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UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS EXATAS E BIOLÓGICAS CURSO : LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA DISCIPLINA : METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO PROFESSOR : WAGNER PRETOLA RELAÇÕES MÉTRICAS E TRIGONOMÉTRICAS DO TRIÂNGULO RETÂNGULO Alunos do 4° Semestre Noturno Daniel de Freitas Magali Ap. C.L. dos Santos Rafael Vicente Barros 1

MONOGRAFIA

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Page 1: MONOGRAFIA

UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS EXATAS E BIOLÓGICAS

CURSO : LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA

DISCIPLINA : METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO

PROFESSOR : WAGNER PRETOLA

RELAÇÕES MÉTRICAS E TRIGONOMÉTRICAS

DO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Alunos do 4° Semestre Noturno

Daniel de FreitasMagali Ap. C.L. dos Santos

Rafael Vicente Barros Sabrina Raposo Elias

Samanta Raposo Elias

São Paulo

Novembro de 2006

SUMÁRIO

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Page 2: MONOGRAFIA

1. QUEM FOI PITÁGORAS, 5

1.2. A Escola Pitágorica, 6

1.3. A Crise na Escola Pitágorica, 7

1.4. A História e Lenda do Teorema de Pitágoras, 8

2. DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA DE PITÁGORAS, 10

2.1. O Teorema de Pitágoras Diz:, 10

2.2. Relação dos Lados do Triangulo Retângulo, 11

2.3.1. 1° Demonstração do Teorema de Pitágoras, 13

2.3.2. 2° Demonstração do Teorema de Pitágoras, 15

2.3.3. 3° Demonstração do Teorema de Pitágoras, 16

2.3.4. 4° Demonstração do Teorema de Pitágoras, 16

2.3.5. 5° Demonstração do Teorema de Pitágoras, 17

2.3.6. 6° Demonstração do Teorema de Pitágoras, 17

2.3.7. 7° Demonstração do Teorema de Pitágoras, 18

2.3.8. 8° Demonstração do Teorema de Pitágoras, 19

3. APLICAÇÕES DO TEOREMA DE PITÁGORAS, 20

3.1 Exercícios de Aplicações do Teorema de Pitágoras, 26

4. HISTÓRIA DA TRIGONOMETRIA, 30

4.1. A Circunferência Trigonométrica, 33

4.2. Tangente, 36

4.3.1. Ângulos no Segundo Quadrante, 36

4.3.2. Ângulos no Terceiro Quadrante, 37

4.3.3. Ângulos no Quarto Quadrante, 38

4.4.1. Simetria em Relação ao Eixo OX, 38

4.4.2. Simetria em Relação ao Eixo OY, 39

4.4.3. Simetria em Relação a Origem, 39

4.5.1. Primeira Relação Fundamental, 40

4.5.2. Segunda Relação Fundamental, 41

4.6. Seno, Cosseno e Tangente da Soma e da Diferença, 41

5. Exemplos de Aplicações Trigonométricas no Triangulo Retângulo, 48

5.1 Exercícios de Aplicações das Relações Trigonométricas, 54

CONCLUSÃO, 57

BIBLIOGRAFIA, 58

INTRODUÇÃO

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Page 3: MONOGRAFIA

Algumas reflexões que fizemos sobre as origens das relações métricas e

trigonométricas, fizeram com que nos tivéssemos a esperança de evitar estes

inconvenientes, reunindo vantagens para interessar e esclarecer os principiantes.

Pensei que esta ciência, como todas as outras, deve ter-se formado degrau a

degrau, que possivelmente houve alguma necessidade de dar os primeiros

passos e que estes primeiros passos não podiam estar fora do alcance dos

principiantes, dado que tinham sido os principiantes os primeiros a dá- los.

Ao despir a Matemática das suas longas tradições para vestir-la com

conjuntos e estruturas, muitos assuntos perderam todo o encanto e atração..

Talvez não tenhamos despejado o bebe juntamente com a água da banheira ao

retirar às matemáticas o conjunto dos assuntos e dos capítulos mais antigos e

menos coerentes, mas perdemos com certeza o sabão: sabemos como é fácil

encontrar estudantes que pensam que as matemáticas cheiram mal.

A obra a seguir é um conjunto de regras matemáticas que quebra um

pouco a regra dos livros matemáticos, pois demos importância a contar de onde

veio, como veio, e para que serve tal conta, “achar” tal x, procuramos desta forma

acabar com algumas perguntas por que? , de onde veio ? mas para que serve?.

Para isso a obra tem historia de Pitágoras historia da trigonometria demonstração

do teorema de Pitágoras demonstração de formulas trigonométricas e aplicações

destas teorias.

A história de Pitágoras ela chega a ser um pouco filosófica pois com todas

pesquisas feitas não se pode afirmar se Pitágoras existiu, algumas teorias diz que

sim existiu e da até sua arvore geneológica e mostrando até a profissão de seu

pai, outras teorias diz que não tem certeza mas tem certeza da escola pitagorica e

atribui a esta as descobertas pitágoricas sem afirma que existia o ser humano

pitágoras.

As demonstrações do teorema pitágoras dão importância ao teorema pois

teve grandes personalidades que demonstraram o teorema como Leonardo da

Vinci e o ex presidente dos E.U.A James Abram Garfield, estima se que tenha

quase 400 demonstrações do teorema de pitágoras e este é o teorema mais

famoso do mundo e mostramos onde e quando aplicar o toerema.

A palavra Trigonometria significa “medida dos triângulos” e é a parte da

Matemática que tinha como objetivo inicial, o cálculo dos elementos de um

triângulo ( lados e ângulos). A trigonometria nos influenciou e influencia ate os

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dias de hoje já que o “relógio de ponteiro” e o circulo trigonométrico ,tem cada

parte dividida em 60 (sessenta), e cada parte é novamente dividida em 60

(sessenta) partes, estas parte como no circulo trigonométrico, tem o nome

respectivamente de minuto e segundo, a diferença é que o circulo tem 360 partes

e gira no sentido anti- horário e o relógio tem 60 partes. Atualmente, a

trigonometria não se limita a estudar somente os triângulos mas encontramos

suas aplicações em campos de atividades como, Engenharia, Astronomia,

Eletricidade, Acústica, Topografia, que dificilmente lembram os triângulos da

trigonometria.

1. QUEM FOI PITÁGORAS ?

 

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Pitágoras,foi um dos maores filósofos da Europa antiga, e considerado o

primeiro matemático puro,era filho de um gravador,Mnesarco.Nasceu cerca de

580 anos a .c. , em Samos, uma ilha do mar Egeu, ou, segundo alguns, em

Sidon,na Fenícia.Muito pouco se sabe sobre a sua juventude , a não ser que

conquistou prêmios nos jogos Olímpicos.

Chegando à idade adulta e não se sentindo satisfeito com os

conhecimentos adquiridos em sua terra, deixou a ilha onde vivia e passou muitos

anos viajando, a maioria dos grandes centros da sabedoria.A história conta a sua

peregrinação em busca de conhecimentos, que se estenderam ao Egito ,

Indostão , Pérsia , Creta e Palestina, e como adquiriu em cada pais novas

informações , conseguindo familiarizar-se com a Sabedoria Esotérica, assim

como os conhecimentos esotéricos neles disponíveis.

Voltou, com a mente repleta de conhecimentos e a capacidade de

julgamento amadurecida, à sua terra, onde tencionava abrir uma escola para

divulgar os seus conhecimentos,o que porém, se mostrou impraticável, devido à

oposição do turbulento tirano Policrates, que governava a ilha. Em vista do

fracasso de uma tentativa migrou para Crotona, importante cidade da Magna

Grécia , que era uma colônia fundada pelos dórios na costa meridional da Itália.

Foi ali que o famoso filósofo fundou a escola ou Sociedade de Estudiosos,

que se tornou conhecida em todo o mundo civilizado como o centro de erudição

na Europa; foi ali que secretamente, Pitágoras ensinou a sabedoria oculta que

havia coligido dos ginosofistas e brâmanes da Índia,dos hierofantes do Egito, do

Oráculo de Delfos, da Caverna de Ida e da cabala dos rabinos hebreus e magos

caldeus .

Durante cerca de quarenta anos ele lecionou para os seus discípulos e

exibiu os seus maravilhosos poderes; mas foi posto um fim à sua instituição,e ele

próprio foi forcado a fugir da cidade, devido a uma conspiração e rebelião

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surgidas em decorrência de uma disputa entre o povo de Crotona e os habitantes

de Sibaris; ele conseguiu chegar a tradição morreu mais ou menos em 500 a . c..

1.2. A Escola de Pitágoras

O símbolo que representava os pitagóricos era o pentagrama ou pentágono

estrelado, isto devido às propriedades desta figura, pois ao desenharmos um

pentágono regular e traçarmos as suas diagonais, veremos que elas se cruzam e

formam um novo pentágono interior ao anterior. A interseção de duas diagonais

divide a diagonal de uma forma especial chamada pelos gregos de divisão em

média e extrema razão e que conhecemos também como secção áurea.

A escola de Pitágoras tinha várias características peculiares. Cada

membro era obrigado a passar um período de cinco anos de contemplação,

guardando perfeito silencio; os membros tinham tudo em comum e abstinha-se de

alimentos de origem animal; acreditavam na doutrina da metempsicose, e tinham

uma fé ardente e absoluta no seu mestre e fundador da escola .

O elemento da fé entrava a tal ponto na sua aprendizagem, que “autos

efa” -ele disse - constituía uma destacada feição da escola; por isso,a sua

afirmação “Um amigo meu é 0 meu outro eu” tornou-se um provérbio naquele

tempo. O ensino era em grande parte secreto, sendo atribuídos a cada e grau de

instrução certos estudos e ensinamentos; somente o mérito e a capacidade

permitiam a passagem para uma classe superior e para o conhecimento de

mistérios mais recônditos.

A ninguém era permitido registrar por escrito qualquer principio ou doutrina

secreta, e, pelo que se sabe,nenhum discípulo jamais violou a regra até depois da

morte de Pitágoras e da dispersão da escola.Depende-se assim,inteiramente,

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dos fragmentos de informações fornecidas pelos seus sucessores, e pelos seus

críticos ou críticos dos seus sucessores.

Uma considerável incerteza é portanto, inseparável de qualquer

consideração das doutrinas reais do próprio Pitágoras, mas pisa-se um terreno

mais firme quando se investiga as opiniões dos seus seguidores.

Sabe-se que as suas instruções aos seguidores eram formuladas em duas

grandes divisões: a ciência dos números e a teoria da grandeza. A primeira

dessas divisões incluía dois ramos: a aritmética e a harmonia musical; a segunda

era subdividida também em dois ramos, conforme se tratava da grandeza em

repouso – a geometria,ou grandeza em movimento – a astronomia. As mais

notáveis peculiaridades das suas doutrinas apoiavam a sua filosofia.

Os princípios que governam os Números eram, supunha-se os princípios

de todas as Existências Reais; e, como os números são os componentes

primários das Grandezas Matemáticas e, ao mesmo tempo,apresentaram muitas

analogias com várias realidades, deduzia-se que os elementos dos números eram

os elementos das realidades.

Acredita-se que os europeus devem ao próprio Pitágoras os primeiros

ensinamentos sobre as propriedades dos Números,dos princípios da música e da

física; há provas, porém de que ele visitou a Ásia Central,e ali adquiriu as idéias

matemáticas que foram à base da sua doutrina. A maneira de pensar introduzida

por Pitágoras e seguida pelo seu sucessor Jamblico e outros,tornou-se conhecida

mais tarde pelos títulos de Escola Italiana ou Escola Dórica.

1.3. A Crise na Escola Pitagórica

Uma das mais importantes descobertas da Escola Pitagórica foi a de que

dois segmentos nem sempre são comensuráveis, ou seja, nem sempre a razão

entre os comprimentos de dois segmentos é uma fração de números inteiros

(número racional). Essa descoberta foi uma conseqüência direta do teorema de

Pitágoras: se um triângulo retângulo tem catetos de comprimento 1, sua

hipotenusa terá um comprimento x satisfazendo x2 = 2, e portanto a razão entre a

hipotenusa e um cateto não será uma fração de dois inteiros, já que a raiz

quadrada de 2 é um número irracional. Parece que isso desgostou profundamente

os Pitagóricos pois era uma descoberta inconciliável com a teoria dos números

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pitagórica. Somente no século IV a.C., Eudoxo, com sua teoria das proporções,

redefiniu um conceito mais geral de razão entre dois segmentos, permitindo, em

sua teoria, definir-se a razão entre dois segmentos comensuráveis ou não.

1.4. História e Lenda do Teorema de Pitágoras

Os geômetras gregos elevaram a um altíssimo grau de perfeição, técnica e

lógica,o estudo das proporções entre grandezas, em particular o confronto entre

figuras semelhantes. Eles baseiam-se em tal estudo o calculo não só de

comprimentos incógnitos, mas também das áreas de muitas figuras planas

limitadas por retas, ou de volumes de sólidos limitados por planos.

Para confrontar as áreas das duas figuras planas semelhantes (isto é, da

mesma forma) é preciso confrontar não os lados correspondentes, mas os

quadrados dos lados correspondentes. No entanto, alguns matemáticos estão de

acordo com os estudiosos que pensam que os gregos fizeram o cálculo das,

áreas num primeiro momento, por via mais simples e natural do que aquela que

se baseia no confronto de figuras semelhantes e, em geral, sobre as proporções.

Um exemplo famoso, é o de Pitágoras e do seu teorema: “Num

triângulo retângulo, a área do quadrado construído sobre a hipotenusa é igual à

soma das áreas dos quadrados construídos sobre os dois catetos”.

A lenda diz que Pitágoras compreendeu tão bem a importância da sua

demonstração que ordenou uma hecatombe,isto é, o sacrifício de cem bois aos

deuses, em sinal de agradecimento e de alegria.

Naturalmente, sobre a descoberta de Pitágoras não temos jornais, nem

revistas da época,porque naquela época não havia nem jornais,nem livros, nem

revistas. Temos só lendas,ou melhor, histórias de escritores que viveram séculos

depois. Todavia, muitas razões nos induzem a acreditar na << história de

Pitágoras >>.Talvez não se tenha chamado Pitágoras,talvez não tenha matado

cem bois,mas um só,ou talvez não tenha sacrificado nem sequer um cordeirinho:

tudo isto pode ser só lenda.

Mas que um estudioso da Grande Grécia (com esta expressão incluiam-se

a Itália Meridional e a Sicília),que viveu seiscentos anos a . c. , tenha mostrado

com um raciocínio geral a relação, a que chamamos Teorema de Pitágoras, entre

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os quadrados dos catetos e o da hipotenusa, para cada possível triângulo

retângulo,acreditamos que seja verdade.

Sabemos,para além disso, que o tempo de Pitágoras, nas ilhas gregas e na

Grande Grécia, a geometria de recolha de regra práticas e de observações

separadas, como aquela que recordamos agora, se transforma em ciência

racional, isto é em raciocínios gerais sobre as figuras em geral. Portanto

Pitágoras – hecatombe ou não hecatombe – demonstrou verdadeiramente, cerca

de seiscentos anos a . c ., que “A soma dos quadrados dos dois catetos,num

triângulo retângulo, é sempre igual,ou melhor, equivalente, ao quadrado da

hipotenusa".

Entre as descobertas sobre a matemática atribuídas aos pitagóricos

podemos citar: A classificação dos números em: primos e compostos, pares e

ímpares, amigos, perfeitos , figurados e a descoberta dos irracionais; o máximo

divisor comum e o mínimo múltiplo comum;que a soma dos ângulos internos de

um triângulo é igual a dois ângulos retos; se um polígono tem n lados, então a

soma dos ângulos internos do polígono é igual a (2n - 4) ângulos retos; os

pitagóricos são responsáveis pelo descobrimento da tabuada. Também

desenvolveram métodos geométricos para demonstrar diversas identidades

algébricas e estudaram os sólidos regulares: tetraedro, o cubo e o dodecaedro.

2. DEMONSTRAÇÕES DO TEOREMA DE PITÁGORAS

Nesta parte de nosso trabalho temos demonstrações do teorema de

Pitágoras onde verificaremos algumas demonstrações, há uma estimativa

aproximada de 400 demonstrações diferentes destacam nessas algumas feitas

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por algumas personalidades como Leonardo da Vinci, Bháskara e o presidene

dos E.U.A James Abram Garfield.

2.1. O teorema de Pitágora diz:

“Num triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos

quadrados dos catetos”.

No geral, a demonstração do teorema de Pitágoras nos livros escolares

tem um enfoque bastante algébrico: a partir de semelhança de triângulos tem-se

relações de proporcionalidade e com alguma álgebra obtem-se o resultado.

Vamos apresentar uma demonstração com grande apelo visual, usando conceito

de área. Para isto enunciamos o teorema de forma Diferente:

“Num triângulo retângulo a área do quadrado com lado igual à hipotenusa é

igual a soma das áreas dos quadrados com lados iguais aos catetos".

Nesta demonstração acima temos que partir do Teorema de Pitágoras

onde a2 = b2 + c2. onde a, b e c são quadrados colocando a e b como catetos

(cateto é um lado do triangulo) e c como hipotenusa (hipotenusa é um cateto so

que ele tem uma posição especial ele fica oposto ao ângulo reto 90°), então

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aplicando medidas aos catetos podemos verificar se o triangulo é ou não

retângulo e assim demonstrar a veracidade do teorema.Seguindo Exemplo na

pág 20.

2.2. Relações dos lados do Triangulo retângulo

 Do vértice do ângulo reto de um triângulo retângulo, se abaixarmos uma

perpendicular à hipotenusa.

Primeiro cada cateto é meio proporcional entre a hipotenusa inteira e o

segmento adjacente.

Segundo a perpendicular é meia proporcional entre os dois segmentos da

hipotenusa.

Sejam (fig. 3) o triângulo retângulo ABC e a perpendicular h abaixada do

vértice do ângulo reto A sobre a hipotenusa a.

A hipotenusa é igual à soma das projeções.

O quadrado da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto das

projeções dos catetos.

O quadrado de um cateto é igual ao produto entre a sua projeção(que se

encontra do seu lado) e a hipotenusa.

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O produto entre a hipotenusa e a altura relativa a ela é igual ao produto dos

catetos.

Primeiro devemos ter: e

Com efeito, os triângulo retângulo ABC e CD são semelhantes, por serem

ambos retângulos e terem o angulo agulho C comum. (Dois triângulos retângulos

são semelhantes quando tem um angulo igual; porque neste caso os três ângulos

são respectivamente iguais). Portanto, estes triângulos tem lados proporcionais (a

hipotenusa de ABC, sobre b, hipotenusa de ADC, iguala b, oposto a B em ABC

m, oposto a b’ em ADC), e podemos escrever:

ou b2 = am (1)

Os triângulos ABC e ABD são também semelhantes, porque ambos são

retângulos e tem o ângulo agudo B comum. Assim temos:

ou c2 = a.n (2)

Segundo devemos ter: ou h2 = m.n

Com efeito os triângulo ACD e ABD, sendo ambos semelhantes ao

triângulo total ABC, são semelhantes entre si. Por conseguinte, tem os lados

homólogos proporcionais e temos:

ou h2 = m.n

Pela definição do teorema: Em todo triângulo retângulo, o quadrado da

hipotenusa iguala a soma dos quadrados dos catetos.

Com efeito, fazendo a soma das igualdades (1) e (2) do teorema

precedente, vem:

b2 + c2 = a.m + a.n

b2 + c2 = a(m + n)

b2 + c2 = a.a

b2 + c2 = a2

a2 = b2 + c2

através das demonstrações das relações no triangulo retângulo dada

acima podemos verificar mais duas demonstrações a seguir.

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Page 13: MONOGRAFIA

2.3.1. 1° Demonstração do Teorema de Pitágoras

O quadrado construído sobre a hipotenusa de um triângulo retângulo é

igual à soma dos quadrados construídos sobre os dois outros lados.

Seja (fig.1) o triângulo ABC e sejam BCDE o quadrado construído sobre a

hipotenusa, M e M’ os quadrados construídos sobre os lados; devemos ter: BCDE

= M + M’. Do ponto A, abaixemos a perpendicular AG que divide o quadrado

BCDE em dois retângulos R e R’. Se demostrarmos que R = M e R’= M’, teremos

mostrado que R + R’ ou BCDE = M + M’.

Traçando as retas AE e FC; formam dois triângulos ABE e FBC, iguais por

terem um ângulo igual compreendido entre lados respectivamente iguais, a saber:

o ângulo ABE iguala o ângulo FBC, porque ambos são formados de um ângulo

reto e do ângulo a ; AB = BF, como lados de um mesmo quadrado, e BC = BE

pela mesma razão.

Por outra partea superfície do triângulo ABE vale a metade da do retângulo

R, porque estas duas figuras têm mesma base, BE e mesma altura, AI ou BH, do

mesmo modo, a superfície do triângulo FBC vale a metade da do quadrado M,

porque ambas têm a mesma base, BF, e mesma altura, CL ou AB, por

conseguinte, o retângulo R é equivalente ao quadrado M. Assim temos: quadrado

M = ao retângulo R ou 2x o triângulo ABE ou 2x o triângulo FBC.

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Page 14: MONOGRAFIA

Traçando as retas(fig.2) AD e BJ; formam dois triângulos ACD e BCJ,

iguais por terem um ângulo igual compreendido entre lados respectivamente

iguais, a saber: o ângulo ACD iguala o ângulo BCJ, porque ambos são formados

de um ângulo reto e do ângulo b ; AC = CJ, como lados de um mesmo quadrado,

e BC = CD pela mesma razão.

Por outro parte a superfície do triângulo ACD vale a metade da do

retângulo R’, porque esta duas figuras têm mesma base, CD e mesma altura, AK

ou CH. Do mesmo modo, a superfície do triângulo BCJ vale a metade da do

quadrado M’, porque ambas têm a mesma base, CJ, e, mesma altura, BL ou AC.

Por conseguinte, o retângulo R’ é equivalente ao quadrado M’. Assim temos:

quadrado M’= ao retângulo R’ ou 2x o triângulo ACD ou 2x o triângulo BCJ.

Por conseguinte, temos R + R’ ou BCDE = M + M’.

A superfície de um quadrado sendo igual ao quadrado de seu lado, se

representarmos por a, b, c os três lados de um triângulo retângulo, teremos:

a2 = b2 + c2.

2.3.2. 2° Demonstração do Teorema de Pitágoras

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Page 15: MONOGRAFIA

2.3.3. 3° Demonstração do Teorema de Pitágoras

&

+

2.3.4. 4° Demonstração do Teorema de Pitágoras

c² = a² + b²

2.3.5. 5° Demonstração do Teorema de Pitágoras

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Page 16: MONOGRAFIA

James Abram Garfield (1831-1881), vigésimo presidente dos Estados

Unidos foi assassinado em 1881, era também general e tinha interesse na

Matemática. Ele mostrou o teorema de Pitágoras da seguinte forma:

Na figura acima os dois triângulos amarelos são idênticos. A área do

trapézio com bases a, b e altura a + b é igual à semi-soma das bases vezes a

altura. Por outro lado, a mesma área é também igual à soma das áreas dos 3

triângulos retângulos. Portanto:

Simplificando, obtemos a2 + b2 = c2.

2.3.6. 6° Demonstração do Teorema de Pitágoras

Leonardo da Vinci (1452-1579), pintor, escultor, engenheiro, arquiteto,

músico, anatomista, físico, ilustrador científico e matemático. Conhecido pela obra

de pintura “Mona Lisa” e “Última ceia”, também desenvolveu uma demonstração

do teorema de Pitágoras.

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Page 17: MONOGRAFIA

Os hexágonos ABCDEF e GEJIHF têm a mesma área, pois são

congruentes. Logo a área do quadrado FEJH é a soma das áreas dos quadrados

ABGF e CDEG.

2.3.7. 7° Demonstração do Teorema de Pitágoras

e podemos demonstrar o teorema utilizando somente o quadrado com o

outro quadrado inscrito sendo assim temos a área do quadrado maior é igual a

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Page 18: MONOGRAFIA

área do quadrado menor mais quatro vezes a área de um triangulo já que os

quatro triângulos são congruentes disso obtemos

(a + b)² = 4x(bxa)+c² 2Simplificando chegamos a a² + b² = c²

2.3.8. 8° Demonstração do Teorema de Pitágoras

O quadrado maior, de lado c, é

decomposto em quatro cópias do

triângulo retângulo e mais um pequeno

quadrado de lado a 

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Page 19: MONOGRAFIA

3. APLICAÇÕES DO TEOREMA DE PITÁGORAS

Nesta parte de nosso trabalho temos várias demonstrações do Teorema de

Pitágoras, exemplos de aplicações do mesmo .

Exemplo 1:

Sendo a,b e c as medidas dos comprimentos dos lados de um triângulo,

verifique quais dessa medidas determina um triangulo retângulo. Justifique.

a) a = 6; b = 7 e c = 13;

b) a = 6; b = 10 e c = 8.

Resolução:

Dada o postulado se um triângulo as medidas dos seus lados verificarem o

Teorema de Pitágoras então esse triângulo é retângulo pois o teorema de

Pitágoras e para o triângulo retângulo pode-se concluir se o triângulo é ou não

retângulo.

Se o quadrado da hipotenusa é igual a soma dos quadrados dos catetos

chegamos a conclusão que a hipotenusa é a maior medida do triângulo retângulo

já que é resultado da soma de dois catetos chegado a essa conclusões temos

que:

a)

          

Portanto as medidas dadas do triângulo com os lados 6,7 e 13 não se trata

de um triângulo retângulo pois ele não satisfaz o Teorema de Pitágoras, pois sua

resposta foi uma afirmativa incorreta pois 169 é diferente de 85 e não igual como

foi a resposta.

b)

          

Portanto as medidas dadas do triângulo com os lados 6,10 e 8 são de um

triângulo retângulo pois essas medidas satisfazem o Teorema de Pitágoras, pois

sua resposta foi uma afirmativa verdadeira.

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Page 20: MONOGRAFIA

Conclusão:

Dadas as medidas de um triângulo podemos verificar se é ou não um

triângulo retângulo.

Exemplo 2:

a) Calcule o valor de x na figura.

          

Como já verificamos na representação do Teorema de Pitágoras a

hipotenusa é o cateto oposto ao ângulo de 90° (ângulo reto, noventa graus).

Resolução:

Aplicando o teorema temos:

         

Portanto a hipotenusa do triângulo é 13, as medidas do triangulo da figura

tem os catetos com medidas 5 e 12 e a hipotenusa com medida 13.

b)

                    

Neste triângulo já foi dada a hipotenusa e um cateto este problema deseja

saber o outro cateto aplicando o Teorema de Pitágoras temos:

     

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Page 21: MONOGRAFIA

Portanto as medidas dos triângulos são os cateto de medida 4,5 e 6 e

hipotenusa 7,5.

Conclusão:

Com a análise de figuras podemos aplicar o teorema em situações

similares a este desde que consiga enquadrar situação nesta condições do

Teorema de Pitágoras.

Exemplo 3:

a) Qual era a altura do poste?

Resolução:

Verificamos que na figura o ângulo reto esta sendo formado pelo poste e o

chão, temos as medidas de dois catetos o de 3m e de 4m nos falta a medida da

hipotenusa e o problema deseja saber qual era a altura do poste, a altura do

poste era os 4m que continua no chão mais a parte do poste que caiu que

corresponde a hipotenusa, aplicando o teorema temos:

Portanto a hipotenusa tem 5m.

E a altura do poste é h = 4 + 5 = 9, portanto a altura do poste é de 9m.

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Page 22: MONOGRAFIA

b) Qual é a distância percorrida pelo berlinde.

   

Resolução:

Temos a berlinde (carrinho) representada na figura pela bola de cor roxa, o

berlinde inicialmente no topo da figura percorre o caminho representado pela bola

o exercício deseja saber qual é a distancia percorrida pelo berlinde. Primeiro

devemos calcular a distancia percorrida pelo belrinde na descida e depois somar

com a distancia percorrida horizontalmente na figura que corresponde a 2m. Para

calcular a distancia na descida devemos aplicar o Teorema de Pitágoras onde

temos 60cm e 25cm como catetos e hipotenusa a distancia percorrida na descida

do berlinde. Aplicando o teorema temos:

 

Temos que a distância percorrida na descida do berlinde é de 65cm, e para

calcular o percurso feito pelo berlide devemos somar os 2m que o berlinde

percorreu horizontalmente já que 2m=200cm. Temos:

Resposta: A distância percorrida pelo berlinde é de: 265 cm = 2,65 m.

22

Page 23: MONOGRAFIA

Exemplo 4:

a) Calcule a área da seguinte figura.

    

Resolução:

Temos na figura acima um trapézio o exercício pede o calculo da área da

figura que

é dada pela seguinte fórmula A=(b1+b2).h 2

Onde b1 e b2 correspondem as bases do trapézio, h é altura da figura que

é representado na figura com uma linha tracejada do lado direito da figura

portanto para calcular a h da figura devemos aplicar o Teorema de Pitágoras mas

antes de calcular devemos descobrir a medida de um cateto pois a figura só nos

fornece a hipotenusa que é 10cm, para descobrir a medida de um cateto devemos

efetuar a mesma divisão já feita do lado esquerdo no lado direito da figura assim

obtemos um retângulo e as duas bases do retângulo fica com 12cm para

completar 22cm que a base do trapézio temos 10cm para as duas pontas ficando

5cm para cada ponta assim já temos condições de aplicar o Teorema de

Pitágoras sendo assim temos:

Se desejamos por curiosidade calcular a área do trapézio devemos

substituir os valore na formula dada acima, sendo assim temos:

Portanto a área da figura é de 153cm quadrado.

23

Page 24: MONOGRAFIA

b) Calcule a área da figura abaixo.

              

Resolução:

Na figura acima temos um retângulo, onde nos foi fornecido a diagonal e

um lado do retângulo para calcularmos a área do retângulo devemos multiplicar a

medida de dois lados do retângulo que não sejam opostos. Tendo como fórmula

A=a.b, já temos um lado do retângulo que é 12cm queremos o outro lado o

exercício já nos fornece a diagonal que corresponde a hipotenusa e de medida

15cm já que esta oposto ao ângulo de 90° aplicando o Teorema de Pitágoras

temos:

    

Agora já temos os dois lados do retângulo e o calculo da área é:

 

Portanto a área do retângulo acima é de 108cm quadrado.

24

Page 25: MONOGRAFIA

3.1. Exercícios de Aplicações do Teorema de Pitágoras

1)Sabemos que os lados do triângulo retângulo recebem os nomes de

catetos e hipotenusa. Nos triângulos abaixo, diga quais são os catetos e qual é a

hipotenusa:

a = b = a= b=

a= b= c= a= b= c=

2)Calcule o valor de x em cada triângulo abaixo:

3) Na figura abaixo, através de alguns cálculos, conseguimos encontrar a

altura do triângulo (a altura está representada pelo x na figura). Observe:

Você acha que para encontrar o valor da altura foi utilizado o Teorema de

Pitágoras?

( ) sim ( ) não

25

X2 + 72 = 252

X2 + 49 = 625

X2 = 576

X2 = √576

X = ± 24 Como X é uma medida, então não pode ser negativo. Portanto, X = 24.

Page 26: MONOGRAFIA

4) Encontre no triângulo abaixo os valores de a, y e z.

5) Para executar um serviço, o trabalhador apoiou na laje de sua casa a

escada de 4,3 m de comprimento como mostra o esquema abaixo:

A base da escada, apoiada sobre um piso horizontal está afastada 1,8 m

da parede. Qual é a altura aproximada da construção?

6) Observe a figura e faça o que é pedido nos itens abaixo:

a) Calcule a área dos dois quadrados menores.

b) Some a área desse dois quadrados.

c) Calcule a área do quadrado maior.

d) Compare a área do quadrado maior com a soma realizada no item b.

O que você conseguiu observar através dessa comparação?

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Page 27: MONOGRAFIA

7) O acesso as uma garagem de uma casa, situada no subsolo, é feito por

uma rampa, conforme nos mostra o desenho. Sabe-se que a rampa AC tem 10,25

m de comprimento e a altura BC da garagem é 2,25 m. Qual a distância AB entre

o portão e a entrada da casa?

27

Page 28: MONOGRAFIA

8) Em um recente vendaval, um poste de luz de 9 metros de altura

quebrou-se em um ponto a distância x do solo. A parte do poste acima da fratura

inclinou-se e sua extremidade superior encostou no solo a uma distância de 3 m

da base do mesmo. A que altura x do solo o poste quebrou? Observe a figura a

seguir.

28

Page 29: MONOGRAFIA

4. HISTÓRIA DA TRIGONOMETRIA

O termo trigonometria é formado por três radicais gregos: tri (três), gonos

(ângulos) e metron (medir). Daí seu sentido literal – medida dos triângulos.

A Trigonometria é a área da Matemática cujo objetivo é o cálculo das

medidas dos elementos do triângulo (lados e ângulos). O estudo dos arcos deu

origem a uma circunferência denominada ciclo trigonométrico (circunferência

orientada, de raio 1 unidade de comprimento, na qual o sentido positivo é o anti-

horário). O ciclo trigonométrico nos permite calcular o seno, o cosseno e a

tangente de ângulos tais como 120º, 1550º, e de todos aqueles ângulos inviáveis

de se construir em um triângulo. No Ensino Fundamental, estuda-se a

Trigonometria no triângulo retângulo e no Ensino Médio, seu estudo é feito de

forma mais completa, generalizada e aplicada, a partir do ciclo trigonométrico, que

foi introduzido à trigonometria hindu no final do século IX pelo matemático árabe

Al-Bathani. Os primeiros estudos sistemáticos da Trigonometria que conhecemos

hoje (estudo das relações entre ângulos (ou arcos) e os comprimentos das cordas

que os subentendem) foram feitos pelos gregos por volta do século 400 a. C.

Aliás, foram os astrônomos que estabeleceram os fundamentos da

Trigonometria, pois se sabe que o famoso astrônomo grego Hiparco de Nicéia

(190 a.C. – 125 a.C.) foi quem empregou pela primeira vez relações entre os

lados e os ângulos de um triangulo retângulo. Hiparco, considerado o pai da

Astronomia, é também considerado o iniciador da Trigonometria. Hiparco, é

Influenciado pela Matemática babilônica, desenvolveu métodos para a

determinação de locais na superfície terrestre, criou o sistema de localização por

latitude e longitude, dividiu o ecúmeno segundo zonas climáticas, criou um

método de projeção estereográfica para a cartografia. Os babilônicos acreditavam

que a melhor base para realizar contagens era a base 60, pelo fato do número 60

ter muitos divisores (1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30, 60), e pode ser facilmente

decomposto num produto de fatores, o que facilita muito os cálculos,

principalmente as divisões. Hiparco também escolheu um múltiplo de 60 ao dividir

a circunferência. Cada uma das 360 partes iguais em que a circunferência foi

dividida recebeu o nome de arco de 1 grau, cada arco de 1 grau foi dividido em 60

29

Page 30: MONOGRAFIA

partes iguais e cada uma dessas partes recebeu o nome de arco de 1 minuto,

cada arco de 1 minuto também foi dividido em 60 arcos de 1 segundo.

A seguir, os principais filósofos e matemáticos e suas contribuições para a

Trigonometria, segundo Boyer.

Pitágoras (séc. VI a.C.): filósofo e matemático grego, nasceu na cidade de

Samos, fundou uma escola em Crotona (colônia grega na península itálica), cujos

princípios foram determinantes para evolução geral da matemática e da filosofia

ocidental. A observação dos astros sugeriu-lhe a idéia de que uma ordem domina

o universo. Nessa visão, também concluiu que a terra é esférica, uma estrela

entre as estrelas que se movem ao redor de um fogo central. Alguns pitagóricos

chegaram até a falar da rotação da Terra sobre seu eixo, mas a maior descoberta

de Pitágoras ou de seus discípulos refere-se às relações entre os lados do

triângulo retângulo: consiste em provar que a soma do quadrado dos catetos é

igual ao quadrado da hipotenusa. Os egípcios já sabiam que um triângulo cujos

lados são 3, 4, 5 tem ângulo reto, mas os pitagóricos foram os primeiros a

descobrir uma prova da proposição geral.

Tales de Mileto (séc. VI a.C): viajava muito pelos centros antigos de

conhecimento e deve ter obtido informações sobre astronomia e matemática,

aprendendo geometria no Egito, na Babilônia. Discípulo dos egípcios e caldeus,

recebeu o título de "primeiro matemático" verdadeiro, tentando organizar a

Geometria de forma dedutiva. Um resultado de seus estudos é o "Teorema de

Tales", segundo o qual um ângulo inscrito num semicírculo é um ângulo reto.

Arquimedes (séc. III a.C.): viveu na cidade de Sicarusa, uma colônia grega

situada na região de Sicília, Sul da Itália, adquiriu uma sólida formação em

matemática e descobriu um meio de determinar um valor mais exato para o

número p (a razão da circunferência de um círculo e seu diâmetro).

Ptolomeu (séc. II): nasceu na cidade de Ptolomais, à beira do rio Nilo,

defendeu o mundo geocêntrico (a Terra como centro do universo) que foi assim

considerada por 1500 anos. Era um observador e não um astrólogo de cadeira.

Em sua obra Almagesto, onde compilou os conhecimentos existentes na época

sobre Astronomia e Trigonometria, há uma tabela de cordas correspondentes a

diversos ângulos por ordem crescente e em função da metade do ângulo, o que é

equivalente a uma tabela de senos.

30

Page 31: MONOGRAFIA

Matemáticos árabes mais importantes (séc. X):o primeiro matemático árabe

a fazer avanços em trigonometria foi Abu'l Wafa, baseado nos dados que obteve

pesquisando a matemática indiana, achou que era preciso criar mais 3 razões

trigonométricas para calcular a órbita da lua com exatidão: a tangente, a secante

e a cossecante. O matemático Abu Nasr Mansur Ibn Iraq contribuiu na

trigonometria alterando o círculo trigonométrico, no qual eram baseados os

cálculos, de um círculo de raio 60 para um de raio 1, o que facilitou os cálculos

trigonométricos e alterou a trigonometria para sempre. Al-Jayyani foi o primeiro

matemático a publicar um livro dedicado ao estudo da trigonometria, o qual tem

uma importância histórica muito grande, já que os europeus o utilizaram como

referência em seus estudos na área durante muito tempo.

Bhaskara (séc. XII): nasceu na Índia. Sua maior contribuição para a

Trigonometria foi Siddhantasiromani, dividido em duas partes: uma sobre

matemática astronômica e outra sobre a esfera. Determinou um método

detalhado para construir uma tabela de senos para qualquer ângulo. É

interessante ressaltar que, apesar de haver trabalhado com equações de segundo

grau e formulado uma expressão que envolvia raízes quadradas (famosa entre

alunos de 8º série em diante), seu nome relacionado a esta fórmula,

aparentemente, só ocorre no Brasil, pois não encontramos esta referência na

literatura internacional, portanto, a nomenclatura "fórmula de Bhaskara" não é

adequada, pois problemas que recaem numa equação do segundo grau já

apareciam quase quatro mil anos antes, em textos escritos pelos babilônios, nas

tábuas cuneiformes.

Bartholomeo Ptiscus, ALbert Girard, W. Snell, Euler, Purback e Johann

Muller: no século XVI, Bartholomeo Ptiscus Inventou o nome Trigonometria e

Albert Girard contribuiu com as abreviações sen, cos e tg para as razões

trigonométricas.

W. Snell (séc. XVII), que é mais conhecido pela lei da refração, por volta de

1600, a fim de obter coordenadas dos pontos de uma região na superfície da

Terra, introduziu a idéia de triangulação. Snell usou uma pequena modificação da

versão clássica de triangulação para realizar a primeira medida de meridiano da

Terra.

31

Page 32: MONOGRAFIA

Euler, (séc. XVIII), ao usar sistematicamente o ciclo trigonométrico,

introduziu o conceito de seno, cosseno e de tangente como números e as

notações atualmente utilizadas.

No século VIII, importantes trabalhos de hindus foram traduzidos para o

árabe e responsáveis pelas notáveis descobertas feitas pelos matemáticos árabes

sobre a Trigonometria. No século XV, foi constituída a primeira tábua

trigonométrica por um matemático alemão, nascido na Baviera, chamado

Ppuurback, porém, o primeiro tratado feito de maneira sistemática sobre a

Trigonometria foi escrito pelo matemático alemão Johann Müller, também

chamado Regiomontanus, denominado Tratado dos Triângulos. Sabe-se que

Regiomontanus foi discípulo de Purback.

4.1. A Circunferência Trigonometrica

Dados dois pontos A e B numa circunferência, podemos sair de A e chegar

em B de diferentes maneiras:

andando no sentido anti-horário;

andando no sentido horário;

32

Page 33: MONOGRAFIA

andando no sentido anti-horário, dando algumas voltas na

circunferência e parando em B;

andando no sentido horário, dando algumas voltas na circunferência

e parando em B.

Em qual quer uma das situações descritas, fica determinado um diferente

arco na circunferência. Para que isso fique claro, a circunferência é orientada e,

33

Page 34: MONOGRAFIA

por convenção, o sentido anti-horário é considerado o sentido positivo do

percurso; conseqüentemente o horário é negativo.

Seno no No plano cartesiano, consideremos uma circunferência

trigonométrica, de centro em (0,0) e raio unitário. Seja M=(x',y') um ponto desta

circunferência, localizado no primeiro quadrante, este ponto determina um arco

AM que corresponde ao ângulo central a. A projeção ortogonal do ponto M sobre

o eixo OX determina um ponto C=(x',0) e a projeção ortogonal do ponto M sobre o

eixo OY determina outro ponto B=(0,y').

A medida do segmento OB coincide com a ordenada y' do ponto M e é

definida como o seno do arco AM que corresponde ao ângulo a, denotado por

sen(AM) ou sen(a).

Como temos várias determinações para o mesmo ângulo, escreveremos

sen(AM)=sen(a)=sen(a+2k )=y'

Para simplificar os enunciados e definições seguintes, escreveremos sen(x)

Para denotar o seno do arco de medida x radianos.

O cosseno do arco AM correspondente ao ângulo a, denotado por cos(AM)

ou cos(a), é a medida do segmento 0C, que coincide com a abscissa x' do ponto

M.

Como antes, existem várias determinações para este ângulo, razão pela

qual, escrevemos

cos(AM) = cos(a) = cos(a+2k ) = x'

34

Page 35: MONOGRAFIA

4.2. Tangente

Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica no ponto A=(1,0). Tal

reta é perpendicular ao eixo OX. A reta que passa pelo ponto M e pelo centro da

circunferência intersecta a reta tangente t no ponto T=(1,t'). A ordenada deste

ponto T, é definida como a tangente do arco AM correspondente ao ângulo a.

Assim a tangente do ângulo a é dada pelas suas várias determinações:

tan(AM) = tan(a) = tan(a+k ) = µ(AT) = t'

Podemos escrever M=(cos(a),sen(a)) e T=(1,tan(a)), para cada ângulo a do

primeiro quadrante. O seno, o cosseno e a tangente de ângulos do primeiro

quadrante são todos positivos.

Um caso particular importante é quando o ponto M está sobre o eixo

horizontal OX. Neste caso:

cos(0)=1,    sen(0)=0    e    tan(0)=0

Ampliaremos estas noções para ângulos nos outros quadrantes

4.3.1. Ângulos no Segundo Quadrante

Se na circunferência trigonométrica, tomamos o ponto M no segundo

quadrante, então o ângulo a entre o eixo OX e o segmento OM pertence ao

intervalo /2<a< . Do mesmo modo que no primeiro quadrante, o cosseno está

relacionado com a abscissa do ponto M e o seno com a ordenada deste ponto.

Como o ponto M=(x,y) possui abscissa negativa e ordenada positiva, o sinal do

seno do ângulo a no segundo quadrante é positivo, o cosseno do ângulo a é

negativo e a tangente do ângulo a é negativa.

35

Page 36: MONOGRAFIA

Outro caso particular importante é quando o ponto M está sobre o eixo

vertical OY e neste caso:

cos( /2)=0    e    sen( /2)=1

A tangente não está definida, pois a reta OM não intercepta a reta t, pois

elas são paralelas.

4.3.2. Ângulos no Terceiro Quadrante

O ponto M=(x,y) está localizado no terceiro quadrante, o que significa que o

ângulo pertence ao intervalo: <a<3 /2. Este ponto M=(x,y) é simétrico ao ponto

M'=(-x,-y) do primeiro quadrante, em relação à origem do sistema, indicando que

tanto a sua abscissa como a sua ordenada são negativos. O seno e o cosseno de

um ângulo no terceiro quadrante são negativos e a tangente é positiva.

Em particular, se a= radianos, temos que

cos( )=-1,    sen( )=0    e    tan( )=0

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Page 37: MONOGRAFIA

4.3.3. Ângulos no Quarto Quadrante

O ponto M está no quarto quadrante, 3 /2<a< 2 . O seno de ângulos no

quarto quadrante é negativo, o cosseno é positivo e a tangente é negativa.

Quando o ângulo mede 3 /2, a tangente não está definida pois a reta OP

não intercepta a reta t, estas são paralelas. Quando a=3 /2, temos:

cos(3 /2)=0,   sin(3 /2)=-1

4.4.1. Simetria em Relação ao Eixo OX

Em uma circunferência trigonométrica, se M é um ponto no primeiro

quadrante e M' o simétrico de M em relação ao eixo OX, estes pontos M e M'

possuem a mesma abscissa e as ordenadas possuem sinais opostos.

Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao

arco AM e b o ângulo correspondente ao arco AM', obtemos:

sen(a)=-sen(b)

cos(a)=cos(b)

tan(a)=-tan(a)

37

Page 38: MONOGRAFIA

4.4.2. Simetria em Relação ao Eixo OY

Seja M um ponto da circunferência trigonométrica localizado no primeiro

quadrante, e seja M' simétrico a M em relação ao eixo OY, estes pontos M e M'

possuem a mesma ordenada e as abscissa são simétricas.

Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao

arco AM e b o ângulo correspondente ao arco AM'. Desse modo:

sen(a)=sen(b)

cos(a)=-cos(b)

tan(a)=-tan(b)

4.4.3. Simetria em Relação a Origem

Seja M um ponto da circunferência trigonométrica localizado no primeiro

quadrante, e seja M' simétrico de M em relação a origem, estes pontos M e M'

possuem ordenadas e abscissas simétricas.

Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao

arco AM e b o ângulo correspondente ao arco AM'. Desse modo:

sen(a)=-sen(b)

cos(a)=-cos(b)

tan(a)=tan(b)

38

Page 39: MONOGRAFIA

4.5.1. Primeira Relação Fundamental

Uma identidade fundamental na trigonometria, que realiza um papel muito

importante em todas as áreas da Matemática e também das aplicações é:

sin²(a) + cos²(a) = 1

que é verdadeira para todo ângulo a.

Necessitaremos do conceito de distância entre dois pontos no plano

cartesiano, que nada mais é do que a relação de Pitágoras. Sejam dois pontos,

A=(x',y') e B=(x",y").

Definimos a distância entre A e B, denotando-a por d(A,B), como:

Se M é um ponto da circunferência trigonométrica, cujas coordenadas são

indicadas por (cos(a),sen(a)) e a distância deste ponto até a origem (0,0) é igual a

1. Utilizando a fórmula da distância, aplicada a estes pontos, d(M,0)=[(cos(a)-0)²+

(sen(a)-0)²]1/2, de onde segue que 1=cos²(a)+sin²(a).

39

Page 40: MONOGRAFIA

4.5.2. Segunda Relação Fundamental

Outra relação fundamental na trigonometria, muitas vezes tomada como a

definição da função tangente, é dada por:

tan(a) = sen( a) cos(a)

Deve ficar claro, que este quociente somente fará sentido quando o

denominador não se anular.

Se a=0, a= ou a=2 , temos que sen(a)=0, implicando que tan(a)=0, mas

se a= /2 ou a=3 /2, segue que cos(a)=0 e a divisão acima não tem sentido,

assim a relação tan(a)=sen(a)/cos(a) não é verdadeira para estes últimos valores

de a.

Para a 0, a , a 2 , a /2 e a 3 /2, considere novamente a

circunferência trigonométrica na figura seguinte.

Os triângulos OMN e OTA são semelhantes, logo:

AT = OAMN ON

Como AT=|tan(a)|, MN=|sen(a)|, OA=1 e ON=|cos(a)|, para todo ângulo a,

0<a<2 com a /2 e a 3 /2 temos

tan(a) = sen(a) cos(a)

4.6. Seno, Cosseno e Tangente da Soma e da Diferença

sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)

cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)

Dividindo a expressão de cima pela de baixo, obtemos:

tan(a+b)= sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b) cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)

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Page 41: MONOGRAFIA

Dividindo todos os quatro termos da fração por cos(a)cos(b), segue a

fórmula:

tan(a+b)= tan(a)+tan(b) 1-tan(a)tan(b)

Como

sen(a-b)= sen(a)cos(b)-cos(a)sen(b)

cos(a-b)= cos(a)cos(b)+sen(a)sen(b)

podemos dividir a expressão de cima pela de baixo, para obter:

tan(a-b)= tan(a)-tan(b) 1+tan(a)tan(b)

Representando as propriedades estudas acima no círculo trigonométrico temos:

Seja uma circunferência de centro O sobre a qual marcamos dois pontos

distintos, A e B. A cada uma das partes em que a circunferência fica dividida

chamamos arco de circunferência.

41

Page 42: MONOGRAFIA

Podemos tabular os valores trigonométricos dos ângulos agudos, isto é,

ângulos entre 1o e 89o.

Abaixo temos a tabela:

Ângulo sen cos tg

1 0,017452 0,999848 0,017455

2 0,034899 0,999391 0,034921

3 0,052336 0,99863 0,052408

4 0,069756 0,997564 0,069927

5 0,087156 0,996195 0,087489

6 0,104528 0,994522 0,105104

7 0,121869 0,992546 0,122785

8 0,139173 0,990268 0,140541

9 0,156434 0,987688 0,158384

10 0,173648 0,984808 0,176327

11 0,190809 0,981627 0,19438

12 0,207912 0,978148 0,212557

42

Page 43: MONOGRAFIA

13 0,224951 0,97437 0,230868

14 0,241922 0,970296 0,249328

15 0,258819 0,965926 0,267949

16 0,275637 0,961262 0,286745

17 0,292372 0,956305 0,305731

18 0,309017 0,951057 0,32492

19 0,325568 0,945519 0,344328

20 0,34202 0,939693 0,36397

21 0,358368 0,93358 0,383864

22 0,374607 0,927184 0,404026

23 0,390731 0,920505 0,424475

24 0,406737 0,913545 0,445229

25 0,422618 0,906308 0,466308

26 0,438371 0,898794 0,487733

27 0,45399 0,891007 0,509525

28 0,469472 0,882948 0,531709

29 0,48481 0,87462 0,554309

30 0,5 0,866025 0,57735

31 0,515038 0,857167 0,600861

32 0,529919 0,848048 0,624869

33 0,544639 0,838671 0,649408

34 0,559193 0,829038 0,674509

35 0,573576 0,819152 0,700208

36 0,587785 0,809017 0,726543

37 0,601815 0,798636 0,753554

38 0,615661 0,788011 0,781286

39 0,62932 0,777146 0,809784

43

Page 44: MONOGRAFIA

40 0,642788 0,766044 0,8391

41 0,656059 0,75471 0,869287

42 0,669131 0,743145 0,900404

43 0,681998 0,731354 0,932515

44 0,694658 0,71934 0,965689

45 0,707107 0,707107 1

46 0,71934 0,694658 1,03553

47 0,731354 0,681998 1,072369

48 0,743145 0,669131 1,110613

49 0,75471 0,656059 1,150368

50 0,766044 0,642788 1,191754

51 0,777146 0,62932 1,234897

52 0,788011 0,615661 1,279942

53 0,798636 0,601815 1,327045

54 0,809017 0,587785 1,376382

55 0,819152 0,573576 1,428148

56 0,829038 0,559193 1,482561

57 0,838671 0,544639 1,539865

58 0,848048 0,529919 1,600335

59 0,857167 0,515038 1,664279

60 0,866025 0,5 1,732051

61 0,87462 0,48481 1,804048

62 0,882948 0,469472 1,880726

63 0,891007 0,45399 1,962611

64 0,898794 0,438371 2,050304

65 0,906308 0,422618 2,144507

66 0,913545 0,406737 2,246037

44

Page 45: MONOGRAFIA

67 0,920505 0,390731 2,355852

68 0,927184 0,374607 2,475087

69 0,93358 0,358368 2,605089

70 0,939693 0,34202 2,747477

71 0,945519 0,325568 2,904211

72 0,951057 0,309017 3,077684

73 0,956305 0,292372 3,270853

74 0,961262 0,275637 3,487414

75 0,965926 0,258819 3,732051

76 0,970296 0,241922 4,010781

77 0,97437 0,224951 4,331476

78 0,978148 0,207912 4,70463

79 0,981627 0,190809 5,144554

80 0,984808 0,173648 5,671282

81 0,987688 0,156434 6,313752

82 0,990268 0,139173 7,11537

83 0,992546 0,121869 8,144346

84 0,994522 0,104528 9,514364

85 0,996195 0,087156 11,43005

86 0,997564 0,069756 14,30067

87 0,99863 0,052336 19,08114

88 0,999391 0,034899 28,63625

89 0,999848 0,017452 57,28996

Valores de algumas razões trigonométricas:

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Page 46: MONOGRAFIA

 0º 30° 45° 60° 90°

sen 0 1

cos 1 0

tg 0 1

cotg 1

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Page 47: MONOGRAFIA

5. EXEMPLOS DE APLICAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIANGULO

RETÂNGULO

Exemplo 1

Calcule a primeira determinação positiva do conjunto de arcos de mesma

extremidade que o arco A de medida: A= 810 graus..

resposta

Para o arco de 810° devemos obter quantas voltas completas este arco

tem pois 810°>360°. Dividindo 810 por 360, obteremos:

810 = 2,25 360conclusão

Este resultado significa que precisaremos dar duas voltas completas e mais

90° para completarmos o arco de 810°. Assim a primeira determinação positiva

será 90°.

Exemplo 2

Calcule a primeira determinação positiva do conjunto de arcos de mesma

extremidade que o arco A de medida A=-2000 graus.

resposta

Para o arco de medida -2000° devemos obter quantas voltas completas

este arco tem pois 2000°>360°. Dividindo 2000° por 360° teremos.

2000 = 5,55 360

Como a orientação é negativa, o ponto móvel se desloca no sentido

horário. O resultado da divisão significa que o ponto móvel percorre a

circunferência 5 vezes mais um arco de 20° no sentido horário.

A 1ª determinação positiva é dada por 360°-20°=340°.

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Page 48: MONOGRAFIA

Exemplo 4

4) Em cada caso, calcule sen, cos e tg dos ângulos agudos dos triângulos

retângulos abaixo.

resposta

para calcularmos seno, cosseno e tangente de um ângulo devemos ter as

seguinte relações, já devemos nesta a altura ambientalizarmos com alguns

termos que aparecem em notação da língua inglesa são elas seno=sin=sen,

cosseno=cos, tangente=tag=tg , secante=sec, cotangente=cot=cotg e

cossecante=cossec=csc

a)

sen c = __1__ cos c = __2__ tg c= __1__ √ 5 √ 5 2

sen b = __2 cos b = __1__ tg b = 2_ √5 √5 1

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Page 49: MONOGRAFIA

b)

Aplique a mesa propriedade feita acima:

sen e =___ cos e =___ tg e = ___

sen f =___ cos f =___ tg f =___

Exemplo 5

Um barco atravessa um rio de 80 m de largura, seguindo uma direção que

forma 70° com a margem de partida. Qual a distância percorrida pelo barco?

Resposta

Distancia percorrida x

Ponto de partida 70º

80 m

cos 70° = 0,34 0,34= _80_ x = 235,29 x

R: A distancia percorrida pelo barco é de aproximadamente 235,29 m

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Page 50: MONOGRAFIA

Exemplo 6

Considere a figura abaixo, onde AB=AD=1, BC=x, AC=y, DE=z e AE=w. Os

ângulos DÊA BCA e BFA são retos.

a) Determine o comprimento de AF e BF em função de x, y, z e w

b) Determine a tangente do ângulo  em função de x, y, z e w

Para resolver o item "a", devemos visualizar o triângulo abaixo:

Note que as medidas pedidas são os catetos do triângulo vermelho. Para

achar estes valores, vamos aplicar as fórmulas do seno e do cosseno do ângulo (

+ ):

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Page 51: MONOGRAFIA

sen ( + ) = BF ↔ BF= sen ( + ) 1

Aplicando a fórmula do seno da soma de dois ângulos e do cosseno da

soma de dois ângulos, temos:

BF = sen ( + ) ↔ 1) BF = sen cos   + cos sen

AF = cos ( + ) ↔ 2) AF = cos cos - sen sen

Agora, para saber os valores dos cossenos e senos necessários, vamos

olhar para outros triângulos:

Pelo triângulo acima laranja acima, podemos visualizar os valores das

funções trigonométricas do ângulo :

sen = _x_ ↔ sen = x 1

cos =_y_ ↔ cos = y 1Agora, olhando para o triângulo verde abaixo:

51

Page 52: MONOGRAFIA

Podemos calcular as funções trigonométricas do ângulo :

sen =_z_ ↔ sen =  z 1

cos =_w_ ↔ cos = w 1Agora, sabendo todos os valores necessários, podemos voltar para as

equações 1) e 2) e substituir da seguinte forma.

1) BF = sen cos   + cos sen

BF = xw + yz 

2) AF = cos cos - sen sen

AF = wy - zx

Estas são as respostas para o item "a" do exercício.

O item "b" agora fica fácil, olhando o triângulo vermelho da primeira figura,

vemos que:

tan =  AF BFSubstituindo pelos valores encontrados no item "a":

tan =  wy – zx xw + yzEsta é a resposta para o item "b".

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Page 53: MONOGRAFIA

5.1. EXERCICIOS DE APLICAÇÕES DAS RELAÇÕES

TRIGONOMETRICAS

1) Um navio encontra-se a 100 m de um farol. Sabendo-se que o farol é

visto do navio de um ângulo de 60º, calcule a sua altura.

2) Para alcançarmos o 1º andar de um edifício, subimos uma rampa de 6 m

que forma com o solo um ângulo de 30º. Qual a distância do solo ao 1º andar ?

3) Um barco atravessou um rio de 62 m de largura. Sabendo-se que a

correnteza fez com que ele navegasse com um ângulo de 30º em relação à

margem, calcule a distância percorrida.

4) A base de um triângulo isósceles mede 16 cm e o ângulo oposto a ela

mede 60º. Calcule a medida da altura relativa à base.

5) Calcule a medida do lado de um triângulo eqüilátero cuja altura mede 26

m.

6) Calcule a altura de um edifício, sabendo-se que, quando o sol está a 60º

acima do horizonte, a sombra projetada é 25 m.  

7) De um navio, um marinheiro avista a luz de um farol de um ângulo de

30º. Calcule a distância do navio ao farol, sabendo-se que a altura deste é 150 m.

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Page 54: MONOGRAFIA

8) Um observador, colocado a 10 m da base de um chaminé, vê seu ponto

mais alto de um ângulo de 60º. Calcule a altura dela.  

9) Determine o ângulo sobre o qual é vista uma torre de 18 m de altura,

sabendo-se que a distância do observador ao seu ponto mais alto é 36 m.  

10) Calcule o perímetro de um triângulo isósceles de base 30 cm, cujos

ângulos congruentes medem 30º.

11) Num triângulo de catetos medindo 3 dm e 4 dm, calcule o seno, o

cosseno e a tangente de seus ângulos agudos.

12) Num triângulo equilátero de lado 1,calcule seno, cosseno e tangente de

30 ° e 60 ° .

13) Seja um triângulo de catetos medindo 5 e12 .Calcule seno , cosseno e

tangente de seus ângulos agudos.

14) Seja um triângulo isósceles de catetos com medida 1 . Calcule seno ,

cosseno e tangente de 45 ° .

15) Calcular a medida dos catetos de um triângulo cuja hipotenusa mede 8

cm e um dos ângulos mede 30 ° .

16) Num triângulo , um cateto mede 10 cm e o ângulo oposto mede 60 ° .

Calcule a medida do outro cateto .

17) Enxergo o alto de um poste de altura l do outro lado de uma rua sb um

ângulo de 60 ° ,afasta-me em linha reta 100m , e vejo o alto do poste sob um

ângulo de 30 ° .Qual a largura da rua e qual é a altura do poste ?

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Page 55: MONOGRAFIA

18) Uma escada de 6m está apoiada em uma parede , formando com o

solo um ângulo de 60 ° Calcule as distâncias do pé da escada á parede e do solo

ao topo da escada.

19) O alto de um prédio com 6√3 m é visto sob um ângulo de 45°, a uma

distancia de x metros; se o observador se afastar y metros, será visto sob um

ângulo de 30°. Calcule os valores de x e de y.

20) Num triangulo um cateto mede 16 e seu ângulo oposto mede 30°.

Calcule a medida da sua hipotenusa e do outro cateto.

21) Um triangulo possui catetos que medem 8m e 6m. Calcule a medida da

hipotenusa e dos ângulos agudos deste triangulo.

22) Idem para o triangulo cujo os catetos medem 10m e 16m .

23) Num triângulo ABC, o cateto AB mede 3,5m e o cateto AC mede 7m.

Calcule a medida da hipotenusa BC, e as razões trigonométricas de seus ângulos

agudos.

24) A sombra de uma árvore mede 16m . Um observador do fim da sobra,

vê o topo da árvore sob um ângulo de 30°. Qual é a altura desta arvore?

25) Um triangulo ABC tem catetos medindo c= xm e a= ym,

respectivamente o ângulo oposto ao cateto AB mede 60°. Em linha reta, a partir

de C move-se 40m e marca-se um ponto D, e, o ângulo referente ao vértice D

mede 30°. Calcule os valores de x e y.

     

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Page 56: MONOGRAFIA

Conclusão

Esperemos que tenham gostado do nosso trabalho e do seu resultado final.

Talvez ele possa servir para alguns dos teus e meus colegas aprenderem um

pouco mais sobre Pitágoras e Trigonometria.

O trabalho teve algumas expectativas respondidas de nossa proposta

inicial, criou novos campos para pesquisa. Este trabalho, no qual procuramos

aplicar muito do que aprendemos no âmbito da disciplina, está longe de ser um

trabalho perfeito. Pelo contrário, reconhecemos, algumas críticas, reconhecemos

que teria sido possível ir mais longe. Só não o fizemos por limitações temporais.

Entretanto, podemos dizer que aprendemos, que evoluímos e esperamos que

trabalhos futuros aproveitem desta experiência.

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Page 57: MONOGRAFIA

BIBLIOGRAFIA

Dolce, Osvaldo, &, Iezzi, Gelson, &, Machado, Antonio; Matemática

e Realidade, São Paulo, editora Atual, 1993.

Dolce, Osvaldo, Pompeo, José Nicolau, Fundamentos de

Matemática Elementar 9, geometria plana, São Paulo, editora Atual, 1993.

Do site: www.prof2000.pt/users/paulaap/aplicacoes.html.

Do site: http://www.sbempaulista.or.br/epem/anais/posteres%5C

P038.doc

Do site: http://www.matematicamagica.hpg.ig.com.br/htri.htm

Do site: http://www.urcamp.tche.br/matematica/trabalhos/trigono

métrica.html.2

Iezzi, Gelson. Fundamentos de matemática elementar, 3: trigonometria. São Paulo: Editora Atual, 1993.

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