma "demo-cracia racial". O estatuto não tocouem nenhuma das questões estrutu-rais que atingem a população negra eafro-descendente brasileira. E as quetocou, são questões de ordem muito

Viva Zumbi! Não há capitalismo sem racismo!

pontual, e mesmo assim, sendo am-bíguo.

Mas o mais importante é queessa "igualdade racial" freirianaconseguida pelo projeto reformista doPT, mostra a sua limitação geral. Ahistória só se repete como farsa oucomo tragédia. Nos anos 1960 vimoso reformismo nacionalista de JoãoGoulart viver a tragédia. Agora vemoso reformismo do PT representar a suafarsa.

A igualdade racial não será obti-da por decreto - seja o decreto da"democracia racial" freiriana, seja o doestatuto da "igualdade racial". Ele nãopromove a igualdade e não tem esseobjetivo. O que existe é o racismo, eo racismo ele não ataca.

E isso nos leva a questão estra-tégica. É preciso que toda a classetrabalhadora, assuma a luta contra oracismo. O racismo é um instrumentode exploração. Combater verdadeira-mente o racismo é combater o capi-talismo.

Isso significa que devemos en-carar como as próprias organizaçõesde trabalhadores marginalizam asgrandes massas precarizadas, que são

em sua grande maioria, negros e afro-descendentes. É preciso trazer essessetores para a organização e luta, re-conhecer sua importância e seu lugar.

Por isso, em mais um 20 de No-vembro devemos lembrar que somen-

Construção Nacional da UNIPANo atual contexto da luta de classes no Brasil se faz necessário dar

passos concretos na formação de uma organização anarquista revolucioná-ria de caráter nacional. A luta pela emancipação da classe trabalhadoraperpassa pela construção de um programa e uma organização que encami-nhe as lutas materiais em oposição ao reformismo e ao mesmo tempoprepare e dirija o processo insurrecional para a destruição do Estado e doCapital.

A inserção e participação nos instrumentos de luta do proletariado(Sindicatos, Movimentos Populares, Grêmios Estudantis, Oposições etc) éum imperativo para os anarquistas revolucionários. Mas aliado a isso é ne-cessário a existência de uma organização que coordene a nível nacional aintervenção dos anarquistas no movimento de massas e na luta de vida oumorte contra a burguesia. A ação coordenada deste grupo, guiada pelateoria bakuninista, juntamente com protagonismo das organizações de massasdos trabalhadores na luta são as condição primordiais para o sucesso daRevolução Socialista que construirá o Poder Popular no Brasil.

Desta forma, se faz necessário o fortalecimento de um Grupo Político

Construir a UNIPA!Preparar a Insurreição dos Trabalhadores!

Nacional Anarquista, que se materializa na UNIPA, possuindo dois papéisessenciais nesta conjuntura: 1) desenvolver a teoria revolucionária bakuninista,que orientará a intervenção e a luta político-ideológica no movimento demassas, permitindo que o anarquismo se torne uma direção política paramuitas lutas e organizações da classe; 2) aumentar a presença do anarquismoentre as massas, através da defesa de uma linha de massas que permita odesenvolvimento da força coletiva do proletariado.

Este processo se dá concretamente na construção de núcleos, pró-núcleos e comitês de propaganda da UNIPA pelos mais diversos estados ecidades brasileiras. É necessário que o anarquismo saia do pântano da de-sorganização, e se torne uma alternativa militante e revolucionária para ostrabalhadores. Por isso, convocamos todos os companheiros e companhei-ras dos movimentos sindical, estudantil e popular que tenham acordo políticocom o bakuninismo e desejem ingressar nos quadros da nossa organização,para a construção da UNIPA em nosso país.

Visite nosso novo site: uniaoanarquista.org

Viva Zumbi: somente a ação diretadestruirá o racismo no Brasil

te a ação direta dos oprimidos (on-tem os escravos, hoje o proletariado)destruirá o racismo. Só a ação diretaé capaz de fazer o que mais um "es-tatuto" se revela incapaz: a igualdadegeral e a liquidação do racismo.