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DIRECTOR JOSÉ ROCHA DINIS | DIRECTOR EDITORIAL EXECUTIVO SÉRGIO TERRA | Nº 3910 | TERçA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 2011 WWW.JTM.COM.MO AO SERVIÇO DE MACAU DESDE 1982 Tribuna de Macau Jornal 10 PATACAS PÁG 2 Davis Fong critica residentes que têm “atitude de pandas” Alterações aos custos de grandes obras vão ser explicadas na AL PÁG 4 E 5 Negócios do retalho em Macau cada vez mais em alta Entre Janeiro e Setembro deste ano, o volume de negócios dos retalhistas de Macau correspondeu a 30,43 mil milhões de patacas, uma subida de 39%, em relação ao montante de 21,89 mil milhões registado em idêntico período de 2010. Segundo dados oficiais, no terceiro trimestre, o total de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho atingiu os 10,59 mil milhões de patacas, uma subida de 38%, comparativamente ao trimestre homólogo. Em termos de negócios realizados neste mesmo período, destacaram-se os relógios e a joalharia, com 2,70 mil milhões de patacas (25% do total), seguindo-se as mercadorias de armazéns e quinquilharias (16%), os artigos de couro (11%), e o vestuário para adultos (9%). Os artigos de comunicação foram os que registaram uma maior subida nas vendas neste período (mais 77%). Metade da classe média mundial está em países de rápido crescimento Cerca de mil milhões de pessoas com rendimentos entre 10 e 100 dólares diários, metade da “classe média” mundial, vivem hoje em países com altas taxas de crescimento económico, e deverão exceder os três mil milhões em 2030, revelou a OCDE, que apelou a políticas de coesão social. Num relatório ontem apresentado, a OCDE avisa por isso os governos daqueles países que as taxas de crescimento deram-lhes recursos que podem ser usados para promover e financiar um processo de crescimento mais inclusivo, tendo em conta as expectativas e contributos desta classe média emergente. Dados da ONU mostram que SIDA está a estabilizar O número de pessoas com SIDA em 2010 é o maior de sempre, segundo um relatório da ONU: 34 milhões. A outra face deste número é que são os tratamentos cada vez mais generalizados que diminuem as mortes por este vírus, o que levou a que o recorde fosse batido em 2010. O que estes dados, revelados ontem, vêm mostrar é que a SIDA está a estabilizar no mundo, com a diminuição das novas infecções e do número de mortes, mas com o aumento do número de pessoas a viver com o vírus. Em 2010, registaram-se 2,7 novas infecções, o número mais baixo desde 1997. “Ainda há poucos anos parecia fantasioso anunciar o fim da epidemia da sida a curto prazo, mas a ciência, o apoio político e a resposta comunitária começam a produzir resultados tangíveis e concretos”, considerou Michel Sidibé, director-executivo da ONUsida. PÁG 3 CASINOS “APENAS” FICAM COM 18 PATACAS EM CADA MIL APOSTADAS A fortuna de uns é o azar de outros

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Jornal Tribuna de Macau

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Director José rocha Dinis | Director eDitorial executivo sérgio Terra | Nº 3910 | terça-feira, 22 De Novembro De 2011

www.jtm.com.moao serviço De macau DesDe 1982

Tribuna de Macau Jornal

澳門論壇日報 10 PaTacas

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Davis Fong criticaresidentes que têm“atitude de pandas”

Alterações aos custosde grandes obras vãoser explicadas na AL

Pág 4 e 5

Negócios do retalho em Macaucada vez mais em altaentre Janeiro e Setembro deste ano, o volume de negócios dos retalhistas de macau correspondeu a 30,43 mil milhões de patacas, uma subida de 39%, em relação ao montante de 21,89 mil milhões registado em idêntico período de 2010. Segundo dados oficiais, no terceiro trimestre, o total de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho atingiu os 10,59 mil milhões de patacas, uma subida de 38%, comparativamente ao trimestre homólogo. em termos de negócios realizados neste mesmo período, destacaram-se os relógios e a joalharia, com 2,70 mil milhões de patacas (25% do total), seguindo-se as mercadorias de armazéns e quinquilharias (16%), os artigos de couro (11%), e o vestuário para adultos (9%). os artigos de comunicação foram os que registaram uma maior subida nas vendas neste período (mais 77%).

Metade da classe média mundial está em países de rápido crescimentocerca de mil milhões de pessoas com rendimentos entre 10 e 100 dólares diários, metade da “classe média” mundial, vivem hoje em países com altas taxas de crescimento económico, e deverão exceder os três mil milhões em 2030, revelou a ocDe, que apelou a políticas de coesão social. Num relatório ontem apresentado, a ocDe avisa por isso os governos daqueles países que as taxas de crescimento deram-lhes recursos que podem ser usados para promover e financiar um processo de crescimento mais inclusivo, tendo em conta as expectativas e contributos desta classe média emergente.

Dados da ONU mostram que SIDA está a estabilizaro número de pessoas com SiDa em 2010 é o maior de sempre, segundo um relatório da oNu: 34 milhões. a outra face deste número é que são os tratamentos cada vez mais generalizados que diminuem as mortes por este vírus, o que levou a que o recorde fosse batido em 2010. o que estes dados, revelados ontem, vêm mostrar é que a SiDa está a estabilizar no mundo, com a diminuição das novas infecções e do número de mortes, mas com o aumento do número de pessoas a viver com o vírus. em 2010, registaram-se 2,7 novas infecções, o número mais baixo desde 1997. “ainda há poucos anos parecia fantasioso anunciar o fim da epidemia da sida a curto prazo, mas a ciência, o apoio político e a resposta comunitária começam a produzir resultados tangíveis e concretos”, considerou michel Sidibé, director-executivo da oNusida.

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cASINoS “APENAS” FIcAm com 18 PAtAcAS Em cADA mIL APoStADAS

A fortuna de unsé o azar de outros

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pág 02 terça-feira, 22 de Novembro de 2011 jornAl tribunA de mAcAu

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administração: José Rocha Dinis • Director: José Rocha Dinis Director Editorial Executivo: Sérgio Terra • Grande Repórter: Raquel Carvalho • Redacção: Fátima Almeida, Paulo Barbosa e Viviana Chan • Editor Multimédia: Pedro André Santos • Colaboradores: José Luís Sales Marques, Miguel Senna Fernandes, Rogério P. D. Luz (S. Paulo) e Rui Rey • Colunistas: Albano Martins, António Aresta, António Ribeiro Martins, Daniel Carlier, Henrique Manhão, João Guedes, Jorge Rangel, Jorge Silva, José Simões Morais, Luis Machado e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected] e [email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa e Xinhua Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

jornAl tribunA de mAcAu

localACUSADOS POR USO DE CARTÃO FALSO. o ministério Público da raem acusou dois residentes de Hong Kong, de 21 e 34 anos, dos crimes de passagem de moeda falsa, falsificação de documentos de valor especial e roubo. Segundo o mP, os arguidos deslocaram-se quatro vezes a macau, onde fizeram 46 compras com nove cartões de crédito falsificados.

MELCO CROWN PREFERE LISTAGEM POR “INTRODUÇÃO”. a bolsa de valores de Hong Kong está a analisar um pedido de listagem da melco crown, que não prevê uma oferta inicial de venda de acções. Segundo a melco crown, a via da “introdução” foi a preferida para a operação, o que significa que a empresa não pretende vender novas acções de imediato. o processo de listagem poderá estar concluído no final do ano.

cRÍtIcA DE DAVIS FoNG AoS PEDIDoS coNStANtES DE APoIoS

Há residentes com “atitude de pandas”Os subsídios distribuídos pelo Governo, a falta de competitividade no tecido profissional de Macau, os problemas da classe média e o sector do jogo foram algumas das áreas abordadas por vários professores da Universidade de Macau numa conferência sobre as LAG

A crítica foi feita por Davis Fong, director do Instituto de Estudos sobre a Indústria do Jogo da Uni-

versidade de Macau (UM), que compara a protecção que alguns residentes pedem ao Governo com os pandas que, por es-tarem em vias de extinção “exigem cada vez mais protecção, e neste caso particu-larmente as classes mais baixas”. O aca-démico falava numa conferência, ontem, dedicada às Linhas de Acção Governa-tiva (LAG) para 2012, que decorreu na UM, com a presença de vários especialis-tas de diferentes áreas da universidade.

E segundo Davis Fong, esta “ati-tude de panda” e a consequente ajuda do Governo constitui o maior obstáculo ao aumento da competitividade dos re-sidentes de Macau. Por isso, esta equa-ção resulta em “menos competitivida-

de” quanto “maior for a protecção”. As vantagens políticas advindas de Macau ser uma região administrativa especial continuam a ser bem aproveitadas mas a “atitude de panda” acaba por pôr em causa a prosperidade do território. “Pare-ce que os residentes querem viver numa estufa criada pelo Governo!”, criticou. E actualmente, “parece que qualquer clas-se social pede o apoio do Governo, mas se alguma coisa correr mal o Executivo é sempre o culpado”.

Uma das consequências que Da-vis Fong prevê num futuro imediato é a não concretização do objectivo de a RAEM se tornar num centro mundial de turismo e lazer.MAIS NOVOS SEM COMPETITIVI-DADE. A professora da Faculdade de

Educação da Universidade de Macau, Teresa Vong, também se mostrou muito receosa com a nova geração de Macau. Segundo um estudo de uma instituição local, que citou, “os jovens não querem aceitar qualquer tipo de competição”. E apontou no mesmo sentido de Davis Fong: “quando a protecção é exagerada de certeza que resulta numa menor com-petitividade”.

Por outro lado, o impacto que pode ter uma eventual paragem do plano pe-cuniário preocupa a docente universi-tária. Mas não deixou de questionar: “o alívio das dificuldades do povo pode ser conseguido através de vários meios. Porquê então considerar o plano pecuni-ário como a maneira principal?”. Neste ponto, Davis Fong considerou que “os idosos devem ser protegidos, mas agora até a classe média está a pedir cada vez mais protecção”.

A também professora da UM e pre-sidente da Associação Energia Cívica de Macau, Agnes Lam, criticou o valor dos cheques do plano pecuniário. “Têm que ser regularizados, e pelo menos deve haver uma explicação para a definição do seu valor”, exigiu. Para Agnes Lam, o plano pecuniário tem ajudado os resi-dentes, mas é necessário “regulamentar a distribuição dos cheques em questões como a duração e valor”.

Uma das áreas para onde este di-nheiro poderia ser mais bem canalizado era, segundo a académica, na área de en-sino superior, com a atribuição de mais bolsas de estudo a alunos de mestrado e de doutoramento que acabam por bene-ficiar a RAEM com os seus conhecimen-tos. “O plano pecuniário é bom no ime-diato, mas pode não ajudar a sociedade a

coutinho pede isenção para a classe médiaAté 2016 a MGM usufrui da isenção de pagamento do imposto complementar de rendimentos, relativo ao lucro gerado pela exploração de jogos de fortuna e azar. Coutinho pergunta se a classe média também usufruirá de uma medida semelhante

Foi concedida à MGM Grand Paradise, “a título excepcional, a isenção do pagamento do impos-to complementar de rendimentos, relativamente

aos lucros gerados pela exploração de jogos de fortuna ou azar ou outros jogos em casino”. Pereira Coutinho

não percebe porquê e lança um conjunto de perguntas. Numa tentativa de entender a opção, o deputado ques-tiona ainda se a classe média poderá usufruir de seme-lhante medida. O benefício conferido dura cinco anos, com efeitos entre Janeiro de 2012 e 2016. O problema é que a isenção tem sido concedida desde 2004 às diferen-tes concessionárias, devido à “negatividade económica local”, lembra o deputado. Situação que já não ocorre na actualidade devido aos “elevados níveis de lucros”, sustenta Pereira Coutinho, em interpelação escrita.

“As razões do invocado ‘título excepcional’ são do desconhecimento público e mesmo da própria As-sembleia Legislativa que nunca foi ouvida sobre esta

matéria, de relevante importância”. Por outro lado, argumenta o deputado, “a maioria da população não consegue perceber como é que apesar dos lucros anuais astronómicos desses concessionários, o Governo conti-nua a isentar o pagamento do imposto complementar”. Desde a criação da RAEM, a “classe média tem sido a mais prejudicada quer a nível da habitação, saúde, transportes, segurança social e educação”. Por isso Cou-tinho acha que, “o Governo deveria estender também a título excepcional a isenção de imposto profissional à classe média da população por iguais períodos conce-didos aos concessionários de Jogos caso estes sejam de facto justificáveis”.

longo prazo”, lembrou.CLASSE MÉDIA “IGNORADA”. Da-vis Fong também abordou o sector do jogo para lembrar que as políticas para o sector, presentes nas LAG, estão mais transparentes comparativamente às medidas para outras áreas. Agora há, sublinha, um projecto para o desenvolvi-mento do jogo nos próximos 10 anos. Por isso, não há muitas páginas reservadas ao jogo nas LAG deste ano, explica.

“A classe média foi ignorada nas LAG de 2012”, criticou o director de Faculdade de Gestão de Empresas da UM. Segundo Jacky So, esta classe tem sido prejudicada porque não pode pe-dir uma habitação social, por um lado, nem comprar uma habitação privada, por outro lado.

O académico abordou ainda a im-portância que os turistas de classe mé-dia podem vir a desempenhar no sector do jogo em Macau. E alertou que o sec-tor não deve basear-se em demasia nas apostas dos clientes VIP uma vez que o abrandamento económico na China Continental pode levar a um fluxo de-crescente deste tipo de jogadores em Ma-cau. Por isso, propõe “a criação de hotéis para os turistas de classe média na Ilha da Montanha”. São estes eventuais joga-dores que podem vir a substituir os VIP em caso de crise. “Actualmente, a classe média é a maior força motriz de Macau para atingir o objectivo de Centro Mun-dial de Lazer e Turismo”, acredita.

Por seu lado, Joey Lau, director da Associação de Economia de Macau, que lançou um estudo sobre a classe média ainda antes da divulgação das novas LAG, lembrou que já é importante o fac-to do Governo estar a estudar os proble-mas da classe média.

Jacky So abordou ainda o problema dos salários baixos praticados no ensino superior em Macau, comparativamente às regiões vizinhas. “É difícil recrutar do-centes de fora, porque o salário oferecido pelas escolas do território tem uma dife-rença entre 20 e 40%, comparativamente a Hong Kong e outras regiões.

Já o professor Yu Wing Yat apon-tou que “nas novas LAG, os benefícios sociais ocupam mais espaço porque o Governo está a dar mais atenção ao de-senvolvimento social”.

viviana chan

“apenas se conseguirá alguma democracia”uma reforma política é necessária em macau para melhorar a representatividade da população nos órgãos executivo e legislativo, mas o sufrágio universal não será conseguido na china, pelo menos, num “futuro próximo”, alertam académicos. “alguma reforma é necessária, para que a população consiga uma maior representatividade, mas não esperem que macau venha a ser um país independente”, afirmou ontem o director da faculdade de Gestão de empresas da universidade de macau (um), Jacky So, à margem de um debate sobre as políticas anunciadas pelo executivo para 2012. ao apontar a “influência política e económica” de Pequim, o académico salientou que “não interessa se se gosta ou não, mas a china continental é muito grande e macau e Hong Kong muito pequenas”. “No passado também tínhamos liberdade, mas não democracia, pois o governador era nomeado”, lembrou ao considerar que se “queremos uma certa liberdade ou democracia, temos de escolher, porque não há forma de nos tornarmos [macau e Hong Kong] independentes”. Por “o Partido comunista ser o maior na china e querer estar no poder”, Jacky So considera que “não será provável que um dia diga ‘vamos ter eleições livres para outros poderem assumir o poder’”. macau e Hong Kong poderão, no entanto, ser modelos para a china melhorar [a questão da reforma política], mas não esperem que se vá mudar tudo, apenas se conseguirá alguma democracia”, prevê.

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localcASINoS “APENAS” FIcAm com 18 PAtAcAS Em cADA mIL APoStADAS

a fortuna de uns é o azar de outrosMundialmente conhecidos como recordistas de receitas, os casinos de Macau são também palco de um fenómeno sócio-económico sem paralelo no planeta, atendendo ao volume de dinheiro “vivo” movimentado e à rapidez com que este muda de mãos. Dados a que o JTM teve acesso indicam que nos primeiros nove meses deste ano, a média diária de apostas aproximou-se dos 24 mil milhões de patacas, montante que continuou na sua esmagadora parte na posse dos jogadores, embora traduzindo o azar de uns e a fortuna de outros. Do lado dos casinos, as receitas brutas “apenas” representaram três por cento do total apostado, mas a dimensão dos negócios é mais do que suficiente para satisfazer as seis operadoras, bem como os cofres públicos

Mês após mês, os ca-sinos de Macau têm assumido o papel de

principais protagonistas do “boom” da indústria do Jogo, mas, ao contrário do que mui-tos possam pensar, apenas ar-recadam uma ínfima parte dos muitos milhares de milhões de patacas que diariamente pas-sam pelas suas mesas e máqui-nas de jogo.

O maior quinhão acaba por permanecer com os clien-tes, ou para sermos mais pre-cisos, por circular entre eles, sem que tal signifique que a maioria dos apostadores saia dos casinos com os bolsos mais cheios do que quando entrou, até porque as maiores e mais

rápidas mudanças de mãos do dinheiro ocorrem longe dos olhares do grande público, nas salas VIP.

Excluindo o caso dos mer-cados de capitais - onde, aliás, o fluxo de valores envolve de forma directa activos e não o chamado dinheiro “vivo” - os casinos locais representam as-sim a face de um fenómeno porventura único no mun-do, atendendo aos montantes cada vez mais elevados que movimentam.

Uma compilação de da-dos efectuada pelo JTM, com base em números oficiais e das operadoras, indica que o total de apostas diárias nos espaços de jogo de Macau atingiu uma média de quase 24 mil milhões de patacas nos primeiros nove meses do corrente ano, sendo que cerca de 23 mil milhões reverteram para os jogadores e 711,9 milhões foram encaixa-dos pelos casinos, a título de receita bruta.

Os mesmos números in-dicam assim que, no cômputo geral, a receita bruta dos 34 ca-sinos em funcionamento no fi-nal de Setembro correspondeu a cerca de três por cento do volume total de apostas. Im-porta ressalvar que esta média tem em conta os valores totais das receitas dos jogos de fortu-na ou azar, sofrendo variações entre casinos e sobretudo ao nível dos diferentes segmen-tos de mercado.

Sintomática dessas oscila-ções é, por exemplo, a conta-bilidade da Wynn Macau rela-tiva ao terceiro trimestre deste ano, período em que arreca-dou 2,95 por cento dos cerca de 174,1 mil milhões de pata-cas apostados nas suas salas VIP. Já no mercado de massas, o casino ficou com 27,7 por cento dos 5,6 mil milhões de patacas registados em apostas entre Julho e Setembro.

Apesar dos ganhos apre-sentarem diferenças percen-tuais significativas entre os dois segmentos, os valores do mercado de massas acabaram por se diluir no meio dos ex-pressivos números gerados

nas salas VIP, onde as sessões de apostas chegam a começar pelos 10 milhões de dólares de Hong Kong, fazendo com que o bacará seja actualmente res-ponsável por mais de 73 por cento das receitas brutas dos casinos.

As percentagens verifica-das até Setembro não fogem muito à tendência verificada em todo o ano de 2010, quan-do os ganhos da Wynn Macau (antes de descontos e comis-sões) representaram três por cento das apostas nas mesas VIP e 23,6 por cento nas mesas comuns, segundo indica o re-latório anual de contas da em-presa. Já na Melco Crown, as “vitórias” da casa no ano pas-sado atingiram 2,92 por cento no segmento VIP e 20,65 por cento no mercado de massas.

Além dos prémios pagos aos jogadores, nas contas das concessionárias e subconces-sionárias entram ainda, obvia-mente, as verbas devidas ao Governo. Ao abrigo da legisla-ção vigente, os operadores de Jogo de Macau têm que pagar à Administração um imposto especial de 35 por cento sobre as receitas brutas, bem como cerca de quatro por cento em impostos indirectos que se destinam a diversos fins so-ciais e promocionais. Recorde-se que só a Fundação Macau beneficia da contribuição de 1,6 por cento sobre as receitas brutas do jogo.

No domínio fiscal, até Se-tembro, os casinos tiveram de

descontar cerca de 277,6 mi-lhões de patacas à média diá-ria (711,9 milhões de patacas) da receita bruta.

Entre apostas, prémios, receitas e impostos, os dados consultados pelo JTM revelam assim que, no final deste circui-to monetário, os casinos encai-xam, em média, cerca de 18,3 patacas em cada mil apostadas, cabendo à Administração apro-ximadamente 11,7 patacas. A equação fica completa com a mudança de 970 patacas entre os bolsos dos apostadores.

Além dos impostos co-brados sobre a receita bruta, as operadoras estão ainda obri-gadas a pagar à RAEM um prémio anual como contrapar-tida pela atribuição de uma concessão para a exploração de jogos de fortuna ou azar em casino.

Este prémio inclui uma parte fixa (de 30 milhões de patacas) e uma variável, que é calculada em função do núme-ro de mesas de jogo e de má-quinas eléctricas ou mecâni-cas, incluindo “slot machines”, exploradas por cada empresa. Este pagamento anual variável inclui taxas de 300 mil patacas por cada mesa VIP, 150 mil pa-tacas por cada mesa comum e mil patacas por cada máquina de jogo. No final de Setembro, os casinos de Macau contavam com 5.379 mesas e 15.900 “slot machines”.

De acordo com projecções divulgadas recentemente pela agência Lusa, a Administração

de Macau deverá arrecadar na totalidade deste ano 92.918 milhões de patacas em impos-tos directos e 10.619 milhões em impostos indirectos, o que representará cerca de 150 por cento do orçamento da receita prevista.

Até Setembro, os impos-tos sobre o sector do jogo as-cenderam a 69.724,9 milhões de patacas, o que traduzia um aumento de 47,6 por cento face aos primeiros nove meses do ano passado e uma execução orçamental de 116,1 por cento.LUCROS E BENESSES. A es-cassa margem de “vitória” dos casinos face aos jogadores e os expressivos valores pagos em impostos não significam, con-tudo, que as concessionárias se possam queixar minimamente dos resultados operacionais alcançados em Macau.

Segundo as estatísticas oficiais relativas a 2010, as re-ceitas totais do sector aumen-taram 57 por cento para 190,67 mil milhões de patacas, em comparação com 2009, supe-rando o ritmo e volume das despesas que cresceram 44 por cento para 91,27 mil milhões de patacas.

Além disso, a elevada margem de manobra dos ca-sinos possibilitou um reforço importante das ofertas aos clientes. Só as despesas em bens e serviços fornecidos gratuitamente aos clientes - incluindo quartos de hotéis, bilhetes de barco, comidas e bebidas – foram estimadas em 4,75 mil milhões de patacas, mais 19 por cento do que no ano anterior.

Em alta evoluíram ainda as despesas de “marketing” e publicidade, que atingiram 1,75 mil milhões de patacas (mais 37 por cento).

Os sinais de crescente liquidez também estão bem espelhados nos exercícios fi-nanceiros do terceiro trimestre deste ano, ao evidenciarem melhorias no desempenho de todas as operadoras, sendo que só a Melco Crown viu os seus lucros líquidos subirem 617 por cento no intervalo de um ano.

Em matéria de lucros, o sinal positivo também ganhou força na MGM China (mais 129,7 por cento), Wynn Ma-cau (mais 84 por cento), Sands China (mais 41,6 por cento) e Sociedade de Jogos de Macau (mais 35,3 por cento).

Já o grupo Galaxy anun-ciou um acréscimo de 191 por cento para 1,8 mil milhões de dólares de Hong Kong no EBI-TDA (antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) apurado entre Julho e Setem-bro, relativamente ao terceiro trimestre de 2010.

sérgio terra

Em média, quase 24 mil milhões de patacas mudam de mãos todos os dias nos casinos

O DESTINO DE 1.000 PATACAS APOSTADAS

Jogadores • 970 patacas

Casinos • 18,3 patacas

Governo • 11,7 patacas

NOTA: Média aproximada com base nos dados até Setembro e nos impostos a pagar

(...) “A receita bruta dos 34 casinos em funcionamento no final de Setembro correspondeu a cerca de três por cento do volume total de apostas” (...)

(...) “Só as despesas em bens e serviços fornecidos gratuitamente aos clientes - incluindo quartos de hotéis, bilhetes de barco, comidas e bebidas – foram estimadas em 4,75 mil milhões de patacas, mais 19 por cento do que no ano anterior” (...)

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localQUEBRAR MONOPÓLIOS. mais medidas para quebrar monopólios e a redução dos preços dos produtos é o que chan Wai chi exige ao executivo. este deputado diz mesmo que a distribuição de subsídios pela população não passa de “rebuçados” que não resolvem o problema de fundo.

TURISMO COM SALÁRIOS MAIS ALTOS. os rendimentos dos trabalhadores dos sectores de actividade relacionados com o turismo devem subir, é o que reclama Kwan tsui Hang. Para a deputada existe uma contradição entre o crescimento rápido desta indústria e a estagnação dos ordenados dos trabalhadores.

na agendados deputadosSUBSÍDIO PARA RENDAS. a deputada angela leong defende que o Governo deve conceder um subsídio para as rendas de forma a que as famílias com baixos rendimentos possam “ter habitação garantida face à alta taxa de inflação”. Neste campo, critica a falta de garantias eficazes para o longo prazo. e acredita que as medidas lançadas pelo Governo, de isentar as famílias arrendatárias de habitação social do pagamento de renda por um ano, só aliviam “as pressões das famílias a curto prazo”.

CONCORRÊNCIA PROFISSIONAL. É Sio chi Wai quem critica “um pensamento velho, inútil e delicado” nos profissionais de várias áreas profissionais. É que, segundo este deputado, muitos profissionais querem “ser o quanto antes promovidos”, mas “não querem elevar as suas qualidades e capacidades para enfrentar a concorrência”. Por isso, defende que há lugar a uma “coexistência” de “especialistas importados” e locais. o deputado pede ainda a criação de um regime de credenciação profissional.

MAIS REGRAS NAS OBRAS. Para lam Heong Sang as subempreitadas devem estar submetidas a um controlo mais apertado. e adianta algumas medidas: os empreiteiros devem passar a responsabilizar-se por adiantar o pagamento de salários que os seus subempreiteiros tiverem em atraso. Por outro lado, o Governo deve acelerar a produção de legislação que garanta mecanismos de regulação e supervisão das subempreitadas. e deve ainda assumir a fiscalização das obras públicas, uma vez que os empreiteiros “conseguem com sucesso esquivar-se das suas responsabilidades”.

REVISÃO NA SAÚDE. au Kam San foca a área da saúde e propõe três passos a dar pelo executivo. Por um lado, defende uma maior triagem dos utilizadores do sistema de saúde pública, definindo quem são os que devem ter acesso privilegiado. Por outro, defende a criação, a médio-prazo, de mais hospitais e centro de saúde, e, a longo-prazo, de um regime universal de seguro médico que “abranja todos”.

NG KUoK cHEoNG PEDE coNSULtA SoBRE REFoRmA PoLÍtIcA AtÉ jUNHo

Via indirecta “não faz sentido”Para o deputado da Associação Novo Macau, a reforma do sistema político tem mesmo de avançar já a partir do próximo ano

Cada residente perma-nente de Macau deve ter direito a um voto

para eleger o Chefe do Exe-cutivo nas eleições de 2014 e, nas eleições de 2019, o regime de candidatura a este cargo já deve ser aberto, de modo a que os residentes possam propor directamente os can-didatos que apoiam. Objecti-vo principal: “concretização do sufrágio directo”.

Aproveitando o balanço dado pelo Governo na sema-na passada, aquando da apre-sentação das Linhas de Acção Governativa (LAG), Ng Kuok Cheong usou ontem o perío-do antes da Ordem do Dia na Assembleia Legislativa (AL) para pressionar sobre a refor-ma do sistema político.

O deputado da Associa-ção Novo Macau quer ainda que no primeiro semestre do

próximo ano o Governo lan-ce a consulta pública sobre o sistema político democrático e que apresente uma solução o “quanto antes” de forma a que os residentes possam fa-zer uma escolha “justa, aberta e imparcial” dos responsáveis políticos. Na apresentação das LAG, Chui Sai On tinha avançado que em 2012 surgi-riam algumas propostas neste sentido, mas sem concretizar ao certo quando.

Por enquanto, e já tendo em vista as eleições para AL em 2013, Ng Kuok Cheong defende a extinção dos luga-res do deputados eleitos de forma indirecta, pelas asso-ciações. “Já não fazem senti-do, por isso, devem ser gra-dualmente eliminados, uma vez que as associações mais fortes conseguem assentos através do sufrágio directo”.

E assegura que o actual modo de eleição prejudica ainda as associações mais pequenas, “que passam a estar na de-pendência das outras, uma si-tuação que não é saudável”.

Mas, numa transição pla-neada para ser feita de forma gradual, o deputado lembra que para já, de forma a existir uma AL com mais de metade dos deputados eleitos directa-mente, “basta tirar apenas três assentos ao sufrágio directo e reduzir pelo menos outros três ao indirecto”.

Segundo o deputado, os colegas devem “sujeitar-se à fiscalização da população e lutar pelo apoio desta”. A par-ticipação num sistema políti-co baseado na eleição por su-frágio directo “só favorecerá o desenvolvimento sustentado do sistema sócio-político”.

A consulta pública é, nes-

te caso, a única solução que Ng Kuok Cheong vê para “er-radicar o clientelismo e o trá-fico de influências”, de forma a que os residentes exerçam o seu direito político de “forma justa e eficaz”. h.a.

Ng Kuok Cheong querque os deputados se sujeitem

à fiscalização da população

FOTO

ARQ

UIVO

O deputado Chan Meng Kam exigiu ontem saber o que levou o Gabi-nete para o Desenvolvimento de

Infra-estruturas (GDI) a cancelar “repen-tinamente” um concurso público, a 3 de Maio, naquele que era o último dia para apresentação de propostas de orçamento.

O concurso diz respeito a uma em-preitada para execução do aterro e cons-trução do dique da Zona A dos novos ater-ros urbanos, cujo concurso público havia sido lançado a 16 de Março deste ano.

O deputado critica o GDI pelo facto de as empresas que prepararam as pro-postas de orçamento, e que aplicaram

“significativos recursos humanos e ma-teriais”, terem ficado lesadas, e lança eco de um rumor sobre uma “grande firma da China” que tem manifestado “vontade de ‘engolir’ todas as obras”. “Apesar de ter criado uma empresa de capitais mistos em Macau, voltou a criar aqui uma nova em-presa para participar nas obras dos aterros de 350 hectares e está a preparar-se para colaborar com uma empresa privada lo-cal”, denuncia. E remata: “parece-nos que esta firma já tem pleno conhecimento dos requisitos para o concurso”.

Por isso, o deputado quer saber que problemas existiam no projecto elaborado

pelo GDI para o concurso e que deficiên-cias havia nos critérios de avaliação das propostas.

Outra questão levantada por Chan Meng Kam diz respeito ao abastecimento de areia na obra, “o material mais impor-tante para fazer aterros e que precisa de ser importada legalmente para Macau”. Alerta para vários casos de contrabando de areia que têm sido detectados pelos serviços de alfandegários da China Conti-nental para, de seguida, questionar se “os critérios de avaliação no concurso não de-vem ter um nível mais exigente”.

h.a.

cHAN mENG KAm DENUNcIA EmPRESA cHINESA

obras voltam a dar que falarMais uma vez, uma obra de grande dimensão volta a estar na berlinda na Assembleia Legislativa (AL), surgindo envolta em polémica

Os representantes das entidades patronais estão “preo-cupados” com a revisão da lei sobre os trabalhadores não residentes, apresentada pelo Governo recente-

mente numa reunião do Conselho Permanente de Concerta-ção Social. E dizem que o regime de inactividade “é mesmo necessário”.

Segundo expuseram à Assembleia Legislativa (AL) os de-putados Ho Iat Seng, Fong Chi Keong, Kou Hoi In e Cheang Chi Keong, no período antes da ordem do dia, a possibilidade dos trabalhadores não residentes poderem não cumprir a re-gra da inactividade, desde que o novo trabalho seja da mes-ma natureza, traz consequências negativas para as pequenas e médias empresas (PME).

DEPUtADoS coNtEStAm REVISÃo DA LEI SoBRE NÃo RESIDENtES

Regra da inactividade “é necessária”Alguns deputados asseguram que a revisão da lei sobre a contratação de não residentes só vem prejudicar as pequenas e médias empresas

Por um lado, os patrões temem que as PME se transfor-mem em “base de formação de recursos humanos das empre-sas grandes”. Por outro lado, a única forma que as PME vão ter para reter estes trabalhadores é aumentar o nível salarial, o que “agrava os custos de exploração”. Por isso, segundo os deputados, ao contrário do que o Governo pretendia, a revi-são desta lei só vem prejudicar os patrões.

O regime de inactividade foi instaurado com o objectivo de evitar que os trabalhadores contratados no estrangeiro evitassem renunciar ao contrato para mudar de trabalho. Assim, se o fizes-sem, teriam de cumprir seis meses de inactividade profissional.

Já Kwan Tsui Hang defendeu um “melhor ajustamento” das políticas de recursos humanos. Para a deputada, “as em-presas de grande dimensão [devem] assumir a responsabili-dade da formação dos recursos humanos locais”. E para al-gumas profissões, “o prazo de contrato dos trabalhadores não residentes devem ser limitados”.

h.a.

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jornAl tribunA de mAcAu terça-feira, 22 de Novembro de 2011 pág 05

local

Governo planeia aumentar imposto sobre o tabacoCom a entrada em vigor da lei anti-tabagismo, no próximo dia 1 de Janeiro, o Governo planeia aumen-tar o imposto sobre o tabaco. “Prevemos apresentar à Assembleia Legislativa uma proposta sobre o au-mento do imposto”, assegurou Francis Tam, durante o debate na generalidade sobre o Orçamento para 2012, sem avançar, no entanto, valores. O Secretário para a Economia e Finanças garantiu o agravamento daquela taxa em resposta ao deputado Ng Kuok Che-ong que questionava o Governo sobre o facto de na proposta do orçamento não estarem previstas recei-tas provenientes do aumento do imposto. Já durante as intervenções antes da ordem do dia, Lee Chong Cheng e Ho Ion Sang tinham exortado o Governo a elevar o imposto. “Agravar o imposto sobre o tabaco é a medida mais eficaz para motivar os fumadores a absterem-se do fumo, pelo menos é essa a conclusão que se retira da aprovação em Hong Kong”, referiu o deputado ligado aos Operários. Uma ideia corrobo-rada por Ho Ion Sang. “O aumento do imposto é a medida mais eficaz na redução do consumo do taba-co, sobretudo junto dos jovens e de classes com bai-xos rendimentos”, argumentou o representante dos “Kai Fong”, salientando a necessidade do Governo insistir também na sensibilização. Para Ho Ion Sang o Executivo deve seguir os passos da RAEHK, onde o imposto este ano foi novamente agravado passando de 24 para 35 dólares de Hong Kong por maço. Em Macau, o imposto aumentou em 2009, mas apenas em 20 avos, ou seja passaram a ser cobradas quatro patacas por maço.

ALtERAÇÕES SIGNIFIcAtIVAS Ao oRÇAmENto VÃo cHEGAR À AL

Prometidas contas mais “transparentes”O Secretário para a Economia e Finanças garantiu que o Governo pretende passar a apresentar na AL as “alterações significativas” aos orçamentos anuais. Francis Tam comprometeu-se ainda a aperfeiçoar “o regime de gestão financeira” e a ponderar a criação da lei de enquadramento que tem vindo a ser pedida pelos deputados. O Orçamento para 2012 foi ontem aprovado por unanimidade, mas os deputados mostraram-se preocupados com os eventuais desperdícios financeiros

Com 28 votos favoráveis, o Orçamento para 2012 foi aprovado ontem na

generalidade. A proposta me-receu o consentimento do He-miciclo depois do Secretário para a Economia e Finanças ter prometido que o Governo vai iniciar, no próximo ano, os trabalhos para que a Assem-bleia Legislativa (AL) possa ter conhecimento das mudan-

chumbada audiçãosobre sepulturasOs deputados chumbaram uma proposta submetida por Ng Kuok Cheong e Chan Wai Chai para que a Secretária para a Administração e Justiça fosse alvo de uma audição na AL

A Secretária para a Administração e Justiça não terá de ir à Assembleia Legislativa (AL) para esclarecer o processo de atribuição de dez

sepulturas “perpétuas” pela ex-camâra Municipal de Macau Provisória a funcionários do Governo. A proposta de audição apresentada de Chan Wai Chi e Ng Kuok Cheong foi chumbada e a maioria dos deputados que se pronunciaram sobre este pedido reforçaram que o âmbito deste caso não se enquadra nas competências do Hemiciclo, uma vez que não é um órgão judicial.

Analisando a legislação, Leonel Alves diz-se até convicto que o pedido deferido pelo então presiden-te da Câmara, (actual IACM), “tem suporte jurídico”. O deputado e advogado sublinhou que o processo de “concessão de sepulturas não podia ser endere-çado [à tutela] antes da autorização” do presidente, logo a Secretária para a Administração e Justiça não teria conhecimento.

Segundo o mesmo deputado, também “o pre-sidente da Câmara dentro do enquadramento legal agiu bem”, na concessão das dez campas em 2001. Isto porque não se poderá falar de alienação de ter-reno público, mas antes arrendamento, uma acção que não é considerada, na verdade, perpétua à luz

da lei. Também Vong Hin Fau, Angela Leong, Melinda

Chan, Victor Cheung Lup Kwan e Gabriel Tong se manifestaram contra a proposta alegando que o caso já foi investigado pelos serviços competentes, nome-adamente o Comissariado Contra a Corrupção, que isentou Florinda Chan, e o Ministério Público.

Por sua vez, Pereira Coutinho e Au Kam San de-fenderam a ida da Secretária à AL para esclarecer se houve tráfico de influência e abuso de poder. Segun-do Coutinho, alguns funcionários saíram lesados, por isso, é pertinente que sejam prestados esclare-cimentos.

Já Au Kam San, que na altura também exercia funções na Câmara Municipal de Macau Provisória, apelou a que fossem dadas justificações para averi-guar se foram cometidas irregularidades na conces-são das campas. “Também poderia ser considerado parte integrante uma vez que naquela altura traba-lhei na Comissão Permanente Administrativa, Fi-nanceira e Patrimonial, como vogal, mas apoio esta questão. Mesmo sendo um dos envolvidos estou dis-posto a apurar este caso”, salientou.

F.a.

ças expressivas efectuadas ao orçamento. “Vamos apresen-tar as contas à AL sempre que houver registo de alterações significativas ao longo do ano. Já disse concordar com esta medida. (...) Prevemos que em meados de 2012 este trabalho possa ser iniciado”, assegurou Francis Tam, em resposta a Ng Kuok Cheong.

O deputado do Novo Ma-cau pediu “um enquadramento legal mais aperfeiçoado para que a AL consiga fiscalizar as contas sobretudo no que diz res-peito às obras públicas de gran-de envergadura”. Também Ung Choi Kun exortou o Governo a criar “um mecanismo próprio para que o custo das obras de

valor avultado seja explicado”. Considerando a necessidade de acelerar os trabalhos para que haja um orçamento mais “transparente”, Ung Choi Kun reiterou que a Lei de Enquadra-mento Orçamental deve ser ela-borada “o quanto antes”.

Na réplica, Francis Tam garantiu que o Governo vai cumprir a promessa de “aper-feiçoar o regime de gestão fi-nanceira” e avançar com “a lei de enquadramento orçamen-tal”. Mesmo depois da promes-sa do Secretário e do Hemiciclo ter aprovado o Orçamento para 2012, Au Kam San fez uma de-claração de voto para solicitar ao Chefe do Executivo “que apresente a Lei do Enquadra-

Fátima almeida

mento Orçamental”.DEPUTADOS PESSIMIS-TAS. Os deputados mostram-se preocupados com a derra-pagem de algumas contas de projectos desenvolvidos pelo Governo, como o “campus” da Universidade de Macau na Ilha da Montanha, já que segundo Lau Sio Io serão gastos mais 1,8 mil milhões de patacas do que o previsto. Chan Wai Chi chegou mesmo a questionar se perante a far-tura que se acumula nos cofres públicos não se estará a gastar sem pensar num “desenvolvi-mento sustentável”.

Segundo as previsões de Francis Tam o valor global da receita ascenderá a 115,2 mil milhões de patacas em 2012, o que representa um acréscimo de 44,73%, ou seja mais 35,6 mil milhões. Este crescimento deve-se sobretudo às recei-tas provenientes do imposto especial sobre o jogo, que se estima atingir 85 mil milhões de patacas. Embora os núme-ros que resultam deste sector surpreendam os deputados, a possibilidade de estalar uma crise lança o receio.

Chan Wai Chi é assertivo ao afirmar que a RAEM “não pode depender apenas do jogo”, já que ter só uma gran-de fonte de rendimento poderá ser prejudicial, uma vez que, se aquela for afectada, Macau

“pode enfrentar grandes pro-blemas”. Também Fong Chi Keong e Ho Sio Kam mostra-ram cautela e asseguraram que é necessário que a RAEM esteja prevenida para as crises. “Será que com os cofres a aumentar temos vindo a gastar muito e a ter um despesismo?”, questio-nou Ho Sio Kam.

A “fraca” execução or-çamental nos últimos anos também levou os deputados a solicitar uma aplicação mais rigorosa do dinheiro público. Francis Tam garantiu que vai ter em conta as opiniões dos deputados e ser cauteloso.

Para 2012 é a previdência social que pesa mais na des-pesa ordinária integrada do Governo na óptica de classifi-cação funcional ao representar 20,4%. De acordo com Francis Tam, na dotação orçamental para o Plano de Investimento e Despesas da Administração (PIDDA) vão predominar vá-rios projectos de construção que se associam à vida quoti-diana da população e ao de-senvolvimento a longo prazo como as construção de habita-ções públicas, aperfeiçoamen-to de transportes públicos e cooperação regional.

Durante a sessão Plenária também foram aprovadas por unanimidade as alterações ao Código do Registo Comercial, sem levantar questões.

(...) “O presidente da ex-Câmara, dentro do enquadramento legal, agiu bem” na concessão das dez sepulturas (...) - Leonel Alves

(...) “Vamos apresentar as contas à AL sempre que houver registo de alterações significativas ao longo do ano (...) Prevemos que em meados de 2012 este trabalho possa ser iniciado” (...) – Francis Tam

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pág 06 terça-feira, 22 de Novembro de 2011 jornAl tribunA de mAcAu

localJOVEM DESAPARECIDO. um jovem de 26 anos foi dado como desaparecido pelo pai na sexta-feira. lei fan tem cerca de 1.70 de altura, olhos e cabelo preto, e é cidadão do continente chinês.

DETECTADA “KETAMINA” EM OPERAÇÃO STOP. um homem foi detido durante uma operação “stop” após as autoridades terem descoberto 1.06 gramas de “ketamina” na sua posse. a droga foi adquirida em Zhuhai a troco de 100 renminbis, segundo o suspeito terá confessado à polícia.

voX populi

TAQI MUNASSAR(Visitante da Arábia Saudita, residente em Cantão)

-Porque decidiu visitar Macau?-Vivo em Cantão há cinco anos e estudo

Comércio Internacional. Vim apenas por dois dias, mas estou muito entusiasmado por estar aqui, pela primeira vez. Tenho um amigo a viver cá que me levou à Taipa, mas gosto mais do centro de Macau. Com todas estas pessoas, o centro da cidade é muito mais vibrante, embora o passeio à Taipa também tenha sido espectacular.

-Para além das pessoas, do que é que mais gosta na RAEM?

-Gosto da parte histórica e da mistura de culturas, com todos os elementos por-tugueses. Isso não acontece na China. Lá as pessoas são muito fechadas, enquanto que aqui há mais liberdade. Gosto deste ambiente.

-A cidade tem também um lado mais moderno, graças aos casinos. O que acha desta indústria?

-Não gosto, por um lado, devido à mi-nha religião, que proíbe o jogo, e por outro porque acho que é uma perda de dinheiro. Já passei pelo Venetian, mas não gostei... Por isso, decidi vir passear para o centro e divertir-me com as pessoas. Já do ponto de vista do turismo os casinos são positivos, porque atraem imensos visitantes que vêm apenas para jogar.

-Considera que Macau oferece os servi-ços necessários aos turistas?

-A coisa mais importante para mim é a internet e não consegui encontrar “wi-fi” aqui no centro. Quero contactar com os meus amigos e não consigo. Também andei à procura de uma pensão para ficar e não consegui. Praticamente só há grandes ho-téis. Tive de pagar cerca de mil patacas por um quarto na Taipa, o que é muito caro.

a.s.s.

“Gosto da misturade culturas,

com os elementosportugueses”

PRocURAVAm HotÉIS E cENtRoS comERcIAIS PARA RoUBAR

“Mãos leves” apanhadas em vídeoUm grupo de alegados ladrões foi descoberto por suspeita de furto, mas apenas uma mulher foi detida até ao momento pelas autoridades. O caso continua a ser investigado pela polícia

Dinheiro, malas, aparelhos electrónicos, tudo era alvo por parte de um grupo de três alegados assaltantes que visavam sobretu-

do turistas para praticarem os crimes em hotéis e centros comerciais. Mas ter-se-ão esquecido que a grande maioria desses locais tem câmaras de vídeo que permitem identificar o que se passa no interior, revelando-se bastante úteis neste tipo de casos.

O primeiro caso foi denunciado às autoridades no dia 1 de Outubro, tendo uma mulher sido iden-tificada como suspeita de furtos de malas.

Nos dias 19 e 20, registaram-se mais crimes semelhantes, até que no domingo a polícia acabou por conseguir deter uma suspeita na zona das Por-tas do Cerco. Trata-se de uma mulher de 28 anos e apelido Chan, residente na China Continental. Na sua posse foram encontradas malas com dinheiro em numerário (100 mil dólares de Hong Kong e 8 mil renminbis), e ainda um telemóvel, uma máqui-na fotográfica e várias carteiras, totalizando cerca de 83.700 patacas.

A polícia acredita que pelo menos mais dois homens participaram nos mesmos casos, pelo que as investigações continuam.APANHADO A ROUBAR CABOS ELÉCTRICOS.

Poderia parecer um crime de menor dimensão, mas os cabos eléctricos furtados estavam avaliados em cerca de 200 mil patacas. O caso ocorreu no sába-do quando três suspeitos foram identificados pelo segurança de uma obra na zona da Areia Preta a furtar o referido material.

Fugiram em direcções opostas, mas foram per-seguidos, tendo o segurança escolhido um deles, que acabou por ser detido. Na sua posse estavam 94 cabos eléctricos cortados, de 2.5 centímetros cada. Confrontado pelas autoridades, que entre-tanto foram chamadas ao local, o suspeito, de 38 anos, negou o furto, mas também não conseguiu explicar onde tinha arranjado os cabos.

SUSPEItoS coNSEGUIRAm AmEALHAR mAIS DE 200 mIL PAtAcAS

Trocavam as cartas entre eles

A burla parecia simples e estava a resultar. Dois jo-gadores na mesa de jogo,

outros dois tapavam a visão do “croupier”, só que os suspeitos, três homens de nacionalidade congolesa e um da Zâmbia, não terão contado com as câmaras de videovigilância que acabaram por captar tudo.

Segundo denunciaram os ví-deos, captados na sexta-feira num casino no NAPE, dois suspeitos do grupo trocavam as suas car-tas na mesa de jogo enquanto os outros dois cúmplices tentavam atrapalhar o “croupier”. Falavam no seu idioma para poderem re-

velar à vontade as cartas que tro-cavam de forma a tornar um de-les vencedor, sem que as pessoas

em redor se apercebessem.Após terem ganho 50 mil dó-

lares de Hong Kong, os suspeitos deslocaram-se a outro casino, no COTAI, onde terão utilizado a mesma estratégia e conseguido mais de 160 mil dólares de dóla-res de Hong Kong.

O caso acabou por ser de-nunciado pelos elementos da se-gurança do casino que captaram tudo através das câmaras de vi-deovigilância, tendo as autorida-des detido os suspeitos.

Os quatro homens têm entre 26 e 35 anos de idade e entraram na RAEM a 17 de Novembro, ten-do sido detidos apenas três dias depois.

O caso já foi entregue ao Mi-nistério Público.

Um grupo de quatro pessoas foi detido pelas autoridades por suspeita de burla nas mesas de pelo menos dois casinos. A detenção só foi possível graças a uma denúncia feita pelo departamento de segurança do casino que detectou o esquema através das câmaras de videovigilância

viviana chan

Furto com explicação pouco convincente

um homem foi detido por alegadamente ter furtado dinheiro de dois homens durante um voo de xangai para macau. o dinheiro estava nas bagagens dos passageiros que apenas deram pelo desaparecimento quando chegaram ao aeroporto de macau. felizmente para eles, o caso teve uma testemunha que rapidamente identificou o suspeito. vítimas e testemunha interceptaram o homem e mantiveram-no no local até à chegada das autoridades. a polícia acabou por encontrar o dinheiro na posse do suspeito, mas este afirmou nada ter a ver com o roubo. assegurou ainda que tinha encontrado o dinheiro no chão da casa-de-banho, uma explicação que não convenceu as autoridades que acabaram por o deter.

pedro andré santos

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jornAl tribunA de mAcAu terça-feira, 22 de Novembro de 2011 pág 07

localENLATADOS DA CHINA MAIS CAROS. os produtos enlatados registaram um crescimento de preços “notável”, sobretudo no caso dos importados do interior da china, indicou o conselho de consumidores, no seguimento de mais uma acção de constatação de preços nos supermercados. Já os preços do arroz da tailândia sofreram um “ajustamento ligeiro”.

CTM DOA 300 MIL À TUNG SIN TONG. a ctm entregou um donativo no valor de 300 mil patacas à associação de beneficência tung Sin tong, associando-se à campanha anual de angariação de fundos. o donativo “especial” insere-se ainda nas celebrações do 30º aniversário da operadora de telecomunicações.

DEBAtES SEctoRIAIS SoBRE AS LAG PARA 2012 comEÇAm HojE

Mais perguntas para Florinda chanChui Sai On levantou a ponta do véu mas prometeu que a Secretária para a Administração e Justiça teria mais informações a adiantar. A reforma política e possíveis aumentos para os funcionários públicos prometem suscitar várias questões do lado dos deputados. Florinda Chan é a primeira Secretária a ser colocada à prova na ronda de debates sectoriais que começa hoje

É quase sempre a Secretária para a Administração e Justiça que a mais pontos de interrogação tem de res-

ponder. Nos primeiros lugares da fila de-vem estar os três deputados da Associa-ção Novo Macau com a reforma política

na ponta da língua. Também José Pereira Coutinho não perderá a oportunidade para reivindicar aumentos salariais para a função pública.

Foi a principal surpresa das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2012 e promete ainda fazer correr muita tinta. Chui Sai On disse, no discurso de aber-tura, encarar a reforma política como “prioridade da acção governativa para o próximo ano”, considerando a apro-ximação das eleições para a Assembleia Legislativa já em 2013 e para o Chefe do Executivo no ano seguinte. Uma auscul-tação alargada e o gizar de propostas para apresentar a Pequim foram aspec-tos salientados.

No calendário da pasta para a Ad-ministração e Justiça está a realização de uma “consulta de forma ampla [...], pro-movendo a participação activa da popu-lação e a auscultação de todos os secto-res da sociedade”. Opiniões recolhidas e analisadas, a tutela compromete-se a preparar a “alteração legislativa devida” no que toca aos assuntos eleitorais. Um trabalho que deve ocorrer ao longo de 2012, apontam as LAG.

Entre os que querem saber mais es-tão os deputados da Associação Novo Macau, mas muito provavelmente não ficarão sós. No debate com o Chefe do Executivo, na semana passada, Tsui Wai Kwan também aproveitou os dois minu-tos de intervenção para abordar o tema. É possível que Florinda Chan desvende mesmo o conteúdo das 162 opiniões, oriundas de vários profissionais e dife-

Banca “cautelosa” no exteriorAs aplicações financeiras do sector bancário de Macau nos mercados internacionais diminuíram 0,3% entre Julho e Setembro face ao trimestre anterior para 538 mil milhões de patacas

Segundo os dados da Au-toridade Monetária, em contrapartida verificou-

se um aumento de 21,7% em termos anuais, destacando-se os acréscimos das disponibi-lidades sobre o exterior e dos activos em moeda externa.

No final do terceiro tri-mestre, as disponibilidades so-bre o exterior correspondiam a 403,6 mil milhões de patacas, mais 14,7%, e os activos em moeda externa a 134,3 mil mi-lhões (mais 48,9%).

Os empréstimos e depó-sitos no exterior constituíram a principal componente dos activos internacionais que, no terceiro trimestre, diminuíram 2,6% face aos três meses ter-minados em Julho, mas cres-ceram 17% em termos anuais, atingindo 378,5 mil milhões de patacas.

A quota das aplicações financeiras nos mercados in-ternacionais no activo total do sistema bancário diminuiu de 86,9 para 86,1% no final do ter-ceiro trimestre, enquanto que a referente às responsabilida-des externas no passivo total baixou 0,1 pontos para 80,3%.

Entre Julho e Setembro, o dólar de Hong Kong deti-nha pesos de 41,2 e de 44% no totais do activo e do passivo financeiro internacional, en-quanto que as outras moedas estrangeiras representavam 58,5 e 52,5%, respectivamente. Já a pataca ocupava uma quo-ta de apenas 0,3 e 3,5% no total do activo e do passivo finan-ceiro internacional.

Também os depósitos em moedas estrangeiras dos re-sidentes nos bancos locais - a maior componente no total das responsabilidades inter-nacionais - subiram 22,9% em relação a igual período de 2010 para 217 mil milhões de pata-cas.

A actividade bancária in-ternacional de Macau distri-buiu-se sobretudo pela Ásia e Europa.

Até final de Setembro, as

quotas das disponibilidades do sistema bancário de Macau nos créditos sobre Hong Kong e o interior da China eram de 37,5 e 19,2%, respectivamen-te, enquanto que em relação a Portugal e Luxemburgo cor-respondiam a 11,7 e 1,6% do total de activo exterior.

Relativamente ao passi-vo sobre o exterior, as quotas eram de 44,1 e de 20,8% para Hong Kong e o interior da China, sendo que no que res-peita ao passivo sobre França e Portugal eram de 6,2 e 5,3% do total.

JTM/Lusa

rentes sectores, bem como as duas pro-postas que foram recebidas pelo Gover-no até ao momento.EXPECTATIVAS SOBRE AUMEN-TOS. A eventual subida das remunera-ções dos funcionários públicos deverá também animar o debate. Chui Sai On, no discurso de abertura das LAG para 2012 e no debate com os deputados, pro-meteu apenas a criação, no próximo ano, de uma comissão para a apreciação das remunerações dos trabalhadores da Ad-ministração Pública.

Aperfeiçoar “o regime de ven-cimento dos funcionários públicos” e estabelecer um “mecanismo justo, científico e independente, sobre o ajustamento do vencimento dos fun-cionários públicos” foram as únicas promessas deixadas pelo Chefe do Executivo. “Peço desculpa, mas não posso dizer mais”, acrescentou, re-metendo outros esclarecimentos para a Secretária para a Administração e Justiça. As perguntas de José Pereira Coutinho ficaram guardadas, mas vol-tam hoje ao microfone. O deputado e presidente da Associação dos Traba-lhadores da Função Pública de Macau já confessou ainda acreditar no incre-mento das remunerações.

Entre hoje e amanhã, devem ainda ser suscitadas dúvidas sobre a gestão dos funcionários públicos, a par da formação de quadros. Tal como são expectáveis questões sobre o estado da Justiça em Macau. Os debates sectoriais terminam no dia seis do próximo mês.

raquel carvalho

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ARQ

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“Democracia é inevitável”as palavras são de Ho iat Seng, membro da assembleia Popular Nacional. “o caminho em direcção à democracia é inevitável”, afirmou o também vice-presidente da assembleia legislativa, em declarações aos jornalistas. No entanto, sustentou que o número de deputados eleitos por via directa não deve ultrapassar metade dos assentos, nas eleições para a assembleia legislativa em 2013. Por outro lado, Ho iat Seng não acredita que a quantidade de deputados nomeados pelo chefe do executivo, actualmente sete, venha a diminuir. Já o colégio eleitoral que escolhe o chefe do executivo deve ser alargado, ultrapassando os 300 elementos. Seguir o exemplo de Hong Kong e acelerar os procedimentos foram outros dos aspectos vincados por Ho iat Seng.

Florinda Chan abre hojeo ciclo de debates sectoriais sobre as LAG

DESPESA cREScEU 25% No tERcEIRo tRImEStRE

Visitantesmais gastadoresA despesa dos visitantes em Macau, excluindo os gastos no jogo, aumentou 25% no terceiro trimestre face ao período homólogo de 2010 para 12,1 mil milhões de patacas, indicam dados oficiais

De acordo com os dados divulgados ontem pelos Serviços de Estatística e

Censos, a despesa “per capita” dos visitantes situou-se nas 1.633 patacas, traduzindo uma subi-da de 7%, comparativamente ao apurado entre Julho e Setembro de 2010.

Em termos do local de resi-dência, o inquérito indica que a despesa “per capita” dos visitan-tes da China Continental fixou-se nas 2.026 patacas, a dos oriundos do Japão em 1.492, seguindo-se os do sudeste asiático (1.420) e os provenientes de Taiwan (962).

Já os gastos dos turistas no terceiro trimestre atingiram 2.716 patacas e os dos excursionistas 647 patacas, um crescimento de seis e 11%, respectivamente.

As despesas dos turistas e dos excursionistas do Continente foram as mais notáveis, com 3.390 e 823 patacas, respectivamente.

Os dados oficiais destacam ainda aumentos nas despesas do lado do alojamento e alimen-tação que equivaleram, respecti-vamente, a 46 e a 36% do total da despesa, que, excluindo gastos com compras e no jogo, alcan-çaram 823 patacas, mais 15% do que em igual período de 2010.

Já a despesa dos visitantes em compras foi semelhante à re-gistada no trimestre homólogo do ano passado, atingindo 810 patacas “per capita”.

Entre Julho e Setembro, os visitantes permaneceram em Macau por um período médio de um dia, tempo idêntico ao terceiro trimestre de 2010, en-quanto que a estada dos turistas durou, em média, 1,9 dias.

Os dados das despesas fo-ram apurados através do méto-do de inferência e basearam-se nas informações constantes de 47.300 questionários válidos.

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pág 08 terça-feira, 22 de Novembro de 2011 jornAl tribunA de mAcAu

AIA TOWER VENDIDA POR 1,2 MIL MILHÕES. a “Speymill macau Property company” anunciou ter chegado a um acordo provisório para a venda do edifício “aia tower”. Segundo a “macau business”, a empresa indicou que o negócio deverá envolver 1,26 mil milhões de dólares de Hong Kong, mas não revelou o nome do comprador. a “Speymill macau Property company” referiu ainda que já recebeu um depósito no valor de 30 milhões de dólares de Hong Kong, no âmbito do acordo estabelecido. a transacção deverá ser formalizada e concluída no final do corrente mês.

De um lado faltam recursos e aprendizagens; do outro, pre-tende-se dar o exemplo e abrir

portas à cooperação. É assim a base do trabalho do Fórum Macau, que nas próximas duas semanas vai promover um curso sobre “controlo de qualidade e certificação de produtos”, que trouxe à RAEM 23 representantes de sete paí-ses. “Convidámos alguns profissionais dos países de língua portuguesa para trocar experiências. Oferecemos esta plataforma para todos, para intercâm-bio. O curso vai organizar algumas ac-

tividades para trocar impressões com algumas instituições locais”, afirmou

FÓRUm mAcAU PRomoVE mAIS Um cURSo PARA PAÍSES DE LÍNGUA PoRtUGUESA

“Plataforma” estendida à segurança alimentar

Depois dos dois cortes de luz que abalaram a zona norte de Macau no início de Junho, foi pedido à CEM para contratar uma empresa de consultadoria para elaborar um estudo, por forma a avaliar o fornecimento de energia no território. No primeiro dia de consulta pública do novo tarifário de electricidade, Arnaldo Santos garantiu que esse documento deverá chegar às mãos do Governo até Janeiro do próximo ano

cEm PRomEtE mELHoRAR FoRNEcImENto DEPoIS DoS APAGÕES ocoRRIDoS Em jUNHo

Estudo avalia fornecimento de energia

Entre as vozes que ontem se fizeram ouvir no primeiro dia da consulta pública sobre o novo “sistema tarifário de electrici-dade e fixação dos preços de electricidade”, uma levantou a

questão dos apagões de energia ocorridos no início de Junho deste ano. O incidente afectou duas mil fracções na zona da Areia Preta e na Avenida Xavier Pereira. Sobre este assunto, Arnaldo Santos, coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Ener-gético (GDSE), disse ao JTM que foi pedido à Companhia da Elec-tricidade de Macau (CEM) um estudo, “em meados deste ano”, por forma a apresentar “medidas para melhorar o serviço, que de-verão ser apresentadas no final deste ano ou em Janeiro de 2012”.

Nelson António, do Gabinete de Comunicação e Relações Pú-blicas da CEM, explicou ao JTM que “o regulador pediu que con-tratássemos uma empresa de consultadoria para apurar eventuais medidas para melhorar o fornecimento de energia. O estudo está a ser desenvolvido e não há datas concretas para ser apresentado ao Governo”.

Pang Chi Iong, técnico superior do GDSE, falou do que pode ser feito para melhorar esta questão. “Recomendámos que fosse encurtado o tempo de recuperação do abastecimento em caso de corte da luz, para ser mais eficiente”, disse. CONTADORES VÃO SER MUDADOS. Na primeira sessão em que os cidadãos foram ouvidos sobre os dois modelos propostos para a revisão das tarifas da electricidade, foram muitas as pro-postas e sugestões feitas. O vice-presidente da Associação dos Profissionais de Electromecânica defendeu que o programa A “é mais generalizado”. Já no programa B, “poderia haver mais uma classificação, nos grupos B, C e D. Penso que as Pequenas e Médias Empresas vão acabar por não beneficiar com estas tarifas de pro-gressão”, apontou.

A referência aos velhos contadores das residências em Ma-cau também foi feita. Tao Wai Kun, da Associação de Engenharia e Construção, questionou-se sobre este facto. “Os contadores são

antigos, será que os podemos trocar?”. Também um representante da Associação dos Engenheiros Electrotécnicos e Mecânicos disse que “o programa por horários é difícil, porque temos de depender dos contadores”. Sobre esta questão, Arnaldo Santos garantiu que a CEM vai proceder a uma mudança dos equipamentos “de forma faseada”. “Temos mais de 200 residências (nesta situação) e é preci-so tempo para mudar todos os contadores”, frisou.

Também as energias renováveis foram lançadas para a discus-são. “Na Alemanha já existem muitas casas com energia solar, e mesmo em Hong Kong já há energia hidráulica. Podemos construir instalações para poupar energia?”, propôs Tao Wai Kun. Arnaldo Santos garantiu que o maior uso de energias amigas do ambiente vai ser analisado. a.s.s.

Representantes dos países de língua portuguesa estão em Macau para nova partilha de experiências “na plataforma”. Em causa está mais um curso do Fórum Macau que ao longo de duas semanas irá abordar questões ligadas à área da segurança alimentar, com ênfase no controlo de qualidade e certificação de produtos. Com oito meses de existência, o centro de formação do Fórum Macau já tem mais cursos planeados para 2012

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pág 09terça-feira, 22 de Novembro de 2011 jornAl tribunA de mAcAu

localPEQUIM RENOVA APOIO AO TURISMO DE MACAU. a indústria turística de macau continuará a contar com o apoio das autoridades do continente chinês, assegurou ontem o director da administração Nacional do turismo da china, Shao Qiwei, durante um encontro com o chefe do executivo da raem, fernando chui Sai on, realizado em Santa Sancha. De acordo com uma nota oficial, Shao Qiwei aproveitou ainda a ocasião para destacar a estabilidade sócio-económica da raem, sublinhando “acreditar em mais e melhores resultados no futuro”. Por sua vez, chui Sai on fez questão de reiterar que o Governo continuará a promover a “diversificação adequada” da economia e a cooperação regional, bem como o reforço e dinamização de projectos conjuntos, com vista ao progresso da indústria turística.

ao JTM Chang Hexi, secretário-geral do Fórum Macau.

Palestras sobre as práticas de hi-giene e licenciamento dos produtos ali-

mentares, a base jurídica que sustenta esta temática e o panorama do controlo de segurança sobre a área alimentar no Continente serão alguns pontos apre-sentados nesta formação. Estão tam-bém planeadas visitas ao Laboratório de Saúde Pública de Macau e ao De-partamento de Saúde da Província de Guangdong, entre outros locais.

A parte pedagógica do curso cou-be, mais uma vez, à Universidade de Macau (UM). Segundo Rui Martins, vice-reitor da UM para a investigação científica, esta acção de formação “pre-tende dar a conhecer a situação recente do controlo de qualidade e certificação de produtos de Macau, da China e das regiões vizinhas”.

Já Carmo Santos ficou com a ta-refa de representar os 23 alunos deste curso. Ao JTM, frisou que dos países participantes vieram “experiências di-versificadas”. “Nesta formação pensa-mos enriquecermo-nos uns aos outros com essas experiências. Mas queremos aprender coisas novas. A formação ocupa espaço e quanto mais melhor. Pensamos voltar aos nossos países e melhorar as nossas práticas e melho-rar o desempenho dos nossos organis-mos”, apontou. TEMPO DE BALANÇO. Carmo San-

tos, oriundo de Angola, considera que aquilo que o seu país pode retirar desta experiência é, sobretudo, o reforço da formação na área dos recursos huma-nos. “Temos falta de especialistas nas diversas áreas do controlo de qualida-de, desde auditores à certificação, e até mesmo técnicos de laboratório. Para as exigências do mundo actual, e com a famosa globalização, estão a faltar qua-dros cada vez mais capacitados”, expli-cou, salientando ainda as carências ao nível de laboratórios com tecnologia de ponta.

Do lado do Fórum Macau, e com o ano prestes a terminar, o tempo é de balanço. Sem novidades sobre o fundo de ajuda financeira anunciado por Pe-quim, Chang Hexi referiu que segundo o programa de actividades, o organis-mo irá fechar o ano com seis cursos concluídos. “Vamos começar a pensar no próximo ano, sobre o que vamos re-alizar e em que área”, disse ainda. Para 2012, estão também previstas já forma-ções na área da gestão administrativa e do turismo.

Em Dezembro, o Fórum Macau vai acolher especialistas de Timor-Les-te para uma formação na área da Topo-grafia, disse ainda Chang Hexi.

a.s.s.

FÓRUm mAcAU PRomoVE mAIS Um cURSo PARA PAÍSES DE LÍNGUA PoRtUGUESA

“Plataforma” estendida à segurança alimentar

Depois dos dois cortes de luz que abalaram a zona norte de Macau no início de Junho, foi pedido à CEM para contratar uma empresa de consultadoria para elaborar um estudo, por forma a avaliar o fornecimento de energia no território. No primeiro dia de consulta pública do novo tarifário de electricidade, Arnaldo Santos garantiu que esse documento deverá chegar às mãos do Governo até Janeiro do próximo ano

cEm PRomEtE mELHoRAR FoRNEcImENto DEPoIS DoS APAGÕES ocoRRIDoS Em jUNHo

Estudo avalia fornecimento de energia

antigos, será que os podemos trocar?”. Também um representante da Associação dos Engenheiros Electrotécnicos e Mecânicos disse que “o programa por horários é difícil, porque temos de depender dos contadores”. Sobre esta questão, Arnaldo Santos garantiu que a CEM vai proceder a uma mudança dos equipamentos “de forma faseada”. “Temos mais de 200 residências (nesta situação) e é preci-so tempo para mudar todos os contadores”, frisou.

Também as energias renováveis foram lançadas para a discus-são. “Na Alemanha já existem muitas casas com energia solar, e mesmo em Hong Kong já há energia hidráulica. Podemos construir instalações para poupar energia?”, propôs Tao Wai Kun. Arnaldo Santos garantiu que o maior uso de energias amigas do ambiente vai ser analisado. a.s.s.

Mercado abastecedor acolherá entidades de fiscalização

O Executivo da RAEM planeia transferir o Centro de Segurança Alimentar, o Laboratório e os Serviços de Inspecção e Sanidade, entidades responsáveis

pela segurança alimentar, fiscalização e inspecção, para o novo mercado abastecedor de produtos alimentares vivos e frescos que irá funcionar no Parque Industrial Transfron-teiriço Zhuhai-Macau. Desta forma, as autoridades pre-tendem assegurar uma “actuação mais directa e rápida” ao nível dos trabalhos de fiscalização e controlo da higie-ne alimentar e dos testes laboratoriais, bem como promo-ver a melhoria das técnicas utilizadas, segundo salienta uma nota divulgada pelo Gabinete da Secretária para a Administração e Justiça.

Anunciado pelo Chefe do Executivo, durante a apre-sentação das Linhas de Acção Governativa para 2012, o projecto de mudança do mercado abastecedor prevê a am-pliação do espaço de exploração e número de lojas, com vista a aumentar a concorrência. O objectivo traçado pelo Governo é criar condições para que os novos comerciantes possam procurar, por si próprios, novas fontes de produ-tos, esperando-se que tal venha a contribuir para “uma manutenção equilibrada dos preços”.

O local seleccionado para o novo mercado foi ontem inspeccionado pela Secretária para a Administração e Jus-tiça, Florinda Chan, o presidente do Conselho de Admi-nistração do IACM, Raymond Tam, o director dos Servi-ços de Economia, Sou Tim Peng, e o director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), entre outros responsáveis.

A Secretária teve ainda oportunidade de conhecer a situação sobre as medidas implementadas para fazer face às inundações que afectavam o Bairro de Fai Chi Kei e zo-nas do Porto Interior e da Taipa. Segundo a mesma nota, além dos trabalhos de manutenção e conservação dos ca-

As instituições responsáveis pela segurança alimentar deverão passar a trabalhar no novo mercado abastecedor, que o Governo pretende instalar no Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai-Macau

nais de drenagem, realizados pelo IACM, a DSSOPT tem vindo a instalar, em diversos pontos de Macau, postos de fiscalização de inundações e do nível das águas, parale-lamente às obras de reordenamento das redes de esgotos.

O IACM garante que vai prosseguir com a construção de estações elevatórias de águas pluviais para facilitar o seu escoamento, incluindo na Rua do Pai Kok da Taipa e na Bacia Norte do Patane. O organismo acredita que, des-se modo, será minimizado o problema das inundações no bairro de San Kio.

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pág 10 terça-feira, 22 de Novembro de 2011 jornAl tribunA de mAcAu

DESPoRToCHELSEA A 12 PONTOS DO LÍDER. o chelsea pode ter “descarrilado” definitivamente na corrida ao título, depois de perder em casa com o liverpool por 2-1, ficando agora a distantes 12 pontos do líder, o manchester city.

SUSPENSO JOGO EM ESPANHA. o Granada-maiorca, da 13.ª jornada da liga espanhola de futebol, foi suspenso aos 60 minutos devido ao arremesso de um guarda-chuva, que feriu um árbitro assistente, quando os anfitriões venciam (2-1), após grande golo do português carlos martins.

tAÇA DE PoRtUGAL

“oitavos” sem finalistas do ano passadoA Taça de Portugal em futebol vai entrar nos “oitavos” sem os finalistas da edição passada, já que o Vitória de Guimarães se juntou ao FC Porto, excluído da prova no sábado, pela Académica

Os vimaranenses baquearam no terreno dos “vizinhos” do Des-portivo das Aves, após 120 minu-

tos sem golos e com menos pontaria que a equipa da Liga de Honra no desempate por grandes penalidades (2-3).

A Académica, que venceu os “dra-gões” por 3-0, em Coimbra, e os avenses não foram os únicos “tomba gigantes” da jornada, pois o Torreense, líder da II Divisão (Zona Sul), voltou a “fazer das dele” e afastou o Rio Ave (Liga), com uma vitória em Vila do Conde por 3-2, já

no prolongamento, após o empate a um golo no tempo regulamentar.

A equipa de Torres Vedras, que na anterior eliminatória afastou outro pri-modivisonário (o Gil Vicente, por 1-0), consta da história da prova pelo facto de, em 1998/99, ter eliminado o FC Porto, com um golo de Cláudio Oeiras, no ex-tinto Estádio das Antas.

A jornada, que teve no Sporting-Bra-ga o seu “jogo grande” (vitória dos “le-ões” por 2-0), foi pautada pelos equilíbrios em campo, pois em sete dos 16 encontros houve recurso a prolongamento e cinco deles tiveram mesmo que ser resolvidos no desempate por grandes penalidades.

Em resumo, da Liga principal sobraram seis emblemas, estando já fora 10 equipas: FC Porto, Sporting de Braga, Vitória de Guimarães, Rio Ave e Paços de Ferreira juntaram-se a Gil

Vicente, Beira-Mar, Feirense, Vitória de Setúbal e União de Leiria, excluídos na eliminatória anterior.

Também o Ribeira Brava (II Di-visão) “vestiu” o estatuto de “tomba-gigantes”, ao eliminar o Sporting da Covilhã (Liga de Honra), no desempate por penaltis (5-4), após o “nulo” no final do prolongamento.

Ainda no que diz respeito a equipas da principal divisão, o Nacional passou no terreno do Paços de Ferreira (5-4 nos penáltis, após empate a dois) e o Maríti-mo ganhou por 1-0 em casa da Juventu-de de Évora.

O Olhanense, por sua vez, foi obri-gado a desempatar a eliminatória tam-bém por penaltis (4-2), no terreno do Alcochetense (III), devido ao “nulo” re-gistado após 120 minutos de jogo.

Entre equipas da Liga de Honra, o

Estoril eliminou o Penafiel, vencendo por 2-1, com um golo obtido já no fim do prolongamento, após o empate a um golo no tempo regulamentar.

Com alguma dificuldade, o Leixões (Honra) venceu por 1-0 o Santa Maria (III divisão), e a Oliveirense (Honra) foi a Tondela (III) bater os locais pelo mes-mo resultado. O Belenenses, também da liga de Honra, venceu o Vizela (II) em casa, por 2-0.

Entre equipas da II divisão, desta-que para a vitória concludente (3-0) do Tirsense (zona Centro) no terreno do S. João de Ver (Norte), e do Mirandela, em casa, frente ao Gondomar, em partida decidida por penaltis (6-5), após o empa-te a um golo.

O sorteio das próximas duas elimi-natórias realiza-se hoje e os oitavos de final terão lugar a 4 de Dezembro.

Sporting eficaz O Sporting venceu o Sporting de Braga por 2-0, em Alvalade, golos de Capel e de Insúa, e qualificou-se assim para os oitavos-de-final da Taça de Portugal em futebol. Um golo de Capel, aos 14 minutos, e um outro de Insúa, aos 22’, deram na noite de domin-go, em Alvalade, um justo triunfo ao Sporting fren-te ao Sporting de Braga, por 2-0, em jogo da Taça de Portugal. Na primeira parte, o Sporting revelou-se extremamente eficaz na concretização, perante um opositor que vendeu sempre cara a desvantagem e que criou, igualmente, algumas situações para golo. No segundo tempo, os minhotos viram-se reduzidos a dez jogadores, por expulsão de Elder-son, logo ao minuto 47, nunca baixaram os braços, mas o Sporting controlou sempre o jogo. Carrillo, ao minuto 86, enviou uma bola à barra e, ao minuto 68, Paulo César tinha rematado ao poste da baliza dos leões, defendida por Rui Patrício, que rubricou uma exibição seguríssima. Segue em frente o Spor-ting, fica pelo caminho o Sporting de Braga.

Só Pinto da costa seguraSó Pinto da Costa segura Vítor Pereira. O presidente resiste à pressão, bastante forte, para que abdique do treinador. Mas este já percebeu que a sua “cabeça” está a prémio

Para já, Pinto da Costa faz esticar o prazo de validade do técnico: Vítor Pereira fica...por enquanto. A mão

que o segura é a mais importante, mas o presidente fez-lhe ver que não o poderá aguentar muito mais neste cenário.

Diz o “Correio da Manhã” que Vítor Pereira não aguenta mais a contestação de que está a ser alvo e já se mentalizou para sair do FC Porto. Sem ganhar há três jo-gos, e afastado de forma inglória da Taça de Portugal, o treinador informou os joga-dores de que abandonará o leme da equi-pa caso não vença o duelo europeu com o Shakhtar, em Donetsk, na quarta-feira.

Ao que apurou o CM, mais do que os insultos, os lenços brancos e os ataques dos adeptos ao autocarro, o que incomo-da mais Vítor Pereira é a oposição interna de que está a ser alvo por parte de joga-dores influentes da equipa e de elementos destacados da SAD portista.

O plantel do FC Porto reagiu com surpresa à decisão. Até agora, o treinador só tinha optado por um discurso de tole-rância e crença em dias melhores. Desta vez, Vítor Pereira mostrou-se muito abati-do no balneário e, mais do que isso, ante-cipou a despedida, num sinal claro de que se sente num ponto sem retorno.

Cumprimento de Obrigações Pecuniárias nº PC1-11-0423-COP Juízo de Pequenas Causas Cíveis

Autor: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, nº. 22.Réu/Ré: BEATA OFIERZYNSKI, residente em Macau, na Rua Cidade deSantarém, n.º 416, Edifício Hotline, 13.° andar “AB”, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER qque pelo Juízo de Pequenas Causas Cíveís do Tribunal Judicial de Base da RAEM, correm éditos de TRINTA (30) DIAS, contados da data da publicação do anúncio, para citar o Réu/a Ré BEATA OFIERZYNSKI, querendo, no prazo de quinze (15) dias, findo o dos éditos, contestar a acção supra identificada, na qual pede que se julgue procedente e provada e, em consequência condena o(a) Réu/Ré a pagar as dividas, as despesas e os juros de mora na quantia de MOP$38.761,03 (trinta oito mil setecentas sessenta e uma patacas e três avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa de juros convencionais, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição do(a) citado(a).

Fica advertido(a) de que não é obrigatória a constituição de mandatário judicial.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor, que serão fixados nos lugares designados pela Lei.

RAE.M., aos 10 de Novembro de 2011.

A Juiz,Lap Hong Lou Silva

O Escrivão Judicial Auxiliar,Ng Kuai On

“JTM” - 22 de Novembro de 2011

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUíZO DE PEqUENAS CAUSAS CívEIS

ANÚNCIO

1ª Vez

Execução Ordinária nº Cv3-11-0040-CEO 3° Juízo Cível

EXEqUENTE: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede em Macau, na Av. AImeida Ribeiro nº. 22.EXECUTADOS: ALEXANDER FLORES OCAMPO, e sua mulher vILLA PATANO OCAMPO, casados no regime da comunhão de adquiridos, ambos de nacionalidade filipina e residentes respectivamente na Rua de Francisco António, n° 144, Edf. Lei Son, 3° andar C e na Rua da Prainha, nº. 3 C, Edf. San Fok Kok, A, r/c, D.

FAZ-SE SABER qUE por esta Secção, correm éditos de VINTE DIAS, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando os Credores Desconhecidos dos executados, para no prazo de QUINZE DIAS, decorrido que seja o dos éditos, reclamarem o pagamento dos respectivos créditos pelo produto do imóvel penhorado aos executados.

“Fracção autónoma designada por “C3” do 3.º andar “C”, para habitação, do prédio urbano sito em Macau com os nºs 138 a 148 da Rua de Francisco António, descrito na Conservatória do Registo Predial sob o nº 3.512, a fls. 292v., do Livro B17, com título constitutivo de propriedade horizontal inscrito sob o nº 23341, do Livro F-20, inscrito na matriz predial do Concelho de Macau sob o nº. 23144, aí registada a favor dos mesmos pela inscrição nº 157.320G.

RAEM, 11 de Novembro de 2011.

O Juiz de Direito,a) Rui Carlos Pereira Ribeiro

O Escrivão Judicial Especialista,a) Agostinho Paiva

“JTM” - 22 de Novembro de 2011

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUíZO CívEL

ANÚNCIO

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jornAl tribunA de mAcAu terça-feira, 22 de Novembro de 2011 pág 11

acTualFÃ DA AL QAEDA PLANEAVA ATENTADOS. um homem residente em Nova iorque, suspeito de planear um atentado bombista, foi detido pela polícia norte-americana. o homem chama-se José Pimentel, é americano nascido na república Dominicana, e apoia a al-Qaeda.

ESPANHA

PP de Rajoy commaioria absoluta históricaMariano Rajoy que conduziu o PP à maioria absoluta mais sólida da história da democracia espanhola declarou-se “presidente de todos” e prometeu trabalho a partir de segunda-feira

Por seu lado, o candidato socialista à presidência do Governo espanhol, Alfredo

Rubalcaba, assumiu que o PSOE “não teve um bom resultado” e acrescentou que os socialistas per-deram “claramente as eleições”. O PP obteve 186 mandatos num total de 350 do Congresso de Deputa-dos, órgão que terá mais três par-tidos que na legislatura anterior. Cerca de metade dos votos e man-datos perdidos pelo PSOE podem ter ido para as forças minoritárias que ampliaram significativamen-te o apoio no Parlamento.

A Convergência e União (CiU) da Catalunha aumenta a representação parlamentar de 10 para 16, com a Esquerda Unida (IU) a registar um dos crescimen-tos mais significativos, de dois para 11 deputados. A quinta força política, em termos parlamentares é a coligação da esquerda abertza-le (patriótica) basca Amaiur, com sete deputados, seguindo-se o

PNV (Partido Nacionalista Basco) com cinco deputados (tinha 6) e a União Progresso e Democracia (UPyD) com quatro (tinha um), mais um que a Coligação Canária (que aumenta de dois para três o seu apoio). Com 95,90% dos votos contados, a UPyD - que partici-pou pela segunda vez em eleições gerais - obteve 4,74% dos votos, o que lhe confere cinco deputa-dos e a possibilidade de ter grupo parlamentar próprio o que levou Rosa Díez, a líder da formação política a celebrou os “extraor-dinários” resultados obtidos que considerou o “princípio do fim do bipartidarismo” em Espanha.

Perante milhares de apoian-tes concentrados na sede do PP, na rua Génova no centro da ca-pital espanhola, Mariano Rajoy prometeu ser “o presidente de todos”, pediu trabalho conjunto e

confiança para se enfrentar as “di-fíceis tarefas” do momento. “Go-vernarei ao ser-viço de Espanha e dos espanhóis procurando que, em nenhuma cir-cunstância, nin-guém se sinta ex-cluído da tarefa comum. Os úni-cos inimigos serão

o desemprego, o défice, a dívida excessiva, o estancamento econó-mico e tudo aquilo que mantém o nosso país nestas críticas circuns-tâncias”, disse Rajoy, num discur-so dominado pelas referências à situação económicas que se vive em Espanha.

No discurso de derrota Alfre-do Rubalcaba disse que já falou com o secretário-geral do PSOE, José Luis Rodríguez Zapatero, a quem comunicou a vontade de realização “o quanto antes” de um congresso ordinário do parti-do, para determinar o futuro dos socialistas. “Os espanhóis deci-diram que passemos à oposição. Faremos isso de acordo com o nossa sentido de responsabilida-de e compromisso com o interesse geral de Espanha”, afirmou Ru-balcaba que admitiu que o “PSOE não obteve um bom resultado”.

O Governo detectou um “erro” na proposta de Orçamento do Estado para 2012 que, ironia das ironias, levará a maioria PSD/CDS a propor uma alteração que dará mais dinheiro à Madeira e menos aos Açores, confirmou o DN

O bolo das transferências para as duas regiões não será alterado, mas apenas a respectiva distribui-ção das verbas. E o que a Madeira terá “repos-

to”, nas palavras da maioria, é ainda “substancial”.Segundo fontes envolvidas no processo, o erro na

versão original do Orçamento (que beneficiava o Gover-no de Carlos César) terá tido origem na direcção-geral do Orçamento (que foi já liderada pelo actual secretário de Estado do OE). Numa fórmula complexa - que dita a distribuição de verbas pelas regiões -, terá sido colo-cado um valor errado numa das parcelas, o PIB açore-ano, que era assim sobrevalorizado. Conclusão: ontem terá havido proposta de correcção ao OE2012, vinda das bancadas do PSD e CDS, para repor as verbas correctas. O Governo Regional de Carlos César já foi avisado que vai ter menos verbas transferidas do que aparecia na proposta do OE, sendo certo que o sinal de alerta já foi disparado, por se perceber que a matéria pode levantar polémica na Assembleia.

Nas propostas que PSD e CDS se preparam para apresentar há outras que visam a Madeira. Como uma relativa ao estatuto dos benefícios fiscais, que visa pro-

teger mais a zona franca - segundo fontes da maioria - face a outras zonas de impostos reduzidos para em-presas, como a da Holanda.

Outra alteração vai beneficiar Madeira e Açores. É que vai cair a norma prevista na proposta do Gover-no que proibia as duas regiões autónomas de contratar funcionários públicos. Ora, o Governo foi alertado para a possibilidade de a norma ser inconstitucional (por violar a autonomia administrativa das Regiões) e PSD e CDS devem retirar essa proposta.

Ontem, as duas bancadas aguardavam ainda infor-mação do governo para perceber até que ponto o mes-mo objectivo (restringir contratações e, portanto, mais despesa nas regiões) podia ser atingido com outro tipo de articulado, eventualmente com cortes adicionais nas transferências.

Também o PS prepara propostas de alteração, pro-metendo alternativas a vários cortes. JTM/DN

VoLtA AomUND

Presidente Ma Ying-jeou recandidata-seo presidente de taiwan, ma Ying-jeou, apresentou ontem a recandidatura às eleições presidenciais de 14 de Janeiro, sob o argumento de que a sua reeleição garantirá a “segurança nacional, estabili-dade social e tranquilidade espiritual”. Sondagens recentes apontam uma vantagem de 3 a 5% de ma Ying-jeou sobre o seu maior adversário tsai ing-wen, do Partido Democrático Progressista, o que se traduz numa baixa dos quase 10% que tinha há um mês.

Denunciadas torturas policiais na Índiaum total de 14.231 pessoas morreram na última década na Índia quando estavam sob custódia ju-dicial ou policial, denunciou uma oNG, que criticou as “torturas” sistemáticas das forças da ordem. “ainda que não possamos saber sempre a causa, a grande maioria das vítimas sob custódia policial faleceram menos de 48 horas depois de terem sido detidas. 99% dos casos resultam de torturas”, afirmou Suhas chakma, o director da oNG asian centre for Human rights (acHr).

ONU vislumbra fim da epidemia de SIDAtrinta e quatro milhões de pessoas eram portado-ras do vírus Hiv, o vírus da SiDa, em 2010, um número recorde atribuído em grande medida à generalização de tratamentos que prolongam a vida dos seropositivos e estimulam a esperança de erradicar a pandemia, anunciou a uNaiDS, órgão das Nações unidas, salientando que “a ciência, o apoio político e as respostas comunitárias estão a começar a dar frutos claros e tangíveis”.

Mortos na Tailândia são mais que 600 o número de mortos provocados pelas inundações na tailândia, que afectam 17 províncias e mantêm alagadas algumas zonas da capital, elevou-se a 602 pessoas, revelaram as autoridades.

Gloria Arroyo em detenção no hospital a justiça das filipinas aceitou manter detida a ex-presidente Gloria macapagal arroyo nas insta-lações da clínica onde está a receber tratamento após a ex-governante ter sido acusada de fraude nas eleições de 2007. o juiz Jesús mupas autori-zou Gloria arroyo a cumprir temporariamente a de-tenção na clínica considerando prudente a decisão já que a ex-chefe de estado recupera de uma in-tervenção cirúrgica à coluna.

Ministro da reunificação de visita à Chinao ministro sul-coreano da unificação, Yu Woo-ik, chegou ontem à china para encontros onde pro-cura a ajuda de Pequim para a desnuclearização da coreia do Norte, revelou a agência Yonhap. Na sua visita de três dias, Yu Woo-ik abordará tam-bém com as autoridades chinesas outros assuntos relativos à coreia do Norte e temas de interesse bilateral para Pequim e Seul.

Thaksin Shinawatra não terá perdão realo Governo tailandês assegurou que a amnistia anunciada há uma semana não incluirá thaksin Shinawatra, o ex-primeiro-ministro exilado e fugi-do à justiça do país, anunciou ontem a imprensa local. “thaksin não beneficiará deste decreto e o seu nome não será incluído na lista das pessoas condenadas aptas a beneficiarem do perdão real”, disse o ministro da Justiça Pracha Promnok citado pelo “bangkok Post”.

Fracassa esforço para cortar défice dos EUA os líderes republicanos e democratas de um «su-percomité» do congresso formado por 12 mem-bros devem anunciar, nas próximas horas, uma derrota numa declaração conjunta a ser divulgada após três meses de negociações terem fracassado devido a profundas divisões sobre impostos e gas-tos. após um ano de batalhas orçamentais, é outro sinal de que os deputados dos eua estão muito arraigados a comprometerem-se com aumentos de impostos e cortes de benefícios.

PoRtUGAL

Erro no orçamento de Estadodá mais dinheiro à Madeira

david dinis

Só Pinto da costa segura

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pág 12 terça-feira, 22 de Novembro de 2011 jornAl tribunA de mAcAu

PuBliciDaDE

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jornAl tribunA de mAcAu terça-feira, 22 de Novembro de 2011 pág 13

(...) “Em suma, não se vislumbra uma política coerente, antes um rol indiscriminado de benesses.” (...)

José I Duarte in “Hoje Macau”

Dit

o

Esqueça o Nano, um carro que custa só 2000 dólares. Ou o célebre computa-

dor a cem. O máximo agora em matéria de low cost são os ténis a um dólar pro-metidos pela Adidas. O que significa que quem tiver um euro no bolso não só se calça a preço “mini” como ainda recebe troco.

A promessa foi feita pelo patrão da Adidas, Herbert Hainer, numa entrevista ao jornal alemão Die Welt. E a Índia será o país onde será tentado esse milagre eco-nómico pela marca fundada em 1949 por Adolf “Adi” Dassler, um sapateiro recon-vertido em empresário de sucesso.

Uma tentativa anterior, anunciada com alguma pompa, falhou no Bangla-desh. Apesar da parceria com o Grame-en Bank, do Nobel Mohammed Yunus, os 150 milhões de bangladechianos não chegaram para optimizar a economia de escala. Como explica a Adidas, o custo de produção só baixou até aos 3,5 dólares por par de ténis, o que tornava inviável o projecto.

Com os seus 1200 milhões de habi-tantes, a Índia promete ser capaz de fa-

um euro por uns ‘adidas’ e ainda nos dão troco

oPiniãoTRiBuna

Leonídio Paulo Ferreira In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau” 22/11/1991

Há 20 anos

NO NÃO ESTUDARÉ QUE ESTÁ O GANHO...Embora de uma forma algo complicada, os alunos do Liceu acabaram ontem por cumprir de forma exemplar a alternativa que os responsáveis pela Edu-cação tinham apontado para as aulas tradicionais. Dizia-se que o dia poderia ser substituído por visitas de estudo ou outras acti-vidades envolvendo professores e alunos e foi isso, afinal, que eles acabaram por fazer. Foram para o Liceu à hora habitual, iniciaram-se as lides político-reivindicativas e passaram o resto da manhã em “visitas de estudo” a edifícios públicos à procura de “professo-res”. Pena que os responsáveis se tenham portado bastante pior. Primeiro decidindo um pouco no ar, o que não é bem a sua obrigação. Depois furtando-se ao diálogo, o que também não fica bem. Em seguida optando por relevar a falta, o que foi grossa asneira. A juventude tinha direito a ser tratada com “injustiça”, o que é a grande maneira de cimentar os espíritos. O tirar-lhes a falta, tirou-lhes também a razão de protesto, transformando tudo numa brincadeira inconsequente. Fica o resto, claro. A suspeita que há tratamento de favor para os “filhos da Administração”, que podem fazer quase tudo, mas a quem se reserva sempre um sor-riso cúmplice. O que é incómodo. E também o enorme interesse que os pequenos (mais as pequenas) têm pela oportunidade de não estudar. Férias grandes e peque-nas, “borlas” de professores, GP e Ano Novo Lunar, tudo são exce-lentes oportunidades para deixar os livros em casa a apanhar poei-ra. Como se o importante fosse, afinal, o não estudar. E no mundo que agora existe, talvez fosse de responderem alguma coisa sobre o assunto.

ACTIVIDADE POLICIALNo período de 11 a 17 de Novem-bro a PSP, no desenvolvimento da sua actividade, efectuou fis-calizações a fábricas e empresas nas quais foram verificados 417 empregados. Em diversas acções de identificação foram detidos 113 indivíduos indocumentados já entregues à RPC. Estes núme-ros reportam-se a 84 capturados pela PSP, 21 pela PMF e 8 pela PJ. Identificaram-se ainda 11386 pessoas na intercepção de 1806 viaturas. Na sua actividade de policiamento foram detidos 14 indivíduos, sendo 2 por furto em residência, 2 por exploração de prostituição, 4 por uso de documento falsificado, 3 por associação de malfeitores, 1 por resistência a agente de autorida-de, 2 por açambarcamento ilegal de bilhetes.

Na era da globalização um dos piores medos é a pandemia. Já surgiram várias: a sida desde 1981, SARS em 2003, gripe

das aves (H5N1) em 2005 e gripe A (H1N1) em 2009. Teme-se uma pior, descrita no último filme de Steven Soderbergh, Con-tágio (2011). Mas o mundo sofre já a pandemia de um vírus muito mais virulento: a desconfiança.

Hoje não se acredita no sistema, autoridades, especialistas. A sociedade mediática até institucionalizou a suspeita. Uma cri-se financeira é um assunto perigoso e delicado, mas fica muito mais perigoso se for enfrentada ao lado de jornais que histerica-mente exageram cada dificuldade, antecipam obstáculos ima-ginários, auguram os piores fiascos. No meio de tanta gritaria mediática o que espanta é que as coisas não estejam pior.

Nos casos mais avançados da infecção incrédula vemos quem suspeita e insulta o Estado para pôr a sua fé em boatos desmiolados ou bloggers desconhecidos (como Soderbergh re-lata no filme). Os disparates extremistas e irónicos do Bloco de Esquerda têm mais credibilidade que discursos de ministros e estudos de organizações internacionais. As atoardas incendiá-rias de manifestações são levados a sério por pessoas pacatas.

No fundo dá-nos gozo ver os políticos às aranhas incapazes de solucionar a crise. Parece justiça poética e muitos sentem-se vingados e felizes com a imagem. Sem perceber que se os che-fes falharem, quem sofre não são eles, mas nós. Se o capitalismo chegar ao fim, se o euro acabar, se Portugal falhar na troika, o desemprego e a austeridade de hoje parecerão brincadeira. Ao menos era bom não rir disso.

Porque esta desconfiança e cinismo significam serrar o próprio ramo em que nos sentamos. Senão por inteligência ao menos por medo devíamos acreditar no que temos, desejar que as soluções vinguem, apostar nos que mandam, em vez de tor-cer sempre pelo pior. Isto é uma grave doença social, que leva ao desastre. A saudável caricatura que ironiza sobre os pode-rosos para manter o equilíbrio social nada tem a ver com esta mesquinha calúnia que considera os responsáveis alvos das

piores acusações simplesmente por serem responsáveis. Não se punem os culpados, como os ex-ministros, insultam-se os po-derosos do momento. Por serem poderosos.

Qual é a causa desta atitude infecto-contagiosa? Muitos di-zem que é a má qualidade dos políticos. Esta tese constitui ali-ás a explicação mais comum para a crise. Mas não faz sentido. Primeiro porque os actuais dirigentes não são muito diferentes dos das épocas de prosperidade. Obama não é pior que Kenne-dy, Sarkozy que Giscard, Passos que Soares, até Berlusconi que Mussolini. Depois, porque, ao contrário de tempos antigos, os responsáveis que temos foram escolhidos por nós. São conse-quência, não causa.

A origem da desconfiança é o esquecimento de um princí-pio muito simples, absolutamente evidente, que sempre se ensi-nou às crianças, mas hoje foi invertido. Desde pequeno aprendi a enorme dívida que tenho para com a sociedade onde vivo. Aqui-lo que ela me dá, a todos os níveis, é muito mais do que consi-go entender. A cultura, segurança, alimentação, infraestruturas são apenas a parte visível. Sem ela, numa ilha deserta, viveria na miséria, se sobrevivesse. Dessa verdade sai a exigência que eu contribua o mais que possa para a comunidade, de forma a minimizar o meu débito. É importante estudar, trabalhar, poupar e esforçar-se, não para ganhar o que nunca posso merecer, mas para contribuir para o povo a quem devo tudo o que sou.

É verdade que este princípio foi abusado por alguns, usan-do-o em proveito próprio. Isso inverteu a atitude e hoje os in-divíduos sentem que é a sociedade que lhes deve algo. As pes-soas têm direito que a comunidade lhes dê emprego, casa, vida próspera. Se não dá, a culpa é dela, não nossa. Caímos numa cultura de exigência, não de cidadania, de reivindicação, não de produção e dedicação.

A última vez que esta pandemia de incredulidade surgiu no mundo, após a gripe espanhola em 1918, gerou ditaduras totalitárias que quase destruíram a humanidade.

JTM/DN

contágioJoão César das NevesTRiBuna

zer melhor que o vizinho. É essa a cren-ça da empresa de Herzogenaurach, vila da Baviera famosa por ser sede, além da Adidas, de outra gigante do mate-rial desportivo - a Puma. É que depois de uma zanga com “Adi’” o seu irmão Rudolph fez questão de fundar ali a sua própria empresa.

Vender calçado a um dólar faz par-te de uma estratégia de conquista de mercado nos países emergentes. Mas o objectivo verdadeiro é seduzir a nova classe média, que se conta em centenas de milhões tanto na Índia como na Chi-na, capaz de pagar a sério pelo gosto de usar o calçado com as três listas. E como rival principal, a Adidas não tem a irmã Puma, mas sim a Nike.

Ainda no Mundial de Futebol, mon-tra por excelência para o material despor-tivo, a Adidas bateu a marca americana, com 12 selecções equipadas (incluindo a Espanha) contra dez da Nike. Em termos de vendas, 2010 foi um belo ano para a empresa alemã: 12 mil milhões de euros.

Ora, o sucesso de ambas as marcas depende da soma entre inovação e bai-

xos custos de produção. E até agora era na China que se conseguia as melhores propostas. A ponto de haver fábricas que tanto produziam Adidas como Nike, como uma no sul da China que no fim-de-semana assistiu a confrontos com a polícia. Sete mil trabalhadores protesta-vam contra uma série de despedimen-tos, prenúncio de uma deslocalização do Guangdong para outra província de mão-de-obra mais barata. É que o salário base mensal de 1100 yuans (173 dólares ou 128 euros) começa a ser demasiado alto para marcas que podem mudar num piscar de olhos o país onde fazem as suas encomendas.

Na China, calcula-se que o salário mínimo anual ande já nos 1500 dólares (a moeda americana é insubstituível nestas comparações). E vai subir. Ora, na Indonésia situa-se ainda nos 1027 dólares, no Vietname nos 1002 e na Índia nos 857 (mais uma razão para a Adidas a ter escolhido para os ténis a preço “mini”). Na fila está a Birmânia, onde o custo anual de um trabalhador se fica pelos 401 dólares.

É chocante imaginar como se sobre-vive com tão baixo salário e muitas vezes uma carga horária tremenda, mas serve também para lembrar que não há sapatos de graça... nem quando são a um dólar.

JTM/DN

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lazERSCHWARZENEGGER FERIDO DURANTE FILMAGENS. as filmagens do novo filme de arnold Schwarzenegger tiveram que ser interrompidas depois de o protagonista sofrer um ferimento na cabeça. o ex governador da califórnia precisou de cuidados médicos por ter sofrido um golpe na testa, mas voltou às filmagens apenas uma hora depois.

KATY PERRY VAI PARAR UM ANO E CONSTITUIR FAMÍLIA. Katy Perry prepara-se para fazer uma pausa de um ano na sua carreira musical para constituir família com o seu marido, russell brand, noticia o the New York Post. a cantora, cuja digressão mundial “american Dreams” termina em los angeles a 23 de Novembro, terá dito aos seus agentes que irá parar durante uns tempos.

cristiano e irina “altivos e distantes” em Madrido comportamento “altivo e distante” de cristiano ronaldo e irina Shayk terá sido o tema de conversa preferido dos convidados numa gala da revista marie claire em madrid. a publicação organizou um evento de entrega de prémios na embaixada francesa, a que o futebolista português e a modelo russa compareceram. mas segundo o vanitatis.com, o casal mostrou-se “altivo, inacessível e muito pouco simpático”. o melhor futebolista do mundo aos olhos da fifa e a beldade sentaram-se na mesa principal, junto com a actriz oscarizada tilda Swinton, o artista eliee Saab e a responsável máxima da marie claire, Joana bonet, anfitriã da gala.

“Demi Moore gosta tanto de mulheres como de homens”o fim do casamento entre Demi moore e ashton Kutcher não terá acontecido devido a uma traição. Segundo a revista norte-americana “Star magazine”, as relações extraconjugais eram comuns na vida do casal, a crise na relação só aconteceu porque o actor teria deixado de informar Demi sobre os casos que tinha. isto porque Demi morre, de 49 anos, não se importava com as possíveis “traições” de ashton, de 33, desde que fosse envolvida nos casos do ex-marido. “Demi gosta tanto de mulheres como de homens. ashton poderia ter relações com outras mulheres, desde que ela também pudesse participar”, revelou uma fonte próxima da actriz.

Rihanna revela preferência por “homens agressivos”em entrevista ao programa televisivo de ellen DeGeneres, a cantora rihanna garantiu que actualmente está solteira. No entanto, rihanna não está solteira porque quer, mas porque o tempo de que dispõe é dedicado apenas ao trabalho, algo que considera uma prioridade na sua vida. “eu dedico-me totalmente ao meu trabalho e isso, obviamente, afecta minha vida pessoal”, disse, confessando que a sua vida social “é praticamente inexistente”. Durante o programa, a cantora revelou ainda qual o tipo de homem que prefere. “eu gosto dos homens agressivos, mas ao mesmo tempo misteriosos e muito seguros de si”, afirmou.

olivia Wilde defende Kim Kardashiana actriz olvia Wilde, que se divorciou recentemente de tao rispoli, saltou em defesa da estrela dos reality-shows Kim Kardashian, alvo de uma onda colectiva de ódio online. a protagonista da série “House” diz que sente “empatia” por Kim, cujo casamento com Kris Humphries durou apenas 72 dias. “É a coisa mais difícil do mundo”, comentou Wilde acerca do divórcio, em declarações ao New York Post. “as pessoas julgam-nos porque consideram o divórcio com um acto de falhanço”, explica a actriz.

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21:00 Rogue nature with Dave Salmoni

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23:00 A Haunting

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Torre De macau The Three muskeTeers 3DFilme de: Paul W.S. Anderson. Com: Logan Lerman, Mila Jovovich.

cineTeaTro SALA 2 sleePWalkerFilme de: Fengbo Lee, Jimmy Wn. Com: Jam Hsiao, Chrissie Chow, Eric Tsang.

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cineTeaTro SALA 1 seeDiq BaleFalado em Japonês e Seediq com legendas em Chinês)Filme de: Te-Sheng Wei. Com: Qing-tai Lin, Da-qing You, Zhixiang Ma.

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a programação é da responsabilidadedas estações emissoras

Direcção dos Serviços de FinançasAvISO

COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento do terrenos da RAEM abaixo indicados, encontra-se terminado, e, que de acordo com o artigo 3.° da Lei nº. 8/91/M de 29 de Julho, conjugado com o artigo 2.° e o artigo 4.° da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que, deverão os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.Localização do terrenos:

- Calçada do Januário, nºs 4 a 10, Rua de João Lecaros, nºs 2 a 18 e Rua dos Armazens, nºs 16 a 32 (Edifício Kwan On). - Rua da Madre Terezina, nºs 2F a 2H e Beco dos Pássaros, nºs 5 e 5A (Edifício Fok Veng Lau).

2. Agradecemos aos contribuintes que, no prazo de 30 dias após a recepção da notificação do pagamento, ou, até28/11/2011, se dirijam ao Núcleo da Contribuição Predial e Renda, situado no rés-do-chão do Edifício Finanças, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento da Taipa, para levantamento da guia de pagamento M/B, destinada ao respectivo pagamento nas Recebedorias dos referidos locais.

3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, proceder-se-á à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.° da Portaria acima mencionada.

Aos, 24 de Outubro de 2011.

A Directora dos Serviços de Finanças,Vitória da Conceição

Consultation by appointment: Mon to Sat: 10:30am - 7:30pmSun: 10:30am - 2:00pm

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Uma grande empresa levou a cabo uma campanha de grande escala para recrutamento de pessoal para poder expandir os seus negócios. Para acelerar o procedimento do recrutamento, poupar recursos humanos e outros, o gestor do Departamento de Recursos Humanos, o Sr. Ho propôs que a Directora Executiva, a Srª. Lao colocasse a lista de candidatos seleccionados para a entrevista e hora da entrevista na página electrónica da empresa conjuntamente com informações sobre os candidatos desta lista, incluindo os nomes, sexo, números de BIR e telemóvel, de modo a evitar a confusão entre pessoas com os mesmos nomes e apelidos.

A Srª. Lao rejeitou de imediato esta proposta e disse ao Sr. Ho que embora a empresa possuísse as condições de legitimidade para tratar os dados dos candidatos e apesar dos termos e condições do recru-tamento indicarem claramente que a lista de candidatos seleccionados para a entrevista seria publicada na página electrónica, a divulgação excessiva dos dados pessoais dos candidatos poderia, ainda assim, violar o princípio de proporcionalidade estabelecido na “Lei da Protecção de Dados Pessoais”.

A Srª. Lao disse-lhe também que, se a empresa pretendesse publicar esta lista na sua página electrónica, devia tomar como referência os “Assuntos a Observar Aquando da Divulgação de Dados Pessoais na Internet” publicados pela Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais (GPDP). A Sra. Lao tinha participado em cursos de formação organizados pelo referido Gabinete e por isso sabia que as instituições privadas também têm legitimidade para divulgar os dados pessoais dos titulares, como por exemplo os nomes e números de BIR, nas situações permitidas pela lei. Porém, estas instituições devem assegurar que a divulgação de dados pessoais é feita conforme o princípio de proporcionalidade estabelecido na “Lei da Protecção de Dados Pessoais”. Para evitar revelar desnecessariamente os dados pessoais de terceiros, deve ser evitado, particularmente, a divulgação dos números de BIR dos titulares. Se for mesmo necessário divulgar os nomes e números de BIR dos titulares, deve-se eliminar pelo menos os últimos dois dígitos do BIR, substituindo-os por símbolos, conforme seja necessário para distinguir os diferentes titulares. O GPDP sugere que, para campanhas de recrutamento ou situações afins, as entidades responsáveis pelo tratamento dos dados devem proporcionar um número de inscrição ou de candidatura aos candidatos, se possível. Assim, quando as instituições precisarem de publicar as listas, podem utilizar os números de inscrição e não os números de BIR para identificar os candidatos.

Depois de o gestor do Departamento de Recursos Humanos, Sr. Ho, ter ouvido esta indicação, mudou imediatamente o plano original e pediu aos funcionários para estabelecerem regras claras para o processo de recrutamento, bem como para distribuir números de inscrição aos candidatos. Quando a lista for publicada na Internet, apenas aparecerão os nomes e os números de inscrição dos candidatos.

O disposto na “Lei da Protecção de Dados Pessoais” toma em conta tanto os interesses legítimos dos titulares dos dados pessoais, como também os das entidades responsáveis pelo tratamento dos dados pessoais. Se compreender o espírito da lei, respeitar os direitos dos titulares e levar a cabo um tratamento flexível dos dados conforme os pormenores da respectiva tarefa, os direitos legítimos de ambas as partes poderão ser facilmente protegidos.

(Caso fictício criado a partir da realidade social e/ou baseado em casos reais anteriormente ocorridos. Para informações adicionais sobre a protecção de dados pessoais, por favor, contacte o Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais - telefone 2871 6006).

Privacidade Consigo

(Texto disponibilizado pelo Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais)

Deve-se evitar divulgar demasiada informação

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mAriZA sugere ensino do FAdo nA escolAA fadista Mariza afirmou que, se a UNESCO confirmar o Fado como Património Imaterial da Humanidade, será um factor de orgulho para os portugueses e sugeriu que o género musical seja leccionado nas escolas. Nomeada pelo ex-presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, embaixadora da candidatura do Fado a património da UNESCO, Mariza defendeu que “um povo só é conhecido pela sua cultura” e, caso esta distinção seja outorgada ao Fado, “talvez nós portugueses possamos ter um orgulho maior naquilo que somos, principalmente nesta fase tão

cinzenta que vivemos”. “As pessoas vão ter vontade de cuidar, entender, preservar e vão acari-nhar muito mais porque começam a perceber que não é uma cultura menor, de forme alguma, mas algo bastante rico e que pode ser apresentado em qualquer parte do mundo, foi sempre essa a minha grande batalha”, disse a criadora de “Ó gente da minha terra”. Mariza afirmou que “haverá mais respeito pelo Fado”, caso este género musical ganhe o estatuto de Património Cultural Imaterial da Humanidade, “como tudo parece indicar”. “Vamos passar a ser mais ca-rinhosos, cuidadosos, mais atenciosos com esta música que durante muitos anos foi maltratada muitas vezes”, defendeu a fadista que prognosticou que “as gerações mais novas vão ter maior curiosidade”. A fadista defendeu neste sentido a inclusão do Fado na disciplina de História nos 7.º ou 8.º anos de escolaridade. “Talvez se pudesse falar um bocadinho de Fado”, sugeriu a fadis-ta que considera que “mesmo não gostando, deve-se ter conhecimento da História do Fado, que é nosso”. A candidatura portuguesa está entre as sete recomendadas pelo comité de peritos da UNESCO, ao lado do conhecimento dos jaguares, pelos xamãs da tribo ameríndia colombiana Yurupari, da música Mariachi, do México, das danças Nijemo Kolo da Dalmácia (Croácia), da música e dança tsiattista do Chipre, e da cavalgada de reis da Morávia (República Checa).

lAgArde exortA euA A ApoiArem A europAChristine Lagarde, directora-geral do FMI, diz que a crise económica mundial é “muito grave e sem precedentes de várias formas”. Numa en-trevista ao programa “60 Minutos”, da CBS, La-garde disse mesmo que a situação actual vem na continuidade de 2008, ano em que estalou a crise financeira. “É preciso dizê-lo. É o mesmo pro-cesso que se desenrola perante os nossos olhos”, afirmou. A directora-geral do FMI, antiga minis-

tra das finanças francesa, acredita que é possível acelerar a recuperação e travar a subida da dívida pública, desde que os países afectados com-preendam “que podem de facto mudar o rumo das coisas”. Se nada for feito o cenário futuro é negro: “Crescimento estagnado, desemprego ele-vado e, em consequência, problemas sociais, e turbulência nos mercados financeiros”. “Às vezes a verdade não é agradável quando é preciso agir nos plafonds da dívida e na redução do défice”, sublinhou. Lagarde ape-lou ainda aos Estados Unidos para não deixarem “cair a Europa”, já que as implicações seriam “importantes e negativas”, não só para os EUA como para outras economias. “Cerca de 20% das exportações americanas têm como destino a Europa. Há uma ligação muito forte entre os bancos americanos e os bancos europeus. Há inúmeros trabalhadores europeus empregados por companhias americanas e vice-versa”, destacou.

En PaSSanT

Conhece-se a frase: “quando se deseja que um assunto não se resolva, nomeia-se uma Comissão”. Seguindo esta “máxima” política de todos os tempos e todos os quadrantes geográficos, ao longo dos últimos anos, em Macau têm sido nomeadas inú-meras comissões e grupos de trabalho.Não vem mal ao mundo. Do que tratam, desconhece-se na maior parte dos casos. Conhecem-se os seus membros, e mui-tos apresentam mesmo uma lista nos cartões de visita, permi-tindo-nos perceber a capacidade de se “multiplicarem” em termos de conhecimentos e da horas do dia.Há quem se interrogue se não poderia haver um melhor equi-líbrio entre as nomeações e a eficácia.Ninguém quer que determinados dirigentes não acumulem comissões e as consequentes senhas de presença - afinal “Ma-cau sã assi” – e a tradição já está radicada há muito, embora cada vez mais.Mas as comissões não poderiam apresentar resultados palpá-veis, em vez de retórica gasta? Ou será que a RAEM não tem realmente problemas para resolver?

José Rocha Dinis

governo portuguÊs prevÊ“recessÃo mAis AcentuAdA” em 2012O ministro português das Finanças afirmou ontem que as projecções macroeconómicas foram revistas durante a úl-tima missão da “troika”, esperando agora uma queda de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e 3% em 2012. De acordo com Vítor Gaspar, que encerrou ontem no Parla-mento o período de audições dos ministros sobre a propos-ta de Orçamento do Estado (OE) para 2012, a última visita da “troika”, que deu parecer positivo à segunda avaliação do programa português, levou à incorporação do cenário macroeconómico incluído no orçamento e apresenta ago-ra uma maior disparidade entre 2011 e 2012. Assim, no OE para 2012 está prevista uma queda de 1,9% do PIB este ano e é agora revista para 1,6%. No caso de 2012, a queda do PIB é revista de 2,8 para 3%. “Face ao cenário macroeconómico do Orçamento do Estado para 2012, é esperado um melhor desempenho da actividade económica em 2011 mas é projectada uma reces-são mais acentuada em 2012. Esta revisão reflecte por um lado a incorporação da informação entre-tanto divulgada pelo INE para o PIB do terceiro trimestre de 2011 que revela uma queda inferior à esperada e por outro lado um cenário externo para 2012 mais desfavorável que o previsto”, disse o ministro. Vítor Gaspar explicou que os ajustes no cenário indicam que a queda acumulada nos dois anos será no entanto semelhante ao já previsto, e assim que não espera impactos significativos sobre o orçamento. “Não se identificam impactos significativos para o orçamento de 2012 desta revisão do cenário macro. Até porque sendo as revisões de sinal contrário, em alta em 2011, de -1,9% para -1,6% e em baixa para 2012, de -2,8% para menos 3%, o efeito líquido ao nível da actividade económica no final do período será insignificante”, explicou.

“comissões”

municÍpios portugueses reduZem luZes de nAtAlOs municípios portugueses vão diminuir os gastos com iluminações de Natal e na maioria as percentagens de redução têm dois dígitos. Noutros concelhos, as luzes não vão sequer acender-se. Em 2010, uma petição online dirigida aos presidentes da Assembleia da República, da As-sociação Nacional de Municípios e das câmaras de Lisboa e Porto, com mais de 1.300 assinatu-ras, tentou “acender uma ideia” apontando a necessidade de poupar dinheiro num “Natal sem luzes”. Embora o pedido não tenha recebido a resposta esperada, este ano as duas autarquias cederam pelo menos ao objectivo de uma poupança significativa - em Lisboa os gastos são de 150 mil euros, menos 700 mil do que no ano passado, enquanto no Porto o investimento será cortado em 40 a 50%. A Lusa encontrou muitos outros exemplos desta tendência por todo o país. No Norte, as reduções em Viana do Castelo, Matosinhos e Vila do Conde fixaram-se em 20%, 23% e 25%. Já a Câmara da Póvoa de Varzim decidiu cortar por completo com as iluminações. Outros concelhos optaram por diferentes soluções, como aplicar as verbas no sorteio de um carro entre os clientes do comércio tradicional (Proença-a-Nova) ou instalar o sistema com recurso a funcio-nários municipais (Ponta Delgada e Oliveira do Hospital). No Funchal, as luzes vão brilhar no âmbito de um investimento global de quase dois milhões de euros.

benFicA com missÃo diFÍcilO Benfica pode garantir hoje (03:45 da próxima madrugada em Macau) o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões, mas para isso terá de vencer onde nenhuma equipa portuguesa o conseguiu. Ben-fica e Manchester United partilham o comando do grupo C e um triunfo garante aos “encarnados” a presença nos oitavos de final. As duas equi-pas até podem garantir o apuramento caso empatem e o Basileia, a três pontos, saia derrotado na visita ao Otelul Galati, que ainda não somou pontos. Uma derrota dos suíços colocará sempre o Benfica na ronda se-guinte, uma vez que os “encarnados” têm vantagem no confronto direc-to. No grupo A, o Nápoles recebe o Manchester City e o Villarreal visita o Bayern. Os alemães estão praticamente com os dois pés na próxima fase, enquanto que ingleses e italianos disputam a outra vaga. No Grupo B as contas poderão ficar mais definidas nas partidas CSKA-Lille e Tra-bzonspor-Inter de Milão. Recorde-se que os italianos foram derrotados no primeiro jogo frente aos turcos naquela que foi a surpresa da primeira jornada da competição. Já no grupo C, Lyon e Ajax poderão decidir quem acompanhará o Real Madrid na próxima fase. Os “merengues” recebem o Dínamo Zagreb, que já não tem qualquer hipótese de apuramento.