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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Comissão Nacional de Política Indigenista Síntese da 19ª Reunião Ordinária da CNPI Comissão Nacional de Política Indigenista CNPI Período de 05 a 06/12/2012 A presente reunião iniciou no dia 05 de dezembro de 2012, com a presidente Marta Maria Azevedo cumprimentando a todos e desejando uma ótima reunião. Estavam presentes, pela bancada governamental: Marta Maria Azevedo -Presidente da CNPI; Marcelo Veiga e Natalia Dino Ministério da Justiça; Cel. Rodrigo Martins Prates Ministério da Defesa; Myron Moraes Pires Gabinete de Segurança Institucional da PR; Milena S. M. de Medeiros Casa Civil da PR; Bianca Coelho Moura Ministério da Saúde; Macaé M. Evaristo Ministério da Educação; Maria do Rosário Cardoso Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão; Luiz Fernando M. Souza Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ana Maria Villalba Ministério da Cultura. Ministério Publico Federal Deborah Duprat. Pela bancada indígena: Francisca Navantino Pareci; Ak’Jabour Kayapó; Kohalue Karajá; Lourenço Borges Milhomem - Krikati; Luiz Vieira Titiah Pataxó Hã Hã Hãe; José Ciriaco Sobrinho Potiguara; Marcos Luidson de Araújo Xukuru; Sandro E. Cruz dos Santos Tuxá; Brasilio Priprá Xokleng; Deoclides de Paula Kaingang; Anastácio Peralta Guarani-Kaiowá; Pierlangela Cunha Nascimento - Wapichana; Rosa da Silva Souza Pitaguari; Simone Vidal Karipuna; Dodô Reginaldo Lourenço Terena; Heliton Gavião - Gavião; Biraci Brasil; Elcio Severino Manchineri; Lindomar Santos Rodrigues Xokó. Pela bancada de ONGs indigenistas: Daniel Pierri/CTI Assessor da Bancada Indígena: Paulino Montejo. Convidado Permanente: Jocsley Pego Ramos representante dos povos de Minas Gerais e Espírito Santo. Demais participantes: André Carlos Schiessl Ministério do Meio Ambiente; Frederico C. Britto Gabinete de Segurança Institucional da PR; Rita Potiguara, Aline Cavalcante e José Roberto Sobral Ministério da Educação; Edio Lopes e Padre Ton Câmara dos Deputados; Francisco Apurinã COIAB; Valcelio Figueiredo; Adelar Cupsinski-CIMI. FUNAI/Assessoria: Maria Augusta B. Assirati Diretoria de Promoção Desenvolvimento Sustentável; Clarissa Tavares; Luiz Fagundes; Sorahia Segall; Gustavo Cruz; José Maria de Almeida e Silva; Lucia Alberta Oliveira; Frederico Magalhães; Jaime Siqueira; Paulo Celso de Oliveira; Nadia Hensi; Julia Arcanjo; Ana Cacilda Reis; Fabiana Melo; Ticiana Imbroisi; Patrícia Sommer; Carolina Comandulli;Gerarda Sales. Secretaria-Executiva: Teresinha Gasparin Maglia; Gracioneide Maria Rodrigues; Sonyele Souza; Leia Bezerra do Vale e Ingrid Queiroz relatoras. A 19ª Reunião Ordinária da CNPI teve sua pauta alterada a pedido da bancada indígena. As reuniões das Subcomissões foram realizadas no dia 05 (manhã e tarde até às 16:00). Ainda, na parte da tarde do dia 05/12 iniciou-se às 16h:30 a plenária geral da CNPI com a abertura proferida pela presidenta Sra. Marta Azevedo – deu as boas vindas a todos e esclareceu sobre a mudança da programação, e ainda, sobre a presença dos Deputados Padre Ton e Edio Lopes para apresentar o Projeto de Lei 1610 da Mineração. Em seguida passou a palavra ao Deputado Padre Ton que colocou sobre as várias ações que participou em defesa dos direitos dos povos indígenas, reuniões com a APIB, CIMI e FUNAI. Defendeu várias bandeiras: a bandeira da Frente Parlamentar pelo Projeto de Lei 1557 - Estatuto dos Povos Indígenas, participou de várias audiências no Ministério da Justiça acompanhando a situação dos Guarani Kaiowá, audiências no Supremo, Conselho Nacional de Justiça, Ministério da Justiça. Atuou no caso dos Pataxó Há-Hã-Hãe em relação a terra. No dia 04/12, pela manhã, participou de manifestação com os Guarani e entregaram abaixo assinado ao presidente

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Comissão Nacional de Política ......da Câmara dos Deputados. Informou que 20 deputados de diferentes partidos fazem parte da Comissão Especial da Mineração,

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Comissão Nacional de Política Indigenista

Síntese da 19ª Reunião Ordinária da CNPI Comissão Nacional de Política Indigenista CNPI

Período de 05 a 06/12/2012

A presente reunião iniciou no dia 05 de dezembro de 2012, com a presidente Marta Maria Azevedo cumprimentando a todos e desejando uma ótima reunião.

Estavam presentes, pela bancada governamental: Marta Maria Azevedo -Presidente da CNPI;

Marcelo Veiga e Natalia Dino – Ministério da Justiça; Cel. Rodrigo Martins Prates – Ministério da

Defesa; Myron Moraes Pires –Gabinete de Segurança Institucional da PR; Milena S. M. de

Medeiros – Casa Civil da PR; Bianca Coelho Moura – Ministério da Saúde; Macaé M. Evaristo –

Ministério da Educação; Maria do Rosário Cardoso – Ministério do Planejamento Orçamento e

Gestão; Luiz Fernando M. Souza –Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ana Maria Villalba –

Ministério da Cultura.

Ministério Publico Federal – Deborah Duprat.

Pela bancada indígena: Francisca Navantino – Pareci; Ak’Jabour Kayapó; Kohalue

Karajá; Lourenço Borges Milhomem - Krikati; Luiz Vieira Titiah – Pataxó Hã Hã Hãe; José

Ciriaco Sobrinho – Potiguara; Marcos Luidson de Araújo – Xukuru; Sandro E. Cruz dos Santos

– Tuxá; Brasilio Priprá – Xokleng; Deoclides de Paula – Kaingang; Anastácio Peralta –

Guarani-Kaiowá; Pierlangela Cunha Nascimento - Wapichana; Rosa da Silva Souza – Pitaguari;

Simone Vidal – Karipuna; Dodô Reginaldo Lourenço –Terena; Heliton Gavião - Gavião; Biraci

Brasil; Elcio Severino – Manchineri; Lindomar Santos Rodrigues – Xokó.

Pela bancada de ONGs indigenistas: Daniel Pierri/CTI

Assessor da Bancada Indígena: Paulino Montejo.

Convidado Permanente: Jocsley Pego Ramos – representante dos povos de Minas

Gerais e Espírito Santo.

Demais participantes: André Carlos Schiessl – Ministério do Meio Ambiente; Frederico C.

Britto – Gabinete de Segurança Institucional da PR; Rita Potiguara, Aline Cavalcante e José

Roberto Sobral – Ministério da Educação; Edio Lopes e Padre Ton – Câmara dos Deputados;

Francisco Apurinã – COIAB; Valcelio Figueiredo; Adelar Cupsinski-CIMI.

FUNAI/Assessoria: Maria Augusta B. Assirati – Diretoria de Promoção Desenvolvimento

Sustentável; Clarissa Tavares; Luiz Fagundes; Sorahia Segall; Gustavo Cruz; José Maria de

Almeida e Silva; Lucia Alberta Oliveira; Frederico Magalhães; Jaime Siqueira; Paulo Celso de

Oliveira; Nadia Hensi; Julia Arcanjo; Ana Cacilda Reis; Fabiana Melo; Ticiana Imbroisi; Patrícia

Sommer; Carolina Comandulli;Gerarda Sales.

Secretaria-Executiva: Teresinha Gasparin Maglia; Gracioneide Maria Rodrigues; Sonyele Souza;

Leia Bezerra do Vale e Ingrid Queiroz – relatoras. A 19ª Reunião Ordinária da CNPI teve sua pauta alterada a pedido da bancada indígena. As

reuniões das Subcomissões foram realizadas no dia 05 (manhã e tarde até às 16:00). Ainda, na parte da tarde do dia 05/12 iniciou-se às 16h:30 a plenária geral da CNPI com a abertura proferida pela presidenta Sra. Marta Azevedo – deu as boas vindas a todos e esclareceu sobre a mudança da programação, e ainda, sobre a presença dos Deputados Padre Ton e Edio Lopes para apresentar o Projeto de Lei 1610 da Mineração. Em seguida passou a palavra ao Deputado Padre Ton que colocou sobre as várias ações que participou em defesa dos direitos dos povos indígenas, reuniões com a APIB, CIMI e FUNAI. Defendeu várias bandeiras: a bandeira da Frente Parlamentar pelo Projeto de Lei 1557 - Estatuto dos Povos Indígenas, participou de várias audiências no Ministério da Justiça acompanhando a situação dos Guarani Kaiowá, audiências no Supremo, Conselho Nacional de Justiça, Ministério da Justiça. Atuou no caso dos Pataxó Há-Hã-Hãe em relação a terra. No dia 04/12, pela manhã, participou de manifestação com os Guarani e entregaram abaixo assinado ao presidente

da Câmara dos Deputados. Informou que 20 deputados de diferentes partidos fazem parte da Comissão Especial da Mineração, o Dep. Edir Lopes de Roraima é relator do Projeto de Lei 1610. Na Comissão Especial já aprovaram inúmeros requerimentos, já fizeram inúmeras audiências públicas, seminários fora, um em São Gabriel da Cachoeira e outro no Espigão do Oeste. Audiências com setores do governo e a presença maior foi dos órgãos FUNAI e Ministério da Justiça. Tiveram três missões fora do país para conhecer outras experiências, no Equador presenciaram um conflito forte entre índios e governo, foram recebidos pelo Ministério Idro Carboreto, Ministério dos Índios. Lá os índios são vistos como o maior grupo contra o governo. Na América do Norte foram ao Canadá, ficaram uma semana, visitaram comunidades aborígines. Por último na Austrália e tiveram a oportunidade visitar a própria comunidade e as mineradoras. Após o período eleitoral, mês de outubro, participaram de quatro reuniões com a FUNAI e Ministério da Justiça para tratar sobre o PL 1610. Ficaram responsáveis de fazer as consultas aos povos indígenas, 10 consultas no Brasil. A presidenta da FUNAI apresentou na semana anterior uma proposta de consulta aos deputados, que tiveram uma semana para apreciar. Foi feito um acordo de fazer essas consultas até meados de 2013. Ressaltou que a consulta será importante, vai permitir que os indígenas participem e se posicionem sobre o Projeto de Lei 1610 de Mineração. Serão colhidas propostas/subsídios para o aprimoramento do PL para que seja o melhor possível e atenda os povos indígenas.

Edio Lopes – cumprimentou a todos e falou da sua satisfação de estar participando da plenária e por estar naquele espaço apresentando a proposta do Projeto de Lei 1610 de Mineração - é a matéria mais complexa que traz para si. Afirmou que por ser tão complexa é que terão que enfrentar, encontrar a todo custo o ponto de equilíbrio, em que o estado possa “estourar aquela jazida de minério” e assegurar os direitos dos povos indígenas. É este PL 1610 que vai estabelecer os limites, as diretrizes, as regras. Será feita a consulta aos povos indígenas para cumprir o que diz a Convenção 169, a consulta dará oportunidade da Comissão colher informações. A consulta que fala o Artigo 231 da Constituição, é a consulta pontual - aquela comunidade que está na terra B para explorar o minério naquela comunidade precisa consultá-la, essa é a consulta pontual. No Equador a parte de recurso que é da comunidade é depositada no banco estatal e administrada pelo governo, os recursos não são investidos nos projetos que as comunidades querem. Aqui, estão buscando um regramento muito rigoroso na aplicação desses recursos. Estão idealizando um formato, que o recurso seja depositado mês a mês com base no faturamento que é recebido pelas empresas. Então, estabelecem que a participação seja sobre o resultado bruto. O que precisam discutir é como se dará a participação das comunidades indígenas, aquele valor de 20% deverá ser aplicado imediatamente na conta, 40% aplicado em projetos de longo e médio prazo, 20% aplicado num fundo com garantia do estado brasileiro, de que só poderá ser gasto depois que a mina fechar. Ressaltou que falando de duas coisas: primeiro, da existência dessa mina e depois, do fechamento dessa mina; o projeto prevê ainda a criação de um fundo que será administrado pela FUNAI, que seja aplicado nas demandas a nível nacional. Essa é a proposta colocada para análise da CNPI, vão esperar retorno. Quem poderá usufruir são as empresas brasileiras, quem vai poder fazer essas atividades garimpeiras são os índios, não aceitarão não indígenas, mão de obra final não indígena. A consulta que trata o Artigo 231 é a consulta individual, cada projeto terá que ter a sua consulta, mesmo que sejam projetos da mesma terra. A consulta deverá ser aplicada pela FUNAI, terá a participação dos antropólogos da FUNAI que irão à terra indígena para fazer a análise antropológica do projeto. Em outros países as negociações entre índios e mineradoras, demoraram longos anos, nenhuma mineradora realizou esse processo de negociação em curto prazo. Nessa consulta permitirão que as empresas sentem-se à mesa e apresentem às comunidades indígenas as suas propostas, apresentem maior ganho social e econômico às comunidades. Estão estabelecendo ao Congresso como é o caminho para acessar esses minérios que estão em Terras Indígenas. Afirmou que o Congresso de maneira nenhuma se sobrepõe ao que é posto como orientação. Afastando qualquer situação da mineração acontecer na terra indígena que não tenha capacidade de desenvolver essa atividade, como é o caso da TI Yanomami e outros povos de recente contato. A mineração não pode afetar o sítio, a moradia dos povos indígenas, quem vai dizer são as comunidades, essa consulta irá apontar essas questões. Não foi levado para o texto nenhum marco regulatório que seja mineral ou ambiental. Pois existem leis que asseguram essas questões. A presidenta Marta Azevedo, agradeceu aos palestrantes e abriu para a plenária:

Ak´Jabor – líder da nação Kaiapó – representante na CNPI, deu boa tarde a todos, ressaltou que há muito tempo escutam sobre o tema – mineração em terras indígenas e sempre estão brigando contra. Têm parentes querendo, eles têm que usar suas regiões. Não entendeu a proposta do Projeto de Lei, precisa entender melhor para discutir. Ressaltou que só nas terras indígenas existe minério. Relembrou que na primeira proposta queriam dar 5% do recurso ao índio e 50% para o não indígena, na época falou não, e ainda, pediu para o deputado Valverde explicar mais sobre isso e ir nas comunidades explicar para todos. Colocou que primeiro quer procurar o Governo Federal, Ministério da Justiça, poder legislativo para tratar sobre as portarias que estão afetando a vida dos povos indígenas, os índios devem ser ouvidos, os das aldeias e os da CNPI . Anastácio Peralta – agradeceu ao Padre Ton por ter visitado o Mato Grosso do Sul e colocou que o povo que mantém sua cultura, sua língua se preocupa muito com essas questões de mineração, está como na época do colonizador, vários projetos são trazidos para as terras indígenas, como gado, cana e agora mineração. Sobre a cana os empresários falavam que ia ter muito serviço, muito trabalho, mas desde a época do colonizador que já era usada a mão de obra indígena, não quer isso, quer saber como os povos indígenas podem se tornar empresários. Existe uma discussão acumulada sobre o tema dentro do Estatuto dos povos indígenas. Se o país é a sexta economia do mundo será que tem que cavar o minério para ser o primeiro do mundo. Deve ser considerado o que está no Estatuto que foi dialogado com os povos indígenas. Presidenta Marta Azevedo colocou que o debate continuará mesmo depois que os deputados se forem. Foi dada a oportunidade para mais um indígena falar. Biraci Brasil - No estado de Rondônia tem 54 povos indígenas, não foi ouvido todo mundo. Não pode defender uma coisa que é da grande maioria. Não concorda com o projeto, os povos precisam ser consultados, não podem negociar uma coisa que é dos índios. A palavra foi passada para os deputados – Edio Lopes, “nós teremos todo tempo para discutir com os senhores no primeiro semestre de 2013, essa comissão ficará um dia em cada uma dessas audiências para discutir essa questão, estamos aqui presentes para uma primeira conversa, para vocês discutirem internamente nesse primeiro momento. De maneira nenhuma queremos atropelar o processo, mas o que queremos é discutir essa proposta, pois lá no meu estado tem comunidades indígenas que os indígenas estão morrendo de beribéri e isso é fome. Outra coisa, o subsolo não é de propriedade de indígena ou de não indígena é do Estado brasileiro. O que queremos é discutir exaustivamente essa questão e como relator, como Deputado quero encontrar com o meu povo o ponto de equilíbrio, o que queremos é que os indígenas participem nessas atividades. Isso tem que acontecer de forma que venha trazer benefícios às comunidades indígenas. Haverá porcentagem que será reempregada nos projetos, e isso permitirá que o indígena não tenha só sua mão de obra explorada, mas sim, uma condição de empresário e etc”. Deputado Padre Ton – Colocou que vai haver outras reuniões onde pode ser solicitado um tempo maior, onde podem fazer uma discussão com mais tempo, essa questão indígena tem interesse de empresários e de governo e o parlamento é um balcão de negócios. Na sua condição de relator recebe vários projetos que deveriam ser arquivados, mas eles voltam novamente. Em relação ao projeto do Estatuto, têm trocentos parlamentares para tirar da pauta. Já fez vários requerimentos. Pelo lado do legislativo há interesses. No executivo, a Portaria nº 303, é de interesse, pois tem haver com obras, estradas, etc. Aprovaram no dia 04/12 a realização de 10 consultas e o povo Kayapó será contemplado. Em relação ao Belo Monte, o governo não fez a consulta, o Brasil é signatário da Convenção 169. Os deputados de Roraima foram contra a realização do seminário em Roraima, os deputados não têm interesse em ir e discutir com os indígenas. Como encaminhamento, sugeriu que na próxima reunião da CNPI seja reservado um momento para discutirem mais sobre esse tema. Colocou que precisam do apoio dos indígenas. Existe uma grande pressão da parte dos meios de comunicação dentro do parlamento. Agradeceu e ressaltou que gostaria de retornar mais vezes. Sandro Tuxá – solicitou a presidenta, 20 minutos para a bancada indígena se reunir. A presidenta Marta Azevedo – Propôs votação.

Natália - MJ – propôs a bancada indígena fazer uma análise do que foi feito pela CNPI em relação ao tema mineração e no que consta no substitutivo do Luciano Pizztto, há um documento que tem ponto a ponto dessa análise, do que já foi consensual dentro das comunidades indígenas e o que foi proposto no Projeto de Lei, está à disposição com a Terezinha. Presidenta Marta Azevedo – Informou que teve oportunidade de ter duas reuniões com os deputados. A FUNAI se posicionou pelo Estatuto dos Povos Indígenas e perdeu, acabamos discutindo esse PL separado. Eles não queriam adiar a votação, queriam votar esse ano. Comprometeu-se a participar de uma audiência pública para o debate do tema e quando eu chegou lá a primeira coisa que eu fez foi pedir reciprocidade, pediu que os deputados fossem até à CNPI para levar as suas posições. Deborah Duprat – ressaltou que se tivessem a oportunidade de votar o projeto, teriam feito. Presidenta Marta Azevedo – suspendeu a reunião por vinte minutos para a bancada indígena se reunir. Ao retornarem a palavra foi passada para Francisca Navantino. Francisca Navantino Paresi – se posicionou contra o PL e ressaltou que a discussão deve ser no âmbito do projeto do Estatuto dos Povos Indígenas, não irá participar das Oficinas Regionais. Sandro Tuxá – Ressaltou que estão vindo de uma longa jornada de trabalho na CNPI, compromisso do próprio ex-presidente da república, da FUNAI. Lembrou da fala do Carlão que trouxe o quanto era importante discutir essa questão da mineração. A CNPI não pode deixar de lado suas responsabilidades, deve assumir e discutir essa questão. Estão procurando encarar e defender a questão do Estatuto dos Povos Indígenas. Fizeram várias manifestações por conta da OIT. A CNPI deve discutir a mineração. Estão tentado superar os seus conflitos, sabem que vão enfrentar os leões, podem ser engolidos, existem várias bancadas organizadas, a exemplo da ruralista e etc...Se manifestaram recentemente diante das argumentações do Congresso que os índios não querem tratar das questões que estão sendo postas em pauta. Afirmou que estão abertos para tratar dessas questões. Propôs fazer um primeiro exercício, lembrar que ouviram as comunidades indígenas em vários seminários, para propor o que está no estatuto, artigo por artigo. Quando chegou ao item da mineração, foi feito um esforço de discutir exaustivamente. Houve uma reunião no Acampamento Terra Livre para tratar sobre o Estatuto e o governo Lula promoveu uma discussão e parece que tudo isso está sendo desconsiderado. Para os indígenas é desmerecer um trabalho feito pelo próprio governo. Se o Órgão indigenista está pautando essa questão, a bancada indígena é contra essa proposta. Marcos Xukuru – concordou com as falas que o antecedera, considerando o que está no Estatuto dos povos indígenas. Afirmou que as Atas são acessadas por várias lideranças, quis deixar claro que o que foi apresentado não é uma consulta a CNPI, foi à apresentação de uma proposta. Estão discutindo ainda a regulamentação da 169 com a Casa Civil, Secretaria Geral da Presidência da República e já está se pesando em fazer essas consultas. O primeiro processo ainda não foi finalizado. Deixou claro que não estão a favor do Projeto Lei. Afirmou que foi gasto um grande volume de recurso na discussão do Estatuto e não está sendo considerado. Acredita que a APOINME não fará o acompanhamento desses Seminários. Brasílio Priprá – não concorda com o PL 1610, considera o que está posto no Estatuto dos Povos Indígenas. Os deputados deveriam se debruçar sobre o Estatuto dos Povos Indígenas. Lourenço Krikati – deu boa tarde a todos, colocou que algumas empresas já foram na sua região para fazer pesquisas relacionadas a mineração. Afirmou que algumas regiões já foram procuradas pelas grandes empresas. O que foi discutido com os povos indigenas nos diversos seminários, em relação ao Estatuto dos Povos Indígenas, não está sendo considerado. Não concordou com a realização dos seminários e nem com a proposta do PL.

Pierlângela Wapichana – colocou que é do estado de Roraima, de onde o relator do PL é, seu posicionamento é contra a proposta do Projeto de Lei. Relembrou que a primeira pauta da CNPI foi discutir o Estatuto dos Povos Indígenas. No momento não é consenso discutir o Projeto de Lei. Não participará dos seminários se for articulado. A bancada indígena não aceita trazer novamente esse Projeto Lei para discussão. Fez a leitura da Ata da Assembléia Yanomami. Biraci Brasil – ressaltou que o sentimento é coletivo, é uma das lideranças da primeira leva do movimento, em 82 se filiou ao PT, levaram o Lula para o Acre, onde foi idealizada a reserva extrativista, ainda em 86 se candidatou a deputado federal. Quando Lula foi eleito a presidente do Brasil chorou com a sua família de mãos dadas, porque um companheiro era o Presidente do país. Acreditou que haveria grandes mudanças, porém, até hoje não tem nenhum sistema de saúde adequado para fazer o atendimento às comunidades indígenas. A reestruturação da FUNAI foi publicada, mas as CTLs não estão estruturadas para fazer o atendimento adequado. Sente-se envergonhado como patriota. Ressaltou que o Brasil podia ser um exemplo, espera que a comissão possa levar a mensagem de amor, porém, sem sangue, sem violência, o que está acontecendo é uma violência a integridade dos povos indígenas, somos contra. Simone Karipuna – representante da região Norte do Pará. Deu boa tarde a todos os presentes. Falou da sua tristeza naquele momento. Perderam uma grande liderança que lutava para defender o povo desses projetos impactantes. Essa é uma discussão posta por não índio, por não entenderem os seus sentimentos pelos territórios que habitam. Algumas lideranças dizem que têm medo de pensar que alguém se aproxime de seus territórios com intenções alheias a eles. Essa discussão é delicada e vai contra os interesses da maioria dos povos indígenas, afirmou. Milena - Casa Civil – ressaltou, “é preciso lembrar que a proposta do Estatuto foi extremamente debatida, alguns aqui talvez saibam melhor, porque eu não estava presente na discussão, o texto elaborado foi diretamente entregue no Congresso, o texto que está lá não foi consensuado pelo governo, há um processo constitucional que não foi seguido. Os ministérios têm que dar o parecer favorável. Não há um absoluto consenso nessa questão de mineração, hidrelétrica etc. Isso vai ter que ter uma discussão em todos os ministérios. Tem um rito processual a ser seguido. Outra coisa que gostaria de lembrar, chamar um pouco a atenção é que se pode estar perdendo a oportunidade, no sentido de aproveitar esses seminários como exercício, inclusive, para o que está disposto na Convenção 169, como se dá o processo de consulta. Respeito totalmente a posição da bancada indígena. Muito obrigada”. Luiz Titiah - representante da região Nordeste e Leste. Ficou preocupado com as falas dos deputados. Também não participará de nenhum seminário e de nenhuma discussão relacionada a essa PL. Ficou preocupado também com o que foi dito sobre as quatro reuniões que tiveram com a FUNAI e com o MJ, pediu que houvesse discussão com a bancada indígena. Fez um apelo a bancada do governo, que apoiasse a aceleração da aprovação do Estatuto dos Povos Indígenas e a criação do Conselho. Se posicionou contra as consultas. Kohalue Karajá – Ressaltou que ficou ouvindo atentamente a fala do Deputado Edir Lopes, disse que a mineração em terras indígenas poderia proporcionar vidas, outros, enfim... Deveria haver um fortalecimento das ações, por exemplo, da saúde que continua precário o atendimento, da própria instituição indigenista, a FUNAI está sucateada, deve melhorar para atender nossos parentes na base. A FUNAI da região de Palmas, os povos indígenas estão lhe cobrando, no sentido de quê, “o que está acontecendo lá?”. Tem problemas com drogas ilícitas. Em relação aos Seminários, já foram feitos, participou na época, em Imperatriz no Maranhão, será perca de tempo, vai ter gasto em relação ao deslocamento e alimentação. Concorda com seus parentes da Comissão de não participar. Deborah Duprat – “me preocupou muito a afirmação de que o projeto não seguiu a tramitação devida dentro do Governo. O Estatuto dos Povos Indígenas foi adotado em sua integralidade pela bancada do Governo, houve o consenso preciso. Na hora de entregar, ninguém do Governo disse que o projeto não seguiu a tramitação correta ou que deveria se organizar essa tramitação. Qual a razão de ser da CNPI e do próximo Conselho, se nem aqui o que se fala é levado em consideração?”.

Milena - Casa Civil – “Eu quis dizer o seguinte, obviamente há o poder de decisão, porém há um rito processual a ser seguido, em pareceres. Eu apenas quis dizer que esse texto deveria ter passado como uma proposta do Poder Executivo, isso vai perder mais um pouco de tempo, não significa que vai impedir. Aproveitar a oportunidade, pois estamos tentando desenhar algo que atenda a necessidade de todos, seria um exercício sobre o processo de consulta. Apenas casar as possibilidades e não no sentido de aproveitar”. Marcos Xucuru – Afirmou que já vinha comentando isso nas discussões. Fica se questionando o que estão fazendo nas reuniões da CNPI? Passaram cinco anos discutindo temas importantes que dizem respeito à vida, aos nossos direitos, em momento algum foi informado sobre o rito processual e houve sim uma negociação com a bancada do governo e houve sim um consenso. Aí chega um momento como esse, dizer que isso não pertence a um rito do governo. O Ministro da Justiça, à época, se comprometeu a levar a proposta à Presidência da República. Houve momentos como esse de discussão dentro dessa Comissão. O Ministério da Justiça estava presente nesse processo de discussão e acho muito estranho que haja a diferença nesse comando. Solicitamos audiência para sabermos qual era a decisão política para os indígenas, todos os movimentos foram ouvidos, menos nós, a bancada indígena. Fica muito claro o desinteresse desse governo com as questões indígenas. É importante que nós tenhamos, como tivemos com o Presidente Lula, momentos de discussões. Até hoje não tivemos nenhum posicionamento da Presidente Dilma em relação a CNPI. Lindomar Xoko – representante do Nordeste e Leste. Se sentiu contemplado na fala de todos os parentes. Lembrou que em outras reuniões o Gilberto Carvalho se comprometeu a trazer a Dilma até essa Comissão. Gostaria de ceder um pouquinho da nossa palavra ao Paulino Montejo da APIB. Paulino Montejo – assessor da APIB. Colocou que é indígena e teve a sorte de participar de todo o processo que criou a CNPI. Falou que estava na hora de ouvirem a Casa Civil. Foi da Casa Civil que veio o compromisso de criar a CNPI. Peregrinaram de ministério em ministério para que houvesse a aprovação da criação do Conselho. Articularam com o núcleo do então companheiro José Dirceu, batizado na questão indígena no fórum realizado em Manaus, porque ele não sabia nada da questão indígena. Pediu licença para dizer algumas coisas sobre o que estava acontecendo. “O momento é de muita gravidade. O pior é ouvir da Casa Civil que o Estatuto não seguiu o rito processual para ter legitimidade. Se for essa posição do governo Dilma, então desconstitua a CNPI, é de tão gravidade isso. Significa que o Sr. Ministro Tarso Genro não era representante do Governo, que o Sr. José Cardoso não era representante do governo. Existe a necessidade de se respeitar os direitos dos povos indígenas, não atropelar, como no caso do projeto de mineração. É muito grave o que está sendo colocado. Cabe ao governo cobrar o que foi pactuado. A CNPI está abolida no âmbito do Ministério da Justiça, a FUNAI faz parte do Ministério da Justiça. Se for assim como o Estatuto, nem vale o decreto do PNGATI assinado pela Presidente da República. Concluindo, eu agradeço a oportunidade e digo que na história recente da demarcação das terras indígenas a Sra. Presidenta solicitou que fosse pego o parecer do Ministério de Minas e Energia, não pode jogar no lixo os compromissos assumidos pelo governo anterior”. Milena - Casa Civil – “vamos deixar claro que ninguém está tirando a legitimidade do governo. Apenas esclareci que o artigo do decreto não foi cumprido, o que pode levar um tempo maior”. Presidenta Marta Azevedo – “então, para continuar a discussão sem entrar no mérito: Só pra falar a posição da FUNAI sobre mineração. Não me lembro quantas reuniões a assessoria teve, acho que foram duas. A nossa posição foi sempre de discutir o Estatuto perante os deputados e na audiência pública que teve. Só dizer que a gente vem fincando o pé, que a gente acha que esse tema já foi exaustivamente discutido, sendo que a Terezinha destacou o custo que o governo teve com essas discussões. A gente fez um quadro mostrando o que foi discutido pela CNPI para começar. Esse passo atrás que a gente deu foi exatamente porque eles iam votar sem nada, aí iria para judicialização. Era nosso plano B, propor essa série de seminários regionais. Essa consulta entre aspas, porque a gente não acha que uma reunião de cinco dias seja uma consulta, o que a FUNAI está se propondo, em nome do governo, do executivo, Ministério da Justiça, é tentar essa aproximação. Na verdade não é a FUNAI que vai fazer a consulta para o Congresso do PL de Mineração. Como presidente da

CNPI eu digo que isso deles terem vindo é super importante e ouvir a posição de vocês de que isso já foi discutido no âmbito do Estatuto. Outra coisa que queria falar, como Presidente da FUNAI, é que temos tentado pautar sempre a questão do PL do Conselho e do Estatuto”. Francisca Navantino Paresi – complementou as falas e reiterou a fala de Paulino, se a Casa Civil está dizendo isso para nós que tivemos toda a trabalheira, o enfrentamento aos povos e não serviu vamos ter que chamar o Lula para ter uma conversa com a sua sucessora. Isso que está sendo colocado para nós é grave , isto está destituindo tudo que foi tratado com o governo anterior. Anastácio Peralta – vai assumir o projeto como um filho seu, e o pai assumiu o projeto como filho seu? O país deve continuar assumindo seu filho. Perguntou se há a possibilidade de trazer o projeto para discutir e encontrar uma forma de resolver a questão. Para que possa ser feito o trâmite legal. Talvez tenhamos que ir pessoalmente apresentar esse projeto para os deputados, ressaltou. Débora Duprat - O Ministro colocou todos os seus assessores para verificar todos os empecilhos para dar prosseguimento a proposta do Estatuto, isso não procede. Milena – Casa Civil - fala da medida provisória, não poderia servir para encaminhar o Estatuto dos Povos Indígenas, então, teria sim que ser um projeto de Lei. Qual estratégia adotada pelo Ministro Tarso? Optou-se por entregar diretamente ao Congresso Nacional, mas ele não é um Projeto de Lei, deveria ter sido tramitado como um Projeto de Lei do executivo, foi proposta da CNPI e para se transformar em Projeto de Lei um deputado deveria encampar essa proposta e transformar em Projeto de Lei. Paulino Montejo – Ressaltou que o que foi levado a colocar na ordem do dia foi o PL do Pizzato para que depois de votado pudesse se colocar como emenda, o texto da CNPI. Daniel – O projeto do CNPI foi encaminhado dentro da legalidade? Terezinha colocou que o tramite foi seguido. A mensagem que aparece é que cabe ao presidente da república encaminhar. Natalia – MJ – propôs voltar a discutir o PL do Pizzato e propor incluir o texto da CNPI como emenda, pois, é difícil mobilizar a bancada para aceitar a substituição do texto do Pizzato pelo texto da CNPI. Tem que se fazer uma mobilização muito grande para conseguir colocar alguns temas, vai ser difícil colocar o texto na sua íntegra e ser aprovado. O que tem acontecido no Congresso, por exemplo, o Código Florestal, tem que ter a mobilização do movimento social. Sobre o PL 1610 se não houvesse um diálogo prévio ele iria para pauta de votação, então os seminários se acontecerem não serão em vão. A presidenta Marta apresentou a programação do dia seguinte - relato das subcomissões, apresentação do Programa Escolar Indígena, PNGATI, reestruturação da FUNAI. Ata da reunião das subcomissões serão encaminhados para secretaria executiva e o que foi tirado como encaminhamento será apresentado na plenária para o planejamento de 2013. Pela parte da manhã informes sobre os processos das demarcações das terras indígenas. Dia 06 de dezembro de 2012 A reunião foi conduzida pela presidenta substituta, Maria Augusta que pontuou o que ficou definido no dia anterior como encaminhamentos. A palavra foi passada as Subcomissões. Subcomissão de Empreendimentos – Marcos Xucuru - ressaltou que não tinha muito que discutir até porque já havia um planejamento pensado para o ano 2012 que não foi concluído, a realização de seis seminários, essa pauta passou para o ano de 2013, outro encaminhamento firmado foi que a FUNAI apresentasse um balanço dos quatros seminários realizados, mostrar os empreendimentos e as suas complexidades. Subcomissão de Justiça e Cidadania - Natália – os encaminhamentos foram os seguintes: que a CNPI encaminhe uma moção para o governo do Mato Grosso do Sul, propondo a criação de um

grupo gestor com a participação da Casa Civil, Força Nacional e FUNAI. Moção repudiando a Portaria 303; resolução recomendando a reestruturação da Procuradoria com a lotação de mais procuradores; verificar junto ao DEPEM como se realiza o cadastro dos indígenas quando são presos para que seja incluída a “qualidade indígena” e seja imediatamente informada a FUNAI; convidar a Política Federal para esclarecer sobre a Operação Eldorado na área Mundurucu; que seja solicitado que a CNPI faça parte do Conselho de Segurança Pública. Subcomissão de Gênero, Infância e Juventude – Pierlângela Wapichana – que seja encaminhado um documento para a Comissão da Juventude Indígena, eleita recentemente no II Seminário Nacional da Juventude para indicar novos componentes como convidados especiais para a Subcomissão; que seja reforçado o convite aos representes de governo que participam das reuniões da Subcomissão; na próxima reunião será feito o planejamento de trabalho da Subcomissão para 2013 e serão pautadas reuniões com os órgãos competentes que tratam do tema álcool e outras drogas licitas e ilícitas. Subcomissão de Educação – Chiquinha Navantino Paresi - foi tratado sobre o que ficou definido na reunião passada, porém, o MEC não estava presente somente o representante da FUNAI, Luiz Fagundes que falou sobre a reorganização da DPDS, a criação da CGPC e competências. Subcomissão de Políticas Públicas – Deoclides – foram discutidas algumas questões que serão pautas da CNPI, como: a reestruturação da FUNAI, enquanto não houver um orçamento definido, um quadro de pessoal qualificado, vai continuar como está hoje, acabada. Que a FUNAI busque parcerias com outros Ministérios e Estados. Tem estado interessado em receber recursos para trabalhar localmente com os povos indígenas. Subcomissão de Etnodesenvolvimento – Simone Karipuna – primeiro, antes de falar dos encaminhamentos da Subcomissão, informou sobre o lançamento da DAP 1 que teve a participação de indígenas da Subcomissão na sua elaboração. Encaminhamentos: será elaborado um histórico sobre o processo que vem sendo feito pelo GTI que está tratando da DAP, como foi a construção da proposta da DAP 1 até o seu lançamento, o GTI se reunirá em fevereiro de 2013. Sobre a questão da PNGATI deve haver o envolvimento de representantes da Subcomissão no processo. Subcomissão de Saúde – Lindomar – informou que participaram da reunião Ak´Jabor, Luiz Tetiah, Lourenço, Bianca e Patrícia – a Bianca apresentou um pouco o que foi publicado no Diário Oficial sobre a 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, da reunião da SISI e falou que o Secretário da SESAI, Antônio Alves estaria na plenária. Encaminhamentos - Que seja garantido duas vagas para a CNPI na Comissão Organizadora da Conferencia, no segmento usuário, que no segmento de trabalhador, seja garantido a participação dos indígenas. Lourenço – socializou que no dia anterior recebeu a informação da COIAB que tinha sido indicado como suplente do titular da COIAB, no Conselho Nacional de Saúde. Brasílio Priprá – não faz parte da Subcomissão – achou importante ter alguém da CNPI na Comissão Organizadora da 5ª Conferência e ainda, que tenha um concurso diferenciado para os povos indígenas na aérea de saúde para que o pessoal da aldeia possa participar. Bianca – SESAI – informou que o Secretário Antônio Alves não poderá estar presente porque está elaborando o regimento da 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena – Portaria que convoca a 5ª Conferência e apresentou a memória da reunião com a 6ª Câmara realizada no dia 28 de novembro que tratou do concurso público. Foram tirados os seguintes encaminhamentos: o Ministério da Saúde Encaminhará o Parecer da Consultoria Jurídica relativo as cotas até a próxima sexta-feira, dia 30 de novembro. O GT saúde analisara o Parecer e elaborará nota técnica em resposta aos argumentos trazidos na manifestação; será realizada uma reunião no dia 18 de dezembro, às 15h, na sede da Procuradoria geral da República, com a participação do GT, de representantes dos dois Ministérios e do MPT. Nesta reunião, os Ministérios apresentarão duas propostas de aditivo ao TCJ, a serem

discutidas: a) prorrogação do prazo para a realização do concurso previsto no item “a” da clausula terceira do Termo Aditivo ao TCJ, de acordo com as possibilidades administrativas; e b)suspensão dos prazos previstos na clausula terceira concomitante a criação de um grupo de trabalho composto por membros dos Ministérios e participação do Ministério Público Federal e do Trabalho, para que seja discutido um modelo de contratação de profissionais para a saúde indígena que leve em conta as especificidades e peculiaridades do serviço a ser prestado, bem como estabelecendo prazos para a contratação imediata dos profissionais necessários para o funcionamento das administrações dos 34 DSEIs. Informou que a Comissão Organizadora da 5ª Conferencia é composta por 24 membros. Deve sair uma recomendação da CNPI que indique membros da CNPI para compor essa comissão. As Conferencias regionais serão realizadas de janeiro a junho e no período de 26 a 30 de novembro a 5ª Conferencia Nacional. Até a próxima semana será finalizado o plano de trabalho de 2013. Serão realizadas em 2013 capacitações. Foi realizada oficina de multiplicadores no mês de novembro. Fernando Terena participou como palestrante e representantes de outras entidades governamentais e não governamentais. Falou ainda sobre os expedicionários de saúde, estão firmando uma parceria para o ano de 2013. Os expedicionários são médicos e enfermeiros voluntários que estarão fazendo procedimentos cirúrgicos nas regiões. É uma medida adotada para desafogar os serviços do SUS, pois, não estão dando conta. As principais cirurgias são oftalmológicas, odontológicas e ortopédicas. Fiquem atentos para a questão do regimento interno, deve garantir a participação dos indígenas. Lindomar – Sugeriu a votação dos representantes da CNPI que participarão da organização da V Conferência Nacional de Saúde Indígena. Presidenta Maria Augusta – sugeriu que se fizesse a votação do representante ao final da reunião. Daniel - CTI – Subcomissão de Regularização de Terras – encaminhamentos: necessidade da participação de mais órgãos que tratam da questão da regularização das terras. Tiveram a participação da CGID que realizou esclarecimentos, sentiram falta da CGAF e CGGEO e também dos outros órgãos, como do Ministério da Justiça e Casa Civil/Presidência, também falaram da participação do INCRA na questão da desintrusão. A segunda questão colocada foi a dificuldade de encaminhar os procedimentos nas regiões mais conflituosas e a necessidade de realizar a contratação dos profissionais. Brasílio Pripriá – Deve haver mais concurso público para FUNAI, ainda faltam técnicos para realizar os processos de regularização das terras indígenas. Tem que ter um orçamento próprio da União destinado a demarcação das terras, pois, não é só uma questão de demarcação de terras, mas salvar a vida das lideranças. Daniel - CTI – Há a informação que existe uma emenda parlamentar que concede recursos para a regularização das terras indígenas, gostaríamos de saber como isso será executado. Subcomissão de Assuntos Legislativos - Natália – informou que foi elaborada uma planilha com todos os processos que estão tramitando na Câmara e no Senado que tratam de algum tema relacionado aos povos indígenas, a lista está dividida por temas, fizeram uma busca ampla, com todas as palavras. O Projeto de Mineração e da Criação do Conselho serão discutidos. O Projeto de Lei 3571 que transforma a CNPI em Conselho Nacional, a PEC nº 71/2011 entrou em pauta em novembro que trata sobre a demarcação de terras indígenas e indenização de títulos dominiais em áreas que foram consideradas depois como TI, indenizações de benfeitorias e terra nua. Sugeriu que os indígenas levassem essa planilha e discutissem isso na base e saber quais os projetos que vocês querem que sejam tratados com prioridade, para, quem sabe pautar isso na próxima reunião da CNPI. Subcomissão de Cultura – Sandro Tuxá – Não conseguiram realizar o que haviam planejado, é um tema bastante cobrado pelas comunidades. Hoje, a grande maioria dos povos querem participar desses programas do MINC, o representante da FUNAI compareceu no dia 4 /12, como não houve a reunião, não pode ficar para o dia seguinte. Pediu que fosse reiterado a convocatória pela CNPI para o (a) representante do MINC para apresentar o edital dos pontos de culturas e outros. Memória de Cultura, 5 foram indígenas: 3 para o Ceará, 01 para o povo Ticuna e 01 para a Bahia. Precisam das informações do MINC para trabalhar na Subcomissão.

Rosa Pitaguary – complementou dizendo que está sendo difícil tratar das questões relacionadas ao tema da Subcomissão, pois, as pessoas que deveriam estar presentes não têm comparecido, da parte governamental. Teresinha – informou que a FUNAI compareceu, da Secretaria Geral da Presidência não ouve participação e existe uma vaga que deve ser preenchida pelo governo. Maria Augusta – sobre o que foi falado pelas subcomissões, sugeriu – Subcomissão de Assuntos Legislativos – que o setor da FUNAI possa se manifestar, assessor da presidência e Ministério da Cultura que já está presente; que na próxima reunião se traga as prioridades sobre os projetos que tramitam no legislativo. Além do PL do Estatuto e do CNPI. Lourenço – ressaltou que tem vários Ministérios na Subcomissão da Cultura – porque não chamar o ME, pois os jovens demandam atividades que envolvem o Ministério do Esporte, deveria estar junto para discutir essa questão. Maria Augusta – ressaltou que se não houver oposição, será encaminhado o convite para o Ministério do Esporte participar da próxima reunião. Deoclides – que a FUNAI busque parceria com os estados, no sentido de que os Ministérios possam repassar recursos para os estados aplicarem nas demarcações. Marcos Xucuru – perguntou se essa proposta era só para o Sul? Deoclides – pode ser verificado se precisa para outro Estado. Elcio Manchineri – deu bom dia – colocou que a proposta colocada pelo representante do Sul não se enquadraria à outras regiões. Seria bastante preocupante tirar essa responsabilidade do Governo Federal e passar para os Estados. A palavra para a representante da FUNAI – Erika Yamada, apresentou o balanço das atividades e o planejamento para 2013 – explicou da ausência do Diretor. Tem se organizado para que haja uma pactuação entre a FUNAI e as comunidades indígenas para poder dar conta das demandas das regiões, não tem quadro de pessoal suficiente. A meta é garantir plena ocupação das terras pelas populações indígenas, não basta somente à identificação e demarcação, é ter garantido a plena ocupação dessas áreas e as suas atividades se concentram em três grandes áreas, processo de demarcação - monitoramento Territorial das terras indígenas, ações de proteção para os índios isolados e de recente contato – 121 procedimento de identificação e delimitação de terras indígenas, 31 dos procedimentos foram dados conta esse ano, 6 norte, 9 sul, 10 região sudeste e 04 centro-este, próximo passo é a publicação do relatório circunstanciado – 13 terras com relatórios publicados, 8 norte, 1 sul, 3 nordeste e 1 centro oeste. Próxima etapa dos procedimentos: levantamento fundiário, levantamento das benfeitorias para pagamento da indenização. Esse ano avançaram em oito terras indígenas, depois as avaliações seguem para a comissão de pagamento de boa fé, 08 que foram para pagamento de benfeitoria, além disso, para a proteção dos povos indígenas isolados, 02 Portarias para ingresso de pessoas em terra indígena. 05 terras para expedição de Portaria Demarcatória, 02 foram efetivamente declaradas pelo Ministério da Justiça, 01 terra indígena encaminhada para a Presidência da República para assinatura do decreto. Conseguiram encaminhar 30 atividades de demarcação ou aviventação, 01 registro em cartório da regularização fundiária e 16 registros no SPU. Zero terras adquiridas, em discussão 01 no sul 02 no sudeste. Estão trabalhando nas situações que estão há muito tempo pendentes, como no Nordeste e Pará (Mundurucu). Para o ano que vem tem 18 para demarcação e nove para avivamento de terras indígenas. Falou ainda das ações judiciais que impedem o prosseguimento dos processos, tem atuado junto com as procuradorias nacional e regionais, reintegrações de posse, e outros enquanto não se conclui o processo fundiário. Adequação ... tem inúmeras ações pendentes- 09 terras com procedimentos suspensos, terras localizadas no Mato Grosso do Sul que exige um posicionamento da CNPI e dos povos frente ao judiciário.

Gustavo - Assessor parlamentar da FUNAI – informou sobre a emenda do senador Moca – foi repassada essa emenda destinada para amenizar conflitos no Mato Grosso do Sul. R$ 100.000.000,00 – foi anunciado em reunião com os Guarani – vários deputados visitarão a área, esse dinheiro ajudará na implementação de ações na terra indígena dos Guarani. A FUNAI está fazendo um levantamento de como poderia utilizar esse recurso em compra de terra para solucionar os problemas do Mato Grosso do Sul. Ainda será finalizado esse levantamento essa semana. Esse dinheiro todo não é o suficiente para resolver a questão fundiária naquela região. Não tem um número exato, mas esse recurso já dá uma ajuda. Leu o que consta como objetivo da emenda, destino do recurso. Esse orçamento será repassado para a FUNAI na metade do ano de 2013, será feito gestão para que seja liberado o quanto antes esse recurso. A presidenta Marta Azevedo está se empenhando nessa questão. Anastácio Peralta – Sua preocupação e ter dinheiro para pagar os latifundiários e a FUNAI não estar estruturada para fazer os estudos antropológicos, tem que verificar qual terra, não pode ser qualquer terra, o dinheiro é importante mas, tem que ver mesmo como isso vai ser aplicado, pode criar um banco de negócio, o fazendeiro vai receber o dinheiro e os índios a terra degradada. A CNPI tem verificar como poderá ser resolvido esse problema da terra . Tem que pensar numa política maior não só de pagamento, mas de resgate cultural e outros, a bancada indígena tem que se envolver nisso também. A CNPI não consegue chegar na região do Mato Grosso do Sul. Os políticos utilizam isso para fazer uma grande campanha política em benefício próprio. Tem que se avaliar o que esses latifundiários já ganharam e estão ganhando as custas dos povos indígenas. Os índios acabam perdendo e a própria FUNAI não está estruturada. E a madeira? Nós não temos para construir nossas casas, o alimento da mesma forma, devemos pensar em recuperar a terra. Temos que se envolver nisso, nós da CNPI não estamos inseridos nessa discussão. Acha que se é o dinheiro que vai resolver o problema, tudo bem alguém fabrica e a terra não. Maria Augusta – propôs encerrar as discussões no Élcio para encaminhar como a CNPI vai tratar as questões levantadas. Pierlângela – colocou que não cabe somente responsabilizar a FUNAI, porque esses processos passam pelo Ministério da Justiça e Presidência da República. Precisam saber quantas portarias estão pendentes de assinatura; como é essa relação da FUNAI e MJ nesse processo, pois um depende do outro, e, também, na Presidência da República. No executivo são essas três instâncias. Deve haver um diálogo entre essas instâncias. Ressaltou que devem estar informados para poder atuar e intervir enquanto movimento indígena. Solicitou uma relação das terras indígenas para o acompanhamento da situação. Sitou que no legislativo está aí a PEC 215, a Portaria 303. Têm que centrar forças também, para atuar no legislativo. Pediu para a FUNAI disponibilizar uma lista detalhada das terras com a situação de cada uma. Agradeceu. Maria Augusta – Sugeriu para a Subcomissão de Justiça e Cidadania organizar esse material da regularização fundiária para apresentar na próxima reunião da CNPI, já que foram levantados dados sobre os projetos em andamento. Natália - MJ – ressaltou que a instrução do ministro foi que fossem rigorosos na análise dos procedimentos administrativos, com vistas a reduzir possíveis judicializações desses procedimentos e conferir maior segurança às áreas demarcadas. Pontuou que existe uma ordem superior, também vinda da casa civil que esses processos fossem avaliados com muito rigor técnico para evitar constrangimentos futuros. Maria Augusta – Vamos passar para as próximas inscrições. Luiz Titiah – O que lhe chamou atenção foi o que o parente Guarani colocou. Os guarani querem voltar para a terra sagradas deles. Se preocupa quando falam em comprar terra. É para acalmar o conflito? Recompensar as mortes que tiveram? O setor da FUNAI tem que discutir junto com a subcomissão da CNPI. No dia anterior ficou preocupado com a fala do Deputado que teve quatro reuniões com a FUNAI para discutir a mineração sem a participação dos indígenas. Isso já informou para a base. Está tendo muito gasto do dinheiro público e a situação não está sendo resolvida.

Pontuou a questão dos Pataxó Hã-Hã-Hãe. E o relatório dos Tupinambá, como está? A situação do extremo Sul da Bahia? Tem muitos servidores da FUNAI que não estão preparados para sequer conversar com as lideranças na base. Precisam de pessoas mais qualificadas. Sugeriu que na próxima reunião fosse mais detalhada essa questão dos territórios. Elcio Manchineri – Colocou que tem vários casos em relação aos parentes Guarani, mas a fala do Peralta trouxe um pouco o entendimento do povo Guarani. “Como vamos comprar uma coisa que já é nossa? É beneficiar as pessoas com uma terra que não pertence a elas. Se a FUNAI atuar dessa forma vai complicar a questão dos direitos originários dos indígenas. Devemos estudar essa questão com cuidado”. Maria Augusta – Sugeriu que até a próxima reunião da CNPI essas informações relacionadas a esse tema “terra”, seja divulgadas e que seja objeto de pauta para as próximas reuniões. Érika Yamada– Esclareceu sobre a questão das áreas adquiridas é porque aquele povo muitas vezes não tem mais sua área tradicional, seja pela cisão de grupos ou por outros fatores. Estão empenhando esforços em todo o Brasil para garantir a questão dos territórios tradicionais. Hoje não há previsão legal para que a União pague os fazendeiros que estão dentro das terras indígenas, porque esse título não é válido. Agora se o fazendeiro comprou um título do Estado ele pode discutir com o Estado a indenização pela aquisição de um título que não era válido, que incidia sobre território indígena. Têm apoiado a discussão do pagamento das terras adquiridas no Mato Grosso do Sul, mas no viés daquelas terras que foram vendidas indevidamente pelo Estado. E, por fim, falou da situação da TI Awá é muito preocupante, conseguiram colocar os marcos e criar uma base de proteção. Mas a FUNAI sozinha não consegue realizar todos os trabalhos é necessário atuar em conjunto com as polícias, e com colaboração de outros órgãos. Maria Augusta – propôs que a Comissão de Assuntos Legislativos ou a Fundiária preparasse, a partir do material que a Érika vai mandar, um material com todas as fases do processo de regularização fundiária na Casa Civil e Ministério da Justiça. Tudo bem? Ficou provado esse encaminhamento. Daniel CTI – Os encaminhamentos que tiramos era trazer essas informações sobre as questões de terras, além de convidar outros órgãos que tratam da questão fundiária. Maria Augusta – Ficou definido que o Ministério da Justiça trará as informações sobre essa questão da regularização, da mesma forma a Casa Civil. Ana Maria (Ministério da Cultura) – Falou da mudança na estrutura do Ministério, sendo que a Secretaria de Cultura e Diversidade foi absorvida. Sobre o prêmio; a quarta edição; há alguma coisa que eu possa esclarecer? Se alguém quiser agendar alguma reunião no Ministério, sobre as oficinas, pediu que a procurassem lá, seu telefone é 2024-2728 – Ana Maria. Ressaltou que está participando da CNPI para ouvir e levar as demandas. Brasílio Priprá – Solicitou que o Ministério da Cultura acompanhasse sempre as reuniões. Maria Augusta – Fez algumas considerações por conta do horário de almoço, colocou que a pauta é longa, e ainda na parte da manhã, precisava ser discutido sobre o PNGATI. Bianca – MS – “Antes de fazer o encaminhamento. Só um esclarecimento, fazer uma pequena correção, especialmente na região do Rio Gregório, nesse período houveram quatro entradas reguladas do pessoal da saúde, a última se deu em novembro. As entradas estão à disposição no site”. Maria Augusta – Dando seqüência na discussão do PNGATI, a palavra foi passada ao Jaime da CGGAM. Jaime - CGGAM – “Seguinte, eu vou ser breve na apresentação, mas vou tentar falar na importância de discutir a estrutura de governança e as estratégias de fórum. Vocês receberam uma minuta de

portaria sobre o PNGATI. O papel da CNPI foi importante na construção dessa proposta. Só agora estamos conversando sobre a implementação da política. Queria chamar atenção ao capítulo três do Decreto, que trata da questão da governança da PNGATI. Acho importante ler o capítulo três do Decreto para melhor entendimento (leitura do artigo 5º - papel do comitê gestor), pois na estrutura de governança consta a CNPI. A gente queria submeter para apreciação da plenária, uma minuta sobre a questão da composição do comitê. A proposta que estamos fazendo aqui é usar a mesma estrutura da portaria da criação do GTI para ser mais ágil. Outra questão que tem haver com agilizar o processo, é partir direto para a criação do comitê gestor, ao invés de criar de novo um GTI para encaminhar a proposta da criação do comitê gestor. Uma terceira questão a ser considerada é que a composição do comitê, como da parte indígena, como do governo, a proposta de participação foi ampliada, tem algumas novidades, e essas novidades que eu queria apresentar pra vocês, na minuta da portaria. O que está marcado são as questões mais importantes e aquelas estruturas parecidas com a do GTI. Vamos à leitura (leitura). Quem estava participando antes, do IBAMA, era do licenciamento, agora sugerimos que seja o pessoal da proteção territorial. Estamos sugerindo também, a inclusão de dois órgãos do governo, seria o MDA – Secretaria de Agricultura Familiar e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, tendo em vista ações que envolvem as questões indígenas. Do ponto de vista das organizações indígenas, e aí, baseada na experiência do processo GATI, está sugerido aqui, uma representação a mais do pessoal da APOINME, devido à extensão da região, e a inclusão da APIB e Aty Guassu, assim, teremos nove representações de governo e nove representações indígenas, devidamente paritário. Como convidados está o Ministério da Defesa e o Serviço Florestal Brasileiro e duas vagas como convidados para a sociedade civil. A secretaria do comitê gestor será integrada pela FUNAI, como está no decreto. Logo, é uma proposta e está sujeita à modificações. A gente acha que é bastante urgente implementar o PNGATI e implementar o comitê gestor que iniciará esse processo”. Bianca - MS – Sugiro uma alteração na composição em relação à APIB. Sugiro que colocasse no local da APIB a CNPI, pois a APIB é composta por todas essas organizações que fazem parte da composição. Lourenço – Sobre dois Estados que não estão contemplados no plano de trabalho da PNGATI, são o Maranhão e Roraima, eles não estão dentro do programa. Simone Karipuna (Subcomissão de Etnodesenvolvimento) – Sobre a proposta hoje que foi lida, sugeriu que a CNPI seja incluída na composição do comitê e, na coordenação, incluísse a APIB. A participação do MDA é muito importante. Francisca Navantino Paresi – Falou que a matéria é importante. Entendeu que a CNPI já está inserida no processo, pensa que não é só o acompanhamento da política, mas da implementação das ações nas comunidades indígenas. Pensa que no PNGATI, terra é território e quê envolve toda a vida dos povos indígenas. Tem que se criar diretrizes para o processo, conversar com a FUNAI, criar diretrizes de como se dará esse processo. Neste sentido, e pensando nas diretrizes, chamou a atenção de todos para a capacitação e formação dos membros parentes para atuarem nas suas regiões, através das escolas indígenas. Já têm experiências nesse campo, como Roraima, Pernambuco e Mato Grosso. Avançar nos cursos de graduação dos parentes, para atuarem nessa proposta do PNGATI. Essa uma questão que a CNPI vai deixar como positiva para o povo indígena. Helinton Gavião – Reforça a fala de Chiquinha. Sua preocupação é em relação ao Decreto, quer saber qual é a meta do PNGATI, pois não conhece o projeto. Como é que a PNGATI trata essa questão de mineração em terras indígenas. De que forma vão atuar perante o projeto de mineração, considerando que não participaram de sua elaboração? O Governo que é o gestor da terra indígena. Pierlângela – colocou que uma das preocupações da composição, tem haver com a cultura e educação, não viu o Ministério da Educação e nem o MINC. É importante que esses ministérios façam parte desse comitê. Ressaltou que os cursos de formação que já tem em graduação, no Instituto Insikiran, forma os alunos em gestão territorial. No que diz respeito à inserção de duas organizações da sociedade civil, que seja colocada aquelas que já tratam de questões voltadas aos povos indígenas.

Francisco Avelino - COIAB – Deu bom dia e, colocou que é uma satisfação estar falando da importância desse projeto. Foi na plenária da CNPI que foi apresentada a minuta do decreto, e agora a minuta da portaria. Foi fruto também de 5 reuniões que foram realizadas em Brasília e de cinco reuniões nas regiões. Falar que houve a seleção de terras indígenas pelo fundo GEF indígena. Sobre a participação da CNPI, entende que a mesma está na instância maior, e a APIB está no processo desde a sua construção. Em relação à preocupação do Welinton, estão no segundo processo do PNGATI, estão discutindo a sua implementação, não estão discutindo a questão de mineração. Daniel CTI – Em relação à participação da sociedade civil, colocar a redação do Projeto de Lei do próprio Conselho, garantir recurso para custear o deslocamento do membro da CNPI, verificar a alternância dos coordenadores, período, qual seria o período? A participação do Maranhão e Roraima no PNGATI, no processo de consulta não foi contemplada. No GATI esse é um projeto piloto e deverá ser expandido futuramente. A proposta da inclusão do MEC e da Cultura pode ser interessante. Concorda que sejam organizações qualificadas, que tem trabalhos com os povos indígenas, movimento indigenista e indígena. O Francisco falou dos empreendimentos e impactos, a mineração, não vai dar resposta, mas vai dar orientação para fortalecer a biodiversidade dessas terras. Ela pode ser um instrumento importante para a gestão dessas terras. Concorda que a CNPI já está acima desse processo e tem o papel de articular a PNGATI. No que tange à formação, concorda com a Chiquinha, tem que ter a capacitação dos comitês regionais. Estamos discutindo com o Ministério do Meio Ambiente, pensando uma formação para esses componentes e outros participantes dessa discussão. Os convidados indígenas para a reunião comitê devem ter suas despesas pagas sim Bianca – MS – Fez esclarecimento quanto à sua proposta da substituição da APIB pela CNPI. Pierlângela – Esclareceu que estão contemplados na representação das organizações. Maria Augusta – Na composição, sugeriu que a CNPI entre como membro do comitê gestor, e na coordenação, que entre a APIB, e ainda, a inclusão do MEC e MINC. Propôs que a CNPI seja o palco da assinatura e da formalização que institui o comitê, a expectativa é que fosse assinado esse ano. Garantiu que se empenhará pessoalmente para conseguir a aprovação dos demais Ministérios. Na próxima reunião será assinada. Jaime – Colocou que podem entrar como convidados. Esclareceu, também, que todos indígenas e não indígenas devem encaminhar o nome dos seus representantes. Informou que DPDS colocará em circulação a portaria com as sugestões da CNPI. Sendo que essa demanda é prioridade da DPDS. Maria Augusta – Informou que será instituído comitês de monitoramento da CNPI, para acompanhar o andamento dos encaminhamentos deliberados. Presidenta Marta Azevedo – Esclareceu que a ideia é mudar essa relação posta, é ter uma relação conjunta, formular projetos conjuntos, seja ele qual for, de educação, saúde, promoção do desenvolvimento sustentável, ou seja, pensar os grande empreendimentos que estão na CGLIC. A ideia é está sempre aprimorando essa relação para avançar nas questões que envolvem os povos indígenas. O Plano de trabalho da gestão atual é estruturar a FUNAI e transformar o atendimento em cinco estrelas. Entregará o Plano ao Ministério do Planejamento para ser viabilizado e dar condições de estruturar as Coordenações Regionais e CTLs. Com relação à educação, a FUNAI tinha assinado um convênio com o FNDE para executar um recurso do MEC, e realizar reuniões com as regiões sobre os Territórios Etnoeducacionais. O MEC não tinha perna e pediu ajuda a FUNAI, e a FUNAI passou a executar ações do MEC. Assinou um outro convênio, onde a Instituição se compromete a continuar apoiando os estudantes indígenas no ensino superior, não deixamos de fazer esse atendimento e, ainda, a FUNAI passa a exercer seu papel que é acompanhar a educação. A FUNAI iria se comprometer a fazer toda logística desses encontros nos territórios etnoeducacionais. Existe uma coordenação que trata das questões da educação escolar indígena na CGPC, isso não deixou de existir. Brasílio Priprá – Falou da reestruturação da FUNAI, que ainda há possibilidades de melhorar a FUNAI, não só no estado do Paraná, mas no Rio Grande do Sul, houve um grande desrespeito com

povo Kaingang, onde tem 30 mil índios foram tiradas três coordenações, sendo que hoje não tem nenhuma. Algumas CTLs próximas das terras indígenas nem existem mais. Na FUNAI precisa ter uma Procuradoria com advogados. Tem muitas lideranças presas por defender as terras indígenas e outros. Quase em todo o país, o juiz é filho do dono da terra e dai por diante. Tem lideranças processadas porque estão lutando pela terra. Precisam de uma coordenação dentro do estado do Paraná. Ak´Jabor – como estão falando da reestruturação da FUNAI colocou que o Brasil todo está querendo melhorar a FUNAI. Tem muitos parentes que já brigaram com ele a respeito da FUNAI. Todo mundo viu quando falou com o presidente Lula que queriam uma FUNAI forte, com pessoal, infraestrutura, aparelhada para fazer o atendimento. Salientou que não podem aproveitar os voos contatados pela SESAI para deslocar os indígenas, estão atrapalhando o trabalho da SESAI. Querem uma aeronave da FUNAI para fazer o atendimento dos povos indígenas daquela região de Altamira. Vai esperar melhorar a FUNAI, e sobre a educação tem alunos para serem atendidos. Lourenço Krikati – No Maranhão, a situação da educação precisa melhorar muito. Estou apostando muito na qualificação dos servidores. Marta Azevedo – Esclareceu sobre os pontos levantados - tem um trabalho feito com a proteção das Frentes de Proteção Etnoambiental. Soltamos uma portaria. Sabemos que os Awá-Guajá tem uma situação de extrema vulnerabilidade. Sobre o concurso é a questão dos concurseiros, são as pessoas que estudam muito para prestar os concursos. Esse concurso que a FUNAI quer fazer ano que vem, será aprimorado o edital para que os concurseiros saibam o que eles vão fazer, as pessoas não estavam conscientes de que trabalhariam nas aldeias com os indígenas. Preenchemos todas as 600 vagas, o concurso foi para três mil funcionários, só foram concedidas 600. Muitos dos que passaram no concurso já saíram. A FUNAI precisa sim de mais servidores. Essa questão de concurso, não é só a FUNAI que sofre com essa questão de que as pessoas fiquem. Isso é uma luta constante. A FUNAI continua nessa luta para abrir um novo concurso. Com relação à Procuradoria, a reestruturação triplicou o número de procuradores, temos 18 coordenações regionais sem procurador. Tem 3 (Cacoal, Ji-Paraná e Alto Rio Negro) CRs que já tem a vaga, mas a gente não consegue um procurador para preencher a vaga. A procuradoria da FUNAI integra a AGU. Como proposta, sugeriu que a CNPI fizesse uma moção para que a AGU lote procuradores em todas as CRs e CTLs, pois isso não depende da FUNAI, e sim da AGU. Maria Augusta – Falou do processo de reorganização da DPDS. Pediu para registrar a conjuntura e as dificuldades que tiveram ao longo do ano. Greve dos servidores, conflitos fundiários, lutas no congresso, questão de empreendimentos, limitação orçamentária, mas, a despeito disso, estão sendo pensadas as estratégias de ações para 2013. “Somos vencedores. Todos nós aqui, sentados nessa mesa. A reorganização da FUNAI já vinha da gestão do ex Presidente Márcio, eu sou Diretoria da Diretoria de Assistência, hoje, de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável - DPDS, que vinha com uma política assistencialista, tutela, paternalismo. As ações a serem executadas devem romper com esse cenário. Há necessidade de articulação com o MINC. Nós da DPDS começamos a pensar internamente o processo de reorganização da DPDS. Pensamos juntos o novo Regimento Interno, que deve ser publicizado no final do ano para todos os servidores da FUNAI, inclusive CRs e CTLs. No site da FUNAI, tem uma chamada explicando como o processo de reorganização foi feito. Queria rapidamente só destacar o que cada coordenação geral ficou responsável. Potencializamos a área de mobilização social, junto com a questão gênero e geracional. Pensamos também, dentro dessa estrutura, em uma área que pudesse realizar uma articulação com o Ministério da Cultura. Percebemos que havia uma lacuna na FUNAI Sede nessa estrutura cultural. Englobamos os processos educativos de uma forma ampla e passamos então a ter a CGPC. Tínhamos uma Coordenação de Promoção Social, que tinha uma alta gama de questões sociais, sendo que algumas coisas passaram para a CGPC. A saúde é uma demanda que hoje tem uma relevância muito grande. Sabemos que a atribuição para executar essas ações é a SESAI, mas a FUNAI tem um papel muito importante de acompanhar de articular, que ficou na CGPDS. No etnodesenvolvimento, a gente vem fazendo uma série de debates, precisamos superar a ação que a gente tem muito tímida nesse sentido, e acaba sendo muito restrita a oferta de sementes, de ferramentas. Tem o etnoturismo, que a gente precisa discutir e desenvolver uma série de ações. Hoje a gente tem uma coordenação dentro da CGETNO que pensa a questão da

autosustentação, de projetos de renda. Já a CGGAM é a coordenação responsável pela implementação do PNGATI, que não é uma política da FUNAI, foi construída coletivamente, é uma política do governo. Destacou-se dentro da CGGAM os trabalhos de acompanhamento e interveniência dos processos de licenciamento ambiental, então, foi criada a CGLIC, para fazer esses processos. Precisamos melhorar essas ações, então tem muito trabalho a ser feito. Por outro lado, deixamos a CGGAM voltada para essa atividade principal, que é o processo de implementação da PNGATI no Brasil. Devemos superar essa gestão assistencialista e promover o desenvolvimento sustentável dos povos indígenas, existe grande número de empreendimentos, a questão fundiária, a mineração, são questões para as quais devemos estar preparados. A gente precisa de uma gestão adequada para dar respostas maduras à essas questões. Assinar essa moção e pedir que a Procuradoria seja instalada nas Coordenações Regionais. A Procuradoria tem que fazer a defesa da Instituição e a Defensoria Publica da União, fazer a defesa dos índios na sua individualidade. Nós temos que comprometer a Defensoria, ela é ligada ao Ministério da Justiça, acho que podemos ajudar a construir essa proposta”. Marta Azevedo – Passou a palavra para as representantes do MEC. Rita Potiguara – Ministério da Educação - saudou a todos e a todas. Está na Coordenação Geral de Educação Escolar Indígena. Explicou a sua ausência na reunião desde o início. “Estamos elaborando diretrizes para o II Seminário Nacional de Educação Escolar Indígena. O Ministro Aluizio Mercadante pediu para ser elaborado esse Programa que será apresentado. Avançamos na modalidade escolar indígena e na Conferência de Educação Escolar Indígena. Tínhamos a demanda de elaborar novas diretrizes para educação escolar indígena, educação infantil, médio e outro para formação de professores. Todo o trabalho resultou nas diretrizes, já homologadas pelo Ministério, e na formação do professores indígenas. Os programas para cada um dos eixos para essa educação devem se dar em articulação com parceiros, como a FUNAI, as Secretaria dos Estados e outros. Marcamos um conversa com o Ministro para apresentar a proposta. Passou a palavra para a senhora Macaé. Macaé – MEC – Deu boa tarde a todos. “Aqui temos algumas pessoas que estiveram presentes na reunião do CNEEI, já apresentamos para o Ministro a proposta do Programa, e vocês vão ver que tem alterações. Objetivamos promover e proteger os direitos dos povos indígenas por meio da educação escolar indígena, considerando suas especificidades, de acordo com o que estabelece a Constituição Federal, e de acordo com a Lei 601. Queremos fortalecer a oferta do ensino básico e ensino superior. No caso específico da Diretoria, é uma Diretoria que envolve as comunidades tradicionais. Temos atravessado um momento muito difícil. Temos trabalhado pelo fortalecimento da educação e do direito à vida. A população indígena no ensino escolar é de 896.917, pessoas que se auto declaram indígenas no Brasil. 194.254 mil indígenas que estão na educação básica; 18.757 no ensino infantil; 1.363 de 01 a 03 em creches; 17.394 na educação infantil/pré escolar; 148.987 no ensino fundamental; 105.711 no ensino fundamental/anos iniciais; 43.276 ensino fundamental/anos finais; 14.763 EJA/ Fundamental; 11.650 no ensino médio; 1.174 EJA/médio; 1.021 Educação profissional; 6.336 educação superior. É claro que agente reconhece que isso não atende todos os povos indígenas no modelo que a gente tem hoje, mas tem povos que demandam a educação infantil, mas não temos hoje um atendimento específico, diferenciado para o atendimento da educação infantil. Em relação à criança indígena sabemos que são as mais carentes dessa educação infantil. A gente não atende quase nada na educação infantil e nem no médio. A gente tem que assumir uma crítica no sentido que o MEC tem que construir mecanismo de gestão para que se ponha em prática as ações e faça o atendimento. A FUNAI tem que ser nossa parceira para questões muito mais complexas e não a essas ações locais. Parece-nos que é muito importante a formação desses professores para que façam gestão nos Território Etnoeducacionais. Temos muitos professores com experiência que poderiam compor uma rede que fosse mais descentralizada para essa política dos TEEs. Não pensar que os professores vão se responsabilizar por esses TEEs. Nos Planos de Ação dos TEEs está previsto a formação de 150 professores integrantes das comissões gestoras do TEEs, expandir ofertas de professores indígenas; promover a construção de proposições curriculares por territórios, ampliar o acesso a materiais específicos, temos pensado investir no inventário das línguas indígenas, se somar com o IFAM para garantir a publicação das línguas indígenas. Nas pedagogias e uso das Línguas Indígenas, está previsto 900 professores no Magistério Intercultural por meio dos institutos federais e formação continuada; ampliar o numero de professores que tenham bolsas a

iniciação a docência e a meta é que a gente tenha 50% de professores indígenas com bolsas de iniciação a docência. Sabemos que isso é importante para garantir a permanência desses professores no curso. O programa prevê que das nossas 2.819 escolas indígenas, apenas 811 são executoras que têm capacidade de receber os recursos para executar suas atividades. Nem sempre com capacidade de operacionalizar uma coisa dessa natureza. Como vamos fazer chegar o recurso nas escolas que ainda não tem estrutura para executar. Vejo um campo importante que podíamos equacionar com a FUNAI e como podemos replicar a experiência de que a alimentação escolar tenha que ser adquirida da comunidade, e isso, é de fato, fortalecimento, gera renda para aquela comunidade e isso ajuda na manutenção dos hábitos tradicionais, a cultura, como construir arranjos para que isso possa acontecer, em função de utilizar esse recursos da merenda escola para fortalecer, criar meio de sustentabilidade para essas comunidades. Sobre a Ação - Distribuição de Acervo Bibliográfico com Título da Temática Indígena - primeiro temos que construir esse acervo, fortalecer a literatura, pensar em título que tratam da temática indígena. A Ação do PNLD indígena – o modelo do PNLD é engessado, o que precisamos criar é uma dinâmica para garantir que tenha materiais didáticos específicos na língua indígena. Ressaltou que hoje esses materiais são produzidos uma única vez e não de forma sistemática. Criar essa estrutura para garantir a produção de materiais didáticos específicos. Eixo de Infraestrutura Física e Tecnológica, garantir materiais didáticos e tecnológicos, construção reforma de escola indígenas, transporte escolar, concurso nacional. Alguns modelos de contratação de transporte escolar que nós temos hoje, não se adéquam a realidade indígena. Escolas que funcionam precariamente, modelo de construção de escola não tem se mostrado adequado ao modelo de escola indígena. Está previsto a construção de 70 escolas dentro do Plano Nacional. Estruturação de laboratórios PROINFO nas escolas que tenham energia elétrica, e nas que não tem levar o programa “Luz para Todos” para aparelhar com computadores por aluno, conseguiremos mandar vídeos para os alunos. Entes federados apoiados com transporte escolar terrestre, fluvial e aéreo distribuídos, sendo micro-ônibus 21, ônibus 50 e 100 embarcações com motores. Eixo - Educação Profissional e Tecnológica - Objetivo: promover a inserção de estudantes indígenas na educação profissional e tecnológica. Ações: Elevar a escolaridade articulada a formação técnica e profissional dos estudantes indígenas; implantar Campi ou Núcleos Avançados da Rede Federal de Educação profissional; Metas: 5000 estudantes indígenas atendidos pelo Programa Brasil Alfabetizado e 5000 estudantes indígenas atendidos pelo EJA. Eixo – Educação Superior e Pós-Graduação – Objetivo: fomentar o acesso e permanência de estudantes indígenas; Ações: ampliar os programas de acesso e permanência dos estudantes indígenas; apoiar aos núcleos de estudos e pesquisas sobre a temática no âmbito do Observatório da Educação; Metas: 3000 estudantes indígenas apoiados pelo PNAES, programa específico para indígenas aldeados; 400 bolsas permanência/PROUNI; 200 estudantes apoiados no PET. Por ultimo o Eixo – Implementação da Lei 11.645/2008 - Objetivo: promover a implementação do disposto na Lei; Ações: oferta do curso Culturas e História dos Povos Indígenas, no âmbito da RENAFOR. PNBE Temático contemplando 5 títulos afins; Distribuição livros da Coleção Educação para Todos; Metas: 1500 professores contemplados e 20 mil exemplares da Coleção Educação para Todos distribuídos. O Supremo foi favorável a Lei das cotas. Vamos enfatizar que temos muitos setores organizados que são contrários a Lei das cotas, é contra isso que estamos lutando. Estamos falando que vamos ter cota em todos os cursos e horários e em todas as universidades. Não vamos nos iludir, vamos ter que estar muito articulados, monitorando para garantir que essa lei se efetive. Agente precisa ter muito cuidado de criar condições e dar continuidade. Marta Azevedo- Ressaltou os avanços e abriu para a plenária. Marcos Xucuru – colocou que o plano é muito bonito na perspectiva de melhorar a educação indígena, respeitando as especificidades e as organizações sociais desses povos. “Temos uma situação, a nível nacional e temos que observar sobre alguns governos estaduais ou municipais, que é uma questão sobre uma política de contratação de professores indígenas, e é um fator determinante que define a contratação dos professores. O contrato fica naquele impasse de renovar ou não renovar. Temos que pensar uma forma de como resolver essa situação que vem a muito tempo se arrastando. Outra coisa é a gestão dessa educação a partir da própria organização dos povos, e muitas vezes esse professor é quem assume essa gestão e não é capacitado. Ele não dá conta dessa gestão. Mas tem um problema: Quem está capacitado para fazer essa gestão para conseguir executar esse programa? No estado de Pernambuco, para a gente comprar o material didático tem que percorrer no mercado para

fazer orçamento. Quem vai fazer isso é o professor também? E outra coisa é sobre o transporte que foi colocado, se a gente consegue esse transporte para as áreas indígenas, se conseguirmos para área Xucuru, o território é extenso e tem muitos alunos e professores. Nós temos hoje 67 carros que fazem o transporte dos alunos de nível médio. Esses carros são locados por membros das comunidades e o Estado é quem paga isso. Se a gente consegue acessar esse programa de levar os carros, como vamos fazer a manutenção disso, a estrutura disso?”. Lourenço Krikati – A construção da escola não respeita a questão cultural, a convivência, a forma de viver. Nessa discussão precisa ter a reflexão da diversidade cultural. Por isso que existe a questão da educação diferenciada. Algumas comunidades têm sua própria política pedagógica construída. Algumas vezes encaminham ao MEC plantas contendo a forma que as comunidades querem as escolas mas não são consideradas. O Estado não respeita o calendário indígena, o Estado deve respeitar isso. Às vezes para falar no censo, a demanda vem do MEC. Deve haver uma discussão mais ampla com as comunidades indígenas, com a base. Biraci Brasil – Várias pessoas têm contrato provisório e isso contribui para uma rotina de troca desses profissionais, sendo que quem perde são os índios. Cada ano é uma rotina, um processo de transição, não tem uma continuidade. Fazer concurso público para dar aula na aldeia, não sendo indígena, vai dar muito problema, por isso estão capacitando os professores. Não sei o que o MEC vai fazer, mas, é necessário incluir esses professores nesse concurso, e não é qualquer indígena. A grande maioria das aldeias não tem acesso às informações, mas nós temos um sonho, de colocar nossos filhos para estudar fora, como estamos fazendo. Nós conhecemos a nossa cultura, somos adaptados àquele povo, àquela região, então nós temos que incentivar os jovens, principalmente na área de educação. A questão da rotatividade dos professores e essa insegurança deles é um problema. Anastácio Peralta – Sobre a apresentação – ressaltou que ainda tem muita dificuldade para elaborar uma educação diferenciada no Brasil, porque a mentalidade de quem integra a Secretaria o Estado não tem ideia do que é essa questão da educação diferenciada. “Vejo que também temos que discutir uma educação intercultural crítica. As escolas do Brasil têm uma mentalidade colonizadora. A educação brasileira, ela feita para a gente ir para o mercado de trabalho, e não para a vida. Diferente de nós indígenas, principalmente, dos Guarani. Acho que a gente tem que educar o governo dos Estados, até o Governo Federal para conhecer os índios, porque para você conhecer os indígenas tem que ter um mestrado ou doutorado, principalmente, aqueles que estão na frente. O nosso conhecimento indígena ainda tem condições de salvar o planeta para durar mais 500 anos. A escola do não índio não é para conservar o planeta e sim destruir o planeta, para ganhar dinheiro. A gente precisa aprofundar muito, e minha esperança está no MEC para fazer essa mudança. Eu acho assim... Que como nós temos a faculdade indígena lá no Mato Grosso do Sul, em Dourados, precisamos de um projeto que contemple nossas necessidades, temos que ter uma política que faça bem para vida e faça todos felizes”. Pierlângela – São várias questões a serem discutidas. Como foi informado, era só uma apresentação, porque na Subcomissão estávamos esperando essa proposta, eu vejo aqui que a gente não tem tempo para discutir. No âmbito da CNPI, seria para ir à Subcomissão para contribuições. A gente tem a visão desse panorama mais geral, da legislação geral, da União com os Estados e Municípios. O enfoque está nos Estados e Municípios, emponderar os Estados e Municípios. Essa questão de Estado e Município é muito complicada, pois tem alguns que a gente conseguiu, em outros, a gente nem conhece os responsáveis por essas ações. O programa “mais educação” a gente já acompanha, são programas que já existem. No estado de Roraima nós queremos fazer convênio para educação profissionalizante, mas a Universidade é mais abrangente. O MEC tem que partir para a inovação. A idéia que o pessoal tinha era que a gente queria que a educação voltasse para a FUNAI, e não é isso, a FUNAI é a única que consegue chegar às aldeias, e o MEC tem que assumir seu papel, junto com os Estados e os Municípios. A responsabilidade da FUNAI é muito importante nessa questão, porque eles estão lidando com vários povos e para chegar lá tem que ter vários braços e muitas pernas, sem a FUNAI as coisas não andam nas bases. Não é um único povo, mas são vários povos indígenas. No próprio Estado a gente tem essa diversidade, como pensar isso na política, que não deve ser tão universal, me preocupa essa palavra UNIVERSAL, a gente precisa ousar, o MEC é importante nesse processo e na questão dos territórios etnoeducacionais. A gente participou de todo o processo, não conseguimos que ficasse do jeito que a gente queria, mas fizemos uma articulação forte nessa área,

depende muito da FUNAI e do MEC. Esse sistema próprio tem que ser defendido por nós. A gente pode dentro da CNPI, nas próximas reuniões, debater isso com mais profundidade. Francisca Navantino Paresi – Ao seu ver o Programa já incorpora nos programas dos Estados e Municípios. O MEC coloca mais esse trabalho para os Estados e Municípios, onde vai ficar o papel do MEC na educação escolar indígena? A equipe do MEC tem que ser ampliada, e isso até mesmo dentro da própria FUNAI. Se o programa é para tudo ser feito pelo Estado e pelo Município, como que a FUNAI vai realizar seu papel? Outra coisa é essa questão do sistema próprio, incentivou tanto isso e agora desapareceu. Tanto a FUNAI quanto o MEC devem falar a mesma língua, porque eu sinto que às vezes a FUNAI e o MEC não fazem nada juntos, isso é conversa. Os Xavante estão questionando exatamente a questão dos territórios. Não adianta sentar só com a FUNAI, porque quem decide a vida da gente, questão de contratações, tudo isso que você falou aí Marquinhos é o Estado e o Município. José Siríaco – Qual o diálogo que o MEC tem para a questão do material para as escolas indígenas? Que diálogo que tem com os Estados e Municípios pra ver se melhora? Macaé – Agradeceu a todos pelas contribuições. Ainda temos um caminho a percorrer e amadurecer para trabalhar o programa. Esse programa ainda é uma proposta e não apresentamos ainda para mais ninguém, na reunião do CONSED pautamos os territórios etnoeducacionais, na verdade, pela legislação a competência dessa educação está atribuída aos Estados e a tendência dos Estados é municipalizar a educação escolar indígena, quilombola e comunidades tradicionais. É muito difícil. Acho que tem dois pontos principais para aprofundar um pouco mais, é o modelo de provimento de ocupação de cargos públicos e livre nomeação pelo gestor, toda a legislação não contempla a especificidade, na verdade, não temos uma legislação que pense na possibilidade de concurso diferenciado, então temos que pensar nessas coisas, ficamos a mercê de contratos irregulares. Essa questão das contratações é um tema bom para tratar com o Ministério Público, talvez avançar na proposta de como trabalhar em concursos diferenciados para povos indígenas, me parece, também, que o estatuto rege sobre a autonomia da comunidade da escolha do gestor. Será que é viável concurso para gestor? Como propor a alteração na legislação? Isso também faz parte das nossas atribuições, propor como fazer o provimento público para essas contratações, produzir um texto na mudança da legislação. Numa perspectiva da questão do programa. A legislação dá poderes. O Ministério da Educação é o coordenador, mas os sistemas têm autonomia. O Ministro da Educação tem o poder político de articular com o Estado, mas ele não ordena o Estado, o Conselho Nacional e Municipal e as Secretarias. Em relação ao programa do acesso ao transporte, temos que discutir muito essa questão, temos que pensar nessas políticas de transporte escolar proporcionalmente à idade das crianças. A forma de como as crianças são carregadas. Sei que essa realidade se reproduz em várias comunidades indígenas. A gente não pode sustentar a escola com um número menor de alunos, devendo haver uma formação de professores para que esses atuem em suas comunidades. É interessante a gente pegar um caso para estudar e verificar como trabalhar o programa para isso, para poder levar ou discutir com outras comunidades. Hoje, os Estados fazem a contratação desse transporte e o programa propõe comprar o ônibus para fazer o transporte e isso, hoje, proporciona a circulação de recurso na aldeia. O Lourenço aponta a visão indígena na construção da escola, o concurso pensado vai nessa linha, um concurso que seja apresentado modelos de escola indígena. Os Municípios e os Estados podem desenvolver modelos próprios de escola que são construídos nas próprias comunidades. Tem comunidades que querem a construção de alvenaria. Nesse item infraestrutura, temos que deixar esse quesito aberto, pois não temos um modelo único para essas estruturas. Biraci, sobre a questão da seleção de professores. Temos que formar professores e pensar uma educação intercultural. Pierlângela, manda um e-mail mais detalhado das considerações feitas aqui. A chamada da Chiquinha do sistema próprio, o Jersem Baniwa sempre falou que tinha dificuldades de discutir os Territórios Etnoeducacionais, o Curi diz que o fortalecimento dos Territórios deve acontecer, pois, é por meio deles que vamos pautar os sistemas únicos. Hoje nos estamos quebrando a cabeça para encontrar uma forma de como operar. Nós temos avançado com o arranjo de desenvolvimento educativo. Em relação do fortalecimento nessas perspectivas, se a gente consegue fortalecer os Territórios Etnoeducacionais estamos caminhando para o sistema próprio. A estrutura do estado brasileiro é universalista, a esfera administrativa antecede a república, a gente fica

tentando operar um conceito numa estrutura muito antiga. Qual o diálogo do MEC com os Estados e Municípios? Nosso estatuto jurídico não nos dá a competência de determinar. Luiz Fagundes (Coordenador da CGPC) - “Agradeço pela fala da Chiquinha. Nesse processo de reorganização, entendemos que os processos educativos devem ser apoiados. A CGPC dará o enfoque nos processos educativos dos povos indígenas e isso nós podemos apoiar. A FUNAI esta aí para ajudar a construir esse processo. Essas ações são de competências da FUNAI”. Presidenta Marta Azevedo – Ficou pendente umas das questões de ontem. A realização dos seminários para discutir o PL 1610, foi tocado aqui que a proposta do Estatuto precisa ser encampada por um deputado, pois da forma como foi encaminhado não passou por todo o rito. Natália - MJ – Fala da estratégia pra levar a questão do estatuto. Para apresentar pelo governo, teria que ter passado por todo processo legal e a proposta poderia ser alterada; para apresentar como iniciativa popular deveria reunir assinatura de um milhão de eleitores sendo que o projeto tramitaria com mais tranquilidade, outra proposta é que fosse levada e apresentada para a comissão que o Padre Ton lidera, já consegui a lista dos deputados com o Padre Ton. Uma vez apresentado o projeto, o governo vai ser demandado a se manifestar, ele vai ter que se manifestar e os demais ministérios também. O que nós poderíamos fazer, enquanto Ministério da Justiça, é acompanhar no assessoramento, podemos acompanhar no Congresso e fazer gestão para apensar o projeto aos que tramitam no Congresso. Se vocês não participarem das consultas pode ser um argumento para que esse projeto seja votado sem as consultas, pois vão dizer que as comunidades indígenas não querem, isso pode acontecer. Por outro lado, se acontecerem as consultas haverá um tempo. A proposta que foi levada ao Congresso pela CNPI não é um projeto de lei, para virar um projeto um Deputado tem que encaminhar, ou, ser encaminhado por uma comissão, ou colher as assinaturas. A proposta é que a gente possa pegar essa proposta e encaminhar para Frente Parlamentar para que eles a encaminhe para se tornar um projeto de lei. Sandro Tuxá – lembrou que o texto foi criado de comum acordo com a bancada do Governo, e o que foi falado é que não foi de consenso de todos. Nós temos um seminário super importante que vai acontecer semana que vem, onde vamos ter muitos líderes para conversar sobre essas questões que estão sendo pautadas. Acho que fica do jeito que foi tratado aqui. Surgindo essas possibilidades, nós vamos levar para as bases. Luiz Titiah – Fez uma observação: A falha que está tendo aqui é da bancada do Governo, vamos estar levando para a comunidade e apresentando para as comunidades. Marcos Xucuru – Iremos remeter isso às lideranças que vão vir para a reunião com a presidência da FUNAI. Lourenço – Queria aproveitar para encaminhar a participação das comunidades, não só no Maranhão. Que a FUNAI dê condições de andar nas aldeias para passar essas informações pessoalmente para as lideranças, e não só para os que vem para a reunião com a presidência da FUNAI. Francisca Paresi – Só quero deixar registrada a minha indignação. Em vários momentos nós tivemos a oportunidade de fazer essa discussão e os indígenas pensam que essa questão estava encaminhada, o Governo está se retirando e a gente que vai ter que segurar isso sozinhos. Natália - MJ – Essas alternativas são para não perder o trabalho do Estatuto. Para que esse projeto seja apresentado como uma emenda global, deve ter a maioria no Congresso. A gente está buscando alternativas para que isso seja resolvido. Pierlângela – A proposta é: - Que você apresente na reunião que vai ter com as lideranças e explique isso, não somos nós que vamos levar outras propostas, não é de nossa responsabilidade apresentar outras alternativas. Se as lideranças ouvirem essas propostas e decidirem, aí sim. Porque nós já temos a nossa posição.

Presidente Marta Azevedo – “Está claro, são alternativas. Ficou clara sua explicação Natália, das dificuldades lá no Congresso. Desde o dia que eu assumi a FUNAI a gente tem encarado o Congresso e muitas vezes sozinhos. Para todos os indígenas, eu tenho dito que é necessária a mobilização indígena no Congresso. Como presidente da FUNAI eu queria dizer que a gente não está sendo desleal aos povos indígenas, a gente reforçou a assessoria parlamentar, temos trabalhado conjuntamente com a assessoria parlamentar do Ministério da Justiça. A dificuldade é enorme e a gente precisa dessa mobilização”. Brasílio – Questão de ordem – Que o Ministério da Justiça e a FUNAI ajude a realizar a mobilização indígena, porque necessitamos de ajuda nesse cenário mais difícil para os povos indígenas no Brasil. Natália – “Da mesma forma que a gente entende que vocês tem que se reportar com as lideranças, com as bases, para entrarem em um acordo, queria que vocês entendessem o nosso lado, porque tudo que a gente faz aqui precisa ser revalidado nas nossas bases. Eu posso ir lá e explicar essas alternativas. A gente precisa do apoio de vocês enquanto CNPI para que vocês nos informem o que está acontecendo lá na base de vocês. Precisamos se reinserir e Tonar essa luta pra frente, sem desconsiderar o que já foi realizado”. Presidente Marta Azevedo – Acho que a gente vai ter a semana que vem para acompanhar essa discussão no seminário que será realizado. Só queria registrar aqui que a FUNAI está trazendo a lista de terras com a situação processual de cada terra, isso é uma coisa que a gente já vai passar para a Subcomissão de Terras. Sandro Tuxá – Na semana que vem, na reunião, será o momento melhor para que a FUNAI mostre as atividades já desenvolvidas, porque aí não vai ser só na CNPI, mas com todas as lideranças de bases. Marcos Xucuru – Questão de ordem – A competência dessa Comissão, qual é? Discutir as políticas. Nós temos que propor como melhorar a situação. Está posta a situação da reestruturação da FUNAI, a situação está crítica em algumas regiões, agora a gente tem uma questão prioritária. Essa Comissão tem a incumbência de fazer algumas recomendações, para ver a questão da contratação de concurso público, de contratação de funcionários, tentar colocar mais recursos para a FUNAI. Essas questões que acontecem localmente devem ser tratadas com a presidência da FUNAI, às vezes a gente traz alguns assuntos que não são para essa Comissão tratar. Presidenta Marta Azevedo – propôs levantar todas as propostas de encaminhamentos para deliberar o que pode ser objeto de discussão na CNPI. Sobre a Portaria 303, foi deliberada a elaboração de uma resolução da CNPI. Pierlângela – resolução solicitando que a AGU disponibilize mais procuradores para a FUNAI. Lindomar – Deliberação da saúde, vamos conversar para que seja garantido duas vagas na Conferência Nacional da Saúde e que os usuários sejam indígenas, e que, se fosse possível, encaminhar já os dois nomes. Marta Azevedo – O que podemos fazer é uma resolução recomendando que seja garantido essas vagas. Bianca – Que haja uma recomendação solicitando a participação da CNPI na comissão organizadora da 5ª Conferencia, e que seja priorizada a questão do trabalhador indígena. Presidenta Marta Azevedo – perguntou se todos concordavam com a deliberação da participação indígena na Conferência? Só queria deixar registrado em ata, que você, Bianca, nos ajude a fazer para eu assinar. Pediu que a bancada indígena indicasse os nomes para serem incluídos na resolução para a SESAI. A segunda é a solicitação de que a AGU lote procuradores federais nas CRs que tenham afinidades com os povos indígenas. Na Comissão de Justiça e Cidadania eles deixaram uma redação

na memória, que a gente utilize esse texto. E, por último, que a FUNAI dê prioridade à instalação das CTLs, equipar, para atender a cada uma das aldeias e TIs em todos os locais do Brasil. Temos três deliberações que irão resultar em três resoluções. Sandro Tuxá – Lembrou que na sua Subcomissão, foi solicitada a elaboração de um documento da CNPI para que participem do Conselho Nacional de Segurança Pública, para que eles possam compreender melhor o universo indígena. Rosa Pitaguary – Ressaltou que a CNPI deve encaminhar um documento aos representantes de governo nas Subcomissões, reforçando a presença imprescindível dos mesmos nas reuniões. Presidenta Marta Azevedo – Será convidado um representante do Ministério da Comunicação para a próxima reunião da CNPI. Ficaram três deliberações, ficou pendente a questão do Conselho Nacional de Segurança Pública, mas será encaminhada. Então, terminado, vamos fazer a pauta da 20ª reunião ordinária da CNPI. Atualizando um pouco, entendo que a PNGATI será objeto de pauta, e a questão da educação escolar indígena, vocês vão querer manter como ponto de pauta? Pierlângela – Não, será para a Subcomissão. O que a gente queria era discutir melhor a questão fundiária na próxima reunião. Marta Azevedo – Vamos deixar esses dois temas: PNGATI e terra, lembrando que cada membro poderá encaminhar pontos para serem inseridos na pauta. Sandro Tuxá - estarmos vigilantes, temos que ter um acompanhamento jurídico melhor, uma assessoria. Ao mesmo tempo eu queria saber até quando a gente vai assegurar a participação de nossos representantes, e que eles possam estar acompanhando de forma participativa nos fóruns de discussões. Solicitou que a presidenta garantisse a presença desses representantes nesses espaços. Marta Azevedo – Ressaltou que tem falado nessa questão de repensar a representação e participação dos indígenas, porém, ficou pendente. O que se quer, prioritariamente, é tocar o PL que cria o Conselho. Encerrou a reunião as 20h30 agradecendo a presença de todos (as). _________________________________________________________________