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Materiais para Infra-estrutura de Transportes Prof. Rinaldo Pinheiro Plano de Fogo Conceitos Básicos Modelo Físico da Detonação Elementos de um Plano de Fogo Obtenção de Superfícies Regulares

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Plano de Fogo

Conceitos Básicos Modelo Físico da Detonação

Elementos de um Plano de Fogo Obtenção de Superfícies Regulares

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Plano de Fogo

Nome dado ao desmonte de cada Bancada Contem todas as informações necessárias ao desmonte do maciço - Estudo Teóricos apoiados em experiências de campo – dados de difícil obtenção - Regras Práticas obtidas com a experiência de muitos desmontes de rocha Regras práticas estabelece valores iniciais para o Plano de Fogo e com os resultados vão-se ajustando os valores até chegar a um ótimo (no. pequeno de fatias é necessário) Fabricantes de explosivo e equipamentos → equipes de assistência técnica Conceitos Básicos

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Modelo Físico da Detonação Máxima eficiência de detonação: - fragmentação - lançamento do material - altura da pilha - estabilidade da bancada

obtida

Conceitos físicos e propriedades do maciço e características do explosivos

Afastamento do furo carregado em relação à frente livre (V),

Espaçamento entre furos (E), tipo de explosivo compatível com a rocha

(VOD e VP), diâmetro do explosivo (d furo) – acoplamento, relação entre

altura da bancada (H) e afastamento (V) – Rigidez, comprimento da porção

não carregada – tampão, comprimento da carga de coluna e fundo e uso

adequado de retardos.

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Modelo Físico de Detonação em Bancadas

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Material Lançado (Pilha) Distribuição Típica

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Elementos de um Plano de Fogo

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Diâmetro das perfurações (φ , d) - Equipamento previsto p/ executar as perfurações – coerente com o equipamento disponível para carregamento. - As dimensões dos blocos resultantes da detonação estão associados ao diâmetro do furo. - Em obras civis - φ varia de 51 a 100mm – mais usual 76 mm para bancadas entre 4 e 15m. - Em minerações - φ varia de 150 a 300mm Ex. regra prática: D furo (polegadas) = Volume da caçamba (jardas cúbicas) Escavadeira de 3,06 m3 de capacidade de caçamba ( 4 cu.yd) o diâmetro máximo a ser adotado nas perfurações será 4 polegadas (102 mm)

Diâmetros e profundidades de perfuração dos equipamentos

Tipo de equipamento Diâmetro de perfuração Profundidade Perfuratriz manual 1 ¼¨ 32mm Até 4m

Bencher 1 ¼¨ 32mm Até 6m Wagon-drill 1 ½¨ - 2 ½¨ 38 - 64mm 3 – 9m

Perfuratriz sobre trator, coroa normal 2¨- 5¨ 50 – 127mm 6 – 18m Perfuratriz sobre trator com perfuratriz furo-

abaixo 3 ½¨ - 7 88 – 178mm 18 – 30m

Conjunto de perfuração 4¨- 10¨(ou mais)

102 – 254mm 30 – 60m

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Afastamento (V , A) È a distância entre 2 linhas de furos sucessivos ou da face livre (1 linha de furo). - Afastamento máximo – 1 até 10m (depende do diâmetro do furo) Regras práticas em função do tipo de explosivo: - Emulsões: V = 1,45 x (Cfundo)1/2

- Granulado: V = 1,36 x (Cfundo)1/2

- Deve ser levado em conta o desvio de direção durante as perfurações (embocamento, aprofundamento). O valor de V no pé pode ser maior ou menor que teórico (Vt) Regra prática: Vt = 45 x d furo (mm) Afastamento prático (Vp) Vp = Vt – 0,02 H (linha simples) Vp = Vt – 0,05 H (linha múltipla)

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- Para Afastamentos > 60 d furo a rocha somente é fissurada na região próxima ao furo. - Para A entorno de 60 vezes a rocha é quebarada em grandes blocos até a face da bancada, porém não existe o deslocamento da face. - Para Afastamentos próximos de 40 vezes a rocha é quebrada e lançada com uma pilha de 2/3 da altura da bancada. - Para Afastamentos próximos de 20 vezes do diâmetro do furo a rocha é lançada muito a frente a pilha é muiito baixa (< 1/3 H) e a possibilidade de ultralançamento é alta e o tamanho dos fragmentos são menores. - Tampão (comprimento) condiciona a formação de blocos maiores.

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Espaçamento (E) É à distância entre furos sucessivos da mesma linha Regra prática E = 1,0 a 1,3 Vp Bancadas verticais – E = Vp (malha quadrada) Bancadas inclinadas – E = 1,2 x Vp Inclinação da fase ( α ) Bancadas inclinadas (10 a 25 graus) – menor dificuldade de perfuração Vantagens: reduz a sobreperfuração, menor consumo de explosivo e face mais segura. Desvantagens – desvio de inclinação durante a perfuração (peso, gravidade...), marcação (embocamento). Altura da Bancada (H) Evitar bancadas muito altas (> 20m) a não ser se forem executadas com DTH. Depende: - Equipamento de perfuração disponível. Maior H maior deverá ser a potência do equipamento

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- Necessidade de reafiação das brocas. A prof. de perfuração deve ser um divisor exato do número de metros que a coroa pode perfurar, sem necessitar reafiação - Comprimento da haste – é conveniente adotar a profundidade de perfuração correspondente a número múltiplo inteiro do comprimento da haste. - Peculariedades geológicas – maciço rochoso em função das suas características geológicas podem determinar uma altura ótima para escavação. Ex. fratura horizontal que pode ocasionar o travamento - Acesso às bancadas – peculariedades topográficas – acessos laterais... Profundidade de Perfuração (H1) É função da altura da bancada. Recomenda-se adotar um sobreperfuração (além do plano da praça) para evitar o repé – detonação insuficiente do pé da bancada (superfície irregular) Bancada vertical – H1 = H + 0,3 Vt Inclinada 3 : 1 – H1 = 1,05 H + 0,2 Vt 2 : 1 – H1 = 1,12 H + 0,2 Vt

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Fundo, Coluna e Tampão Furo é dividido em 3 segmentos Comprimentos: Lf (m) = 1,3 Vt Lc (m) = H1 – 2,3 Vt Tampão (m) = Vt ou Vp Quantidade de explosivo: Carga de fundo (Cf) Cf (g/cm3) = d furo2 (mm) Carga de coluna (Cc) Cc = 40 a 50 % Cf - Introdução de espaçadores, material inerte entre as cargas explosivas Tampão Parte superior do furo, não é carregada com explosivo. Utiliza-se areia seca, pó de pedra, argila.

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Consumo de explosivo (Razão de Carregamento) Detonadas várias bancadas de uma determinada rocha, ficará caracterizado uma grandeza denominada razão de carregamento, que traduz o consumo de explosivo. Produção por metro de perfuração M = V . E. H (volume detonado por furo) p = (V . E. H ) / H1 (m3/m) f = H1 / (V . E. H ) (m / m3) – perfuração específica Ic = q . A + f . M Ic = custo do plano de fogo q = consumo de esplosivos por m3 de rocha no corte A = custo do kg de explosivo f = metros de perfuração por m3 de rocha M = custo de perfuração de certo diâmetro.

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Obtenção de superfícies regulares Método de perfuração linear Linha de perfuração de diâmetro e espaçamento pequeno sobre a linha limite da escavação (ofsets). Os furos enfraquecem o maciço e não são cerregados. D furo = 2 a 3¨ espaçados de 10 a 20cm até bancadas com 9m. Coluna de furos mais próximas a linha de perfuração apresentam menores E e V que as demais e também com 50% de explosivos das demais linhas.

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Detonação amortecida Consiste em perfurar ao longo de linha limite da escavação (perímetro) e detonar com uma espera de atraso em relação à linha principal, ou após a retirada do material do núcleo da escavação. Os furos são carregados com explosivo leve. D furo = 2¨- 61/2¨; V = 1,20 – 2,70m; E = 0,90 – 2,10m.

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Pré-seccionamento Consiste em se fazerem furos de diâmetro geralmente entre 21/2¨a 4¨ (63,5 – 102mm), com espaçamento relativamente pequeno na linha delimitante da escavação. Estas perfurações são carregadas com explosivo e detonadas antes da escavação principal. Desta forma, detonam-se inicialmente as linhas que constituirão o contorno da escavação. A detonação dos furos ocasionará ruptura do maciço rochoso segundo o plano que contem os furos do método. Realizado o pré-seccionamento, executa-se normalmente o desmonte do maciço.