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CURSO: BACHARELADO EM TEOLOGIA DISCIPLINA: ANTIGO TESTAMENTO I – PENTATEUCO

PENTATEUCO - APOSTILA

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CURSO: BACHARELADO EM TEOLOGIA

DISCIPLINA: ANTIGO TESTAMENTO I – PENTATEUCO

PROF: MOISÉS SEVERINO DE OLIVEIRA

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ANTIGO TESTAMENTO I - PENTATEUCO

INTRODUÇÃO:

I – A BÍBLIA

A Bíblia é uma biblioteca composta de 66 livros, onde está registrada a revelação de Deus ao homem.

A palavra portuguesa Bíblia vem do grego, bíblia, que é o plural de bíblion, “livro”. Portanto, significa “livros”. Essa palavra deriva-se originalmente da cidade da Fenícia de Biblos, que era um dos antigos e importantes centros produtores de papiro, o papel antigo. Com o tempo esse vocábulo terminou sendo usado para designar as Sagradas Escrituras.

Quando Jesus Cristo desenvolveu o seu ministério aqui na terra, só existia o Antigo Testamento, e Ele (Jesus) o chamou de ESCRITURAS, Mt. 22:29; Lc. 24:27 e Jo. 5:39;

Para os cristãos, a Bíblia é o livro mais importante que já se escreveu. Ainda que o mundo esteja cheio de literatura sacra, há somente um livro - A BÍBLIA - que merece crédito para o conhecimento da verdade. É o único registro divinamente inspirado da revelação redentora que Deus fez de Si mesmo e de Sua vontade. Assim sendo, podemos afirmar categoricamente que a BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS.

COMO A BÍBLIA FOI ESCRITA

O primeiro escritor da Bíblia foi Moisés, um pouco antes de 1.500 anos A.C., (Cerca de 1.445 a.C.) e o último foi João, o evangelista, que morreu aproximadamente no ano 98 A.D., portanto, temos um espaço aproximado de 1.500 anos, desde Moisés até João e foi neste longo período que a Bíblia foi escrita.

São ao todo, cerca de quarenta pessoas os escritores da Bíblia. Viveram em épocas e lugares diversos, tiveram culturas diferentes e eram de várias profissões, no entanto, a Bíblia é uniforme em seu todo, porque foi escrita por pessoas inspiradas pelo Espírito Santo.

Os escritores da Bíblia, foram de diferentes épocas e culturas, mas sob a inspiração do Espírito Santo desenvolveram um único tema, A redenção do homem, unindo todas as partes.

De acordo com Paul Hoff, no livro O Pentateuco, o tema da Bíblia tem a seguinte divisão:

a) O Antigo Testamento: A Preparação do Redentorb) Os Evangelhos: A manifestação do Redentorc) Atos dos Apóstolos: A proclamação da mensagem do Redentord) As Epístolas: A explicação da obra do Redentore) O Apocalipse: A consumação da obra do Redentor.

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01AS LÍNGUAS DA BÍBLIA

O Velho Testamento foi escrito na língua hebraica, a exceção de Jeremias 10:11; Daniel 2:4-7:28 e Esdras 4:8-6:8; 7:12-26 que foi escrito na língua aramaica.

O Novo Testamento foi escrito na língua grega.

AS DIVISÕES LITERÁRIAS DA BÍBLIA

O Antigo Testamento corresponde a mais de 75% da Bíblia, tem 39 livros, e assim se classifica:

a) LEI: 5 livros.

Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio

b) HISTÓRIA: 12 livros.Josué, Juizes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis, I Crônicas,II Crõnicas, Esdras, Neemias e Ester.

c) POESIA: 5 livros.Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiates e Cantares.

d) PROFECIA: 17 livros, divididos em duas partes.

d.1 – Profetas Maiores: 5 livros. Isaias, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel;

d.2 – Profetas Menores: 12 livros. Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias

O Novo Testamento, tem 27 livros, e assim se classifica:

a) EVANGELHOS: 4 livros. Mateus, Marcos, Lucas e João.

b) HISTÓRIA: 1 livro.

Atos.

c) CARTAS: 21 livros, divididos em duas partes.

c.1 – Cartas Paulinas: 13 livros. Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito e Filemon.

c.2 – Cartas Gerais: 8 livros. Hebreus, Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II João, III João e Judas

d) PROFECIA: 1 livro.Apocalipse.

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02MATERIAL DE ESCRITA DA BÍBLIA

Os livros da Bíblia foram escritos originalmente em peças separadas de material próprio para a escrita daquele tempo.

Papiro: Material feito de junco, que crescia em pântanos. Várias seções desse material de escrita eram juntados e enrolados, por isso, chamavam-se rolos.

O centro de produção do papiro era a região do delta do rio Nilo, no Egito.Deus disse ao profeta Jeremias: “Toma o rolo dum livro...”. Jeremias 36:2

Pergaminho: Material feito de peles (couros) de gado, ovelhas, cabras e antílopes. O nome “pergaminho” se origina da cidade de Pérgamo, da Ásia Menor, onde se fabricava o material em abundância no 2º século antes de Cristo.

O apóstolo Paulo referiu-se ao pergaminho assim: “Quando vieres traze .... e principalmente os pergaminhos” II Timóteo 4:13.

A REVELAÇÃO

As palavras galah do Antigo Testamento e apocalipse do Novo Testamento significam revelação.

Elas se referem a uma verdade, fato ou pessoa escondida, que passa a ser conhecida ou trazida à luz. A raiz latina da nossa palavra “revelação” significa “tirar o véu ou descobrir”. A palavra apocalipse, é a tradução da palavra grega “apokalupsis” que significa o ato de puxar a cortina para que o auditório possa ver a atuação do artista na representação teatral. Por isso o livro do Apocalípse é conhecido com o nome de Revelação.

O ato da revelação de Deus significa que Ele está puxando a cortina para que se veja aquilo que está escondido. É uma ação em que Deus torna a Sua vontade e a Sua pessoa conhecidas ao homem. O Senhor está tão acima da natureza e do poder do homem, para que este possa discerni-lo, por isso é necessário Ele revelar-se ao homem. A revelação, portanto, é a atividade divina através da qual Deus se torna conhecido.

AS VERDADES REVELADAS PELA BÍBLIA

As seguintes declarações sintéticas podem ser úteis em recordar as verdades importantes reveladas pela Bíblia.

a) Deus revela Sua natureza.b) Deus revela Sua vontade e o Seu propósito ao homem.c) Deus revela o caminho da salvação.d) Deus revela as exigências da vida cristã e os recursos para vivê-la.e) Deus revela as soluções para os problemas pessoais.f) Deus revela o poder do Seu Reino e a promessa de Sua vitória final

COMPREENSÃO DE ALGUMAS CORRENTES TEOLÓGICAS SOBRE A BÍBLIA

Existem três principais correntes teológicas concernentes a interpretação da Bíblia como Palavra de Deus.

1 – Os liberais: A Bíblia contém a palavra de Deus.2 – Os neo-ortodoxos: A Bíblia torna-se a palavra de Deus3 – Os conservadores: A Bíblia é a palavra de Deus.

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03INSPIRAÇÃO E AUTORIDADE DA BÍBLIA

Revelação e inspiração são dois conceitos muito entrelaçados.INSPIRAÇÃO diz respeito ao método de receber, interpretar e relatar a verdade

revelada por Deus. O Senhor revelou Sua natureza e Sua vontade ao homem por meio de anjos, sonhos, visões, natureza, escritos, vozes, lançamento de sorte, voz íntima da consciência individual e por Jesus Cristo, Seu Filho,.

O que Deus revelou foi recebido, interpretado e relatado pelos profetas. Portanto:Inspiração é a atividade divina em que o Espírito Santo guia as mentes de homens selecionados e os tornam instrumentos de Deus a fim de comunicar a Sua revelação.

A AUTORIDADE DA BÍBLIA baseia nisto: Ela é a Palavra de Deus. O grau de autoridade atribuída à Bíblia depende do ponto de vista que se tem da

revelação e da inspiração.

Israel acreditava que Deus tivesse falado com ele, com autoridade, por meio da Lei e dos profetas. Por isso, a Lei e os Profetas estavam acima de qualquer suspeita, pois era a palavra de Deus e sendo assim, tinha autoridade.

As igrejas primitivas usaram expressões que atestam grande autoridade ao Antigo e ao Novo Testamentos, visto que acreditavam que o Espírito Santo preparou os escritores e dirigiu as suas mentes para escrever como o fizeram. Os cristãos primitivos classificaram a Bíblia como “Escrituras divinas”, “Livros sagrados”, etc.

A Bíblia era julgada como possuindo uma autoridade divina.

II - ORIGEM DA LITERATURA DO VELHO TESTAMENTO

As teorias concernentes à origem do Antigo Testamento continuam provocando fortes debates.

Nesta disciplina vamos observar algumas teorias da origem dos livros do Antigo Testamento a fim de nos tornarmos mais habilitados em discriminar sabiamente, quando lermos o ponto de vista ou interpretação do escritor a respeito dele, (Antigo Testamento).

1 - O PONTO DE VISTA TRADICIONAL JUDAICO

O Talmude é um conjunto de leis e lendas judaicas que foram codificadas (sistematizadas numa série de regras) e coligidas vários séculos depois de Cristo. Muitas dessas leis e lendas circulavam oralmente e como escritos separados há muito tempo antes do nascimento de Jesus. O talmude oferece valiosa declaração sobre a origem do Velho Testamento sob o ponto de vista tradicional judaico.

Baba Bathara 14b, que é uma secção do Talmude afirma: “Quem os escreveu? Moisés escreveu seu próprio livro e a secção concernente a Balaão e Jó. Josué escreveu seu próprio livro e oito versículos da Lei. Samuel escreveu seu próprio livro, Juízes e Rute. Davi escreveu o livro de Salmos sob a direção de dez anciões: Adão, Melquisedeque, Abraão, Moisés, Hemã, Jedutum, Asafe e os três filhos de Corá. Jeremias Escreveu seu próprio livro e os livros de Reis e Lamentações. Ezequias e seu colega escreveram Isaías, Provérbios, o Cântico dos Cânticos e Eclesiastes. Os homens da Grande Sinagoga escreveram Ezequiel, os 12 profetas menores, Daniel e as genealogias do livro de Crônicas.

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04 2 – O PONTO DE VISTA MECÂNICO

De acordo com uma tradição judaica, registrada no Apocalípse de Esdras (II Esdras 14:21 ss.), o mundo estava em trevas, porque o Velho Testamento tinha sido destruído pelo fogo

Esdras solicitou que ele mesmo fosse cheio do Espírito Santo de modo que pudesse restaurar toda a história desde o começo. Cinco homens foram treinados para escrever rapidamente e registrar as palavras que ele (Esdras) ditasse. Durante um período de 40 dias, 94 livros foram ditados e registrados.

Foi revelado a Esdras que 24 livros deveriam ser publicados e 70 livros ficariam apócrifos (escondidos). A lenda provavelmente surgiu em ligação com Esdras, que era considerado o restaurador da Lei.

3 – O PONTO DE VISTA TRADICIONAL ORTODOXO

Até o século XVII, os cristãos concordaram quase unanimemente com os judeus que Moisés era o autor do Pentateuco (os 5 primeiros livros do A.T.). Reconheceram que Moisés não poderia ter registrado a narrativa de sua morte, conforme Deuteronômio 34:5-12. Esta parte de Deuteronômio, bem como o livro de Josué foram atribuídos a Josué. Acredita-se que Samuel fora o autor de Juízes e de seus próprios livros. A Esdras é atribuída a autoria dos livros das Crônicas, que era um livro só, bem como, Esdras e Neemias, que também eram um livro só.

O ponto de vista conservador mantém que o Antigo Testamento se tornou completo com o trabalho de Esdras em cerca do ano 400 a. C. A maior parte dos eruditos conservadores primitivos acreditavam que: O livro de Isaias é trabalho unificado do século 8 a.C. pelo profeta Isaias. O livro de Jonas foi escrito no século 8 a. C. provavelmente pelo profeta Jonas. O livro de Daniel foi escrito no século 6 a. C. e; O livro de Ester foi escrito no século 5 a. C. no período Persa.

Até cerca do ano 1750, a maioria dos cristãos consideravam que a literatura do Antigo Testamento tivesse sido originada de um processo simples. O processo consistia na revelação do próprio Deus e Sua vontade ao escritor e o registro da Palavra vinda do Senhor. Os livros separados foram reunidos eventualmente sob a orientação divina.

4 – O DESAFIO DA ERUDIÇÃO CRÍTICA

A erudição crítica recentemente tem levantado dúvidas sobre tal perspectiva de origem simples da literatura do Antigo Testamento. Não somente o trabalho em se escrever os livros se estendeu por um período maior de 100 anos, mas o processo da composição acredita-se ser muito mais complicado do que previamente se pensava.

Antes do século 19, prevalecia o ponto de vista de que a Bíblia possuía a mensagem universal, eterna e a revelação final, diretamente aplicável a todas as gerações. Os conceitos sobre a autoria, data e lugar de origem dos livros do Antigo Testamento foram aceitos pelos líderes da Igreja Medieval, emanado das fontes dos rabinos. Vários ataques críticos foram feitos contra os pontos de vista tradicional, e isso durante séculos. (Veremos adiante sobre a teoria a respeito das origens do Pentateuco).

Ressaltamos que a ortodoxia domina o pensamento da maioria dos estudantes da Palavra de Deus.

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III – O PENTATEUCO

A primeira parte das Sagradas Escrituras tem o nome de “A Lei”, TORAH no hebraico e Pentateuchos no grego, livro em cinco volumes, que significa lei, ensino, ainda que extensas partes dela não sejam lei no sentido técnico, mas narrativa.

Desde antigamente ela é dividida em cinco livros, chamado “Pentateuco”. A moderna literatura teológica usa o termo “Hexateuco” incluindo o livro de Josué,

dizendo ser uma continuação orgânica do Pentateuco.

Mais, recentemente Engnell introduziu a palavra “Tetrateuco” separando Deuteronômio dos quatros primeiros. Porém o termomais usado e aceito é Pentateuco.

O Pentateuco aparece na Bíblia como: Lei: Js. 8:34; Ed. 10:3; Ne. 8:2 e 7 e II Cr. 14:4. Livro de Moisés: Ed. 6:18; II Cr. 25:4; 35:12. Livro da lei de Moisés: II Rs. 14:6; Ne. 8:1. Livro do Senhor: Ed. 7:10; I Cr. 16:40 e Lei de Deus: Js. 24:26; Ne. 8:18.

1 – TEORIA A RESPEITO DAS ORIGENS DO PENTATEUCO

a) Crítica Moderna.

A crítica moderna afirma que a autoria do Pentateuco é desconhecida.

Em 1651, Tomas Hobbes insistiu em que a data dos livros do Antigo Testamento deveria ser determinada diretamente dos próprios livros, sem se recorrer a tradição. Os estudos críticos de Espinosa focalizaram contradições isoladas e diferenças estilísticas no Pentateuco, o que o levou a questionar a autoria de Moisés.

Francis Astruc, médico francês em 1751, argumentou que o Gênesis se compunha de dois documentos principais, um deles empregando a palavra “Elohim” e o outro a palavra “Yahweh” com relação a Deus.

J. S. Semler, 1773, apresentou a idéia de que o Antigo Testamento deveria ser estudado de acordo com os mesmos princípios que se aplicam a outra literatura qualquer.

Pelo começo do século XIX, a doutrina da inspiração e infalibilidade divina e a reverência pelo livro sagrado não mais protegia a Bíblia contra o exame crítico. Eruditos, mais tarde, continuaram examinar criticamente a literatura do Pentateuco e a dividi-lo em documentos menores.

Hipótese Documentária Primitiva: Astruc opinou pela autoria de Moisés quanto ao livro de Gênesis, mas sugeriu que Moisés usou documentos.

Hipótese Fragmentária: Alexandre Geddes, em 1800, concluiu que o Pentateuco foi composto de um número de fragmentos sem conexão lógica ou cronológica. Vater e Hartmann concluíram que o Pentateuco consistia de um número de fragmentos breves e pós-mosaicos, que foram combinados na forma atual do Pentateuco.

Hipótese Suplementária: Alguns eruditos reagiram à teoria de que o Pentateuco fosse composto de muitas secções independentes sem qualquer continuidade interna. Este ponto de vista não explicou a estrutura, incluindo a cronologia que acompanha essa estrutura. H. G. A. Ewald em 1823 e outros procuraram resolver este problema, declarando que uma fonte serviu como núcleo básico do Pentateuco. Manteve que uma fonte Eloística fundamenta a composição do Pentateuco e de Josué, e que tinha sido suplementada pelo acréscimo de secções mais antigas, tais como o decálogo.

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06Hipótese Documentária: O erudito W. M. L. De Watte, em 1805 identificou a livro

da Lei, da reforma de Josias, em 621 a. C., como o livro de Deuteronômio. A teoria proposta foi que o Deuteronômio tivesse sido escrito pouco antes de sua descoberta em 621 a. C. Esta teoria estabeleceu uma data pela qual outros livros do Antigo Testamento tinham sido escritos, pela comparação do seu desenvolvimento religioso e estilo gramatical, com Deuteronômio. Depois que a teoria da evolução, na ciência, se tornou popular pela publicação dos trabalhos de Darwin em 1859, foi aplicada aos estudos do Velho Testamento. Os livros que se julgava conterem crenças e práticas religiosas mais primitivas foram datados antes de Deuteronômio, e os que revelavam crenças religiosas mais complexas e menos supersticiosas foram datadas depois de Deuteronômio. O trabalho de A. Kuenen em 1861 e de K. H. Graf em 1866 foi popularizado por J. Wellhausen em 1876. Usando a técnica evolucionária e a data de 621 a. C., para Deuteronômio, estes homens afirmaram que as investigações feitas os habilitaram a descobrir 4 documentos no Pentateuco.

1 – A narrativa J: Escrita cerca do ano 850 a. C. por um profeta de Judá, em que Jeová é o nome da divindade. A maioria das narrativas do Pentateuco é atribuída ao autor de J. (Gênesis 2 a 4)

2 – Narrativa E: Escrita pelo ano 750 a. C. por um profeta de Efraim, que usou a palavra Elohim como nome da divindade até Êxodo 3. Depois que o nome Jeová foi declarado a Moisés (Ex. 3), ambos os nomes são empregados para Deus. O documento Eloísta não se encontra senão a partir de Gênesis 15. O autor tinha uma concepção sublime e majestosa do seu Deus e usou menos expressões antropomórficas (forma ou característica humana) para descrever a Deus do que autor do Documento J.

3 – O material D: Este material pertence a Deuteronômio e aos livros históricos subseqüentes. De acordo com a teoria elaborada por De Watte, Graf e Wellhausen, este material foi datado pouco antes do ano 621 a. C. em Judá.

4 – O Material P: Este material se refere ao escritor eclesiástico ou sacerdotal (P de Prist, em inglês) que compôs as secções legais e às histórias ligadas às leis. Seu trabalho está datado do ano 500 a. C. Gênesis capítulo 1 e o livro de Levítico são exemplos deste estilo formal, repetidor, preciso e abstrato.

De acordo com a teoria J E D P, Moisés não foi o autor do Pentateuco. O Pentateuco foi coligido em sua forma final pelo ano 500 a. C. em Judá por um compilador e não por um autor. Ele juntou num volume quatro fontes que foram escritas muito antes. Ele acrescentou materiais relativos aos serviços eclesiásticos e sacerdotais às narrativas J e E e às leis de Deuteronômio. Moisés pode ter sido a fonte de algum material anterior, mas a autoria do Pentateuco por Moisés foi negada.

b) Crítica tradicional.

A crítica tradicional afirma que Moisés é autor do Pentateuco.

Nos tempos do Novo Testamento a idéia da autoria de Moisés aparece claramente, Lc. 24:27. O mesmo encontramos em Flávio Josefo, historiador e escritor judeu.

A data provável do Pentateuco é entre de 1.445 e 1405 a.C.

Os cinco livros tem nomes hebraicos tomados das primeiras palavras dos mesmos.

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1 - LIVRO DE GÊNESIS

GÊNESIS no hebraico > BERESHIT > be = no e reshit = princípio > Significa: NO PRINCÍPIO. É o princípio de todas as coisas.

GÊNESIS no Grego > Gênisis Significa ORIGEM

Segundo McNair, o plano do livro de Gênesis está baseado em 11 toledotes (gerações), após a introdução. Sendo assim, o livro se apresenta em 12 seções, a saber:

01 – Introdução 1:1 a 2:3. A partir da 2ª seção, começam os toledotes que são as gerações

02 – 1º Toledote – dos céus e da terra – 2:4 a 4:2603 – 2º Toledote – de Adão – 5:1 a 6:804 – 3º Toledote – de Noé – 6:9 a 9:2905 – 4º Toledote – dos filhos de Noé – 10:1 a 11:906 – 5º Toledote – de Sem – 11:10-2607 – 6º Toledote – de Terah – 11:27 a 25:1108 – 7º Toledote – de Ismael – 25:12-1809 – 8º Toledote – de Isaque – 25:19 a 35:2910 – 9º Toledote – de Esaú – 36:1-811 – 10º Toledote – dos filhos de Esaú – 36:9 a 37:112 – 11º Toledote – de Jacó – 37:2 a 50:26

DIVISÃO DO LIVRO DE GÊNESIS

O livro de Gênesis pode ser dividido em três partes:

1a Princípio do mundo e da humanidade. Capítulos 1 a 11.2a Vida patriarcal. Capítulos 12 a 36.3a História de José Capítulos 37 a 50.

O PROPÓSITO DO LIVRO DE GÊNESIS

O propósito do livro de Gênesis é mostrar que Deus escolheu para si um povo para ser usado como meio de redenção da humanidade.

JESUS nasceu desse povo, todos os profetas falaram dele começando por Moisés.

2 – LIVRO DE ÊXODO

ÊXODO no hebraico – SHEMOT = NOMES

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ÊXODO no grego – ÊXODUS = SAÍDA ou PARTIDA

08DIVISÃO DO LIVRO DE ÊXODO

O livro de Êxodo, pode ser dividido em três partes (McNair)

1 – Israel no Egito – 1:1 a 15:272 – Israel do Mar Vermelho ao Sinai – 16:1 a 18:273 – Israel no Sinai – 19:1 a 40:38

O PROPÓSITO DO LIVRO DE ÊXODO

O propósito do livro de Êxodo é mostrar que Deus redimiu seu povo, o transformou em nação e fez um concerto com ele.

SITUAÇÃO DO LIVRO DE ÊXODO NO PENTATEUCO

1 – O livro de Êxodo está ligado ao Gênesis pela conjunção “E”2 – Os primeiros versos do capítulo 1, trata do mesmo assunto dos últimos versos de

Gênesis. Ao passo que as instruções sacerdotais continuam nos livros de Levítico e Números3 – O Livro de Êxodo não possui um titulo descritivo, i. é, seu significado no

hebraico é: são os nomes, porém o livro fala da libertação do povo de Israel da escravidão imposta pelos egípcios.

A teologia do livro de Êxodo está assim classificada:

a) O DEUS que controla a história.b) O DEUS que é (simplesmente) EU SOU O QUE SOUc) O DEUS da aliança (YHWH).d) O DEUS que é santoe) O DEUS que se lembraf) O DEUS que age para salvaçãog) O DEUS que age em julgamentoh) O DEUS cuja ira pode ser evitada.i) O DEUS que falaj) O DEUS que é transcendentek) O DEUS que vive no meio do seu povo

3 – LIVRO DE LEVÍTICO

LEVÍTICO no hebraico – Wayyqrã (Lê-se vaiqrá). Significa E Ele chamouLEVÍTICO no grego – Leviticus. Significa A respeito dos levitas

Nota: Todos os sacerdotes eram levitas, mas, nem todos os levitas eram sacerdotes

DIVISÃO DO LIVRO DE LEVÍTICO

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O livro de Levítico, pode ser dividido em sete partes09

1 – Regulamentos a respeito dos sacrifícios – 1:1 a 7:382 – Consagração dos sacerdotes – 8:1 a 10:203 – Diferenciando os limpos dos imundos – 11:1 a 15:334 – O dia da expiação – 16:1-345 – Leis rituais – 17:1 a 25:556 – Bênçãos e punições finais – 26:1-467 – Regulamentos concernentes a votos e ofertas – 27:1-34

O TEMA CENTRAL DO LIVRO DE LEVÍTICO

A santidade de Deus

O PROPÓSITO DO LIVRO DE LEVÍTICO

Ensinar o povo a santificar-se

O PENSAMENTO CHAVE DO LIVRO DE LIVÍTICO

Ser santo porque Êle (Deus) é Santo (Lv. 11:44).

RELAÇÃO DE LEVÍTICO E O RESTANTE DO PENTATEUCO

1 – O Êxodo termina descrevendo o Tabernáculo2 – Levítico começa descrevendo o serviço no Tabernáculo3 – Números continua a narração de Levítico4 – Levítico está unido a Êxodo e Números pela conjunção “E”

O VALOR ATUAL DO LIVRO DE LEVÍTICO

1 – Torna compreensíveis os outros livros da Bíblia2 – Apresenta princípios elevados da religião (Tríade do amor: A Deus, ao próximo e a si)3 – Prepara a mente humana para as verdades do Novo Testamento

A TEOLOGIA DO LIVRO DE LEVÍTICO

a) DEUS é vivo e onipotente. Já interveio em Israel para libertá-lo e agora este povo está feito livre para adorá-lo.

b) DEUS é presente com o seu povo, no tabernáculo, que é o assento da sua Glória.

c) DEUS não é somente uma divindade viva e onipotente, como também é a essência da santidade. Este conceito envolve atributos éticos e morais que deve ser refletido no dia a dia do seu povo.

d) DEUS é santo e exige a expiação. O livro apresenta a expiação pelo pecado que deve ser pela substituição, isto é, o pecador deve trazer uma oferta adquirida por certo

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preço, como substituto pela sua própria vida. Com isso, Levítico mostra, que nenhuma pessoa pode ser o seu próprio salvador ou mediador.

10e) A legislação geral de Levítico demonstra que toda a vida é vivida sob o olhar

vigilante de DEUS, e, como resultado, não faz nenhuma diferenciação artificial entre o que é santo e o que é secular.

4 – LIVRO DE NÚMEROS

NÚMEROS no hebraico – BAMIDBAR. Significa NO DESERTO

NÚMEROS no grego – ARITHMOI. Significa RESCENCIAMENTO

DIVISÃO DO LIVRO DE NÚMEROS

O livro de Números, pode ser dividido em cinco partes

1 – O povo de Deus se prepara para entrar na terra prometida – 1:1 a 10:102 – Do Sinai a Cades Barnéia – 10:11 a 12:163 – Israel em Cades-Barnéia – 13:1 a 19:224 – De Cades às planícies de Moabe – 20:1 a 22:15 – Israel nas planícies de Moabe – 22:2 a 36:13

Nota: Os Israelitas passaram cerca de 38 anos no deserto.

O TEMA DO LIVRO DE NÚMEROS

A infidelidade de Israel no deserto

O PROPÓSITO DO LIVRO DE NÚMEROS

Mostrar que a falta de fé retarda o cumprimento das promessas divinas.

FONTES USADAS PARA COMPOSIÇÃO DO LIVRO DE NÚMEROS

1 – Diretamente de Deus – “Disse o Senhor a Moisés” 5:12 – Experiências de Moisés – “Escreveu Moisés as suas saídas” 33:23 – Livro das guerras do Senhor – 21:14 e 154 – Cântico Amorreu – 21:27-305 – Oráculos de Balaão – 23:1 a 24:25

A TEOLOGIA DO LIVRO DE NÚMEROS

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a) O caráter de Deus. Foi fundamental para Israel a experiência da presença real e visível de DEUS no meio deles. Essa experiência demonstra: 1) A santidade de DEUS. 2) A misericórdia de DEUS. 3) A graça de DEUS. 4) A constância de DEUS.

Todos esses aspectos do caráter de DEUS são endossados no N.T.

11b) A terra. O livro todo está voltado para a ocupação da terra de Canaã.

Teologicamente três aspectos dessa terra são enfatizados em números.

1º aspecto: O SENHOR havia dado aquela terra aos filhos de Israel (32:7 e 9), mais precisamente, Ele havia jurado dá-la a Abraão, Isaque e Jacó. (32:11).

2º aspecto: A terra de Canaã devia ser uma terra santa, santificada pelo fato de DEUS estar habitando no meio do seu povo. (35:34).

3º aspecto: A terra devia ser propriedade permanente de Israel.

c) O povo de Deus. O povo de DEUS deve imitá-lo, individual e coletivamente. Israel deve expressar o caráter do seu redentor. A sua unidade, santidade e fidelidade para com DEUS, deve refletir a unidade, santidade e fidelidade de DEUS para com ele.

5 – LIVRO DE DEUTERONÔMIO

Deuteronômio no hebraico = Ellah Hadevarim. Significa: Estas palavras.

Deuteronômio no grego = Deuteronomion. Significa: A segunda lei

Nota 1: Outros nomes deste livro: Cópia desta Lei e Livro de admoestações

FORMA LITERÁRIA DO LIVRO DE DEUTERONÔMIO

Oratória = Discursos de Moisés

DIVISÃO DO LIVRO DE DEUTERONÔMIO

O livro de Deuteronômio, pode ser dividido em quatro partes:

1 – 1º discurso de Moisés “O que Deus fez” – 1:1 a 4:432 – 2º discurso de Moisés “A Lei de Deus” – 4:44 a 28:683 – 3º discurso de Moisés “Recapitulação das exigências da aliança – 29:1 a 30:204 – Os últimos Atos de Moisés e sua morte – 31:1 a 34:12

Nota 2: Este livro é citado mais de 80 vezes no N. T. Jesus o citou 3 vezes: Em Mt. 4: 4 cita Dt. 8:3; em Mt. 4:7 cita Dt. 6:17 e em Mt. 4:10 cita Dt. 6:13

O TEMA DO LIVRO DE DEUTERONÔMIO

Exortação à lealdade ao Senhor e advertência contra a apostasia

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OS PROPÓSITOS DO LIVRO DE DEUTERONÔMIO

1 – Preparar o povo para a conquista de Canaã2 – Apresentar os preceitos da Lei em termos práticos3 – Dar a Israel instruções e advertências4 – Estimular a lealdade ao Senhor e à sua Lei

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O PENSAMENTO CHAVE DO LIVRO DE DEUTERONÔMIO

Amar a Deus sobre todas as coisas (Dt. 6:5)

Nota 3: O livro de Deuteronômio foi escrito no último mês dos 40 anos da caminhada pelo deserto. Dt. 1:3

A TEOLOGIA DO LIVRO DE DEUTERONÔMIO

a) YAHWEH, o SENHOR da aliança.b) YAHWEH, o SENHOR da história.c) Israel, o povo da aliançad) A adoração ao DEUS da aliança

IV - OS DEZ MANDAMENTOS

O capítulo 20 do livro de Êxodo apresenta-nos o decálogo divino – Os dez mandamentos – que Deus preparou e entregou ao seu povo através de Moisés.

O povo tinha viajado por quase três meses e estava ao pé do monte Sinai, na caminhada do Egito para a terra de Canaã. Foi o local escolhido por Deus para fazer uma aliança com o seu povo.

Deus sempre fez alianças com o seu povo.

A primeira aliança, é chamada de aliança do Éden e está registrada em Gn. 1:28.

Seguem-se outras alianças:

a) A aliança com Adão (Gn. 3:15); b) A aliança com Noé (Gn. 9:1); c) A aliança com Abraão (Gn.15:18); d) A aliança Palestiana (Dt. 30:3; e) A Aliança com Davi (II Sm. 7:16); etc.

Entre as alianças, está esta que é chamada de Aliança do Sinai. Foi dada a Israel com três divisões, cada uma ligada às outras. Portanto, são três os elementos que formam a Lei.

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a) Os Mandamentos, que é a expressão da vontade de Deus para seu povo (Êxodo 20:1-26);

b) Os Juízos, que é o governo da vida social de Israel (Êxodo 21:1 a 24:11);

c) As Ordenanças, que é o governo da vida religiosa de Israel (Êx. 24:12-31:18).

131 – PREFÁCIO

“Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão”.

Este prefácio merece ser profundamente ponderado. Pois ele revela:

a) Que Deus se ocupa com seu povo; b) Que Seu interesse é particular e individual (te tirei); c) Que Ele compreende a natureza das nossas provações; d) Que Ele tem propósitos de bênção a nosso respeito, apesar de sermos indígnos de tamanhos favores.

Alguém que é protegido por um grande deste mundo, naturalmente sente gratidão por isso. No caso de Israel, e também no nosso caso, que somos protegidos por Deus, deveríamos amar o Senhor Deus de todo o nosso coração, ao contrário, muitas vezes o que apresentamos é indiferença ou frieza individual e coletiva.

2 – PRECEITOS

a) Não ter outro Deus. É perfeitamente compreensível que Deus disposto a ser o único e suficiente recurso sobrenatural do seu povo, proíba um apelo a quaisquer outros poderes sobrenaturais. Por isso entendemos que o espiritismo é proibido para quem crê em Deus.

O verso 3 pode ser traduzido assim: Não terás outros deuses acrescentados a mim.

b) Não fazer imagem alguma como objeto de nossa adoração. É impossível a criatura humana fazer uma representação superior à sua própria idéia, por isso é-lhe impossível representar dignamente a divindade, pois Deus há de ser infinitamente superior ao nosso mais sublime pensamento.

Os homens que tem feito imagens de seres indignos, e as tem adorado, têm-se tornado, por isso, depravados.

c) Não proferir o nome de Deus levianamente. A freqüência com que este

pecado é cometido pelos descrentes mostra a necessidade da proibição. Muitos crentes também cometem essa leviandade.

Vários pensamentos relacionam-se com esta proibição: 1) A necessidade de reverência; 2) A conveniência do asseio; 3) A significação do silêncio; 4) O decoro no canto dos hinos, 5) A modéstia humildade que convém na Casa de Oração, etc.

O verso 7 pode ser traduzido assim: Não ligarás o nome do Senhor teu Deus com a perversidade”

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d) Santificar o sábado. A guarda do sábado é um sinal entre Deus e seu povo (Ex. 31:17), por isso, essa parte da lei tem preciosas instruções para nós cristãos.

Este mandamento ensina-nos:

1 – Que trabalhar seis dias (domingo a sexta), em sete, é o suficiente.

2 – Que um descanso semanal (sábado), é proveitoso, física, mental e espiritualmente.

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3 – Que uma preocupação constante com o trabalho material pode resultar em prejuízo espiritual.

4 – Que Deus compreende melhor do que nós, qual o nosso maior proveito.

5 – Que o povo de Deus, nos seus dias disponíveis, tende a ocupar-se com serviço Espiritual.

6 – Que o homem precisa trabalhar seis dias para merecer o descanso no sétimo.

a) Honrar pai e mãe. Aprendemos que os seres mais próximos que devemos amar são os pais, que merecem nosso primeiro respeito. Visto que os filhos não nascem sabendo: os pais precisam ensinar-lhes tudo.

Para que o filho possa respeitar o pai, este necessita ser respeitável. Se a mãe diz à criança que um passarinho vai sair da câmera fotográfica, a criança não pode respeitar a sua veracidade; se o pai grita com seus filhos, estes não podem respeitar a sua serenidade; se ele é preguiçoso, o filho não há de respeitar o seu trabalho; se ele dá prejuízo aos vizinhos, o filho não respeitará a sua bondade.

A honra devida ao pai inclui obediência, respeito, atenção, submissão e, mais tarde, socorro

d) Não matar. Este mandamento pode incluir toda classe de ofensas contra a pessoa do nosso semelhante. O assassinato é geralmente, a consumação do ódio, e devemos cuidar para nunca permitir o começo desse mal, com receio de não poder evitar a triste consumação (I Jo. 3:15). Este crime é impossível onde há amor ao próximo.

e) Não adulterar. Podemos entender isto como incluindo a proibição de todas as ofensas contra a pureza. Ensina-nos o sagrado dever de o povo de Deus controlar as suas paixões. Aqui também, o mal começa no pensamento, e toda a criatura humana pode com a graça de Deus, controlar seus pensamentos.

Podemos e devemos reprovar todo pensamento impuro, receando a consumação e atos impuros.

f) Não roubar. Porque cada um pode ganhar seu sustento pelo próprio trabalho, sem dar prejuízo ao seu próximo; porque o amor nos ensina a dar ao nosso próximo e não tirar dele; porque o roubo, o furto, e o jogo, etc. destroem, em quem os pratica, todos os mais nobres sentimentos do coração: altruísmo, brio, contentamento, trabalho, fé, paciência, etc.

g) Não dizer falso testemunho. Proíbe todas as ofensas contra a verdade. O mentiroso é uma pessoa em quem ninguém confia.

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Os pais podem ensinar a verdade aos filhos pelo preceito, pelo exemplo, pela aprovação, e sobretudo, pela Escritura.

h) Não cobiçar. A cobiça quer para si o que pertence ao próximo. Não é cobiça, uma pessoa querer tomar um sorvete, quando vê outra pessoa tomando um sorvete; mas se ela exigir o sorvete da outra pessoa, então é cobiça.

A cobiça releva características reprováveis como descontentamento, inveja, egoísmo, desconfiança do amor de Deus, descrença da bondade divina e falta de amor ao próximo.

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V – A CRIAÇÃO

Como DEUS criou. (Berisht) no princípio. Primeiro DEUS criou a matéria.

Gênesis não é um livro de ciência, mas nele contém ciência.Gênesis é um livro de religião.

Bara – Criou do nada.

A obra da criação. No grego hexaêmeron = a obra dos seis dias.

Uns defendem a teoria do dia literal, outros defendem a teoria do número sete.

Por que DEUS criou? Pelo homem, Adam = Adão. Adamáh = terra.

O livro de Gênesis e a Bíblia, conseqüentemente, parte do pressuposto de que DEUS existe. Na expressão: “E disse DEUS...”.

A queda do homem, veio pela desobediência à Palavra de DEUS, com a queda o homem adquiriu para si e para sua posteridade a morte. Porém, DEUS apresentou o plano de redenção imediatamente.

A eleição: É o ato soberano de DEUS ao escolher e separar uma pessoa particular, ou grupo, para um propósito preestabelecido.

Elegeu Abraão, Isaque e Jacó. A base é o amor e a misericórdia de DEUS.

Obrigações dos eleitos: Não conformar com o mundo, não eleito. Lv. 18:1-6.Não desprezar as ordens divinas Dt. 6:10-15. (Alguns desprezaram e se complicaram: Mq. 3:11; Jr. 5:12; 7:1-15).

DEUS elegeu pessoas do povo escolhido. Sal. 106:23.

DEUS elegeu Arão Sl. 105:26DEUS elegeu sacerdotes Dt. 18:5.DEUS elegeu Profetas Jr. 1:5.DEUS elegeu Reis I Sm. 10:24.

As bênçãos da eleição foram perdidas por causa da incredulidade e desobediência. Jr. 7: 29 e 30.

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DEUS ouviu o gemido do povo, e lembrou-se de Sua aliança Ex. 2:24.

DEUS elegeu Moisés e o convenceu a liderar o povo na saída do Egito. Ex. 3:3-10.

Moisés temeu a não credibilidade do povo à sua liderança, e pergunta: Qual o nome do DEUS que ele deveria apresentar ao povo.

Três sinais são propostos pelo SENHOR:

a) A vara de apascentar o rebanho se transforma em cobra. Ex. 4:2, 3.b) A sua mão fica leprosa e ficar limpa novamente. Ex. 4:6, 7.c) A água se torna em sangue. Ex. 4:9.

16DEUS convenceu Faraó a deixar o povo sair.

Foram dez pragas terríveis, com o propósito de demonstrar tanto aos egípcios como aos hebreus que YAHWEH é supremo e soberano. a) Para desmoralizar as divindades egípcias. b) Para castigar os egípcios por causa da opressão aos hebreus. c) Para libertar o seu povo.

As dez pragas: Águas em sangue – Rãs – Piolho – Moscas - Peste nos animais – Úlceras – Saraiva – Gafanhotos – Trevas – Morte dos primogênitos.

A páscoa: Significa passar por cima. A finalidade da páscoa: Comemorar o livramento. A Páscoa era um memorial.

O último entrave para Israel na saída do Egito, foi a passagem do mar vermelho. O povo de Israel passa a pé enxuto. Quem fez passar foi DEUS. O exército de Faraó teve baixa total, por dizimação. Quem os dizimou foi DEUS.

VI – A ALIANÇA

Berith em hebraico e significa aliança, concerto, pacto, testamento.

Karath significa cortar Berith. Daí o costume quando alguem faz um acordo e dão as mãos pede para alguém tentar cortar, ou seja separar as mãos das duas partes entrelaçadas entre si. Se não conseguir separar é porque o pacto e forte.

a) Podemos encontrar a aliança pré-diluviana. Gênesis 6:18-21

b) Aliança pós-diluviana. Gênesis 9:9-17. Foi concedida por DEUS. É universal. Todas as criaturas vivas. Era incondicional. É eterna.

c) Com Abraão: Promessa da posse de Canaã Promessa da multiplicação de sua descendência. Promessa de ser o DEUS de Abraão e de sua semente. Gênesis 17:6-8. Foi DEUS quem tomou a iniciativa. Gênesis 17:1-2. É salientada a sua perpetuidade. Gênesis 17:19 É confirmada mediante solenidade. Gênesis 15:9-17. Equivale a um juramento auto-amaldiçoador. Jeremias 34:18-20. Abraão e sua posteridade devem ser fiéis a aliança. Gênesis 17:10-14.

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A circuncisão era o sinal externo da aliança.

d) Com Moisés. Foi por meio da aliança mosaica que Israel tornou-se uma teocracia. A aliança foi feita com o povo e não com indivíduos. Israel foi soberanamente escolhido para esta aliança. Deuteronômio 14:2. A aliança foi estabelecida com um povo redimido. Êxodo 15:13. DEUS estabeleceu a aliança levando em conta uma relação filial com Israel.

Deuteronômio 14:1; Êxodo 22:23. A aliança mosaica foi estabelecida em seguimento e cumprimento da

aliança com Abraão. Êxodo 2:24; 6:2-8. O povo se comprometeu a ser obediente. Êxodo 19:5,6; 24:7,8.

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VII - O CULTO

O culto no pentateuco, desde o princípio, era realizado tendo em vista algo para o futuro, que se tornaria em realidade. O escritor aos Hebreus chama de sombra o culto do V.T. e o do N.T. a realidade do bem futuro. Hebreus 10:1; 9:11.

Este culto se firmava no sacrifício de animais. Diário e anual. Era realizado no tabernáculo, com suas três divisões:

a) Pátio das mulheres e dos gentios.b) Primeiro compartimento: Os sacerdotesc) Segundo compartimento: Depois do véu de separação, somente pelo sumo

sacerdote que entrava ali uma vez por ano.

Além disso eram realizadas três festas anuais.

a) A páscoa: Para celebrar a saída do Egito, ou comemorar a liberdade da escravidão. Era comemorada uma vez por ano, mais precisamente no dia 14 de Nisã. (O dia 15 era chamado “grande Sábado do judeu”). Era celebrada com um cordeiro por família, caso a família fosse menor poderia se reunir duas os mais famílias. Comiam com ervas amargas e pão ázimo.

O cordeiro simbolizava o livramento da morte dos primogênitos. A erva amarga, o sofrimento da escravidão e também a amargura do deserto. O pão representava o cuidado de DEUS para alimentá-los no deserto pelos quarentaanos de peregrinação.

b) Festa da semana, ou pentecostes. Chamada também de festas das colheitas, Êxodo 23:16, 17; 34: 22, onde o povo colhiam os primeiros molhos e traziam, com o produto oferecido, eram realizados mais holocaustos nessa festa. Esta festa também é conhecida como pentecostes porque se dava cinqüenta dias após a festa da páscoa. Em Atos 2, está registrado o derramamento do Espírito Santo sobre a igreja primitiva num fato inédito na 1ª festa de pentecostes após a ascensão de Cristo.

c) Festa das tendas ou tabernáculos. Essa festa acontecia no sétimo mês do calendário judaico, era realizada com o povo habitando por uma semana em

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tendas (cabanas) feitas com ramos de palmeiras e outros, como memorial do modo de habitação no deserto.

Os sacrifícios de holocaustos queimados, subiam como cheiro suave. Os sacrifícios pacíficos, eram feitos pelo sacrilégio.

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VIII – ESTUDO DE ALGUNS PRINCIPAIS PERSONAGENS.

1 - ABRAÃO:

No hebraico significa; “pai de uma multidão”, foi fundador da nação hebréia. Até Gênesis 17: 4 e 5, ele é chamado de Abrão, “pai da elevação”.

Era natural de Ur, na Caldeia. Por meio de Eber, estava na nona geração depois de Sem. Seu pai foi Terah e teve dois outros irmãos, Naor e Arã. Arã morreu cedo e deixou seu filho Ló aos seus cuidados. Casou-se com Sara sua meia irmã; Gn. 20:12. Viveu por volta do ano 2000 a.C. Saiu de Ur dos caldeus com 60 anos de idade com a sua família e foi para Harã, recebeu a chamada de DEUS em Harã, e quando seu pai Terah morreu ele foi para Canaã.

Foi bem sucedido e teve a promessa de um herdeiro, como ele e a esposa já eram avançados em idade, Sara resolveu dar Hagar como concubina para que Abraão gerasse um filho, e dela nasceu Ismael, hoje os árabes. Porém, Deus, para quem nada é impossível, visitou Sara já na velhice aos 90 anos de idade e ela gerou o herdeiro de Abraão. Isaque foi o seu nome.

Apesar de alguns deslizes de Abraão, ele tem sido reconhecido como um dos maiores líderes espirituais da humanidade, como homem de fé inabalável, por muitas religiões tais como, a judaica, cristã e islâmica. Tinha uma íntima comunhão com DEUS, sendo este o segredo de sua grandeza. Sua fé era exemplificada na sua obediência a DEUS. Para onde quer que Deus o mandasse ele ia. Aceitou uma vida seminomádica, mesmo na terra de Canaã. No episódio do sacrifício de Isaque, ele mostrou sua crença e confiança na ressurreição. Hb. 11:9. Era generoso e hospitaleiro.

Como tipo tornou-se pai de todos os crentes. JESUS aparece como filho de Abraão Mt. 1:1

2 – JACÓ:

Filho mais novo de Isaque e Rebeca. O terceiro dos patriarcas hebreus históricos. Tinha um irmão gêmeo levemente mais velho, Esaú. Sua íntima identificação com a nação de Israel, se dá pelo fato de que seu nome foi mudado para Israel, depois da luta travada com o anjo do SENHOR. Gn. 32:28.

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Jacó significa “enganador” pelo fato de nascer agarrado ao calcanhar de Esaú, não tinha por lei o direito a bênção da primogenitura. Porém comprou por um prato de lentilhas a primogenitura do irmão, e quando o seu pai já velho, sem poder enxergar, foi enganado pela mulher, Rebeca e por ele, para roubar a bênção da primogenitura de Esaú.

Jacó foi buscar uma mulher para ser sua esposa na família de sua mãe, trabalhou por Raquel sete anos de graça, foi enganado pelo sogro Labão, que lhe deu Léia ou Lia, no lugar de Rebeca. Trabalhou mais sete anos por Raquel. Teve um incidente em Betel onde encontrou com DEUS.

Quando Jacó lutou com o anjo de DEUS e prevaleceu, não por ser mais forte, mas por pedir e receber dele a bênção, tornou-se apropriado a alteração de seu nome. De Jacó para Israel. Israel quer dizer vencedor. A partir de então a sua vida sofreu uma mudança radical de hábito. Teve 12 filhos e uma filha. Dos doze, originou-se as doze tribos de Israel.

19Apesar das fraquezas e fracassos na vida de Jacó, em muitas oportunidades ele teve

experiências que em muito alteraram o curso de sua vida. O propósito dessas experiências não era apenas a de abençoá-lo pessoalmente, pois também envolvia a nação de Israel, e por fim a promessa do Messias.

Dentre seus doze filhos, Judá seria o Ascendente de JESUS.

3 – JOSÉ:

Filho de Jacó, e o primeiro filho de Raquel. Amado por seu pai, odiado por seus irmãos, que o venderam a mercadores de escravos, e foi parar na casa de Potifar, general do exército do Egito.

José significa Yhaweh Acrescentará. Era um sonhador, e tinha sonhos estranhos e proféticos. Sonhou certa vez que via doze feixes de trigo, um era o dele e os onze inclinavam-se diante do seu feixe. Outra vez sonhou que o sol e a lua se inclinavam-se diante de si.

Vendido por seus irmãos, já na casa de Potifar foi tentado pela mulher deste, e resistiu a tentação, isso lhe custou a prisão. Porém, além de sonhador também era intérprete de sonhos, e interpretou dois sonhos na prisão do Egito, que se cumpriram a risca.

Algum tempo mais tarde saiu dessa prisão para ser o governador geral do Egito, abaixo politicamente somente do Faraó. Uma grande fome, dada em sonho à Faraó, e interpretada por ele, fez com que o Egito estocasse durante os sete anos de fartura, todo mantimento que pode, e nos próximos sete anos, que foram de fome, por providencia de DEUS a família de José veio parar no Egito.

Nessa ocasião cumpriu-se o seu sonho dos onze feixes de trigo se inclinando diante dele.

José e toda a sua família ficaram unidas no Egito, e muitos anos felizes se passaram. No entanto, os filhos de Israel eram estrangeiros e exilados no Egito. O desígnio de DEUS haveria de alterar essa situação. José foi capaz de predizer o livramento do povo de Israel do Egito. Gn. 50:24.

A sua preocupação era a de que os israelitas não deixassem seus ossos no Egito, por ocasião do futuro êxodo. José faleceu com 110 anos de idade, e foi sepultado no Egito.

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A promessa feita a José a respeito de seus restos mortais foi cumprida. Em Ex. 13:19, relata que Moisés levou seus ossos, os quais foram sepultados em Siquém Js. 24:32.

4 – MOISÉS.

No hebraico Mosheh, significa tirado da água.

Moisés pertencia a família de Levi, Coate, Anrão, filho deste com Joquebede

Ele nasceu no Egito, em um período muito difícil, no meio de um povo escravo, onde havia um edito do rei para que fossem mortos todos os nascidos machos dentre os hebreus.

Sua mãe conseguiu escondê-lo por três meses, e depois teve uma inspiração divina de colocá-lo num cesto betumado, e soltá-lo nas águas do rio Nilo.

20Bem numa curva do rio, onde a filha de Faraó costumava banhar-se ele foi

encontrado e tirado da água, e lhe foi dado o nome Moisés.

Mirian que acompanhava da margem do rio, se apresentou oferecendo alguém para criá-lo. A filha de Faraó aceitou, e Mirian chamou a sua mãe Joquebede para criar o próprio filho, porém para a princesa como filho desta.

Até a idade de 12 anos, Moisés esteve na companhia de Joquebede, que lhe falou do DEUS de Abraão, Isaque e Jacó.

Depois até os 40 anos de idade, Moisés aprendeu toda a ciência do Egito, e tornou-se um forte candidato para ser o próximo Faraó naquele império, porém sabendo que era descendente dos hebreus, povo escravo, escolheu viver com eles.

Se envolveu num crime e escondeu o cadáver, mas foi denunciado. Com a denuncia, Faraó o expulsou do Egito, e ele foi para Midiã onde conheceu Zípora, com quem se casou e teve dois filhos.

Moisés passou a trabalhar como pastor de ovelhas com o rebanho de seu sogro na península do Sinai, e até os 80 anos de idade ele aprendeu e ficou experiente em pastorear. Foi lá que DEUS se manifestou a ele do meio de uma sarça ardente, e o comissionou para ser o grande libertador do povo de Israel que estava na servidão do Egito.

Moisés assume então um papel de destaque como profeta. Na sua experiência com DEUS. O SENHOR falava através de sonhos e visões com os profetas. Com Moisés Ele falou face a face.

Moisés foi um instrumento do poder de DEUS em cima de Faraó e dos deuses do Egito.

Tirou o povo do Egito, com o braço forte do SENHOR.

Fez a travessia do mar vermelho a pé enxuto, com o SENHOR abrindo o mar diante dos filhos de Israel.

Recebeu as tábuas dos dez mandamentos escritas pelo próprio DEUS. Recebeu toda a instrução das leis que regiam a nação de Israel, e o sistema de culto dessa nação. Levou o

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povo até as margens do rio Jordão, e entregou o bastão para Josué introduzir o povo, na terra prometida.

Moisés assume então o papel de Libertador do povo hebreu da escravatura egípcia.

Como legislador, elaborou as leis cerimoniais.

Como mediador, mediou os conflitos do povo com o SENHOR.

Moisés assume um título de antítipo de CRISTO, como: Salvador, Libertador, Legislador da lei cerimonial e Mediador entre o povo e DEUS.

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IX - EXEGESE DE TEXTOS SELECIONADOS

a) GÊNESIS CAPÍTULO 3.

1a Fase – Observação:

Personagens do texto.

Serpente – Mulher – Marido – SENHOR DEUS

Animal – Querubins – Espada inflamada

Observação relacionada a cada personagem:

Serpente: A mais astuta dos animais. Criada por DEUS. Travou diálogo com a mulher. Interpretou a Palavra de DEUS, com sutileza, e deu uma contra ordem, para a desobediência.

Foi amaldiçoada por DEUS, e confinada a andar com seu próprio ventre, comendo pó da terra.

Teria inimizade constante entre a semente da serpente e a semente da mulher. A serpente poderia ferir o calcanhar da mulher, porém a mulher esmagaria a cabeça da serpente.

Mulher = Eva: Travou diálogo com a serpente. Foi convencida pela serpente a comer o fruto da árvore proibida. Transgrediu a lei de DEUS, pecando e fazendo seu marido pecar.

Com o pecado acabou a inocência, e percebeu que estava nua. E junto com seu marido fizeram roupa de folhas de figueira para se vestirem.

Foi apontada pelo marido como sendo a culpada, por ele comer do fruto proibido.Por sua vez jogou a culpa na serpente. Recebeu o castigo da sua transgressão: Concepção com aumento de dor, ainda assim

teria desejo pelo seu marido, e seria dominada por ele.

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Marido = Adão: Comeu do fruto proibido que segundo ele, enganado pela mulher dada a ele por DEUS.

Perdeu o tempo da inocência, percebeu que estava nu.Foi chamado por DEUS pelo nome, temeu ao ouvir a voz de DEUS e escondeu-se. Recebeu o castigo de DEUS. Passou a sofre dor, bastante suor para comer o pão

tirado da terra. E a sentença capital, voltar ao pó, de onde foi tirado. Chamou pela primeira vez a sua mulher Eva. Por sua causa a terra foi amaldiçoada. Produziu espinhos e cardos.

SENHOR DEUS: Chamou a Adão, e perguntou onde ele estava. Perguntou ainda quem havia mostrado a ele a sua nudez, e se haviam comido do fruto proibido.

Falou à mulher, deu-lhe o devido castigo, falou à serpente, deu-lhe também seu devido castigo. Falou ao homem, deu-lhe o devido castigo, e o sentenciou com a pena capital. Voltar ao pó. Providenciou o fechamento do caminho para a árvore da vida, para que o homem não comesse do fruto da vida e vivesse eternamente no pecado. Expulsou o homem do jardim do Éden.

Animal: Foi morto, por causa do pecado do homem e da mulher, para vesti-los. 22

Querubins: Guardiões do caminho da árvore da vida, para impedir o homem de comer do seu fruto.

Espada inflamada: Fazia a ronda para guardar o caminho da árvore da vida.

2a Fase – Interpretação:

O diálogo entre a serpente e a mulher, alcançou a dimensão espiritual, pois a morte pela transgressão da lei de DEUS, não atingiu somente a morte física do homem, como também as mortes moral e espiritual.

O homem então teve morte em três dimensões: No dia em que comeram, morreram moralmente “viram que estavam nus”, morreram também espiritualmente, ouviram a voz de DEUS que passeava pelo jardim na viração do dia, e esconderam-se da presença de DEUS. E morte física. Mais tarde, Caim matou seu irmão Abel, por inveja e perversidade.

As vestimentas que fizeram de folhas, representavam as suas próprias justiças, tentaram se justificar a si mesmos, com aqueles aventais.

Teologicamente as nossas justiças são trapos de imundícia. Isa. 64:6.

As vestimentas de pele de animal, representavam a justiça de DEUS, pois foi Ele mesmo que os vestiu com aquelas túnicas.

Aquele animal que foi morto e sua pele que serviu para a vestimenta do homem representava a graça de DEUS, entrando em vigor para justificar o pecador diante de DEUS, através do sacrifício de CRISTO na cruz. “O Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” Ap. 13:8up.

A insistência de DEUS em não desistir do homem, está no fato de que quando o homem caiu em pecado, Ele (Deus) veio falar com o homem. DEUS tomou a iniciativa e veio em direção do homem morto espiritualmente.

A serpente é tomada como símbolo de satanás, Ap. 20:2 e os desobedientes são a sua semente.

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A mulher é tida como símbolo da igreja, e os crentes fiéis a sua semente. Essa semente santa já recebeu aqui a autoridade para pisar e esmagar a cabeça da

serpente, Luc. 10:19, (cobra se mata, esmagando sua cabeça).

DEUS expulsou o homem do jardim do Éden, para justificá-lo, e depois trazê-lo de volta ao paraíso. Ap. 2:7.

3a Fase – Aplicação:

O texto se aplica a nós, pois o homem caiu em pecado, gerou a morte, e todos pecaram, mas CRISTO foi oferecido para pagar a pena capital da transgressão do homem, dando a Sua vida através do sacrifício na cruz.

Não podemos hoje viver uma vida, de qualquer maneira, só porque estamos em CRISTO, precisamos ter uma vida de obediência aos mandamentos de DEUS, pois o transgressor não herdará a vida eterna.

Devemos estar em sintonia com a Palavra de DEUS, não duvidando, pois a dúvida faz com que o passo seguinte seja dar ouvido a voz do tentador.

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b) GÊNESIS 22.

1a Fase - Observação:

Personagens do texto:

DEUS – Abraão – Isaque – 2 moços – Anjo do SENHOR – Carneiro.

Observação relacionada a cada personagem:

DEUS: Pôs Abraão a prova. Chamou-o pelo nome e pediu seu Filho Isaque em sacrifício, indicando o lugar.

Abençoou a Abraão e a sua semente multiplicando-a, abençoou em Abraão todas as

nações da terra.

Abraão: Obedeceu a prova de DEUS. Levantou-se de madrugada, tomou todas as providências para o holocausto ajudado por dois de seus moços, tomou Isaque e partiu para o lugar designado por Deus. No caminho foi interrogado por Isaque, dando-lhe a resposta de fé.

Edificou um altar, pôs a lenha em ordem, amarrou Isaque, levantou o cutelo para imolá-lo. Nessa hora foi impedido pelo anjo. Olhou para traz, viu um carneiro preso pelos chifres numa árvore, sacrificou-o no lugar de Isaque.

Foi grandemente abençoado por DEUS. Voltou feliz com Isaque a seus moços, e foram juntos para Berseba.

Isaque: Levou a lenha em seu ombro para o holocausto. Interrogou seu pai sobre a vítima. Deixou-se ser amarrado por seu pai. Foi socorrido por DEUS.

Foi grandemente abençoado, sendo semente de Abraão.

Dois moços: Serviçais geral.

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Anjo do SENHOR: Teve pressa em impedir Abraão de por fim o seu intento. Elogiou a Abraão pela sua obediência. Depois do sacrifício do carneiro, bradou pela Segunda vez, para transmitir os sentimentos de DEUS, e as promessas a Abraão e a sua descendência.

2a Fase – Interpretação:

DEUS põe o homem a prova muitas vezes para testar a sua fé. As vezes até do ponto de vista humano, um tanto absurdo. Porém cabe ao homem obedecer a Palavra de DEUS, sem questionar.

Abraão por cumprir a risca a ordem de DEUS, é nomeado por DEUS, o pai de todos os crentes.

O lugar escolhido por DEUS para o sacrifício, foi o monte Moriá, neste lugar mais tarde, Salomão construiu o templo. O lugar escolhido por Ele hoje para o nosso sacrifício, é o nosso coração.

O sacrifício de Isaque, prefigurava o sacrifício de CRISTO. Abraão figurando o próprio DEUS e Isaque figurando CRISTO.

24Os três dias de caminhada até o lugar do sacrifício, prefiguram os três dias de

CRISTO na sepultura.

A lenha do holocausto onde Isaque depois de amarrado fora colocado em cima, figura o lenho da cruz onde CRISTO foi pregado.

3a Fase – Aplicação:

A mensagem deste texto tem muito haver com a nossa fé. Sem fé é impossível agradar a DEUS. Somos também feitos herdeiros da semente de Abraão, e fazemos parte das bênção dadas a ele, “em ti serão benditas todas as família da terra”. Somos filhos espirituais de Abraão.

c) ÊXODO 3:

Personagens do texto:

Moisés – Anjo do SENHOR – SENHOR.

1ª Fase – Observações

Moisés. Pastor do rebanho do sogro. Viu o Anjo do SENHOR no meio do fogo. Chamou a sua atenção o fato da sarça arder no fogo e não se consumir. Ouviu o seu nome por duas vezes, na voz do SENHOR. Prontificou-se, e foi-lhe ordenado que tirasse os sapatos dos pés. Encobriu o rosto temendo olhar para o SENHOR.

Recebeu a incumbência de DEUS para tirar o povo do Egito. Questionou com DEUS a sua capacidade. Preocupou-se com o povo de Israel em aceitá-lo como líder. Perguntou qual o nome de DEUS que ele deveria apresentar ao povo. Recebeu a confirmação da companhia e parceria de DEUS.

Anjo do SENHOR. Apareceu a Moisés em uma chama de fogo do meio duma sarça. O Anjo do SENHOR é o mesmo SENHOR.

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SENHOR. Observava Moisés. Chamou-o pelo nome duas vezes. Ordenou-lhe que tirasse seus sapatos por causa da santidade do lugar. Fez a Sua apresentação pessoal, identificando-se como o DEUS de Abraão, Isaque e Jacó. Falou da aflição do povo no Egito e que Ele estava de olhos e ouvidos atentos. Disse também que veio para livrar o povo, e dar uma terra boa e larga, que mana leite e mel. Deu a missão humana a Moisés para ser o libertador. Disse que Moisés teria a Sua presença e ajuda. Quando perguntado por Moisés qual o seu nome, deu a resposta: ‘Eu Sou o que Sou, diga a eles “Eu Sou” me enviou a vós. Repete a minha identificação a eles. Deu-lhe instruções para reunir a liderança, os anciãos de Israel. Como deveriam falar com Faraó. Sobre as tarefas as mulheres, para que o povo não saísse do Egito de mãos abanando.

2a Fase – Interpretação.

DEUS sempre chamou pessoas, tirando-as do trabalho. Ele nunca chamou nenhum ocioso para o seu trabalho, com Moisés não foi diferente. DEUS tirou Moisés de traz do rebanho de Jetro. DEUS tem diversas formas de chamar seus trabalhadores. No texto DEUS chama primeiro a atenção de Moisés numa Teofania, e quando ele é atraído para essa manifestação, DEUS fala diretamente com ele. Chama-o pelo nome, se identifica e lhe dá a grande tarefa para libertar o povo de Israel.

25Quando Deus chama alguém, Ele não aceita desculpas esfarrapadas, tipo; “quem sou

eu? Não sou capaz”.

Aprendemos que quando DEUS está presente, tudo se torna santo, e a santidade de DEUS exige reverência. A presença de DEUS traz ao pecador a confiança, e a certeza da vitória, pois quando Ele dá uma tarefa, garante a sua presença e parceria.

Também aprendemos que DEUS é um DEUS de diálogo, permite ser questionado, e está sempre disposto a dar a resposta satisfatória. Ele também faz promessa de praticar a justiça, no caso dos israelitas, a promessa de saírem da escravidão ricos, com os despojos dos egípcios. E para essa tarefa DEUS usa as mulheres.

3a Fase – Aplicação

Nos dias de hoje o SENHOR continua chamando seus servos para o trabalho do reino, e da mesma forma. Ele jamais chamará alguém que esteja fazendo nada. Ele sempre vai chamar aquele que está ocupado com algum trabalho. Terá também formas diversificadas para chamar cada pessoa que queira. O presbitério da igreja é composto de pastores, presbíteros, obreiros, missionários, diáconos e diaconisas, todas essas pessoas tiveram um chamado, que se concretizou interno e externamente.

A tarefa principal de cada um é libertar o pecador de seu pecado, levando a Palavra de DEUS ao seu coração, o ESPÍRITO SANTO é o parceiro de cada um na sua tarefa. Além dessa tarefa comum a todos, temos a nossa tarefa específica dada por DEUS. Lembre-se, Ele não aceita desculpas, o trabalho do Rei precisa ser feito,você foi chamado por Ele, e deve fazer o trabalho, e pronto.

d) LEVÍTICO 23.

Personagens do texto;

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SENHOR – Moisés – Os Filhos de Israel

1ª Fase – Observação

SENHOR: O Senhor falou com Moisés por três vezes. Na primeira vez falou-lhe para dar instruções acerca da festa da páscoa. Como deveria ser celebrada, indicando o dia e o mês de cada ano, e também determinou os ingredientes da festa. Falou-lhe também como deveria proceder para convocar o povo, denominando a reunião de Santa Convocação, e que o povo precisava responder a essa Santa Convocação. Lv. 23:1-8.

Na segunda vez o SENHOR falou com Moisés para instrui-lo concernente as primícias, ou seja a festa das colheitas, também chamada festa de pentecostes, porque se dava cinqüenta dias depois da festa da páscoa. Os primeiros molhos no início da sega, deveria ser trazido pelo povo para essa solenidade, também chamada Santa Convocação. Instruiu também sobre a colheita e o cuidado com os pobres e estrangeiros. Lv. 23:9-25

Na terceira vez, o Senhor falou com Moisés para dar instruções sobre o dia da expiação, determinando o dia e o mês de cada ano que deveria acontecer esta solenidade, falou também da forma como deveria acontecer, e também seria Santa Convocação. Aquele que não atendesse a essa convocação seria extirpado do meio do povo. Lv. 23:26-44.

26Moisés. Recebeu toda a instrução de DEUS e passou ao povo de Israel. Lv. 23:44.

Os filhos de Israel. Receberam toda a instrução do SENHOR, através de Moisés.

2a Fase – Interpretação.

As festas de Israel tinham como pano de fundo, a chegada do Messias, todo aquele ritualismo realizado nas festas e solenidades, apontavam para CRISTO. Cada animal sacrificado, simbolizava CRISTO sendo sacrificado na cruz, a lei cerimonial servia de aio, ou seja, de preceptor de algo ilustre que era CRISTO.

A páscoa, portanto, tinha o seu memorial e comemoração da libertação da escravidão dos hebreus do Egito. O pentecostes tinha o objetivo de agradecimento pela colheita e também um memorial pela fome e miséria da escravatura egípcia. A expiação era o momento de purificação de todo pecado acumulado no ano inteiro, tanto do sumo sacerdote, como dos sacerdotes e também do povo.

3a Fase – Aplicação.

As festas judaicas não são mais para os dias de hoje. Porém, nos trazem muitos ensinamentos.

A páscoa era o livramento que DEUS trouxe para Israel daquela grande escravidão. O cordeiro marcou com seu sangue os umbrais das portas dos Israelitas e os livrou da morte.

A nossa páscoa é o momento que nós nos encontramos com o SENHOR JESUS CRISTO. Ele é o nosso cordeiro pascal. “porque CRISTO que é a nossa páscoa, foi sacrificado por nós” diz Paulo. I Co. 5:7.

O nosso memorial hoje é a Ceia do Senhor, com o pão e o vinho simbolizando o corpo e sangue do SENHOR. E fazemos isto até que Ele venha. I Cor. 11:22ss.

O Pentecostes marcou para a igreja cristã, a descida do ESPÍRITO SANTO.

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O agradecimento a DEUS pela colheita, com os primeiros molhos, deve ser feito hoje através da devolução das primícias que são os dízimos.

E a expiação dos nossos pecados, é feita em todo momento pelo sangue de CRISTO JESUS, nosso mediador e Salvador.

Nos dias de Moisés, aquele que não atendesse a santa convocação, e desobedecesse aos mandamentos de DEUS, deveria ser extirpado do meio do povo.

Hoje não é diferente. Aquele que não confessa seu pecado, e o deixa será lançado no lago de fogo.

27e) NÚMEROS 20:2-13.

Personagens do texto

O povo – Moisés – Arão – O SENHOR – A Rocha.

1a Fase - Observação

O povo: O povo se congregou contra Moisés, por causa de sede. Contendeu contra Moisés e contra Arão. Desejaram a morte. Tiveram saudades do Egito, por causa das sementes, dos figos, das vides e romãs.

Moisés: Moisés saiu com Arão de diante do povo, prostraram-se diante do Senhor, e viram a glória do SENHOR. Recebeu instrução do SENHOR de como proceder, e a garantia de que haveria um milagre. A vara na mão, a congregação reunida diante da Rocha, uma palavra dirigida à Rocha, e água verteria dEla. Porém por causa da pressão do povo, ele levantou a sua mão e feriu a Rocha duas vezes com a vara. Saiu muita água. O povo e os animais saciaram-se.

Arão: Arão saiu com Moisés da presença do povo e prostrou-se diante do SENHOR e viu a Sua glória. Esteve no apoio a Moisés.

O SENHOR. Mostrou a sua glória a Moisés e a Arão. Depois falou a Moisés dando instrução para resolver o problema do povo, “Toma a vara, ajunta o povo, você e seu irmão Arão, e fala à Rocha perante o povo, assim tereis água para o povo e os animais”.

Falou mais o SENHOR a Moisés e a Arão, vocês não confiaram em mim, para me santificar diante do povo, por isso vocês dois não vão entrar com este povo na terra que prometi.

A Rocha: Deu água em abundância.

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2a Fase – Interpretação

O povo tem memória curta. Havia saído do Egito por causa do sofrimento da escravidão e do serviço forçado. Sem ser dono de si mesmo. Saiu por mão poderosa do SENHOR. Quantos milagres havia presenciado, quanta ação milagrosa do SENHOR havia sido realizada entre eles. As pragas em cima dos egípcios, e o povo de Israel livre completamente de todas delas.

E não foram poucas. A forma da passagem do mar vermelho. O povo esqueceu de tudo isso, estava com sede, e agora arma uma contenda com a liderança. Moisés e Arão saem e vão buscar socorro no SENHOR. Encontram esse socorro, de forma visível e audível. Vêem a glória de DEUS, e o SENHOR fala com eles.

Pegue a sua vara na mão, vara de pastor, pois você vai reunir o povo, Arão irá com você, reúna o povo diante da Rocha, e fale com Ela, que Ela dará água em abundância. Em princípio eles obedecem e com a vara na mão, reúne o povo diante da Rocha. Mas o povo além de memória curta é impaciente, não podem esperar para ver o que vai acontecer. Sob essa pressão Moisés levanta a sua mão e fere a Rocha duas vezes.

28Quantas vezes você já não agiu assim sob pressão, e fez a pior coisa que poderia

fazer. Agora não há mais como voltar atrás. Já está feito. Disse Deus a Moisés e Arão: Por essa atitude impensada vocês dois não farão este povo entrar na terra que jurei a vossos pais, dar a vocês.

Como Moisés gostaria de esquecer essa atitude, voltar no tempo para corrigi-la. Moisés tenta por duas vezes convencer o SENHOR, para introduzir o povo em Canaã, e recebe um não. Pela terceira vez, o SENHOR é categórico com ele, já te disse que não entrará com o povo, e não me fales mais nesse negócio. É perda de tempo.

A obediência ao SENHOR deve ser irrestrita, incondicional, não existe se..., mas..., eu..., aconteceu... .

Mesmo assim a misericórdia do SENHOR é muito grande, pois a Rocha deu água em abundância.

A Rocha simbolizava CRISTO. Ele disse para a mulher samaritana, “quem beber da água que eu lhe der, jamais sentirá sede, e a água fará uma fonte a jorrar para a vida eterna”. Jo. 4:14.

Moisés, portanto, não feriu uma rocha comum, mas, a Rocha que é CRISTO.

Pelo fato do líder ter ferido a Rocha, encontramos um paralelo, quando alguém pergunta a CRISTO, que feridas são essas? São feridas em que fui ferido na casa de meus amigos. Falando da participação da liderança do povo judeu, na sua crucificação.

3a Fase – Aplicação

Muitas vezes nos pegamos voltando ao mundo nos nossos pensamentos com saudades do pecado. Esquecendo o que de ruim existe nele e o quanto mal ele nos faz, mas nos lembramos dele.

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Precisamos nos desvencilhar desses pensamentos pecaminosos, nos libertar totalmente. Para santificar ao SENHOR na nossa vida, buscando-O nas nossas necessidades e tendo comunhão com Ele, ao ponto de ver à sua glória. Participando da Sua presença e saciando a nossa sede na sua Palavra.

f) DEUTERONÔMIO 7:1-11.

Personagens do texto:

Moisés – O Povo.

1a Fase – Observação:

Moisés. Está dando as instruções do SENHOR ao povo, para que ao entrar na terra, em cumprimento à Sua palavra, os moradores da terra deveriam ser expulsos. Eles deveriam destruir totalmente os povos sem complacência e não deveriam praticar os seus costumes. O povo de Israel não podia se aparentar com aquelas gentes, não podiam se casar com eles, por motivo de segurança religiosa.

29O povo de Israel deveria destruir todo sistema de culto das gentes e destruir seus

deuses, e ídolos. Porque Israel é povo santo, escolhido pelo SENHOR para ser Seu, não por ser grande em número, pois não era, mas, porque o SENHOR os amava, e para cumprir a sua Palavra dita a Abraão, Isaque, e Jacó. E também porque Ele tirou-o da terra do Egito da casa da servidão.

O povo deve saber que DEUS, é DEUS fiel, que cumpre a sua Palavra, e o seu concerto e a sua misericórdia é de geração até mil aos que o amam e guardam seus mandamentos. Mas também dá o pago a qualquer dos que o aborrecem, não há remissão para esses.

Mas a casa de Israel deve guardar os mandamentos, os estatutos e os juízos que estão ouvindo de Moisés.

O povo. Ouvia atentamente as instruções dadas por Moisés.

2a Fase – Interpretação:

O texto faz parte de um contexto em que o povo pede a Moisés para receber a lei do SENHOR. E entre estas instruções recebem orientações de como proceder com os inimigos, na tomada da terra.

A ordem era de total destruição das gentes, sem dó nem piedade. Isso era para salvaguardar os filhos de Israel, de pecar o pecado das gentes da terra.

Não deveria se aparentar com eles, quantas vezes somos aparentados com as coisas do mundo na atualidade. Não queremos ser diferentes dos outros, esquecemos que somos crentes e vamos a muitos lugares, onde nunca deveríamos colocar nossos pés. Assim nos aparentamos com o mundo. O mundo faz forte influência sobre a nossa crença, quando deveria ser o contrário.

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O povo foi escolhido por DEUS, porque Ele o amava, será diferente conosco? Olhe para Jo. 3:16. O Senhor não escolheu aquela nação porque era a mais numerosa ou a menor. Ele a escolheu, porque a amava. Saiba que DEUS é DEUS, independente do homem, Ele é DEUS. Ele é fiel para fazer cumprir as suas promessas.

Ele é misericordioso, para com os obedientes, sem limite de gerações. Mas Ele é justo em seus juízos para com os desobedientes. Ele dá o pago.

3a Fase – Aplicação.

Esse texto mostra como nós devemos nos portar diante de DEUS, em obediência irrestrita, sem questionamento, simplesmente obediência. E assim as misericórdias do Senhor se renovarão dia a dia em nossa vida.

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