48
MANUAL DE PROCEDIMENTOS INTERNOS DA FISCALIZAÇÃO IBAMA

Manual de Procedimentos Ibama

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Procedimentos IBAMA

Citation preview

Page 1: Manual de Procedimentos Ibama

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

INTERNOS DA FISCALIZAÇÃO

IBAMA

Page 2: Manual de Procedimentos Ibama

2

Ministério do Meio Ambiente – MMA

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recurso s Naturais Renováveis - IBAMA Diretoria de Proteção Ambiental- DIPRO

Coordenação Geral de Fiscalização Ambiental - CGFIS

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

INTERNOS DA FISCALIZAÇÃO

IBAMA Brasília - 2007

Page 3: Manual de Procedimentos Ibama

3

APRESENTAÇÃO

Page 4: Manual de Procedimentos Ibama

4

SUMÁRIO INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1: ASPECTOS INSTITUCIONAIS

1 ESTRUTURA DAS ÁREAS DE FISCALIZAÇÃO

1.1 ESTRUTURA ORGÂNICA DA DICOF

1.2 ORGANOGRAMA DA DICOF

2 COMPETÊNCIAS 2.1 COMPETÊNCIAS DA DICOF

2.2 COMPETÊNCIAS DA SECRETARIA

2.3 COMPETÊNCIAS DA COORDENAÇÃO DE FI SCALIZAÇÃO

2.4 COMPETÊNCIAS DO NÚCLEO DE APOIO AOS ESCRITÓRIOS REGIONAIS

2.5 COMPETÊNCIAS DO NÚCLEO DE FISCALIZAÇÃ O E

OPERAÇÕES

2.6 COMPETÊNCIAS DA COORDENAÇÃO DE GERENCIAMENTO

2.7 COMPETÊNCIAS DO NÚCLEO DE LINHA V ERDE 2.8 COMPETÊNCIA DO SETOR DE APOIO ADM INISTRATIVO

3 CARGOS E ATRIBUIÇÕES 3.1 ATRIBUIÇÕES PRÓPRIAS DO CARGO D E CHEFE DA DICOF

3.2 CARGOS E ATRIBUIÇÕES INERENTES D A CARREIRA DE ESPECIALITA EM MEIO AMBIENTE

3.2.1 Atribuições do Analista Ambiental

3.2.2 Atribuições do Técnico Ambienta l

3.2.3 Atribuições do Técnico Administ rativo

3.3 ATRIBUIÇÕES DO AGENTE DE FI SCALIZACÃO

3.4 OBRIGAÇÕES DO AGENTE DE FISC ALIZACÃO

Page 5: Manual de Procedimentos Ibama

5

CAPÍTULO 2: PRÁTICA FISCALIZATÓRIA

1 NECESSIDADE DA AÇÃO (DEMANDA) 1.1 PLANEJAMENTO 1.2 INTEGRAÇÃO COM A ÁREA TÉCNICA 1.3 ALOCAÇÃO DE RECURSOS 1.3.1 Recursos Financeiros 1.3.2 Recursos Humanos (Módulo de Fiscalização) e Documentação 1.3 RECURSOS MATERIAIS (EQUIPAMENTOS) 2 REALIZAÇÃO DA AÇÃO 1 NECESSIDADE DA AÇÃO (DEMANDA) 1.1 PLANEJAMENTO 1.2 INTEGRAÇÃO COM A ÁREA TÉCNICA 1.3 ALOCAÇÃO DE RECURSOS 1.3.1 Recursos Financeiros 1.3.2 Recursos Humanos (Módulo de Fiscalização) e Documentação 1.3.3 Recursos Materiais (Equipamentos) 2 REALIZAÇÃO DA AÇÃO FISCALIZATÓRIA 2.1 PARCERIAS 2.2 SIGILO FUNCIONAL 3 FASE POSTERIOR À AÇÃO FISCALIZATÓRIA 3.1 INSTRUÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 3.2 CADASTRAMENTO NO SICAFI 3.3 ARRECADAÇÃO E DEMAIS PROCEDIMENTOS 3.4 DEFESA/RECURSO CAPÍTULO 3: PROCEDIMENTOS INTERNOS E ROTINAS DAS ÁR EAS DE FISCALIZAÇÃO

Page 6: Manual de Procedimentos Ibama

6

INTRODUÇÃO

.

Page 7: Manual de Procedimentos Ibama

7

Capítulo 1 ASPECTOS INSTITUCIONAIS

Este capítulo trata especificamente das relações institucionais das Áreas de Fiscalização do IBAMA nos Estados, ou seja, apresenta aspectos referentes à estrutura e ao funcionamento, tais como, o organograma e a descrição das competências das unidades que, compõem as referidas áreas e as atribuições dos respectivos titulares e dos agentes de fiscalização.

Page 8: Manual de Procedimentos Ibama

8

1 ESTRUTURA DAS ÁREAS DE FISCALIZAÇÂO 1.1 ESTRUTURA ORGÂNICA DA DICOF

Divisão de Controle da Fiscalização - DICOF 1- Secretaria 2 - Coordenação de Fiscalização 2.1 - Núcleo de Apoio aos Escritórios Regionais 2.2 - Núcleo de Fiscalização e Operaçõ es 3 - Coordenação de Gerenciamento 3.1 - Núcleo de Linha Verde 3.2 - Setor de Apoio Administrativo 1.2 ORGANOGRAMA DA DICOF (inserir organograma)

Page 9: Manual de Procedimentos Ibama

9

2 COMPETÊNCIAS DAS UNIDADES

2.1 COMPETÊNCIAS DA DIVISÃO DE CONTROLE DA FISCALIZAÇÃO - DICOF

a) coordenar, supervisionar e avaliar os assuntos relacionados à fiscalização de flora, pesca, degradação/poluição, biopirataria, portuária e aeroportuária, bem como, fazer executar a fiscalização no que diz respeito ao cumprimento das normas sobre preservação ambiental, aplicando as penalidades cabíveis, em suas áreas de abrangência;

b) executar, em conjunto com outras instituições competentes, as ações de fiscalização, planejamento e acompanhamento das atividades, bem como, promover meios materiais necessários à implementação das ações;

c) participar de reuniões com órgãos das esferas Estadual e Municipal, com vistas ao planejamento e a execução de ações específicas de fiscalização; d) promover, em convênio com órgãos especializados (corporações policiais e órgãos especializados), assim como, com autoridades militares e civis, ações de fiscalização necessárias, especiais e emergenciais; e) acompanhar e consolidar a programação física, executada nos Escritórios Regionais, bem como planejar, controlar e acompanhar a utilização dos recursos financeiros; f) acompanhar a execução de convênios, no que se refere ao repasse de recursos, bem como as ações de fiscalização; g) elaborar Planos Operativos Anuais – POA, relativos às atividades de fiscalização; h) dotar os Escritórios Regionais dos meios necessários à execução das ações de fiscalização, através da aquisição e distribuição de materiais e equipamentos.

2.2 COMPETÊNCIAS DA SECRETARIA a) Organizar e manter atualizada a agenda do Chefe da DICOF;

b) Recepcionar e encaminhar pessoas a serem recebidas pelo Chefe da DICOF;

c) Atender telefones e fazer ligações quando solicitado pelo Chefe da

DICOF;

Page 10: Manual de Procedimentos Ibama

10

d) Prestar informações com clareza e precisão;

e) Redigir documentos oficiais de acordo com a demanda do Chefe da DICOF.

2.3 COMPETÊNCIAS DA COORDENAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO

a) Coordenar, supervisionar e avaliar os assuntos relacionados à fiscalização de flora, fauna pesca, degradação/poluição e biopirataria, bem como fazer executar a fiscalização, de acordo com a legislação ambiental em vigor, na sua área de atuação; b) Executar, em conjunto com outras instituições competentes, parceiras e conveniadas, as ações de fiscalização, planejando e acompanhando as atividades, bem como promover meios materiais necessários à implementação das ações;

c) Participar de reuniões com órgãos das esferas estadual e municipal, com vistas ao planejamento e execução de ações específicas de fiscalização;

d) Promover, com as corporações policiais e órgãos especializados,

assim como com autoridades militares e civis, ações de fiscalização necessárias, especiais e emergências;

e) Organizar, acompanhar e divulgar a legislação vigente, no que diz

respeito aos procedimentos de fiscalização, orientando quanto a sua aplicação e execução;

f) Acompanhar e consolidar a programação física, executada nos

Escritórios Regionais, bem como planejar, controlar e acompanhar a utilização dos recursos financeiros;

g) Acompanhar a execução dos convênios no que se refere ao

repasse de recursos, bem como às ações de fiscalização; h) Elaborar a programação para o Sistema de Planejamento –

SISPLAN relativa às atividades de fiscalização; i) Dotar os Escritórios Regionais dos meios necessários à execução

das ações de fiscalização, através da aquisição e distribuição de materiais e equipamentos.

2.4 COMPETÊNCIAS DO NÚCLEO DE APOIO AOS ESCRITÓRIOS REGIONAIS

a) Divulgar a legislação vigente, no que diz respeito aos procedimentos de fiscalização, orientando os Escritórios Regionais quanto a sua aplicação e execução;

Page 11: Manual de Procedimentos Ibama

11

b) Acompanhar e consolidar a programação física, executada nos Escritórios Regionais, bem como planejar, controlar e acompanhar a utilização dos recursos financeiros; c) Providenciar e controlar a aquisição e distribuição de materiais e equipamentos de fiscalização aos Escritórios Regionais; d) Dotar os Escritórios Regionais dos meios necessários à execução das ações de fiscalização, através da aquisição e distribuição de materiais e equipamentos; e) Estabelecer o fluxo da documentação encaminhada e dos resultados das ações de fiscalização alcançados pelos Escritórios Regionais.

2.5 COMPETÊNCIAS DO NÚCLEO DE FISCALIZAÇÃO E OPERAÇÕES

a) Elaborar propostas referentes às ações de fiscalização de flora, fauna, pesca, degradação/poluição e biopirataria, em suas áreas de abrangência; b) Coordenar e executar de Operações Especiais de Fiscalização a bem como, a fiscalização em aeroportos é uma atividade auxiliar no combate a biopirataria, ao tráfico de produtos e subrpodutos da flora, fauna e pesca, espécimes silvestres e ao desvio ou abuso de licenças de exportação ou importação, no âmbito de sua jurisdição; c) Assessorar, tecnicamente, os órgãos conveniados e Escritórios Regionais no que diz respeito aos procedimentos de fiscalização; d) Atender ao público interno e/ou externo nos assuntos relacionados ao recebimento de denúncias, tomando as providências cabíveis, bem como prestando os esclarecimentos necessários; e) Auxiliar o Chefe da DICOF na análise de processos; f) Receber os Autos de Infração e demais documentos pertinentes, conferir e providenciar, junto ao Protocolo, a formalização de processo; g) Registrar e manter atualizada a base de dados dos bens apreendidos e informações processuais decorrentes (CBA); h) Controlar e acompanhar a utilização dos recursos financeiros (material de consumo/serviço e diárias) da DICOF; i) Manter atualizado o cadastro dos servidores envolvidos na fiscalização, lotados naquela DICOF.

2.6 COMPETÊNCIAS DA COORDENAÇÃO DE GERENCIAMENTO

Page 12: Manual de Procedimentos Ibama

12

a) Receber os Autos de Infração e demais documentos pertinentes, conferir e providenciar, junto ao Protocolo, a formalização de processo; b) Registrar e manter atualizada a base de dados dos bens apreendidos e informações processuais decorrentes (CBA); c) Controlar e acompanhar a utilização dos recursos financeiros (material de consumo/serviço e diárias); d) Manter atualizado o cadastro dos servidores envolvidos na fiscalização, em nível estadual; e) Elaborar os relatórios padronizados dos resultados das operações de fiscalização e encaminhar à Coordenação Geral de Fiscalização Ambiental – CGFIS, obedecendo os prazos legais definidos; f) Cadastrar dos Autos de Infração, Termos de Apreensão,Embargo/Interdição e Termos de Doação e Soltura no SIFISC.

2.7 COMPETÊNCIAS DO NÚCLEO DE LINHA VERDE

Promover a execução das atividades de ouvidoria no que se refere a receber, analisar e encaminhar as demandas da sociedade para orientação das ações da fiscalização;

Auferir a satisfação dos diversos segmentos da sociedade atendida pelo IBAMA, quanto a prestação de serviços e sugerir providências internas, para atendimento das demandas ou encaminhá-las a outras esferas de competência interna e externa;

Orientar e coordenar o gerenciamento da linha verde;

Orientar as unidades descentralizadas na execução das ações e atividades pertinentes ao Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC Ambiental.

2.8 COMPETÊNCIAS DO SETOR DE APOIO ADMINISTRATIVO

a) Receber, conferir e proceder à triagem de correspondências, processos e demais documentos administrativos; b) Redigir e proceder à digitação de documentos oficiais (ofício, memorando, fax, etc); c) Elaborar despacho em processos, no âmbito de sua competência;

Page 13: Manual de Procedimentos Ibama

13

d) Atender ao público externo, prestando os esclarecimentos solicitados, relativos aos assuntos diversos; e) Atender ao telefone, prestar esclarecimentos, orientando o usuário do IBAMA conforme a sua demanda; f) Movimentar processos aos setores pertinentes; g) Preparar proposta de concessão de diárias, conforme demanda da chefia imediata e assessores; h) Examinar, preliminarmente os pedidos de material e respectiva documentação e providenciar o atendimento; i) Receber o material de consumo da divisão e promover seu controle e distribuição; j) Controlar as folhas de freqüência dos servidores, no âmbito da Divisão; l) Manter atualizados os endereços/telefones internos e externos; m) Cumprir as demais atribuições de apoio que lhes forem delegadas ou solicitadas.

3 CARGOS E ATRIBUIÇÕES 3.1 ATRIBUIÇÕES PRÓPRIAS DO CARGO DE CHEFE DA DICOF

a) Planejar, promover, orientar, coordenar e fazer executar, no âmbito da sua jurisdição e de acordo com as normas e orientações gerais e especificas, as ações de fiscalização;

b) determinar a apuração das infrações ambientais denunciadas, de competência do IBAMA; c) designar equipe de fiscalização para apuração de infrações ambientais, através do formulário denominado Ordem de Fiscalização; d) fazer executar as ações estabelecidas nos planos de fiscalização, no âmbito de sua jurisdição; e) qualificar, quantificar e requerer os recursos humanos, materiais e financeiros necessários à execução das atividades; f) consolidar e remeter a chefia imediata os relatórios mensais e anuais das atividades de fiscalização, assim como outras informações solicitadas;

Page 14: Manual de Procedimentos Ibama

14

g) controlar e distribuir os formulários e demais documentos inerentes à fiscalização; h) receber e analisar os formulários e demais documentos lavrados em decorrência da ação fiscalizatória, providenciando o seu encaminhamento para autuação em processo administrativo; i) instruir os processos de infração criminal e contravencional detectados no exercício da ação fiscalizatória, para os trâmites legais; j) zelar pelo sigilo das informações quando no planejamento das ações de fiscalização; k) promover, junto ao setor competente, a manutenção, recuperação, distribuição, controle, uso adequado e racional dos veículos, barcos, equipamentos, armas e demais instrumentos empregados nas ações de fiscalização; l) zelar para que os agentes de fiscalização cumpram os princípios e obrigações estabelecidos neste regulamento; m) obedecer rigorosamente os deveres, proibições e responsabilidades relativas ao servidor publico civil da União; n) abster-se em aceitar favorecimentos que impliquem no recebimento de benefícios para hospedagem, transporte, alimentação, bem como presentes e brindes de qualquer espécie; o) comunicar ao seu superior imediato os desvios praticados e irregularidades detectadas, no exercício da ação fiscalizatória.

3.2 CARGOS E ATRIBUIÇÕES INERENTES DA CARREIRA DE ESPECIALITA EM MEIO AMBIENTE

A Lei nº 10.410/02, cria a carreira de Especialista em Meio Ambiente, que abrange os quadros de pessoal do Ministério do Meio Ambiente - MMA e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e os cargos que a compõem, quais sejam; Gestor Ambiental, Gestor Administrativo, Analista Ambiental, Analista Administrativo, Técnico Ambiental, Técnico Administrativo e Auxiliar Administrativo, além de definir as atribuições dos mesmos.

São os seguintes, os cargos de provimento efetivo integrantes dos quadros de pessoal do IBAMA: Analista Ambiental, Analista Administrativo, Técnico Ambiental, Técnico Administ rativo e Auxiliar Administrativo , na proporção definida em regulamento, vedando-se a modificação do nível de escolaridade do cargo em razão da transformação feita.

3.2.1 Atribuições do Analista Ambiental

Page 15: Manual de Procedimentos Ibama

15

São atribuições dos ocupantes do cargo de Analista Ambiental; o planejamento ambiental, organizacional e estratégico afetos à execução das políticas nacionais de meio ambiente formuladas no âmbito da União, em especial as que se relacionem com as seguintes atividades:

a) regulação, controle, fiscalização, licenciamento e auditoria ambiental;

b) monitoramento ambiental;

c) gestão, proteção e controle da qualidade ambiental;

d) ordenamento dos recursos florestais e pesqueiros;

e) conservação dos ecossistemas e das espécies neles inseridas, incluindo seu manejo e proteção; e

f) estímulo e difusão de tecnologias, informação e educação ambientais.

3.2.2 Atribuições do Analista Administrativo

O exercício de todas as atividades administrativas e logísticas relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Ibama, fazendo uso de todos os equipamentos e recursos disponíveis para a consecução dessas atividades.

3.2.3 Atribuições do Técnico Ambiental

a) prestação de suporte e apoio técnico especializado às atividades dos Gestores e Analistas Ambientais;

b) execução de atividades de coleta, seleção e tratamento de dados e informações especializadas voltadas para as atividades finalísticas; e

c) orientação e controle de processos voltados às áreas de conservação, pesquisa, proteção e defesa ambiental.

3.2.4 Atribuições do Técnico Administrativo

A atuação em atividades administrativas e logísticas de nível básico, relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Ibama, fazendo uso de equipamentos e recursos disponíveis para a consecução dessas atividades.

3.3 ATRIBUIÇÕES DO AGENTE DE FISCALIZACÃO

a) Realizar diligências para averiguação ou apuração de agressões cometidas contra a flora e fauna, bem como, para apurar ações ilícitas

Page 16: Manual de Procedimentos Ibama

16

nas atividades de pesca, que provoquem poluição/degradação no meio ambiente, ou que envolvam ações de biopirataria;

b) Multar, advertir, notificar, embargar e interditar atividades ilegais, interditar empresas por cometimento a infrações ambientais, apreender produtos e subprodutos, objetos e instrumentos resultantes ou utilizados na prática de agressão ambiental;

c) Inspecionar estabelecimentos industriais e comerciais que tenham por objetivo a exploração de produtos e subprodutos oriundos dos recursos naturais renováveis;

d) Acompanhar, fiscalizar, inspecionar e controlar as atividades de exploração dos recursos naturais renováveis, autorizadas;

e) Orientar contribuintes e a comunidade em geral sobre as atribuições e competências do IBAMA, divulgando a legislação ambiental em vigor, propiciando a formação de uma consciência crítica e ética voltada para as ações conservacionistas e preservacionistas.

3.4 OBRIGAÇÕES DO AGENTE DE FISCALIZACÃO

a) Conhecer a estrutura organizacional do Ibama, seus objetivos e competências como órgão executor da Política Nacional do Meio Ambiente; b) Aplicar técnicas, procedimentos e conhecimentos inerentes à prática fiscalizatória, adquiridas nos cursos de capacitação ou aperfeiçoamento; c) Cumprir as determinações da autoridade competente; d) Cumprir e fazer cumprir as normas legais destinadas à proteção, conservação e preservação dos bens ambientais; e) Participar de cursos, atualizações, treinamentos e encontros que visem ao aperfeiçoamento das suas funções, bem como conhecer e habilitar-se ao manuseio de armas de fogo; f) Apresentar relatório das atividades de fiscalização ao seu chefe imediato; g) Preencher os formulários de fiscalização, de forma concisa e legível, circunstanciando os fatos averiguados com informações objetivas e fazendo o enquadramento legal específico, evitando a perda do impresso ou a nulidade da autuação; h) Obedecer, rigorosamente, os deveres, proibições e responsabilidades relativas ao servidor público civil da União;

Page 17: Manual de Procedimentos Ibama

17

i) Zelar pela manutenção, uso adequado e racional dos veículos, barcos, equipamentos, armas e demais instrumentos empregados nas ações de fiscalização em geral e, especificamente, aqueles que lhes forem confiados; j) Identificar-se, previamente, sempre que estiver em ação fiscalizatória; l) Atender às necessidades do exercício da fiscalização, atuando em locais, dias e horários estabelecidos, peculiares à determinada prática fiscalizatória; m) Portar arma de modo discreto, sendo vedado o seu manuseio em locais de aglomeração popular ou estabelecimentos e empreendimentos sob fiscalização, salvo sob iminente ameaça e mediante orientação expressa do coordenador da equipe; n) Obedecer às normas quanto ao uso de espingardas e carabinas, que é restrito às ações fiscalizatórias efetuadas em área rural, rios e mar territorial ou outras que justifique o seu emprego, mediante orientação expressa da área de fiscalização; p) Atuar ostensivamente, mediante o uso do uniforme e veículo oficial identificado, salvo em situações devidamente justificadas; r) Guardar, rigorosamente, o sigilo das ações de fiscalização; s) Comunicar ao coordenador da equipe os desvios praticados e irregularidades detectadas no exercício da ação fiscalizatória; t) Devolver todo material inerente à fiscalização, por ocasião do seu afastamento da atividade de fiscalização. u) Atuar em ação fiscalizatória sempre em equipe. No caso de estar sozinho e deparar-se com infração ambiental, procurar ajuda policial ou procurar testemunhas. u) Evitar conversas isoladas com infratores ou advogados, para não ser acusado de qualquer solicitação de favorecimento.

Page 18: Manual de Procedimentos Ibama

18

Capítulo 2 PRÁTICA FISCALIZATÓRIA

Este capítulo inclui todas as etapas da fiscalização apresentando de forma detalhada os procedimentos que vão desde a necessidade da ação (demanda), a realização da Ação Fiscalizatória propriamente dita, até a fase imediatamente posterior à mesma.

Page 19: Manual de Procedimentos Ibama

19

1 NECESSIDADE DA AÇÃO (DEMANDA)

1.1 PLANEJAMENTO

O planejamento tem por objetivo definir uma agenda de realização das operações de forma a priorizar os atendimentos, seguindo critérios de prevenção e controle dos danos ambientais, preservação do meio ambiente e o bem-estar da coletividade. Para tanto, deverá ser elaborado um Plano de Fiscalização, em formulário próprio (a ser definido posteriormente), com periodicidade semestral onde constará uma relação das operações a serem realizadas organizadas numa ordem, descritos detalhadamente os respectivos locais e datas previstas e motivos que geraram a realização da operação, ou seja, o tipo de demanda.

1.1.1 Modelo de Formulário Padronizado

(inserir modelo)

1.2 INTEGRAÇÃO COM A ÁREA TÉCNICA A ação fiscalizatória deverá ser realizada numa ação integrada com a área técnica, com vistas a evitar duplicidade de esforços e manter um padrão de procedimento, obedecendo a uma escala de prioridades para o atendimento a qual levará em conta alguns critérios básicos, quais sejam: grau de emergência, localização, viabilidade econômica entre outros. As operações são definidas com base em três tipos de demandas: levantamentos técnicos, denúncias locais e denúncias recebidas através da linha verde.

1.3 ALOCAÇÃO DE RECURSOS

Para que o planejamento possa ser executado, faz-se necessária a alocação de alguns recursos que garantirão a realização das operações constantes do Plano de Fiscalização.

1.3.1 Recursos Financeiros Após elaborar o Plano de Fiscalização e definir as prioridades, deverá ser elaborada uma planilha detalhada com os recursos financeiros necessários para a realização de cada operação prevista no referido plano, em formulário próprio padronizado.

Page 20: Manual de Procedimentos Ibama

20

1.3.1.1 Modelo de Formulário Padronizado

1.3.2 Recursos Humanos (Módulo de Fiscalização) e Documentação

Para cada operação será definido um Módulo de Fiscalização, composto no mínimo por uma equipe de 3 (três) pessoas e um carro.

Page 21: Manual de Procedimentos Ibama

21

Caso haja compatibilidade de tempo e considerando principalmente as emergências, um mesmo módulo poderá realizar várias operações, com vistas a conseguir um maior grau de eficiência, no entanto, para cada operação deverá ser emitido um formulário “Ordem de Fiscalização”, o qual consiste na autorização competente para que uma operação se realize. Cada equipe deverá levar no mínimo um kit contendo a seguinte documentação:

a) Ordem de Fiscalização devidamente preenchida e assinada; b) Formulários da Fiscalização:

- Ordem de Fiscalização - Termo de Inspeção - Levantamento de Produto Florestal - Madeira In-Natura - Levantamento de Produto Florestal - Madeira Beneficiada - Auto de Infração - Relação de Pessoas Envolvidas na Infração Ambiental - Termo de Apreensão/Depósito/Embargo/Interdição - Termo de Doação/Soltura - Termo de Incineração/Destruição - Notificação - Certidão

- Relatório de Fiscalização c) Manual de Fiscalização do IBAMA d) Tabela de Codificação das Infrações Ambientais e) Legislação em vigor.

1.3.3 Recursos Materiais (Equipamentos)

Para que as operações de fiscalização sejam realizadas com eficiência e eficácia é necessária a utilização de alguns equipamentos básicos específicos, que são utilizados na maioria das operações, além de outros equipamentos que deverão ser utilizados de acordo com o tipo de atividade a ser realizada. Máquina Fotográfica

GPS Trena/Paquímetro Balança Lacres Carimbos Rádios de comunicação Armamento Clinômetro Notebook Palm-top, Auto-trac

Page 22: Manual de Procedimentos Ibama

22

Filmadora Binóculo Motoserra Altímetro Kit teste/coleta Armamento

2 REALIZAÇÃO DA AÇÃO FISCALIZATÓRIA

O IBAMA exerce a ação fiscalizatória, juntamente com órgãos parceiros e conveniados em todo o território nacional, objetivando a preservação do meio ambiente, o uso sustentável dos recursos naturais, seus produtos e subprodutos, bem como, coibição da ação predatória do homem sobre a natureza manutenção da integridade do meio ambiente, assegurando o uso racional dos recursos naturais e seus subprodutos.

Fiscalização ambiental significa toda a vigilância e controle que devem ser exercidos pelo Poder Público, visando proteger os bens ambientais das ações predatórias. Apresenta-se como uma necessidade do Estado para fazer cumprir sua missão de defensor e propugnador dos interesses relativos à ordem jurídica e social.

Assim, a fiscalização deve ser acionada sempre que o interesse individual se sobrepuser ao interesse da sociedade, estando inseridas nesse contexto as infrações cometidas contra o meio ambiente.

2.1 PARCERIAS

Na execução de atividades na área de fiscalização, visando cumprir melhor os seus objetivos, como órgão executor da Política Nacional do Meio Ambiente, o IBAMA necessita estabelecer parcerias com algumas instituições, tais como; Polícia Militar, Órgãos Ambientais dos Estados, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos, além de instituições privadas e organizações não governamentais que atuem na área ambiental.

2.2 SIGILO FUNCIONAL

Entre as obrigações dos Chefes das Divisões de Controle e Fiscalização - DICOF’s e das Unidades Descentralizadas de Fiscalização, podemos destacar o zelo pelo sigilo das informações quando no planejamento das ações de fiscalização. Esse assunto é tratado no artigo 4º da Portaria IBAMA nº 53-N, de 22 de abril de 1998, bem como na Lei 8112/90.

3 FASE POSTERIOR À AÇÃO FISCALIZATÓRIA

Page 23: Manual de Procedimentos Ibama

23

Após realização de cada operação de fiscalização, seja ela constante do Plano de Fiscalização ou não, toda a documentação referente à respectiva operação, deverá ser protocolizada para compor um processo específico que seguirá uma rotina dentro da unidade que realizou a referida operação. O presente manual contém instruções específicas para o desenvolvimento das atividades referentes a esta fase.

3.1 INSTRUÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Nesta fase é constituído o processo administrativo dos Autos de Infração, bem como de todos os demais termos lavrados, instruídos com laudos e demais documentos comprobatórios, além de cópia da Ordem de Fiscalização e do Relatório de Fiscalização pela unidade administrativa do Ibama específica. O processo será numerado seqüencialmente e rubricado em todas as páginas, obedecendo determinações contidas no Manual de Normas Administrativas do Instituto.

3.2 CADASTRAMENTO NO SICAFI

Tão logo seja procedida a autuação do processo deverá ser providenciado o cadastramento no SICAFI, de todos os formulários preenchidos durante a operação. Tal procedimento tem por objetivo, alimentar o sistema sobre as operações realizadas, com vistas a subsidiar as unidades do IBAMA na operacionalização e disponibilização, em tempo hábil, de indicadores de tendências, de desempenho e estatísticos sobre as ações de fiscalização realizadas, através de consultas ou relatórios.

3.3 ARRECADAÇÃO E DEMAIS PROCEDIMENTOS

Após a autuação o infrator deverá proceder o pagamento, mediante boleto referente à infração cometida, num prazo de 20 (vinte) dias, caso não apresente defesa. Não havendo o pagamento nem defesa, o infrator será notificado para pagamento em tempo hábil, sob pena de inscrição no CADIN, inscrição na Dívida Ativa ou cobrança judicial.

3.4 DEFESA/RECURSO

A partir da data da ciência da autuação, o autuado tem um prazo de 30 (trinta) dias, para formalizar uma defesa ou impugnação contra o auto de infração, mediante requerimento que deverá ser protocolizado em qualquer unidade administrativa do IBAMA. Esse requerimento será encaminhado imediatamente à unidade de jurisdição do cometimento da infração contendo obrigatoriamente os seguintes dados:

a) órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

b) identificação do interessado ou de quem o represente;

Page 24: Manual de Procedimentos Ibama

24

c) número do auto de infração correspondente;

d) endereço do requerente ou indicação do local para recebimento de notificações, intimações e comunicações;

e) formulação do pedido, com exposição dos fato e seus fundamentos;

f) apresentação de provas e demais documentos de interesse do requerente; e

g) data e assinatura do requerente, ou de seu representante legal.

Caso a defesa seja indeferida pelas autoridades competentes, o autuado poderá interpor um recurso, por meio de requerimento, no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo, para tanto, juntar os documentos que considerados convenientes.

Page 25: Manual de Procedimentos Ibama

25

Capítulo 3 ROTINAS E PROCEDIMENTOS INTERNOS

Este capítulo reúne os procedimentos referentes às atividades internas das DICOF’s e das Unidades Descentralizadas e suas respectivas rotinas e fluxogramas na fase imediatamente posterior à realização da Ação Fiscalizatória.

Page 26: Manual de Procedimentos Ibama

26

1 DESCRIÇÃO DAS ROTINAS

Constam deste item os procedimentos e rotinas das atividades

desenvolvidas internamente nas DICOF’s, após a Ação Fiscalizatória,

pelos Agentes Ambientais e demais servidores que atuam no âmbito do

IBAMA.

1.1 ROTINA DE “ORDEM DE FISCALIZAÇÃO”

Descrição :

É o documento fundamental e necessário, sendo mesmo obrigatório

para a realização da ação fiscalizatória. Pode ser preenchida pela chefia

imediata e pelo coordenador da ação fiscalizatória, ou apenas pela

chefia imediata, no entanto, a assinatura da chefia imediata é

obrigatória, em qualquer caso.

Procedimentos :COORDENADOR DA OPERAÇÃO/CHEFE IMEDIATO:

01 - Preenche a Ordem de Fiscalização de acordo com instruções de preenchimento específica; CHEFE IMEDIATO: 02 - Assina a Ordem de Fiscalização devidamente preenchida; COORDENADOR DA OPERAÇÃO: 03 - Realiza a operação, juntamente com a Equipe de Fiscalização, lavrando os Autos de Infração que se fizerem necessários e todos os demais documentos referentes aos ilícitos ocorridos; 04 - Anexa Ordem de Fiscalização ao processo correspondente à operação a qual ela se refere.

1.2 ROTINA DE “CADASTRAMENTO DO AUTO DE INFRAÇÃO - AI E DEMAIS DOCUMENTOS DA FISCALIZAÇÃO”

Descrição : Consiste nos procedimentos adotados internamente pela Área de Fiscalização e demais Setores das SUPES, que interagem nessa atividade, inclusive as Unidades Descentralizadas, após a realização de uma Operação de Fiscalização, ou seja, na fase imediatamente posterior à Ação Fiscalizatória. Procedimentos : AGENTE DE FISCALIZAÇÃO:

Page 27: Manual de Procedimentos Ibama

27

01 - Anota os dados do Auto de Infração - AI e demais termos referentes ao ilícito no livro de controle: “Registro de Movimentação de Processos e Documentos - RMPD” e encaminha toda a documentação referente à DICOF, solicitando a formalização do processo; Obs: No caso de atividade descentralizada, ou seja, realizada através de Convênio, Acordo, etc., o responsável envia os formulários preenchidos à Área de Fiscalização (via Correio, Malote do IBAMA - Unidades Descentralizadas, outras Companhias da Polícia Militar Ambiental ou entrega pessoalmente); DICOF: 02 - Recebe do Agente de Fiscalização que lavrou o AI, todos os documentos referentes à autuação (ou do responsável pelo Convênio, Acordo, etc.), bem como os formulários devidamente preenchidos e os encaminha ao Protocolo/DIAFI, por meio de memorando, para abertura de processo administrativo; Protocolo/DIAFI: 03 - Formaliza processo e o devolve à DICOF; DICOF: 04 - Após a formalização do processo, cadastra no SICAFI o AI e todos os outros documentos (documento por documento), em conformidade com os procedimentos contidos no Manual do SICAFI; 05 - Arquiva a 4ª via (rosa) do AI, e encaminha a 2ª via (azul) à CGFIS; Após o cadastro no SICAFI o Auto de Infração - AI migra automaticamente para o Módulo de Arrecadação (Setor de Arrecadação - SAR), na situação:PARA HOMOLOGAÇÃO/PRAZO DE DEFESA SAR: 06 - Aguarda o prazo de 20 (vinte dias) para pagamento ou defesa e encaminha o Processo à Divisão Jurídica - DIJUR ( o AI é homologado antes da cobrança); Existindo defesa 07 - Anexa o pedido de defesa ao processo; Não existindo defesa 08 - Encaminha o processo à DIJUR, com vistas à homologação; DIJUR: Existindo defesa 09 - Emite perecer sobre o AI/defesa e encaminha ao Superintendente e/ou Gerente para homologação; Não existindo defesa 10 - Emite perecer sobre o AI e encaminha ao Superintendente e/ou Gerente para homologação (30 dias para julgar o AI);

Page 28: Manual de Procedimentos Ibama

28

Obs.: Existindo Recurso, com valor de até CR$ 50.000,00, emite parecer e encaminha o processo. No caso do valor ser acima de CR$ 50.000,00, sugere encaminhamento à Presidência; SUPERINTENDENTE: Defesa deferida 11 - Homologa parecer jurídico e encaminha processo à Arrecadação para registro no Módulo de Arrecadação e comunica ao interessado; Defesa indeferida 12 - Homologa parecer jurídico e encaminha processo à Arrecadação para cobrança; Não existindo defesa 13 - Homologa o AI e encaminha o processo à Arrecadação, para cobrança ou cancelamento do AI, se for o caso; SETOR DE ARRECADAÇÃO: 14 - Altera a situação no módulo de Arrecadação; Defesa deferida 15 - Comunica o interessado via AR e providencia o arquivamento do processo; Obs.:Havendo Embargo, Interdição e bens apreendidos, encaminha aos setores competentes para as providências cabíveis; Defesa indeferida 16 - Notifica o interessado via AR; Não existindo defesa

17 - Notifica o autuado e aguarda pagamento. Após 75 dias da emissão da Notificação administrativa, caso o débito não tenha sido quitado, encaminha o processo à DIJUR para inscrição na Dívida Ativa.

DIJUR: 18 - Faz inscrição na Dívida Ativa. Após o vencimento da Dívida Ativa, procede cobrança judicial.

1.3 ROTINA DE “COBRANÇA E EXECUÇÃO FISCAL”

Descrição : Esta rotina só acontece quando no processo de autuação, houver apreensão de bens, produtos e subprodutos de qualquer segmento do meio ambiente, ocasião esta em que deverá ser nomeado um “fiel depositário”, ou, quando ocorrer embargo /interdição de obra ou atividade em curso. Procedimentos :

Page 29: Manual de Procedimentos Ibama

29

SAR: 01 - Esgotadas as instâncias recursais e as cobranças administrativas, procede a inscrição do autuado no CADIN; 02 - Remete o processo à DIJUR; DIJUR: 03 - Inscreve o débito no SICAFI (Dívida Ativa); 04 - Devolve o processo ao SAR; SAR: 05 - Inscreve o débito no Sistema de Administração Financeira – SIAFI (Dívida Ativa), quitação ou cancelamento dos débitos; 06 - Notifica o autuado sobre inscrição do débito ou decisão de cancelamento; 07 - Não havendo quitação do débito, remete o processo à DIJUR; DIJUR: 08 - Procede execução fiscal.

1.4 ROTINA DE “COMUNICAÇÃO DE CRIME AMBIENTAL”

Descrição : Comunicado feito pelo Agente de Fiscalização Autuante, o qual consiste em informar ao Chefe da DICOF, em formulário próprio, a constatação de infringência a dispositivos legais estabelecidos na Lei de Crimes Ambientais, para que sejam tomadas providências no sentido de enviar com urgência, à representação do Ministério Público na área de abrangência onde ocorreu o fato delituoso, para que seja instaurada ação penal, ou se for o caso, propositura da respectiva ação civil pública, visando a reparação do dano, em conformidade com o disposto no Artigo 6°, da Lei n° 7.347/85. Procedimentos : DICOF: 01 - Recebe do Agente de Fiscalização os documentos das autuações; 02 - Separa as autuações tipificadas como administrativas daquelas de crime; 03 - Autentica, através de carimbo próprio (Decreto nº -----); 04 - Solicita ao Protocolo a abertura do processo administrativo;

Page 30: Manual de Procedimentos Ibama

30

05 - Encaminha ao Superintendente os documentos da autuação autenticados, juntamente com a minuta de ofício padrão, dirigida ao Ministério Público (Estadual ou Federal, dependendo da competência jurisdicional para o julgamento do delito); Superintendente/Gerente Executivo: 06 - Recebe documentação autenticada e Minuta de Ofício e assina o Ofício; 07 - Encaminha toda a documentação ao Ministério Público e uma cópia do ofício à DICOF, para controle; DICOF: 08 - Recebe cópia do ofício remetido ao ministério Público; 09 - Efetua os controles e arquiva cópia do ofício. Modelo de Formulário Padronizado : 01 - Comunicação de Crime

Page 31: Manual de Procedimentos Ibama

31

1.5 ROTINA DE “CONTRADITA”

Descrição : Esclarecimentos prestados pelo Agente Autuante, sobre infrações referentes ao processo de autuação com defesa formalizada, quando solicitado pela Divisão Jurídica, com vistas a elucidar os fatos que originaram o Auto de Infração. Nesta fase, é facultado ao agente opinar pelo acolhimento parcial ou total da defesa, de acordo com as razões alegadas pelo autuado. Procedimentos : AUTUADO: 01 - Formaliza defesa ou impugnação contra o Auto de Infração, protocolizando requerimento, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da ciência da autuação, junto a qualquer unidade administrativa do IBAMA. O referido requerimento deverá ser encaminhado, imediatamente, à unidade de jurisdição do cometimento da infração; PROTOCOLO: 02 - Recebe requerimento, faz conferência para verificar se todos os campos obrigatórios estão preenchidos corretamente, formaliza processo de defesa e encaminha ao chefe da DICOF; CHEFE DA DICOF: 03 - Recebe processo e remete à Divisão Jurídica - DIJUR para análise da defesa; DIJUR: 04 - Analisa o processo de defesa verificando se necessita informações complementares ou esclarecimentos sobre o Ato Fiscalizatório e elabora parecer contendo questionamentos; 05 - Encaminha processo de defesa ao Agente de Fiscalização que lavrou o Auto de Infração solicitando a elaboração de Contradita, conforme questionamentos; AGENTE DE FISCALIZAÇÃO: 06 - Elabora contradita, no prazo de cinco dias, contados a partir do recebimento do processo, prestando informações/esclarecimentos solicitados, de acordo com questionamentos; 07 - Envia o processo de defesa, com Contradita, à DICOF para ser encaminhado à Divisão Jurídica; DIJUR: 08 - Recebe processo e consulta a área técnica sobre questionamentos

Page 32: Manual de Procedimentos Ibama

32

de origem técnica, caso existam; 09 - Elabora parecer optando pelo indeferimento ou pelo acolhimento parcial ou total da defesa; 10 - Encaminha o processo ao Agente de Fiscalização responsável; Após pagamento da multa ou cumprimento da decisão d a Divisão Jurídica: AGENTE DE FISCALIZAÇÃO: 11 - Procede nova vistoria para verificar se foram cumpridas as determinações; 12 - Encaminha o processo ao Protocolo para dar baixa e encaminha para o arquivo morto.

1.6 ROTINA DE “CONTROLE DE BENS APREENDIDOS, EMBARGO E INTERDIÇÃO”

Descrição : Esta rotina só acontece quando no processo de autuação, houver apreensão de bens, produtos e subprodutos da flora, fauna, pesca e degradação ambiental, biopirataria, mediante preenchimento do Termo de Depósito e Apreensão, para oficializar a nomeação do depositário. Quando na ocasião da operação é apreendido qualquer tipo de bem, pela fiscalização do IBAMA ou algum órgão conveniado, referente a produtos e subprodutos florestais “in natura” e “beneficiados”, com vistas a evitar prejuízos financeiros e ecológicos, de acordo com as disposições legais referentes ao assunto. Ocorre também, quando houver alguma obra ou atividade em curso que afetem o meio ambiente, e deva ser embargada ou interditada. Procedimentos : AGENTE DE FISCALIZAÇÃO: 01 - Na ocasião em que o auto é lavrado, preenche os seguintes formulários: Controle de Bens Apreendidos - CBA, Termo de Apreensão e Depósito/Embargo/Interdição e remete ao Setor de Patrimônio/DIAFI, para controle e destinação dos bens apreendidos pela fiscalização; Havendo Bens Apreendidos: DICOF: 02 - Recebe documentos de autuação do Agente de Fiscalização que lavrou o auto, juntamente com o formulário CBA devidamente preenchido; 03 - Remete o CBA preenchido, juntamente com todos os documentos de autuação ao Setor de Patrimônio;

Page 33: Manual de Procedimentos Ibama

33

SETOR DE PATIMÔNIO: 04 - Cadastra as informações, verificando os tipos de bens e toma providências no sentido de dar destinação ou proceder devolução dos bens apreendidos 05 - Remete a documentação à Divisão Financeira – DIAF; DIAF: 06 - Faz os registros contábeis e devolve os documentos ao Setor de Patrimônio; 07 - Remete documentos à Comissão de Bens Apreendidos, Doação e Desfazimento para providências; Obs: Existem Tad’s sem Auto de Infração e AI sem TAD O CBA é preenchido com as informações do TAD e a nossa competência cessa com o envio do CBA ao Setor de Controle Patrimonial na SUPES. Havendo Embargo/Interdição: DICOF: 08 - Informa a Divisão Técnica – DITEC do embargo/interdição e solicita “Termo de Ajustamento de Compromisso – TAC”; DITEC: 09 - Executa o controle da área embargada ou da interdição executada; 10 - Faz análise técnica do TAC.

1.7 ROTINA DE “DESEMBARGO”

1.8 ROTINA DE “CONTROLE DA DISTRIBUIÇÃO DOS FORMULÁRIOS DE FISCALIZAÇÃO”

Descrição : Constitui num mecanismo para controlar a utilização dos formulários de fiscalização adotados oficialmente pelo IBAMA em todo o Brasil, com vistas a vincular a numeração de cada formulário ao respectivo agente responsável pelo seu preenchimento, ou seja, os blocos de formulários são lançados no sistema de cada DICOF, discriminando os números e o nome do agente que os recebeu.

Page 34: Manual de Procedimentos Ibama

34

Procedimentos : DICOF: 01 - Encaminha memorando solicitando blocos de formulários (Auto de Infração, Termo de Apreensão e Depósito, Termo de Doação e Soltura e Notificação) ao Almoxarifado da Divisão Multifuncional - Administrativa – DIAFI; ALMOXARIFADO/DIAFI: 02 - Recebe memorando e verifica se tem em estoque as quantidades solicitadas; Em Caso Positivo: 03 - Atende ao pedido, enviando os formulários solicitados; Em Caso Negativo: 04 - Comunica à DICOF e solicita ao Almoxarifado do IBAMA/Sede a reposição de estoque; DICOF: 05 - Recebe comunicado em resposta ao Memorando; Caso tenha em Estoque: 06 - Recebe formulários de acordo com solicitação; 07 - Entrega os formulários recebidos aos Agentes de Fiscalização habilitados para o exercício da função de Fiscal, cadastrando-os através do Sistema de Cadastro, Arrecadação e Fiscalização - SICAFI; Caso não tenha em Estoque: 08 - Solicita à CGFIS, através de memorando, blocos de formulários da fiscalização; CGFIS: 09 - Recebe memorando da DICOF, solicitando blocos de formulários; 10 - Encaminha memorando ao ALMOXARIFADO/Sede, para atendimento; ALMOXARIFADO/SEDE: 11 - Recebe memorando e encaminha à DICOF os formulários solicitados; 12 - Atende solicitação e comunica à CGFIS; DICOF: 13 - Recebe formulários de acordo com solicitação;

Page 35: Manual de Procedimentos Ibama

35

14 - Entrega os formulários recebidos aos Agentes de Fiscalização habilitados para o exercício da função de Fiscal, cadastrando-os através do Sistema de Cadastro, Arrecadação e Fiscalização – SICAFI.

1.9 ROTINA DE “CONVERSÃO DE MULTAS”

Descrição : Consiste em converter a multa pecuniária simples em prestação de serviços, quando não for possível a recuperação ou a indenização ambiental, podendo ser executados de forma direta ou indireta por qualquer meio, instrumento, assim como pelo custeio de programas e de projetos ambientais destinados à preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente; Prestação de serviços de forma direta: execução de obras de recuperação de áreas degradadas e de atividades de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, a ser prestado diretamente pelo interessado; Prestação de serviços de forma indireta: custeio pelo interessado, de programas e de projetos ambientais, visando o fortalecimento institucional da entidade autárquica, para fins de execução de atividades de preservação, conservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente; Procedimentos : AUTUADO: 01 - Faz requerimento ao IBAMA, solicitando os benefícios da “Conversão de Multa”; 02 - Protocoliza em qualquer das suas Unidades Administrativas; DICOF: 02 - Recebe, o requerimento no prazo de 5 (cinco) dias, para juntada ao respectivo processo administrativo originado pelo Auto de Infração referente; 03 - Encaminha à autoridade julgadora competente; SUPERINTENDENTE/GERENTE: 04 - Submete ao exame e manifestação de uma Comissão, criada na forma do art.25 da Instrução Normativa nº 08 de 2003; SUPERINTENDENTE/GERENTE: 05 - Submete o processo administrativo contendo Termo de Compromisso ao órgão consultivo da Advocacia Geral da União, que atua junto à unidade administrativa do IBAMA;

Page 36: Manual de Procedimentos Ibama

36

06 - Encaminha o processo à para aprovação da autoridade administrativa competente; SUPERINTENDENTE/GERENTE: 07 - Recebe o processo administrativo, examina e, caso aprove a decisão da Comissão, firma termo de compromisso na forma do art. 6º da Instrução Normativa nº 10, de 31/10/2003; 08 - Devolve o processo administrativo à unidade administrativa competente; DICOF: 09 - Comunica o interessado da decisão, pessoalmente ou por correspondência com Aviso de Recebimento - AR, assegurando-lhe o prazo de 10 (dez) dias, para comparecer à Unidade Administrativa do IBAMA indicada no requerimento, para assinatura do instrumento proposto e providências quanto ao reconhecimento de firma. Passos Simplificados para “Conversão de Multas ” ( procedimentos definidos pela GEREX/PR): 01 - Agente público autua; 02 - DICOF faz registro, comunica ao Ministério Público, envia para a SAR 03 - O interessado é notificado e tem prazo legal para manifestação; 04 - Interessado manifesta-se em defesa ou pedido direto para a conversão; 05 - O pedido é devidamente qualificado e explícito para realização da conversão; 06 - SAR remete defesa e/ou pedido de conversão para AGU/DIJUR/IBAMA/PR que se manifesta sobre a legalidade da conversão e demais pleitos; 07 - DIJUR remete para decisão da autoridade julgadora; 08 - Após a decisão a autoridade julgadora (Gerente), após decisão, se definir pela conversão, remete para Comissão, que se manifesta e define objeto; 09 - Comissão solicita a Unidade a ser beneficiada pela Conversão que faça requerimento técnico.

Page 37: Manual de Procedimentos Ibama

37

Feitura do “Termo ”: 01 - Após manifestação da Unidade beneficiada, é feito o termo e remetido para a Chancela da DIJUR; 02 - Após chancela, Termo é celebrado entre as partes e os compromissos acertados; 03 - Cumpridos os compromissos acordados, a Unidade beneficiada atesta o cumprimento e remete ao SAR para baixa do débito; 04 - SAR remete ao Patrimônio para providências, que, após cumpridas, retornam ao SAR para arquivo.

1.7 ROTINA DE “ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO” Descrição : Relato feito de forma clara e objetiva, pelo Agente de Fiscalização, após concluída cada operação onde são descritos os resultados alcançados, anexando toda a documentação referente à autuação, com vistas à abertura do processo administrativo, e, se for o caso, fazer a Comunicação de Crime ao Ministério Público. Procedimentos : AGENTE DE FISCALIZAÇÃO: 01 - Após ser concluída a Ação Fiscalizatória, preenche o formulário “Relatório de Fiscalização”, em duas vias, anexas cópias de todos os formulários preenchidos no ato da autuação e encaminha à DICOF; DICOF: 02 - Recebe e analisa os documentos referentes à ação fiscalizatória providenciando o seu encaminhamento, para autuação em processo administrativo; 03 - Instrui os processos de infração criminal e contravencional detectados no exercício da ação fiscalizatória e os encaminha à DIJUR; 04 - Encaminha ao Setor de Patrimônio os formulários de Controle de Bens Apreendidos - CBA, devidamente preenchidos, quando for o caso.

(modelo padronizado Virginia)

1.7 ROTINA DE “EMISSÃO DE DIÁRIAS PARA AÇÕES FISCALIZATÓRIAS”

Page 38: Manual de Procedimentos Ibama

38

Descrição :

É o encaminhamento de solicitação de diárias, feito a DICOF para

execução de ações fiscalizatórias acompanhada, necessariamente,

da respectiva Ordem de Fiscalização assinada pela chefia imediata.

Procedimentos : AGENTE DE FISCALIZAÇÃO: 01 - Encaminha à DICOF a qual está vinculado, solicitação de diárias para execução de ação fiscalizatória, acompanhada (com duas semanas de antecedência), da respectiva Ordem de Fiscalização assinada pela chefia imediata; DICOF: 02 - Recebe solicitação de diárias e registra; 03 - Analisa a pertinência, verifica a disponibilidade de recursos, registra o visto e encaminha ao Setor Financeiro para pagamento;

SETOR FINANCEIRO:

04 - Recebe solicitação de diárias, verifica suprimento e efetua

pagamento.

1.8 ROTINA DE “LEVANTAMENTO DE PÁTIO” Descrição : Levantamento (correspondente a uma inspeção industrial) de produto e subproduto florestal, realizado pela fiscalização do Ibama em serrarias, carvoarias, indústria e comércio de palmitos e indústrias diversas que atuam na área madeireira. Procedimentos : DICOF: 01- Solicita ao Setor de Controle o saldo de toras e de madeira serrada, em m³, existente na Empresa alvo da fiscalização; Setor de Controle: 02 - Encaminha à DICOF o formulário Ficha de Estoque no Pátio da Empresa, para um determinado mês; DICOF: 03- Recebe o saldo de toras e madeira serrada, em m³, constante no pátio da Empresa;

Page 39: Manual de Procedimentos Ibama

39

04 - Inicia o levantamento de entrada e saída; 05 - Requisita da Empresa as Fichas de entrada e saída, modelo “B” (prestação de contas), para levantamento de Escritório, bem como, os registros de DOF que não foram prestados contas ainda (mês em curso); 06 - Procede o levantamento de pátio da madeira em tora, faz a cubagem por espécie e marca no formulário “Levantamento de Produto Florestal Madeira In Natura”, também no pátio, e se houver beneficiamento (madeira serrada), preenche o formulário “Levantamento de Produto Florestal Madeira Beneficiada”; 07 - Preenche os formulários Levantamento de Entrada e Saída, separadamente, mês a mês, referente ao período do levantamento; 08 - Consolida no formulário “Resultado Final da Inspeção Industrial”, os soldos anteriores, obtidos de entradas, saídas, soldo de pasta e soldo de pátio, em toras e madeira serrada (volume m³); 09 - Efetua os seguintes cálculos, que é o resultado do soldo de pátio e soldo de pasta onde: E=Soldo de Pátio F= Soldo de Pasta E + F – D = G E = (700 + 54) - 488 = 266 D= Saída 10 - No caso de saldo positivo: a DICOF procede a autuação por recebimento sem origem, ou seja, sem DOF. No caso de saldo negativo: a DICOF procede a autuação por vendas/comercialização, com DOF. Modelos de Formulários Padronizados : 01 - Levantamento de Produto Florestal (madeira in natura)

Page 40: Manual de Procedimentos Ibama

40

02 - Levantamento de Produto Florestal (madeira beneficiada)

Page 41: Manual de Procedimentos Ibama

41

1.9 ROTINA DE “PROCEDIMENTOS DE SECRETARIA” Descrição :

Page 42: Manual de Procedimentos Ibama

42

Atividades desenvolvidas pelas Secretárias da DICOF objetivando apoiar o Chefe da DICOF e demais servidores no desempenho das atividades de competência dessa Divisão. Procedimentos : ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA SECRETÁRIA: 01 - Recebimento de documentos em geral e especificamente recebimento de DOF solicitando desbloqueio; 02 - Substituição no atendimento no Cadastro Técnico Federal e DOF; 03 - Controle de “Folhas de Ponto”; 04 - Recebimento de processos; 05 - Entrada e saída de correspondência oficial externa.

1.10 ROTINA DE “PROCESSO DE FISCALIZAÇÃO”

Descrição : Esta rotina refere-se a atividades desenvolvidas no âmbito interno da DICOF, as quais compreendem todo o trâmite da fiscalização, desde a formalização do processo de denúncia até o seu encaminhamento ao setor competente no respectivo assunto. Procedimentos : DICOF: 01 - Recebe processos de denúncias de ilícitos ambientais do Ministério Público, da “Linha Verde” ou até denúncias locais; 02 - Dependendo da gravidade do(s) caso(s), define previamente as prioridades ou envia para atendimento imediato; COORDENAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO: 03 - Emite “Ordem de Fiscalização” e ”Solicitação de transporte - ST” de acordo com o tipo de ilícito; 04 - Distribui as atividades e monta a(s) Equipe(s) de Fiscalização, considerando a disponibilidade dos agentes e as habilidades de cada um; Após a realização da Ação Fiscalizatória: AGENTE DE FISCALIZAÇÃO:

Page 43: Manual de Procedimentos Ibama

43

05 - Devolve toda a documentação que lhe foi distribuída (processos, denúncias, etc.), quer, tenham sido tomadas providências devidas, ou não; COORDENAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO: 06 - Recebe a documentação e devolve ao Chefe da DICOF; CHEFE DA DICOF: 07 - Despacha cada processo para o setor competente respectivo (CTF, DITEC, DIJUR, etc.); SETOR COMPETENTE: 08 - Toma as providências cabíveis.

1.11 ROTINA DE “RELACIONAMENTO DAS DICOF’S COM UNIDADES DESCENTRALIZADAS”

Descrição :

Constantemente há, ainda, entendimento de que a DICOF deva

fornecer recursos em atendimento finalidades diversas daquelas

relacionadas à fiscalização, principalmente em relação aos ESREG’s.

Essa é uma cultura que ainda persiste e está associada ao tempo em

que os atuais ESREG’s eram designados de POCOF’s. Em adição,

até pouco tempo os recursos da fiscalização eram vistos como a

“salvação” da administração da GEREX, dada a situação de escassez

de recursos da própria administração.

Procedimentos : CGFIS: 01 - Orienta as DICOF’s para que monitorem a destinação final dos recursos descentralizados, evitando utilização diversa da fiscalização; DICOF: 02 - Solicita aos ESREG’s, UC’s e ESAQUI’s que se reportem a ela em relação às tarefas diretas ou até indiretamente relacionadas à fiscalização, reforçando dessa forma a necessidade de tratamento administrativo dos ESREG’s como “mini-gerências locais”, onde são realizados outros trabalhos além da fiscalização.

1.12 ROTINA DE “REQUERIMENTO PARA UTILIZAÇÃO DO DOF ”

Descrição :

Page 44: Manual de Procedimentos Ibama

44

Consiste num requerimento feito pelo Empresário à Divisão Técnica da Superintendência do IBAMA/GO - DITEC/SUPES/GO, solicitando uma vistoria de pátio, objetivando a utilização do DOF. O Chefe da DITEC encaminha à DICOF e esta, por sua vez, delega ao Coordenador de Fiscalização a realização de levantamento de pátio e checagem de documentação. Procedimentos : EMPRESA: 01 - Encaminha requerimento à Divisão Técnica - DITEC, solicitando vistoria inicial, com vistas à utilização do DOF; CHEFE DO NÚCLEO DO DOF: 02 - Recebe o Requerimento e encaminha ao Chefe da DICOF, solicitando procedimento de fiscalização do estoque existente no pátio, com base na quantidade declarada junto ao sistema DOF; CHEFE DA DITEC: 03 - Dá “De Acordo” e encaminha à DICOF; CHEFE DA DICOF: 04 - Recebe a solicitação e encaminha ao Coordenador de Fiscalização para providências, no sentido de realizar levantamento de pátio e checagem de documentação da Empresa anexa; COORDENADOR DE FISCALIZAÇÃO: 05 - Procede fiscalização verificando os seguintes itens: a) Volume declarado no requerimento; b) Notas Fiscais de entrada e saída com a respectiva GF3; c) Se está emitindo o DOF conforme a IN 112/06. Obs.: Caso a Empresa não tenha enviado a Declaração Inicial de Estoque do Pátio e esteja movimentando com o DOF, o Agente de Fiscalização emite Notificação estabelecendo a obrigatoriedade de Declaração de Estoque/Movimentação no Sistema DOF. É dado um prazo de 10 (dez) dias úteis. Caso o prazo não seja cumprido, o Agente de Fiscalização volta à Empresa para nova fiscalização.

2- FLUXOGRAMA BÁSICO DA FISCALIZAÇÃO

Page 45: Manual de Procedimentos Ibama

45

PROCEDIMENTO RELATIVO AO AUTO DE INFRAÇÃO

UNIDADES ENVOLVIDAS SUPES FISCAIS/

GEREX ALMOXARIFADO CGFIS UNIDADES DES- PASSOS DICOF CENTRALIZADAS

01. Solicita à CGFIS os blocos de Auto de Infração, Termo de

Apreensão/Embargo/Interdição/Doação/Soltura.

02. Recebe a solcitação da SUPES/GEREX e encainha ao Almoxarifado, para atendimento.

03. Recebe a solicitação, providencia a quantidade de Blocosrequisitados e informa a numeração sequencial dos formuláriosà CGFIS p/ lançamento no SICAFI (distribuição de formulários).

04. Encaminha os blocos de formulários de infração àSUPES/GEREX/DICOF.

05. Recebe os blocos de formulários de infração e distribui aos fiscais da DICOF e unidades descentralizadas.

06. Recebem os blocos de formulários de infração.

07. No ato da ação fiscalizatória, identifica a infração, arbitra o valor da multa e lavra o Auto de Infração, em 4 vias. 1ª. via (branca): Processo da Infração 2ª. via (azul): Administração Central (CGFIS) 3ª. Via (amarela): Autuado 4ª. Via (rosa): unidade emitente

08. Encaminha a 1ª via (branca) do AI ao Protocolo para formalizaro processo da infração.

09. Após a formalização do processo, a DICOFcadastra o AI e demais formulários no SICAFI.

10. Arquiva a 4ª via (rosa) do AI, na DICOF, para controle e enca-minha a 2ª via (azul) à CGFIS.Obs: após o cadastro no SICAFI o AI migra automaticamentepara o módulo arrecadação na situação: PARA HOMOLOGAÇÃO/PRAZO DE DEFESA

TRAMITAÇÃO DO AUTO DE INFRAÇÃO PARA COBRANÇA ADMINI STRATIVA UNIDADES ENVOLVIDAS ÁREA SUPERINTEN-

JURÍDICA DENTE/ PASSOS GERENTE11. Aguarda o prazo de 20 dias para pgto. ou defesa e encaminhao Processo à área jurídica (o AI é homologado antes da cobrança)Existinto defesa : anexa o pedido de defesa ao processo.Não existinto defesa nem pagamento : encaminha o processo à área jurídica com vistas à homologação.

12. Existinto defesa : emite parecer sobre o AI/defesa e encami-nha ao Sup.e/ou Gerente para homologação.Não existinto defesa : emite parecer sobre o AI e encaminha aoSup. e/ou Gerente para homologação (30 dias p/julgar o AI)

13. Defesa deferida : homologa parecer jurídico e encaminha processo à Arrecadação p/registro no Módulo de Arrecadação ecomunicação ao interessado.Defesa indeferida : homologa parecer jurídico e encaminha à Arrecadação para cobrança.Não existindo defesa : homologa o AI e encaminha à arrecada-ção para cobrança ou cancelamento do AI, se for o caso.

14. Altera a situação no Módulo Arrecadação: Defesa indeferida : notifica o interessado via AR.Defesa deferida : comunica o interessado via AR e providencia oarquivamento do processo.Não existindo defesa : notifica o autuado e aguarda pgto.Após 75 dias da emissão da not. adm.e não havendo a quitação do débito, encaminha processo à área jurídica p/inscrição em D.A

15. Procede a inscrição em D.A (após o vencimento em D.A, pro-ceder a cobrança judicial).

ARRECADAÇÃO

3 - OBSERVAÇÕES GERAIS

Page 46: Manual de Procedimentos Ibama

46

3.1 - ENVIO DO AUTO DE INFRAÇÃO E DOS DOCUMENTOS AN EXOS

POR “AR”

Essa questão vem sendo objeto de alguns casos de encaminhamento do Setor Jurídico ao agente autuante para que explicite o porquê do envio por “AR”. A Instrução Normativa 008/2003 descreve sobre o tema.

A leitura do § 2º da referida norma legal descreve que o envio por “AR” é

válido nas situações onde o autuado encontra-se ausente ou se recusa a

receber os documentos resultantes do ato fiscalizatório. Ocorrendo um dos

casos citados, no campo destinado à assinatura do autuado, o agente

autuante descreve a situação encontrada, ou seja: “VIA AR: recusou

recebimento” ou “VIA AR: ausente”.

O envio por “AR” como estratégia em cenários distintos dos descritos não

encontra respaldo legal, motivo pelo qual não deve ser feito. Para que seja

utilizada a alternativa “VIA AR: ausente” ou, ainda “VIA AR: recusou

recebimento”, pressupõe-se prévio esforço infrutífero de entrega.

No caso de o autuado receber, mas se recusar em assinar os documentos

(AI, TAD/TEI) pertinentes ao ato fiscalizatório, tal fato deve

necessariamente constar no verso do AI, certificada situação por duas

testemunhas.

3.2 - SUPRIMENTO DE VIAGEM

Os suprimentos de viagem devem ser encaminhados com antecedência de

duas semanas pelas unidades descentralizadas, viabilizando o depósito em

tempo prévio ao início da viagem. Como regra básica e fundamental, os

recursos solicitados devem estar próximos da realidade de gasto

permissível.

3.3 - PREENCHIMENTO DE FORMULÁRIOS: AI & TAD/TEI &D OAÇÃO

& SOLTURA

Não há outra coisa a registrar sobre essa questão a não ser a necessidade

quanto ao preenchimento com letra legível e de forma completa a

preencher todos os campos existentes.

Em algumas situações, principalmente aquelas onde há cenário de

confrontos, ânimos exaltados, ameaças, etc., o agente autuante deve se

afastar da “balbúrdia” para, com calma, fazer o preenchimento dos

Page 47: Manual de Procedimentos Ibama

47

formulários. Nesses casos, a equipe tem participação importante, fluindo a

discussão para outro local, distante o suficiente para que o agente autuante

consiga concluir seu trabalho.

Registra-se, com destaque, a importância em descrever o endereço

completo e correto do autuado. Mais tarde, a falta dessa informação acaba

sendo rebatida sobre o agente autuante para que o mesmo faça a entrega

de correspondência devido a não viabilidade da entrega pelo serviço de

correio.

3.4 - DESCUMPRIMENTO DE EMBARGO IMPOSTO

O descumprimento de embargo, infelizmente, não é situação rara e

geralmente acaba sendo uma questão de difícil tratamento. Não há

enquadramento adequado para e situação, forçando o agente autuante a

criar alternativa de encaminhamento.

A única saída de enquadramento vislumbrada até o presente é o uso do

Art. 33 do Decreto 3179/99, tendo o entendimento de que as ações que

caracterizam o desrespeito acarretam no impedimento da regeneração

natural, fenômeno natural que deveria estar ocorrendo como técnica de

recuperação da área embargada.

Dessa forma, quando possível, lavrar novo auto de infração utilizando a

composição relativa ao Art.33 do Decreto 3179, estando anexo a este um

laudo que comprove que houve modificação entre o momento da lavratura

do auto de infração original e do presente. Na comunicação crime a ser

feita encaminhar, também, comunicação de crime de desobediência ao

MPF sendo, essa última ação de responsabilidade da chefia imediata do

agente autuante. É importante emitir cópias de toda a documentação para

fazer parte do anexo do novo auto de infração lavrado.

Nas ações prévias à execução das atividades de campo, verificar situação

de gravidade dos fatos, comunicando a chefia imediata para acionamento

de apoio da polícia.

3.5 - FISCALIZAÇÃO EM ÁREAS DE APP e OUTRAS

Em algumas situações, o agente de fiscalização se depara com uma área

onde houve corte de vegetação em dois setores distintos:

Page 48: Manual de Procedimentos Ibama

48

I. Área de Preservação Permanente;

II. Outras áreas.

O enquadramento, assim como a dosimetria para os dois setores são

diferentes. Por isso, são necessários dois autos de infração. Para cada

auto de infração deve ser lavrado o respectivo termo de embargo referente

à superfície de terreno (APP e outras áreas). A soma da área de APP com

as outras áreas deve resultar na área total afetada (100% da área

desmatada).