150
Ano II - № 5 – R$ 25 / € 12 www.revistabudo.com.br LUCIANO CORRÊA Focado no pódio olímpico JORGE ARMADA Expõe as vísceras da CPJ PARANÁ Comemora cinquentenário em alto estilo TREINAMENTO ESPORTIVO: BÍCEPS DE CAMPEÃO TAWANY GIANELO A PRINCESA DOS TATAMIS SUPER PÔSTER com as feras do Mundial Sênior TAWANY GIANELO A PRINCESA DOS TATAMIS TAWANY GIANELO A PRINCESA DOS TATAMIS TAWANY GIANELO A PRINCESA DOS TATAMIS LUCIANO CORRÊA Focado no pódio olímpico LUCIANO CORRÊA Focado no pódio olímpico LUCIANO CORRÊA Focado no pódio olímpico LUCIANO CORRÊA Focado no pódio olímpico

Revista Budo 5

Embed Size (px)

DESCRIPTION

www.revistabudo.com.br

Citation preview

Page 1: Revista Budo 5

Ano II - № 5 – R$ 25 / € 12www.revistabudo.com.br

LUCIANOCORRÊAFocado no pódio olímpico

JORGE ARMADA

Expõe as vísceras da CPJ

PARANÁ Comemora

cinquentenárioem alto estilo

TREINAMENTO ESPORTIVO:BÍCEPS DE CAMPEÃO

TAWANY GIANELO A PRINCESA

DOS TATAMIS

SUPERPÔSTER com as feras do Mundial Sênior

TREINAMENTO ESPORTIVO:BÍCEPS DE CAMPEÃO

TREINAMENTO ESPORTIVO:BÍCEPS DE CAMPEÃO

TREINAMENTO ESPORTIVO:TREINAMENTO ESPORTIVO:BÍCEPS DE CAMPEÃO

TREINAMENTO ESPORTIVO:BÍCEPS DE CAMPEÃO

TREINAMENTO ESPORTIVO:

TAWANY GIANELO A PRINCESA

DOS TATAMIS

TAWANY GIANELO A PRINCESA

DOS TATAMIS

TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO TAWANY GIANELO A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA A PRINCESA

DOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMISDOS TATAMIS

TAWANY GIANELO A PRINCESA

DOS TATAMIS

LUCIANOCORRÊAFocado no pódio olímpico

LUCIANOCORRÊAFocado no pódio olímpico

LUCIANOCORRÊAFocado no pódio olímpico

LUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOLUCIANOCORRÊACORRÊACORRÊACORRÊACORRÊACORRÊACORRÊACORRÊACORRÊACORRÊACORRÊACORRÊACORRÊACORRÊACORRÊAFocado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio Focado no pódio olímpicoolímpicoolímpicoolímpicoolímpicoolímpicoolímpicoolímpicoolímpicoolímpicoolímpicoolímpicoolímpicoolímpicoolímpico

LUCIANOCORRÊAFocado no pódio olímpico

Page 2: Revista Budo 5
Page 3: Revista Budo 5
Page 4: Revista Budo 5

Editorial

EditorPaulo Roberto Pinto de [email protected]

Diretora ExecutivaDaniela [email protected]

Conselho EditorialMauzler PaulinettiLuiz Fernandes Araújo Júnior

Direção de ArteArtur Mendes de Oliveira

ColunistasAnderson Dias de LimaPaulo DuarteVera Lucia SugaiDaniel Dell´aquilaMatheus LuizVinícius ErchovPaulo Pinto

ColaboradoresAngélica Mayumi MurataMário Manzatti

RevisãoNilton Tuna Matheus

Fotografi aMarcelo KuraPaco LozanoMarcelo LopesEverton MonteiroPaulo FischerNilton FukudaJosmir FerreiraLuzia R. KogaMarcelo Rua

Departamento ComercialDaniela Mendes de [email protected]

Impressão e AcabamentoGráfi ca Kaygangue – Palmas (PR)

é uma publicação trimestral da GLOBAL SPORTS EDITORAAdministração, publicidade e correspondência Rua Henrique Júlio Berger, 855 – 102Caçador (SC) - CEP 49500-000 - Fone 49 3563-7333Distribuição Dirigida Tiragem desta edição 10.000 exemplaresOpiniões e conceitos emitidos em matérias assinadas não são de responsabilidade do editor.Direitos Reservados © 2011 - Global Soccer Editora Impressa no Brasil - Printed in [email protected] www.revistabudo.com.br

é uma publicação trimestral da

Acompanhamos o fechamento de mais uma temporada do judô brasileiro. Um ano que apresentou grandes avanços para o judô brasileiro devido ao investimento re-corde dos patrocinadores do judô verde--amarelo.

Investimento que na prática, lamenta-velmente, não apresenta o menor resulta-do, já que, das 42 medalhas de ouro que o Brasil disputou nos mundiais sub-17, sub-20 e sênior em 2011, apenas uma foi conquistada por nosso País, que parado-xalmente é hoje a nação que recebe maior aporte fi nanceiro no judô mundial.

O resultado pífi o do Brasil nos mun-diais sênior, júnior e cadetes mostra clara-mente que o investimento está sendo feito de forma equivocada. E a grande pergun-ta é: onde a CBJ investe as dezenas de milhões que recebe do governo federal e de patrocinadores da iniciativa privada – como Sadia, Bradesco, Scania, Infraero e Cielo –, além dos milhões despejados na entidade pelas prefeituras e secretarias de esporte que bancam os eventos nacionais e internacionais que a CBJ realiza?

Entretanto, enquanto a Confederação Brasileira de Judô promove esta gastan-ça absurda dos recursos que deveriam ser aplicados na base, alguns atletas têm dado a alegria tão sonhada pelos torcedo-res brasileiros.

Entre estes destacamos a maior reve-lação do Brasil em 2011, Tawany Gianelo Silva, a única campeã mundial do Bra-sil desta temporada, que com apenas 15 anos conquistou o ouro no mundial sub-17, realizado em Kiev/Ucrânia. Dois gigantes dos tatamis que vêm crescendo a cada temporada e têm dado muita alegria à tor-cida são Rafaela Silva e Leandro Cunha, os dois vice-campeões mundiais que fi ze-ram as fi nais de suas categorias em Paris.

Outro pessoal que tem surpreendido e conquistado cada vez mais medalhas é a galera do máster. Só nesta temporada

foram conquistadas dezenas de medalhas mundiais, pan-americanas e sul-ameri-canas. Estes judocas arcam com todas as despesas para representar o Brasil, e não recebem o menor suporte da CBJ. É um descaso total, porém, a determinação dos velhos judocas os faz superar todos os abusos e adversidades impostos pelos dirigentes da CBJ e CPJ.

Os Jogos Pan-Americanos mostraram a maturidade dos atletas brasileiros que, na disputa em 14 categorias, trouxeram 13 medalhas. Este é um dado importante, se lembrarmos que temos na América um adversário fortíssimo em Havana. Pontu-almente, temos alguns bons atletas nos Estados Unidos, mas é em Cuba que está nosso único adversário perigoso no judô pan-americano, e nossa vitória sobre Cuba no masculino mostra o poderio verde-ama-relo para as Olimpíadas, que se realizarão em 2012, em Londres.

Se, no campo político, o Brasil se per-de com uma administração que mistura os interesses nacionais com os problemas do judô pan-americano e a ambição do pre-sidente da CBJ, nos tatamis, mesmo sem o devido estímulo e sem reconhecimento daquilo que conquistam para o judô brasi-leiro, nossos heróis não perdem a oportu-nidade de escrever seus nomes na história da elite do judô mundial.

Que venham as Olimpíadas e o mun-dial por equipes do próximo ano em Sal-vador/BA, pois mesmo com o lamaçal da política partidária e esportiva que se es-conde sob os tatamis, nossos times femi-nino e masculino provaram que têm judô de sobra para conquistar as tão sonhadas medalhas olímpicas de que o judô tupini-quim carece.

Ippon neles!

O Editor

Que venham as olimpíadas!

4

Rafaela Silva vice-campeã mundial Leandro Cunha vice-campeão mundial Tawany Gianelo campeã mundial

Page 5: Revista Budo 5
Page 6: Revista Budo 5

Rafaela Silva e Leandro CunhaGarantem Pratas em Paris

Segundo declarações de Jean-Luc Rougé, presidente da Federação Francesa de Judô e vice-presidente do Comitê Olím-pico da França, o Brasil é hoje o país com maior investimento no judô mundial. Mas, contrariando a afi rmação do dirigente fran-cês, o resultado de todo este investimento não aparece nos tatamis.

Desde 2005 o Brasil não conquista um ouro sequer no sênior, e a CBJ ainda tem a ousadia de afi rmar que o Brasil fez a melhor campanha da história. O pior é ver medalhistas olímpicos endossando e cor-roborando as mentiras de Paulo Wanderley Teixeira.

Em 2005 no Cairo, João Derly, -66 kg, conquistou o ouro e Luciano Corrêa, -100 kg, o bronze.

Já em 2007, no Rio de Janeiro, João Derly conquistou mais um ouro; Tiago Ca-milo, -81 kg, ouro; Luciano Correa, ouro; e

João Gabriel Schilittler, +100 kg, o bronze. Esta, na verdade, foi a melhor campanha do Brasil em mundiais.

Em 2010, em Tóquio, Mayra Aguiar, -78 kg, foi prata; Leandro Guilheiro, -81 kg, pra-ta; Leandro Cunha, -66 kg, prata; e Sarah Menezes, -48 kg, bronze.

Este ano, em Paris, Leandro Cunha foi prata; Rafaela Silva, -57 kg, prata; Sarah Menezes, -48 kg, bronze; Leandro Guilhei-ro, bronze; e Mayra Aguiar, bronze.

Não desmerecemos o resultado de nos-sos guerreiros em Paris, mas repudiamos as mentiras que atentam contra a realidade e endossam o absurdo administrativo exis-tente hoje no Brasil e nas Américas.

Seleção Brasileira

O mundial deste ano realizou-se no Pa-lais Omnisports de Bercy, palco da mesma

competição em 2005. A seleção brasileira foi formada por atletas com larga experiên-cia em mundiais e pouquíssima gente nova com expressão. E, assim como vem acon-tecendo em algumas das últimas competi-ções internacionais, as mulheres conquis-taram o maior número de medalhas.

A seleção brasileira foi composta por: Sarah Menezes (48 kg), Erika Miranda (52 kg), Rafaela Silva e Ketleyn Quadros (57 kg), Mariana Silva (63 kg), Maria Portela (70 kg), Mayra Aguiar (78 kg), Maria Suelen Al-theman (+78 kg), Felipe Kitadai (60 kg), Le-andro Cunha (66 kg), Bruno Mendonça (73 kg), Leandro Guilheiro e Flávio Canto (81 kg), Tiago Camilo e Hugo Pessanha (90 kg), Luciano Correa e Leonardo Leite (100 kg), Daniel Hernandes e Rafael Silva (+100 kg).

Por estarem entre os oito melhores do mundo em suas categorias, Sarah Mene-zes, Erika Miranda, Rafaela Silva, Mayra

Apesar de todo o ufanismo e declarações enganosas feitas pelos dirigentes brasileiros, mais uma vez o Brasil teve um péssimo desempenho no mundial

sênior e despencou na classifi cação geral ao amargar a oitava colocação

Rafaela Silva e Leandro CunhaRafaela Silva e Leandro CunhaRafaela Silva e Rafaela Silva e Rafaela Silva e Rafaela Silva e Rafaela Silva e Rafaela Silva e Rafaela Silva e Leandro CunhaLeandro CunhaLeandro CunhaLeandro CunhaLeandro CunhaLeandro CunhaLeandro CunhaRafaela Silva e Leandro Cunha

Por Paulo Pinto

Fotos Paco Lozano

6

Page 7: Revista Budo 5

By M

arce

lo R

ua

7

Page 8: Revista Budo 5

Aguiar, Leandro Cunha, Leandro Guilheiro, Tiago Camilo e Hugo Pessanha foram cabeças de chave na França.

Coxinha infernal

O mundial começou com duas medalhas para o Brasil: Leandro Cunha, prata no meio-leve, e Sarah Menezes, bronze no ligeiro, repetiram o resultado conquistado no Mundial de Tóquio, em 2010, e levaram o Brasil a 25 pódios na história da competição. Aurélio Miguel, com três medalhas, é o recordista brasileiro de pódios do Brasil em mundiais, seguido por João Derly, Luciano Correa, Leandro Cunha, Sarah Menezes e Edi-nanci Silva, todos com duas.

Com a medalha em Paris, Leandro Cunha é o segundo bra-sileiro a fazer duas fi nais consecutivas de campeonato mun-dial (2010-11), algo antes só alcançado pelo bicampeão mun-dial João Derly (2005-07), antecessor de Leandro no meio-leve.

“Fico feliz em dar continuidade aos bons resultados do João Derly na categoria. Porém, mais do que isso, estou escrevendo meu nome na história. Duas fi nais seguidas é para poucos”, co-memorou o sempre sorridente Leandro Cunha, mais conhecido pelo apelido de Coxinha. “As medalhas são fruto de muito traba-lho e agradeço ao meu clube, Pinheiros, pelo apoio e confi ança. Venho buscando meu espaço na seleção olímpica desde 2000 e acho que estou no caminho certo”, completou Leandro.

Prata com Rafaela Silva

Rafaela Silva conquistou a terceira medalha do Brasil no Mundial de Judô. A atleta de 19 anos fez a segunda decisão feminina na história (depois de Mayra Aguiar, em 2010) e fi cou com a medalha de prata ao perder a fi nal para a japonesa Aiko Sato.

8

Page 9: Revista Budo 5

By M

arce

lo R

ua

9

Page 10: Revista Budo 5

“Claro que eu treinei para ganhar a medalha de ouro. Mas a de prata foi boa também”, resumiu Rafaela Silva. “Evolui bastante no último ano, ganhei motivação e minha meta, agora, é treinar para a medalha olímpica em Londres 2012”, completou.

“A gente sempre espera por uma chave tranquila, e pegar logo de cara a campeã olímpica não é fácil. Fiquei um pouco nervosa, mas como havia ven-cido a italiana este ano, sabia que ela não era imbatível”, avaliou Rafaela Silva.

Nascida na Cidade de Deus, Rafaela começou no judô aos 5 anos, na as-sociação de moradores da comunidade para, mais tarde, entrar na ONG Ins-tituto Reação, do medalhista olímpico Flávio Canto, sempre tendo Geraldo Bernardes como treinador.

“Não sei onde estaria hoje se não fosse o judô em minha vida”, disse a judoca, que investe todo o dinheiro que recebe em premiações para ajudar na construção da casa para os pais, na Freguesia. “Eu fi cava na rua brigando... Mas minha briga agora vale medalha”, completou.

Leandro Guilheiro dá quarta medalha ao Brasil

Leandro Guilheiro conquistou a quarta medalha para o Brasil no Campe-onato Mundial de Judô.

O meio-médio fi cou com a medalha de bronze ao vencer por ippon Elkhan Rajabli (AZE). Foi a 13ª medalha de Guilheiro em 14 competições disputadas desde que subiu para o meio-médio, depois do Mundial de Roterdã em 2009.

“Tive um dia difícil em Paris, onde gosto muito de lutar. Não sei o que

10

Page 11: Revista Budo 5
Page 12: Revista Budo 5

aconteceu. Dei cabeçada, arranhei o ros-to, o peito, os dedos... Mas mostrei força mental e coração. Mesmo quando o judô me abandona, é bom saber que ainda tem o resto”, disse Leandro Guilheiro. “É um pouco decepcionante a medalha de bron-ze, mas não vou mudar tudo o que vinha fazendo porque não fui campeão como es-peravam. O bronze é uma conquista, e vou curtir esta medalha. Depois pensarei nos erros para corrigi-los. De qualquer forma, é bom saber que tenho conseguido man-ter-me no topo”, completou Leandro.

Com a medalha de bronze, Leandro Guilheiro marcou 200 pontos no ranking mundial e fi cou mais perto da vaga para as Olimpíadas de Londres 2012.

Mayra Aguiar garante a quinta medalha verde-amarela

Mayra Aguiar foi a quarta medalhista de 2010 a repetir o pódio no mundial de 2011. Vice-campeã em Tóquio, a meio-pesado gaúcha conquistou a medalha de bronze. Somando esta medalha às demais, o Brasil contabilizou cinco medalhas na competição.

“Já estou me sentindo bem na catego-ria”, diz Mayra, que subiu do médio (70 kg) para o meio-pesado (78 kg) após as Olimpíadas de Pequim 2008. “O mês de treinamen-to que faremos no Japão será muito importante, por-que ainda tenho difi culdade de enfrentar as japonesas. É um investimento da CBJ que fará a diferença”, disse a judoca.

12

Page 13: Revista Budo 5
Page 14: Revista Budo 5

MedalhistasFeminino

- 48 kg Sarah Menezes – BronzeNo caminho até o bronze, Sarah enfrentou a vice-campeã mundial de 2009, Oiana Blanco (ESP), a quem bateu por wazari no último segundo, passando em seguida pela coreana Seung-Min Shin (ippon). Contra Eva Csernoviczki (HUN), quinta do ranking, um ippon arrasador a levou para a semifi nal contra a líder do ranking do ligeiro feminino e, agora, bicampeã mundial, Haruna Asami, que derrotou Sarah por ippon.

Feminino

- 57 kg Rafaela Silva – Prata O caminho de Rafaela Silva até a prata não foi fácil. A judoca carioca começou com ninguém menos do que a atual campeã olímpica, a italiana Giulia Quintavalle. Rafa repetiu o feito do Grand Prix de Dusseldorf, no começo do ano, e bateu a adversária (wazari). O segundo combate foi contra a espanhola Concepcion Bello-rin, a quem venceu por ippon. Contra a medalhista de bronze do Mundial 2010, Ioulietta Boukouvala (GRE), a vitória foi por hansokumake (4 punições). Daí até a fi nal foram mais dois ippons: contra a alemã Miryam Roper e contra a americana Marti Malloy.

Feminino

- 78 kg Mayra Aguiar – Bronze A judoca da Sogipa/RS entrou cinco vezes nos tatamis, vencendo quatro delas por ippon e sendo parada apenas pela líder do ranking mundial, a japonesa Akari Ogata. Mayra venceu Vanessa Mballa (CMR) em 53 segundos, depois derrotou a alemã Luise Malzahn e a húngara Abigel Joo. Na semifi nal, levou a pior contra japonesa Ogata, por ippon. Mas voltou com tudo na decisão do bronze, para superar a segunda alemã da tarde, Heide Wollert.

Masculino

- 66 kg Leandro Cunha – Prata Leandro Cunha começou o dia contra o experiente Armen Nazaryan e venceu por yuko. Depois venceu Shalva Kardava (GEO) por ippon. Nas oitavas de fi nal, Coxinha venceu por yuko o coreano Jeong Hwan An, passando na rodada seguinte por Colin Oates (GBR) por ippon para vencer, depois, o esloveno Rok Draksic na semifi nal. O japonês Masashi Ebinuma, a quem o brasileiro havia batido nas oitavas do Mundial de Tóquio 2010, foi seu algoz na fi nal (ippon).

Masculino

- 81 kg Leandro Guilheiro – Bronze Leandro Guilheiro, vice-líder do ranking mundial, venceu seus dois primeiros combates por wazari (3 puni-ções). Foi assim contra Pedro Castro (COL) e Amir Ghasemi (IRI). No duelo com o francês Alain Schmitt, nas oitavas de fi nal, Leandro ganhou na decisão dos árbitros (2 a 1) calando a torcida em Bercy. O brasileiro venceu em seguida Sergio Toma, da Moldávia, mas foi derrotado por um wazari contra três yuko por Srdjan Mrvaljevic, de Montenegro.

MedalhistasDesempenho dos

MedalhistasBrasileiros

Page 15: Revista Budo 5
Page 16: Revista Budo 5

Brasil e França fi zeram uma fi nal emo-cionante em Paris para decidir a medalha de ouro do Campeonato Mundial por Equi-pes. Com o placar de 3 a 2 para os fran-ceses e três golden score (prorrogação), o Brasil fi cou com a medalha de prata.

Foi o quarto pódio do País na competi-ção por equipes no masculino, repetindo o feito de Minsk/BLR em 1998, Pequim/CHN em 2007 e Antalya/TUR em 2010. Em 2008 o Brasil fi cou com a medalha de bronze em Tóquio.

“Essa geração tão talentosa merece uma medalha de ouro. Quem sabe ela não está guardada para o Mundial por Equipes de 2012, em Salvador? Tenho muito orgu-lho de fazer parte dessa geração”, comen-tou Tiago Camilo.

O Brasil não teve vida fácil na compe-tição, apesar dos placares elásticos desde a primeira fase. Pelo regulamento, apenas cinco pesos participam dos duelos: no con-fronto de estreia, a equipe pegou o forte time do Uzbequistão (5 a 0), passando em seguida pela China (também 5 a 0). Diante da Coreia e seus campeões mundiais, 3 a 2 e a vaga na fi nal, conseguida apenas no último confronto, por Rafael Silva. A França, dona da casa, esperava o Brasil na decisão.

“Gosto de lutar com a torcida contra. Isso me motiva”, afi rmou o experiente Flá-vio Canto, que esteve presente nas cam-panhas das quatro medalhas do Brasil em

mundiais por equipes. “Graças a esse retrospecto, o fato de ter um BRA nas costas hoje já nos faz mais respeitados. Não é mais o nome de um ou outro atleta, mas o Brasil que tem respeito no mun-do”, disse Canto.

A França começou vencendo a decisão por 2 a 0, vitórias de Dimitri Dragin por ippon sobre o vice-campeão mundial Leandro Cunha, e de Ugo Legrand (bronze mundial) sobre Bruno Mendonça, por yuko. As três lutas seguintes foram o golden score (a prorro-gação no judô após empate no tempo normal de cinco minutos): Leandro Guilheiro, bronze no in-dividual, que já havia derrotado Allain Schmitt na quinta-feira anterior na bandeira (decisão dos árbitros), voltou a derrotar o francês no hantei por 2 a 1. Tiago Camilo chegou ao golden score depois de estar perdendo por yuko até o último segun-do do tempo normal, quando fi ntou um seoi--nage e entrou um o-uchi-gari, para pontuar e igualar a disputa. Na decisão dos juízes, 3 a 0 para o brasileiro. Com o confronto em-patado, a decisão estava nas mãos de Ra-fael Silva e do pentacampeão mundial Te-ddy Riner no peso-pesado. Novamente, a luta foi até a prorrogação, com vitória para o francês por penalidade no golden score. Ja-

pão e Coreia fi -caram com o bronze.

“O Riner não entra no tatami com as medalhas em volta do pes-coço. Ele deve ser respeitado, claro. Ele é o cara a ser ba-tido e alguém vai vencê-lo. É preciso cora-gem. Tem de ir para cima, ata-car, coisa que os adversários não fazem”, dis-se Rafael Silva, que lutou de igual para igual com o judoca

mais vitorioso do mundo da atualidade du-rante os 5min49s em que fi cou no tatami.

As meninas do Brasil, que cruzaram com a França logo na primeira rodada, fo-ram derrotadas por 4 a 1. Erika Miranda abriu 1 a 0, mas Rafaela Silva foi derrotada na luta seguinte. Mariana Silva e Maria Por-tela, embora tendo um bom desempenho, perderam para as campeãs mundiais Gevri-se Emane e Lucie Decosse. Mayra Aguiar, com o confronto decidido, não lutou. A Fran-ça foi campeã no feminino, com Japão em segundo e Cuba e Alemanha em terceiro.

O próximo Campeonato Mundial por Equipes será em Salvador, em outubro de 2012, depois dos Jogos Olímpicos de Lon-dres. Representando o Estado, a diretora da Secretaria de Esporte, Trabalho e Ren-da da Bahia, Nair Prazeres, recebeu a me-dalha da FIJ simbolizando a passagem das sedes de Paris para Salvador.

Seleção Brasileira no Mundial de Judô 2011: Felipe Kitadai (60 kg), Leandro Cunha (66 kg), Bruno Mendonça (73 kg), Leandro Guilheiro e Flávio Canto (81 kg), Tiago Ca-milo e Hugo Pessanha (90 kg), Luciano Correa e Leonardo Leite (100 kg), Daniel Hernandes e Rafael Silva (+100 kg).

O Brasil em mundiais por equipes1998, Minsk/BLR, Prata2007, Pequim/CHN, Prata2008, Tóquio/JPN, Bronze2010, Antalya/TUR, Prata2011, Paris/FRA, Prata

Brasil é Prata no Mundial por EquipesBrasil é Prata no Mundial por EquipesBrasil é Prata no Mundial por EquipesBrasil é Prata no Mundial por EquipesBrasil é Prata no Mundial por EquipesBrasil é Prata no Mundial por Equipes

16

Page 17: Revista Budo 5
Page 18: Revista Budo 5

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô

18

Page 19: Revista Budo 5

19

Nascida em 8 de outubro de 1995, em São Caetano (SP), aos 15 anos Tawany al-cançou um feito importantíssimo sagrando-se campeã mundial sub-17. A conquista torna-se

maior ainda quando percebemos que esta foi a única medalha de ouro do Brasil em mundiais,

nesta temporada. É comum vermos judocas fazendo alarde, mas, na hora da conquista e de subir ao lugar mais alto do pódio, só os verda-

deiramente fortes atingem o objetivo, e Tawany é assim. Humilde, mas dotada de grande de-

terminação, ela agora faz parte do seleto clube de campeões mundiais e, após conquistar seis importantes títulos em 2011, consagra-se como

a Princesa dos Tatamis do Brasil.

Tawany Gianelo

A Princesa dos Tatamis

Tawany Gianelo

A Princesa A Princesa dos Tatamis

A Princesa dos Tatamis

Page 20: Revista Budo 5

O que a levou ao judô?Comecei aos 8 anos, quando estudava na escola Carlos Alberto Dias, onde havia opção de praticar judô ou karatê, e optei pelo judô. Porém, eu via tudo aquilo como uma brinca-deira e acabei pegando gosto pelo judô de forma lúdica. O tempo foi passando e come-cei a participar de alguns campeonatos, as vitórias foram surgindo e fui pegando amor.

Com quem começou?Com o professor Carlos Leonardo Borges da Silva, que dava aula na escola. Aliás, até hoje ele é um dos professores que me acompanham.

Com quem treina atualmente?Com Carlos Leonardo, Danusa Shira, Alberto Bittencourt e Fernando Patti.

Mas quem a acompanha de forma mais próxima?A Danuza Shira.

O que mais a atraiu no judô?Na realidade, foi apenas uma opção, nunca esperei chegar tão longe. Nem sabia direito o que era judô. Mas, respondendo à sua per-gunta, gosto muito da competição. Só que o judô signifi ca ter mais responsabilidade e exige todo um trabalho de equipe. O judô nos proporciona outra dimensão da vida e nos re-mete a uma realidade em que fazemos par-te de um contexto esportivo e competitivo, e tudo isso é muito bom.

O que o judô lhe oferece de mais impor-tante?Além de ter a oportunidade de realizar meus sonhos, o judô me oferece a possibilidade de estar com pessoas interessantes, que acabam fazendo parte do meu círculo de amigos. Com o judô, cria-se mais responsa-bilidade, disciplina, e se aprende a ser uma pessoa melhor. Tudo isso faz parte do univer-so do judô. Hoje sou uma pessoa mais cons-ciente e devo isso ao judô.

E qual é o seu maior sonho?É chegar a uma Olimpíada e fazer a minha parte. Antes almejava ser campeã mundial, e isso eu já consegui realizar com 15 anos.

Em que dia conquistou esta medalha de ouro?Foi no dia 15 de agosto, em Kiev, na Ucrânia.

Como vê o momento que o judô feminino brasileiro atravessa?Antigamente, só o masculino se destacava, e não tínhamos muita gente no feminino. Com o passar dos anos isso foi mudando e hoje

“Com o judô cria-se mais responsabili-

dade, disciplina e se aprende a ser uma

pessoa melhor. Hoje sou uma pessoa mais

consciente e devo isso ao judô.”

o feminino está muito forte. Na seleção prin-cipal temos meninas excelentes. Houve uma mudança enorme e isso resultou em maior investimento. Vou aproveitar este momento especial para chegar lá.

Quem é o maior judoca do Brasil?Antes costumava dizer que era a Daniele Zangrando, mas ela se aposentou e temos de olhar para os que estão aí brigando por medalhas. Penso que o Leandro Guilheiro é a nossa grande referência, hoje. Ele possui uma técnica refi nada e está em um nível bem acima da maioria.

E do mundo?É o Leandro Guilheiro, também. Em todos os países ele se destaca e faz com que todos parem para ver suas lutas. Sua percepção e estratégia de combate são excepcionais.

Como foram as lutas no Campeonato Mundial?Fiz quatro lutas, e a primeira ganhei de yuko. A segunda foi de ippon com shime-waza. A terceira eu venci de yuko, porque a Marion Huber levou dois shidos. Já a fi nal venci com estilo, jogando a romena Rut Saron de ippon com um ko-uchi-maki-komi.

Tawany com os professores Danusa, Fernando e Carlos

Tawany, Danusa Shira e Fernando Patti

20

Page 21: Revista Budo 5

Qual é o seu tokui waza?É o seoi-nage. Prefiro os golpes de te-waza.

O que teve de enfrentar para chegar ao mundial?No começo do ano houve uma seletiva classificatória e fiquei em primeiro. Esta seletiva classificou para outra, na qual também fui campeã. Depois houve o Cir-cuito Europeu, quando fui para Alemanha e Portugal, e dentro de todos os resultados obtidos a CBJ me chamou. Acharam que eu tinha maiores chances e fui convocada para representar o Brasil.

Quem estava concorrendo com você por esta vaga?Na verdade eram quatro meninas. Eu, a Je-nifer - que também é da minha academia -, a Mirela, do Rio, e a Angélica, que é do Distrito Federal e, na última seletiva para o pan-ame-ricano, resolveu disputar outra seletiva para o sul-americano.

Valeu a luta para chegar lá?Com certeza. Valeu e muito.

Como foi o mundial?A organização é completamente distinta do que estamos acostumados. Tudo funciona de forma precisa e as coisas fluem de manei-ra mais natural e harmoniosa.

Como foi o nível técnico de suas adver-sárias?O nível do mundial é muito forte, e enfrentei atletas muito boas. Antes de embarcar, pro-curei algumas lutadoras pelo You Tube, e estudei o estilo de cada uma delas. Depen-dendo da luta, eu já sabia o que iam fazer e acho que isso me ajudou muito.

Mas você filmou todas?Ao todo minha categoria teve 16 atletas, e pude conhecer previamente o estilo das mais fortes.

Qual delas foi a mais difícil?A adversária da final foi a mais forte, e foi muito difícil lutar contra ela. Seu nome é Rut Saron Barna, da Romênia. Porém, tive mais dificuldade na semifinal, em que enfrentei a italiana Marion Huber, por sua forma de lutar. De todas que enfrentei, ela foi a mais difícil.

O que foi determinante nesta conquista: a técnica, a força ou a determinação?Na verdade foram as três coisas, pois uma complementa a outra. No ano passado sou-be que haveria o Campeonato Mundial neste ano, e desde então priorizei esta competição. Todo o meu treinamento e preparo foram fo-cados nesta disputa. No entanto, fomos dan-do um passo por vez. Na parte técnica, fo-camos treinos específicos, detalhando cada

movimento. Com relação à força, fizemos um trabalho na academia com treinamento de força e velocidade, de acordo com as com-petições que ia disputar. Fiz uma alimentação saudável e equilibrada, e por fim usei toda a minha determinação para treinar forte diaria-mente, com muita disposição e dedicação.

Como é ser campeã mundial aos 15 anos?É muito bom e foi a realização de um sonho antigo. Pretendo ir bem mais adiante, e es-pero que este ouro tenha sido o primeiro de muitos. Foi uma experiência única e tudo aconteceu de forma muito rápida. A luta, o ip-pon e depois o hino nacional. Foi muito emo-cionante e pareceu um sonho.

O que essa medalha representa para você?Um orgulho enorme por estar sempre trei-nando de forma determinada. Ter trazido esse ouro é a prova viva de que tudo valeu à pena. Vou guardá-la com muito carinho.

Se fosse dedicar esta medalha a alguém, quem seria o premiado?Como só posso escolher uma, fica difícil, por-que foram muitas pessoas que se dedicaram para que eu obtivesse esta conquista. Pode-ria, sim, agradecer a Deus por este momento especial em minha vida.

Tawany com os professores Danusa, Fernando e Carlos

Tawany, Danusa Shira e Fernando Patti Tawany com os pais Tatiana Mabel e Cristiano Dantas

Tawany com o sensei Carlos Leonardo

21

Page 22: Revista Budo 5

Na prática, essa medalha mudou sua vida?Eu ganhei, mas não sou invencível, tenho de continuar treinando, me dedicando, para continuar vencendo. Lá no mundial recebi uma premiação de US$ 1.500. Aqui tenho o apoio do Litoral Shopping, que começou a me ajudar um pouco antes do mundial. De concreto e na prática, minha vida não mudou quase nada ainda, mas vou seguir perse-guindo meus objetivos, e sei que em breve as coisas vão melhorar. O que diferencia um competidor de um campeão mundial?Competir faz parte da vida do ser humano, mas

para um atleta existe todo um treinamen-

to que faz com que se torne um compe-tidor de ver-dade. Acho que para ser

campeã mundial é preciso muito mais que isso. Não bastar apenas treinar, e sim fazer o melhor naquilo que se propõe, sem pensar nas conse-quências, nas dores. E tem de abrir mão das horas de lazer para atingir seus objetivos. É de-dicação total o tempo todo, sem perder o foco.

Qual é a sua rotina de treinamento?Treino duas vezes por dia. Nas segundas, quartas e sextas à tarde tenho treino físico e musculação; já de noite eu faço treino nor-mal. As terças e quintas à tarde tenho treino técnico, e de noite faço o treino normal.

E você estuda a que horas?De manhã, estou cursando o primeiro ano do ensino médio e estou indo bem.

Caso houvesse um convite você iria para um grande centro?Gosto muito daqui e isso ainda não me veio à cabeça. De qualquer forma, teria de ser algo muito bom, pois a estrutura daqui

é maravilhosa. Mas não tenho planos de mudar daqui.

Quantos campeonatos brasileiros você já disputou?Já disputei três edições, sendo que ganhei uma medalha de ouro e duas de prata.

Quem é sua principal adversária no Brasil?Hoje sou ligeiro, mas no ano que vem vou mudar de categoria e serão outras adver-sárias.

Onde está o melhor judô do Brasil?Com certeza em São Paulo, mas hoje temos um judô muito forte em vários Estados.

Como é a estrutura da SEDUC - Praia Grande?A estrutura aqui é excelente, eles dão grande apoio e suporte a todos nós. Quando inicia-mos, tínhamos um espaço muito pequeno e hoje estamos num local enorme e consegui-mos treinar muito bem nas três áreas ofi cias, que possuem tatamis de primeira qualidade. A Prefeitura de Praia Grande nos ajuda mui-to, também.

Se pudesse escolher um lugar para trei-nar um período, qual escolheria?O Japão, é claro.

Nome: Tawany Gianelo da SilvaData e local de nascimento: 08/10/1995 em São Caetano - SPEstudo: Cursando 1º ano do Ensino MédioTokui waza: Seoi-nageJudogi preferido: DragãoTênis de treino: AdidasTênis de passeio: NikePeso: 40 kg - Altura: 1,46 mMusica preferida: Conquistando o impossível pela fé - JamilyCantora preferida: Paula FernandesPrato preferido: Panqueca de carneRede social preferida: TwitterLivro preferido: A Bíblia

Categoria: Super-ligeiro - 40 kgSensei: Danusa ShiraTécnicos: Carlos Leonardo e Fernando PattiPreparador físico: Alberto BittencourtNutricionista: Caroline Yoshioka Médico: Dr. Fausto Luiz EliaPatrocinadores: Litoral Plaza ShoppingÍdolo nos tatamis: Leandro Guilheiro e Daniele ZangrandoÍdolo fora dos tatamis: Em primeiro lugar, Deus e em segundo, seus paisPrincipais títulos desta temporada: campeã mundial – Kiev/Ucrânia, campeã pan-americana – Santiago/Chile, campeã brasileira, campeã paulista, campeã da Copa Revelação e campeã dos Jogos Abertos

Raio X

22

Page 23: Revista Budo 5

Depoimentos

A Tawany é uma pessoa extremamente simples e de muitas qualidades. Tem muita humildade e uma educação fora de série. Apesar de tímida, encanta a todos com seu jeito alegre. É uma menina de 16 anos, mas sabe aonde quer chegar e não mede esforços para que seus sonhos se tornem realidade, e nesse aspecto ela é diferenciada. A simplicidade é sua grande aliada na busca pelo desenvol-vimento nos tatamis. Quer sempre mais e busca melhorar a cada treino.

A Tawany sempre foi muito talentosa, porém ela não é aquele caso que, desde a menor classe de idade, ganhou tudo com facilidade. Ela bateu na trave inúmeras vezes, e cada vez mais alimentou a vontade e a determinação que tinha de vencer. Seu amadurecimento vem num crescen-te e a cada ano percebo sua evolução. A Tawany sempre teve sede de aprender, de analisar e corrigir seus erros. Sensei Danuza Shira

O trabalho desenvolvido na Praia Grande envolve óti-mos profi ssionais e permite a judocas talentosos se de-senvolverem como atletas de rendimento. Nossa campeã mundial se entrega de corpo e alma a essa estrutura para lapidar o potencial. Seu comprometimento é diário. Ela é uma atleta extremamente disciplinada e responsável, sua motivação é inabalável – tanto nos treinos de judô quanto nos treinos técnicos e no preparo físico. Até a dieta ela segue à risca. Neste ano a experiência com as viagens internacionais deu a ela uma visão da realidade da vida de atletas de alto rendimento e isso foi ao encontro do que ela sempre sonhou. Penso que seu comprometimento explica suas conquistas.Sensei Fernando Patti

A conquista do mundial sub-17 consagrou todo o tra-balho que foi desenvolvido e a dedicação da Tawany. Mi-nha expectativa é a melhor possível. Quando pensamos em grandes nomes como Thiago Camilo, Aurélio Miguel e Leandro Guilheiro, vemos que eles tiveram grandes resul-tados em idades parecidas. Com isso criamos uma expec-tativa bastante positiva em relação ao futuro da Tawany. É claro que um longo caminho precisa ser percorrido, mas tenho certeza de que ela o trilhará com sucesso. Além do seu talento físico e motor, vejo nela o perfi l encontrado nos grandes campeões.Sensei Carlos Leonardo

Além de todo talento que possui, a jovem Tawany possui a essência e o conteúdo que traduzem a sua sim-plicidade.

Ela é de verdadeiramente uma menina de ouro, e nos orgulha com sua força e determinação.

Tawany vem de uma das escolas mais fortes do judô brasileiro, e teve capacidade de absorver os ensinamen-tos que os professores Danusa Shira, Fernando Patti e Carlos Leonardo transmitiram a ela.

Em nome de todos os judocas paulistas parabenizo toda a equipe da Praia Grande, assim como ao querido professor João Carlos Ribeiro, principal articulador do tra-balho que resultou na conquista deste título Mundial para o Brasil.Francisco de Carvalho FilhoPresidente da FPJ

Qual é a sua meta nos tatamis?Meu maior objetivo são as Olimpía-das. Minha meta agora é ser campeã olímpica.

Você tem ideia do comprometimen-to que esse objetivo demanda?Sim, e estou disposta a enfrentar este desafi o.

E fora do tatamis?Essa ainda é uma grande dúvida. Não sei bem o que vou fazer, mas quero continuar passando para outras pes-soas tudo que aprendi no judô. Talvez seja professora de educação física e continue trabalhando com judô, mas isso ainda está muito distante e tenho tempo para decidir.

Fora o judô, você desenvolve ou-tras atividades esportivas?Não, só judô. Antes eu fazia natação, mas não gostava e prefi ro mesmo treinar judô.

Quais pessoas a ajudaram em sua trajetória?Primeiramente meus pais, que sem-pre me apoiam, e também meus pro-fessores, que estão sempre ao meu lado ensinando tudo que eu sei. Meus amigos também são importantes, por-que é com eles que eu treino e me desenvolvo no dia a dia.

Você disse que tem quatro professores, mas com

qual deles aprendeu mais?

Não é para fi car em cima do muro,

mas não há um especí-fi co. Cada

um deles me ajudou um pouco e colabo-rou de alguma forma em meu preparo. O Carlos Leonardo foi fundamental em minha iniciação no judô. Se não fosse por ele, eu não estaria nos tatamis. A Danusa é uma técnica excelente e é ela que fi ca a maior parte do tempo comigo. Ela é a minha técnica fi xa. Já o Alberto cuida mais de minha preparação física, que é muito importante, e o professor Fernando Patti também está sempre presente, fazendo nosso treinamento técnico.

A Danusa pega pesado?Não. Ela é muito legal, mas quando preci-sa ela pega pesado também.

O que gosta de fazer fora dos tatamis?Gosto muito de me divertir saindo com os amigos ou com a família. Às vezes prefi ro fi car em casa para assistir a um bom fi lme e aproveito para descansar da rotina de treinamento.

O que o falecimento do professor João Carlos Ribeiro signifi cou para você?Foi uma perda muito grande. Ele era uma pessoa muito importante, não só para mim, mas para todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Sempre lembro dele falando antes das viagens: “O impor-tante não é só a medalha, e sim saber aproveitar as oportunidades, conhecendo outras culturas, lugares e principalmente para não me machucar”.

Qual é a sua avaliação do trabalho de-senvolvido pelo professor João Carlos Ribeiro?O excelente trabalho desenvolvido pelo sensei João foi um dos melhores projetos na cidade de Praia Grande. Tudo que nós temos até hoje foi graças ao trabalho que ele iniciou nas escolinhas e culminou no programa Super Escola, com a parceria entre as secretarias da Juventude, Espor-te e Lazer e da Educação.

Categoria: Super-ligeiro - 40 kgSensei: Danusa ShiraTécnicos: Carlos Leonardo e Fernando PattiPreparador físico: Alberto BittencourtNutricionista: Caroline Yoshioka Médico: Dr. Fausto Luiz EliaPatrocinadores: Litoral Plaza ShoppingÍdolo nos tatamis: Leandro Guilheiro e Daniele ZangrandoÍdolo fora dos tatamis: Em primeiro lugar, Deus e em segundo, seus paisPrincipais títulos desta temporada: campeã mundial – Kiev/Ucrânia, campeã pan-americana – Santiago/Chile, campeã brasileira, campeã paulista, campeã da Copa Revelação e campeã dos Jogos Abertos 23

Page 24: Revista Budo 5

24

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô e Bruna Boeira/ Portal do Judô

Campeonato Pan-americano

Porto Alegre (RS) – A arena de espor-tes da Sogipa sediou o 1º Campeonato Pan--Americano de Veteranos, promovido pela Confederação Pan-Americana de Judô, en-tidade fundada recentemente.

Mas, defi nitivamente, a CPJ não mostra ao que veio, pois a falta de apoio às políticas desenvolvidas por Paulo Wanderley, presi-dente da entidade, ratifi ca a falta de credibili-dade da entidade no continente.

Realizada entre os dias 21 e 25 de se-tembro, a competição teve a participação de 400 atletas vindos de apenas cinco paí-ses: Argentina, Peru, Colômbia, Venezuela e Brasil.

Grandes nomes desta categoria marca-ram presença na competição, que mostrou excelente nível técnico, e registrou dezenas de ippons.

Na abertura do torneio, Carlos Eurico da Luz Pereira, presidente da Federação Gaúcha de Judô, defi niu a competição como uma fonte de inspiração para judocas que estão em início de carreira. “Os veteranos são um espelho para as categorias mais novas, e para nós é uma honra sediar esta competição”, disse o dirigente gaúcho.

Paulo Wanderley, presidente da CBJ, destacou o fato de, mais uma vez o Rio Grande do Sul sediar uma competição do máster. “Este ginásio é palco de grandes eventos”, afi rmou ele, que também ressaltou a força dos veteranos: “O incentivo a esta ca-tegoria é um caminho que não tem mais vol-ta. Porto Alegre já recebeu o Sul-Americano, hoje recebe o pan. No próximo ano, o Brasil sediará o mundial da classe.”

Os grandes destaques do máster atua-ram na principal competição desta categoria no continente. Entre eles destacamos Sumio Tsujimoto (SP), Joseph Guilherme (GO), Cristian Cesário (SP), Ton Pacheco (TO), Anderson Cássio dos Santos (SP), Elton Quadros Fiebig (SP), Mário Sabino (SP), Antônio Tenório (SP), Nelson Onmura (SP), Artêmio Caetano (SP), Ricardo Campos (RJ) e Andréia Ambrósio (RS).

Mostra os talentos da categoria

Page 25: Revista Budo 5

25

Gaúchos promovem festa para o máster

A Federação Gaúcha de Judô realizou um grande evento, que premiou os amantes do judô máster das categorias F1 a F6 do femini-no e M1 a M10 do masculino. Foram dois dias de disputa, nos quais a parceria entre a CBJ e FGJ resultou numa das maiores festas que o judô máster viveu no Brasil.

Mesmo com a inexpressiva participação de atletas da América do Sul, a competição foi muito bem dirigida pela equipe técnica da CBJ, que em conjunto com o time técnico gaúcho tocou o evento com maestria. Deu a impressão de que nas Américas do Norte e Central e no Caribe ninguém conhece o judô máster, mas isso não é real. Tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá existe um máster fortíssimo, porém, infelizmente, a CPJ não possui a credibilidade que um evento desta envergadura demanda. Mas isso não diminuiu a festa daqueles que foram ao Rio Grande do Sul, em busca de uma competição maior.

Ippons e garra de sobra

Nas três áreas montadas ocorreram gran-des lutas, que ratifi caram a importância e a força de uma categoria que ainda é discrimi-nada por muita gente. O máster é, sim, uma realidade e proporciona integração absoluta entre as gerações que passaram e as que estão nos tatamis.

Como era esperado, as disputas das ca-tegorias mais elevadas foram feitas em slow motion, mas do M1 ao M6 o pau comeu de verdade.

Engana-se quem acha que no máster só encontramos judocas idosos competindo. O pau quebrou legal nas disputas do M1, no qual estavam atletas que até há pouco tempo disputavam no sênior. E até o M6 o quadro foi esse.

Era brasileiro contra argentino, peruano, colombiano, e brasileiro contra brasileiro, mas presenciamos lutas excelentes, nas quais to-dos pareciam querer levar uma medalha para casa.

Page 26: Revista Budo 5

Sabino e Elton falam sobre a primeira edição do

Pan-americano

Elton Quadros Fiebig, campeão sul-ame-ricano, bronze no pan-americano e no brasi-leiro, destacou a importância de o pan estar sob a chancela da FIJ. “Este evento teve sua primeira edição sob a chancela da FIJ, só isso já tem um valor especial, por ser o órgão máximo do judô mundial. A competição acaba valendo muito mais pela participação de gran-des nomes e a maior integração dos atletas.”

Fiebig valorizou a importância da partici-pação de mais países do continente. “Vimos uma participação muito discreta de outros países, como Argentina, Venezuela, Chile e Peru. Dos demais países do continente não vimos ninguém, e isso não soma no desen-volvimento da modalidade no continente. Entretanto, alguns atletas argentinos do M3 surpreenderam e lutaram muito bem, fazen-do inclusive uma fi nal emocionante na dispu-ta por equipe, contra o Brasil. É só por meio do intercâmbio que o judô pan-americano vai crescer, e isso precisa ser fomentado.”

Há mais de um ano sem competir, Mário Sabino falou de sua experiência e da estreia no máster. “É sempre bom competir, sentir adrenalina, voltar a lutar, e confesso que foi uma sensação ótima. Lógico que perder peso para chegar aos 100 kg foi um pouco difícil, porque tive de eliminar 6 kg em duas semanas. Foi bem puxado, mas, por outro lado, foi bom porque revimos os amigos, e havia muita gente aqui da antiga, que conhe-ço há muito tempo. O Elton foi meu colega no São Caetano, e vi muita gente mais. Foi muito bom voltar a competir numa competi-ção como pan-americano máster.”

O ex-atleta da seleção brasileira sentiu falta de judocas dos EUA e Cuba. “Vimos muitos brasileiros fortes, mas falta um pou-co mais de gente da Pan-América. Argentina e Venezuela vieram com times fortes, mas ainda falta um pouquinho. Faltou gente dos EUA, que é uma grande potencia no máster, e judocas de Cuba, que sempre teve tradi-ção no judô. Mas mesmo assim o nível es-tava excelente.”

26

Page 27: Revista Budo 5

Hirakawa vê a criação de

um novo conceito

Orlando Satoro Hirakawa um dos mais laureados professores do judô brasileiro, compareceu ao pan-americano e falou a Budô como vê esta categoria. “Vim acompa-nhar dois atletas meus, o Alexandre Apare-cido Santos, o Jacaré, e meu fi lho Fernando Hiroyuki Borges Hirakawa. Fazendo uma avaliação geral, percebemos certa limitação física dos mais idosos, mas competição é competição, e eles entram para ganhar e perseguem seus objetivos. A busca deles é válida, assim como o esforço de todos para chegar até aqui. Minha opinião é que estão todos de parabéns.”

Hirakawa destacou o exemplo dado aos mais jovens. “O mais importante é o exem-plo e o incentivo transmitidos às categorias menores. Mas pouca gente vê que estamos criando um novo conceito, pois até bem pou-co tempo atrás os atletas chegavam à idade de parar e penduravam o judogi. Agora o atleta que pretende seguir adiante tem esta

27

Page 28: Revista Budo 5

possibilidade. Embora as lutas sejam um pouco mais truncadas, luta é luta e sempre vale a pena ver alguns desfechos do cam-peonato, pois acabam saindo vários ippons”, disse.

Amapá no pan-americano

Antônio Jovenildo Viana competiu na classe M3 – 81 kg, e venceu a primeira luta contra Howard Rivero, da Venezuela. Na segunda luta foi derrotado pelo argentino José Luis Hernando, perdeu na semi-fi nal para Charles Matsuda, do Brasil, e na dis-puta de bronze para Rogério Shinobe, do Brasil, e fi cou no quinto lugar na compe-tição.

Ronildo dos Santos Nobre participou na classe M3 – 90 kg, e já na primeira luta perdeu para Marcelo Marino, do Brasil. Na repescagem caiu diante de Sergio Alba, da Argentina, e fi cou sem chance de medalha.

Os atletas amapaenses aproveitaram para participar de treinamento com a equipe da Sogipa, com atletas como João Derly, os irmãos Luna, Felipe Kitadai, Mayra Aguiar e outros.

Kiko, Luiz Maduro, Khalil Sehb e Carlos Eurico

João Derli com judocas do Amapá

Árbitros do evento

Ton e Caca, dirigentes do Tocantins e Rio Grande do sul Satoro Hirakaha e Alexandre Santos

Equipe de arbitragem

O Judoca Paraolímpico Alessandro Fabiano de Oliveira com seu técnico Hélio Rong Junior e Carlos Eurico

28

Page 29: Revista Budo 5

Árbitros do evento

Satoro Hirakaha e Alexandre Santos

Page 30: Revista Budo 5

DestaquesEntrevistamos alguns competidores que medalharam nesta competição. Judocas que participam do circuito máster, no qual se

destacaram no mundial realizado na Alemanha, no sul-americano realizado em Montevidéu, e no brasileiro realizado em São Paulo.

Acácio Lorenção Jr. M4 -100 kg

Este experiente judoca de Barueri – SP obteve excelente desempenho na temporada 2011 e aprovou a organização do pan-ameri-cano. “Gostei do evento e achei que foi bem organizado. Houve pouco atraso, e no geral foi bastante satisfatório.”

Acácio destacou o altíssimo nível de sua categoria. “Os melhores da minha categoria estavam presentes. O nível foi tão alto que o Marco, que já foi campeão mundial, sequer se classificou”.

O campeão do meio-pesado falou de seu preparo para o pan. “Foram longos meses fazendo treinamento físico, seis horas sema-nais, mais quatro horas treinando judô. Mas valeu o sacrifício, pois esta foi uma importante conquista. Comecei a treinar judô aos 28 anos, velho para a categoria, e não tive oportunida-de de participar de eventos do sênior. Estou realizando-me no máster. O máster tem cres-cido muito, a FIJ esta apoiando, e está tudo muito legal”, disse.

O grande judoca, nascido em Palmital, afirmou que disputará todas as competições máster em 2012. “Vou participar de tudo no próximo ano, pelo menos estes são meus pla-nos. Agora, se Deus tiver outros planos, aca-tarei sua decisão. Fiquei chateado no mundial porque perdi a luta da semi, e tenho convic-ção de que lutei melhor do que o russo, e no ano que vem quero estar mais preparado ainda”, finalizou.

Títulos Conquistados em 2011Campeão brasileiroCampeão sul-americano Campeão pan-americano5º colocado no mundial

Artêmio Caetano Filho M5 -81 kg

Uma legenda dos tatamis, este paulista de Bauru é também recordista em medalhas de ouro nesta temporada, e mostrou-se sa-tisfeito com a organização do pan. “Sob a organização do Brasil, a competição ganhou em qualidade organizacional, técnica e, evi-dentemente, na quantidade de participantes, que foi bem maior neste ano.”

Artêmio elogiou o nível de seus adversá-rios. “Minha categoria foi bem disputada, e todos os atletas muito competitivos, incluindo um argentino e um belga.” A fera do M5 des-tacou a importância de um preparo constante. “Meu preparo é contínuo, já que o calendário máster é irregular e temos competições de alto e médio nível o ano todo. Sempre pro-movo uma intensificação do treinamento com dois meses de antecedência”, disse.

A meta de Artêmio é participar de todas as disputas que antecederem o mundial. “Os dois ouros conquistados, no individual e no por equipe, tiveram o sabor do retorno a uma competição da qual não participava desde 2003, além, é claro, da satisfação pela dis-puta ser agora de bom nível. Pretendo con-tinuar competindo no maior número de con-frontos possíveis, e sem dúvida isso inclui o pan e o mundial de 2012.”

Títulos Conquistados em 2011Campeão brasileiroVice-campeão sul-americano individualCampeão sul-americano por equipeCampeão pan-americano individualCampeão pan-americano por equipe

Bráulio Barboza M6 -90 kg

Este supercampeão capixaba destaca a força da amizade no máster. “O máster é sempre uma competição prazerosa, com o reencontro de amigos, quando também nos colocamos à prova, o que é revigorante. Para quem gosta de judô, a competição máster é um prato cheio sempre. É o reinado do judô clássico, bem lutado, com prevalência da luta propriamente dita, em detrimento da força e da briga por pegada. Aliás, já está na hora de a FIJ intervir, tornando punível a arrancada de pegada que não resulte em ataque imediato, o que caracteriza judô negativo.”

Sobre o período de preparo para o pan--americano, Bráulio foi enfático. “A rigor, foram 44 anos de preparação, o que me deu um em-basamento técnico que rende juros até hoje. Como tenho outra atividade profissional que nem sempre me permite a dedicação neces-sária para as competições, nos intervalos de viagens, sigo o treinamento traçado por meu treinador e filho, Daniel Barboza, e tento re-solver as lutas o mais rapidamente possível, o que, neste ano, funcionou bem”, disse.

Para o experiente judoca, a conquista de medalhas é um mero detalhe. “Embora o im-portante seja competir, acho que todos parti-cipantes de competições são vencedores. As vitórias têm sempre um sabor especial. É a co-roação do trabalho e um grande incentivo para seguirmos na batalha, a despeito das dores e dificuldades.”

O campeão do M6 já tem as metas para 2012 traçadas. “O treinamento para a próxi-ma temporada já foi traçado a partir do fim do brasileiro, e já começou com o sensei Daniel. Resta saber se a sua manutenção integral será factível até lá. Mas com certeza iremos em melhores condições, já que uma medalha mundial é uma meta ainda não alcançada.

Títulos Conquistados em 2011Campeão brasileiroCampeão sul-americano individualCampeão do Sul-Americano OpenVice-campeão sul-americano por equipeCampeão dos Jogos Brasileiros MásterBronze nos Jogos Brasileiros Máster por equipe Campeão pan-americano individualCampeão do Pan-Americano Open

30

Page 31: Revista Budo 5

Iraci Grube F4 + 78 kg

Para esta supercampeã do F4, o mais importante é dar bons exemplos. “O nível dos cam-peonatos másteres está cada vez melhor, e o pan foi de altíssimo nível. Penso que o exemplo dado aos mais novos, de que estamos aí treinando, nos preparando e vencendo obstáculos, é o mais importante”, disse a judoca que já marcou presença no mundial de 2012. “Além do treino de judô, eu faço natação, e vou pegar firme para o mundial e o pan-americano de 2012”, disse a judoca paranaense.

Títulos Conquistados em 2011Campeã brasileiraCampeã sul-americanaCampeã pan-americanaVice-campeã mundial

Cristian Cesário M1 - 66 kg

A fera paulista do peso ligeiro destacou a evolução da categoria máster. “O pan-ame-ricano foi uma competição muito importante para a categoria máster. Tivemos um ótimo ní-vel técnico e a participação de grandes nomes do judô aderindo de vez à modalidade.”

Cristian sentiu falta dos norte-americanos na competição. “A maioria dos atletas brasilei-ros que vinham competindo marcou presença, e o nível técnico foi muito bom. Senti falta de atletas de outros países, principalmente Esta-dos Unidos e Canadá, que geralmente estão presentes.”

Atleta máster e sênior, Cesário falou sobre sua rotina de treinamento. “Treino duas horas diárias de segunda a sexta, porque eu ainda disputo no sênior, e tenho de manter meu ritmo de treinamento o ano todo.”

Sobre as medalhas, Cristian explica o va-lor de cada uma delas. “Toda conquista tem um gostinho especial, e uma conquista pan--americana soma muito no currículo. Ser cam-peão pan-americano após a conquista de um vice-campeonato mundial é importante para manter a hegemonia na categoria.”

Sobre a próxima temporada, o judoca de Guarulhos foi enfático. “Minha meta para 2012 é repetir o bom desempenho desta tempora-da, mas quero o ouro no mundial, que será no Brasil. Teremos todo incentivo da torcida para buscar o título, e vou preparar-me melhor para isso.”

Títulos Conquistados em 2011Vice-campeão mundialCampeão sul-americanoCampeão pan-americanoVice-campeão pan-americano por equipeCampeão brasileiroCampeão dos Jogos Abertos do Interior - SêniorCampeão paulista por faixas

Hamilton Correia M7 - 73 kg

Para este carioca que venceu tudo em 2010, o pan-americano foi impecável. “Gostei da organização, e as instalações da Sogipa são excelentes. Todo o pessoal da organiza-ção trabalhou bem e de forma atenciosa, pro-curando receber bem todos participantes.”

O forte preparo ajudou na superação das dificuldades. “O nível técnico de minha cate-goria estava muito bom. Todos os adversários estavam bem fisicamente e exigiram concen-tração máxima nas lutas. Treinei mais forte nas oito últimas semanas, fazendo três dias de judô e três dias de preparação física, em dias alter-nados, com descanso apenas aos domingos. Fiquei feliz pelo resultado porque este foi meu primeiro pan máster da FIJ, e pelo bom nível das lutas nos aspectos físico e técnico”, disse.

Com presença marcada no pan, Hamilton mira o bicampeonato mundial. “Certamente estarei no pan de 2012. Se por acaso estiver contundido, apareço pela festa e o reencon-tro com os amigos. Quero muito lutar bem no mundial de 2012, no qual tentarei ganhar o bi em casa, o que deve ter um sabor muito espe-cial”, finalizou.

Títulos Conquistados em 2011Campeão brasileiroCampeão sul-americanoCampeão pan-americanoCampeão mundial

Fátima Belboni de Camargo F5 -70 kg

Recordista em medalhas no peso médio do F5, Fátima é uma das atletas mais fortes do judô máster feminino. Só no pan-americano enfrentou seis adversárias e faturou dois ouros.

A supercampeã tem uma rotina de treina-mento exaustiva. “Treino em torno de três a quatro horas, todos os dias, e é só com muita disciplina que podemos sonhar com meda-lhas numa modalidade tão competitiva como o judô”, disse a judoca, que vê no preparo físi-co o grande desafio. “As pessoas acham que basta vestir um judogi e ir para o shiai-jo que as medalhas caem do céu. Só com muita de-dicação e disciplina se sobe no degrau mais alto do pódio.”

A judoca paulistana já está focada no mundial máster que se realizará no Brasil, no próximo ano. “Já estou me preparando para 2012, que será um ano histórico para o máster brasileiro, e quero ter o mesmo desempenho desta temporada.”

Fátima Camargo tem o patrocínio da La-borgraf - Artes Gráficas Ltda., Grupo Localfrio, Studio Garbo, Grupo GIAP, Etlosclin e Mar a Vista.

Títulos Conquistados em 2011Campeã brasileiraCampeã sul-americana IndividualCampeã sul-americana openCampeã pan-americana individual Campeã pan-americana openVice-campeã dos Jogos Brasileiros Máster Campeã mundial

31

Page 32: Revista Budo 5

Maria de Jesus Correa F4 – 70 Kg

Determinada, a super campeã da catego-ria médio, disse que a cada competição o nível sobe mais. “A cada competição minhas adver-sárias estão mais fortes, mas estarei sempre pronta para a disputa”.

Maria de Jesus fala sobre seu preparo. “Treino durante toda a temporada. Dessa for-ma mantenho meu peso e a forma física”.

Para a judoca carioca competir é parte de sua vida. “A conquista de medalhas é funda-mental em minha vida. Não sei ficar sem com-petir, e fico sempre esperando as próximas competições para lutar, vencer e depois subir no pódio”. Destacou Maria de Jesus, que em tom desafiador disse já aguardar suas adver-sárias. “Sim, vou competir no Pan-americano e no Mundial de 2012, e já estou esperando minhas adversárias”.

Títulos Conquistados em 2011Campeã BrasileiraCampeã Sul-americanaBronze no Pan-americanoCampeã III Jogos Brasileiros Masters

Reinaldo Seiko Tuha M5 - 90 Kg

Para este judoca Mauaense, a briga é no dia a dia. “Acredito que nos mantermos em for-ma seja o grande desafio, pois os compromis-sos do dia a dia nos distanciam dos tatamis. Mas felizmente na Associação de Judô Mauá nós possuímos um bom grupo máster, e tenho conseguido manter o treinamento”.

Detentor de várias medalhas na tempora-da, Tuha está otimista sobre com a próxima temporada. “Medalhei em todas as competi-ções que participei e venho subindo de produ-ção. Vou trabalhar isso do mundial, pois este é um sonho antigo. Não quero perder a oportu-nidade de competir com os melhores de minha categoria no mundo, e já estou me preparando pois quero subir no pódio”, disse Tuha.

Títulos Conquistados em 2011Campeão Brasileiro Bronze no Sul-americanoVice-campeão Pan-americanoBronze no Québec Open

Joseph Guilherme M3 +100 Kg

Ex-atleta da seleção brasileira e atual téc-nico da seleção goiana, Joseph fala como viu o Pan máster. “Penso que não só o Pan como também o Brasileiro, apresentaram um nível muito bom. Ambas disputas contaram com a presença de vários ex-atletas da seleção bra-sileira”.

O judoca goiano destacou que em sua categoria tinha muita gente nova. “O nível em minha categoria foi bom. Vale destacar o fato de que tivemos a presença de muita gente nova. Vários judocas estrearam esse ano na categoria máster, e a cada ano os atletas es-tão se preparando melhor e um número bem maior de judocas está participando dos even-tos máster no Brasil”.

Joseph confessou que não treinou su-ficientemente, e este erro lhe causou uma lesão. “Devo confessar que o tempo que de-diquei ao meu preparo para a disputa não foi suficiente, e no Pan sofri uma lesão de grau dois no músculo adutor da coxa, logo na pri-meira luta. Consegui chegar à final com muita dor, consequência do pouco tempo destinado ao treinamento. Fiquei contente porque, ape-sar da gravidade da lesão, continuei lutando buscando a superação. Fui vice-campeão, mas com a sensação de dever cumprido. No Brasileiro aconteceu uma nova lesão. De acor-do com a ressonância magnética, ruptura par-cial do ligamento cruzado anterior na luta final. Mas felizmente consegui levar a luta até o final e consegui o título. Fiquei aliviado por não ser necessário realizar cirurgia, e já estou me re-cuperando bem”.

Experiente sensei Joseph lembra a im-portância de um bom preparo físico. “Comple-tando este ano 38 anos dedicados ao judô e às competições, o judô continua nos dando lições. E a lição desta vez foi bem dolorosa, ou seja, nunca se arrisque lutar numa competição sem estar bem preparado. Mais do que nunca, nesta categoria a preparação deve ser crite-riosa. Ter apenas experiência em competições não é suficiente. Temos que estar bem treina-dos e em ótima forma física”, disse.

Sobre a próxima temporada, o judoca goiano disse já estar se preparando. “Depois da lição no Pan e no Brasileiro, confesso que já estou treinando para o Mundial 2012 que será no Brasil em Salvador. Em 2007, quan-do o mundial era realizado pela World Máster Association, fui campeão. E em 2012 quero repetir, finalizou.

Títulos Conquistados em 2011Campeão BrasileiroVice-campeão Pan-americanoCampeão Brasileiro Regional Sênior

Rogéria Cozendey Silva F3 +78 Kg

Professora de judô e de educação física, voluntária em projetos sociais em São Se-bastião/SP, Rogéria é exemplo dentro e fora dos tatamis. Detentora de inúmeras medalhas nacionais e internacionais, a vice-campeã mundial explica como viu o Pan máster. “O Pan-americano máster mostrou que nossa ca-tegoria está crescendo. Temos que conquistar credibilidade não só falando, mas participando e estimulando outros a participar”.

Rogéria lamenta a falta de adversárias. “Infelizmente em minha categoria as mulheres param prematuramente. Dedico-me ao máxi-mo para participar das competições, mesmo sabendo que talvez não haja uma adversária. Mas temos que nos preparar e estar sempre prontas, porque o fator idade pesa. Consigo administrar meu tempo, faço treino técnico e condicionamento físico diariamente, com o apoio de muitas pessoas”, disse.

A judoca paulista lembrou que a briga co-meça muito antes das competições. “Todas as medalhas são importantes, pois os obstáculos e dificuldades começam bem antes de irmos a qualquer competição. Só o fato de chegar-mos aos campeonatos, já é uma vitória. É su-peração diária e acreditar em nossos sonhos diuturnamente, e é isso que me empurra para frente. Estamos no caminho certo, mas infeliz-mente alguns dirigentes ainda não dão o devi-do valor ao máster. Precisamos de mais com-petições regionais e nacionais, pois é somente com a troca de conhecimento que teremos o aperfeiçoamento necessário”.

Sobre 2012, Rogéria disse que está se preparando. “Já estou com um cofrinho novo para encher e garantir minha participação no circuito máster de 2012. Se Deus permitir estarei em todas as competições”, finalizou a judoca que cursa a primeira pós, em lutas e artes marciais.

Títulos Conquistados em 2011Campeã BrasileiraCampeã Sul-americanaCampeã Pan-americanaVice-campeã Pan-americana OpenVice-campeã Mundial

32

Page 33: Revista Budo 5

Rosangela Ribeiro F1 -63 kg

Para a judoca paraense faltou critério na pesagem. “A competição foi boa com exceção da pesagem que foi rígida com o feminino. Passei 300g, e tive que lutar na categoria de cima, enquanto que os atletas do masculino pesaram dois dias antes da competição. Não achei muito coerente”.

Rosangela elogiou o nível técnico da competição. “Enfrentei excelentes atletas com nível técnico muito alto. Lutei com judocas experientes e de muita técnica. Treinei para o Pan desde o início do ano, pois ainda luto no sênior. Esta medalha foi muito especial porque tudo conspirava contra; a temperatura em Belém é em torno 35º a 40º, e eu estava muito abaixo do peso,lutando em uma categoria que não era a minha com adversárias bem mais altas.Foi muita superação mesmo”.

Em função da gravidez, a campeã paraense,não disputará nada em 2012. “Não disputarei o Pan e no Mundial de 2012,vou me afastar para me dedicar a “Carreira de Mãe”, mas estarei torcendo para os brasileiros e em especial para meu maridão.

Títulos Conquistados em 2011Campeã Paraense 2011Campeã Pan-americanaBronze no Mundial

Ton Pacheco M3 -81 Kg

Para este goiano radicado no Tocantins a desorganização foi grande. “Ir a Sogipa sempre é uma grande alegria. A CBJ apresentou a estrutura física comparada a eventos internacionais, mas fazer pesa-gem dois dias antes do evento foi um absurdo. A desorganização no credenciamento, a desinformação e duvidas em função sobre um regulamento mal feito, nos fez ter a certeza de que estávamos no Brasil”.

Se a organização foi ruim o nível técnico foi altíssimo. “Minha categoria teve 15 concorrentes, acredito que todos eram professores, ou seja, não tinha nenhum “bobo”, e todos queriam sentir o gostinho de ser campeão. Foi pauleira”. Disse o tocantinense que destacou que o ouro lhe deu a certeza de estar na briga. “Foi um ouro em um evento internacional, isso tem um gostinho a mais e nos da a certeza de estar vivos, com saúde e lutando”.

Para Ton a disputa acaba motivando o treinamento diário. “Tenho me esforçado para manter o peso. Como hoje a competição é um hobby, ela acaba nos motivando a superar a rotina de treinamento que após os quarenta, já não é tão simples”.

O fato do próximo mundial ser no Brasil é um motivador. “Competição é competição, não importa o lugar. Tudo na vida tem vantagens e desvantagens, quando a briga é lá fora a motivação é conhecer outro país, mas competir em nosso país da sempre uma força mais. O que pega é arrumar tempo para um pre-paro à altura, pois o nível será altíssimo, e este é o grande desafi o. Mas a proposta é competir e manter a chama acesa”, fi nalizou o campeão.

33

Page 34: Revista Budo 5

Classifi cação Final

Feminino

F1 – 48 Kg

1º Marilene Alves

2º Viviane Tavares

F1 – 63 Kg

1º Vanessa Billard

2º Carla Oliveira

3º Viviane Brito

3º Frances Regina Morelli

F1 – 70 Kg

1º Rosangela Ribeiro

2º Viviane Nazário

3º Clenice Gomes

F1 – 78 Kg

1º Rosangela Moraes

2º Luciana Mazetto

F2 -52 Kg

1º Joceli Lima

2º Simara Soares

F3 -70 Kg

1º Andréia Ambrosio

2º Hilda Castellanos

F3 – 78 Kg

1º Dulcinéia Pacheco

2º Giovana Pilla

F4 – 52 Kg

1º Lucrécia Caicedo

2º Jane Ferreira

F4 – 57 Kg

1º Mara Regina

2º Sandra Denise Koetz

F4 – 70 Kg

1º Eliane Prondzynski

2º Maria Jefremovas

3º Maria de Jesus Gama

F4 + 78 Kg

1º Iraci Grube

2º Presenta Pereira

F5 – 57 Kg

1º Ana Rita Borges

2º Mariza Santos

F1 Open

1º Luciana Mazetto

2º Rosangela Moraes

3º Thais Moreira

3º Carla Oliveira

F3 Open

1º Andréia Ambrosio

2º Rogéria Cozendey Silva

F4 Open

1º Eliane Prondzynski

2º Maria de Jesus

F5 Open

1º Fátima Camargo

2º Maria soares

F6 Opens

1º Ilka Gonçalves

2º Norene Silva

Masculino

M1 – 60

1º Cristian Cesário

2º Ronaldo Dias Ribeiro

3º 3º Dener Ap. de Andrade

M1 - 66 Kg

1º Marinho Moreira Junior

2º Ricardo Amaro

3º Ronaldo Rocha

3º Kalil Gibran Macha

M1 - 73 Kg

1º Daniel Pires

2º Rodrigo Braiani

3º Márcio Moraes

3º Milton Marques

M1 - 81 Kg

1º Marcelo Camargo

2º Danilo Petrucci

3º Stefanio Stafuzza

3º Joel Pereira

M1 - 90 Kg

1º Jesus Rodrigues

2º Gilberto Carlos Godar

3º Aluísio Lima

3º Fernando Soares

M1 – 100 Kg

1º Anderson Pinheiro

2º Victor Hugo

3º Fabiano Ferreira

3º Ricardo Almeida

M1 + 100 Kg

1º Willian Akutagawa

2º Gustavo Cesar Marini

3º Luiz Henrique Pedroso

3º Leandro Costa

M1 Open

1º Anderson Pinheiro

2º Fabiano Ferreira

3º Milton Marques

3º Alexandre Silva

M2 – 60 Kg

1º Alexandre Souza Neto

2º Hernan Maemori

3º Eutimio Deusdiante Jr

3º Wilson Fiqueroa

M2 - 66 Kg

1º Walter Luis Dzurovcin

2º Julian Carlos Garcia

3º Juliano Gonçalves

3º Fábio Lenci

M2 - 73 Kg

1º Lucas Alfredo Landolfi

2º Valdecir Schossler

3º Cesar Rocha

3º Bahjet Hayek

M2 -81 Kg

1º Denison Soldani

2º Anderson Santos

3º Sildomar Oliveira

3º Luis Antonio Santos

M2 - 90 Kg

1º Alexandre Santos

2º Ederson José Abreu

3º Marciel Souza

3º Alessandro Antenor Silva

M2 -100 Kg

1º Mário Sabino Jr

2º Wilson Caldeira

3º Lautaro Andres Avakian

3º Adamo Passos

M2 +100 Kg

1º Elton Fiebig

2º Claiton Granes

3º Célio Batista

3º Efrain Seijas

M2 Open

1º Wilson Caldeira

2º Alexandre Santos

3º Elton Fiebig

3º Adamo Passos

M3 – 60 Kg

1º Ivan Viveiros

2º Sheung Chiao

M3 - 66 Kg

1º Gustavo Picate

2º S. Cannizzo

3º Edson Assakawa

3º João Santana

M3 - 73 Kg

1º Rodrigo Motta

2º Afonso Jorge Carvalho

3º Milton Silva

3º Isaias Costa

M3 -81 Kg

1º Georgton Pacheco

2º Charles Matsuda

3º Rogério Shinobe

3º Efren Mendez

M3 - 90 Kg

34

Page 35: Revista Budo 5

1º Mauricio Cataneo

2º Diego Eduardo Rebello

3º André Luiz Sousa

3º Lairton Mansor

M3 -100 Kg

1º Antonio Tenório

2º Marcelo Gonçalves

3º Marco Antonio Domingues

3º Lula Merli

M3 +100 Kg

1º Camilo Portugal

2º Joseph Guilherme

3º Marcelo Denardi

3º Mauricio Schmidel

M3 Open

1º Marcelo Denardi

2º Efran Mendez

3º Alan Saraiva

3º Rogério Shinobe

M4 – 60 Kg

1º Lauro Azuna

2º Juan Carlos Trione

M4 - 66 Kg

1º Ivan Penna

2º Clovis Kuno

3º Gláucio Bernardes

3º Luiz Alberto Rodrigues

M4 - 73 Kg

1º Luiz Sergio Canan

2º Eduardo Merino

3º Cláudio Forneris

3º Luiz Carlos Brigida

M4 -81 Kg

1º Washington Donomai

2º Marco Aurélio Trinca

3º Carlos Konishi

3º Sergio Duarte

M4 - 90 Kg

1º Ignacio Narvaez

2º Rodolfo Perez

3º Walter Teixeira Jr

3º Walter Gomez

M4 -100 Kg

1º Acácio Lorenção

2º Wilson Alves

3º José Silva

3º P. Guimarães

M4 +100 Kg

1º Tarcisio Siqueira Jr

2º Miguel Pazos

3º Ricardo Henrique Cruz

3º Julio Cesar Muñoz

M4 Open

1º Marco Trinca

2º José Iasbech

3º José Augusto Baeta

3º Rodolfo Perez

M5 – 60 Kg

1º Sumio Tsujimoto

2º Renato Santos Jr

3º Edson Silva

3º Raul Guilhermo Traba

M5 - 66 Kg

1º Francisco Souza

2º Julio Kavakami

3º Roger Oliveira

M5 - 73 Kg

1º Nelson Onmura

2º Helio Jobim

3º Henry Maggi

3º Vitor Freitas

M5 -81 Kg

1º Artemio Caetano Filho

2º Mário Daniel Montrasi

3º Paulo Ferreira

3º Johan Lambrecht

M5 - 90 Kg

1º Luis Alberto Torres

2º Reinaldo Tuha

3º João Carlos Souza

3º Mauro Godói

M5 -100 Kg

1º Luiz Santalla

2º Benedito Oliveira

3º Pedro Cruz

M5 +100 Kg

1º Peterson Campos

2º Samuel Bastos

3º Valdemar Dias

3º Carlos Antonio Reis

M5 Open

1º Benedito Oliveira

2º Carlos Reis

3º Paulo Ferreira

3º João Carlos Souza

M6 - 73 Kg

1º José Raimundo Silva

2º Vanir Pogere

3º José Fernando Brizott

M6 -100 Kg

1º Eduardo Obligado

2º Kleber Silva

M6 Open

1º Bráulio Barboza

2º Luiz Santalla

3º Carlos Gaitan

3º Eduardo Obligado

M7 - 73 Kg

1º Hamilton Correia

2º Ovídio Bertoldi

3º Ormindo Bastos

3º José Antunes

M7 +100 Kg

1º Ricardo Campos

2º José Eustachio Fonseca

3º Uberacy Ramos

M7 Open

1º Ricardo Campos

2º Sakashita Yoshihiro

3º João Osório Ribeiro

3º Morihiro Shiroma

Teams F1

1º Brasil Team D

2º Brasil Team C

3º Brasil Team A

3º Brasil Team B

Teams M5M11

1º Brasil Team B

2º Argentina Team

3º Brasil Team A

Teams M1M2

1º Brasil A Team M1/M2

2º Brasil B Team M1/M2

3º Argentina A Team

3º Argentina B Team

Teams M3M4

1º Argentina A - T

2º Brasil B Team M3/M4

3º Brasil A Team M3/M4

3º Venezuela T

2º. Ariel Grube de Lima

3º. Vagner José Ribas

3º. Carlos Yamamoto

Médio - 90kg

1º. Marcelo Ferreira Filho

2º. João Dalagassa Pires

3º. Dominic Hofmann

3º. Richard Pierre Costa

Meio-Pesado - 100kg

1º. Brunno K. Ferreira

2º. Diogo Espósito

3º. Dênis Duarte

3º. Felipe Marcon Brito

Pesado + 100kg

1º. Rafael Marcon Brito

2º. Robson Machado

3º. Washington Rodrigues

3º. Henry K. de Oliveira

Resultado Individual Absoluto

Masculino

Pesado (+73kg)

1º. Marcelo Ferreira

2º. Bruno K. A. Ferreira

3º. Felipe Brito

3º. Richard Costa

Leve (-73kg)

1º. Pedro Dias

2º. Pedro Felipe Tonello

3º. Marcos Bassos Jr.

3º. Carlos Eduardo Silva

Page 36: Revista Budo 5

36

Por Paulo Pinto

Fotos Zas Estúdio

Hemily AlmeidaGraça e Talento a Serviço do JudôApós a enorme repercussão da matéria Lindas, fortes e cada vez mais competitivas, publicada em nossa última edição, deci-dimos criar uma seção fixa que desse visibilidade e premiasse as judocas que, além de competir e serem bonitas, tenham no judô um caminho e um estilo de vida. E para nossa primeira edição escolhemos a catarinense Hemily Almeida, que atende plenamente aos requisitos necessários, esbanjando a graça e a sensualidade da mulher brasileira.

A Gata dos Tatamis

Page 37: Revista Budo 5

37

Page 38: Revista Budo 5

O que a levou aos tatamis?Meu irmão mais velho já praticava judô, e resolveu levar-me com o objetivo de que eu seguisse os passos dele.

Quando e com quem iniciou?Em 1995, com o sensei Itacir João Rosa. Na época os treinos eram realizados num dojô nos fundos da casa dele.

Com quem treina atualmente?Com o sensei Fabiano Zamboneti, em Itajaí - SC.

O que mais lhe agrada ou atrai no judô?Tudo, desde a disciplina, as técnicas, o judogi até a filosofia que rege essa arte marcial. É interessante como o resultado de uma luta pode mudar nos últimos se-gundos do combate, é totalmente impre-visível. Apesar das vitórias ou derrotas, fora dos tatamis e da competição todos são amigos.

O que o judô lhe deu ou oferece de mais importante?Alegria e saúde. Graças ao judô viajei, fiz amizades, conheci muitos lugares e pessoas diferentes. É o meu combustível para superar os obstáculos da vida.Se hoje eu sou uma pessoa competiti-va, persistente, determinada e, acima de tudo, tenho respeito pelo próximo, devo tudo isso ao judô e às experiências que ele me proporcionou, proporciona e irá me proporcionar.

Como vê o momento que o judô femi-nino brasileiro atravessa?Em minha opinião é um dos melhores mo-mentos, porque, além do apoio que vem recebendo, não há mais aquela grande distinção entre os sexos, em que, segun-do muitos, o judô masculino era superior ao feminino, tanto nos resultados obtidos quanto tecnicamente e taticamente falan-do. As mulheres estão conseguindo mos-trar que são capazes e que possuem o di-ferencial para conquistar seu espaço, e é isso que as torna verdadeiras vitoriosas.

Qual é para você a maior judoca da atualidade?Mayra Aguiar

Se houvesse um convite, você migra-ria para um grande centro do judô do País?Dependendo do suporte oferecido eu iria, sim.

Page 39: Revista Budo 5

Em sua análise, onde se faz o melhor judô do Brasil?Atualmente há vários pontos com judô de qualidade no Brasil. Essa diversida-de pode ser notada por meio dos atletas que se vêm destacando nas competições nacionais e internacionais. Mas apontan-do um, especificamente, ainda considero São Paulo um polo forte no judô.

Se pudesse escolher, onde gostaria de treinar por um determinado período?No Japão.

Qual é a sua meta nos tatamis?Seguir com as graduações até me tornar faixa vermelha, e continuar competindo.

Qual é sua rotina de treinamento?De segunda a sexta, treino musculação e judô, nos sábados, quando não há com-petição, jogo futebol, surfo, pratico outros esportes para me manter ativa.

Qual é seu projeto de vida? O que so-nha para seu futuro?Ser uma profissional reconhecida den-tro da minha área de trabalho. Continuar competindo até na categoria máster. Al-cançar o maior número de vitórias pos-sível, dentro e fora dos tatamis, servindo de exemplo para futuros atletas. Conse-guir de alguma forma, de preferência por meio do judô, trazer crianças e jovens para a prática esportiva, e mostrar que eles podem realizar seus sonhos. E me-lhor ainda, realizar os seus sonhos fazen-do aquilo de que gostam, o seu esporte.

Qual é a sua melhor amiga nos tatamis?Meus alunos.

Como assim? Alunos?Dou aula de judô para crianças e adoles-centes num núcleo em São Francisco do Sul, pela Secretaria Municipal de Espor-tes. Sou muito apegada a eles, e a rela-ção que temos vai além de professor e alunos. Criamos um forte laço de amiza-de, são quase como meus filhos ou algo semelhante.

Fora o judô, quais são suas atividades?Estou cursando Educação Física e atu-almente trabalho com jovens. Pretendo fazer especialização voltada a psicomo-tricidade. Mas, também tenho grande interesse em me aprofundar na parte de nutrição e suplementação voltada para o esporte, recreação e treinamento fun-cional. Já fiz alguns cursos voltados para essas áreas e pretendo aprofundar-me mais, e, assim, me manter sempre atu-alizada.

Page 40: Revista Budo 5

Quais são seus ídolos dos tatamis?Tiago Camilo e Mayra Aguiar.

Fora o judô, você desenvolve outras atividades esportivas?Sim. Faço surfe, natação, futebol, muay thai, jiu-jitsu e também gosto de praticar esportes radicais. Todos eles me proporcionam prazer, aliado ao condicionamen-to físico.

Quais foram ou são as pessoas que mais a ajudaram em sua trajetória nos tatamis?Inicialmente meu irmão, por ter-me encaminhado no judô; meus parentes e ami-gos, professores das academias onde já treinei, meu patrocinador e, principal-mente, meus pais, que procuram de alguma forma sempre se manter presentes, me apoiando e incentivando a dar sempre o próximo passo.

Raio XNome completo: Hemily Gonçalves de AlmeidaData nascimento: 15/03/1990 em São Francisco do Sul-SCFormação: Cursando o quarto e último ano de Educação Física – UnivilleTokui Waza: Uchi-mataJudogi preferido: AdidasTênis preferido (passeio): Nike e AdidasTênis preferido (correr e atividade física): Mizuno e Olympikus Peso: 67 kgAltura: 1,75 mCategoria: Médio Sensei: Fabiano ZambonetiTécnico: Itacir João RosaPreparador Físico: Elvis Roberto da Silva Doge/Hemily G. de Almeida Nutricionista: Fernanda K. M. CoutoFisioterapeuta: José MarquesMédico: Dr. Walmor Berreta JúniorPatrocinadores: Cia de Navegação Norsul/Terminal Marazul Ídolo nos tatamis: Tiago CamiloÍdolo fora dos tatamis: Kelly Slater e, principalmente, DeusMaior judoca da atualidade: Leandro Guilheiro Principais conquistas: Decacampeã estadual Catarinense,vice-campeã da Seletiva Sul-Americana Júnior, vice-campeã da Copa Paraná

Page 41: Revista Budo 5
Page 42: Revista Budo 5

São Paulo (SP) – No dia 1º de outubro foi realizado o Campeona-to Paulista Sênior 2011, uma das competições mais esperadas pelos judocas paulistas.

Realizada no Esporte Clube Pinheiros, a competição recebeu mais de 300 atletas, que passaram pelas seletivas regionais e esta-duais do interior do Estado de São Paulo e chegaram à grande fi nal.

Além das excelentes instalações do Esporte Clube Pinheiros, a Federação Paulista de Judô usou placares de LCD, possibilitando maior visibilidade aos atletas, técnicos e espectadores.

Após as disputas foram conhecidos os campeões paulistas de 2011 que representaram o Estado de São Paulo no Campeonato Bra-sileiro Sênior, realizado em Florianópolis (SC).

Tênis Clube São José dos Campos faturou o feminino

A equipe do Tênis Clube São José dos Campos surpreendeu, superou suas adversárias e fi cou com a primeira colocação geral da categoria feminina. Com os dois ouros conquistados por Tamara

DADOS DA COMPETIÇÃOData: 1 de outubro de 2011Local: Esporte Clube PinheirosCidade: São Paulo – SPAssociações Participantes: 68 AssociaçõesAtletas Participantes: 332 Atletas inscritosÁrbitros Participantes: 38 ÁrbitrosTotal de Áreas: 8 Áreas

Delegacia da CapitalDelegado Regional Wilson Della SantaDelegacia da CapitalDelegado Regional Wilson Della Santa1º Campeonato Paulista

Sênior 2011

Paulista SêniorTênis Clube de São José dos Campos e Esporte Clube Pinheiros Faturam o

Paulista SêniorTênis Clube de São José dos Campos e Esporte Clube Pinheiros Faturam o

Paulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorTênis Clube de São José dos Campos Tênis Clube de São José dos Campos Tênis Clube de São José dos Campos e Esporte Clube Pinheiros Faturam oe Esporte Clube Pinheiros Faturam oe Esporte Clube Pinheiros Faturam o

Paulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorPaulista SêniorTênis Clube de São José dos Campos e Esporte Clube Pinheiros Faturam o

42

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô eMarcelo Lopes

Page 43: Revista Budo 5

dos Santos (leve) e Talita Libório Morais (meio-pesado); duas de prata com Jes-sica Santos (meio-médio) e Claudirene Maria Cézar (pesado); e um bronze com Ana Paula Ribeiro (meio-médio), a equi-pe do Vale do Paraíba sagrou-se campeã geral da categoria feminina.

O Esporte Clube Pinheiros fi cou na se-gunda colocação, com uma medalha de ouro com Gabriela Shinobu Chibana (ligei-ro); uma de prata com Catiere Toledo Moya (leve); e três de bronze com Jessica Neves Osório (ligeiro), Fabiana de Oliveira (leve) e Rubiana Lopes Cury (meio-pesado).

A Associação Esportiva Piracicaba e a Associação Desportiva São Caeta-no fi caram na terceira colocação, com um ouro e um bronze. Já a Associação Osasco/Yanaguimori, a Associação de Judô Rogério Sampaio e a Associação D. Mesc. São Bernardo, fi caram na quin-ta colocação, com um ouro cada uma.

Esporte Clube Pinheiros fatura o masculino

O Esporte Clube Pinheiros foi o cam-peão geral do masculino, conquistando ao todo sete medalhas. Foram dois ouros com Charles Koshiro Chibana (meio-leve) e Alex Reiller Aguiar (meio-pesado); duas de prata com Raphael Luiz Silva (leve) e Eduardo Betoni da Silva (médio); e três bronzes com Gilberto Daurício Leite (meio-leve), Adriano Ricardo Santos (leve) e Gabriel Gouveia de Souza (médio).

A Associação de Judô Rogério Sam-paio fi cou em segundo lugar, com dois ou-ros e uma de prata. A equipe R. Preto fi cou na terceira colocação, com uma medalha de ouro, duas de prata e uma de bronze. A Associação Desportiva São Caetano fi cou na quarta colocação, com um ouro e uma prata. O Palmeiras/Mogi fi cou na quinta colocação, com um ouro e um bronze. A equipe de Suzano fi cou na sexta coloca-ção, com uma medalha de ouro.

43

Page 44: Revista Budo 5

Muitas caras novas nos tatamis

Nos tatamis do Clube Pinheiros vi-mos muita gente nova. Judocas de todo o Estado brigaram pelo ouro e pela opor-tunidade de representar São Paulo no campeonato brasileiro, entre eles atletas que já defenderam o Brasil e muitos que nunca saíram de São Paulo.

Dos 16 campeões paulistas desta temporada sairá grande parte dos cam-peões brasileiros de 2011, e muitos deles estarão na seleção brasileira em 2012. É uma geração nova, porém com uma base sólida e tecnicamente rica devido à diver-sidade de escolas e estilos encontrada no judô paulista.

Às vezes reclamamos que o melhor do judô paulista não está mais em São Paulo, e sim no exterior, representando o Brasil, mas é justamente essa constante saída de judocas do Estado que fomenta o surgimento de bons atletas a cada ano. Esta é a tradução daquela velha máxi-ma do esporte que diz que a competição mais importante é a que está por vir.

Entre os nomes que subiram ao pó-dio do sênior destacamos no masculino

As judocas da Judokan Bosch, da Associação de Funcionários da Robert Bos-ch de Campinas, Fátima Regina Modesto e Úrsula Modesto Sandi, mãe e filha respectivamente, caminharam juntas nas seletivas que as levaram até a final do Paulista Sênior 2011.

As duas não conseguiram classificação para a etapa final, mas fizeram histó-ria, indo juntas às finais, mas na mesma categoria de peso. Durante as seletivas elas se enfrentaram pela vaga.

Um fato raro e curioso no judô, em que mãe e filha competem na mesma classe (sênior) e categoria de peso (ligeiro). Mas isso tem uma explicação: Úrsula oficialmente compete na classe sub-17, e, para adquirir mais experiência, resolveu competir na classe sênior.

Outra peculiaridade desta edição do Paulista Sênior tem como responsáveis dois membros da maior família de judocas de São Paulo da atualidade, os Chi-bana.

Nesta edição do paulista, dois membros desta família foram campeões e aca-baram levando o ouro para o Esporte Clube Pinheiros, já que ambos defendem as cores do tradicional clube paulistano. São eles Gabriela Shinobu Chibana (ligeiro) e Charles Koshiro Chibana (meio-leve).

Há anos estes judocas vêm crescendo e vencendo cada vez mais competi-ções, e hoje estão no topo de suas categorias, defendendo o Pinheiros, São Paulo e a seleção brasileira.

Mãe e filha chegaram lá

Família de campeões

Page 45: Revista Budo 5

Vitor Hugo Carvalho, o super-ligeiro do Palmeiras/Mogi; Charles Koshiro Chiba-na, o meio-leve do Clube Pinheiros; Pau-lo Barros Reginaldo, o leve do Suzano Judô Clube; Raphael Magalhães, o meio--médio da Associação Desportiva São Caetano e Alex Reiller, o meio-pesado do Pinheiros.

No feminino São Paulo será muitíssi-mo bem representado em 2012 com atle-tas extremamente competitivas, como Ta-mara dos Santos, do Tênis Clube de São José dos Campos, e Wedja Pereira dos Santos, do SESI, ambas do peso leve; Danielli Yuri Barbosa, a meio-médio da A.D. São Caetano; Nadia Bagnatori Merli, a peso-médio da A. D. Piracicaba; Talita Libório Morais, meio-pesado do TCSJC, e a peso-pesado Paloma Paulino Rocha, do Osasco/Yanaguimori.

45

Page 46: Revista Budo 5

Feminino

Super-ligeiro

1º Joyce Caroline Segalla A. A. D. Mesc. São Bernardo

2º Natalia Melo Maciel Palmeiras/Mogi

3º Amélia Rosa Souza Semclatur de Lins

3º Ana Paula Nobre Associação Esportiva Piracicaba

5º Nathali Barbosa Camargo Associação de Judô Aleixo

5º Gleicy da Silva Aguilar R. Preto

Ligeiro

1º Gabriela Shinobu Chibana Esporte Clube Pinheiros

2º Catiere Toledo Moya Esporte Clube Pinheiros

3º Jessica Neves Osório Esporte Clube Pinheiros

3º Lorrayna Ferreira Costa Associação Alfredo Contatto

5º Nathalia Mercadante Associação Marcos Mercadante

5º Carolina Pereira Martins Associação Rogério Sampaio

Meio-leve

1º Andressa Fernandes Associação Rogério Sampaio

2º Milena Cristina Mendes Clube Paineiras do Morumby

3º Letícia Rocha de Oliveira Associação de Judô Yama Arashi

3º Marilia Frizzo Clube Concórdia

5º Viviane Saggioni Judô Kimura

5º Rosanne Aguiar R. Preto

Leve

1º Tamara dos Santos Tênis Clube S José dos Campos

2º Wedja Pereira dos Santos SESI - SP

3º Fabiana dos S. de Oliveira Esporte Clube Pinheiros

3º Tamires C. A. da Silva Associação Desportiva São Caetano

5º Shayany Pascoalino Esporte Clube Pinheiros

5º Alessa Leiliane Souza SESI - SP

Meio-médio

1º Danielli Yuri Barbosa Assoc. Desportiva São Caetano

2º Jessica B. Santos Tênis Clube S Jose Campos

3º Ana Paula Ribeiro Tênis Clube S Jose Campos

3º Keyla Raquel Dias Associação Kiai Kam

5º Fernanda Carvalho Tênis Clube S Jose Campos

5º Dayanna da Silva Neves R. Preto

Médio

1º Nadia Bagnatori Merli Associação Esportiva Piracicaba

2º Anne Caroline Barbosa Associação Kiai Kam

3º Dyelle de Melo Freitas Associação de Judô Ichikawa

3º Claudia Penha Seduc - Praia Grande

5º Andrea Alves Oguma Sport Club Corinthians Paulista

5º Isabelle Chiara Vieira Associação Esportiva Piracicaba

Meio-pesado

1º Talita Libório Morais Tênis Clube S Jose Campos

2º Pâmela Vitorio Ventura Associação Kiai Kam

3º Rubiana Lopes Cury Esporte Clube Pinheiros

3º Renata Maria Silva R. Preto

5º Samarita Santagnello R. Preto

5º Flavia Camargo Paiva A. Ibiunense de Artes Marciais

Pesado

1º Paloma Paulino Rocha Esp. Cl Osasco/Yanaguimori

2º Claudirene Maria Cezar Tênis Clube S Jose Campos

3º Lorena da Silva Coelho Clube dos Subtenentes e Sargentos

3º Marília Vieira dos Santos Associação Desportiva Santo Andre

5º Kawanne Toledo Martins Esporte Clube Pinheiros

5º Richele Juliana Jordão Associação de Judô Aleixo

Masculino

Super-ligeiro

1º Vitor Hugo Carvalho Palmeiras/Mogi

2º Rodrigo Gonçalves Assoc. Desp. Ribeirão Pires

3º Fabio Kyioshi Matsumoto Fúlvio Myata Fitness & Sports

3º Murilo Jaqueti Ateneu Barão de Mauá

5º Mike Massahiro Chibana Esporte Clube Pinheiros

5º Danilo Henriques Ferreira Ribeirão Pires Futebol Clube

Ligeiro

1º Felipe Versolato Silva Associação Judô Rogério Sampaio

2º Nicolas Felipe Santos ADPM. São José dos Campos

3º Guilherme Koji Minakawa Associação Bras. A Hebraica de SP

3º Raphael Minoru Miaque Tênis Clube São José Campos

5º Raphael Camilo Associação Judô Hombu Budokan

5º Julio Cesar Gonçalves Associação de Judô Alto da Lapa

Meio-leve

1º Charles Koshiro Chibana Esporte Clube Pinheiros

2º Renan da Silva Pereira R. Preto

3º Gilberto Dauricio Leite Esporte Clube Pinheiros

3º Lincoln Messias Santos Guaru Educação Social e Desporto

5º Daniel Silva dos Santos Esporte Clube Pinheiros

5º Leandro Gonçalves Silva Suzano Judô Clube

Leve

1º Paulo Barros Reginaldo Suzano Judô Clube

2º Raphael Luiz Silva Esporte Clube Pinheiros

3º Adriano Ricardo Santos Esporte Clube Pinheiros

3º Fender Von Esperidião Sport Club Corinthians Paulista

5º Vinicius Taranto Panini Esporte Clube Pinheiros

5º Emanoel Ferreira Santos Esporte Clube Pinheiros

Meio-médio

1º Raphael Magalhães Associação Desportiva São Caetano

2º Danilo Gonçalves Associação Judô Rogério Sampaio

3º Alessandro Aguiar Colli R. Preto

3º Rubens Martins Junior Associação Guardas Civis M. R.C

5º Andre Papaleo Picazo Associação Bras. A Hebraica de SP

5º Adriano Enéas Roveri Clube dos Subtenentes e Sargentos

Médio

1º Rubens Inocente Filho R. Preto

2º Eduardo Betoni da Silva Esporte Clube Pinheiros

3º Gabriel Gouveia de Souza Esporte Clube Pinheiros

3º Tiago Calcini Liberato Sec. Mun. Esp. Ribeirão Preto

5º Matheus da Silva Sec. J. E. L. de Pindamonhangaba

5º Ricardo Bruno de Jesus Palmeiras/Mogi

Meio-pesado

1º Alex Reiller Aguiar Esporte Clube Pinheiros

2º Rogério dos Santos Assoc. Desportiva São Caetano

3º Jonas Facho Inocêncio Assoc. Esportiva Piracicaba

3º Willian Hoffmann Assoc. Desp. Alfredo Contatto

5º Danilo Paulino Rocha A D Santo Andre

5º Renato Fiori Ramos Guarú Educação Social e Desporto

Pesado

1º Leandro Gonçalves Associação Judô Rogério Sampaio

2º Elton Quadros Fiebig R. Preto

3º Ariovaldo Da Silva Maciel Associação de Judô Mata Sugizaki

3º Hugo Silva Coutinho Palmeiras/Mogi

5º Vinicius Fernandes Cury Fúlvio Myata Fitiness & Sports

5º Pedro Paulo Benyunes Associação de Judô Mata Sugizaki

Classificação Individual

Page 47: Revista Budo 5
Page 48: Revista Budo 5

48

FederaçãoParanaense de JudôComemora Cinquentenário em Alto Estilo

50 Anos lutando por um ser melhor

Curitiba (PR) – A Federação Parana-ense de Judô completou cinquenta anos de existência e sua diretoria comemorou em altíssimo estilo.

Numa cerimônia oferecida no dia 8 de outubro, para aproximadamente cento e oitenta pessoas, a comunidade judoísta do Paraná lembrou e homenageou os pre-cursores do judô no Estado.

Entre os convidados estavam auto-ridades esportivas e políticas, e entre estes destacamos Noboru Yamaguchi, Cônsul Geral do Japão; João Rocha, vice--presidente da Confederação Brasileira de Judô; Hatiro Ogawa, que representou Francisco de Carvalho Filho, presidente da Federação Paulista de Judô; Roberto David da Graça, presidente da Federação Catarinense de Judô; Luiz Hisashi Iwashi-ta, presidente da Federação Paranaense de Judô, os kodanshas paranaenses Liogi Suzuki 9º Dan, Yoshihiro Okano 8º Dan e Adauto Domingues 8º Dan.

Após a formação da mesa foi apre-sentado um resumo da história do judô do

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô

Page 49: Revista Budo 5

49

Paraná desde a chegada dos primeiros imigrantes japoneses, até a fundação da FPrJ. Grande parte dos judocas que es-creveram a história do judô paranaense foram lembrados e homenageados.

Entre estes o grande destaque foi o sensei Sadai Ishihara, introdutor do judô no Paraná que mesmo tendo falecido em 1999 ainda é o presidente de honra da Fe-deração Paranaense de Judô. Quem re-cebeu sua homenagem foi Liogi Suzuki, o kodansha mais graduado do Estado.

A seguir todos os ex-presidentes foram lembrados e homenageados, e o primeiro a ser homenageado foi o Major Gentil de Almeida Campos, que presidiu a entidade de 1961 a 1967. O segundo dirigente ho-menageado foi Jaime Matsuo Kuwamoto, que presidiu a FPrJ entre 1967 e 1973.

O terceiro presidente homenageado foi Miguel Martins Fernandes que esteve à frente da entidade entre 1973 e 1979. O quarto dirigente homenageado foi Makoto Yamanouchi que geriu o judô paranaense em dois mandatos. O primeiro foi entre 1979 e 1983, já o segundo foi entre 1990 e 1993.

O quinto presidente homenageado foi Paulo Ayr Micoski, que esteve à frente da FPrJ entre 1983 e 1990. O sexto dirigen-te premiado foi Renato Fruehwirth, que administrou o judô do Paraná por quatro mandatos, assumindo em 1993 e dirigindo a entidade até 2006.

João Rocha

Hatiro Ogawa

Renato Fruehwirth e esposa

Luiz Iwashita

Helder Faggion, Luiz Iwashita e Vitor César Moreira

Luiz Iwashita e Noburo Yamaguchi

Page 50: Revista Budo 5

Destaques do judô paranaense são homenageados

Após a homenagem prestada aos ex-dirigentes, foi a vez de premiar os ju-docas que se destacaram pelo trabalho realizado em prol do desenvolvimento do judô paranaense.

O primeiro a ser agraciado foi Liogi Su-zuki, kodansha 9 dan. O segundo homena-geado foi Yoshihiro Okano, kodansha 8º Dan. Outro ícone do judô paranaense homenage-ado foi Adauto Domingues, kodansha 8º dan. O último kodansha homenageado foi Ney de Lucca Mecking, kodanha 7º dan.

50

Page 51: Revista Budo 5

Entidades e parceiros da FPrJ são agraciados

Na sequência foram homenageados os atletas que levaram o Paraná ao lugar mais alto do pódio. Rogério Rocha Cherubin foi o primeiro a ser lembrado, Rinaldo Caggiano também foi premiado por suas conquistas, e a premiação de Rubens Tempski, fechou a premiação aos ex-atletas.

Na sequência foram feitas as home-nagens às federações co-irmãs, e Hatiro Ogawa recebeu a homenagem de São Paulo. Roberto David da Graça recebeu a homenagem da Federação Catarinen-se de Judô. A Confederação Brasileira de judô também foi homenageada, através de seu vice-presidente João Rocha.

O Consulado Geral do Japão em Curi-tiba é outro grande parceiro do judô para-naense e por toda a colaboração que tem prestado ao desenvolvimento da modali-dade, a representação foi homenageado através de Noboru Yamaguchi, Cônsul Geral.

A Fábrica de Kimonos Yama, outra grande parceira da entidade também foi agraciada, através de seu diretor comer-cial, Daniel Laurindo.

51

Page 52: Revista Budo 5

FPrJ é homenageada e Paraná tem novo kodansha

Dirigentes e integrantes da Delegacia da Região Sul, representados pelo Dele-gado Regional Marcos Roberto da Veiga, homenagearam a FPrJ por seu cinquente-nário e pelo excelente trabalho desenvol-vido pela atual diretoria.

Roberto David da Graça também pres-tou sua homenagem a FPrJ pela comemo-ração do cinquentenário da entidade.

Após o término das homenagens João Rocha que além de vice-presidente da CBJ é membro do recém criado conselho nacional de graus, surpreendeu a todos outorgando a faixa vermelha e branca de kodansha 6º dan, a Luis Hisashi Iwashita, aumentando ainda mais o clima de festa entre os convidados.

Segundo Hatori Ogawa esta era uma graduação muito esperada. “Por tudo que fez e realizou no judô penso que o sensei Luiz Iwashita já merecia esta graduação há muitos anos, mas não da para enten-der os critérios usados pelas pessoas que cuidam deste tema hoje em dia. Mas felizmente se fez justiça e todos nós co-memoramos muito o reconhecimento e a importância dada a este grande judoca”, disse Hatori.

Após a emoção pela grande surpresa Iwashita agradeceu a todos que o ajuda-ram no processo de crescimento dentro do judô. “Estou muito surpreso e emocionado com esta homenagem. Eu não esperava este reconhecimento, mas estou muito

52

Page 53: Revista Budo 5

feliz por ter atingido esta graduação e por poder fazer parte hoje, do seleto grupo dos kodanshas do Paraná e do Brasil. Certamente esta graduação me motivará a trabalhar ainda mais pelo desenvolvimento do judô paranaense”.

Encerradas as outorgas e premiações aos home-nageados da noite, Luiz Iwashita agradeceu a presença de todos que participaram deste momento tão impor-tante do judô do Paraná. “Agradeço a presença de to-dos vocês que vieram comemorar conosco esta data tão importante. Cada um de nós fez a sua parte para que este evento registrasse os fatos mais relevantes destes 79 anos de judô no Paraná, e tenho certeza que atingimos nosso objetivo. Espero colaborar no sentido de escrever daqui por diante uma história tão bonita quando a que foi escrita até hoje”, finalizou o dirigente.

53

Page 54: Revista Budo 5

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô

Luciano CorrêaCampeão mundial, focado no pódio olímpico

Luciano Ribeiro Corrêa, o bra-siliense que conquistou o ouro nas principais competições mundiais, entre os mais importantes estão o do mundial de 2007 e o dos Jogos Pan-americanos de 2011. Mas para o experiente judoca do Minas Tê-nis Clube, falta ainda uma medalha olímpica para completar seu quadro de medalhas. Conheça um pouco mais deste gigante dos tatamis que tem judô e experiência sufi cientes, para sonhar com o ouro olímpico

Pan-americanos de 2011. Mas para Pan-americanos de 2011. Mas para o experiente judoca do Minas Tê-o experiente judoca do Minas Tê-nis Clube, falta ainda uma medalha nis Clube, falta ainda uma medalha olímpica para completar seu quadro olímpica para completar seu quadro de medalhas. Conheça um pouco de medalhas. Conheça um pouco mais deste gigante dos tatamis que mais deste gigante dos tatamis que tem judô e experiência sufi cientes, tem judô e experiência sufi cientes, para sonhar com o ouro olímpicopara sonhar com o ouro olímpico

o experiente judoca do Minas Tê-nis Clube, falta ainda uma medalha olímpica para completar seu quadro de medalhas. Conheça um pouco mais deste gigante dos tatamis que tem judô e experiência sufi cientes, para sonhar com o ouro olímpico

54

Page 55: Revista Budo 5

O que levou aos tatamis?Comecei por acaso aos quatro anos, por-que minha mãe gostava muito da fi losofi a e da disciplina que o judô passava. Este foi o principal motivo de minha mãe ter me levado para uma academia em Bra-sília. Era uma academia pequena, mas aprendi muito lá e aos poucos fui gostan-do de competir e de toda essa fi losofi a que nos proporciona bastante disciplina. Meu primeiro professor foi o sensei Iva-nei, de Brasília. Com quem treinei até os 16 anos, e minha quando fui contratado pelo Minas Tênis, no ano 2000. Na ver-dade cheguei ao Minas através de um convite feito pelo prof. Floriano que tra-balhava no Projeto Futuro, e acabou indo para o Minas. Tudo o que conquistei nos tatamis, sejam os títulos ou os resultados profi ssionais, devo tudo a estes dois pro-fessores: o Ivanei que me ensinou judô e o Floriano que me lapidou.o Floriano que me lapidou.

Quando iniciou o que mais te atraiu no judô?Eram as brincadeiras no tatami. Meu professor conduzia as aulas que tinham brincadeira, mas tinham o aprendizado também. Fomos aprendendo de forma lúdica, e aquilo era muito gostoso.

E hoje o que mais te atrai no judô?O principal para mim hoje é o esporte de alto rendimento, onde você tem que estar com alegria sempre. Nós competimos em dezenas de eventos na temporada den-tro e fora do Brasil, mas busco lutar toda competição com alegria. Todas as vezes que vou entrar no tatami procuro estar alegre, porque esta é a coisa que mais gosto de fazer. É isso que eu faço todos os dias, então a palavra que resume tudo isso é lutar com alegria.

Quem o inspirou nos tatamis? Quem me inspirou e muito foi o Aurélio Miguel. Ele é meu grande exemplo, até mesmo por seu estilo de luta que se pa-rece muito ao meu. Quando ele ganhou a olimpíada de Seul daquela forma raçuda, me impressionei muito. E o meu jeito de

lutar é esse mesmo. Luto de forma raçu-da e com muita perseverança. Nunca fui um cara muito técnico e sempre gostei muito do estilo do Aurélio. Acho que ele é um campeão dentro e fora dos tatamis devido a sua postura.

O que o judô te proporcionou de mais importante?Acho que devo tudo que possuo ao judô, pois ele me proporcionou muitas coisas. Conheci vários países e outras culturas através do judô. Tive bolsa de estudos e hoje sou formado em Administração, por conta do judô. O judô me deu um apren-dizado não somente dentro dos tatamis, mas fora deles também e soube conduzir minha vida como um todo.

Como vê o momento que o judô brasi-leiro atravessa?O judô brasileiro está hoje entre as cinco potencias mundiais da modalidade. Fora isso o judô está crescendo muito, e o fe-minino esta numa ascensão muito gran-de. Em todas as competições estamos trazendo medalhas internacionais, e o judô brasileiro está de parabéns e temos tudo para crescer mais até 2016.

Quantos judocas da época que foi cam-peão mundial ainda estão no topo? Têm muitos ainda. O cenário internacio-nal apresenta muitos atletas e tudo está mudando rapidamente. Às vezes o pódio de um campeonato mundial apresenta

4 medalhistas, e no mês seguinte nenhum deles pega medalha

importante. Cada vez mais vemos mais atle-

tas num mesmo ní-vel porque a coisa

está muito homo-gênea em todas

as categorias. Temos que

55

Page 56: Revista Budo 5

estar sempre muito bem preparados para essa maratona de competições, porque tem muita gente do passado que continua na batalha, e muita gente nova chegando.

Quem são seus principais adversários hoje?È difícil dimensionar, mas são muitos, mas cito o japonês o Takamasa Anai que hoje é o primeiro do ranking. O holandês Henk Grol, o cubano Oreydi Despaigne, que sempre nos enfrentamos nas com-petições pan-americanas, e tem o russo também o Tager Khaibulaev.

Então você praticamente cresceu den-tro do Minas Tênis?Fui para lá quando o Floriano de Almeida estava assumindo a área técnica e foi ini-ciado um trabalho visando a implantação de um trabalho de base, e hoje estamos colhendo os frutos pois muita gente da-quela base hoje está na categoria sênior. Este é um ótimo trabalho que o Minas Tênis faz a um bom tempo, onde pegam um atleta bem novo e trabalham em sua formação até o mesmo chegar à seleção brasileira.

Como é a estrutura do clube?Sou suspeito para fazer este comentário porque estou há 11 anos, mas no judô hoje é o clube com maior estrutura. Te-mos um departamento medico que possui nutricionista, fisioterapeuta, medico que estão sempre à nossa disposição. Temos uma equipe multidisciplinar muito boa com técnico, preparador físico e fisiotera-peuta, trabalhando de forma interligada. É um clube que trabalha com planejamento para o ano inteiro, das principais competi-ções. Em 2009 fomos campões do Grand Prix, ano passado ficamos em terceiro e este ano fomos vice-campeões.

Fora do Brasil onde está o melhor judô?As duas grandes potências são o Japão e a França, que fazem um excelente tra-balho no masculino e no feminino. Esses

dois países incomodam muito nas compe-tições internacionais.

E no Brasil?Acho que é em São Paulo, e nós sempre vamos treinar lá. Acho que o melhor judô hoje está em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

As mudanças nas regras ajudaram ou atrapalharam você?Não posso dizer que atrapalhou e nem que ajudou. Acho que em tudo na vida nós temos que nos adaptar. Não tem como ficarmos nos lamentando por algo que já não existe mais. Tive que me adap-tar porque tinha algumas estratégias de perna, mas tudo na vida é adaptação.

O ouro nos Jogos Pan-americanos teve um sabor diferenciado?Teve sim porque nos Jogos Pan-america-nos no Rio de Janeiro perdi para o cubano e fui medalha de bronze aqui em nosso país. Ganhar o Pan é muito bom porque te deixa mais confiante para o resto da temporada, e ainda mais ganhar em cima do cubano para quem eu havia perdido os últimos seis confrontos. Foi especial.

Como está a sua classificação para as olimpíadas?Encontro-me em 16º no ranking, e o meu adversário do Brasil é o Leonardo Leite que está em 17º. A briga está bastante acirrada, temos competições até maio do ano que vem, mas acho que agora é me concentrar e focar bastante.

Da para sonhar com o ouro olímpico?Todo sonho é possível. Basta fazermos a nossa parte e correr atrás, e eu estou focado nisso.

Qual é a sua meta nos tatamis?Minha meta é sempre ganhar o próximo combate que é sempre o mais importante. Treinar sempre com alegria e me divertir nos tatamis e nas competições. Já a mi-

nha prioridade é aperfeiçoar a parte téc-nica que é justamente onde tenho maior deficiência.

Qual é sua rotina de treinamento?Treino duas vezes por dia, de manhã faço a parte física e a tarde fazemos randori, parte especifica e técnica.

Qual é seu projeto de vida?Como sou formado em administração, quero fazer pós-graduação na área de marketing esportivo e trabalhar nesta área. Linkar o esporte com a minha for-mação.

Em sua análise o judô cresce no mundo?Acho que o judô está cada vez mais popu-lar no Brasil e no mundo. Quando anda-mos nas ruas as pessoas já reconhecem quem são os atletas da seleção brasileira, sabem até da pontuação e como esta a competição. Mundialmente a mudança das regras está proporcionando um espe-táculo mais dinâmico, e um evento maior acaba sempre atraindo o publico.

Em sua análise está havendo renova-ção no judô brasileiro? A geração nova está vindo e empurran-do todos nós que já estamos chegando numa idade elevada, e isso é muito bom para nosso esporte, quanto mais renova-ção houver, mais resultados teremos.

Quais foram ou são as pessoas que mais lhe ajudaram em sua trajetória?Primeiramente agradeço a Deus, e depois meus dois professores o Ivanei e o Flo-riano. Mas quem eu tenho que agradecer mesmo é ao meu pai e a minha mãe que sempre estiveram comigo em todos os momentos, principalmente nos mais difí-ceis. Um atleta não vive só de vitorias, e é justamente nas derrotas e na adversidade que encontramos apoio familiar. Tenho que agradecer a minha família inteira e também ao Minas Tênis Clube, que me ofereceu toda essa estrutura.

Luciano com Sergio Cota e Carlos Henrique Martins

56

Page 57: Revista Budo 5

Raio X

Nome completo: Luciano Ribeiro Corrêa

Data e local de nascimento: 25 de novembro

de 1982 - Brasília (DF)

Formação: Administrador de Empresa

Tokui Waza: O-soto-gari

Judogi preferido: Adidas

Tênis preferido: Adidas

Peso: 100 kilos

Altura: 1.90

Categoria: Meio-pesado

Sensei: Floriano de Almeida

Técnico: Floriano de Almeida

Preparador Físico: Rauno Simola

Patrocinadores: Adidas e CDE

(Comissão de Desporto do Exército)

Principais conquistas: Campeão Mundial 2007 e

Campeão do Jogos Pan-americanos 2011

Ídolo nos tatamis: Aurélio Miguel e Pedro Guedes

Ídolo fora dos tatamis: Meu pai

Maior judoca da atualidade: Não da para

escolher apenas um, temos Hugo Peçanha,

Tiago Camilo, Leandro Guilheiro

Sonho no Judô: Uma medalha olímpica

57

Page 58: Revista Budo 5

58

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô

é uma fraude!Paulo Wanderley

Nascido em 1º de fevereiro de 1956, em Cuba, dede jovem Jorge Francisco Armada Sanches viveu entre Porto Rico e os Estados Unidos. Aos 11 anos iniciou a prática do judô e hoje é 6º dan.

Atualmente Armada é assessor da Federação de Judô do Panamá, com apoio da Federação Internacional de Judô. É formado em Educação Física e pós-graduado em Administração Esporti-va. Durante 11 anos foi presidente da Fe-deração de Judô de Porto Rico. Escreveu e produziu vários livros e manuais técni-cos sobre o judô, e foi assessor da Soli-dariedade Olímpica, em vários países.

Por cinco anos foi vice-presidente da União Pan-Americana de Judô - UPJ, e atualmente é vice-presidente da Confe-deração Pan-Americana de Judô - CPJ. Insatisfeito com o rumo que a modalidade tomou nos últimos anos, Armada achou por bem conceder uma entrevista e expor o caos que esta entidade está causando na modalidade.

Conheça um pouco mais sobre este corajoso kodansha, que dedicou grande parte de sua vida ao desenvolvimento do judô pan-americano e caribenho.

De que forma chegou à política esportiva?Em 1998 fui eleito presidente da Fede-ração de Judô de Porto Rico. Em 2000, após os Jogos Olímpicos, houve a as-sembléia da UPJ que reelegeu o novo grupo que administraria a entidade. Jaime Casanova concorreu a mais um mandato; Oscar Casineri foi seu secretá-rio; Carlos Dias, o diretor de Arbitragem; Edgar Clauré continuou como tesoureiro;

Frank Fullerton, como diretor esportivo e eu saí como vice-presidente e presidente da área do Caribe.

Qual foi seu envolvimento com o mo-vimento que esvaziou a União Pan--Americana de Judô, para criar a Con-federação Pan-Americana de Judô?Eu fui a primeira pessoa que enfrentou Jaime Casanova. Fui também a primeira pessoa punida com uma suspensão de cinco anos. Este processo começou em 2005, quando decidi renunciar ao meu cargo na UJP, pelo comportamento equi-vocado e a má administração da entida-de. Daí por diante exerci uma oposição que visava parar os abusos que há anos se arrastavam em nosso continente. Ao mesmo tempo, Casanova tentou me de-ter e evitar a minha presença nos eventos continentais, e com isso alguns países começaram a animar-se com a possibi-lidade de promovermos uma mudança realmente positiva para o judô das Améri-cas. Mas, em meio a tudo isso, eu fui sus-penso por cinco anos e fui a primeira ví-tima fatal da administração que eu havia ajudado a montar. Paralelamente, Paulo Wanderley concorreu à vice-presidência da Confederação Sul-Americana, cargo que exigiu ocupar devido à força do judô brasileiro.

Os demais dirigentes não o apoiaram quando foi suspenso?Ninguém esboçou a menor reação, e to-dos se silenciaram; o que fizeram foi ob-servar. Ao mesmo tempo os dirigentes da UPJ trataram de me difamar, através da

imprensa de Porto Rico, que era onde eu vivia, e isso afetou até a minha família. Mas sobrevivi e me mantive firme. Sem nenhuma presunção, afirmo que minha postura e coragem permitiram que hoje existisse a CPJ. Em 2008 fomos à Es-panha para uma reunião em que vários dirigentes se animaram, e criamos o mo-vimento que pôs fim à ditadura imposta por Casanova. Inicialmente este movi-mento teve o apoio do Uruguai, El Sal-vador, Equador, México, Panamá e Bra-sil, entre outros. Mas destaco que esta reunião foi promovida por Marius Vizer, que naquele momento era presidente da União Europeia, e estava na briga para assumir a presidência da FIJ. Todos nós sabíamos que naquela época Park, o en-tão presidente da FIJ, enfrentava proble-mas legais referentes ao seu patrimônio familiar. Sabíamos também que Marius Vizer era uma pessoa muito poderosa política e economicamente. Quem convo-cou a reunião foi Alexandro Blanco, pre-sidente do Comitê Olímpico da Espanha, que sempre foi um grande amigo do judô americano. Desta reunião participaram alguns presidentes da pan-americana, Marius Vizer, Jean-Luc Rougé, presi-dente da Federação Francesa de Judô, e Juan Carlos Barcos. Foi nessa reunião que começaram o movimento de apoio à candidatura de Marius Vizer à presidên-cia da FIJ e a criação de nova entidade para comandar o judô pan-americano.

Como surgiu o nome de Paulo Wan-derley para ocupar a presidência?Nesta reunião eu mesmo fiz esta propos-

Durante o Mundial Sênior, realizado em Paris, a revista Budô entrevistou Jorge Armada, o centro-americano vice-presidente da Confederação

Pan-Americana de Judô, que, além de falar sobre o caos administrativo que existe hoje no judô Pan-americano, fez graves acusações contra

Paulo Wanderley Teixeira, o presidente da CPJ

Page 59: Revista Budo 5

59

ta, por entender que naquele momento seria a melhor escolha para o judô das Américas. Ele presidia o país mais pode-roso fi nanceiramente, e me parecia uma boa pessoa. Por isso, sem que ninguém me pedisse nada, fui eu que lancei Paulo Wanderley à presidência da CPJ. As pes-soas acataram minha sugestão e a partir daquele momento fi cou decidido que ele ocuparia a presidência.

Quais motivos levaram à criação de uma nova entidade?O primeiro mandato de Casanova foi ex-tremamente positivo. Indubitavelmente, em seu primeiro mandato foram produ-zidas mudanças importantíssimas para o desenvolvimento do judô pan-americano.

Isso fez com que fosse reeleito por acla-mação em 2004, mas, lamentavelmente, a partir daí se iniciou um período obscu-ro, quando foi implantada uma política perversa de prêmio e castigo, que pro-tegia os simpatizantes do presidente e perseguia seus opositores. Os recursos iam apenas para alguns países, e a UPJ se converteu numa organização arro-gante, punitiva e que descumpria cons-tantemente seus estatutos. A ponto de, numa determinada reunião, decidirem que os países que fossem contra suas políticas seriam sumariamente expulsos. Resumindo, foi implantada uma ditadura administrativa perversa e cruel, que nada tinha a ver com os princípios e objetivos para os quais a UPJ havia sido criada.

Mas não havia outra saída?Infelizmente, não. E afi rmo que qual-quer nome que fosse indicado naquele momento seria aprovado, pois a UPJ se mantinha no poder por meio do medo e do terror implantados no judô continen-tal. Sem contar que naquele momento tivemos certeza de que daria certo, pois as pessoas mais importantes e infl uen-tes do mundo passaram a apoiar nosso movimento.

Naquela época a UPJ gerava recursos, havia dinheiro?Sim, naquela época havia muito di-nheiro, mas os únicos beneficiados eram aqueles que apoiavam Jaime Ca-sanova.

A CPJ é umaenganaçãoe serve de fachada para atender aos planos e à ambição de Paulo Wanderley”

Page 60: Revista Budo 5

16 anos de judô vi um caos tão grande como o que está sendo protagonizado por Paulo Wanderley. Aliás, nesse perí-odo nem um dólar foi gerado pela enti-dade.

Está pior do que na era Casanova?Não dá para comparar. Em sua primeira gestão, Casanova criou precedentes que até hoje existem e funcionam, como os campeonatos pan-americanos infantil e juvenil. Ele criou o circuito pan-america-no de judô, e foram criadas estruturas de capacitação, enquanto nestes três anos nós não realizamos absolutamente nada.

Você está afirmando que a CPJ é uma grande mentira?É pior do que uma mentira. É uma en-ganação, pois serve apenas de fachada para atender aos planos e à ambição de Paulo Wanderley. Sou vice-presidente da entidade e, assim como acontece com toda a diretoria, não possuo nem cartões de visita.

Mas vocês tinham recursos para fazer algo?Primeiro, quando se administra uma en-tidade continental, facilmente se geram recursos. Além disso, há alguns anos, a FIJ destinou um milhão de dólares para a CPJ, assim como fez com os demais continentes, mas nosso presidente se negou a receber esse dinheiro até que o problema com o tribunal TAS/CAS fos-

E qual é a realidade do judô hoje?Na verdade, trabalhei com três admi-nistrações. Estou vinculado ao judô pan-americano já há 16 anos. Primeiro acompanhei Frank Carbo, depois foi Sér-gio Bahi do Brasil, um excelente gestor, que lamentavelmente faleceu em 1999, e com isso surgiu Jaime Casanova, que protagonizou um verdadeiro desastre – e isso gerou a criação da CPJ. Eu não cul-po nosso grupo pela fundação da CPJ, culpo todos aqueles que deram manu-tenção às políticas absurdas geradas na administração de Casanova.

Qual é o seu balanço dos três primei-ros anos da Confederação Pan-Ameri-cana de Judô?Desgraçadamente, a CPJ é totalmente inoperante e inexpressiva. A palavra cor-reta é que até hoje não fizemos absolu-tamente nada. Na realidade, nestes três anos a entidade não realizou nenhum evento próprio. Não realizou nenhum curso para árbitros, treinadores ou qual-quer outra coisa. O pouco que existiu fo-ram eventos nacionais realizados com a chancela da CPJ. Eu mesmo realizei um campeonato pan-americano infantil no Panamá, só que a CPJ não nos deu um centavo para realizá-lo, e ainda tivemos de pagar as passagens, hotel e as des-pesas de um oficial, do tesoureiro e de um diretor esportivo, enviados por Paulo Wanderley. E qual foi a contrapartida da CPJ? Nenhuma, absolutamente nada. Nem um simples programa de competi-ção nos foi entregue, e esse campeona-to consta como evento da CPJ. O único apoio ou recurso injetado nas Américas foi um dinheiro que Marius Vizer enviou diretamente aos países filiados. Até hoje, houve dois seminários, porém ambos fo-ram realizados pela FIJ. Um no Panamá, e o outro foi um curso de administração esportiva, realizado em Miami.

O que é a CPJ então?É uma caixa vazia. É zero, ou melhor, ab-solutamente nada. Nunca durante meus

se resolvido. E com isso eu concluo que nosso presidente tem interesse de man-ter o judô pan-americano com este perfil baixo. Não interessa a ele ter a seu lado gente capaz e competente, pois o que tratou de fazer desde que assumiu o po-der foi afastar de sua administração as pessoas competentes.

Podemos classificar a administração da CPJ como desastrosa?Acho que não, pois algo desastroso sem-pre é precedido por uma determinada ação ou atitude, e no caso da CPJ não houve absolutamente nada nesse senti-do, porque nada foi feito. Não existe uma forma de classificarmos uma entidade que não desenvolveu sequer uma ação em três anos de existência. Neste perí-odo nosso presidente não foi visto nem uma vez no Caribe, e não faltaram con-vites.

Mas só o presidente pode decidir o que deve ou pode ser feito?Infelizmente, sim. Na administração de Paulo Wanderley só ele decide e man-da. Além de não ter feito nada, ele nunca permitiu que fizéssemos algo. Nosso di-retor de marketing apresentou vários pla-nos nesse setor, mas estranhamente ele nunca aprovou nenhum plano ou ação. Nosso grupo tem certeza de que ele quer mais é manter tudo estagnado da forma que está.

Por que ele não aceitou os recursos oferecidos pela FIJ?Para ter o controle total sobre os dirigen-tes da maioria dos países. Com esta situ-ação é muito mais fácil e barato para ele adquirir apoio e comprar os votos de que necessita para se perpetuar no poder. Ele dá uma passagem para um, alguns tatamis para outros, e assim a coisa vai se arrastando e ele mantém o judô pan--americano nesse status quo. Para os que reclamam de algo, ele escreve uma carta dizendo que este dirigente não é mais amigo dele, e o coloca no ostracis-mo. Com exceção de três ou quatro paí-ses, os demais vivem todos em situação de miséria extrema e dependem de sua “ajuda” – e ele joga com isso.

E os recursos que ele utiliza de onde vêm?Nesses três anos a CPJ não produziu um dólar sequer.

“A CPJ é totalmente

inoperante e inexpressiva. Em

três anos não fizemos absoluta-

mente nada”

60

Page 61: Revista Budo 5

Quantos países estão filiados à CPJ?Na verdade existem aproximadamente 42 países que fazem judô nas Américas. Houve um momento em que tínhamos 25 filiados, e hoje devem ser cerca de 30 países, mas isso ninguém sabe ao certo, pois ele esconde até informações simples como essa. A ele não convém ampliar o número de filiados, pois quan-to mais países houver, mais ele terá de investir em presentes como passagens, hotéis e equipamento.

Antes de fazer a indicação, você não achou que seria muito poder numa única mão?Os norte-americanos têm um ditado que diz “follow the money”, ou seja, siga o di-nheiro que tudo se esclarecerá. Quando você segue o dinheiro, encontra a razão de muitas coisas, e o nosso caso é um belo exemplo disso. Primeiro nos desliga-mos de uma entidade, e depois tivemos de fundar outra organização, e isso teve um custo enorme. Quem subvencionou tudo isso foi a Confederação Brasileira de Judô. Nenhum dos demais países dis-punha de recursos. Quem arcou mesmo com todas as despesas foi o judô do Bra-sil, e indubitavelmente tivemos de deposi-tar nossa confiança no presidente da CBJ.

Você acusou Casanova de ser arbitrá-rio e ditador, mas e o Paulo Wanderley?Se você quer estabelecer uma compa-ração, digo que Jaime se comportava dessa maneira apenas diante dos seus inimigos. Diante das demais pessoas ele era muito mais sociável, simpático, ta-lentoso, sincero e solícito do que Paulo Wanderley. Mesmo tendo discrepâncias com alguém, ele mantinha uma atitude formal e de respeito. Sua arrogância era institucional e era fruto de sua política pu-

E como ele pôde realizar ações como mandar dirigentes de todo o continen-te para mundiais e grand slams, se a CPJ não gera recursos?O que se supõe é que faz tudo com recur-sos da Confederação Brasileira de Judô - CBJ. Pois, até onde sabemos, ele não possui emprego e antes de ser presiden-te da CBJ era professor e técnico de judô.

Você vê futuro para o judô caribenho e pan-americano?Enquanto Paulo Wanderley estiver na presidência da CPJ, infelizmente, não. O pior é que ele está convicto de que a América é o quintal do Brasil. Que a Amé-rica é o lugar onde se jogam as latas de cerveja e todo o lixo que se produz. Mas isso vai custar caro a ele, da mesma for-ma que custou a Casanova e a todas as pessoas que se apossaram do poder. Ele acha que ainda estamos na época da co-lônia, quando se dava aos indígenas um espelhinho e todos ficavam felizes.

Em sua analise ele prioriza apenas o Brasil?Não é nada disso. Ele trata de projetar sua imagem de dirigente por meio dos grandes eventos que realiza. Nunca na história do judô mundial um país sediou dois mundiais sênior, em tão curto espa-ço de tempo. Em 2007 tivemos o Mundial no Rio de Janeiro e agora foi anunciado que o Mundial de 2013 será novamente no Brasil. Quanto custou isso a ele e ao Brasil? Quanto custa ao Brasil levar uma seleção japonesa para disputar uma competição no Brasil? Será que ele está fazendo o investimento correto? Será que ele oferece o retorno de investimen-to que o judô brasileiro merece? Pois vemos que os recursos gerados pelo Brasil estão sendo canalizados para sua autopromoção no Brasil, na América e no mundo.

Os eventos realizados no Brasil não pro-porcionam nada ao judô continental?Nada além das passagens e hotéis para os dirigentes que o bajulam e o apoiam. Eu penso que seria muito mais útil se con-tinuasse fazendo seus espetáculos no Brasil, e deixasse a América buscar seu próprio caminho para o desenvolvimento. Mas, infelizmente, ele prefere utilizar uma posição que lhe foi dada com muito cari-nho, respeito e confiança, na esperança de que fizesse na América apenas parte do que fez no Brasil – e esse foi o nosso maior erro.

nitiva, ou seja, não nomeava árbitros dos países que o enfrentavam e coisas desse tipo, mas até entre os atletas ele era uma pessoa bem-querida. Já o Paulo, não. Ele é um indivíduo que raramente se sen-ta com alguém, e quando o faz é porque tem algum interesse. Ele não comparte, não divide nada com ninguém, e vê ape-nas o que é de seu interesse. Nosso pre-sidente tem de entender que o Brasil está na América e não na Europa. Ele ainda não entendeu que o Brasil não tem fron-teira com a França ou a Inglaterra, e sim com o Paraguai e a Colômbia. Ele tem de conhecer e entender nossa gente, e não criar uma espécie de duas Américas, isso é inaceitável, mas é assim que ele vê o judô pan-americano. Ele gosta de fazer aquela cara de bom moço, mas sabemos que ele só mira seus próprios interesses.

Por que se mostra inimigo dele, hoje?Em maio houve o congresso de nossa entidade em Guadalajara, e lá solicita-mos a realização do Campeonato Pan--Americano Juvenil do Panamá, e isso foi aprovado. Mas, em junho, Paulo Wan-derley começou a questionar a realização desse evento naquele país. Na verdade ele nunca desejou que esta competição fosse realizada no Panamá, que, aliás, é o país mais central das Américas. Até que, de forma arbitrária e unilateral, ele desrespeitou a decisão proferida em nos-so congresso e cancelou a competição.

Mas como ele pôde cancelar uma com-petição poucas semanas antes de sua realização?Porque ele administra o judô pan-ameri-cano da mesma forma que faz no Brasil. De maneira arbitrária, ilegal e fazendo tudo como lhe convém.

Na verdade, essa foi uma declaração de guerra. E isso aconteceu por você estar questionando sua administração e criando problemas, certo?Fui eleito vice-presidente para brigar pe-los interesses do judô de toda a América, e não do Brasil. Obviamente o incomodei, pressionando e cobrando resultados. Di-zia sempre a ele que tínhamos de traba-lhar, desenvolver programas de atividade para todas as regiões e, principalmente, para o Caribe, que é a região mais ca-rente. Precisamos fazer programas de normatização de graduação e, acima de tudo, atender às necessidades do judô de todo o continente. Cobrava dele que parasse de olhar apenas para seus inte-

“Na adminis-tração de Paulo

Wanderley só ele decide e manda. Além de não ter

feito nada, nosso presidente nunca

permitiu que fizéssemos algo.”

61

Page 62: Revista Budo 5

resses pessoais e para o Brasil. E muitas pessoas disseram a ele que em breve eu estaria criando problemas, devido às cobranças que eu fazia. Sempre fui muito combativo, exigente, e critico tudo que está errado. Seu tesoureiro sempre foi muito cobrado nas pequenas coisas. Imagine que um atleta paga a anuidade e recebe sua carteirinha da entidade ape-nas oito ou nove meses depois.

Como ficou a relação de vocês após este ato absurdo?Na verdade, quando Paulo Wanderley é contrariado, ele age como uma criança emburrada. Primeiro escreveu uma carta avisando que já não era mais meu ami-go. Depois, aqui em Paris, quando me via nos eventos, nem me cumprimentava. Ele não tem maturidade política, e age como uma criança. Tem certeza de que, com o dinheiro que possui, poderá me neutrali-zar. Eu soube inclusive da pressão que fez para evitar minha vinda a Paris, mas nosso presidente tem uma postura distin-ta e age de forma ética e profissional. Ele age como criança mimada.

Quais são os maiores apoiadores de suas políticas?São os presidentes de El Salvador e do Equador. São suas marionetes e ferra-mentas de opressão. São dois perdedo-res que apoiam e dão manutenção às arbitrariedades dele.

Seu grupo criou a primeira dissidência do judô no mundo, e você foi vítima de sua criação. Como vê este quadro?O que está acontecendo na América é fruto da falta de liderança da CPJ e de seu presidente. Em muitos países temos hoje duas federações nacionais. A falta de desenvolvimento dos países propor-ciona que qualquer individuo crie uma organização, mesmo que seja uma orga-nização fantasma. O que eu propus ao Paulo e a todo o comitê executivo da CPJ foi um plano de desenvolvimento do judô em nosso continente, e não a instaura-ção dessa política perversa e barata de clientelismo, que troca desenvolvimento por mordomias, passagens, para os pre-sidentes. Minha proposta era construir-mos um centro de capacitação e treina-mento no Panamá, que fica no centro das Américas. Teríamos de ter uma grade de cursos e eventos ocorrendo durante todo o ano. Estas ações jamais foram preten-didas por nosso presidente, que prioriza a velha política do clientelismo.

Você não acha que, criando a CPJ, de-ram as costas para a história do judô continental?Não demos as costas para a organização e, sim, para os líderes que fizeram dela um instrumento de enriquecimento ilícito. A UPJ era a entidade continental mais antiga do mundo. Quem sabe, no dia em que suas lideranças mudarem de condu-ta, o judô pan-americano volte a unir-se em torno de uma proposta única.

No Brasil é dito que Paulo Wanderley não cumpre acordos e trai seus par-ceiros. Dentro desse enfoque, quem, além de você, já foi traído por ele, nes-te processo?Absolutamente todos os presidentes e dirigentes nacionais das três Américas,

porque todos acreditaram nele e acháva-mos que cumpriria o que prometeu a to-dos nós. Esperávamos desenvolvimento, progresso, e nos decepcionamos quando descobrimos quem era Paulo Wanderely na verdade. Ele mente e trai com a maior facilidade, e não tem compromisso algum com as coisas que assume. Ele é a mais pura tradução daquilo que costumamos falar na América espanhola, ele é o retra-to fiel do imperialista barato.

Qual é a importância do Brasil no de-senvolvimento do judô pan-america-no?Da mesma forma que está claro que o judô feminino mais desenvolvido da Amé-rica é o de Cuba, está claro que o judô masculino, a infraestrutura, os recursos e os treinadores do Brasil são os melho-res da América e os melhores do mundo, hoje. Com base apenas nestes dados, eu afirmo que a importância do Brasil no desenvolvimento do judô continental é total. Nenhum país das Américas possui

a experiência e a vivência que o Brasil tem. Se isso nos fosse oferecido, certa-mente nosso desenvolvimento seria sur-preendente. Mas eu te pergunto: quantos cursos técnicos, de arbitragem, de admi-nistração esportiva ou clinicas foram rea-lizados pela CPJ no Brasil, ou fora dele, nestes três anos? Infelizmente, nenhum.

Quem será o próximo dirigente que terá o pescoço cortado?Já tivemos o Ignacio Aloise e eu, que curiosamente fomos os maiores respon-sáveis por ele estar onde está hoje. Mas acho que ele vai ter de pensar muito an-tes de expulsar outros dirigentes da en-tidade, pois estas coisas acontecem em longo prazo. Mas, da forma que conduz, a coisa provavelmente irá cair muito an-tes do que imaginamos. Porque muito mais talentoso, habilidoso e confiável do que ele foi o Casanova, e veja como ele terminou.

Valeu à pena desmontar a UPJ?Sim. Valeu à pena porque aquilo estava insustentável. Aquilo virou uma monar-quia, em que o rei Casanova, rodeado por seus duques, estava sufocando cada vez mais o judô pan-americano. Nós pen-sávamos um judô mais democrático e buscávamos desenvolvimento.

Qual é o adjetivo que melhor traduz as ações de seu presidente?Fraude. Lamentavelmente, o Paulo Wan-derley é uma fraude.

Vocês não sabiam das ferramentas que ele usa para manipular o judô do Brasil?De forma alguma. Nós sempre acredi-tamos que estávamos lidando com um dirigente honesto e trabalhador. Após oito meses no poder, o Ignacio fez duras críticas a sua administração e colocou o cargo à disposição. Todos nós ficamos surpresos com a sua arrogância e total inoperância.

Os dirigentes dos demais continentes sabem quem é Paulo Wanderley?Infelizmente não. Todos conhecem e veem apenas o show que ele produz. Ninguém imagina quem é Paulo Wan-derley. Ele mostra aquilo que lhe convém e, quando as pessoas vão ao Brasil, são todas muito bem tratadas e saem de lá encantadas pelo que veem.

Marius Vizer sabe o que está ocorren-do na CPJ?

62

“Ele administra o judô pan-ameri-cano da mesma

forma que faz no Brasil. De maneira arbitrária, ilegal e fazendo tudo

como lhe convém.”

62

Page 63: Revista Budo 5

63

Sim, ele sabe e faz aquilo que deve fa-zer, como dirigente mundial. A América é um problema da América, e ele não inter-vém em assuntos internos. Marius Vizer sempre respeitou o direito dos países, e nunca deixa de ajudar os que necessitam de ajuda, e isso o Paulo Wanderley não pode impedir.

Como ele e o comitê executivo da FIJ vêem mais esse fracasso administrati-vo no continente?Como já disse, nosso presidente é ex-tremamente ético e não faz incursões no judô continental, mas posso afirmar que ele não está satisfeito e todo o comitê executivo está apreensivo. O problema UPJ x CPJ, tem prejudicado e compro-metido a imagem do judô mundial.

Qual foi o maior erro de Paulo Wanderley?Enganar todos nós.

Soubemos que ele trouxe para Paris mais de 20 dirigentes da América. Isso é real?Sim é verdade.

É verdade que ofereceu um jantar e foi questionado por não ter convidado você e Ignacio Louise?Sim, é verdade. Ele respondeu que aque-le jantar foi oferecido pela Confedera-ção Brasileira de Judô, e por isso ele só convidou seus amigos. Agora, como ele pode gastar 8 mil ou 10 mil dólares num jantar? E isso não é nada diante do cus-to das passagens, hotel e despesas de toda essa gente. Sem contar as pesso-as que estiveram a serviço dele em Pa-ris. Acreditamos que trouxe à França um contingente de mais de 100 pessoas, e isso custa muito dinheiro. A pergunta é: quem está pagando a conta, já que a CPJ jamais produziu um centavo sequer?

A América fez um péssimo papel no congresso técnico realizado em Paris. O que aconteceu?Um dos momentos mais negativos do judô pan-americano aconteceu duran-te o congresso realizado aqui em Paris. Todos os continentes mencionaram ou destacaram o trabalho dos principais ju-docas de cada região. Esta apresentação ocorreu em função da comemoração do 60º aniversário da FIJ. Só a América se omitiu e não apresentou nenhum nome. Apenas para dar um exemplo, podería-mos ter homenageado o professor Vei-tia, de Cuba, um técnico que conquistou

mais de 20 medalhas olímpicas, mas ninguém foi lembrado ou citado durante o congresso. Isso foi terrível e mostra a irresponsabilidade do nosso presidente. O mesmo ocorreu no jantar de gala re-alizado no Opéra Garnier de Paris, onde os principais judocas de cada continente foram homenageados, e nós não apre-sentamos absolutamente nada. Pareceu que nós jamais conquistamos nada nos quase 60 anos de existência da UPJ.

Qual é o perfil ideal de um dirigente atuante?Um presidente atuante estabelece pro-jetos e estratégias, e não as dirige. Es-tabelece uma linha de ação, de trabalho, e cobra resultados. O Paulo Wanderley centraliza tudo e reprova qualquer coisa que escape ao seu controle. Ele vetou todos os projetos de marketing apresen-tados por nosso diretor. Jamais levamos uma ação a cabo, pois ele não nos permi-tiu realizar absolutamente nada. Podería-mos ter gerado uma quantidade enorme de recursos para o judô continental, mas, paradoxalmente, em três anos não fize-mos absolutamente nada, porque nosso presidente não permite ou aprova nenhu-ma ação.

E todas estas reuniões, viagens e ações políticas foram feitas com re-cursos do Brasil?Imaginamos que sim. Quem poderia ar-car com estas despesas?

“Quando Paulo Wanderley é contrariado, ele age como uma criança emburrada. Primeiro escreveu uma carta avisando que já não era mais meu amigo. Depois quando me vê nos

eventos, não me cumprimenta”

Apesar de todo o prejuízo causado pelo desvio destes recursos, quem perdeu mais, o Brasil ou o continente?Bom, no assunto de dinheiro, foi o Brasil; na questão do desenvolvimento da mo-dalidade, certamente foi a América, que lamentavelmente, hoje, está pior do que antes.

E como Cuba vê tudo isso?Os cubanos têm uma situação muito pe-culiar com relação à sua capacidade eco-nômica, mas, paradoxalmente, faz muito tempo que Cuba não está mais na Amé-rica. Eles estão na Europa. Desde 2000 eles estão na Itália, França e Espanha. Agora é que eles estão participando dos eventos da América que são classificató-rios. Eles não vão gastar o pouco dinheiro que têm para ir a um pan-americano para lutar contra quatro alguns loucos de ca-beça raspada. Quando eles têm dinheiro, vão para França ou qualquer outro lugar onde haja um judô forte. Dessa forma, são totalmente indiferentes ao que acontece na América. Se Cuba foi à Copa do Mun-do por equipes realizada no Brasil, você pode ter certeza de que foi a CBJ que pa-gou todas as despesas. Os cubanos não disputam competições que não somam, e pode ter certeza de que é o Brasil que injeta grande parte dos recursos de que Cuba dispõe hoje em dia. Por outro lado, no Campeonato Pan-Americano realizado este ano em Guadalajara, eles atropela-ram o Brasil.

63

Page 64: Revista Budo 5

64

Por Paulo Pinto

Fotos Cristiane Mary

Karatê do Distrito Federal

Parceira Comercial Fortalece

Sensei Caio Márcio, um dos mais experientes professo-res de karatê do Distrito Federal, fi rmou parceria com a MKS Adidas, e deste empreendimento surgiu o apoio à Federação Candanga de Karatê, que vem conquistando maior espaço nos pódios nacionais e internacionais.

Diretor do Centro de Treinamento CMK, Caio Márcio, que hoje é técnico da seleção de karatê do DF, explicou que ini-ciou o trabalho de representação da empresa MKS Adidas há 18 meses, e esta par-ceira resultou no forta-lecimento do karatê do DF. “Na época, fi rma-mos uma parceria co-mercial, que visava ao fortalecimento e maior presença da marca na região Centro- Oeste. Como eu já colecio-nava vários títulos e medalhas como téc-nico, esta parceria extrapolou a questão comercial e hoje sou o técnico da seleção do Distrito Federal. Todos os atletas que repre-

sentam o DF no shiai kumitê treinam no centro de treinamento da CMK.”

O técnico do selecionado brasiliense destacou que a nova parceria resultou no fortalecimento da modalidade no DF. “O resultado tem sido muito bom, e o apoio oferecido pela MKS Adidasaos atletas da Federação Candanga de Karatê tem pro-porcionado um retorno acima da expectativa. No campeonato brasileiro realizado este ano em Manaus/AM, surgiram vários

novos campeões. Houve ca-tegorias em que os três pri-meiros colocados eram de Brasília.”

Paralelamente ao tra-balho que é feito no cenário competitivo, a CMK é líder na revenda de material ex-clusivo para karatê. “Com esta parceria, a CMK trans-formou-se na maior revenda de produtos específi cos para karatê do Brasil, e pretende-mos ampliar nossos horizon-tes.”

Sensei Caio lembrou que a força e a consistência deste trabalho projetaram o karatê candango também no exterior.

Page 65: Revista Budo 5

65

“Várias medalhas já foram conquistadas em campeonatos internacionais, entre as quais destacamos o bronze de Alberto de Azevedo, a única medalha do Brasil e das Américas no mundial realizado em outubro na Malásia. O Alberto tem apenas 15 anos. Outro exemplo foi a medalha de bronze do atleta Wellington Barbosa, nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Welling-ton é atleta da MKS Adidas, tem 21 anos e com seus 105 kg, medindo 1,89 m, é o representante do Brasil na categoria peso--pesado. Seus títulos mais importantes são: tetracampeão brasileiro, tricampeão sul-americano, tricampeão pan-americano, campeão dos Jogos Sul-Americanos, bron-ze nos Jogos Pan-Americanos, bicampeão dos Jogos Abertos de São Paulo em 2011, e quarto lugar no mundial realizado na Sér-via em 2010.”

O experiente técnico pretende forta-lecer ainda mais o trabalho da seleção candanga. “Recebi a incumbência de Abdias Cordeiro, o presidente da Federa-ção Candanga de Karatê, de tornar nos-sa equipe ainda mais competitiva. Temos hoje 23 atletas treinando três horas dia-riamente, e sem o apoio da Adidas isso não seria possível.”

Destaques do karatê candango

Caio Márcio finalizou destacando as conquistas de seus atletas. “Hoje temos um time forte, coeso e nossa proposta é fortalecer ainda mais a equipe. Os prin-cipais destaques são: Wellington Barbo-sa, quarto colocado no mundial de 2010; Dekker Jordão, prata nos Jogos Pan--Africanos; Samuel Carvalho, campeão

brasileiro universitário; Bruno Queiroz, campeão brasileiro e vice-campeão sul--americano; Jorge André, bicampeão bra-sileiro e bronze no pan-americano; Osias Gleydson, campeão dos Jogos Regio-nais; Carlos Lourenço, prata nos Jogos Pan-Americanos; Alberto Azevedo, bron-ze no Mundial; Adrielly Cristiny, bicampeã brasileira; Elaine Perez, campeã brasilei-ra universitária; Rayane Lopes, prata no brasileiro; Fernanda Juma, campeã brasi-leira; Danilo Corte, bicampeão brasileiro; Alissom Sobrinho, bicampeão brasileiro e vice-campeão sul-americano; Nayara Gabriel, campeã da Copa Brasil e vice--campeã sul-americana; Camille Santos, campeã brasileira e bronze no sul-ame-ricano; Pedro Diniz, campeão da Copa Brasil; Matheus Diniz, vice-campeão da Copa Brasil; Gabriel Félix, campeão da seletiva para o sul-americano. Na moda-lidade kata: Hitala Amaral, vice-campeã brasileira; Natália Amaral, vice-campeã brasileira; e Patrícia Carvalho, vice-cam-peã brasileira – todas treinadas pelo téc-nico Gerardo Coelho. Já no shiai kumitê eu sou o técnico.”

Vale lembrar que no dia 10 de de-zembro será realizada em Brasília a 1ª Copa Adidas de Karatê, nas dependên-cias da Associação Atlética do Banco do Brasil. E, segundo o técnico brasiliense, o karatê brasileiro vai estar em peso no evento. “Este será nosso primeiro evento no karatê brasileiro, e minha expectativa é que o karatê brasileiro marque grande presença no evento. Este certame entra-rá para o calendário da CBK e da FCK, e será transmitido ao vivo pelo site www.caiomarciokarate.com, e nossa expecta-tiva é termos a presença de 700 atletas aproximadamente.”

Caio Márcio de Barros FilhoTITULOS CONQUISTADOS

Como AtletaCampeão Pan-americano – CuraçaoBi-campeão Sul-americano – Santiago (Chile) – Guarujá (Brasil)Tri-campeão Brasileiro – Curitiba – Belo Horizonte - Forta-lezaTri-campeão Brasileiro Zonal – Porto Alegre – Criciúma – GoiâniaBi-campeão Mineiro – Belo HorizonteBi-campeão Carioca – Rio de JaneiroBi-Campeão Paulista – São Paulo5° Lugar Mundial Equipe – Granada (Espanha)

Como TécnicoMedalha de Bronze nos Jogos Pan-americanosMedalha de Bronze no Mundial de Cadetes4º Lugar no Mundial 2010 – Belgrado/SérviaCampeão Pan-americano AdultoCampeão Pan-americano JuniorCampeão Sul-americano AdultoCampeão Sul-americano JuniorCampeão dos Jogos Sul-americanos AdultoCampeão Brasileiro AdultoCampeão Brasileiro JuniorCampeão Brasileiro JuvenilCampeão Brasileiro Infanto-JuvenilCampeão da Copa BrasilCampeão Universitário DistritalCampeão Universitário BrasileiroCampeão do OpenCampeão dos Jogos Abertos – São PauloCampeão dos Jogos Regionais – São PauloCampeão MineiroVice-campeão dos Jogos Pan-Africanos

Atletas na Seleção BrasileiraJorge AndréAlisson BrunoNayara GabrielDanilo CorteCamille SantosRayane LopesElaine PeresWellington BarbosaAlberto AzevedoGabriel FelixSamuel CarvalhoCarlos Lourenço

Page 66: Revista Budo 5

66

Por Kátia Aguiar

Fotos Adriano Magalhães Thiago Costa Orlando Bento e Liana Tami

Paulistas Vencem Brasileiro Sub-13

Belém (PA) - Com sete medalhas de ouro, duas de prata e quatro de bronze, a delegação paulista foi a primeira co-locada geral no Campeonato Brasileiro Sub-13.

Realizado no período de 26 a 28 de agosto em Belém, a capital paraense que fica no coração da Amazônia, a seleção paulista disputou medalhas em todas 16 categorias da competição que envolveu cerca de 360 atletas de todo o País.

O evento foi um enorme sucesso no que diz respeito à participação de dirigen-tes estaduais que marcaram presença na competição. Entre estes destacamos as presenças de Luiz Augusto Martins Tei-xeira, presidente da Federação Mineira, Francisco de Carvalho Filho, presidente da Federação Paulista, Luíz Ywashita, presidente da Federação Paranaense, Marcelo França, vice-presidente da Con-

federação Brasileira, Raul de Mello Senra, delegado Regional da 4ª Delegacia/SP, e o anfitrião Eduardo Pinho, presidente da Federação Paraense.

A disputa mostrou o alto índice técnico dos judocas do Sul e Sudeste do Brasil, que faturaram quatorze das dezesseis medalhas de ouro por categoria.

Os vice-campeões foram os judocas fluminenses que faturaram onze meda-lhas, sendo três ouros, duas pratas e seis bronzes.

O Rio Grande do Sul ficou na terceira colocação com duas medalhas de ouro, uma de prata e quatro de bronze. O Pa-raná ficou em quarto lugar com uma me-dalha de ouro, três de prata e duas de bronze.

O Pernambuco ficou na quinta coloca-ção geral, com uma de ouro conquistada pela judoca Amanda Lima, uma de prata e quatro de bronze. Minas Gerais ficou na sexta colocação geral com uma de ouro e uma de prata.

O Amazonas foi o único estado do Norte

Vinte e cinco estados marcaram presença em Belém, e mostraram a força do infanto-juvenil

Fotos

Paula Silveira (Sub 15 -48kg) e Pedro Henrique de Castro Martins Teixeira (Sub 13 +52kg), vice-campeões brasileiros de suas respectivas categoria

Dirigentes abertura da competição

DanieleKaori

Kurosawa

Page 67: Revista Budo 5

67

a faturar uma medalha de ouro na categoria mais de 52 kg, com a campanha brilhante da judoca Greyce Kelly Silva, que derrotou na final a judoca paulista Lavínia Silva por ippon.

Segundo o vice-presidente da Confe-deração Brasileira de Judô (CBJ), Marcelo França, a entidade tem trabalhado para nivelar os atletas, principalmente na ca-tegoria sub-13 que são o futuro do judô brasileiro. “O Pará é bi-campeão regional, que envolve estados do Norte e Nordeste, mas promover o mesmo intercâmbio entre atletas do Norte e Sul é muito mais difí-cil por causa da logística, em virtude das grandes distâncias e o custo das viagens”,

disse o dirigente nacional.O presidente da Federação Pa-raense de Judô Eduardo Pinho,

disse que este foi o melhor re-sultado do Estado em com-

petições nacionais. “O Pará sempre ganhou

uma ou no máximo duas medalhas.

Desta vez con-

quistamos o dobro, e comemoramos esta conquista”.

Para o judoca paraense Emanuel Sil-va, 12, medalha de prata, no Brasileiro de judô em Belém, a excelente colocação mostra que com incentivo o judô paraense poderá ir muito mais longe. “Eu dei tudo de mim, mas ainda não saiu o ouro, vou continuar treinando, pois quero muito mais que medalha de prata no brasileiro”, disse o menino. Emamuel treina judô em Belém, há cerca de dois anos no projeto Mais Educação do Governo Federal.

Eduardo Pinho disse que sediar o Bra-sileirão foi um grande aprendizado. “Na verdade, a competição acaba sendo uma troca de experiência. Aprendem nossos judocas, que passam a conhecer o nível dos atletas do eixo sul e sudeste do país e aprende a equipe técnica paraense como um todo”.

Francisco de Carvalho, presidente da FPJ, destacou a presença efetiva de maior número de estados no pódio. “Esta é uma categoria de transição onde os atletas ain-da estão se firmando, mas fiquei muito fe-liz por ver aqui em Belém, uma distribuição de medalhas mais justa e homogênea. É isso que o judô do Brasil anseia e precisa da presença cada vez maior de estados no pódio”, destacou o dirigente paulista.

Marcelo França finalizou elogiando a organização do evento. “Em termos téc-nicos, de receptividade e de organização, tudo foi excelente, além disso, os atletas paraenses mostraram que estão aptos a sempre subir no pódio”, disse.

Quadro de medalhas Brasileiro Sub-13Estado Ouro Prata Bronze Total

SP 7 2 4 13

RJ 4 1 6 11

MS 2 5 07

PE 1 1 4 06

PR 1 3 2 06

RS 2 1 3 06

Pará 2 2 04

MG 1 1 02

PB 1 1 02

SC 1 01

RO 1 01

AM 1 1 02

CE 1 01

ES 1 01

DF 1 01

DanieleKaori

Kurosawa

Page 68: Revista Budo 5

Judoca registrense vence é destaque

Daniele Kaori Kurosawa, a faixa verde de 11 anos da ARJU, é campeã brasileira e leva o ouro para Registro. Com esta vi-tória, a atleta passou a integrar a equipe da CBJ e conquistou a vaga para dispu-tar o Campeonato Pan-americano, que aconteceu em Buenos Aires.

Para chegar até a medalha de ouro, Kaori precisou vencer três lutas do Cam-peonato Brasileiro, a primeira contra a Campeã Mineira Bárbara Hashimoto, aonde venceu por decisão dos juízes, já que a disputa foi equilibrada e nenhuma atleta pontuou. A segunda vitória foi em cima da Paranaense Marina Kawazoa, com um yuko de vantagem, pontuação que se caracteriza quando o oponente cai de lado. A última luta foi contra a atle-ta da casa, a Campeã Paraense Lorrany Pastani. Kaori iniciou a disputa da final com desvantagem de um yuko, e mesmo com a torcida a favor de sua adversária, mostrou estar preparada para enfrentar a pressão e superou terminando a luta em empate.

O resultado foi decidido pelos três árbitros que acompanharam a luta, cada um levantando a bandeira com a cor do kimono da atleta que eles julgaram ter lutado melhor. “Fiquei nervosa achando que os juízes acatariam aos gritos da torcida, que gritava para a paraense ser campeã”, disse Kaori, que chorou ao ver que dois juízes tinham levantado a ban-deira azul, que dava a vitória para a re-gistrense. “Chorei de alegria quando vi as bandeiras azuis levantadas, pois não imaginei que ganharia, dedico a vitória ao meu irmão Marlon, aos meus pais, a toda diretoria da ARJU, aos senseis e ao sen-sei Mauro Sakai”, disse.

Minas Tênis tem dois vice-campeões

O judoca minastenista Pedro Henrique de Castro Martins Teixeira conquistou o vi-ce-campeonato do Brasileiro, e até chegar à medalha de prata, Pedro Henrique dis-putou quatro lutas: na primeira, superou o brasiliense Gabriel, por ippon, passando em seguida pelo paranaense Arthur, com wazari. Novamente com um ippon, o mi-nastenista venceu o maranhense Vinícius, e, na grande final, acabou perdendo, por

yuko, para o paulista Igor. O Técnico Prin-cipal da Base de Judô Alfredo Dornelles acompanhou o atleta.

O jovem judoca Pedro Henrique nasceu no dia 26 de maio de 1999, na capital mi-neira. No tatami, Pedro Henrique tem mos-trado muito talento. Além do primeiro lugar no Campeonato Mineiro em sua categoria, o jovem atleta comemorou, recentemente o vice-campeonato da Copa Minas de Judô, evento realizado na Arena Vivo. Ele tam-bém foi medalha de bronze na Copa Fra-goso, no Rio, nesta temporada.

O atleta divide o tatami com as pisci-nas do Clube, já que também representa o Minas nos esportes aquáticos. Ele é treinado por Sérgio Luiz Eleutério no Pe-tiz II e já conquistou os primeiros lugares no Campeonato Mineiro e nos 50 e 200m livres na Copa Minas

Paula Silveira (Sub 15 -48kg) foi a ou-tra vice-campeã do Minas Tênis, na com-petição. E a jovem judoca mineira con-fessou que chegar a final foi uma grande surpresa. “Esta foi uma conquista muito importante, eu acreditava que poderia ir bem no Campeonato Brasileiro, mas chegar à final foi surpresa muito legal. Foi um grande passo para o meu desen-volvimento, as lutas foram difíceis e me ensinaram bastante”.

Paula está otimista e espera subir no pódio em Buenos Aires. “Depois da conquista no Brasileiro me animei para o Sul-americano, estou bem confiante e espero trazer medalhas e desenvolver o meu judô”.

Walter Dir. Tecnico, Bruno Cord. Tecnico, Fernando Vice Presidente, Eduardo Presidente e Lucas.

Equipe de apoio

Presidentes

Equipe da CBJ

Dra Luciana, Eduardo e médico da Unimed

Arbitros nacionais

68

Page 69: Revista Budo 5

Classificação IndividualMasculino

-28 Kg

1º Kaue Ghuilherme - SP

2º Emanuel Silva - PA

3º Leonardinho Bogue - MS

3º Ilan Brik - PR

-31 Kg

1º Sérgio Escudeiro Filho - SP

2º Vinicius Rafael Melo - PE

3º Alef Marques - MS

3º Guilherme Goetz - RS

-34 Kg

1º Victor Yvys Furtado - RJ

2º Igor Wesley Machado - RS

3º Wilian Lima - SP

3º Artur Brenner José Silva - PE

-38 Kg

1º Israel Ferreira - RJ

2º Júlio César Koda - PB

3º Davi Castro - PE

3º João Vitor Meza - MS

-42 Kg

1º Gabriel Adriano - PR

2º Bruno Campos - RJ

3º Rodolfo Silva - PA

3º Marcos Leandro Pereira - SC

-47 Kg

1º Jeferson Santos Junior - SP

2º Luiz Cherobim - PR

3º Leonardo Penha - RS

3º Rudmiler Rondinele Reis - MS

-52 Kg

1º Alexandre Meneghini - RS

2º Paulo Afonso Barbosa - MS

3º Emerson Silva - SP

3º Gabryel Menezes - RJ

+52 Kg

1º Igor Morisigue - SP

2º Pedro Henrique Teixeira - MG

3º Vinicius Divino - RJ

3º Ayhan Zanella - MS

Feminino

-28 Kg

1º Daniela Kurosawa - SP

2º Lorrany Pastana - PA

3º Marina Kawazoe - PR

3º Mariane Marcelino - RJ

-31 Kg

1º Amanda Lima - PE

2º anna Ballardin - PR

3º Laura Ferreira - SP

3º Kyara Costa - RJ

-34 Kg

1º Luana Santos - SP

2º Bianca Vilma Rosa - MS

3º Rhaira Lino - RO

3º Hamina Novaes - PA

-38 Kg

1º Taina Silva - SP

2º Natasha Padilha - PR

3º Leticia Vieira Ribeiro - AM

3º Jane Ely Castro - CE

-42 Kg

1º Nicole Franzoi - RS

2º Samara Contarini - ES

3º Valeska Israel Cruz - RJ

3º Elizabeth Silva - PE

-47 Kg

1º Helena Kuwabara - RJ

2º Francieli Terenzi - SP

3º Yasmim Santana - PE

3º Gabriela Baptista - RS

-52 Kg

1º Giuliana Cartolano - MG

2º Ana Clara Lisboa - RJ

3º Luana Costa - DF

3º Luana Moura - SP

+52 Kg

1º Greyce Kelly Silva - AM

2º Lavínia Silva - SP

3º Jayane Kelly Santos - PB

3º Luiza Cruz – RJ

Classificação por Estados1º São Paulo

2º Rio de Janeiro

3º Rio Grande do Sul

4º Paraná

5º Pernambuco

6º Minas Gerais

7º Pará

8º Mato Grosso

9º Paraíba

10º - Ceará

69

Page 70: Revista Budo 5

70

Fundada a Associação Grand Masters e Kodanshas

de Judô do BrasilA Associação Grand Masters e Ko-

danshas de Judô do Brasil foi lançada ofi-cialmente durante a realização do Cam-peonato Brasileiro Grand Masters – Shiai e Kata 2011.

A competição realizou-se no ginásio de esportes do Clube Paineiras do Mo-rumby, no dia 29 de outubro, e a entidade recém-fundada fez sua estreia como co-organizadora do evento, que apresentou nível técnico e organizacional excelente.

Idealizada e criada por judocas que há muitos anos participam de competições, no Brasil e exterior, nas categorias más-ter e kata, a associação tem como prin-cipal objetivo apoiar a confederação, fe-derações e atletas no desenvolvimento e evolução do judô grand máster nas áreas competitiva, técnica, katas e arbitragem, servindo de ponto de apoio e orientação aos judocas que desejarem fazer parte dela.

A criação da entidade foi motivada pe-las dificuldades enfrentadas durante as participações em eventos internacionais por um grupo de amigos que se conhe-cem há quase 30 anos. São judocas que se encontram desde a categoria infantil, convivendo em competições e treinamen-tos da FPJ realizados no CAT, na época

s u p e r v i s i o n a -do por grandes p r o f e s s o r e s , como Massao Shinohara, Ikuo Onodera, Luiz Juniti Shinohara e Floriano Almei-da, entre outros. Com o passar do tempo, trilha-ram caminhos profissionais dis-tintos, mas com uma paixão em comum, e perce-beram a necessi-dade de contribuir com o judô e buscar al-ternativas para proporcionar maior apoio aos judocas grand másters e, consequen-temente, a seus alunos e familiares.

Por intermédio da associação, o grupo pretende apoiar os judocas associados, dando suporte ao seu desenvolvimento técnico, criando um ranking, buscando parcerias que eventualmente proporcio-nem maiores e melhores condições para a participação em competições nacionais e internacionais. Isso inclui intercâmbios e treinamentos (dentro e fora do País), pa-

dronização e auxílio médico, nutricional e fisioterápico, entre outros.

Em paralelo ao evento, a diretoria da entidade desenvolveu várias ações, entre elas a definição da logomarca da entida-de. Os mais de 400 judocas que partici-param da competição puderam votar e escolher a logo que será utilizada.

Outra grande iniciativa foi apresentar aos judocas de todo o País os propósitos e objetivos da entidade. Acima de tudo, o grupo de dirigentes deixou claro que pretende administrar a entidade com total transparência e de forma bastante demo-crática.

Entrevistamos os dirigentes Sérgio Lex e Rodrigo Motta, que falaram sobre os objetivos e diretrizes da entidade.

Como surgiu a ideia de criação da as-sociação de grand másters?Durante participação em eventos interna-cionais, percebemos a falta de estrutura que a categoria grand máster estava vi-vendo, e resolvemos nos organizar para ajudar a melhorar a situação.

Quais serão as atribuições da nova en-tidade?Ajudar de maneira direcionada os pra-ticantes de kata e da categoria grand máster a retomar ou continuar as ativi-

Mauricio Kawahara, Maurício Neder e Sergio Lex

Edson Puglia, Afonso Carvalho, Mauricio Kawahara, Mauricio Cataneo, Sergio Lex,Anderson Cássio e Nelson Dell’Aquila

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô

Page 71: Revista Budo 5

71

dades “judoísticas” de maneira segura e constante, melhorando o desempenho em todas as áreas de atuação dos grand másteres e kodanshas, objetivando sem-pre levar o nome do judô grand máster do Brasil como o número 1 do mundo.

De que forma pretendem ajudar a ca-tegoria?Ajudaremos de varias formas, e nossas prioridades são organizar, compartilhar, integrar e divulgar os eventos da cate-goria. Estes quatro pontos serão o guia para as futuras ações e trabalhos e serão divididos em duas frentes: a interna, que é estrutural, e a externa, que são as com-petições internacionais.

Internamente, quais são as prioridades?Iremos mapear a categoria e criar canais de comunicação direta com os atletas. Trabalharemos na formação e preparo dos atletas grand máster, por meio de clínicas sobre nutrição, e preparação físi-ca, treinamento técnico para kata e shiai. Estas iniciativas irão fortalecer os judo-cas grand máster e, consequentemente, refletir-se no judô aplicado nas escolas, academias e comunidades.

E externamente?Daremos suporte aos atletas em compe-tições e em treinamentos de campo inter-nacionais, desde a inscrição até a volta ao Brasil. Pretendemos formar equipes com técnicos, nutricionista, preparador físico e fisioterapeuta, visando a chegar ao primeiro lugar e tendo o respeito das

maiores forças no mundo do judô. Esta necessidade se evi-denciou em fatos como atletas chegando à competição sem ter feito a inscrição, correndo o ris-co de não participar, depois de viajar horas e desembolsar um valor alto para competir. Estas dificuldades vão desde a utili-zação do cartão de crédito para pagamento das inscrições e até o idioma.

Vocês promoverão competições?Inicialmente nós não vamos re-alizar competições. Nossa pro-posta é veicular em nosso site as informações sobre todos os eventos que estarão sendo rea-lizados. Daremos o suporte ne-cessário, apoiando os eventos oficiais que já existem.

A associação vai apoiar todos os even-tos do máster?Iremos apoiar as entidades que organi-zam e promovem eventos que estejam de acordo com nossa visão, missão, va-lores, prioridades e estratégia. Pensan-do nisto, iremos procurar nestes eventos uma sinergia entre todos os envolvidos, isto é, iremos trabalhar muito para que todos estejam unidos, trabalhando foca-dos num objetivo único. Hoje temos um acordo com a FPJ, pelo qual os atletas grand máster devem estar filiados a ela e, consequentemente, à CBJ e à FIJ. Esta sinergia favorece novos acordos com ou-

tras entidades estaduais que nos possam ajudar em nossas diretrizes, visando ao crescimento do judô grand máster e ao bem-estar dos nossos associados.

Criação do ranking máster

De que forma pretendem elevar o nível técnico da seleção brasileira máster?

Uma de nossas prioridades é montar um ranking que possa identificar os me-lhores de cada categoria, e assim montar equipes fortes e competitivas, que terão acesso a uma estrutura técnica formada por grandes profissionais, que poderão fazer uma avaliação mais imparcial, so-mando as informações do ranking ao

desempenho individual na competição. Esta iniciativa trará grandes incentivos, sendo alguns deles:

1. O aumento de atletas grand máster participando de competições nacionais.

2. Auxílio inicial para cria-ção das equipes em compe-tições internacionais.

3. Premiação e homena-gens.

4. Promoção e divulga-ção dos mais bem colocados no ranking.

Dá para subirmos no ranking mundial?

Com certeza, a evolução pode ser constante, espe-cialmente quando olhamos

Rodrigo Motta, Maurício Neder, Mauricio Cataneo e Afonso Carvalho

Mauricio Cataneo, Rodrigo Motta, Daniel Dell’Aquila, Maurício Neder e Afonso Carvalho

Page 72: Revista Budo 5

para o material humano disponível. Um bom exemplo é a Turquia, um pequeno país que chega às competições com toda a equipe uniformizada e com técnicos para o feminino, masculino e kata. Olhan-do para este exemplo e somando as di-retrizes da nossa entidade, poderemos criar um padrão de qualidade e uma es-trutura que nos levariam da quarta para a primeira colocação no médio prazo.

Como ocorreu o crescimento do máster?Em 2001 houve o terceiro Mundial da World Máster em Phoenix, EUA, e foi só naquela edição que o Brasil estreou em competições de veteranos. Já em 2002 houve o Mundial na Irlanda do Norte, o primeiro realizado na Europa, e o Brasil participou com uma equipe bem maior. Foi quando se deu aquela explosão, com a participação recorde de atletas do Velho Continente. A partir daquele momento a categoria tomou outro rumo e não parou mais de crescer. Em 2006 houve o mun-dial da França, e tivemos uma presença recorde de participantes. A partir de então os eventos alternam-se entre a Europa e a América do Norte. Desde 2010 os mun-diais são realizados pela FIJ.

Com a criação do ranking, vocês preten-dem limitar a participação de atletas?Não. As competições Grand Másters são abertas a todo atleta interessado na disputa que esteja federado, e nós não pretende-mos interferir. Quanto mais judocas brasi-leiros participarem das disputas, mais com-petitivo será nosso máster. Nossa referência seria a competição por equipes, que neces-sita de acompanhamento mais próximo nos eventos e alguns benefícios que poderão ser passados para os melhores no ranking.

Com o ranking, acabaremos com a possibilidade de atletas competirem no pan-americano sem participar do brasileiro?Pensamos que este fator ajudará muito. Não podemos exigir nada, mas achamos que, com o ranking, poderemos incenti-var a participação dos atletas nas com-petições nacionais e estaduais. O ranking vai ser um estímulo e os atletas mudarão a forma de pensar.

Além da participação nas equipes, o que o ranking pretende proporcionar aos atletas?Vamos buscar parcerias que nos permi-tam dar suporte aos judocas mais bem ranqueados, seja reduzindo as despesas seja dando alguma outra forma de ajuda.

Quando começam oficialmente as ati-vidades da associação?Estamos trabalhando nisso desde o mun-dial realizado no Canadá em 2010, e hoje estamos dando o pontapé inicial nas ati-vidades da organização.

Porque associaram a entidade aos ko-danshas?Os kodanshas são os grandes mestres, e eles não podem ser esquecidos. Fizemos isso para mostrar o quão forte são e longe vão nossos valores, e demonstramos com esta ação que não faremos nada sem levar em conta seus ensinamentos e orienta-ções. E mais do que nunca queremos que participem dos nossos eventos, pois eles são a história da nossa nobre arte.

O que pretendem oferecer aos ko-danshas?O retorno de todo o ensinamento que nos

foi passado por eles, e o destaque me-recido a cada um. Uma das nossas ativi-dades previstas será resgatar a história de todos, mostrando a importância que cada um teve no crescimento e desenvol-vimento da modalidade.

Vocês possuem representantes em outros Estados?Já conversamos com muitos judocas masters de outros Estados, e todos gos-taram da ideia. Na verdade, estamos iniciando tudo hoje, e já temos algumas promessas bastante significativas. Além de São Paulo, a associação já tem repre-sentante oficial no Paraná, onde Maurício Neder assumiu a responsabilidade de fa-zer o processo caminhar.

Vocês têm ideia do número de judocas máster no Brasil?Os dados que possuímos apontam para aproximadamente 400 judocas másteres em atividade e participando de competi-ções. No kata é algo em torno de 100 du-plas em atividade. Cremos que o número de praticantes pode ser o dobro do de competidores e possivelmente podemos triplicá-lo, levando em consideração os que estão fora de atividade e têm vontade de voltar. Os principais motivos para não retomar a prática do judô estão ligados à falta de estímulo e de informação. Uma parte dos másteres para antes de come-çar, e outros começam com a mentalida-de de 20 anos de idade. A consequência, normalmente, é parar ou interromper a prática depois de alguns meses de trei-namento devido a despreparo, acidentes e contusões. Sendo assim, a GMJB che-ga para preencher este espaço, dando orientação e suporte a estes atletas.

E o número de kodanshas no Brasil?Não temos esta informação e acho que ninguém tem. Existe uma carência total de informação.

Nelson Dell’Aquila, Cláudio Calazans, Daniel Dell’Aquila, Alexandro Puglia e Sergio Lex

Kawahara, Baeta e Onmura72

Page 73: Revista Budo 5

Quais são os judocas que compõem a direção da entidade?Sérgio Lex, presidente; Nelson Dell’Aquila, vice-presidente; Rodrigo Mot-ta, diretor de marketing; Maurício Cata-neo, diretor financeiro; Daniel Dell’Aquila, diretor técnico; Maurício Kawahara, di-retor de eventos; Affonso de Carvalho, diretor de tecnologia e informação; Luís Alberto Santos, diretor de kata; e Akio Shiba, diretor de relações internacionais e nosso porta-voz no Japão.

Vocês contam com o apoio da CBJ e demais entidades?A princípio temos apoio apenas da FPJ, porque ainda não conversamos com ou-tras entidades. Mas pretendemos conver-sar e mostrar nossa proposta de trabalho.

Qual é a participação de vocês no evento de hoje?O lançamento oficial estava programado para ocorrer neste evento, e isto foi possível graças ao Daniel Dell’ Aquila, que conseguiu o espaço no Clube Paineiras do Morumby, e a seu empenho para cumprir todas as exigências da competição. E também ao Nelson Dell´Aquila, que organizou, acompa-nhou e trabalhou arduamente para a reali-zação do Campeonato Brasileiro de Grand Masters & Kata - 2011.

A Associação de Grand Masters pro-videnciou o sistema de placares de LCD e viabilizou a contratação de toda a equipe médica que atuou neste evento, alem dos médicos e fisioterapeutas que estiveram presentes. A estrutura oferecida incluiu am-bulâncias e desfibriladores para emergên-cias, que felizmente não foram utilizados. E, de maneira democrática, colocamos para a votação dos participantes da competição duas logomarcas: a mais votada será esco-lhida para ser símbolo oficial da associação.

Depoimentos de diretores

Representando o Clube Paineiras do Morumby e diretor técnico da associação, Daniel Dell’Aquila destacou a importância de resgatar os conceitos filosóficos do judô. “Na verdade, o judô tem esta força imensa, e só está em centenas de países porque pratica uma filosofia sólida. Se fosse uma luta qualquer, desprovida de conteúdo filo-sófico, certamente não chegaria onde che-gou. Um dos nossos principais objetivos é resgatar os conceitos filosóficos do judô.”

Daniel enfatizou a necessidade de oferecer melhor estrutura aos atletas do

Grand Máster. “Num mundial máster, temos o prazer de es-tar ao lado de várias gerações, e não apenas da nossa. Os problemas que enfrentamos em Frankfurt deixaram mui-to claro que precisamos de mais organização. E este é outro grande objetivo do nos-so grupo: promover a coesão do máster, buscando cada vez mais qualidade para uma cate-goria que demanda cuidados especiais.”

Rodrigo Motta apontou a importância do kata na manutenção dos fundamentos do judô. “O trabalho da GMJB se esten-derá à prática do kata, pois entendemos que nesta modalidade está a base dos fundamentos do judô. Da mesma forma, priorizaremos o resgate da história do judô no Brasil, de forma organizada e didática.”

Sérgio Lex fez questão de homenage-ar Cristiana Pallavicino, a grande respon-sável pela inclusão do Brasil no circuito máster do judô mundial. “Quero fazer justiça e homenagear nossa amiga Cris-tiana Pallavicino. Sua participação foi im-portantíssima no processo de introdução do Brasil no circuito do judô máster. Ela foi a grande pioneira que correu atrás de tudo para levarmos a primeira delegação brasileira a um mundial máster, no ano de 2001 no Canadá, onde fomos competir com aproximadamente 40 judocas. Hoje ela vive na Itália e compete por aquele país, mas nós jamais esqueceremos seu esforço em prol da nossa categoria.”

Maurício Cataneo destacou que a as-sociação nasce em momento oportuno, com o objetivo de agregar as forças e contribuir para a manutenção de um judô forte e de qualidade no Brasil, indepen-dentemente das gerações. “Muitos judo-cas grand máster são pais que trazem seus filhos para o judô. Dessa forma, entendemos que o trabalho a ser reali-zado pela associação permitirá aos seus membros a pratica de judô com mais qualidade em todos os seus aspectos, sejam eles de saúde e nutricional, sejam técnicos, competitivos, katas, arbitragem etc. Reforçamos, assim, o objetivo de que os judocas grand máster sirvam de reais exemplos para gerações mais jo-vens, por meio da vivência dos princípios do judô ou dos resultados atingidos, seja no aumento de qualidade de vida pela prática de esporte, seja na convivência com amigos com interesses comuns ou, ainda, nos títulos conquistados pelos que decidem continuar competindo.”

Affonso de Carvalho enumera os prin-cípios da Associação Grand Masters e Kodanshas de Judô do Brasil, que devem ser seguidos por todos os envolvidos:

Nossa Visão“Ser referência em atitude, organiza-

ção e resultados para os grand másteres de todo o mundo e para as novas gera-ções no Brasil.”

Nossa Missão“Desenvolver o judô no Brasil por

meio da organização, fomento e cresci-mento dos praticantes grand másteres e de kata.”

Nossos Valores“Integridade, respeito, trabalho em

equipe, responsabilidade, criatividade, fa-mília e exemplo para as novas gerações.”

Judô Training Camp 2012

Maurício Neder, delegado do Paraná, falou sobre o Judô Training Camp, que está previsto para o primeiro semestre de 2012, em Curitiba/PR. “O objetivo deste evento é apresentarmos em detalhes as propostas e agenda de atividades da as-sociação para 2012. Fazem parte dele pa-lestras com temas como preparação para os campeonatos máster de 2012. Teremos dois períodos de treino durante o evento e faremos também um city tour pelos princi-pais pontos de Curitiba. O sucesso deste evento depende da participação de todos. O próximo ano será muito especial porque o mundial máster será realizado no Brasil, e, além de criarmos uma organização à altura, queremos ver os atletas brasileiros muito bem preparados para o maior even-to mundial da categoria.”

[email protected]

73

Page 74: Revista Budo 5

74

Em qual mercado atua?Sou diretor técnico da empresa Platec - Plane-jamento Técnico Agropecuário, que atua em boa parte do País, no ramo do agronegócio brasileiro – planejamento, projetos, estudo de viabilidade técnica, plano de negócios, asses-soramento técnico em agricultura, pecuária, floresta, topografia rural e urbana, geodésia, li-cenciamento e estudos de impacto ambiental.

Qual é a sua rotina de trabalho?Minha rotina de trabalho é muito intensa, tanto no escritório quanto no campo em visitas téc-nicas às propriedades rurais. Viajo em média 6 mil km/mês, acordo normalmente às 5 horas da manhã e deito quase sempre após a meia--noite. Busco sempre dedicar tempo a Deus, à família e aos amigos. Estou sempre atento à vida de minhas filhas e não abro mão de estar nas principais competições de judô, além de fazer parte da comunidade da Igreja Nossa Senhora Rosa Mística em Goiânia.

Qual é o perfil de sua empresa? A Platec completou 25 anos de criação no dia 6 de outubro. A empresa emprega atualmente 25 funcionários, distribuídos em três escritórios nas cidades de Goiânia, Goianésia e Inhumas. O perfil é de empresa pequena, porém com boa estrutura e organização, com o foco volta-do para o agrobusiness. Buscamos conquistar mercado em diferentes regiões do País, com boa atuação no mercado brasileiro nos seg-mentos de topografia e geodésia (GPS de alta precisão), área ambiental, projetos e estudos de viabilidade econômica agropecuários.

Dedica sua vida a Deus de que forma? Sou muito temente a Deus, acredito muito em Jesus Cristo nosso pai, sou devoto de Nossa

Dirigente em Foco Por Paulo Pinto

Fotos Arquivo

O judô como opção de desenvolvimento social

Luiz Fernandes de Araújo Júnior, engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá, em 1986. Natural de Inhumas-GO e há 21 anos casado com Maria do

Socorro, com quem teve as filhas Fernanda e Ana Vitória, praticantes de judô, por força do desti-no chegou à vice-presidência da modalidade em Goiás. Hiperativo, Júnior participou intensamen-te do processo que mudou os destinos da modalidade no Estado. Fundou uma ONG que atende hoje a 60 crianças em sua cidade natal, e em parceria com o poder público e a iniciativa privada criou a melhor equipe do judô goiano. Saiba mais sobre esse empresário que tem no judô um

hobby e vê na modalidade uma importante ferramenta de desenvolvimento social.

74

Senhora Aparecida e acredito que temos um Deus que nos protege, nos orienta, nos guia e nos abençoa em todos momentos. Sou católi-co apostólico romano praticante, faço parte da comunidade Igreja Rosa Mística em Goiânia, e neste ano eu e minha esposa nos tornamos ministros da eucaristia a convite do padre Davi. Acredito muito no poder de transforma-ção do ser humano e no seu crescimento, que podemos ser melhores a cada dia e que nesta nossa passagem pela terra temos de fazer o bem, pois nada nos pertence, somos apenas um instrumento da vontade de Deus, e que temos de fazer a vida valer a pena. Neste con-

texto, acredito muito no judô. Com certeza, o judô me fascina sob todos os aspectos, prepa-rando o indivíduo para toda a vida, tanto nos aspectos emocional e físico quanto na forma-ção do caráter e no respeito ao ser humano. Sem dúvida, é o grande parceiro na formação de nossos filhos. O judô é a minha grande pai-xão! Sempre digo aos meus amigos que têm filhos pequenos em formação que, de todas as modalidades esportivas, e com todo o respei-to e admiração às demais, o judô sem dúvida é uma modalidade diferenciada. Se pudesse, colocaria todas as crianças nesta modalidade, buscando uma base mais ampla na formação.

Luiz Fernandes diante da sala de trofeus das filhas Ana e Fernanda

Page 75: Revista Budo 5

75

De que forma chegou ao judô?Morávamos na cidade de Inhumas, e a Fer-nanda tinha 12 anos e fazia karatê tradicional. Mesmo treinando em Goiânia três vezes por semana, eu tinha construído para ela uma pequena área de treinamento (dojô) em mi-nha casa. Foi quando um amigo disse que em Goiânia vivia um dos grandes mestres de judô do Brasil, que se chamava Lhofei Shiozawa. Contou toda a história de sua vida, e disse que gostaria de apresentá-lo a mim. Agenda-mos um almoço em minha casa e assim co-nheci sensei Shiozawa. Com certeza, naque-le dia Deus me deu um grande presente, foi uma grande honra receber uma das pessoas mais fantástica que conheci em toda minha vida. A partir desse dia ele colocou uma de suas atletas, de nome Viviane, para treinar minhas duas filhas, duas vezes por semana. No sábado era ele quem dava o treinamento em Inhumas, levava o carro cheio de crianças e treinava durante toda a manhã. Esse perío-do que antecedeu minha ida para Goiânia era muito bom, pois após os treinos minha espo-sa, que sempre teve um carinho muito espe-cial pelo sensei, sempre procurava fazer suas vontades. Era ele que definia o cardápio no almoço do sábado: feijoada, dobradinha, ga-linhada, arroz com pequi. Após o almoço ele deitava no sofá e praticamente dormia toda a tarde e, no fim do dia, após o lanche, ele volta-va para Goiânia. Neste período de cinco anos tivemos momentos que jamais esquecerei. Formávamos um grupo de país de crianças da academia Nikkei: o Sérgio Niederauder, dona Maria, Hélio e Ascânio, que davam todo o apoio ao sensei e eram meio que conselhei-ros, liderados pelo sensei, que gostava muito desse grupo e o respeitava. Fiquei muito feliz quando ele retornou ao shiai-jo como técnico da seleção goiana, juntamente com o técnico Joseph Guilherme, nos campeonatos brasilei-ros pré-juvenil em São Luís-MA e infanto-ju-venil em Florianópolis-SC, em 2005. Sempre tive gratidão, grande respeito e muita admi-ração pelo sensei Lhofei Shiozawa, e temos muita saudade desse grande homem com quem tivemos a honra de conviver. E a melhor forma que encontrei de homenageá-lo em vida foi realizar seu grande sonho de colocar seu nome num projeto de inclusão social. Foi quando, em 26 de fevereiro de 2006, minhas filhas idealizaram um projeto de inclusão so-cial para 50 crianças ao qual demos o nome de Projeto Judô do Futuro Lhofei Shiozawa, da Organização Atitude Social de Inhumas. Esse projeto é coordenado pela professora Tatiana Neiva, formada por ele na Academia Nikei Sport Center em Goiânia, a quem devo muita admiração, respeito e consideração, pois é uma verdadeira guerreira. A Tati é um anjo da guarda dessas nossas crianças, pois é ela quem toca o projeto com muita compe-tência e dedicação.

75

Qual é a relação entre sua vida profissio-nal e o judô?A convivência com as pessoas que fazem par-te do judô, pelo qual eu tenho a oportunidade de viajar, tem-me ensinado muito, seja em contato com dirigentes seja com professores, atletas, pais e organizadores. Tudo isso tem sido muito importante, pois tenho levado esse aprendizado para minha vida profissional no dia a dia. Com certeza os exemplos de dedi-cação, força de vontade, humildade, supera-ção e respeito que professores, praticantes e atletas de judô nos proporcionam são de uma grandeza admirável. São verdadeiros guerrei-ros e merecem nossos aplausos. Vejo uma riqueza muito grande no mundo do judô pelo aspecto do relacionamento humano e respeito ao próximo, pois este é um aprendizado para toda a vida, diferentemente de outras moda-lidades esportivas, nas quais o importante é ganhar a qualquer custo, independentemente dos valores morais. O exemplo dado pelos nossos atletas de alto rendimento me motiva a ser cada dia um profissional mais dedicado e humano na relação com as pessoas. Mes-mo não entendendo os fundamentos técnicos do judô, posso afirmar que, após estes oito anos de convivência, levo para minha empre-sa muito do que vejo e aprendo na relação entre técnicos e atletas.

Qual é a sua filosofia de vida? Faça resu-midamente um relato de sua vida. Entendo que na vida nada é por acaso. Em toda minha vida descobri uma vocação polí-tica, e sempre procurei ajudar de alguma for-ma, nunca me omiti ou me acovardei. Lembro que, quando eu fiz a 8ª série no Colégio Esta-dual Manoel Vila Verde, em Inhumas, com 16 anos fui candidato a presidente do Centro Cí-

vico Estadual (CCE). Fui eleito representante dos alunos e fiz uma eleição moderna para a época, na qual minha chapa chamava-se SU-ATE – Serviço Unido Trabalhando na Escola, com panfleto mostrando minha plataforma de trabalho. E inovei, pois solicitei três comícios para as turma da manhã, tarde e noite, e até levei cantores para animar. Passei em pri-meiro lugar para o curso de agronomia numa universidade federal, fiz projeto Rondon em Pimenta Bueno-RO, na floresta amazônica, fiz 12 estágios curriculares no meu período de universidade em grandes centros de pesqui-sa, como Embrapa-DF, Emater, Iapar-PR, En-gopa e em grandes empresas multinacionais. Fui monitor de química, não fui reprovado em nenhuma matéria e me formei em tempo re-corde. Após me formar, fui estagiar e morei por um ano na cidade de Okmulgee no Esta-do de Oklahoma, nos EUA, onde tive grande experiência no mundo country e do rodeio americano. Trabalhei e estagiei em fazendas e ranchos. Quando voltei ao Brasil criei a Pla-tec, em outubro de 1986. Como politicamente sempre gostei da luta de classes, em 1988 entrei na União Democrática Ruralista (UDR), liderada pelo grande líder ruralista Ronaldo Caiado, hoje deputado federal. Fui presidente nacional da UDR Jovem, participando ativa-mente da luta pelo direito de propriedade no capítulo da terra produtiva, na Constituição promulgada em outubro de 1988 pelo então presidente do Congresso Nacional, Ulisses Guimarães, no qual fomos vitoriosos depois de muito debate. Posteriormente vieram as eleições livres para presidente da Repúbli-ca em 1989, quando viajei por todo o Brasil, como assessor do candidato a presidente Ronaldo Caiado, período este em que tive a oportunidade de conhecer a riqueza cultural

O agrônomo Júnior no campo dando consultoria em lavoura de milho verde

Page 76: Revista Budo 5

7676

do País, seus contrastes e diferenças sociais. Em 1990, fui assessor parlamentar do depu-tado federal Ronaldo Caiado em Brasilia-DF, onde tive a oportunidade de conhecer os basti-dores da política no Congresso Nacional. Sem dúvida, esta foi uma experiência para toda a vida.

Como chegou a vice-presidência da FEGO-JU?Como diz o goiano, somente entro numa em-preitada se puder participar ativamente do pro-cesso e ser importante. Sou de equipe, porém não aceito imposição e não engulo prato por goela abaixo. Quando minhas filhas entraram no judô, acabei vivenciando os meandros da coisa, por ter, de alguma, de forma participar dos treinos, campeonatos, reuniões e por ter de ajudar o clube a viabilizar patrocínios para despesas com viagens etc. Querendo ou não, comecei a participar ativamente de todo o processo. Naquele momento nosso líder era o sensei Shiozawa e, por problemas que não cabe aqui mencionar, um grupo de pais criou a entidade denominada Associação dos Pais de Atletas de Judô do Estado de Goiás - APAJUGO, entidade sem fins lucrativos que representava os interesses de atletas perante a federação, e fui eleito presidente. Tivemos uma atuação dentro da legalidade, do respei-to, por meio de ideias, planejamento e gestão, para que o judô de Goiás pudesse ter um grupo proativo e empreendedor. Acionamos o Ministério Público, até que houve a renún-cia do presidente da federação. Assumiu naquele momento o vice-presidente, que atualmente é o presidente da FEGOJU, meu grande amigo Josmar Amaral. Fizemos uma composição muito saudável e participativa, mudando definitivamente o judô do Estado de Goiás, colocando nossa gestão como modelo de democracia e participação. Com certeza temos muito que melhorar, mas den-tro de nossas possibilidades estamos fazen-do uma gestão inovadora. Tenho orgulho de ter colaborado no processo de mudança que alavancou a modalidade. Quero frisar que, no momento crítico de transição, o Josmar teve a capacidade de unir o judô goiano em torno de nossa proposta, que basicamente visava ao desenvolvimento e à justiça para a modalidade.

Qual é a sua avaliação do mo-mento que o judô goiano atra-vessa? Acredito que podemos evoluir sempre; mas o judô goiano está em ascensão técnica desde 2005, com a participação de um núme-ro cada vez maior de atletas em competições estaduais, nacionais e internacionais. Perdemos atletas para grandes centros, num pro-

cesso natural, mas isso é bom para o atleta e não podemos fazer nenhum tipo de restrição. Entendo que, com todos os recursos de marketing que possui, a CBJ deveria criar campanhas publicitárias que mostrassem a importância da modalidade na formação dos jovens, utilizando nossos ídolos como exem-plos de superação, assim como faz a PRCA – Professional Rodeo Cowboys Association nos EUA, que aproxima seus ídolos do público, ten-tando massificar a modalidade. Assim fomen-taria o crescimento do número de praticantes e ajudaria efetivamente na expansão das fede-rações, que teriam cada vez mais novos prati-cantes. Precisamos fomentar o surgimento de novas gerações e prepará-las para ocuparem o espaço deixado por aqueles que atingem mais idade, bem como encontrar novos talentos.

Na prática qual é a sua participação no judô goiano? Sou pai da atleta Fernanda Araújo, que há dois anos mora e treina em Boston-EUA, com o sensei Jimmy Pedro. Sou presidente da ONG Organização Atitude Social de Inhumas, enti-dade mantenedora do Projeto Judô do Futuro, que trabalha com 60 crianças, e da Equipe Judô Inhumas, que se classificou em 8º lugar no Grand Prix de Judô 2011, em Porto Alegre, que tem parceria com a Prefeitura Municipal de Inhumas e Academia Brava. No momento sou vice-presidente da FEGOJU, compondo a diretoria presidida por Josmar Amaral. Sou de grupo, respeito muito a hierarquia e, quando convocado, estou sempre à disposição.

O que o Projeto Judô do Futuro Lhofei Shiozawa representa em sua vida?O Projeto Judô do Futuro me realiza e faz mui-to feliz. É a forma que encontrei para agrade-cer a Deus e devolver um pouco de tudo que recebi dele, até hoje. Entendo que temos a obrigação de ajudar o próximo e por meio do projeto pude proporcionar desenvolvimento e crescimento às crianças que não tiveram a condição que nossos filhos possuem.

Quais são as coisas mais importantes na vida para você, hoje? Deus, minha família, meu trabalho e empresa, pois é com ela que mantenho minha estrutura familiar e posso ajudar o projeto social e os verdadeiros amigos que tenho.

O que a palavra ética representa para você?É a base moral para se chegar ao sucesso.

Como vê o momento atual do judô brasileiro? O judô brasileiro vive um momento mágico e de grande expectativa quanto aos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Penso que todo o trabalho realizado pelos profissionais da CBJ nos últimos anos deva ser coroado com bons resultados. Acredito muito na for-ça da equipe brasileira, e parabenizo a CBJ pelo brilhante trabalho desenvolvido visando às Olimpíadas.

Como vê a ida de sua filha Fernanda para Boston?O fato de eu ter morado em 1986 nos EUA e vivido o mundo do rodeio me levou a dar esta oportunidade a ela, uma experiência única. Não se compara o judô americano com o bra-sileiro; aqui temos alguns dos melhores atletas do mundo, grandes clubes e um número bem maior de atletas para treinar. Hoje o judô do Brasil é referência, mas quando se trata de oportunidade para a formação, o que pesa é a somatória do todo. Quando surgiu a oportuni-dade de ela treinar com o sensei Jimmy Pedro, um medalhista olímpico e campeão mundial, eu não pensei duas vezes. Além do judô, o importante foi a oportunidade de minha filha aprender com a formação americana, a pos-sibilidade de aprender o idioma fluentemente, fazer o college e tentar ingressar numa univer-sidade americana. Também pesou a experiên-cia adquirida fora de casa num país onde as leis funcionam, e a sociedade é mais evoluída no que diz respeito à educação. Fico feliz pelo fato de a Fernanda estar tendo a experiência de conhecer, vivenciar e aproveitar as coisas boas da América.

Como consegue conciliar a vida de empre-sário com a vida de dirigente e articulador de um dos projetos sociais mais ativos da modalidade?O tempo a gente é que faz e, quando se une paixão pelo esporte à responsabilidade social e ao prazer de querer ajudar, tudo fica mais fácil. Não tenho dificuldade em me colocar à dispo-sição para ajudar; gosto de servir e de ser útil.

Na juventude você participou de algum movimento político?Participei do Movimento Ruralista na defesa da direito de propriedade, sempre fui politiza-do. Acredito numa sociedade democrática; no poder de discutirmos os direitos de liberdade e igualdade; de discutir e respeitar as melho-res ideias, para que possamos transformar nossa vida e a sociedade.

Você é filiado a algum partido político?Sim, ao DEM-GO.

Com as filhas Ana Vitória, Fernanda e esposa Maria Socorro em Boston-USA

Page 77: Revista Budo 5

7777

Em sua análise, qual é o melhor político do Brasil? Político sério, honesto e com relevantes ser-viços prestados à sociedade são poucos. Em Goiás, conheço o deputado federal Ronal-do Caiado, que faz um brilhante trabalho e é reconhecido como um dos mais atuantes no Congresso Nacional. Certamente ele é exem-plo de dignidade e amor ao nosso País. Não sou da tese de que todos os políticos sejam corruptos; temos gente seria fazendo um bom trabalho. Na verdade, são os eleitores que não sabem escolher os melhores políticos para representá-los no Executivo e no Legislativo, nas esferas municipal, estadual e federal.

Quais foram as pessoas que o ajudaram no contesto do judô?As pessoa que mais me ajudaram e ajudam no judô foram o sensei Lhofei Shiozawa, Da-niela Zangrando que faz parte da minha famí-lia e é madrinha do projeto judô do futuro, An-drea Berti minha grande amiga, Fúlvio Miyata, Henrique Guimarães, Josmar Amaral, Tatiana Neiva, João Henrique e Joseph Guilherme. E tenho uma grande amizade pela família Pe-nalber - Jorge, Gisele, Vítor e Júlia - do Rio de Janeiro, e pelo Sergio Cota do Minas Tênis de BH.

Que livro está lendo? Gosto muito de livros de autoajuda e atual-mente estou lendo cinco: O semeador de idéias, de Augusto Cury; Vivendo com propó-sitos, de Ed Renékivitz; Quem pensa enrique-ce, de Napoleon Hill; Transformando suor em ouro, de Bernardinho; e Estratégia do oceano azul, de W. Chan Kim.

O que Deus representa em sua vida?Minha própria vida! Com certeza, sem ele a vida não tem sentido. Nas 24 horas de meus dias sou guiado por Deus.

Qual é a importância da família em sua vida?

Ela é o combustível que me move. É a mi-nha razão e paixão de viver com alegria, satisfação e prazer. Minha família faz a vida valer a pena.

Como você vê o sensei Shiozawa?Um grande homem que cumpriu sua tra-jetória de vida com humildade, que ouvia mais do que falava e com poucas pala-vras transmitia muita sabedoria, deixando grandes ensinamentos e um grande legado de vida. Tenho muita saudade do sensei, sinto não ter aproveitado mais o seu tempo e os seus ensinamentos de vida. Tenho uma grati-dão imensa por tudo que fez por minhas filhas.

Qual é o maior judoca que conheceu até hoje?Não tenho conhecimento suficiente para res-ponder a esta pergunta, tenho admiração por todos. Para mim todos são verdadeiros artis-tas. Mas acho muito bonito o estilo de luta do Tiago Camilo e do Leandro Guilheiro. O sensei Shiozawa sempre dizia que o Tiago praticava um judô técnico igual ao japonês, com lutas em pé, dificilmente a luta ia para o chão. No Guilheiro me impressiona muito sua forma ob-jetiva de entra e sair nos combates.

Música preferida?Gosto de todos os gêneros, para mim o impor-tante é a mensagem e a alegria da melodia. Gosto de dance music dos anos 80, sertanejo, pop rock, samba, axé da Bahia. Sou fã do Ne-guinho e fanático pela Escola de Samba Beija--Flor do Rio de Janeiro, minha preferida.

Comida preferida?Salada e comida caipira - de preferência, fran-go caipira e costelinha de porco.

Um sonho?No campo pessoal, que minhas filhas Fer-nanda e Ana Vitória sejam muito felizes, pos-sam escrever suas histórias de vida e cons-truir suas vidas com muita dignidade, ética e competência, serem pessoas do bem e que possam de alguma forma servir à sociedade – e acredito firmemente que o judô tem-me ajudado nesta formação. No social, vamos construir um centro de formação de judocas para atender a mais crianças carentes na ci-dade de Inhumas-GO. Penso que no primeiro momento o judô estará a serviço de centenas crianças, mas, no futuro próximo, grande par-te destas pessoas estarão a serviço do judô, e nossa proposta é seguir o sonho do sensei Shiozawa, disseminando a cultura judoística, no Centro-Oeste do Brasil.

Depoimentos

Daniele Zangrando destacou que, além de criar cidadãos, forma excelentes judocas. “O Projeto

Judô do Futuro teve evolução rápida, haja vista a excelente participação de sua equipe no GP Brasil, enfrentando equipes poderosas e custe-adas por grandes patrocinadores. Esse projeto serve de exemplo para todos, pois, no início, era apenas um empresário que tinha o sonho de usar o esporte para ajudar crianças, dando a elas a mesma oportunidade que suas filhas ti-veram. Com o tempo, a proposta inicial foi redi-recionada e, por meio de um trabalho feito com muita seriedade, o projeto Organização Atitude Social de Inhumas hoje produz cidadãos e for-ma excelentes judocas”.Para o campeão olímpico Rogério Sampaio, os projetos sociais estão criando novos polos da modalidade no País. “Acho que a massificação do judô por meio de projetos sociais é extrema-mente importante, pois o esporte não tem pre-conceito de raça, cor, religião ou classe social. E é principalmente nas classes menos favoreci-das que temos maior número de talentos à es-pera de todo e qualquer apoio, seja no sentido de serem descobertos seja no desenvolvimen-to técnico. Um grande exemplo é Rafaela Silva, vice-campeã mundial no sênior, que foi desco-berta no Projeto Reação, do medalhista olímpi-co Flávio Canto. O Júnior está criando um novo polo do judô no Centro-Oeste, e isso certamen-te irá proporcionar grande desenvolvimento a toda a região”, disse o campeão olímpico.Sergio Cota lembrou que as oportunidades de crescimento pessoal por meio do judô são maiores. “Acredito que este é um trabalho pio-neiro e exemplar, que deve ser seguido por outros empresários e amantes do esporte. Os resultados já estão aparecendo em âmbito social, pelo número de crianças atendidas, e também no desenvolvimento da modalidade no Estado, uma vez que em seu primeiro ano de Grand Prix a equipe obteve um desempe-nho surpreendente, superando entidades que já disputam este importante torneio há vários anos. Voltando ao aspecto social, só o fato de essas crianças estarem praticando uma ativi-dade esportiva olímpica, saudável e educativa já proporciona a todos maior oportunidade de obter formação profissional”, disse.

Júnior com a placa de participação do projeto Atitude Social no GP Brasil de Judô em Porto Alegre onde obteve a oitava colocação

Júnior, Justo Noda técnico da seleção cubana e Carlos Henrique diretor do Minas Tênis Clube

Joseph Guilherme, Lhofei Shiozawa e Júnior no Campeonato Brasileiro Infanto Juvenil realizado em 2.005 - Florianópolis

Page 78: Revista Budo 5

Fotos Revista Budô

Vereador Aurélio Miguel Promove 1ª Conferência Municipal Educação

Física, Esporte e LazerPrimeira edição do evento contou com palestrantes

nas áreas da Educação FísicaRealizada pelo vereador Aurélio Miguel,

a 1ª Conferência Municipal de Educação Fí-sica, Esporte e Lazer debateu no dia 12 de setembro, no Salão Nobre da Câmara Mu-nicipal de São Paulo, os princípios e a valo-rização do profissional de Educação Física. Vários representantes da área palestraram sobre o assunto. O parlamentar deu início à sessão solene exaltando o anseio que pos-suía em organizar o evento.

“É um orgulho estar aqui. É o início de um grande sonho que vem desde 2006, quando propus a criação da conferência. É importante que haja essa primeira para que as demais que virão cresçam e se con-solidem como política pública da cidade de São Paulo”, disse o vereador Aurélio Miguel (PR), autor do projeto da Resolução 2/2006, que criou a conferência.

O presidente do Conselho Deliberativo da Corredores Paulistas Reunidos (Cor-pore), Amadeu Armentano, foi o primeiro a discursar e deu uma verdadeira aula. Armentano comentou o crescimento de entidades de corrida a partir de 2007, o

atraso na mentalidade brasileira a respeito da prática de esportes e também a falta de investimento em corridas. “Dizem que o ór-gão mais sensível do ser humano é o bolso, mas parece que esse não é o das autorida-des. As corridas de rua não são valorizadas tanto quanto mereciam.”

Ao fim do discurso, Armentano referiu--se aos principais itens que os profissionais de Educação Física devem seguir. Atuando no campo da formação de atletas que, mui-to provavelmente, poderão representar o Brasil, afirmou: “Tomem muito cuidado, pois vocês estarão trabalhando com essa ban-deira. E isso é de extremo valor”.

O professor da Universidade de São Paulo (USP) e ex-presidente da Federação Paulista de Capoeira, Gladson de Oliveira Silva, e o professor do Centro de Prática Esportivas da USP Vinícius Heine falaram sobre a capoeira, sua importância cultural como esporte originalmente brasileiro e sua

Mauzler Paulinetti

Vereador Aurélio Miguel

78

Page 79: Revista Budo 5

inclusão na área da Educação Física. “Se a liberdade se consegue por meio da edu-cação, o jogo da capoeira é o jogo da edu-cação”, afirmou o professor Vinicius Heine.

O vereador Aurélio Miguel ainda fina-lizou a primeira etapa da conferência co-mentando o desenvolvimento das práticas esportivas e a elaboração de diretrizes para serem encaminhadas aos órgãos munici-pais competentes.

“A junção entre Educação Física, es-porte e lazer na conferência não é à toa. Mostra a indispensável interação entre es-sas áreas para que se elabore uma política de esporte consequente para o município. Esse ato hoje é um caminho sem volta para que São Paulo seja vista como modelo de esporte no Brasil”, completou o vereador.

Henrique Guimarães

Carlos Bortole Prof. Vinicius – CEPEUSP Adilson, Farah e Oswaldo

Prof. Paulo – Universidade Anhembi Morumbi

Amadeu Armentano

79

Page 80: Revista Budo 5

DebateDepois da primeira etapa

da conferência, os participan-tes puderam debater os temas abordados durante as palestras com o vereador Aurélio Miguel e o presidente do Sindicato das Federações Esportivas de São Paulo, Mauzler Paulinetti. Pre-sidentes de federações e ligas, professores universitários, esta-giários e alunos de faculdade de Educação Física discutiram uma amplitude de temas.

O Sindicato dos Profissio-nais de Educação Física de São Paulo e Região (SINPEFESP) propôs um dos temas mais dis-cutidos na primeira etapa da palestra e que precisa receber grande valorização: a adoção de uma política nacional de incen-tivo ao esporte nas escolas. O Clube dos Paraplégicos de São Paulo ainda sugeriu que crianças com deficiência sejam incluídas nas aulas de Educação Física, com professores orientados para fazer esta inclusão de acordo com a deficiência ou comprome-timento delas.

Compuseram a mesa da sole-nidade: vereador Aurélio Miguel; Adilson Pereira Ramos, presiden-te da Associação Brasileira de Desportos de Deficientes Mentais (ABDEM); José Jorge Farah Neto, superintendente do Sindicato das Entidades de Admi-nistração do Desporto no Estado de São Paulo (SEADESP); Oswaldo Román Espósito, presidente do SEADESP; secretária municipal de Educação, Maria Alice; diretor do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) Henrique Guimarães; o coordenador de Educação Física da FMU e presidente do Conse-lho Regional de Educação Física de São Paulo, Flávio Del Manto; a presidente da União das Federações Esportivas do Estado de São Paulo (UFEESP), Marjó Couto; e Weber, do Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Estado de São Paulo (SINPEFESP).

Prof. Durval – Universidade São Judas Prof. Artur – UNISA

Mestre Gladson – USP

Mauzler Paulinetti - SINPEFESP

Prof. Marcelo – Unibam

Prof. Flávio Delmanto

80

Page 81: Revista Budo 5

Estudando e analisando a nova regulamen-tação do exame nacional de graduação, gosta-ria de – baseado nos preceitos fundamentais do professor Jigoro Kano – discorrer sobre sua aplicabilidade, efi ciência e coerência.

Quando começou o boato, há alguns anos atrás, que a CBJ iria alterar a regulamentação do exame de graduação, normatizá-lo e inse-rir carência mínima de tempo para todas as graduações existentes, houve um misto de apreensão e concordância, de minha parte, pela necessidade de fazer algo com o obje-tivo de melhorar consideravelmente a parte técnica do nosso tão estimado judô. Criou-se uma comissão competente para executar tal tarefa, e no início de 2011 nos foi apresentada esta novidade.

Como toda novidade, há um choque natu-ral na sua recepção, e é necessário um tempo para seu entendimento, adequação, e, porque não, crítica. Muita coisa foi alterada buscando um conhecimento maior para cada postulante a uma nova graduação, o que muito me agrada, mas infelizmente há alguns pontos dissonantes da bela proposta apresentada a nós da comu-nidade judoísta.

Partindo da premissa fundamental nos dei-xada pelo professor Jigoro Kano – e da cultura marcial oriental – da paciência e persistência para alcançar qualquer objetivo imaginado, imagino ter sido cometido um grande equívoco com a adoção de mais quatro (4) faixas dangai, e pior, com a adoção de “ponteiras” em suas extremidades sinalizando a cor da próxima faixa. Justamente buscando o valor pedagó-gico – como foi colocado no início do regula-mento proposto – que não deveríamos adotar tal critério (algo parecido com o que ocorre em alguns países europeus, mas não no Japão), pois pecamos pelo excesso de estímulo ao exame de faixa, diminuímos o seu importante valor tradicional e promovemos uma “mercado-logia” de trocas de faixas para nossos dangais. Na verdade, nos furtaremos de explicar aos pais das crianças o porquê da importância da paciência dentro do judô, do tempo percorrido por cada faixa, seu amadurecimento dentro de cada graduação para aí sim justifi car uma pro-moção. Nesse molde proposto, isso é perdido pela absurda velocidade das promoções. Não podemos incorrer no erro comum de achar que crianças são “adultos em miniaturas”, e cada vez mais cedo dar-lhes responsabilidades e ta-refas incoerentes com sua idade e maturidade. Antes dos 6 anos, deveríamos conscientizar os pais e interessados que se trataria de um “pré--judô”, pois não há ganho técnico algum para a criança antes dessa idade na modalidade; deve

Ponto de Vista Por Vinícius Erchov

Foto Paco Lozano

Exames de GrausUma análise sobre a aplicabilidade da nova regulamentação dos

ser desenvolvidos movimentos de habilidade motora, lateralidade, noção espacial, etc. Mas não técnicas de judô. Seu corpo e percepção ainda precisam ser formados minimamente para tanto. Logo, a adoção de faixas coloridas para essa categoria além de ser “mentirosa” e injusta, tira o valor real de cada faixa da classe dangai. Banaliza-se a essência e o signifi cado que cada faixa tem para quem a porta.

Em relação às graduações de yudanshas e kodanshas, cabem aqui meus sinceros elogios a grande parte da regulamentação. A carência para cada graduação é fundamental para sua valorização e entendimento, e principalmente felicito o conselho de graduação no tocante à parte técnica para cada exame de yudansha. Creio estar de acordo com o que se espera de conhecimento técnico e fi losófi co de cada postulante a uma graduação elevada. Minha ressalva é não ter exame prático até no míni-mo um sétimo dan, ou um máximo pela idade (como é feito no Japão).

A aplicabilidade disso, em território nacio-nal, é onde imagino existir o maior problema. Mais que ninguém, a CBJ conhece a enorme distância técnica e de material humano e condi-ções mínimas de prática entre as diversas fede-rações do país. Não se pode fazer vistas gros-sas às especifi cidades de cada Estado/Região do país, e aplicar draconicamente esse novo regulamento para exame de faixa. É preciso olhar com cuidado para cada local e moldar as necessidades e objetivos deste trabalho para o bem de cada Estado/Região.

Tecnicamente, praticantes de judô do Su-deste, Sul e parte do Centro-Oeste tem mais condição que o restante do país. Isso é fato. Para se aprender um Goshin Jitsu, Kime no Kata, Koshiki no Kata, Itsutsu no Kata, dentro dos padrões, por exemplo, não temos muitas opções fora desse eixo. Logo, como cobrar um Kime no Kata e um Goshin Jitsu de qualidade

nos locais onde nem mesmo há pessoas ha-bilitadas para ensinar um Ju no Kata? Se for para, de certa maneira, homogeneizar o nível técnico dos praticantes, a maneira adotada é a mais injusta e equivocada com os menos fa-vorecidos. Seria necessário um grande esforço da CBJ para levar regularmente professores qualifi cados nos diversos cantos do país onde há esse défi cit, para aí sim, após algum tempo poder cobrar tal efi ciência.

Outra questão que o regulamento não dá conta é, falando de São Paulo (onde pratico judô), o número de postulantes no exame de faixa por ano (e me atenho só às graduações de yudansha). Aqui temos em média 100 can-didatos a cada ano, ou seja, além de se tornar completamente inviável a aplicação das técni-cas como tori e uke (o que considero particular-mente fundamental), tem a conquista do sho-dan para os campeões anuais do Campeonato Paulista por Faixas, que dá a possibilidade da-quele ótimo e dedicado atleta que não tem con-dições de arcar com a taxa do exame, obter, por meio do shiai, sua graduação de shodan.

Portanto, imagino que há algumas ques-tões a serem discutidas em torno da nova re-gulamentação de exame de graus. É de extre-ma necessidade a adaptação de tal iniciativa a cada especifi cidade local, ou cairemos, infeliz-mente, na banalização deste importantíssimo esforço para elevar o padrão técnico e fi losófi co do nosso judô, com exames “de mentira”, ca-rências desrespeitadas, etc. A discussão com cada Federação é premente. Qualquer medi-da de cima para baixo, sem buscar entender, discutir – e se adaptar – às distintas realidades do nosso país é a chave para o insucesso de todas nossas instituições nacionais. Como ju-docas, precisamos dar o exemplo.

Vinícius Erchov éPresidente do Projeto Budô,

Professor de Judô 4º Dan, Historiador, Educador e Filólogo

81

Page 82: Revista Budo 5

Aspectos pedAgógicos

Partindo do princípio desenvolvido por Lev Pavlovich Matveev, podemos di-zer que a lógica do treinamento desporti-vo para a formação de um atleta de alto rendimento relaciona-se a um processo de macrociclos contínuos e interdepen-dentes, ao longo de vários anos de tra-balho sistemático de periodização. Nesse trabalho, cada período depende do ocor-rido anteriormente e deve apresentar ca-racterísticas específicas, dentro de uma sequência lógica de crescimento e de-senvolvimento do treinando, bem como das inúmeras variáveis envolvidas.

Numa primeira análise, Matveev propõe as seguintes três grandes fases para esse processo:

1. A fase da preparação de base (eta-pa de preparação desportiva prévia);

2. A fase de máxima concretização das possibilidades desportivas;

3. A fase da longevidade desportiva.

A primeira dessas fases inicia-se por volta da idade escolar e, em alguns casos, até antes, passando posterior-mente para segunda, cujo final corres-ponde ao momento de concretização do potencial máximo das possibilidades desportivas do atleta. Inicia-se então a terceira fase, na qual se procura prolon-gar ao máximo a longevidade de alto

Alexandre Janota Digo – Dr.Anderson Dias de Lima – Esp.

Reinaldo Naia Cavazani – Mdo.

Repensando a CompetiçãoJudô Infantil

desempenho alcançada até então.Não vamos aqui nos aprofundar nos

infindáveis detalhes que englobam cada uma dessas fases, entretanto, cada uma delas tem as suas subfases, com vários ciclos anuais ou semestrais, com a apli-cação gradativa de conteúdo, carga e intensidade do trabalho, sempre corres-pondentes às especificações de cada período e dependentes da evolução dos que o antecederam.

No caso específico do judô, entende-mos que a criança inserida nesse proces-so de formação atlética não pode fugir à regra, em que características particulares devem ser observadas para que desem-penhem um papel que se coadune com o exposto acima.

Vários aspectos práticos e teóricos devem e necessitam ser abordados den-tro desse processo plurianual de forma-ção do atleta de judô:

1. Competição de crianças;2. Capacidades e habilidades envolvi-

das no treinamento;3. Fatores que impossibilitam todas

as crianças praticantes de chegarem ao alto rendimento;

4. O judô enquanto não competição, mas, como esporte de participação, bem--estar e convivência social

Esses aspectos, entre outros, com-põem uma série de problemas para o praticante que, ao longo dos anos, pouco têm sido discutidos formalmente, e ape-nas raras vezes no aspecto informal. De-vido a isso, propomos neste texto centrar nossa reflexão no primeiro item, Compe-tição de crianças, buscando gerar novas discussões e trazendo à tona recortes te-óricos que possam contribuir com a práti-ca do judô infantil.

Oportunamente, pretendemos desen-volver o mesmo processo de reflexão e discussão dos demais itens, tão impor-tantes quanto o primeiro, dentro do pro-cesso geral de formação integral, bem como da formação desportiva da criança e do jovem praticante de judô. Também alertamos que esta parte do princípio da formação do atleta, tendo em vista que este é um dos motivos da entrada da criança no judô, mas não o único (tema que deveremos desenvolver no item 3).

Partindo do ponto de vista teórico, queremos deixar claro que não defende-mos a extinção da competição para crian-ças e nem tampouco que ela não seja importante para a formação e o desen-volvimento integral infantil. O que abor-damos como problema é a forma como temos observado a aplicação da competi-ção para crianças, ou seja, um modelo de evento exatamente igual ao usado para os adultos.

O que queremos dizer é que as com-petições de judô infantil em nosso país sempre focaram as características pró-prias do atleta já na sua fase de maior desempenho. O formato é o mesmo, as regras de arbitragens são as mesmas, assim como as exigências técnicas e tá-ticas de combate, além da cobrança dos resultados competitivos igual à do atleta adulto, diminuindo-se apenas o tempo de combate e retirando-se alguns golpes.

Com isso, fica óbvio que esse modelo de competição favorece aquelas crianças com características biológicas e psicos-sociais mais próximas às do adulto, ou seja, as de maturação mais evidencia-das. Vencem as crianças mais fortes, as

Fotos Everton Monteiro

82

Page 83: Revista Budo 5

mais adaptadas ao judô competitivo, as mais experientes em competições, enfim, as mais especializadas. Esta constatação nos leva aos seguintes questionamentos:

• Levando-se em consideração a premissa inicial sobre as particularida-des científicas que regem o processo de treinamento desportivo, esse modelo de competição para crianças atende plena-mente as necessidades para a constru-ção de um maestro desportivo?

• Está de acordo com a formação de atletas evidenciada na literatura?

• Isto irá refletir-se na formação de futuros grandes atletas ou apenas num imediatismo competitivo não rela-cionado ao bom desempenho futuro da criança?

Pelo que temos observado, tanto em nossa vivência acadêmica de dezenas de anos de estudo quanto em nossa vivên-cia prática dentro do judô, percebemos que a resposta é sempre a mesma: as crianças que têm desempenho adiantado não garantem sucesso posterior na mo-dalidade.

O abandono precoce é evidente e o nível de lesões decorrentes de abusos de movimentos contínuos gerados pela insistência em apresentar um repertório limitado de técnicas de combate é bas-tante alto. Pensando nos atletas oriundos desse processo de especialização preco-ce, são raros os casos de crianças que conseguem atingir a fase adulta manten-do o alto rendimento competitivo.

Para adentrarmos nas possíveis solu-ções, ou pelo menos para darmos ao uni-verso da competição infantil um formato um pouco mais condizente, do ponto de vista teórico, com as reais necessidades da criança, precisamos recorrer ao en-tendimento do universo infantil relaciona-do à iniciação ao judô.

Salvo o curso Princípios da Educação Física Infantil e Conceitos Pedagógicos Aplicados ao Ensino do Judô, ministrado pela Federação Paulista de Judô, esse entendimento do universo infantil pouco se faz presente na formação do faixa pre-ta. E é a isso que atribuímos uma grande dificuldade na abordagem do assunto, uma vez que muitos dos professores, mesmo os formados em Educação Físi-ca, acabam por supervalorizar o modelo inadequado de competição precoce que relatamos acima.

Segundo autores que estudaram ou estudam o crescimento e o desenvolvi-mento humano, entre eles podemos citar Gallahue, considera-se que a infância se-

ria a fase de aquisição de movimentos re-lacionados à base motora, propondo-se trabalhos que contemplem uma grande gama de movimentos, ou seja, repertório motor mais variado possível e, principal-mente, sem cobrar perfeição técnica de execução.

Essa fase de maior aquisição do re-pertório motor completa-se até por volta dos 12-13 anos, dependendo da ma-turação da criança, ou seja, até o mo-mento em que começam a aparecer as características sexuais secundárias, como surgimento dos pelos pubianos, desenvolvimento maior da musculatura nos meninos e início do crescimento das mamas nas meninas e mudança na tona-lidade da voz, entre outras.

Contribui também nesta discussão o treinamento desportivo que apresenta a divisão da periodização no processo de formação do atleta nas seguintes fases:

1. Iniciação;2. Especialização;3. Especialização profunda; 4. Treinamento de alto nível;5. Maestria.

A fase de iniciação pode ocorrer em qualquer faixa etária, pois, como o pró-

prio nome diz, é a fase inicial da pessoa na prática de uma modalidade esportiva. Esta fase caracteriza-se pela aquisição de movimentos específicos da modali-dade escolhida, independentemente da idade do praticante. O trabalho deve ser extremamente variado para aquisição de movimentos esportivos, bem como do desenvolvimento de habilidades motoras diversas, sem a preocupação da espe-cialização técnica em si. Deve-se lembrar que, tratando-se de crianças, é reforçada a necessidade do trabalho conforme dito anteriormente. Adultos com base motora pobre na infância terão maior dificuldade de aprendizagem em relação aos que fo-ram bem estimulados, os quais, mesmo sem ter treinado judô, aprenderão mais facilmente. Esta é uma das razões impor-tantes de trabalhar bem a base motora na infância, independentemente da modali-dade.

Depois da fase de iniciação, no caso de crianças aos 12-13 anos, vêm as fa-ses de especialização e especialização profunda, nas quais, gradativamente, deve ocorrer o refinamento técnico des-portivo. Com isso, no sistema piramidal proposto por Gallahue e dentro do siste-ma de periodização proposto por Matve-ev, formamos uma grande base motora,

83

Page 84: Revista Budo 5

que será o alicerce da pirâmide e, por sua vez, irá sustentar as fases posteriores, permitindo maior especialização e maior possibilidade de o treinando chegar à maestria desportiva.

Esses fatores biológicos e metodo-lógicos do treinamento desportivo dificil-mente são questionados por autores que trabalham com as áreas mencionadas. E, dentro dessa mesma linha de pensa-mento, encontramos respaldo também na área pedagógica e educacional, em que autores como Jean Piaget e outros defen-dem fases distintas de crescimento e de-senvolvimento. Esse pensamento segue a lógica do processo progressivo, fazendo com que o sistema escolar de qualquer país no planeta desenvolva o processo de ensino partindo do geral para o específico. Desenvolvem-se inicialmente a alfabetiza-ção, ler e escrever, os cálculos simples ou álgebra básica e, posteriormente, de for-ma gradativa, a especialização até a uni-versidade ou pós-graduação.

Fundamentados no exposto acima, podemos entender ou perceber alguns equívocos que o modelo de competição para adulto, quando aplicado a crianças, pode apresentar. No sistema atual de competição infantil, cobramos apenas a aplicação da melhor técnica possível, não importando a pobreza do repertório motor do praticante; portanto, é comum o pequeno judoca especializar-se em ape-nas uma ou duas técnicas de projeção e, com isso, vencer seus combates dian-te de crianças menos especializadas, ou seja, aquelas que estão realizando o trabalho sistemático de periodização, respeitando as particularidades de cada uma das fases já mencionadas. Com isso, estamos premiando apenas o de-sempenho técnico prematuro, sem levar em consideração a importância da aquisi-ção de um repertório motor o mais diver-sificado possível, preconizado para essa primeira fase do programa plurianual de formação desportiva.

Fica evidenciado que estamos pu-nindo aquela criança cujo professor está preocupado em desenvolver um trabalho dentro dos padrões científicos propostos, uma vez que ela não está preparada para competir e vencer num sistema altamen-te especializado, próprio do adulto.

Continuando nesta linha de reflexão, ao invés de premiar o trabalho correto de iniciação desportiva, estamos premiando o erro. Isso fica bem perceptível quando aquelas crianças, cuja base motora lhes foi negada por conta da especialização precoce, por ora acabam tendo desem-penho competitivo bem melhor do que o daquelas cujo trabalho está focado nos princípios científicos preconizado pelos estudos acima. Com isso, os professores que procuram seguir os princípios cien-tíficos da iniciação desportiva acabam sendo prejudicados, dando a impressão de que é o trabalho deles que está equi-vocado, e não as regras e o modelo de competição adotados atualmente.

Como resultado dessa associação de fatores, podemos perceber grande número de casos de abandono precoce da prática do judô, o que creditamos es-pecialmente ao desestímulo provocado por um sistema de competição que não leva em conta o princípio da continuidade e interdependência, supervalorizando os resultados imediatos de performance da criança, em detrimento da formação des-portiva adequada.

É exatamente neste momento que se pontua a necessidade do real entendi-mento sobre a falsa impressão de que os profissionais de judô, com formação em-basada por bons conceitos teóricos, são contra a competição infantil. Esta é uma avaliação errônea sobre o que realmente tais profissionais defendem, pois o pro-cesso de competição em si, desde que respeitados os limites biológicos e psi-cossociais da criança, se faz importante desde a mais tenra idade.

Na verdade, a discussão está em qual seria o modelo mais adequado de competição para crianças.

Com base nos conceitos científi-cos expostos aci-ma, acreditamos que o modelo ide-al deva ser aque-le que contemple maior variedade de movimentos,

sobrepondo-se a qualidade deles; em que a demonstração de um rico repertó-rio motor seja mais importante do que a perfeição técnica em si; em que a cria-tividade deva ser estimulada juntamente com a variedade; em que o sorriso se sobreponha ao choro da derrota ou da lesão prematura.

O formato de competição infantil que imaginamos precisa de esforços conjun-tos, no sentido de se promoverem even-tos pilotos para testar a viabilidade, bem como o interesse, tanto das crianças quanto dos professores, pais e demais pessoas envolvidas. De forma embrioná-ria, para efeito de reflexão, sugerimos um modelo de competição infantil envolven-do os seguintes aspectos:

1. Pequenas olimpíadas de judô (sub-12).

2. A participação teria privilégio em relação à performance ou desempenho.

3. Premiação coletiva, não indivi-dual; a academia toda ganha.

4. Os alunos receberiam certifica-dos, brinquedos, livros e outros brindes de seu interesse e não de interesse dos técnicos e dos pais.

5. Eventos espaçados, quatro no máximo por ano, para garantir participa-ção maciça.

6. A pontuação individual seria de um ponto de participação até, no máximo, dois pontos de classificação por criança.

7. A entidade que conseguisse maior pontuação geral ficaria em primeiro lugar naquela fase do evento.

8. Ao final das quatro fases, a en-tidade campeã geral e outras classifica-das, conforme a realidade financeira da entidade promotora, receberiam premia-ções que se refletissem na melhoria do trabalho delas, como: tatamis, filmado-ras, projetores, quimonos, DVDs de lutas, visitas de atletas da seleção, etc.

9. Em cada olimpíada de judô os alunos poderiam ter a participação distri-buída em cinco provas ou mais.

Provas sugeridas: • Minikatas: Diferente do kata normal, deveriam

ser estimulados os elementos que se re-lacionam à diversidade de movimentos, à bilateralidade e à relação com o parceiro, sem as especificidades técnicas e gestu-ais, que são próprias para as demonstra-ções de adultos.

• Lutas combinadas:Lutas coreografadas, com crianças

da mesma entidade, cuja avaliação dar-

84

Page 85: Revista Budo 5

85

-se-ia pelo número total de golpes apresentados por cada participante, contabilizando os dois lados e a harmonia de movimento entre a dupla, sem enfatizar a avaliação técnica.

• Nague ai: Semelhante à anterior, porém entre crianças de entida-

des diferentes, cujo objetivo seria a cooperação entre os ju-docas. Na avaliação entraria, além das anteriores, o fair play de cada criança em ajudar o seu parceiro, este de outra aca-demia como previsto.

• Coreografia: Apresentação de um tema proposto ou livre, com a par-

ticipação de várias crianças simultaneamente, podendo ser semelhante à ginástica rítmica desportiva, contendo elemen-tos obrigatórios de execução (golpes, contragolpes, tipos de quedas etc.), ao som de músicas tradicionais japonesas, e avaliando a criatividade na apresentação.

• Lutas infantis:Preferencialmente, para as crianças acima de 10 anos, di-

vididas por sexo e peso e em grupos de quatro participantes, nas quais, a priori, seriam contados os números de quedas e não o tipo de pontuação (yoko, wazari e ippon). Entretanto, a cada queda efetuada a criança não poderia utilizar o mesmo golpe em seguida, a não ser mudando o lado de execução ou após a aplicação de oito golpes diferentes.

Entendemos que uma mudança de paradigma como essa esbarra em dificuldades, principalmente no comportamento e na formação que nós, professores de judô, temos até o mo-mento, porém, enfatizamos que a reflexão, a autoanálise e o relacionamento que precisamos ter com a nossa sociedade devem permitir considerações sobre quais caminhos quere-mos ou devemos dar ao judô. Uma sociedade extremamente mutável e com acesso à informação extremamente ágil não pode ficar parada, esperando que o mundo se adapte ao que nós queremos.

Finalmente, lembramos da existência do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente que, se fosse aplicado efeti-vamente nas academias e competições de judô, mostraria que estamos deixando a desejar em vários quesitos do que é exigido pelos seus artigos e regulamentos.

Notas sobre o texto:1. Texto originado de uma reflexão efetuada por três

membros do NEPEF - Grupo de Estudos na área de Lutas e Formação Profissional em Educação Física da UNESP – Rio Claro – SP.

• Alexandre Janota Drigo –Dr.• Anderson Dias de Lima – Esp.• Reinaldo Naia Cavazani – Mdo.2. Por se originar de uma reflexão em grupo e não ter

a pretensão de ser um artigo científico, no presente texto não nos preocupamos com as normas técnicas nas citações bi-bliográficas, entretanto, nos baseamos nos seguintes auto-res:

Freire, João Batista / Gallahue, David L. / Mativeev, L. P. / Platonov, Vladimir N. / Piaget , Jean / Verkoshanski, Yuri.

Page 86: Revista Budo 5

86

III Grand Prix Paulista de JudôAssociação Rogério Sampaio é Bicampeã do

São Paulo (SP) – O ginásio de espor-tes do SESC Pinheiros foi o palco da tercei-ra edição do Grand Prix Paulista de Judô, evento que a cada ano apresenta mais qua-lidade e profi ssionalismo.

No dia 14 de outubro as seis principais equipes de São Paulo se enfrentaram em busca do título em disputas por equipes, nos moldes do Grand Prix Nacional divididas nas categorias: até 66 kg, 73 kg, 81 kg, 90 kg e acima de 90 kg.

Os clubes participantes foram Associa-ção Desportiva São Caetano, Associação Rogério Sampaio, Associação Desportiva Santo André/Auto Shopping Global, Asso-ciação de Judô Linense, Palmeiras/Mogi e Associação de Judô Guarulhos.

Na grande fi nal da competição, a Asso-ciação Rogério Sampaio enfrentou o São Caetano e acabou faturando o título desta edição. Palmeiras/Mogi fi cou na terceira co-locação, seguido por Santo André/Auto Sho-pping Global, Guarulhos e Linense.

Segundo o Prof. Gil que é diretor de eventos, o GP Paulista tem como principal objetivo dar destaque aos clubes. “O Gran-de Prêmio Paulista Interclubes de Judô tem como objetivo valorizar os clubes e atletas

86

Por Paulo Pinto

Fotos Everton Monteiro / Boletim Osotogari

Page 87: Revista Budo 5

87

que fazem o judô paulista ser a maior força do judô nacional”. Gil destacou que a mo-dalidade tem que firmar-se no cenário midi-ático. “Outro aspecto que buscamos valori-zar em nosso evento é firmar a modalidade como mídia. Temos de mostrar aos nossos patrocinadores o potencial do judô enquanto produto de Marketing.”

Grand Prix Paulista cada ano maior

De acordo com Willian Freitas, diretor de Marketing esportivo do GP Paulista, o evento manteve a linha ascendente de cres-cimento e a meta agora é chegar a oito equi-pes participantes. “Estamos satisfeitos pela realização de mais um grande evento espor-tivo. Por conta de um calendário apertadíssi-mo tivemos que correr contra o tempo, mas conseguimos realizar um evento com seis equipes. Além da associação de judô Ro-gério Sampaio/Santos, Imes/São Caetano e Santo André/Auto Shopping Global, que participaram das edições anteriores, fortale-cemos o evento com a participação de três fortes equipes do judô paulista, as das cida-des de Lins, Guarulhos e Mogi”.

O dirigente destacou as inovações desta edição. “Mantivemos o evento no SESC Pi-nheiros, que possui excelentes instalações e nos fornece toda a logística da competi-ção. Como novidade tivemos a transmissão ao vivo pelo site Boletim Osotogari, que apresentou picos de audiência. Nesta edi-ção tivemos duas áreas, e pudemos realizar eliminatórias e finais no mesmo dia”, disse William.

Para Douglas Vieira, medalhista olím-pico, técnico da seleção brasileira e diretor técnico do evento, o mais importante é que a cada ano o evento tem au-mentado a participação dos principais judocas do Estado. “Nesta edição contamos com a partici-pação de muitos atletas das seleções brasileiras sênior, sub-17, sub-20 e sub-23, com desta-que especial para Bruno Mendonça, campeão dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, e vice--campeão por equipes no mundial de Paris. Nosso evento avança no sentido de diminuir o amadoris-mo de nossa modalida-de. Num futuro próximo conseguiremos aumentar a premiação das equi-

pes, assim como ocorre nos gran-des campeona-tos realizados no mundo”, disse Douglas Vieira.

Willian finali-zou destacando os pontos positi-vos do GP 2012. “Mais uma vez não cobramos taxa de partici-pação; as lutas foram transmitidas pela tele-visão e via site; todos os atletas e equipes foram premiados com troféus; o GP foi realizado durante a semana não com-prometendo a grade de eventos do fim de semana; mantivemos a duração máxima de três horas; árbitros e mesários tiveram re-muneração acima da média; oferecemos coquetel para todas as equipes e comissões técnicas; todos os pa-trocinadores dos anos anteriores estiveram conosco novamente demonstrando confian-ça total em nosso trabalho. Já estamos nos mobilizando para o IVº Grande Prêmio Pau-lista de Judô, contando com as equipes, os nossos patrocinadores a Vult- Cosméticos; Auto Shopping Global, Kimonos Shihan, as-sim como dos nossos apoiadores SESC- Pi-nheiros e Bandsports” finalizou William.

87

Page 88: Revista Budo 5

88

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô, Marcelo Lopes

São Paulo (SP) – O Campeonato Bra-sileiro Máster 2011 realizou-se no Clube Paineiras do Morumby, e sua organização foi feita a quatro mãos entre a Federação Paulista de Judô e a Associação de Grand Masters e Kodanshas de Judô do Brasil.

Ao todo 48 árbitros atuaram no evento, e mais de 400 judocas participaram da dis-puta, que nesta edição teve apenas com-petições de kata e shiai individual, decep-cionando os competidores que esperavam as lutas do shiai por equipe.

Judocas máster querem competir e não medem esforços para tanto. A reclamação sobre a mudança nas regras foi enorme, e Alexandre Puglia, vice-presidente da FPJ, justifi cou que estavam seguindo o que foi imposto pela CBJ. “Lamentamos muito por não termos as disputas por equipe, mas tivemos de seguir o que foi estipulado pela CBJ. Sem contar que não recebemos medalhas para premiar as equipes, pois a programação não previa esta disputa”, dis-se o dirigente, que concluiu prometendo a volta da competição por equipe, em 2012. “Acho que a reivindicação dos competido-res é justa, pois as lutas por equipe são tradição do máster. Vamos pleitear à CBJ a volta da competição em 2012”, fi nalizou Puglia.

Brasileiro MasterTeve a Presença de Ícones da CategoriaBrasileiro MasterTeve a Presença de Ícones da CategoriaBrasileiro MasterTeve a Presença de Ícones da CategoriaBrasileiro MasterBrasileiro MasterBrasileiro MasterBrasileiro MasterBrasileiro MasterBrasileiro MasterBrasileiro MasterTeve a Presença de Ícones da CategoriaTeve a Presença de Ícones da CategoriaTeve a Presença de Ícones da CategoriaTeve a Presença de Ícones da CategoriaTeve a Presença de Ícones da CategoriaTeve a Presença de Ícones da CategoriaTeve a Presença de Ícones da CategoriaBrasileiro MasterTeve a Presença de Ícones da Categoria

Page 89: Revista Budo 5

89

Brasileiro MasterTeve a Presença de Ícones da Categoria

Equipe master do estado do Paraná entre os quais os campeões Maurício Nedere Iraci Grube

Mauro Junqueira e Onmura

Daniel Dell’aquila Alessandro PugliaSergio Henri Stauffenegger, 1º vice-presidente do Clube Paineiras

Mesa de honra

Brasileiro MasterTeve a Presença de Ícones da CategoriaBrasileiro MasterTeve a Presença de Ícones da CategoriaBrasileiro MasterTeve a Presença de Ícones da Categoria

Equipe da Academia Brava de Goiânia - Vanderlê Tavares dos Santos Filho, Joao Augusto Arce Santana (China), Rogério José de Almeida, Joseph Guilherme, Clenice Costa Gomes, Altino de Camos Neto

Page 90: Revista Budo 5

90

O certame que encerrou o calendá-rio oficial da categoria máster de 2011 marcou o início das atividades da recém--fundada Associação de Grand Masters e Kodanshas de Judô do Brasil. Essa en-tidade, segundo seus idealizadores, foi criada para unir, fortalecer e desenvolver o judô grand máster brasileiro.

Maurício Cataneo, dirigente da enti-dade, destacou que a associação nasce em momento oportuno, com o objetivo de agregar forças e contribuir para a manu-tenção de um judô forte e de qualidade no Brasil, independentemente das gerações. “Muitos judocas grand máster são pais que trazem seus filhos para o judô. Dessa forma, entendemos que o trabalho a ser realizado pela associação permitirá aos seus membros a prática de judô com mais qualidade em todos os seus aspectos, se-jam eles de saúde e nutricional, sejam téc-nicos, competitivos, katas e arbitragem.”

Nos tatamis estiveram os principais judocas da categoria, que mais uma vez mostraram toda a garra que o máster possui. Judocas que não medem esforços para manter a chama da competição ace-sa. Entre eles destacamos as importantes presenças de Mário Sabino, ex-atleta da seleção brasileira, e Antônio Tenório, cam-peão paraolímpico.

Nos 60 dias anteriores a esta disputa foram realizados os campeonatos máster sul-americano em Montevidéu - Uruguai, e o pan-americano, em Porto Alegre – RS. Nas oito áreas montadas no Clube Painei-ras, vimos uma competição com nível téc-nico altíssimo e judocas com bom preparo físico.

A cada ano o judô máster está mais forte, competitivo, e o Campeonato Bra-sileiro 2011 ratificou este pensamento. A competição começou com as disputas de kata, e na sequência houve o shiai indi-vidual, que elevou a temperatura nas oito áreas montadas no Clube Paineiras.

Page 91: Revista Budo 5

91

Page 92: Revista Budo 5

Feminino

Máster 1

Ligeiro

1º Janaina Rosa da Silva SP

Meio-leve

1º Suzana N. Moriya SP

Leve

1º Angélika M. Borsari SP

2º Ivani Cassiano Labres RS

3º Michelle Cipollini SP

3º Maria Santiago PE

Meio-médio

1º Vanessa Cristina Billard SP

2º Lucia da Silva Teixeira SP

3º Laryssa T. M. Silva SP

3º Lilian Dias dos Santos SP

Médio

1º Patrícia de Jesus Barbosa SP

2º Ledjane D. Gonçalves SP

Meio-pesado

1º Fernanda Rojas Pelegrini SP

2º Deise Fernandes Ribas SP

3º Clenice Costa Gomes GO

Pesado

1º Roseane de Souza SP

Máster 2

Ligeiro

1º Nicole Mitchell Ribeiro RJ

Leve

1º Carla Santos Mello RJ

2º Maria Lucia G. Pontes SP

Meio-médio

1º Andrea Moraes da Silva SP

Máster 3

Meio-leve

1º Edneia S. Teixeira SP

Meio-médio

1º Denise Miguel Mendes RJ

Médio

1º Andréia Ambrosio RS

Meio-pesado

1º Dulcineia da Silva Pontes RS

Pesado

1º Rogéria Conzendey SP

Máster 4

Meio-leve

1º Jane de Fátima Ferreira SP

Médio

1º Maria de Jesus Correa RJ

2º Maria Jefremovas RS

3º Marisa Mitiko Takahashi SP

Pesado

1º Iraci Maria Grube PR

Máster 5

Leve

1º Ana Rita S. Borges RS

Meio-médio

1º Mariza Mara dos Santos RJ

Médio

1º Fátima B. de Camargo SP

Meio-pesado

1º Maria de Lurdes Soares RS

Máster 6

Meio-médio

1º Ilka C. Gonçalves RS

Pesado

1º Norene Eliana Soares PR

Masculino

Máster 1

Ligeiro

1º Cristian Cesário SP

2º Rodrigo G. da Silva SP

3º Dener Ap. de Andrade SP

3º Sidney de Lima SP

Meio-leve

1º Jose Antonio de Andrade SP

2º Fabio Pêra de Souza SP

3º Cleber Soares de Souza SP

3º Winther Ramos Costa SP

Leve

1º Flavio Chastinet Pinheiro BA

2º Ronaldo Andrade Rocha SP

3º Rafael E. S. Goncalves SP

3º Rodrigo da S. Braiani SP

Meio-médio

1º Stefanio B. Stafuzza SP

2º Everton da S. Ambrosio SP

3º Tiago A. Leal Leite SP

3º Joel dos S. Pereira RJ

Médio

1º Jose A. A. Barbosa SP

2º Fernando do E. S Soa DF

3º Roberto Roschi Orsi SP

3º Eduardo A. T. Fortaleza SP

Meio-pesado

1º Thiago Veiga Ximenes SP

2º Fernando V. Martins SP

3º Romiro da Anunciação SP

3º Carlos E. Modesto SP

Pesado

1º Josué G. Bragança Jr. SP

2º Gustavo Cesar Marini SP

3º Vinicius Fernandes Cury SP

3º Daniel Hideki Kan SP

Máster 2

Ligeiro

1º Gleyson Ribeiro Alves MG

2º Rubens da Costa L. Filho SP

Meio-leve

1º Andre Luis de Oliveira RS

2º Newton M. de Oliveira SP

3º Leandro U. Souto Borges SP

3º Fernando Z. Nakazato SP

Leve

1º Bahjet R. K. S. El Hayek SP

2º Vlamir Ferreira Dias SP

3º Cesar Oliveira Rocha SP

3º Marcelo Nery Fontes SP

Meio-médio

1º Sildomar Ivson Barbosa PE

2º Alexandre B. Bradbury SP

3º Roberto A. de Macedo SP

3º Salvatore Puonzo Neto BA

Médio

1º Alexandre Ap. dos Santos SP

2º Marciel Martins de Souza SP

3º Edson Pitarello Moya SP

3º Fabio Eduardo Spinosa SP

Meio-pesado

1º Rodrigo Andrade Garcez RJ

2º Alexandre de S. Gaspar SP

3º Uatila F. dos Santos SP

3º Wilson C. Caldeira SP

Pesado

1º Mario Sabino Junior SP

2º Ricardo Aguiar Simões SP

3º Kleber Aparecido Tome SP

3º Elton Quadros Fiebig SP

Máster3

Ligeiro

1º João D. de Oliveira SP

2º Alexandre A. Nogueira SP

3º Ivan Mariano de Viveiros SP

Meio-leve

1º João A. Arce Santana GO

2º Edson Yukio Assakawa SP

3º Cleber do Carmo SP

3º Sergio Tadashi Nagai PE

Leve

1º Affonso J. N. de Carvalho SP

2º Marcilio M. de Oliveira PE

3º Rodrigo Guimaraes Motta SP

3º Milton Pablo da Silva GO

Meio-médio

1º Jairo Santos de Q. Jr DF

2º Rogério Shinobe SP

3º Gerson Neves Pereira SP

3º Jose Carlos Marques SP

3º Ricardo Eiji Ozaki SP

Médio

1º Jefferson Brito Delgado SP

2º Mauricio Andre Cataneo SP

3º Paulo Sergio da S. Paes SP

3º Fernando Mauro Siqueira SP

Meio-pesado

1º Antonio Tenório da Silva SP

2º Mario Roberto de M. Silva SP

3º Luiz Eduardo Tomilhero SP

Classificação Individual

Page 93: Revista Budo 5

3º Marcos F. da Silva SP

Pesado

1º Joseph Kleber Lizardo GO

2º Marcelo Zanetti Denardi SP

3º Leo Eduardo S. Mansor SP

3º Aldair Neves P. Junior RJ

Máster 4

Ligeiro

1º Sidnei de Andrade Peres SP

Meio-leve

1º Sergio Kazuo Noda SP

2º Mitsuo Luiz Tengan SP

Leve

1º Paulo Ricardo C. Souza SP

2º Luiz Carlos E. Brigida SP

3º Carlos Salto Neto SP

3º Pedro Edson N. de Paiva SP

Meio-médio

1º Marco Aurélio Trinca SP

2º Hercílio Ap. Benedicto SP

3º Alessandro Pongolino SP

3º Mauricio Neder PR

Médio

1º Claudio C. Camargo SP

2º Jose A. Baeta e Silva PA

3º Ediwaldo A. Fazzolari SP

3º Sergio A. Coltre SP

Meio-pesado

1º Acácio V. Lorenção Jr. SP

2º Jose I. Morais da Silva SP

3º Francisco V. Andrade Jr SP

3º Marco Antonio G. Pereira SP

Pesado

1º Edson Santana SP

2º Tarcisio A. de Siqueira Jr SP

3º Antonio Marcio Lega SP

3º Beni Waiswol SP

Máster 5

Meio-leve

1º Francisco de S. Maciel F. RJ

2º Sumio Tsujimoto SP

3º Elcio B. de Assis SP

3º Julio Kawakami SP

Leve

1º Nelson Hirotoshi Onmura SP

2º Pedro Luiz Fernandes SP

3º Carlos Alberto de Ardito SP

Meio-médio

1º Artemio Caetano Filho SP

2º Araan C. Carvalho SP

3º João Jose Velloza SP

3º Paulo da Silva Ferreira SP

Médio

1º Reinaldo Seiko Tuha SP

2º João Carlos A. de Souza SP

3º Cezar Taglieri Serafim SP

3º Ronaldo Magno R. Morais SP

Meio-pesado

1º Benedito S. de Oliveira SP

2º Roberto Robles Santalla SP

Pesado

1º Peterson A. de Campos SP

2º Pedro Ribeiro da Cruz SP

3º Wanderley M. dos Santos SP

Máster 6

Ligeiro

1º Sergio Honda SP

2º Clarindo R. Novais SP

Meio-leve

1º Joaquim da S. Neto DF

Leve

1º Dairo Pimentel Junior SP

2º Decio A. Gonçalves SP

Meio-médio

1º Carlos Hugo R. Gaitan SP

2º Jose R. da Silva SP

Médio

1º Bráulio Gomes Barbosa ES

2º Antonio R. de Sá RJ

Meio-pesado

1º Kleber Fragoso da Silva DF

Pesado

1º Jorge Fernandes Ribas SP

Máster 7

Ligeiro

1º Jose Divam Ramos SP

Meio-leve

1º Hamilton de M. Correa RJ

Leve

1º Jose Antunes de Souza PR

2º Ormindo Gomes Bastos RJ

Meio-médio

1º Darcio V. Rodrigues RJ

Médio

1º João Osório M. Ribeiro RS

2º Giorgio Ernesto Buoro SP

Meio-pesado

1º Teófilo Coimbra Rojas SP

Pesado

1º Jose Vicente Mendes SP

Máster 8

Leve

1º Luiz Simomura SP

Meio-médio

1º Mario Francisco da Silva SP

2º Morihiro Shiroma SP

Médio

1º Irahy Tedesco SP

Meio-pesado

1º Luis de Araujo Pereira SP

Classificação Individual

Page 94: Revista Budo 5

CLASSIFICAÇÃO NAGUE NO KATA

YUDAN MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 WAGNER TADASHI UCHIDA PAULO ROBERTO A FERREIRA SP 877

2 ROGER TSUYOSHI UCHIDA EDUARDO MAESTÁ SP 869

3 FABIANO RODRIGO DE BARROS ANDERSON LUIZ NEVES DA SILVA SP 800

4 NELSON EISHIN UETI LEONARDO LUIS VENDRAME SP 719

5 MATHEUS CUNHA LIMA OSVALDO MOLINA DE FONTOURA RS 688

6 KENNEDY ANDERSON DE OLIVEIRA JULIO CESAR BENTO GONCALVES SP 656

YUDAN MISTO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ALINE AKEMI LARA SUKINO PAULO ROBERTO A FERREIRA SP 840

2 ANA PAULA RIBEIRO ANDERSON NEVES SP 826

3 FABIANO RODRIGO DE BARROS ANA CAROLINE BRAZ SP 812

4 RODRIGO G MOTTA JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA SP 760

5 ROSILENE DOURADO CARLOS PEREIRA DE OLIVEIRA SP 670

YUDAN FEMININO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ANA PAULA RIBEIRO ANA CAROLINE BRAZ SP 846

2 ALINE AKEMI LARA SUKINO JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA SP 781

3 MARIA LUCIA GOMIDE PONTES PRISCILA NAPOLITANO SP 668

4 ANA CAROLINA PEREIRA DA SILVA RAQUEL G.S.PALASIO SP 634

DANGAI MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ELVIS NOBUYOSHI TASHIRO GABRIEL PINTO NUNES SP 719

2 DANOVAN DIAS MACHADO MARCIO SALVIATO DOS SANTOS SP 693

3 GABRIEL HIDEKI YAGURA LEANDRO HIROSHI YAGURA SP 687

4 CASSIO SERAFIM ALEXANDRE M ROMA SP 683

5 RAFAEL NUNES DE SOUZA EDUARDO G ADRIANO SP 681

6 JULIO CESAR MINIZ EDGARD CUNHA BUENO NETO SP 567

7 JOHNNY DA SILVA AMILTO CAMINSKI SANTANA SP 530

8 JOSE HENRIQUE KANESHIRO JUAN LEONARDO LOPES SP 521

CLASSIFICAÇÃO KIME NO KATA

YUDAN MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 WAGNER TADASHI UCHIDA PAULO ROBERTO A FERREIRA SP 499

2 ANTONIO ROBERTO COIMBRA LEANDRO ALVES PEREIRA SP 490

3 MARCUS MICHELINI DIOGO ROCHA COLELA SP 488

4 NELSON EISHIN UETI LEONARDO LUIS VENDRAME SP 463

5 CARLOS ALBERTO PREVIATO LEONARDO YAMADA SP 452

6 MATHEUS CUNHA LIMA OSVALDO MOLINA DE FONTOURA RS 412

7 ALEXANDRE XAVIER R.CUNHA FLAVIO BALTAR MACIEL RJ 412

YUDAN MISTO

TORI UKE ESTADO Pts

1 WAGNER TADASHI UCHIDA ALINE AKEMI LARA SUKINO SP 464

2 JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA PAULO ROBERTO A FERREIRA SP 461

3 ELIANE PINTANEL ROBERSON DOS PASSOS RS 452

YUDAN FEMININO

TORI UKE ESTADO Pts

1 JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA ALINE AKEMI LARA SUKINO SP 514

DANGAI MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ELVIS NOBUYOSHI TASHIRO GABRIEL PINTO NUNES SP 532

94

Page 95: Revista Budo 5

CLASSIFICAÇÃO JU NO KATA

YUDAN MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 WAGNER TADASHI UCHIDA PAULO ROBERTO A FERREIRA SP 440

2 LEANDRO ALVES PEREIRA ANTONIO ROBERTO COIMBRA SP 396

3 ALEXANDRE XAVIER R.CUNHA FLAVIO BALTAR MACIEL RJ 392

4 LEONARDO YAMADA CAIO KANAYAMA SP 372

YUDAN MISTO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ROGER TSUYOSHI UCHIDA JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA SP 426

2 FLAVIO BALTAR MACIEL ANA CRISTINA MORAES OLIVEIRA RJ 407

3 RODRIGO G MOTTA ALINE AKEMI LARA SUKINO SP 394

4 ELIANE PINTANEL ROBERSON DOS PASSOS RS 359

YUDAN FEMININO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ALINE AKEMI LARA SUKINO JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA SP 435

2 FABIANA BROSSI LOPES PATRICIA TEODORO A.LEITE SP 327

DANGAI MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ELVIS NOBUYOSHI TASHIRO GABRIEL PINTO NUNES SP 468

2 CASSIO SERAFIM ALEXANDRE M.ROMA SP 396

3 RAFAEL NUNES DE SOUZA EDUARDO GAUDENCIO ADRIANO SP 381

DANGAI FEMININO

TORI UKE ESTADO Pts

1 Fernanda Jannini S. Oliveira Maria Cristina Ramadan SP 333

7 JOHNNY DA SILVA AMILTO CAMINSKI SANTANA SP 530

8 JOSE HENRIQUE KANESHIRO JUAN LEONARDO LOPES SP 521

CLASSIFICAÇÃO KATAME NO KATA

YUDAN MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 WAGNER TADASHI UCHIDA PAULO ROBERTO A FERREIRA SP 492

2 EDUARDO MAESTÁ ROGER TSUYOSHI UCHIDA SP 473

3 LEONARDO LUIS VENDRAME NELSON EISHIN UETI SP 441

4 FABIANO RODRIGO DE BARROS ANDERON LUIZ NEVES DA SILVA SP 410

5 ALEXANDRE XAVIER R.CUNHA FLAVIO BALTAR MACIEL RJ 400

6 MATHEUS CUNHA LIMA OSVALDO MOLINA DE FONTOURA RS 385

YUDAN MISTO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ALINE AKEMI LARA SUKINO ROGER TSUYOSHI UCHIDA SP 466

2 JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA EDUARDO MAESTA SP 452

YUDAN FEMININO

TORI UKE ESTADO Pts

1 JULIANA TIAKI OSAKO MAESTÁ ALINE AKEMI LARA SUKINO SP 451

2 PATRICIA TEODORO A.LEITE FERNANDA MACCARI TATEAMA SP 356

DANGAI MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ELVIS NOBUYOSHI TASHIRO GABRIEL PINTO NUNES SP 427

2 MARCIO SALVIATO DOS SANTOS DANOVAN DIAS MACHADO SP 332

3 EDUARDO GAUDENCIO ADRIANO RAFAEL NUNES DE SOUZA SP 314

DANGAI FEMININO

TORI UKE ESTADO Pts

1 MARIA CRISTINA RAMADAN FERNANDA JANINI S OLIVEIRA SP 268

95

Page 96: Revista Budo 5

96

Page 97: Revista Budo 5

CLASSIFICAÇÃO JU NO KATA

YUDAN MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 WAGNER TADASHI UCHIDA PAULO ROBERTO A FERREIRA SP 440

2 LEANDRO ALVES PEREIRA ANTONIO ROBERTO COIMBRA SP 396

3 ALEXANDRE XAVIER R.CUNHA FLAVIO BALTAR MACIEL RJ 392

4 LEONARDO YAMADA CAIO KANAYAMA SP 372

YUDAN MISTO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ROGER TSUYOSHI UCHIDA JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA SP 426

2 FLAVIO BALTAR MACIEL ANA CRISTINA MORAES OLIVEIRA RJ 407

3 RODRIGO G MOTTA ALINE AKEMI LARA SUKINO SP 394

4 ELIANE PINTANEL ROBERSON DOS PASSOS RS 359

YUDAN FEMININO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ALINE AKEMI LARA SUKINO JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA SP 435

2 FABIANA BROSSI LOPES PATRICIA TEODORO A.LEITE SP 327

DANGAI MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ELVIS NOBUYOSHI TASHIRO GABRIEL PINTO NUNES SP 468

2 CASSIO SERAFIM ALEXANDRE M.ROMA SP 396

3 RAFAEL NUNES DE SOUZA EDUARDO GAUDENCIO ADRIANO SP 381

DANGAI FEMININO

TORI UKE ESTADO Pts

1 Fernanda Jannini S. Oliveira Maria Cristina Ramadan SP 333

7 JOHNNY DA SILVA AMILTO CAMINSKI SANTANA SP 530

8 JOSE HENRIQUE KANESHIRO JUAN LEONARDO LOPES SP 521

CLASSIFICAÇÃO KATAME NO KATA

YUDAN MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 WAGNER TADASHI UCHIDA PAULO ROBERTO A FERREIRA SP 492

2 EDUARDO MAESTÁ ROGER TSUYOSHI UCHIDA SP 473

3 LEONARDO LUIS VENDRAME NELSON EISHIN UETI SP 441

4 FABIANO RODRIGO DE BARROS ANDERON LUIZ NEVES DA SILVA SP 410

5 ALEXANDRE XAVIER R.CUNHA FLAVIO BALTAR MACIEL RJ 400

6 MATHEUS CUNHA LIMA OSVALDO MOLINA DE FONTOURA RS 385

YUDAN MISTO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ALINE AKEMI LARA SUKINO ROGER TSUYOSHI UCHIDA SP 466

2 JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA EDUARDO MAESTA SP 452

YUDAN FEMININO

TORI UKE ESTADO Pts

1 JULIANA TIAKI OSAKO MAESTÁ ALINE AKEMI LARA SUKINO SP 451

2 PATRICIA TEODORO A.LEITE FERNANDA MACCARI TATEAMA SP 356

DANGAI MASCULINO

TORI UKE ESTADO Pts

1 ELVIS NOBUYOSHI TASHIRO GABRIEL PINTO NUNES SP 427

2 MARCIO SALVIATO DOS SANTOS DANOVAN DIAS MACHADO SP 332

3 EDUARDO GAUDENCIO ADRIANO RAFAEL NUNES DE SOUZA SP 314

DANGAI FEMININO

TORI UKE ESTADO Pts

1 MARIA CRISTINA RAMADAN FERNANDA JANINI S OLIVEIRA SP 268

95

Page 98: Revista Budo 5

96

Page 99: Revista Budo 5

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô

Federação Uruguaia de JudôFederação Uruguaia de JudôLança Primeiro Centro Nacional de Judô

Montevidéu (URY) – A Federação de Judô do Uruguai inaugurou o primei-ro centro de treinamento da modalidade no país.

Em cerimônia realizada no dia 29 de julho, nas dependências do Club Hebrai-ca Macabi, a entidade inaugurou seu centro de treinamento que, entre outras atividades, abrigará o trabalho da sele-ção uruguaia de judô.

Diversas autoridades do desporto da-quele país e de países vizinhos compa-receram ao lançamento. Entre elas esta-vam Inácoi Louise, presidente da AFFJU, Daniel Daners, diretor nacional de Infra-estrutura Desportiva e Administração; Pablo Álvarez, diretor geral do Ministério de Educação e Cultura; Gonzalo Halty, diretor de esportes de Montevidéu; Kat-suhiro Matsumoto, conselheiro da em-baixada do Japão; Yukio Noguchi, diretor JICA Uruguai; e Jaime Joka, presidente do Club Hebraica Macabi.

Compareceram também Francisco de Carvalho Filho, presidente da Fede-ração Paulista de Judô; Carlos Eurico da Luz Pereira, presidente da Federação Gaúcha de Judô; Antônio Jovenildo Via-na, presidente da Federação de Judô do Amapá, e Vicente Nogueroles, membro da comissão de árbitros da CPJ.

Criado com o apoio imprescindível do governo japonês, embaixada do Japão de Montevidéu, Ministério de Turismo y Deporte, Montevideo Deporte e dos só-cios vitalícios da FUJ, o novo espaço é um divisor de águas para o judô uruguaio.

Yukio Noguchi e Inácio Louise

Jaime Joka

Pablo Álvarez

Gonzalo HaltyDaniel Daners

Autoridades políticas e dirigentes

97

Page 100: Revista Budo 5

Treinamento EsportivoTreinamento Esportivo

Apresentamos um tipo de treinamento que visa otimizar a performance de judocas e praticantes de modalidades de luta, no treinamento e competições.

Certamente não existe uma receita pronta para for-mar campeões, mas é certo que, num combate no qual o sistema energético aeróbio serve de sinergista para o anaeróbio (força e potência), vencerá a disputa o atleta que estiver mais bem condi-cionado fi sicamente e pos-suir mais força e resistência.

Este artigo traz alguns exercícios e métodos de treinamento para a melhora da performance quando se foca o aumento dos níveis de força e potência, sendo que por meio de um melhora-se o outro.

Fisiologicamente falando, quando se aumenta o nú-mero de unidades motoras (neurônio motor e as fi bras que inervam o mesmo) re-crutadas, o nível de força é aumentado, pois mais fi bras musculares estarão contrain-do-se ao mesmo tempo, prin-

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoCampeãoBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps deBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoBíceps de

CampeãoCampeãoCampeãoBíceps de

CampeãoCampeão

Por Matheus Luíz

Fotos Paulo Pinto

98

Page 101: Revista Budo 5

cipalmente as fi bras do tipo IIa e IIb ou brancas, que são as fi bras mais fortes e rápidas, porém com um nível de resis-tência mais baixo que o das fi bras de tipo I ou vermelhas, que são fi bras de resistência e as que mantêm os judocas em pé durante o combate.

Como o tempo de combate é de 5 minutos, são as fi bras rápidas e fortes que defi nirão o resultado para a execu-ção dos golpes. Quanto maior for o nível de força, mais rápido será o movimento, desde que isso seja treinado correta-mente – e o treinamento com sobrecar-ga é um excelente aliado disso.

Séries, treinamentos e execução para melhor desempenho de seu bíceps

Para um aumento no nível de força é necessário um treino com muita sobrecarga e, para tanto, não se pode executar qualquer exercício. Para exercitarmos o bíceps num treino para aumento de força máxima, os exercícios escolhidos

são a rosca direta com barra reta, rosca direta com pegada neutra e rosca Scott com barra reta.

Um atleta não consegue manter--se durante os 5 minutos do combate em contração máxima de força. O que se consegue em atletas de alto rendimento muito bem treinados é força total entre 40 segundos e um minuto. Por isso, após várias tentativas de golpes, atacando e defendendo, ocorrerá o esgotamento muscular pela falta da creatina fosfato e, principalmente, do ATP (energia pronta para o recrutamento muscular). A creati-na precisa do sistema aeróbio para se re-fazer e ela demora um pouco para voltar completamente. Caso o atleta insista nos golpes, a creatina se esgotará por com-

pleto, causando a falha total da muscula-tura e, provavelmente, a derrota.

Abordaremos agora um método de treinamento com dicas de execução para o bíceps, que é um dos músculos mais utilizados no judô. É ele que faz a maior parte do trabalho, desde a defesa, a pe-gada, até a aplicação do golpe. Junto com o antebraço, forma os mais impor-tantes grupamentos nesta tarefa, pois para uma pegada no judogi são os dedos que seguram e eles estão inervados no antebraço. Quanto mais forte e resistente for seu antebraço, mais difícil será a fuga ou a defesa do adversário.

1 - Rosca direta com barra reta

Em pé e com os braços ao longo do corpo, o executante realiza uma fl exão de cotovelo para elevar a barra.

Dicas: Ao elevar a barra (ação concên-trica - fase positiva), não manter o cotovelo próximo do abdômen e sim elevá-lo leve-mente à frente do tronco. Trabalhando de uma forma mais intensa, nunca elevar a bar-ra até os ombros, pois assim a articulação do punho estará em linha reta com a articula-ção do cotovelo e o que estaria sustentando o movimento seria a articulação acromial do ombro, e não o bíceps. Por isso a barra será elevada até certo ponto, em que uma articu-lação não se sobreponha a outra.

Na descida da barra (ação excêntrica – fase negativa), o cotovelo não passará do tron-co para trás, pois isso daria uma forma de em-balo para a próxima subida, já passando para uma série de roubada.

O movimento nesse exercício deverá ser feito na maior velocidade possível na fase po-sitiva e freado na fase negativa, até certo ponto é claro. Quando for muito lenta, não ocorrerão as microlesões e adaptações necessárias para o aumento de força. Neste movimento os mús-culos enfatizados seriam: bíceps braquial, bra-quial anterior e braquiorradial.

99

Page 102: Revista Budo 5

3 - Rosca Scott com barra reta

100

2 - Rosca direta com pegada neutra

Em pé e com os braços ao longo do corpo, o executante realiza uma fl exão de cotovelo para elevar a barra.

Dicas: Ao elevar a barra (ação concên-trica - fase positiva), não manter o cotovelo próximo do abdômen e sim elevá-lo leve-mente a frente do tronco. Trabalhando de uma forma mais intensa, nunca elevar a barra até os ombros, pois assim a articu-lação do punho estará em linha reta com a articulação do cotovelo e o que estaria sustentando o movimento seria a articula-ção acromial do ombro, e não o bíceps. Por isso a barra será elevada até certo ponto, em que uma articulação não se sobrepo-nha a outra.

Na descida da barra (ação excêntrica – fase negativa), o cotovelo não passará do tronco para trás, pois isso daria uma forma de embalo para a próxima subida, já passando para uma série de roubada.

O movimento nesse exercício deverá ser feito na maior velocidade possível na fase po-sitiva e freado na fase negativa, até certo pon-to é claro. Quando for muito lenta não ocorre-rão as microlesões e adaptações necessárias para o aumento de força. Neste movimento os músculos enfatizados seriam: bíceps braquial, braquial anterior, braquiorradial e redondo.

Sentado, o executante deverá apoiar as axilas e o tronco no banco, com os pés apoiados no solo. Realizar fl exão do cotovelo, até que se atinja um ângulo próximo a 180º.

Dica: Quando fi zer a fase negativa evitar ultrapassar o ângulo de 90º.

Neste movimento os músculos enfatizados seriam: bíceps braquial, braquial anterior e braquiorradial.

Page 103: Revista Budo 5

101

ImportanteAntes de um treino de força máxima

deve-se fazer um teste de 1EM (uma exe-cução máxima) para treinar dentro da devi-da porcentagem e aumentar seus ganhos. Além de que as séries têm de ser feitas com intervalos de no mínimo quatro minu-tos, pois este é o tempo mínimo necessário para a reposição da creatina fosfato, o que manterá o fornecimento de ATP otimizado durante todo treino. Quanto ao número de séries em um treino de bíceps, isso varia de atleta para atleta. Acontece que o bíceps tem o tipo fusiforme em suas fi bras, ou seja, em uma mesma direção; então, a mudança de exercícios seria mais para tornar o treino menos monótono antes de qualquer outra coisa. Isso não signifi ca que a mudança de exercício não seja importante, ao contrário, a mudança de estímulo e difi culdade para o mesmo treino é de suma importância para um melhor ganho de desempenho.

Em um treino de potência muscu-lar em que o objetivo seria deixar o atleta com maior velocidade de ataque e execução nos golpes, a principal mu-dança seria em baixar as cargas para a devi-

da porcentagem, podendo fazer o mesmo teste de 1 EM. E quanto à execução dos exercícios em que o movimento é execu-tado na maior velocidade possível, tanto na fase concêntrica como na excêntrica, deixar para fazer a frenagem do movimen-to no fi nal da fase excêntrica, que ocorre-rá maior aumento de força também e por executar o movimento de uma forma rápi-da. Porém, com a sobrecarga adaptará o músculo a se tornar potente, com explo-

são na execução dos movimentos, podendo atacar o adversário surpreendendo com a velocida-de nos golpes, além da força n e c e s s á r i a

para executá--los.

Um exemplo de treinamen-

to de

durante todo treino. Quanto ao número de são na execução

101

durante todo treino. Quanto ao número de séries em um treino de bíceps, isso varia de atleta para atleta. Acontece que o bíceps tem o tipo fusiforme em suas fi bras, ou seja, em uma mesma direção; então, a mudança de exercícios seria mais para tornar o treino menos monótono antes de qualquer outra coisa. Isso não signifi ca que a mudança de exercício não seja importante, ao contrário, a mudança de estímulo e difi culdade para o mesmo treino é de suma importância para um melhor ganho de desempenho.

Em um treino de potência muscu-lar em que o objetivo seria deixar o atleta com maior velocidade de ataque e execução nos golpes, a principal mu-dança seria em baixar as cargas para a devi-

são na execução dos movimentos, podendo atacar o adversário surpreendendo com a velocida-de nos golpes, além da força n e c e s s á r i a

para executá--los.

Um exemplo de treinamen-

to de

força para o bíceps: Executar cinco séries em cada exercício, usando no máximo dois (escolher entre os três citados acima), com intervalo de quatro minutos entre os exer-cícios, pois este é o tempo mínimo neces-sário para a recomposição da creatina e do ATP, deixando o atleta próximo aos 100% durante todo treino. Treinando sempre pró-ximo dos 95% de 1EM, e as séries durando o máximo de execuções possíveis, afi nal o músculo não conta e sim falha.

Já para um treino de potência o trei-no deve ser próximo de 80% de 1EM (uma execução máxima), com o máximo de repetições possíveis até a falha total, chegando a um patamar de esgotamen-to muscular, fazendo em torno de três a quatro séries por exercício, com o mínimo de intervalo possível para a próxima série, desde que se tenha condições para exe-cutar de forma correta o movimento. Pou-co intervalo serve para adaptar o músculo a continuar potente mesmo cansado, po-dendo decidir a luta no fi nal do combate. Neste treino, como a porcentagem é mais baixa do que numa série de força, o judoca poderá colocar movimentos com rotações,

como rosca alternada, e escolher três exercícios para executar no treino de bíceps.

Nossos agradecimentos a:

Cleber Gonçalves e

Matheus Luiz éFormado em Educação Física - UNC 2008

Especialista em Fisiologia do Exercício e Prescrição do Exercício - Univ. Gama Filho Especializando em Biomecânica e Cinesiologia

Personal Trainer

Page 104: Revista Budo 5

Fim de Semana de Judô em Registro

Contou com Torneio de Kata e 28º Toraichiro Suzuki

Nos dias 8 e 9 de outubro, a Associa-ção Registrense de Judô – ARJU, realizou o 1º Fim de Semana de Judô, no Ginásio de Esportes Mário Covas, em Registro.

O evento teve apoio da 14ª Delegacia Regional do Vale do Ribeira e da Prefei-tura Municipal de Registro, por meio do Departamento de Esportes, Cultura e La-zer - DECEL, e teve transmissão ao vivo pela internet através dos blogs da ARJU e Boletim Osotogari.

O certame começou no sábado com o 1º Torneio Aberto de Kata Dr. Mauro Sakai, que teve a participação de 12 as-sociações. No domingo foi a vez do 28º Torneio de Judô Toraichiro Suzuki, que contou com a participação de 400 atletas de 18 agremiações desportivas.

A prefeita Sandra Kennedy Viana par-ticipou da abertura do 28º Torneio de Judô Toraichiro Suzuki, compondo a mesa di-

Por Paulo Pinto

Fotos Liana Tami

retora, e em seu depoimento destacou a tradição vitoriosa de Registro no judô nacional. “Apoiar o judô em Registro e apoiar a ARJU é apoiar um esporte mui-to importante na formação de cidadãos e cidadãs e, também, é apoiar uma en-tidade que, mesmo quase sem apoio e recursos públicos, vem construindo uma história vitoriosa no judô no nacional. Não é por acaso que já esse ano tivemos uma campeã brasileira e muitos medalhistas. O Fim de Semana do Judô em Registro teve nosso apoio por organizar o 1º Tor-neio de Kata Dr. Mauro Sakai, um evento inédito que homenageou o querido pro-fessor Mauro Sakai, grande pesquisador científi co e apoiador do judô em Registro e região Sudoeste”, disse Sandra Kenne-dy. Já no torneio de kata, a prefeita foi representada por Jean Rodrigues, diretor de Esportes Cultura e Lazer.

A competição de kata abrangeu o na-gue no kata, katame no kata, jun no kata e kime no kata para as classes dangai e yudan masculino, feminino e duplas mis-to. Foi oferecida premiação de troféus para os quatro fi nalistas e medalhas de participação a todos os competidores.

Neusa Kobori, a presidente da ARJU, explicou que um dos pontos altos da pre-miação foi a isenção oferecida pela Fe-deração Paulista de Judô. “Os campeões de cada modalidade de kata foram isen-tados da apresentação de kata no exame de graduação do fi nal do ano, conforme autorização de Francisco Carvalho Fi-lho, nosso presidente, a quem agradeço imensamente pelos votos de confi ança.”

Houve apresentação especial de katas pelas duplas de senseis Dante Kanayama e Rioichi Uchida e Vinicius Erchov e Roberto Albaneze. As agremia-

102

Page 105: Revista Budo 5

Contou com Torneio de Kata e 28º Toraichiro Suzuki

ções que compareceram com mais par-ticipantes também foram premiadas com troféus. Os campeões de cada modalida-de foram isentados de apresentação de kata no exame de graduação no final do ano, conforme autorização do presidente da Federação Paulista de Judô, Francis-co Carvalho Filho.

Apresentaram-se duplas das agre-miações de Tucuruvi, Suzano Judô Clu-be, Associação Kanayama, Alto da Lapa, Ibiunense de Artes Marciais, Clube Sírio, Okinawa do Ipiranga, Vila Santa Isabel, Piracicaba, Projeto Judô e Palmeiras Mogi, além da ARJU.

Projeto Budô é campeão geral do kata

A equipe do Projeto Budô foi campeã geral do kata. Presidida pelo sensei Vini-cius Erchov, o time vencedor foi formado pelos seguintes judocas: Franklin Martins, Matheus Arantes, Gabriel Trevisan, Geor-ge Erwin, Aline Trevisan, Maria Emília de Cillo, Laís Parolo, Guilherme Martinelli, Valéria Roccheti, Guilherme Dias Gomes, Regiane Miranda e Gabryel Zavataro.

Em seu balanço sobre a disputa, Er-chov parabenizou a diretoria da ARJU pela qualidade do evento. “Esta foi uma

iniciativa valorosa, que difundiu e fomen-tou a prática de kata em nosso Estado. Desde o início entendi que a ideia era realizar um campeonato com estes obje-tivos, e a meta foi alcançada. Com três áreas na medida oficial, o evento aten-deu às expectativas, aliando a premiação de um festival e um torneio, glorificando duplas e equipes campeãs. Aliado a isso tudo, notamos o surgimento de novas du-plas, o que vai de encontro aos objetivos

103

Page 106: Revista Budo 5

do torneio. É com iniciativas assim que se resgata a origem do judô, sua essência técnica e filosófica. Parabenizo a dire-ção da ARJU e em especial o Fernando Ikeda, por acreditarem que vale a pena investir em algo fundamental para o de-senvolvimento do judô, o kata.”

Para Erchov, o formato da competi-ção atendeu plenamente aos propósitos do evento. “Por parte do Projeto Budô, ficamos satisfeitos com o formato da competição e ainda mais felizes por ter-mos sido a equipe campeã geral, tanto em número de duplas participantes quan-to em resultados obtidos. Já há quatro anos consecutivos lideramos o quadro de medalhas nos campeonatos Paulistas e Brasileiros de Kata, e agora conseguimos esse título inédito do 1º Torneio de Kata Dr. Mauro Sakai.”

Dirigentes falam sobre a realização

das disputas no kataFrancisco de Carvalho Filho, presi-

dente da FPJ, destacou a importância de disseminar a prática e a competição dos katas. “Cumprimento toda a diretoria da ARJU pelo grande exemplo deixado neste evento. As pessoas que promovem competições visam sempre o shiai, e o kata nunca é lembrado. Desde o primeiro momento vimos com enorme satisfação a ideia de termos o kata inserido no torneio da ARJU, uma das associações mais antigas e com maior tradição do Brasil. Depois que soubemos do sucesso obti-do, fiquei mais feliz ainda, pois pudemos comemorar com a 14ª Delegacia e com a

ARJU, a inovação e o pioneirismo deste evento.”

Um dos dirigentes mais emocionados com a realização do 1º Fim de Semana de Judô foi Neusa Kobori, a presidente da ARJU, que após as disputas de kata comemorou o sucesso da competição. “Este foi um grande feito, e as demons-trações de kata foram uma ótima oportu-nidade para valorizarmos o judô em sua essência, além da bela homenagem ao nosso saudoso amigo Mauro Sakai, que dedicou grande parte de sua vida ao judô do Vale do Ribeira. Quero parabenizar a comissão organizadora, agradecer a ela e, em especial, aos amigos da Fede-ração Paulista de Judô, Mário Manzatti, Fernando Ikeda e Márcio Mariano, que têm vasta experiência na organização de eventos”, disse.

Neusa Kobori destacou o pioneirismo na realização de uma disputa de kata. “Sei da grande responsabilidade em promover um evento de tamanha impor-tância e ainda homenagear grandes pes-soas como Mauro Sakai, sensei Nobuo Ogawa, sensei Yokimaça Fujihara e To-raichiro Suzuki, pessoas que muito con-

104

Page 107: Revista Budo 5

tribuíram para o desenvolvimento do judô em nossa cidade e região. O que me conforta é saber que temos o apoio dos amigos, que depositaram total confiança em nossa equipe e nos têm ajudado a dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido há quase seis décadas, ou seja, há 59 anos.”

Akira Hanawa, delegado da 14ª De-legacia Regional, parabenizou a organi-zação e a iniciativa da ARJU em realizar um evento grandioso e tornar-se pioneira na realização de um torneio amistoso de kata. “Organizar um evento de judô não é fácil, e organizar um torneio de kata e ter êxito em sua realização é uma grande conquista. A ARJU está de parabéns e certamente este foi o primeiro de muitos outros que ainda virão”, complementou Hanawa.

Seduc/Praia Grande a campeã geral no

Torneio Toraichiro SuzukiAs disputas do Torneio Toraichiro Su-

zuki também foram um grande sucesso, e as cinco agremiações que ficaram nas primeiras colocações receberam o troféu que leva o nome do homenageado.

A equipe da Praia Grande foi campeã geral do Torneio Toraichiro Suzuki, e estava composta por 41 judocas do feminino e do masculino nas categorias sub-9 a sênior.

Pioneirismo, inovação, incentivo e satisfação

Para Akira Hanawa, delegado da 14ª Delegacia Regional, o evento foi marcado pelo pioneirismo e inovação.

Na qualidade de Delegado Regional da

14ª Delegacia – Vale do Ribeira e amigo do Dr. Mauro Sakai, senti-me lisonjeado com a iniciativa da ARJU em realizar um Torneio de Kata, em homenagem o Dr. Mauro Sakai.

Quando recebi no início do ano de 2011, o “esboço” do que seria o I Torneio Aberto de Kata “Dr. Mauro Sakai”, admirei a ousadia por parte da ARJU e seus Colaboradores, de pleitearem um Evento inédito e com a sua fórmula elaborada na junção do sentido de “Festival” (premiando todos) e ”Torneio” (apurando e classificando pelos seus feitos).

Uma vez estabelecido e fomentado o Torneio, levamos ao Presidente Francisco de Carvalho Filho o projeto, de quem rece-bemos total apoio e isenção aos Campeões do Kata no Exame de Graduação.

A realização dos Eventos, I Torneio Aberto de Kata “Dr. Mauro Sakai” e XXVIII Torneio de Judô “Toraichiro Suzuki”, conve-nientemente agrupados e nomeados como “I Fim de semana de Judô em Registro” foi um completo sucesso!

Agradeço e parabenizo a Prefeitura Mu-nicipal de Registro e a ARJU por proporcio-nar ao Vale do Ribeira esse grandioso Even-to, ao Sensei Dante Kanayama e a Banca Examinadora por prontamente atenderem ao convite, aos Senseis Rioiti Uchida e Dante Kanayama pela belíssima apresen-tação de Itsutsu no Kata, Roberto Albanese e Vinicius Jershow, pela apresentações de Nague no Kata e Ju no Kata, ao Coordena-dor de Of. de Mesa da FPJ Fernando Ikeda, ao Coordenador Márcio Mariano e ao Mário Manzatti pelo amor, dedicação e cansativas viagens que culminaram no sucesso abso-luto desta realização.

Aos Competidores, a certeza e de que o I Fim de Semana de Judô foi uma ide-alização da ARJU pensando em todos Vocês. Parabéns pela disciplina demons-trada por todos.

Akira Hanawa

105

Page 108: Revista Budo 5

DANGAI

NAGUE NO KATA - MASCULINO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

GABRIEL HIDEKI TUCURUVI LEANDRO HIROSHI TUCURUVI 645 645 1º

RAFAEL NUNES ALTO DA LAPA EDUARDO GAUDÊNCIO ALTO DA LAPA 621 621 2º

CASSIO SERAFIM ALTO DA LAPA ALEXANDRE ROMA ALTO DA LAPA 608 608 3º

NAGUE NO KATA- MISTO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

GUILHERME GOMES PROJETO BUDO LAIS PAROLO PROJETO BUDO 489 489 1ª

GUILHERME MARTINELLI PROJETO BUDO REGIANE MIRANDA PROJETO BUDO 453 453 2ª

NAGUE NO KATA - FEMININO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

MARIA EMILIA DE CILLO PROJETO BUDO ALINE TREVISAN PROJETO BUDO 631 631 1ª

KARINA UCHIDA ARJU BEATRIZ NAKAZAWA ARJU 436 436 2ª

VALÉRIA ROCHETTI PROJETO BUDO REGIANE MIRANDA PROJETO BUDO 433 433 3ª

KATAME NO KATA - MASCULINO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

ELVIS NOBUYOSHI IBIUNENSE GABRIEL NUNES IBIUNENSE 479 479 1ª

RAFAEL NUNES ALTO DA LAPA EDUARDO GAUDÊNCIO ALTO DA LAPA 374 374 2ª

GUILHERME GOMES PROJETO BUDO GABRIEL ZAVATARO PROJETO BUDO 289 289 3ª

KATAME NO KATA- MISTO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

GUILHERME MARTINELLI PROJETO BUDO ALINE TREVISAN PROJETO BUDO 298 298 1ª

LAIS PAROLO PROJETO BUDO GABRYEL ZAVATARO PROJETO BUDO 274 274 2ª

KATAME NO KATA - FEMININO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

LAIS PAROLO PROJETO BUDO ALINE TREVISAN PROJETO BUDO 375 375 1º

JU NO KATA - MASCULINO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

ELVIS NOBUYOSHI IBIUNENSE GABRIEL NUNES IBIUNENSE 405 405 1ª

RAFAEL NUNES ALTO DA LAPA EDUARDO GAUDÊNCIO ALTO DA LAPA 375 375 2ª

CASSIO SERAFIM ALTO DA LAPA ALEXANDRE ROMA ALTO DA LAPA 328 328 3ª

JU NO KATA - MISTO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

GUILHERME MARTINELLI PROJETO BUDO ALINE TREVISAN PROJETO BUDO 268 268 1ª

GABRYEL ZAVATARO PROJETO BUDO REGIANE MIRANDA PROJETO BUDO 196 196 2ª

JU NO KATA - FEMININO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

MARIA EMÍLIA DE CILLO PROJETO BUDO LAIS PAROLO PROJETO BUDO 292 292 1ª

VALERIA ROCHETTI PROJETO BUDO REGIANE MIRANDA PROJETO BUDO 245 245 2ª

KIME NO KATA - MASCULINO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

ELVIS NOBUYOSHI IBIUNENSE GABRIEL NUNES IBIUNENSE 519 519 1ª

YUDAN

NAGUE NO KATA - MASCULINO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

ROGER TSUYOSHI A.E.PIRACICABA EDUARDO MAESTÁ A.E. PIRACICABA 918 918 1ª

WAGNER TADASHI PALMEIRAS/MOGI PAULO FERREIRA PALMEIRAS/MOGI 915 915 2ª

NELSON UETI STA. IZABEL LEONARDO VENDRAME OKINAWA 814 814 3ª

FRANKLIN MARTINS PROJETO BUDO MATHEUS DE CILLO PROJETO BUDO 768 768 4ª

GEORGE ERWIN PROJETO BUDO GABRIEL TREVISAN PROJETO BUDO 689 689 5ª

NAGUE NO KATA- MISTO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

ALINE SUKINO A.E.PIRACICABA PAULO FERREIRA PALMEIRAS/MOGI 856 856 1ª

ROGER TSUYOSHI A.E.PIRACICABA TIAKI OSAKO MAESTÁ A.E. PIRACICABA 840 840 2ª

NAGUE NO KATA- FEMININO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

ALINE SUKINO A.E.PIRACICABA TIAKI OSAKO MAESTÁ A.E.PIRACICABA 847 847 1º

KATAME NO KATA - MASCULINO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

WAGNER TADASHI PALMEIRAS/MOGI PAULO FERREIRA PALMEIRAS/MOGI 471 471 1ª

EDUARDO MAESTÁ A.E.PIRACICABA ROGER TSUYOSHI A.E.PIRACICABA 434 434 2ª

LEONARDO VENDRAMI OKINAWA NELSON UEITI STA. IZABEL 425 425 3ª

MARCUS FLORA A.D. SÃO CAETANO GABRIEL TREVISAN PROJETO BUDO 384 384 4ª

FRANKLIN MARTINS PROJETO BUDO MATHEUS DE CILLO PROJETO BUDO 368 368 5ª

KATAME NO KATA- MISTO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

TIAKI OSAKO A.E.PIRACICABA EDUARDO MAESTÁ A.E. PIRACICABA 458 458 1ª

ALINE SUKINO A.E.PIRACICABA ROGER TSUYOSHI A.E. PIRACICABA 450 450 2ª

I TORNEIO ABERTO DE KATA “DR. MAURO SAKAI

106

Page 109: Revista Budo 5

KATAME NO KATA- FEMININO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

TIAKI OSAKO A.E.PIRACICABA ALINE SUKINO A.E.PIRACICABA 459 459 1º

JU NO KATA - MASCULINO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

WAGNER TADASHI PALMEIRAS/MOGI PAULO FERREIRA PALMEIRAS/MOGI 435 430 865 1ª

LEONARDO YAMADA SUZANO CLUBE CAIO KANAYAMA ASSOC. KANAYAMA 376 383 759 2ª

ROGER TSUYOSHI A.E.PIRACICABA EDUARDO MAESTÁ A.E. PIRACICABA 353 350 703 3ª

GABRIEL TREVISAN PROJETO BUDO MARCUS FLORA A.D.SÃO CAETANO 300 300 4ª

GEORGE ERWIN PROJETO BUDO MATHEUS DE CILLO PROJETO BUDO 288 288 5ª

JU NO KATA- MISTO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

WAGNER TADASHI PALMEIRAS/MOGI ALINE SUKINO A.E. PIRACICABA 435 435 1ª

ROGER TSUYOSHI A.E.PIRACICABA TIAKI OSAKO MAESTÁ A.E. PIRACICABA 387 387 2ª

JU NO KATA- FEMININO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

ALINE SUKINO A.E.PIRACICABA TIAKI OSAKO MAESTÁ A.E.PIRACICABA 431 431 1º

KIME NO KATA - MASCULINO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

WAGNER TADASHI PALMEIRAS/MOGI PAULO FERREIRA PALMEIRAS/MOGI 545 545 1ª

MARCUS MICHELINI CLUBE SÍRO LEONARDO VENDRAME OKINAWA 456 456 2ª

MARCUS FLORA A.D. SÃO CAETANO GEORGE ERWIN PROJETO BUDO 346 346 3ª

KIME NO KATA- MISTO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

WAGNER TADASHI PALMEIRAS/MOGI ALINE SUKINO A.E. PIRACICABA 547 547 1ª

TIAKI OSAKO A.E.PIRACICABA PAULO FERREIRA PALMEIRAS/MOGI 521 521 2ª

KIME NO KATA - FEMININO

TORI ASSOC. UKE ASSOC. PONT.1 PONT. 2 TOTAL CLASSIF.

TIAKI OSAKO A.E.PIRACICABA ALINE SUKINO A.E.PIRACICABA 475 475 1º

Resultados do XVIII Torneio Toraichiro Suzuki Tipo Tabela

1º Seduc Praia Grand 131 Pontos

2º Associação Budokan Peruíbe 126 Pontos

3º Associação Cho Do Kan de Itanhaém 67 Pontos

4º ADEJU de Juquiá 56 Pontos

5º Colégio Albert Einstein 48 Pontos

Troféu Yokimaça Fujihara Tipo Tabela Gincana de Solidariedade (Coleta de Alimentos)

Campeã - Colégio Albert Einstein - Além da premiação com Troféu ganhou um judogi Budokan

Troféu Sandra Kennedy Tipo TabelaAssociação melhor colocada do Vale do Ribeira - 14ª DR

Campeã - ADEJU de Juquiá

Torneio Absoluto Masculino Tipo Tabela Troféu Nobuo Ogawa

1º Wagner dos Santos Silva - R$ 500,00

2º Denison Soldani - R$ 300,00

3º Iris Gonçalves Silva - R$ 100,00

3º Maicon Souza Santos - R$ 100,00

Torneio Absoluto Feminino Tipo Tabela1º Camila Matos Muniz - Kimono Budokan

2º Agatha M. da Silva

3º Alana Uraguti

3º Sabrina Rodrigues

107

Page 110: Revista Budo 5

Rio de Janeiro é Campeãoda Copa Revelação 2011

São Paulo (SP) - O Estado do Rio de Janeiro foi o grande campeão da terceira edição da Copa Revelação de Judô Cida-de de São Paulo – Troféu Carlos Honora-to. Após um dia de intensas disputas, os fl uminenses ergueram o troféu de campe-ões gerais do torneio, seguidos de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Neste ano, a Copa Revelação recebeu judocas de 15 Estados, além do Distrito Federal. Os judocas Willian Perei-ra e Tawany Gianelo da Silva foram elei-tos os destaques da competição e, como prêmio, viajaram a Paris para assistir ao Campeonato Mundial Sênior.

Homenagem – Nesta edição, a organi-zação da Copa Revelação homenageou o vice-campeão olímpico em Sydney/2000, Carlos Honorato, que recentemente encer-rou sua vitoriosa carreira esportiva. Atual trei-nador do Centro de Excelência de Judô, em Santos/SP, Honorato recebeu das mãos de Branco Zanol e Aurélio Miguel um belíssimo quadro com uma imagem de sua luta diante do japonês Hidehiko Yoshida, nas Olimpía-das de Sydney/2000. “Fiquei muito honrado quando fui convidado para ser padrinho da Copa Revelação 2011 e por receber esta homenagem por parte dos realizadores do torneio”, disse Honorato.

Para as delegações e público em geral que estiveram no ginásio do Esporte Clube Pinheiros, a organização apresentou uma ex-posição fotográfi ca com alguns dos momen-tos mais marcantes das edições de 2009 e 2010 da Copa Revelação. “Tínhamos como objetivo fazer uma copa que extrapolasse as disputas no tatamis, que nesta ano tive-ram recorde de atletas participantes. Além da justa homenagem ao Honorato, também tivemos o seminário Revelando o Esporte Brasileiro e uma bela exposição fotográfi ca. Creio termos cumprido nossa missão, já de olho em 2012”, disse Branco Zanol.

108

Page 111: Revista Budo 5

Rio de Janeiro é Campeãoda Copa Revelação 2011

Seminário – Se em 2010 os ídolos da modalidade Leandro Guilheiro e Flávio Canto colocaram o judogi e falaram sobre suas experiências esportivas e ensinaram um pouco do que sabem, neste ano a no-vidade ficou do lado de fora do tatami. No sábado (16), véspera da competição, hou-ve o seminário Revelando o Esporte Bra-sileiro – Desafios Organizacionais e Pers-pectivas Esportivas para as Olimpíadas de 2016. Na primeira parte, o professor titular da Unifesp, João Bosco Pesquero, fez uma primorosa apresentação sobre seu objeto de estudo: Projeto Atletas do Futuro – A Genética no Esporte. Após a palestra, teve início uma mesa-redonda formada pelo diretor técnico internacional

da Confederação Brasilei-ra de Judô, professor Ney Wilson Pereira; pelo diretor de alto rendimento das se-leções masculinas da Con-federação Brasileira de Basquete, Vanderlei Ma-zzuchini; pelo medalhista de bronze olímpico e dire-tor do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa do município de São Paulo, Henrique Guimarães; pelo campeão olímpico e ideali-zador da Copa Revelação, vereador Aurélio Miguel;

e pelo professor Pesquero, tendo como mediador o professor Ney Mecking. Tendo como pano de fundo o tema dos desafios organizacionais e a perspectiva esportiva para 2016, os membros da bancada fa-laram sobre os trabalhos desenvolvidos em suas respectivas áreas e o que deve ocorrer nos próximos anos no cenário do esporte brasileiro, que receberá num cur-to espaço de tempo a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Aurélio Miguel demonstrou ceticismo quanto aos obstáculos que o Brasil terá de superar para fazer estes megaeven-tos esportivos e o que ficará depois como legado ao País. “Quanto às Olimpíadas de 2016, ainda não temos uma política do

esporte definida e definitiva. Acredito que teremos bons resultados olímpicos, pois contaremos com a força e o entusiasmo de nossos atletas, que competirão em casa, como também pelo trabalho de sus-tentação e formação de entidades como o COB, confederações, federações e clu-bes, que, ressalve-se, ainda têm muito a melhorar. Mas, muito me preocupa o legado esportivo e de infraestrutura que ficará para a cidade do Rio de Janeiro e o Brasil. Quanto à Copa do Mundo, cobro, na condição de cidadão e hoje vereador, mais coerência de nossos administra-dores. Fomos escolhidos como sede da Copa do Mundo em 2014 e apenas ago-ra, em 2011, os estádios e obras essen-ciais começaram a sair do papel. Um pla-nejamento falho, que abrirá brechas para contratos emergenciais e atropelos da lei. Isto, para que tudo fique pronto dentro da data estipulada. Que preço estamos dis-postos a pagar para sediar estas grandes festas do esporte?”, questionou Aurélio.

A Copa Revelação de Judô 2011 foi organizada pela Associação Branco Za-nol de Judô e contou com o apoio da Se-cretaria de Esportes do Município de São Paulo, CBJ, FPJ, Esporte Clube Pinhei-ros, Instituto Vita e Aurélio Miguel.

Quadro de medalhas Entidade Ouro Prata Bronze Total

1º SP 5 8 3 162º RJ 3 3 3 93º MS 3 1 5 94º RS 2 1 3 65º SC 1 1 3 56º DF 1 1 2 47º PR 1 1 2 48º ES 0 0 4 49º MG 0 0 3 3

10º PE 0 0 1 111º GO 0 0 1 111º PI 0 0 1 1

109

Page 112: Revista Budo 5

Feminino

Super-ligeiro -40 kg

1º Tawany Gianelo da Silva - SP

2º Franciele Ap. F. Costa - SP

3º Gabriela B. de Oliveira - MS

3º Pamella P. do Pilar - SC

Ligeiro -44 kg

1º Carolynne Hernandes - RS

2º Paula Brandalise Nunes - PR

3º Larissa Rianne G. Farias - MS

3º Laís Oliveira Lessa - MG

Meio-leve -48 kg

1º Layana Lacerda Colmam - MS

2º Raquel Ap. Laurindo - SP

3º Maria Eduarda Gonçalves - RJ

3º Brenda Teixeira Justino - ES

Leve -52 kg

1º Ana Paula C. Prates - MS

2º Rayane Ferraz de Souza - SP

3º Taynara Melo de Carvalho - RJ

3º Aléxia Taís W. Castilhos - RS

Meio-médio -57 kg

1º Mariana Braga Rosa - RS

2º Karine Couto - RJ

3º Milena Duarte - ES

3º Carolina Correia Ferraz - GO

Médio -63 kg

1º Viviane L. Donomai - PR

2º Paola Roberta Colodiano - SP

3º Mariana Oliveira Veiga - MS

3º Aline M. da Silva - SC

Meio-pesado -70 kg

1º Isadora da S. Pereira - DF

2º Aine Dalete F. SChimidt - SP

3º Camila Ribeiro Zeferino - RS

3º Joyce Nascimento Bessa - SP

Pesado +70 kg

1º Stefanie dos S. Miranda - RJ

2º Loraine Cristina da Silva - SP

3º Júlia Cristina B. Araújo - SP

3º Roberta K. Silva E Silva - SC

Masculino

Super-ligeiro -50 kg

1º Fellipe Dias de Almeida - RJ

2º Octavio Reis Eudociak - MS

3º Sander Bruniera Filho - PR

3º Matheus R. Galvão - DF

Ligeiro -55 kg

1º Eduardo dos Reis Eudociak - MS

2º Giovani Heck de Góes - RS

3º Gabriel Sarmento Barreto - DF

3º Lucas G. T. da Costa - PR

Meio-leve -60 kg

1º Hiago Del Rosso Pirolo - SP

2º Bruno Luiz N. Martins - RJ

3º Vinicius Felipe Santos - MS

3º Marlon Costa Martins - RS

Leve -66 kg

1º Willian R. Pereira - SC

2º Lucas Gongora Ribeiro - SP

3º Luiz Fernando F. Ribeiro - MG

3º Carlos Henrique Carvalho - RJ

Meio-médio -73 kg

1º Ícaro do Nascimento Costa - RJ

2º Gabriel Alves Lucena - DF

3º Gabriel Penha Q. Pinto - SP

3º João Batista X. Romeiro - PI

Médio -81 kg

1º Gabriel Rusca de Oliveira - SP

2º Eduardo C. de Oliveira - SC

3º André Guimarães Soares - ES

3º Victor Luiz da S. Correia - SP

Meio-pesado -90 kg

1º Thiago Henrique S. Chiodi - SP

2º Mateus Calcini Liberato - SP

3º José Paulo Ferreira Jr. - ES

3º Caíke K. A. Abreu - MS

Pesado +90 kg

1º Marco Antônio da Silva Jr - SP

2º Márcio Belém dos Santos - RJ

3º Cézar Henrique de Souza - PE

3º Guilherme Mantello Melo - MG

Classificação Final

110

Page 113: Revista Budo 5

111

Page 114: Revista Budo 5

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô

Inhumas conquista vaga para o Grand Prix Nacional de Judô 2012

Porto Alegre (RS) – Após a sensacio-nal estreia na fase fi nal do Grand Prix de Judô, a equipe Organização Atitude Social de Inhumas – GO foi superada por seus adversários e terminou na oitava coloca-ção geral, superando equipes tradicionais como o Clube de Regatas Flamengo (RJ) e a Associação Desportiva Santo André (SP). A equipe do Centro-Oeste fez parte do Gru-po D, ao lado das equipes Castelo Branco (RJ) e FTC (BA), na segunda fase da com-petição. A oitava colocação garantiu a equi-pe goiana na próxima edição do Grand Prix de Judô, pois não depende mais de passar por fases classifi catórias.

Para o técnico Joseph Guilherme, a equipe adquiriu muita experiência e voltou para casa mais madura. “Não foi apenas a pré-classifi cação para competição de 2012 que contou. Alguns de nossos atletas ja-mais haviam competido com adversários de outros Estados. Saímos de Porto Alegre com mais experiência e maturidade, e de quebra classifi cados para o GP 2012.”

Para Luiz Fernandes de Araújo Jú-nior, presidente da ONG Atitude Social de Inhumas, todos os objetivos da temporada foram alcançados e o resultado foi extre-mamente positivo. “Nosso planejamento foi feito em etapas, e o primeiro objetivo foi al-cançado em Brasília, onde ocorreu o qua-lifying. Lá fi zemos nossa estreia na disputa nacional e não sabíamos o que teríamos pela frente, mas conseguimos classifi car a equipe para o Grand Prix 2011. Chega-mos a Porto Alegre sabendo que iríamos enfrentar as melhores equipes do Brasil, e achávamos que difi cilmente fi caríamos en-tre as oito primeiras classifi cadas. Com a ajuda de Deus pegamos um grupo que nos permitiu sonhar com a classifi cação para a segunda fase, e felizmente tudo deu certo. Ficamos em oitavo lugar e conseguimos a pré-classifi cação para o GP 2012. Com a vaga garantida, teremos um ano para fa-zer nosso planejamento em outro formato e certamente montaremos uma grande equipe. Felizmente tivemos um resultado altamente positivo.”

O dirigente goiano destacou que a meta agora é montar uma equipe feminina mais competitiva. “Nossa meta agora é montar

112

Inhumas conquista vaga

Page 115: Revista Budo 5

uma equipe feminina forte e conquistar uma vaga no qualifying de 2012 para o grand prix feminino, a competição de maior glamour no judô brasileiro”, disse.

Júnior dedicou esta grande conquis-ta a Lhofei Shiozawa, o precursor do judô goiano. “Ao conquistar esta vaga para o GP 2012, a Organização Atitude Social de Inhu-mas, que tem apoio integrado da Academia Brava Sport Center, FEGOJU, da Câmara Municipal, da Prefeitura Municipal de Inhu-mas e do prefeito Abelardo Vaz, conseguiu homenagear de alguma forma nosso queri-do sensei Lhofei Shiozawa, o primeiro judo-ca que conquistou medalha em jogos pan--americanos, e um dos maiores ícones do judô nacional. Dedicamos esta façanha ao nosso grande e querido amigo Shiozawa. Alguns destes judocas guerreiros tiveram a oportunidade de aprender judô com ele, e de alguma forma hoje estamos agradecen-do por tudo que fez pelo desenvolvimento do judô de Goiás.”

113

Joseph e Júnior

Page 116: Revista Budo 5

114

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô

Copa Paraná Comemora Os 50 Anos da Federação Paranaense

Curitiba (PR) - Realizada no dia 9 ou-tubro 2011 no Centro Esportivo Bagozzi – CEB, a Copa Paraná fez parte das co-memorações do cinquentenário da Fede-ração Paranaense de Judô. Ao todo, 522 atletas participaram da competição, que teve 52 entidades inscritas, provenientes de vários Estados do País.

Personalidades do judô paranaense e dirigentes de vários Estados prestigiaram o evento, e entre esses destacamos Liogi Suzuki, kodansha 9º dan; Yoshihiro Oka-no, 8º dan; Makoto Yamanouchi, 7º dan; e Ney de Lucca Mecking, 7º dan. Entre os dirigentes destacamos João Rocha, vice-presidente da Confederação Brasi-leira de Judô; Roberto David da Graça, presidente da Federação Catarinense de Judô; Hatiro Ogawa, representando Francisco de Carvalho Filho, presidente da Federação Paulista de Judô; e Luiz Hi-sashi Iwashita, presidente da Federação Paranaense de Judô.

Durante a abertura ofi cial do evento o árbitro Edilson Hobold, 5º dan, que é coordenador estadual de arbitragem do Paraná e membro do Conselho Nacional de Arbitragem, foi homenageado por sua promoção a árbitro FIJ A. Edilson realizou o exame para FIJ A em setembro passa-do, em Sydney, Austrália, e sua avaliação foi feita por Juan Carlos Barcos, diretor geral de arbitragem da FIJ, e por Carlos

Árbitros do evento

Page 117: Revista Budo 5

Sensei Yoshihiro Okano

Mesa de honra

Edilson Hobold faixa preta 5º dan arbitro internacional FIJ A - Coordenador estadual de arbitragem PR

Família de campeões, Maurício Neder campeão sênior -81kg com os filhos Guilherme Neder vice-campeão sub 15 -53kg e Leonardo Neder campeão sub-13 -42kg

Hemily de Almeida vice-campeã sênior -70kg

Liogi Suzuki Luiz Iwashita

Page 118: Revista Budo 5

Knoester, diretor de arbitragem da União Oceânica de Judô e membro da comis-são de arbitragem da FIJ. Hobold é o primeiro árbitro do quadro estadual do Paraná a conquistar o topo da arbitragem mundial.

Contando com seis áreas montadas, a competição abrangeu disputas das ca-tegorias infantil a sênior, e o grande des-taque foi a disputa da categoria absoluto, que teve premiação em dinheiro.

Para Iwashita, a Copa Paraná deste ano será um divisor de águas do judô

Knoester, diretor de arbitragem da União Oceânica de Judô e membro da comis-

paranaense. “Nosso principal objetivo é promover a integração entre os atletas de todas as idades. As crianças menores têm de conviver com judocas mais expe-rientes, para tirar deles o exemplo a ser seguido, e a Copa Paraná atendeu plena-mente a este propósito”, disse.

Segundo o dirigente paranaense, um maior número de competições proporcio-na melhor preparo e maturidade aos atle-tas. “Achamos que devemos promover o maior número possível de competições no Estado, pois este intercâmbio técnico

oferece maior preparo e maturidade aos nossos atletas.”

Além dos atletas vindos de vários Es-tados, a competição contou com a parti-cipação de judocas europeus. “Este ano abrimos a Copa Paraná para todos os Estados. Até então aceitávamos apenas inscrições de entidades do Paraná. Tive-mos também a participação dos atletas da Europa, que coincidentemente esta-vam no Paraná e acabaram inscrevendo--se na competição. Um deles é o Pedro Dias, de Portugal, que atualmente reside

116

Page 119: Revista Budo 5

e treina na cidade de Maringá. O outro atleta europeu foi Domi-nic Hofmann, da Alemanha, que está em Curitiba fazendo mes-trado e intercâmbio na PUC – PR. Ele treina esporadicamente na Academia do Judô Tonietto. Ambos são atletas bastante ex-perientes, e abrilhantaram nosso evento.”

Para o dirigente paranaense, a competição apresentou exce-lente nível técnico. “Nossa ava-liação é que a competição foi ex-celente. A participação de vários Estados fez com que o nível téc-nico fosse bem elevado, e certa-mente daqui por diante a Copa Paraná fará parte do calendário nacional das principais equipes e clubes do Brasil. Vamos traba-lhar focados nesta proposta, e a realização deste objetivo dará mais competitividade aos nos-sos judocas”, fi nalizou Iwashita.mais competitividade aos nos-sos judocas”, fi nalizou Iwashita.

117

Page 120: Revista Budo 5

2º. Dylan F. Peterson Lemanczuk

3º. Thiago S. dos Santos Vila Isabel

3º. Arthur Seidel Nintai

Leve, -36kg

1º. Lucas Henrique Lemanczuk

2º. Carlos Eduardo Paranavaí

3º. Leandro Georgete Alves Tonietto

3º. João Victor Cianortense

Meio-Médio - 40kg

1º. João G. Correia Paraná Clube

2º. Dheyvison Sottomaior Tonietto

3º. Alceu Honório Nintai

3º. Leonardo C. Homiak Iwashita

Médio - 45kg

1º. Raisson Czelusniak CSF/Palmeira

2º. Vinicius Duarte Lemos Guairaca

3º. Marino Machado Neto Tonietto

3º. João P. B. V. Derani Vila Isabel

Meio-Pesado - 50kg

1º. Luís Gabriel F. Oliveira Lemanczuk

2º. Vinicius A. Felizardo Paranavaí

3º. Leonardo S. Souza CTO

3º. Gabriel L. Kasper Schmidtke

Pesado - 55kg

1º. Luís A. Gabarski Tonietto

2º. Gabriel A. Cazarin AMCF

3º. Giusepe Lucca Pro Sport

3º. Gabriel M. Zamberlan Vila Isabel

Super-Pesado - 60kg

1º. João Victor Nintai

2º. Victor Hugo Leão Kodokan

3º. Marcos Michael Araucária

3º. Peter Fabiano Júnior CSSEX

Extra-Pesado + 60kg

1º. Matheus de Oliveira Lemanczuk

2º. Lucas Kompatcher Bom Jesus

3º. Diogo Augusto Pro Sport

3º Matheus Ludwig Kussumoto

Infanto-Juvenil

Feminino

Super-Ligeiro - 28kg

1º. Carolina Deusdiante Araucária

Ligeiro - 31kg

1º. Laura Marcondes Tonietto

2º. Anna Clara Ballardin Santa Monica

3º. Maria H. Spengler Superação

3º. Ana Carolina Perin Falco

Meio-Leve - 34kg

1º. Bianca Stropa Fortes Bio Active

2º. Bruna Cavani Josefi Laranjeiras

3º. Dayane V. da Silva Paranavaí

3º Isabelle R. Alves Tonietto

Leve - 38kg

1º. Ana Luíza Grazziottin Bom Jesus

Meio-Médio - 42kg

1º. Natasha Padilha Morgenau

2º. Ana C. Kemczenski Lemanczuk

3º. Thaís Pires Gonçalves Tonietto

3º. Mariana B. Batista Iwashita

Classificação FinalFeminino

Infantil

Extra Super-Ligeiro - 26kg

1º. Gabriela M. Baesso Tonietto

2º. Luana O. Rodrigues Paranavaí

3º. Aparecida Vanessa Santos

Paranavaí

3º. Lohana A. Falk Araucária

Super-Ligeiro - 28kg

1º. Ana Eliza K. Langner Lemanczuk

2º. Sabrina A. Maranhão Curitibano

3º. Arissa Fujisaki IMK

3º. Maria Menon da Silva Lemanczuk

Ligeiro - 30kg

1º. Giovana Russo Lemanczuk

2º. Kauana E. de Oliveira Araucária

3º. Laura Ellen Dowden Kussumoto

3º. Nicole Marçallo Bom Jesus

Meio-Leve - 33kg

1º. Luana G. Matsugaki Vila Isabel

2º. Sara Taborda Santos Tonietto

3º. Any de Paula Moreira Pro Sport

3º. Amanda Fialkowski Araucária

Leve - 36kg

1º. Bruna Flores Bereza Tonietto

2º. Ana Carolina Josviak Lemanczuk

3º. Maria Eduarda Melo Pro Sport

3º. Larissa Ceolim Silva Lemanczuk

Meio-Médio - 40kg

1º. Isadora Ferrari Vida

2º. Giovana Levinski Morgenau

3º. Aline P. de Jesus Paranavaí

3º. Vitória Maiara Silva Paranavaí

Médio - 45kg

1º. Monica Tortato Lemanczuk

2º. Vitória Leão Sabioni IMK

3º. Yasmin Abnara Nintai

3º. Renata Sayuri Yama

Meio-Pesado - 50kg

1º. Ana Clara C. P. Guairaca

Masculino

Extra Super-Ligeiro - 26kg

1º. Pedro H. M. de Souza Paraná Clube

2º. Pedro Cruz Capriotti Lemanczuk

3º. Frederico Kemczenski Lemanczuk

3º. Pablo Vinicius Araucária

Super-Ligeiro - 28kg

1º. Lucas Luís Lopes Kussumoto

2º. Alan Veiga Marques Superação

3º. Lucas Talamini Boas Lemanczuk

3º. Ivan Rivabem Bonilha Lemanczuk

Ligeiro - 30kg

1º. Samuel Barbosa Kussumoto

2º. Álvaro Luís Vianna Lemanczuk

3º. Luca Fornea Bom Jesus

3º. Almiro Pagnoncele Marista

Meio-Leve - 33kg

1º. Matheus Iaros Almeida Grêmio Pisa

Page 121: Revista Budo 5

Médio - 47kg

1º. Eduarda S. Darmieli Tonietto

2º. Camila Horoiwa Kussumoto

3º. Maria Martins Borges Pro Sport

3º. Fernanda Perussolo Vila Isabel

Meio-Pesado - 52kg

1º. Alexia de Castro Alves Kussumoto

2º. Carolina R. de Lima Falco

Pesado - 60kg

1º. Laura R. Oliveira Bio Active

2º. Juliana M. Gomes Iwashita

3º. Mariana Correa Kussumoto

3º. Maria Eduarda Maciel Londrinense

Super-Pesado + 60kg

1º. Ana Beatriz Flores Procopense

2º. Ana Alexia Camargo Tonietto

3º. Larissa A. de Lima CSSEX

Masculino

Ligeiro - 31kg

1º. João G. Darmieli Tonietto

2º. Leonardo da Silva Bom Jesus

3º. Felipe Suemitsu Nintai

3º. Thiago Alves Santos Superação

Meio-Leve - 34kg

1º. Guilherme Albuquerque Morgenau

2º. Marco André Nintai

3º. Renan Sakai Moron Lemanczuk

3º. Thiago M. Guidette Kussumoto

Leve - 38kg

1º. João V. Rodrigues Lemanczuk

2º. Kawan Santos Silva Tonietto

3º. Gustavo Campara Morgenau

3º. Mateus T. Kaminari Morgenau

Meio-Médio - 42kg

1º. Leonardo Neder Nintai

2º. Arthur Dallagassa Nintai

3º. Milton L. Mendes Kawazoe

3º. Vítor Mariano Torres Lemanczuk

Médio - 47kg

1º. Gabriel Adriano Lemanczuk

2º. Adrian Bonat Lemanczuk

3º. Luiz Cherobin Neto Morgenau

3º. Ailton Fernandes Júnior AMCF

Meio-Pesado - 52kg

1º. Giovanni G. Mangini Morgenau

2º. Gabriel T. Lustoza Canadá CC

3º. João L. N. Lemes Procopense

3º. Adrian Vargas Lenz Kussumoto

Pesado - 60kg

1º. Roberto I. Winter Kussumoto

2º. Jean C. Marques Iwashita

3º. Lúcio Flávio D. Carmo Bio Active

3º. João V. Magri Procopense

Super-Pesado + 60kg

1º. Arthur Caldeira Pro Sport

2º. Eduardo J. Santos Tonietto

3º. Jordano Becker Bom Jesus

3º. Lucas M. Almeida Pro Sport

Pré-Juvenil

Feminino

Ligeiro - 40kg

1º. Jéssica Maria Gomes Iwashita

2º. Joyce Cosmo Tonietto

3º. Rubia Lays Becker Schmidtke

Meio-Leve - 44kg

1º. Ana Flávia Ferreira Tonietto

2º. Amanda C. Gonçalves Tonietto

3º. Carolina G. Josefi Laranjeiras

Leve - 48kg

1º. Thaís Teles Kondo Lemanczuk

2º. Poliana dos S. Silva Araucária

3º. Bruna L. R. Nunes SChmidtke

3º. Alexia Giliczynski Iwashita

Meio-Médio - 53kg

1º. Bruna Sartori Nesi Tonietto

2º. Camilla Gonçalves Araucária

3º. Nayra Cristina Falco

3º. Juliana B. Kachenski Tonietto

Médio - 58kg

1º. Luana Alvarez Pro Sport

2º. Fabiele Bergamin Iwashita

3º. Aline Quitero Tonietto

4º. Clarice de Araúj Lemanczuk

Meio-Pesado - 64kg

1º. Naomi Pires Tonietto

2º. Maria E. Miranda Procopense

3º. Evelyn J. Líbano Yama

3º. Isabely R. Gomes Londrinense

Pesado + 64kg

1º. Letícia C. Santos CSSEX

2º. Any Avelino Ribeiro Procopense

Masculino

Super-Ligeiro - 36kg

1º. Breno S. Kawazoe Kawazoe

Ligeiro - 40kg

1º. Mateus Toledo Marista

2º. Luís Perini Rossetim Casebre/SC

3º. Pedro F. M. Arraes Lemanczuk

3º. Luiz Fernando Alves Superação

Meio-Leve - 44kg

1º. Renelti Jose Lopes Superação

2º. Lucas Adriano Ruda Nintai/SC

3º. Abner F. C. da Silva Yama

Leve - 48kg

1º. Victor Koudi Kaminari Bom Jesus

2º. Bruno L. B. Manzole Pro Sport

3º. Hugo Lins Carvalho AMCF

3º. Wendel M. Gonçalves Iwashita

Meio-Médio - 53kg

1º. Matheus H. M. Pio AJI - SC

2º. Guilherme Neder Nintai

3º. Emanuel Souza SC

3º. Gabriel Silingovsch Kawazoe

Médio - 58kg

1º. Kenzo Fujisaki IMK

2º. Marcelo Felizardo Tonietto

3º. Pedro A. da Silva Pro Sport

3º. Nathan D. R. Hirt FME Penha-SC 119

Page 122: Revista Budo 5

Meio-Pesado - 64kg

1º. Luanh Saboya Morgenau

2º. Matheus Motta Nintai

3º. Matheus Moraes AMCF

3º. Lucas Sottomaior Tonietto

Pesado + 64kg

1º. Conrado C. Oliveira Juventus

2º. Matheus Araújo Tonietto

3º. João P. Gonçalves AJI - SC

3º. Humberto Brunetti Lemanczuk

Juvenil

Feminino

Ligeiro - 44kg

1º. Paula Brandalise Bom Jesus

Meio-Leve - 48kg

1º. Thayane C. Araújo Tonietto

2º. Danieli A. Comini Yama

Leve - 52kg

1º. Martinelli Ramos Araucária

2º. Larissa Gonçalves Superação

3º. Letícia Cardoso Lemanczuk

3º. Stella de Freitas IMK

Meio-Médio - 57kg

1º. Brenda Garcia Bom Jesus

2º. Andréia C. Becker Schmidtke

3º. Jenifer Nicole Nintai

3º. Vitória Lionço Araucária

Médio - 63kg

1º. Jéssica Darmiani Araucária

Meio-Pesado - 70kg

1º. Fernanda G. Mazaia AMCF

2º. Amanda C. Batista Yama

3º. Carolina M. Nogueira Setul/Laranj

Pesado + 70kg

1º. Mychellen W. da Silva Araucária

2º. Geovana R. Mercúrio Paranavaí

Masculino

Super-Ligeiro - 50kg

1º. Christopher Vieira Tonietto

2º. Lucas V. Araújo Tonietto

3º. Lucas S. S. Benck Kawazoe

3º. Djones R. Lourenço Nintai/SC

Ligeiro - 55kg

1º. Sander Filho Nintai

2º. Rafael S. Morimoto Canadá CC

3º. Gustavo Scalabrini Bio Active

3º. Maycon dos Santos Yama

Meio-Leve - 60kg

1º. Guilherme Oshima Iwashita

2º. Jadison R. Morais Araucária

3º. Willian Silva Jorge AJI - SC

3º. Caio Hajime Ogawa Canadá CC

Leve - 66kg

1º. Victor H. Luvizotto Morgenau

2º. Yuri Oliveira AFIJ

3º. Jullyan Becker Bom Jesus

3º. Célio José Correa AJI - SC

Meio-Médio - 73kg

1º. Gabriel Lopes Miara Morgenau

2º. Fernando A. Belém Bom Jesus

3º. Matheus H. Arneiro Pro Sport

3º. Arthur Armelim Lemanczuk

Médio - 81kg

1º. Ariel Correia Guairaca

2º. Guilherme Campara Morgenau

3º. Marcos dos Santos Yama

Meio-Pesado - 90kg

1º. Bruno Yoji Ogata Canadá CC

2º. Rafael Fary Martins Nintai/SC

3º. Matheus Amaral Tonietto

3º. Maurício Branco Tonietto

Pesado + 90kg

1º. João M. Cezarino Grêmio Pisa

2º. Danrlei W. Shaffler Nintai/SC

3º. Raphael H. Marinho Canadá CC

3º. Cleyton de Oliveira Iwashita

Sênior

Feminino

Super-Ligeiro - 44kg

1º. Paula Brandalise Bom Jesus

Ligeiro - 48kg

1º. Tricy Moraes Gomes Bio Active

2º. Caroline de Souza Iwashita

3º. Jéssica Aline Lopes Tonietto

Meio-Leve - 52kg

1º. Viviane Ferreira Paranavaí

2º. Priscila B. Martins Tonietto

3º. Aline Milan Levinski Morgenau

3º. Luci C. Siqueira CTO

Leve - 57kg

1º. Suellem Senna Morgenau

2º. Thaise Rodrigues Superação

3º. Andreia Becker Schmidtke

3º. Alexandra Takeda Nintai

Meio-Médio - 63kg

1º. Barbara de Carvalho Minas

2º. Débora A. da Silva AMCF

Médio - 70kg

1º. Lorhanna Saboya Morgenau

2º. Ariana Alberti Puravida/SC

3º. Hemily de Almeida AJI - SC

3º. Mychaelen W. Silva Araucária

Pesado + 78kg

1º. Mayara Oishi Nintai

2º. Rosangela Lopes SC

3º. Janaína P. Ammar Vida

Masculino

Super-Ligeiro - 55kg

1º. Felipe Fernandes Juventus

2º. Paulo A. B. Júnior Cor. Procópio

3º. Daniel Z. M. Bispo Paranavaí

3º. Rodielson Oliveira Tonietto

Ligeiro - 60kg

1º. Cícero A. B. Júnior Paranavaí

2º. Loriel José Pereira Juventus

3º. Gustavo D. Weber SChmidtke

3º. Juan Carlos Biazoto IMK

Meio-Leve - 66kg

1º. Pedro C. Antun Neto Puravida/SC

2º. Dênis Nagahama AMCF

3º. Daniel Bonetto Lemanczuk

3º. Rogério de Lima Nintai/SC

Leve - 73kg

1º. Luís Roberto Ribas Marista

2º. Eduardo S. Russo Londrinense

3º. Marcos Passos Jr. Puravida/SC

3º. Pedro Dias Hobby Sport

Meio-Médio - 81kg

1º. Maurício Neder Nintai

2º. Ariel Grube de Lima CTO

3º. Vagner José Ribas Guairaca

3º. Carlos Yamamoto Yama

Médio - 90kg

1º. Marcelo Ferreira Filho Puravida/SC

2º. João Dalagassa Pires Nintai

3º. Dominic Hofmann Tonietto

3º. Richard Pierre Costa SC

Meio-Pesado - 100kg

1º. Brunno K. Ferreira Iwashita

2º. Diogo Espósito AMCF

3º. Dênis Duarte Hobby Sport

3º. Felipe Marcon Brito Morgenau

Pesado + 100kg

1º. Rafael Marcon Brito Juventus

2º. Robson Machado Paraná Clube

3º. Washington Rodrigues Canadá CC

3º. Henry K. de Oliveira Morgenau

Resultado Individual Absoluto

Masculino

Pesado (+73kg)

1º. Marcelo Ferreira Puravida/SC

2º. Bruno K. A. Ferreira Iwashita

3º. Felipe Brito Morgenau

3º. Richard Costa Concórdia/SC

Leve (-73kg)

1º. Pedro Dias Hobby Sport

2º. Pedro Felipe Tonello AFIJ

3º. Marcos Bassos Jr. Puravida/SC

3º. Carlos Eduardo Silva Falco

120

Page 123: Revista Budo 5
Page 124: Revista Budo 5

122

São Paulo (SP) – A Federação Paulista de Judô realizou o Campeonato Paulista Estudantil, no dia 20 de agosto, nas depen-dências do Ginásio Mauro Pinheiro, no Ibirapuera.

A competição, que teve a direção da 1ª Delegacia Regional, classifi cou quatro atletas por categoria para a seletiva fi nal que classifi cou os judocas que representaram São Paulo nos Jogos Estudantis Brasileiros – JEBs.

Pela importância do certame no contexto desportivo e edu-cacional, o evento contou com a presença de políticos e despor-tistas de destaque.

Um fato que chamou a atenção de todos foi a presença re-corde de atletas e instituições de ensino inscritos. Ao todo, ins-creveram-se 713 atletas, vindos de 435 instituições de ensino de todo o Estado.

DADOS DA COMPETIÇÃOData: 20 de Agosto de 2011Local: Ginásio Mauro Pinheiro - IbirapueraCidade: São Paulo – SPInstituições de Ensino Participantes: 435Atletas Participantes: 713 Atletas inscritosÁrbitros Participantes: 46 ÁrbitrosTotal de Áreas: 9 Áreas

Delegacia da CapitalDelegado Regional Wilson Della SantaDelegacia da CapitalDelegado Regional Wilson Della SantaDelegacia da CapitalDelegado Regional Wilson Della Santa1º Campeonato Paulista

Estudantil 2011

Campeonato Paulista EstudantilTem Presença Recorde de Participantes

Campeonato Paulista EstudantilTem Presença Recorde de Participantes 1º Campeonato Paulista Campeonato Paulista

Estudantil 2011Estudantil 2011Campeonato Paulista Estudantil 2011Campeonato Paulista Campeonato Paulista Estudantil 2011Campeonato Paulista

Campeonato Campeonato Campeonato Paulista EstudantilPaulista EstudantilPaulista EstudantilTem Presença Recorde Tem Presença Recorde Tem Presença Recorde de Participantesde Participantesde Participantes

Campeonato Paulista EstudantilTem Presença Recorde de Participantes

122

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô, Marcelo Lopese Everton Monteiro

Page 125: Revista Budo 5

123123

Page 126: Revista Budo 5

Campeonato Paulista Estudantil 2011 Sub-15

Feminino

Super-ligeiro

1º Larissa Cincinato Pimenta E E Antonio Luiz Barreiros

2º Bruna da Silva Emef Prof. Esmeralda S. P. Ramos

3º Larissa Vitoria M Ferreira Colégio Alpha

3º Maria Jasmim da Silva E E Orestes Guimarães

Ligeiro

1º Letícia Ribeiro Bailon Colégio Objetivo SJC

2º Ryanne Couto de Lima Colégio Anchieta

3º Gabrielle da Silva Anjos E E Prof. Camilo Faustino

3º Francislaine da Silva Pires E E Prof. Genoveva Pinheiro

Meio Leve

1º Jessica Couto Lima Col. Adve ntist a de S. J. Campos

2º Stefany Oliveira Pereira E. M. Jose Teixeira Rosas

3º Catarina Machado St. Pauls Sch ool

3º Joice Cristina Rocha E E Dr. Paulo Araujo Nova es

Leve

1º Gabriela Silva Martins E E Dr. Deodato Wertheimer

2º Vitoria Ap. Hemmel E E Padre Vitalino Bernini

3º Estefani Oliveira Santos E. E. Afonso Moreno

3º Laura Takako Kohatsu Col. Agostiniano Mendel

Meio-médio

1º Sabrina Tavares Rosseto E E Enoch Garcia Leal

2º Gabriela Alves Altomare Educ. Jesus Eucarístico

3º Nathalie Magalhães Colégio Avicena

3º Yasmin S. Fernandes Colégio Monteiro Lobato

Medio

1º Daise Maria Locatelli E. E. Dep. Eduardo V. Nasse r

2º Agnes Fernandes E. E. Dr Washington Luis

3º Caroline Ferraz da Silva E. E. Eze quiel M. do Nasci mento

3º Giovanna Vitoria Fontes SESI 2º96

Meio-pesado

1º Lais Helena Miranda Ume Cidade de Santos

2º Lindisay Vitoria Oliveira E E Prof. Jose Wadie Milad

3º Thalia Cristina Santos E. E. Barão Homem de Mello

3º Talita Tamires Ramos E. E. Humberto de Campos

Pesado

1º Ellen de Oliveira E E Azarias Leite

2º Pamela Barbosa Palma Colégio Jesus Maria Jose

3º Elisa Rocha Caminaga SESI 2º96

3º Kamila Gomes Nogueira E. E. Jo ão Ribeiro da Silve ira

Masculino

Super-ligeiro

1º Leonardo de Oliveira E E Vila Tupi

2º Mike Silva Pinheiro Colégio Atibaia

3º Daniel Felipe Silva E E Edera Irene P. De Ol Cardo

3º João Victor dos Santos E E Edera Irene P. De Ol Cardo

Ligeiro

1º Douglas Ap Silva de Sena E E Dalva Lelis Garcia Do Prad

2º Igor Mendes dos Santos E E Edera Irene P. De Ol Cardo

3º Wesley H Alves E M São Franci sco De Assi s

3º Michael V.Oliveira E E Edera Irene P. De Ol Cardo

Meio-leve

1º Kainan Santos Pires Colégio Adélia Camargo Correa

2º Bruno Cesar Watanabe Colégio Objetivo de Atibaia

3º Gabriel Silva Santana E E Aprigio de Oliveira

3º Diego Henrique Ribeiro E E Edera Irene P. de Ol Cardo

Leve

1º Jeferson Luiz dos Santos E E Edera Irene P. de Ol Cardo

2º Guilherme Augusto Brait E E Pe. Mateus Nunes de Siqueira

3º Carlos Gabriel da Silva E. E. Luiz Abel

3º Caio Andreoli Fornari Colégio Lumen

Meio-médio

1º Tacio Henrique Instituto Dona Placidina

2º Erick Gomes da Silva E. E. Prof Paulo Rossi

3º Igor Maximiano da Silva E. E. Dr Syl vi o de Aguiar Maya

3º Pedro Paulo Arruda Colégio Atibaia

Medio

1º Leonardo Pavani Colégio Monteiro Lobato

2º Leonardo Fabricio E. E. Dep. Benedito Matarazzo

3º Sergio Junior Santos Emef Ruy Barbosa

3º Ramon Reis Santos E. E. Newton Reis

Meio-pesado

1º Luan Matheus Fernandes E. E. Dr Jose Roberto Melchior

2º Ighor Martins da Silva E E Prof. Jo aquim Adolfo Araujo

3º Joao Victor de Lima E E Irma Maria G Cardoso Rebel

3º Guilherme Gomes Doria E E Dom Jose Gaspar

Pesado

1º Matheus Storti Fund.Educ. Mirassolense-Fem

2º Pedro Claudio Toshiro Emef Prof Elza Regina F Bevila

Page 127: Revista Budo 5

3º Raul de Almeida Batista Colégio Pedroso Objetivo

3º Vinicius Yuji Sacamoto Mhr Soc.Educ.de Piedade Ltda

Sub-18

Feminino

Super-ligeiro

1º Franciele Ap. Furtado E. E. Dr Rui Rodrigues Doria

2º Maria Eduarda Pereira Emef Carlos de Andrade Rizzine

3º Thamires Lemos Colégio Inovação

3º Bruna Tomomi Chibana Col. Agostiniano Mendel

Ligeiro

1º Jhennifer S Ferreira Objetivo Praia Grande

2º Andrielle Ap Capellini E E Professor Estevam Ferri

3º Julia M Chibana Exatus Colégio E Vestibulares

3º Samantha Cristina Couto E. E. Marcilio Dias

Meio-leve

1º Luana Barbosa Mendes E E Osvaldo Aranha

2º Isabela Farah E.E Fernao Dias Paes

3º Victoria Sophia S Castilho E E Osvaldo Aranha

3º Jessica Ap. Rocha E E Dr Paulo Araujo Nova es

Leve

1º Adriele Freitas de Sena E E Zezinho Portugal

2º Nayara Jhessica Leandro E.E.Dr. Luiz Zuiani

3º Nathalia Cassia Ferreira E E Osvaldo Aranha

3º Anne Karoline Alves Colégio Atibaia

Meio-médio

1º Gabriela Souza Bitencourt Objetivo do Litoral

2º Marina Gabrielle Gomes E E Osvaldo Aranha

3º Amanda Caroline Valerio E E Osvaldo Aranha

3º Alessa Leiliane Bueno Colégio São Franci sco de Assi s

Medio

1º Karoline Gonzales Objetivo do Litoral

2º Beatriz Nery Soranz Colégio Atibaia

3º Munique Rivas Hadzic E E Dr. Abrahão Jacob Lafer

3º Jenifer Dara Crispim E. E. Prof. Genoveva Pinheiro

Meio-pesado

1º Sabrina Rodrigues E E Prof. Silvi a Jo rge Pollast r

2º Luana Gasparini Colégio Mackenzie

3º Leticia Regina B. da Silva E E Pastor Alberto Augusto

3º Bianca Cristaldo Cha Cha Colégio da Policia Militar

Pesado

1º Kimberly Rodrigues E. E. Seminario

2º Paola Cristina C Sassa E E Prof. Christino Cabral

3º Bruna F Marcondes E. E. Prof. Andronico de Mello

3º Monica Fernandes E. E. Dr Jose Roberto Melchior

Masculino

Super-ligeiro

1º Gabriel Moreira Alves Colégio Amorim

2º Rodrigo Yuke Makiyama Colégio Objetivo Pinheiros

3º Rodrigo Mendes Barros E E Rev. Augusto P. de Avila

3º Matheus de Souza SESI 02º6

Ligeiro

1º Vitor Hugo Delgado Colégio Haya

2º Vitor Oliveira Torrente E E Osvaldo Aranha

3º Alef Ferreira Soares Colégio Amorim

3º Lucas Siqueira E. E. Juvenal Machado de Araujo

Meio-leve

1º Nicolas Felipe dos San-tos

E E Osvaldo Aranha

2º Rafael Batista da Silva E E Miguel Jorge

3º Mateus de Oliveira E E Vila Tupi

3º Hiago Del Rosso Pirolo E E Suetonio Bittenco urt Jr

Leve

1º Ricardo Luis Silva Objetivo do Litoral

2º Cesar Morais Ferreira E. E. Francisco Aguiar Peçanha

3º Lucas Nascimento Bernardo E E Osvaldo Aranha

3º Daniel Saldanha E E Vila Tupi

Meio-médio

1º Caio Henrique Brigida E. E. Major Ju ve nal Alvi m

2º Marcus Gavey da Silva E E Osvaldo Aranha

3º Anderom Primo de Souza Preve Ens.

3º Luiz Fernando Araujo E. E. Francisco Damico

Médio

1º Ricardo Vinicius Escola Batista de Itapevi

2º Gabriel Rusca de Oliveira Colégio São Jo se

3º Gustavo dos Santos E E Jardim Bopeva

3º Victor Luiz da S.Correia E E Prof. Antonio N. Lopes

Meio-pesado

1º Gabriel Gouveia de Souza Colégio COC

2º Paulo Roberto de Araujo E E Osvaldo Aranha

3º Lawrence Lagos Colégio Adventista de Cotia

3º Caio Ferreira Diniz Colégio São Franci sco de Assi s

Pesado

1º Marco Antonio Jr E E Zezinho Portugal

2º Lucas Rossi Santana Colégio Abaco

3º Matheus Moraes E. E. Wanda Bento Gonçalves

3º Luis Antonio Nunes E. E. Dirce Leopoldina C V Boas

3º Lucas Nascimento Bernardo

3º Daniel Saldanha

Meio-médio

1º Caio Henrique Brigida

2º Marcus Gavey da Silva

3º Anderom Primo de Souza

3º Luiz Fernando Araujo

Médio

1º Ricardo Vinicius

2º Gabriel Rusca de Oliveira

3º Gustavo dos Santos

3º Victor Luiz da S.Correia

Meio-pesado

1º Gabriel Gouveia de Souza

2º Paulo Roberto de Araujo

3º Lawrence Lagos

3º Caio Ferreira Diniz

Pesado

1º Marco Antonio Jr

2º Lucas Rossi Santana

3º Matheus Moraes

3º Luis Antonio Nunes

125

Page 128: Revista Budo 5

126

Por Bruno Quiqueto

Fotos Arquivo

Dedica-se à Promoção do EsporteEx-judoca e Especialista em Leis de Incentivo

O advogado Tárcio Coutinho é um dos pioneiros na formulação e captação de recursos para projetos incentivados no Brasil. Apaixonado por esporte e ex--judoca, Coutinho sempre acreditou na prática esportiva como forma de inclu-são social, manutenção da saúde e um caminho para aprendizado da discipli-na. Durante anos, conviveu com cam-peões, como Rogério Sampaio, ouro olímpico de Barcelona, em 1992.

Ao lado dessa fera e outros amigos, Coutinho chegou à faixa preta, e ainda frequenta os tatamis para manter-se em forma, com a convicção de que espor-te transforma a vida das pessoas. “A proximidade e interação entre atletas, os desafios e a disciplina nos esportes individuais e coletivos ajudam na for-mação do caráter do indivíduo”, diz ele.

Casado, pai de três filhos, o advo-gado procura estar sempre ligado às competições e acompanha de perto tudo que acontece no mundo esportivo, mas lamenta a falta de estrutura oferecida aos atletas no Brasil. “Nosso potencial é grande. Temos material humano. Um investimento correto e contínuo poderia gerar diversos campeões e jovens com bons valores.” Ele completa: “Meus filhos estão em contato com o esporte desde pequenos e sei o quanto isso é importan-te no processo educacional”, ressalta.

Com a formação em Direito e a oportunidade que surgiu há cinco anos, por meio a Lei 11.438, mais conhecida como Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006, o advogado uniu a paixão com o trabalho e especializou--se em leis de incentivo, com o intuito de proporcionar aos atletas a chance de treinar e participar de competições em condição de igualdade. “Além da estru-tura, poderemos promover e inserir o esporte para quem nunca teve oportu-nidade. Essa lei possibilita projetos de diferentes fins”, explica Coutinho.

Tanto esforço e dedicação resulta-ram na criação, junto com sua esposa, Roberta Coutinho, da RT Projetos In-centivados, empresa especializada na elaboração e consultoria jurídica de projetos inseridos nas leis de incentivo.

Desenvolvimento de projetos

Responsável por um extenso por-tfólio, a empresa atua hoje nos quatro cantos no Brasil e possui trabalhos de-senvolvidos em inúmeras modalidades

elaborou o projeto do Instituto Jade Barbosa: ‘Ginástica Artistica - Um Sonho Para Todos’, que pretende aten-der mais de 300 jovens da comunidade de Nilópolis, no Rio de Janeiro;

Projeto de Aurélio Miguel inclui cinco núcleos na região Metropolitana de São Paulo e mais de 1000 crianças beneficiadas

Roberta e Tárcio Coutinho com Márcia Rosa, Prefeita de Cubatão, na inauguração do bojô, no projeto ‘Educando para a Vida’, idealizado pela Associação de Judô Rogério Sampaio.

Page 129: Revista Budo 5

127

esportivas, desde tamboréu a beach tê-nis, passando por esportes como futsal, futebol americano e judô, entre outros.

Apresentando mais de 40 projetos elaborados e aprovados no Ministério do Esporte (ME), a empresa atende a atletas consagrados, como a ginasta Jade Barbosa. Diante a elaboração do projeto Ginástica Artística – Um Sonho para Todos, na quadra do Grêmio Re-creativo Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, no Rio de Janeiro, a ginasta pretende atender a mais de 300 crian-ças e seus familiares, não apenas na prática esportiva, mas também com pa-lestras educativas e envolvimento da comunidade local.

Já o campeão olímpico Sampaio de-senvolveu, por meio da Associação de Judô Rogério Sampaio (AJRS), em par-ceria com a RT, dois grandes projetos que atendem mais de 1.000 jovens da Baixada Santista.

Atualmente presente em três núcleos nas cidades de Santos, São Vicente e Cubatão, o Judô - Educando para a Vida faz parte dessa trajetória árdua de busca de incentivo para a evolução do desporto

nacional. O projeto conta com patrocina-dores renomados, como Telefônica, Co-pebrás, Votorantim Cimentos, EcoRodo-vias e Usiminas, além do apoio do Santos Futebol Clube e da Galvão Engenharia, graças ao convênio com o governo fe-deral, por intermédio do ME. “O objetivo é esse. Fazer as empresas acreditarem na capacidade operativa das entidades, passando a investir em projetos sérios e de resultados”, esclarece o advogado.

O prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, enaltece a importância de empresas como a RT. “Esse é um exemplo de empresas que estão inse-ridas na pactuação de esforços para o crescimento da comunidade local e também para o futuro de toda a juven-tude do nosso País”, ressalta.

Outro excelente fruto da amizade e parceria entre Coutinho e Sampaio cha-ma-se Judô em Ação, capacitando ju-docas para competições internacionais e a conquista de títulos pelo mundo. Um dos destaques do projeto é a judoca Andressa Fernandes, atleta que poderá defender o País nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

“Os atletas disputam Grand Slams e Copas do Mundo, já viajaram por vários países e possuem uma estrutura que se compara a qualquer centro de exce-lência no treinamento da modalidade”, diz Sampaio. E vai além: “Tudo isso se tornou possível graças ao esforço e à crença no trabalho e na parceria”.

Aurélio Miguel também não ficou de fora. Por intermédio da RT, idealizou projeto inserido na LIE que comporta cinco núcleos espalhados estrategica-mente pela capital paulista. Localiza-dos em áreas carentes esses núcleos receberão mais de 700 jovens, propor-cionando aulas e integração.

Leis estadual e municipal

Avanços visíveis percebidos no des-porto nacional por intermédio da LIE, como o vôlei e a natação, entre outras modalidades, despertaram outras esfe-ras governamentais a criarem leis que proporcionassem o mesmo processo de incentivo, por meio do repasse fiscal.

O governo do Estado de São Paulo, assim com a prefeitura de Santos, são exemplos dessa iniciativa. No caso de Santos, apenas em 2010, 12 projetos foram aprovados e puderam ser execu-tados. E devido à experiência adquirida em âmbitos maiores, a RT também in-gressou e se especializou nesse novo segmento da LIE.

Recentemente, a seleção brasileira de tamboréu participou do mundial, na França, e o transporte, hospedagem e inscrições foram adquiridos por intermé-

O especialista não deixou de praticar o judô e hoje treina pelo menos dois dias por semana na Associação de Judô Rogério Sampaio, com desta-ques no judô nacional, como Andressa Fernandes

Tárcio, Rogério Sampaio e João Paulo Tavares Papa: Tárcio Coutinho, Rogério Sampaio e João Paulo Tavares Papa, prefeito de Santos, durante inauguração do núcleo de Santos do projeto ‘Educando para a Vida’

Page 130: Revista Budo 5

Repasse fiscalA LIE permite que patrocínios e do-

ações para a realização de projetos esportivos e paradesportivos sejam destinados por meio do IR, desde que declarado pelo lucro real por pessoas jurídicas, até o limite de 1%, e pessoas físicas até o limite de 6%, desde decla-rem pelo formulário completo. Entende--se por projeto esportivo o conjunto de ações organizadas e sistematizadas por entidades de natureza esportiva, des-tinado à implementação, à prática, ao

dio de um projeto incentivado, no muni-cípio de Santos. “Este é um esporte que merece atenção. Genuíno de Santos, re-presentou o País na Europa com muitas vitórias”, orgulha-se Coutinho.

Potencial de investimento

Hoje, o governo federal tem capa-cidade para repassar cerca de R$ 450 milhões, entretanto, apenas R$ 150 milhões são investidos. “Infelizmente, muitos ainda desconhecem as leis de incentivo ao esporte. Além de incentivar a prática esportiva, as empresas tam-bém agregam sua marca em ações so-ciais”, diz o especialista.

Com a proximidade dos Jogos Olím-picos de 2016, no Rio de Janeiro, mui-tas são as iniciativas do governo para implementar políticas voltadas ao estí-mulo da prática esportiva. “O Pais vive um marco econômico, com crescimento em todas as áreas. O momento é pro-pício para o apoio a projetos. Daqui a pouco teremos uma Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016) aqui. As empresas, grandes ou pequenas, po-dem aproveitar isso para vincular sua marca a uma bela ação social”, consi-dera Coutinho.

128

ensino, ao estudo, à pesquisa e ao de-senvolvimento do desporto, atendendo a pelo menos uma das manifestações esportivas previstas no art. 4º do Decre-to de Regulamentação (6.180/2007).

No Estado de São Paulo, empre-sas podem destinar até 3% do ICMS a projetos previamente aprovados. O sistema é mais simples, pois após o ca-dastramento qualquer empresa que re-colha o ICMS pode efetuar a destinação diretamente e online.

Quanto ao município de Santos, os valores para alavancar o esporte são ir-risórios, dependem de contrapartida da entidade e os critérios de análise ain-da deixam a desejar pela inexperiência do setor específico. Mesmo assim, até 20% do IPTU ou ISS podem ser depo-sitados em contas específicas de proje-tos aprovados.

Tárcio com o Robson Caetano, diversidade desportiva prepara projeto de atletismo para associação de Robson Caetano

Outro evento importante a ser citado é o proje-to ‘Atletas pela Cidadania’, com a presença do Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Onde desta-camos reivindicações para aumentar o núme-ro de pessoas que praticam atividades físicas, aumento de equipamentos esportivos em esco-las públicas e agendamento de reunião com a Presidente Dilma. Além disso, o fortalecimento da lei de incentivo ao esporte e reconhecimento das entidades sem fins lucrativos que prestam relevantes serviços de inclusão social por meio do esporte.

Coutinho em entrevista concedida à rádio e TV online da Jovem Pan, com Wanderley Nogueira.

Para maiores informações sobre a RT Projetos Incentivados basta acessar o site: www.rtprojetosincen-tivados.com.br

Page 131: Revista Budo 5

Um Judoca de Ouro

O que o levou aos tatamis? Os treinos do meu irmão mais velho. Eu ia junto e via aquele monte de criança lutan-do e fui pegando gosto.

Quando e com quem iniciou? No ano de 2008 com o sensei Rubens Pe-reira, na Associação Colossus.

Com quem treina atualmente? Com meu sensei Rubens, com quem aprendo cada dia mais um pouco.

Você sempre foi federado?Desde o início sou federado Na FPJ, pela Associação Colossus de Judô, e treino no CDM Clipper, na Freguesia do Ó.

O que mais lhe atrai no judô? Os golpes e as projeções sensacionais.

O que o judô lhe deu de mais importante? Força e disciplina, além da persistência.

Quem é o maior judoca do Brasil?O Thiago Camilo. Acho que ele é muito técnico e determinado.

Quem é a maior judoca do Brasil? A Ketleyn Quadros.

Como foram as lutas do Meeting? Muito difíceis. Todos judocas eram muitos bons.

O que esta medalha representa para você?Muita alegria, felicidade e vontade de se-guir adiante.

Qual é a sua meta nos tatamis? Lutar pela Seleção Brasileira.

Quais foram suas conquistas mais ex-pressivas em 2011? O Campeonato Paulista e o Meeting Sul--brasileiro.

Fora o judô você desenvolve outras atividades esportivas? Sim, eu treino vôlei e futsal.

Quais são as pessoas que mais lhe aju-daram até aqui? Meus pais e meu sensei.

Pedro Henrique Pauliqui é a ferinha peso ligeiro do infantil, que destacamos nesta edição. Campeão Paulista e do Meeting Sul-brasileiro, o jovem atleta da Associa-ção Colossus de São Paulo, tem como principais metas se desenvolver tecnica-

mente e conquistar títulos importantes nos tatamis

RAIO X

Nome: Pedro Henrique PauliquiData e local de nascimento: 31 de maio de

2001 em São Paulo - SPEscolaridade: Ensino Fundamental I - 5º Ano

Tokui Waza: Ippon-seoi-nageJudogi preferido: Grand Prix - Shihan

Peso: 30 quilosAltura: 1,37 m

Categoria: Infantil - LigeiroSensei: Rubens Pereira

Técnica: Rubiane GuarinoÍdolo dos tatamis: Thiago Camilo

Ídolos fora dos tatamis: Cláudia Natália Ferreira - a minha mãe

Principais títulos: Campeão Paulista e do Meeting Sul-brasileiro

Ferinha dos Tatamis

Sensei Rubens Pereira com Pedro Henrique

Pedro Henrique com a professora Rubiani

129

Page 132: Revista Budo 5

Québec Open 2011Minas Tênis e Pinheiros são Destaques no

Montreal (CAN) – Judocas brasileiros destacaram-se no Québec Open 2011, em que as equipes do Minas Tênis Clube e Es-porte Clube Pinheiros conquistaram o pri-meiro lugar na classifi cação geral do sub-17 e do sênior, respectivamente.

Ao todo foram conquistadas 32 meda-lhas, sendo 13 de ouro, sete de prata e 12 de bronze.

Para Sérgio Pessoa, sensei brasileiro radicado no Canadá e técnico da seleção principal daquele país, o desempenho do time brasileiro foi excelente. “O time do Brasil fez uma apresentação muito boa. Pela primeira vez tivemos clubes brasilei-ros no primeiro lugar na classifi cação ge-ral, e só tenho de parabenizar o trabalho desenvolvido no Minas Tênis Clube e no Esporte Clube Pinheiros.”

Sobre a melhor luta da competição, Pessoa foi enfático. “A fi nal do 73 kg, en-tre Brasil e Canadá, foi a melhor luta do torneio. Tanto o Emmanuel Santos quanto o Miguel Ngombi lutaram muito. O judoca do Pinheiros venceu no golden score por ippon, com uma chave cruzada de braço. Foi um juji-gatame sensacional.”

Para o renomado sensei paulista, o se-lecionado brasileiro fez uma apresentação

memorável. “Acho importantíssimo desta-car que recebi muitos elogios dos dirigentes do judô canadense sobre a atuação brasilei-ra. Vincent Grifo, presidente da Federação Canadense, Daniel d’Angelis, presidente da Federação de Judô de Quebec, e Patrick Esparbés, diretor executivo do Judo Qué-bec, enalteceram a participação do Brasil e estão otimistas sobre a possibilidade de intercâmbio entre Quebec e São Paulo, as-sim como do Canadá com o Brasil.”

Sérgio Pessoa destacou que os diri-gentes se impressionaram com a qualidade técnica do judô apresentado pelos clubes brasileiros. “Um ponto que chamou a aten-ção dos dirigentes foi a qualidade técnica das equipes do Pinheiros e do Minas Tê-nis, que terminarem em primeiro lugar no ranking geral de clubes, nas categorias sê-nior e sub-17”.

O intercâmbio ocorrido em agosto abre novas perspectivas para o judô pan-ameri-cano. Jean Francois Marceaux, técnico da seleção de Quebéc, aproveitou a visita de Francisco de Carvalho, presidente paulista, para agradecer a acolhida que sua seleção teve em São Paulo em agosto, quando aqui realizou um intercâmbio técnico. O treina-dor canadense disse ainda que o nível das

competições realizadas na Hebraica e no Centro Olímpico foi altíssimo, assim como o treinamento realizado no Projeto Futuro e nos demais clubes do judô paulista.

Ficou acertado que o Judo Québec e a Federação Canadense de Judô buscarão trabalhar ainda mais no sentido de aumen-tar a participação do Brasil nos eventos ca-nadenses, visando a ampliar o intercâmbio existente entre os dois países.

Competição teve participa-ção recorde de atletas

Ao todo cinco países participaram des-ta edição do tradicional evento do judô ca-nadense. Estados Unidos, Suécia, Japão, Brasil e Canadá inscreveram 850 judocas na competição.

Pessoa mostrou-se surpreso com o nú-mero de atletas inscritos. “Esta foi a 35ª edi-ção do Québec Open, e confesso que fi quei surpreso com o número de atletas inscritos. Só para termos uma ideia, na categoria -73 kg do sênior tivemos 55 atletas inscritos. Mas a grande surpresa foi o alto nível téc-nico de algumas categorias do sênior. Acre-dito que em 2012 teremos mais atletas ins-

Minas Tênis e Pinheiros são Destaques no

Por Paulo Pinto

Fotos Robert Strukelj - CAN

130

Page 133: Revista Budo 5

Québec Open 2011Minas Tênis e Pinheiros são Destaques no

critos, devido ao nível elevado da disputa nesta edição. Considero o Québec Open o torneio mais forte do Canadá e penso que o intercâmbio entre Brasil e Canadá vai aumentar. Os dirigentes do Judo Québec já avisaram que vão querer os brasileiros aqui, no próximo ano. Prometeram ofere-cer mais ajuda ainda, para viabilizar a vin-da de mais uma grande equipe do Brasil, o que certamente aumentará o nível técnico da competição.”

Técnicos e dirigentes de destaque marcam presença

no evento

Uma das grandes mudanças desta edição do Québec Open foi a presen-ça de grandes técnicos brasileiros. Entre eles destacamos Mauro Oliveira, técnico do Esporte Clube Pinheiros. Outra fera da área técnica presente ao evento foi Alfre-do Dornelles, técnico do time minastenista. Não poderíamos deixar de citar Solange Pessoa, uma treinadora com um currículo invejável, que compareceu ao evento pela sexta edição consecutiva.

Se nos bancos das equipes estavam grandes feras do judô verde-amarelo, nos bastidores não foi diferente. Personalida-des da área política marcaram presença e mostraram todo o carisma que possuem no meio. Falamos de Carlos Henrique Martins Teixeira, diretor de judô do Minas Tênis Clu-be; Francisco de Carvalho Filho, presidente da Federação Paulista de Judô, e Vincent Grifo, presidente da Federação Canadense de Judô. Três dirigentes que exercem uma liderança fundamentada no carisma e no pluralismo de ideais.

Nos tatamis, muita garra e ippons

Nas cinco áreas montadas no Centre Pierre Charbonneau a disputa por meda-lhas foi ferrenha, e mesmo com número de participantes inferior, os brasileiros fizeram valer toda a experiência que possuem e o nível técnico de São Paulo e Minas Gerais.

A equipe da Belo Dente/Minas con-quistou três primeiros lugares, quatro vice--campeonatos e dois terceiros lugares. As

131

Page 134: Revista Budo 5

medalhas de ouro vieram com Mauro Marques Lopes (sub-15), Wander Cân-dido dos Santos e Paula Clark Soares Silveira (sub-17). As medalhas de prata foram conquistadas por Roan Borges de Thuin e Pedro Henrique Martins Teixeira (sub-15), além de Igor Borges deThuin (sub-17) e Melina de Sá Frizzera Scárdua (sub-20). A equipe do Minas ainda garan-tiu duas medalhas de bronze, com Daniel Farnezi Motta e com Laís Oliveira Lessa.

Pelo Esporte Clube Pinheiros, o desta-que ficou por conta dos campeões Emma-nuel dos Santos, Vinicius Panini, Gabriel Gouveia de Souza, que conquistou dois ouros, e Ilden Alves Ribeiro. A única meda-lha de prata do time paulista veio com Luiz Lucanchuc. Já os bronzes ficaram com Fabiana Oliveira, Rubiana Lopes, Gabriel Moreti, Bruno da Rocha, Ricardo Serrão, Daniel Plácido e Lucca P. Dagnino.

No máster, os destaques foram Janaí-na Silva, ouro no F1; Marcelo Fontes, ouro no M2; Ademar Baeta, ouro no M4; Juran-dir Santos, ouro no M4; Alexander Gue-des, ouro no M2; Alexandre Gaspar, prata no M2 e Reinaldo Tuha, bronze no M6.

Treinamento de campo

Antes de regressar, a equipe verde--amarela participou do treinamento de cam-po realizado em Montreal, entre os dias 10 e 13 de outubro. O ministrante do treinamento foi o judoca canadense Nicolas Gill, meda-lhista olímpico em Barcelona 92 (bronze) e Sidney 2000 (prata), que também medalhou em três mundiais. Além deste grande judoca canadense, o treinamento de campo contou com a participação das seleções canaden-ses sênior e júnior.

Devolta ao Brasil, Sergio Bruno Zech Coelho, presidente do Minas Tênis e o diretor de judô Carlos Henrique Martins Teixeira homenagearam os judocas que representaram o clube no Canadá

Jurandir de Lira Matos da Silva, campeão do Médio -90 kg no Máster 3

132

Page 135: Revista Budo 5
Page 136: Revista Budo 5

Por Paulo Pinto

Fotos Arquivo

Mais ForteUm Amapá cada dia

No Brasil muitos estados têm cresci-do e marcado cada vez maior presença nos pódios. Porém o Estado que tem apresentado maior evolução no judô ver-de-amarelo é o Amapá, que paradoxal-mente é o Estado mais distante do centro esportivo do país.

Porém o judô amapaense possui um diferencial bastante signifi cativo, se com-parado à maioria dos estados brasileiros: seu dirigente. Lá não vemos apenas um dirigente ocupando o cargo para tirar pro-veito e usufruir das vantagens que lhe são oferecidas. Antonio Viana não está presidente para aproveitar das benesses que o cargo lhe proporciona.

Diferente de muitos dirigentes que estão no cargo para se locupletar, Viana trabalha incansavelmente pela estrutura-ção e o desenvolvimento técnico da mo-dalidade.

Um judoca que acima de tudo pensa e vislumbra o judô como fonte de desenvol-vimento sócio-cultural, Viana foi o primei-ro dirigente estadual a fazer uso da Lei de Incentivo ao Esporte - LIE, e com isso promoveu uma série de avanços no cam-po estrutural e técnico. A lei 11.438/06 foi regulamentada pelo Decreto 6.180/07 e os primeiros projetos iniciaram em 2008.

Surpreendendo até os dirigentes do Sul, que absurdamente jamais fi zeram uso deste importante mecanismo que desde o ano de 2007 é oportunizado a todos que militam no esporte, Viana não se acomodou e trava uma batalha incan-sável para incluir o judô, no seio da socie-dade amapaense.

Através de uma gestão democráti-ca e transparente Viana conquista cada vez maior espaço, e medalhas para seu Estado, e prova disso foi o excelente re-sultado obtido no Campeonato Brasileiro Sub-17, onde os judocas Lilian Amaral e Julio Vilhena, foram vice-campeões.

Em uma rápida entrevista Antonio Viana fala com otimismo e espera ainda este ano bater o recorde na conquista de

medalhas para o Amapá. “Estamos em crescente evolução, e estamos chegando junto aos estados mais fortes. Este ano ainda haverá alguns eventos e mais me-dalhas serão conquistadas”.

Para Viana hoje o Amapá faz par-te do grupo de estados que fomentam verdadeiramente o crescimento da mo-dalidade. “Buscamos cada dia dar mais suporte para nossos técnicos, atletas e clubes, pois sabemos que para estar no contexto nacional é preciso mostrar resultado e lutar literalmente, por vagas nas seleções de base. O Amapá hoje faz parte do grupo de estados que fazem o judô acontecer, no Brasil. Cada vez mais estamos deixando de ser coadjuvantes, e conquistando um maior número de me-dalhas e vagas”.

Entre as ações e ferramentas utiliza-das para massifi car o judô em seu Estado, a LIE ocupa uma posição de destaque. “Ainda este ano iniciaremos a execução do projeto Judô Para Todos – Descober-ta de Talentos, que é apoiado pela Oi e Bradesco, através da Lei de Incentivo ao Esporte, onde teremos mais 15 locais de treinamento, que atenderá cerca de 750 atletas. Sem duvida este será um mar-co na história do judô amapaense, e um grande passo na massifi cação de nossa modalidade no Amapá”.

Sobre o número cada vez maior de medalhas, o dirigente prefere dividir o bom desempenho com os professores do Estado. “As conquistas que estamos ob-tendo são resultado do esforço dos nos-sos professores, técnicos e clubes. Com

134

Page 137: Revista Budo 5

No campo esportivo dois destaques da nova geração de atletas amapaenses são os judocas Lilian Amaral dos Santos e Julio Vilhena, que em maio passado foram vice--campeões no Campeonato Brasileiro Sub 17, realizado em Recife (PE). Apesar de jo-vens já são velhos conhecidos no cenário nacional.

Nascida em 12 de dezembro de 1996, em Santana (AP), Lilian Amaral dos Santos iniciou no judô aos 9 anos, com o sensei Ronildo dos Santos Nobre.

Segundo a judoca santanense, seu judô é fundamentado nas técnicas de ashi. “Não tenho um golpe preferido. Uchi-mata ou Ouchi-gari, não importa, o que eu gosto mesmo é jogar com golpes de perna. Uso várias técnicas, mas uso mais golpes de ashi-waza”.

Como era de se esperar seus ídolos nos tatamis são dois ícones atuais dos ta-tamis. “Acho que o Leandro Guilheiro e a Mayra Aguiar, são os maiores judocas do Brasil da atualidade, e estão entre os me-lhores do mundo”.

Lilian destacou que foi a primeira judoca amapaense a conquistar um ouro em Bra-sileiros. “Fui a primeira atleta do Amapá a conquistar uma medalha de ouro em Cam-peonatos Brasileiros. Fui campeã brasilei-ra Sub 13 em 2008, em Natal (RN). Antes havia sido bronze em João Pessoa (PB), e tetracampeã regional”.

A judoca amapaense lembrou de tudo que foi preciso para chegar ao topo. “A con-quista da prata no Sub 17 representa muita coisa. Lembro dos inúmeros treinos reali-zados com meu sensei, com o apoio dos meus colegas que me ajudam muito. Sem eles e sem o apoio de minha família e de

Duas jovens promessas

meus patrocinadores, eu jamais subiria nos pódios”, disse.

A vice-campeã brasileira espera atingir muito mais com o judô. “Estou me recupe-rando de uma fratura na perna, e se Deus quiser vou ser campeã mundial. Treino to-dos os dias visando este objetivo. Vou cur-sar medicina e fazer massoterapia, e tenho que o judô me Dara tudo isso e muito mais ainda”, finalizou Lilian.

Julio de Oliveira Vilhena nasceu em 30 de novembro de 1995, em Santana (AP), e começou a treinar aos 11 anos, também com o sensei Ronildo dos Santos Nobre.

O jovem amapaense é adepto do te waza, e seu tokui waza é o Seoi-Nage. Descolado Julinho fala de seus ídolos. “Sempre fui fã do japonês Tadahiro Nomu-ra, mas como ele pendurou o kimono, meu ídolo hoje é o brasileiro Leandro Guilheiro. Ele é o judoca mais bem preparado e forte da atualidade”.

Para Vilhena a medalha de prata no brasileiro mostra que ele está no caminho certo. “A conquista desta medalha compro-va toda a minha dedicação aos treinos, e mostra que tenho potencial. Esta foi minha primeira participação em Brasileiros e co-mecei com o pé direito. Foi a primeira de muitas que virão se Deus quiser.

Otimista Julio afirma que vai treinar cada vez mais, para um dia representar o Brasil em 2016. “Minha principal meta hoje é treinar cada vez mais, e se Deus quiser representar o Brasil na Olimpíada de 2016. Vou treinar duro visando este objetivo”.

Enfático, Julio Vilhena explica o por-que de tanta determinação. “Eu quero ser exemplo para muitas pessoas. Serei um judoca que luta nos tatamis e na vida”.

a participação e dedicação cada vez maior de nossos filiados iremos muito mais longe”.

Viana finalizou falando sobre seu principal objetivo. “Estamos lutando para concretizar alguns projetos basea-dos na Lei de Incentivo ao Esporte, para buscar parcerias que nos facultem reali-zar o principal objetivo que é a constru-ção de nossa sede e de um centro de treinamento”.

135

Page 138: Revista Budo 5

Kodanshas do Brasil

136

Por Kátia Aguiar

O Kodansha do Pará

Professor Antônio dos Santos Go-mes, o Louro (66), um kodansha 6º dan, tem uma trajetória de vida que se confun-de com a história do judô de seu Estado, o Pará.

Curiosamente, Gomes iniciou sua car-reira de atleta na luta livre americana. Atle-ta e pai de família exemplar, administrador e proprietário da Louro Car, ele também é um apaixonado por automóveis. É o cam-peão dos tatamis e da vida, que estando na presidência da Federação Paraense de Judô obteve conquistas inéditas para o esporte no Pará, como a realização de eventos nacionais e a aquisição da sede própria da FPAJU.

Em entrevista para a Budô, Louro faz um balanço do judô atual e fala sobre sua trajetória nos tatamis. Dá lições de ética, gratidão e lealdade, não só na vida profi s-sional, mas no dia a dia de homem públi-co e judoca.

Como vê o momento que o judô vive?Administrativamente, está muito bem.

Nosso último ouro olímpico foi há qua-se 20 anos e, até Londres, o Brasil so-mará 12 anos sem disputar uma fi nal olímpica. Como avalia este quadro?Lamentavelmente, a prática retrata esta realidade.

Quais foram as maiores legendas do judô paraense?Maeda, Saito, Minoro, Alfredo, Braga, Charone, Fernando. Já como atleta foi Laurindo Neto.

A família, o judô e o Pará Clube são suas grandes paixões. Explique como consegue dar manutenção a três amo-res simultaneamente?Na verdade, são quatro grandes pai-xões: faltaram os carros, setor em que atuo profi ssionalmente há 38 anos, ven-dendo satisfação. Nesse segmento fun-dei em São Paulo o sindicato nacional e em Belém, a associação local, a Assove-pa, e o sindicato estadual, o Sindivepa.

Mas a família é meu alicerce. Sou pra-zerosamente casado há 40 anos, tenho três fi lhos fantásticos, cinco netos mara-vilhosos. O Pará Clube é um grande clu-be social de Belém, do qual fui oito anos diretor de esportes, vice-presidente e presidente por quatro mandatos. Por úl-timo, mas não menos importante, o judô que fundei nesse mesmo Pará Clube há 35 anos, a escolinha onde até hoje mi-nistro aulas.

Todos os kodanshas que viveram a era Mamede de perto afi rmam que Paulo Wanderley foi o judoca mais benefi cia-do pelo professor Mamede. Você reite-ra isso?Certamente! Na época era considerado o fi lho mais importante do professor.

Sabemos que a CBJ não dá a menor ajuda ao professor Mamede que, la-mentavelmente, vive hoje uma situa-ção bastante delicada. Como avalia a postura do nosso presidente?Se você quer conhecer o cidadão, dê-lhe dinheiro; se quer conhecer melhor ainda, lhe dê poder.

Você acha que falta algo nos exa-mes para faixa preta dos judocas que desejam ser professores?Acho, principalmente nos aspectos ético e comportamental.

Em sua análise, o que é ser uma pessoa íntegra?É não querer para os outros o que não quer para si

O que é ser kodansha?É ser ético, simples, humilde, frater-no, solidário e estar sempre pronto para ensinar a quem o procura. É manter uma conduta exemplar de retidão. É necessário que esteja sempre se esmerando, pois só com bons exemplos é possível ser ver-dadeiramente um kodansha.

Recentemente você enfrentou um grave problema de saúde. Como está hoje?Tive câncer de próstata, operei e depois fi z 35 sessões de radioterapia; sinto-me cada vez mais forte.

Você se aproximou do movimento que pôs fi m à era Mamede, mas sempre fi el ao professor Mamede. Ao que se de-veu tanta fi delidade?Por conhecer as virtudes deles, mas tam-bém os defeitos, e sempre pesaram mais as virtudes.

Por que, mesmo não apoiando o movi-mento, você era convidado a participar das reuniões?Pela amizade ao Simbaldo e ao Chico, que sabiam de meu posicionamento, mas respeitavam a minha postura. Nunca hou-ve pressão ou perseguição.

Você vê semelhança entre o modus operandi do professor Mamede e do Paulo Wanderley?Sim. Principalmente nos defeitos e nos aspectos negativos. Aliás, este é um grande exemplo em que a criatura supera o criador.

Page 139: Revista Budo 5

137

Como vê o continuísmo e a perpetua-ção no poder?Sou contra. Acho que o grande líder deve deixar a sua marca e realizações, mas tam-bém deve propiciar outras lideranças, para que possam fazer igual ou até melhor. Essa avaliação deve ser feita pelas pessoas en-volvidas e também por uma autoavaliação do que se realizou em relação ao que os outros fi zeram. É um jogo importante e sau-dável, e quem ganha é a instituição.

Mas você também se perpetuou no poder. Por que hoje pensa de forma distinta? Eu não me perpetuei e nunca tive essa intenção. Na época não havia candidatos para me substituir, muito ao contrário, ha-via um movimento para que eu permane-cesse no cargo, até porque naquela épo-ca era preciso meter a mão no bolso para manter a instituição viva.

Como avalia o fato do Paulo Wanderley ser presidente da CBJ, da Confederação Pan-Americana de Judô e vice-presiden-te da Federação Internacional de Judô?Essa pergunta deveria ser feita a quem instituiu essa política egoísta, centraliza-dora, mesquinha e perversa. O professor Mamede presidia apenas a CBJ e propor-cionava aos seus pares os demais cargos.

Como avalia a administração do Edu-ardo Pinho?Muito boa. Conheço os pais do Eduardo e esse aspecto familiar fi ca evidente em sua gestão. Insisto nessa relação traba-lho x família, pois acredito que um lar bem estruturado se refl ete também em nossa conduta profi ssional. Ser presidente de uma entidade sem recursos, ocupar um cargo não remunerado, demanda abne-gação e tempo. O Eduardo é um profi s-sional bem-sucedido, e sabíamos que fa-ria sua gestão fundamentada na paixão, e felizmente é isso que tem ocorrido.

Você vê crescimento e desenvolvimen-to na gestão atual do Pará?Sim, com certeza. Na minha época não tí-nhamos patrocínio ou apoio de ninguém. Hoje, mesmo que insufi ciente, já existe al-guma coisa. O Pará cresce tecnicamente e estruturalmente. Quando eu era presidente, fi zemos um brasileiro 11/12 anos que contou com a participação de 23 Estados. Hospe-damos todo mundo, dando café, almoço e jantar, tudo por conta da FPAJU, mesmo não tendo patrocínio. Fizemos um torneio em ho-menagem aos 100 anos de amizade comer-cial entre Brasil e Japão, trazendo a seleção

japonesa de Almori, cidade onde nasceu o judoca Maeda, que está enterrado em Be-lém e fundou aqui a Conde Koma. Para este evento veio também a seleção do Nordeste, e o Pará fi cou em segundo lugar. Fizemos um brasileiro Norte e Nordeste 13/14, no qual o Pará foi campeão. Fizemos por três anos o Norte e Nordeste Juvenil, e fomos campeões. Fizemos dois Norte e Nordeste juniores, e também fomos campeões, e a mesma coisa se repetiu no sênior.

Qual foi a pessoa mais íntegra que co-nheceu nos tatamis?Simbaldo Pessoa.

Qual foi o maior dirigente que conhe-ceu no Brasil?Professor Mamede que, mesmo sem ne-nhum patrocínio, conseguiu ajudar e fez muito pelo Norte e Nordeste. Foi uma época bem diferente da que vivemos hoje, mas ele foi o grande responsável pela estruturação do judô no Brasil.

Qual foi o maior árbitro que viu atuando?Do Brasil, destaco o Maranhão e o Dante.

O que precisa ser feito para melhorar ainda mais o judô verde-amarelo?Trabalhar muito mais o judô do Norte e Nordeste. Nosso presidente só olha para esta região quando pensa na política.

Qual é a participação da dona Rosa em sua vida nos tatamis?Total. Desde quando fazia luta livre, e também no judô, ela sempre esteve pre-sente em todas as fases, todos os desa-fi os, nas vitórias e nas derrotas.

E fora dos tatamis?Em tudo que faço e em todos os desafi os que aceito em todas as fases da vida, a cada pequena vitória, em cada sorriso, mas também em cada lágrima, ela está e esteve ao meu lado. Companheira fi el, mãe exemplar, avó dedicada, humana, sensível e solidária. Uma grande mulher, companheira e profi ssional competente, comandando ao meu lado os negócios.Como ex-dirigente, se tivesse oportu-

nidade, o que diria ao professor Paulo Wanderley?Lembraria que, antes de ocupar o cargo, nas reuniões, ele era veemente contra o procedimento do professor Mamede. Es-perávamos que, ao assumir, fosse fazer diferente. Por que agora repete as mes-mas políticas, faz igual e até pior que seu antecessor?

Você é um homem realizado?Plenamente, embora eu creia que, en-quanto formos vivos, podemos fazer sem-pre melhor.

O judô tem algo a ver com a sua reali-zação pessoal?Muito, principalmente no aspecto fi losófi -co e disciplinar.

Qual é o principal papel do judô na so-ciedade atual?O judô deveria fazer parte da grade do en-sino fundamental para propiciar uma vida mais equilibrada e saudável para nossa juventude.

Qual foi a coisa mais preciosa que o judô lhe proporcionou?Ter visitado o Japão por quatro vezes e conhecer um povo trabalhador, simples, cumpridor, que respeita o próximo e, prin-cipalmente, os mais velhos. É exemplo para o mundo.

Qual foi o maior ensinamento que aprendeu com o sensei Kano?Toda a mensagem fi losófi ca e disciplinar de sua obra.

Eduardo Pinho e Louro

Louro e sua esposa Rosa Gomes

Os professores Walter Amaral, Antonio Gomes, Clidenor Oliveira e Laurindo Neto

Page 140: Revista Budo 5

138

Sul-Americano de VeteranosBrasil Domina Quase Todas as Categorias do

Montevidéu (URY) – Realizado entre os dias 28 e 31 de julho, na capital uru-guaia, o III Campeonato Sul-Americano de Veteranos mobilizou mais de 200 atletas do Brasil, Argentina, Equador e Uruguai.

No dia 29 realizou-se o campeonato aberto de kata, nas dependências do Club Hebraica Macabi. Nos dias 30 e 31, o giná-sio de esportes do Club Neptuno abrigou as disputas do shiai individual, absoluto e por equipes.

A Federação Uruguaia de Judô não mediu esforços para realizar uma com-petição com excelente nível e aumentou a esperança daqueles que amam o judô máster, no sentido de vermos um dia esta categoria recebendo da FIJ e da CBJ a mesma atenção, cuidado e respeito que gozam as demais categorias.

Nas duas áreas montadas no Club Neptuno vimos muita gente forte mostran-do um judô de altíssimo nível. Além do show de técnica e determinação dos ve-teranos, presenciamos todo o glamour e o fair-play, que só a categoria máster possui.

Além das feras dos veteranos, dirigen-tes e judocas de destaque marcaram pre-sença na competição, entre os quais des-tacamos os árbitros Vicente Nogueroles, Marcelo Ehrlich, Rioti Uchida, Luís Gallo, Luís Alberto dos Santos e Blanca Noemi Sanchez. Entre os dirigentes presentes destacamos o anfi trião Ignacio Aloise, pre-sidente da Federação Uruguaia de Judô, Carlos Eurico Pereira, presidente da Fede-ração Gaúcha de Judô, Antônio Jovenildo Viana, presidente da Federação de Judô do Amapá e Francisco de Carvalho Filho, presidente da Federação Paulista de Judô.

Por Paulo Pinto

Fotos Revista Budô

138

Page 141: Revista Budo 5

tidade que há quase sessenta anos dirigia com muito mais habilidade o judô sul-ame-ricano para jogar a modalidade nesse ostra-cismo quase total? Foi para isso que deram este golpe no judô das três Américas?

É com esta administração esdrúxula e irresponsável que os dirigentes da CPJ pretendem impulsionar o máster em nosso continente? Até onde vão a vaidade, a am-bição e a falta de comprometimento dos di-rigentes que se apossaram da modalidade no Brasil e nas Américas?

Felizmente, enquanto fora dos tatamis os dirigentes fi cam fazendo o jogo da política sórdida e irres-ponsável, dentro deles nos-sos judocas treinam forte, preparam-se para as dispu-tas, assumem o custo ele-vado das despesas com viagem, hospedagem e da inscrição nas com-petições, para colocar o Brasil no lugar mais alto do pódio.

Fe l izmente, a paixão pela disputa e pela conquista motiva um número cada vez maior de judocas veteranos, que, a despeito da le-viandade dos dirigen-tes e de todos aqueles que os apoiam, marcam cada vez maior presença nos tatamis, buscando me-dalhas e títulos dentro e fora do nosso continente.

rigentes que se apossaram da modalidade no Brasil e nas Américas?

Felizmente, enquanto fora dos tatamis os dirigentes fi cam fazendo o jogo da política sórdida e irres-ponsável, dentro deles nos-sos judocas treinam forte, preparam-se para as dispu-tas, assumem o custo ele-vado das despesas com viagem, hospedagem e da inscrição nas com-petições, para colocar o Brasil no lugar mais

Fe l izmente, a paixão pela disputa e pela conquista motiva um número cada vez maior de judocas veteranos, que, a despeito da le-viandade dos dirigen-tes e de todos aqueles que os apoiam, marcam cada vez maior presença nos tatamis, buscando me-dalhas e títulos dentro e fora do nosso continente.

139

Show de técnica nos katas

No primeiro dia da competição ocorre-ram as disputas de kata individual e misto, de nage no kata, katame no kata, kodokan goshin jitsu, kime no kata e ju no kata.

Como era esperado os destaques nestas disputas foram Aline Akemi, Julia-na Tiaki, Eliane Pintanel, Roger e Wagner Uchida, Rodrigo Motta, Leonardo Yamada e Paulo Roberto Ferreira.

Shiai mostra as feras da categoria

No shiai o sul-americano contou com grandes nomes da categoria, e nos tatamis do Club Neptuno vimos excelentes combates.

Os destaques desta categoria foram os seguintes judocas: Cristian Cesário, Antô-nio Jovenildo Viana, Alexandre Santos (o Jacaré), Rodrigo Motta, Acácio Lorenção, Carlos Gaitan, Hamilton Correia, Maurício Cataneo, Anderson Santos, Nelson Onmu-ra e Artêmio Caetano.

As feras do feminino que estiveram em Montevidéu foram Andréia Ambrósio, Va-nessa Billard, Iraci Grube, Ilka Gonçalves e Fátima Camargo.

Dos mais de 200 judocas participantes, aproximadamente 80% eram do Brasil. Uru-guai, Argentina e Equador enviaram aproxima-damente 40 atletas para a disputa continental.

Quando será que a recém-fundada Confederação Pan-Americana de Judô vai mostrar ao que veio? Desmontaram a en-

139

Page 142: Revista Budo 5

Nage no Kata Masculino

1 BRAWagner Uchida

Paulo Ferreira

2 BRAPaulo Ferreira

Anderson Silva

3 BRALeandro Bello

Eloy Pereira

4 BRAEdson Dummer

Leandro Couto

Nage no Kata Misto

1 BRAEliane Pintanel

Roberson Passos

2 BRAAline Akemi

Paulo Ferreira

3 BRARodrigo Motta

Juliana Maesta

4 URUValeria Rojo

Lucas Candan

Nage no Kata Femenino

1 BRAAline Akemi

Juliana Maesta

Katame no Kata Masculino

1 BRAWagner Uchida

Paulo Ferreira

2 BRARoger Uchida

Rodrigo Motta

3 BRAFabiano Barros

Anderson Neves

Katame no Kata Femenino

1 BRAJuliana Tiaki O. Maesta

Aline Akemi l. Sukino

Katame no Kata Misto

1 BRAAline Akemi

Roger Uchida

2 BRAJuliana Maesta

Rodrigo Motta

Kodokan Goshin Jitsu Masculino

1 ARGHugo Pelayo

Ramiro Rodriguez

2 BRAMarcus Michelini

Diogo Colela

3 BRAWagner Uchida

Rodrigo Motta

Kodokan Goshin Jitsu Misto

1 BRARodrigo Motta

Aline Akemi

Kime no Kata Masculino

1 BRAWagner Uchida

Paulo Ferreira

2 BRAMarcus Michelini

Diogo Colela

3 BRALeonardo Yamada

Caio Kanayama

Kime no Kata Feminino

1 BRAJuliana Maesta

Aline Akemi

Kime no Kata Misto

1 BRAWagner Uchida

Aline Akemi

2 BRAEliane Pintanel

Roberson Passos

3 BRAJuliana Maesta

Paulo Ferreira

Ju no Kata Masculino

1 BRAWagner Uchida

Paulo Ferreira

2 BRACassio Serafim

Alexandre Roma

3 BRARoger Uchida

Rodrigo Motta

4 BRALeandro Yamada

Caio Kanayama

5 ARGLuis Torres

Luis Lopez

Ju no Kata Feminino

1 BRAAline Akemi

Juliana Maesta

Ju no Kata Misto

1 BRARoger Uchida

Juliana Maesta

2 BRARodrigo Motta

Aline Akemi

3 BRAEliane Prondzynski

Roberson Passos

Faixa Marrom

Nage no Kata Masculino

1 BRAElvis Nobuyoshi

Gabriel Nunes

2 BRACassio Serafim

Alexandre Roma

Katame no Kata Masculino

1 BRAElvis Nobuyoshi

Gabriel Nunes

Ju no Kata Masculino

1 BRAElvis Nobuyoshi

Gabriel Nunes

RESULTADOS KATA

140

Page 143: Revista Budo 5

141

Page 144: Revista Budo 5

RESULTADOS SHIAICOMPETIDORES M1

Cezario Cristian BRA 60

Dias Ribeiro Ronaldo BRA 60

Kanayama Caio BRA 60

Fernandez Juan 60

Castiglione S. M. Khalil Gibran BRA 66

Barbosa Soares Joao Paulo BRA 66

Zanchin Wuelani Rivalner BRA 66

Conceicao Moraes Marcio BRA 73

Pinheiro Flavio BRA 73

Azevedo Sanjiorato Danilo BRA 73

Duro Cristian ARG 73

Vianna Jose URU 81

Viana De Sousa Reinaldo BRA 81

Maciel Cristiano BRA 81

Telles De Menezes Daniel BRA 81

Gonzalez Diego URU 90

Da Cunha Sebastiao Alexandre BRA 90

Da Silva Acacio Rodrigo BRA 90

Do Spirito Santo S. Fernando BRA 90

Terra Javier URU 100

Mendes Anderson Anterio BRA 100

Sousa Dos Santos Luiz Cesar BRA 100

Said Da Costa Leandro BRA M100

Da Costa Gome Albertonio BRA M100

Semprebom Augusto BRA M100

Mendes Anderson Anterio BRA LIB

Said Da Costa Leandro BRA LIB

Barbosa Lins Fabio BRA LIB

Sousa Dos Santos Luiz Cesar BRA LIB

COMPETIDORES M2

Almeida Neto Cario Souto BRA 60

De Oliveira Marco Antonio BRA 60

Maemori Hernan Dario ARG 66

Aderaldo Guerra Frederico BRA 66

Nunes Couto Leandro BRA 66

Ribeiro do Nascimento Daniel BRA 66

Oliveira Da Rocha Cesar BRA 73

Schneider Willy BRA 73

Berdullas Cesar Emilio ARG 73

Mato Pablo URU 73

Perichon Rafael ARG 81

Cassio dos Santos Anderson BRA 81

Da Silva Elias Felix BRA 81

Dos Santos Luis Antonio BRA 81

Alexandre Aparecido Dos Santos BRA 90

Wilhelm Gustavo Daniel ARG 90

Isopo Ricardo BRA 90

Afonso Paulo BRA 90

Morales Emiliano Adrian ARG 100

Grande Dias Bello Leandro BRA 100

Applan Mario URU 100

Ribeiro Cotinho Julio Cesar BRA 100

Aguiar Simoes Ricardo BRA M100

Pereira Costa Eloy BRA M100

Leal Mota Eduardo Baradel BRA M100

Alexandre Aparecido Dos Santos BRA LIB

Cassio dos Santos Anderson BRA LIB

Oliveira Da Rocha Julio Cesar BRA LIB

Afonso Paulo BRA LIB

COMPETIDORES M3

Picate Gustavo Daniel ARG 66

Paulo Sergio De Oliveira BRA 66

Ribeiro Dantas Efraim BRA 66

Cannizzo Sergio Alejandro ARG 66

Guimaraes Motta BRA 73

Gomes Marcus Vinicius BRA 73

Ferraz Ferri Mauricio BRA 73

Da Silva Antonio Jovenildo BRA 81

Heredia Christan Ceferino ARG 81

Filgeiras Gomes Paulo Sergio BRA 81

Alvarez Ariel Norberto ARG 81

De Azeredo Sousa Andre Luiz BRA 90

Cataneo Mauricio BRA 90

Alba Sergio Adrian ARG 90

Pokorski Vargas Jose BRA 90

Bacellar Fernando Luiz BRA 100

Pereira Lima Junior Espedito BRA M100

Neves Pinto Junior Aldair BRA M100

Junior Luiz Antonio BRA M100

Costa Guimaraes Reyner BRA M100

Neves Pinto Junior Aldair BRA 1

Pereira Lima Junior Espedito BRA 2

Da Silva Antonio Jovenildo BRA 3

De Azeredo Sousa Andre Luiz BRA 3

COMPETIDORES M4

Trione Juan Carlos ARG 60

Azuma Lauro BRA 60

Lavalle Fabian Humberto ARG 60

Granado Magdiel Anselmo BRA 60

Rodriguez Luis Alberto ARG 66

Kuno Clovis Koji BRA 66

De Almeida Marcelo Manoel BRA 73

Cervantes Da Silva Nerival BRA 73

Suarez Sieira Luis Mariano URU 73

Duarte Sergio Javier Lorenzo ARG 81

Mansur Rene Gustavo ARG 81

Perez Jorge Esteban ARG 81

Arias Ruben Enrique ARG 81

Biondo Domingo Osvaldo ARG 90

Gomez Walter ARG 90

Dummer Edson BRA 90

Ediwaldo Antonio Fazzolari BRA 90

Lorensao Junior Acacio Val-demar

BRA 100

Sais Hector Alejandro ARG 100

Lannutti Fabian Luis ARG M 100

Lannutti Fabian Luis ARG LIB

Lorensao Acacio Valdemar BRA LIB

Gomez Walter ARG LIB

Sais Hector Alejandro ARG LIB

142

Page 145: Revista Budo 5

RESULTADOS SHIAICOMPETIDORES M5

Dos Santos Junior BRA 60

Kawakami Julio BRA 66

Hirotoshi Onmura Nelson BRA 73

Fernandes Pedro Luiz BRA 73

Solari Noble Miguel Angel URU 73

Maggi Henry Luciano BRA 73

Montrasi Mario Daniel ARG 81

Caetano Filho Artemio BRA 81

Medina Guillermo Carlos ARG 81

Lucimar Rocha Rocha BRA 81

Torres Luis Alberto ARG 90

Fracchia Eduardo ARG 90

Seiko Tuha Reinaldo BRA 90

Firmino Erasmo Luiz BRA 100

De Sá Carvalho Helenio Jose BRA 100

Ribeiro Da Cruz Pedro BRA M100

Leindorf Bartz Paulo AIrton BRA M100

Fracchia Eduardo ARG LIB

Ribeiro Da Cruz Pedro BRA LIB

Fernandes Pedro Luiz BRA LIB

Lucimar Rocha Rocha BRA LIB

COMPETIDORES M5

Honda Sergio BRA 60

Da Silva Neto Porto Joaquim BRA 66

Gaitan Carlos Hugo BRA 81

Borges Barboza Braulio BRA 90

Aichholzer Peter ECU 90

Baptista De Arruda Jairo BRA 90

Robles Santalla Luiz BRA 100

Couzo P. Romualdo Javier ARG 100

Fragosa Da Silva Kleber BRA M100

Borges Barboza Braulio BRA LIB

Baptista De Arruda Jairo BRA LIB

Gaitan Carlos Hugo BRA LIB

Robles Santalla Luiz BRA LIB

COMPETIDORES M7

Palacio Miguel URU 60

De Moraes Correia Hanilton BRA 73

Antunes De Souza Jose BRA 73

Shiroma Morihiro BRA 73

Osorio Marques Ribeiro Joao BRA 90

COMPETIDORES M8, M9,M10

Tedesco Irahy BRA 81

Da Silva Mario Francisco BRA 81

Marques Bonfim Geracino BRA 81

Da Silva Mario Francisco BRA 81

Da Silva Mario Francisco BRA LIB

Tedesco Irahy BRA LIB

Marques Bonfim Geracino BRA LIB

COMPETIDORES F1

Micieli Garbelim Patricia BRA 48

C.F.Labres Ivani BRA 52

Billard Vanessa Cristina BRA 63

Miorelli Frances Regina BRA 63

Billard Vanessa Cristina BRA LIB

C.F.Labres Ivani BRA LIB

COMPETIDORES F2

Brito Karina BRA 57

COMPETIDORES F3

Ambrosio Andreia BRA 70

Da Silva Pacheco Dulcineia BRA 78

Cozendey Da Silva Rogeria BRA M78

Ambrosio Andreia BRA LIB

Cozendey Da Silva Rogeria BRA LIB

COMPETIDORES F4

Sotello Koetz Sandra Denise BRA 57

Correa da Gama Maria de Jesus BRA 70

Jefremovas Maria BRA 70

Soares Mariade Lurdes BRA 78

Da Silva Grube Iraci Maria BRA M78

COMPETIDORES F5

Belboni de Camargo Fatima BRA 70

Belboni de Camargo Fatima BRA LIB

Soares Mariade Lurdes BRA LIB

COMPETIDORES F7

Da Conceicao Goncalves Ilka BRA 63

Da Silva Mario Francisco BRA 81

Marques Bonfim Geracino BRA 81

Da Silva Mario Francisco BRA 81

Da Silva Mario Francisco BRA LIB

Tedesco Irahy BRA LIB

Marques Bonfim Geracino BRA LIB

143

Page 146: Revista Budo 5

144

Page 147: Revista Budo 5

RESULTADOS POR EQUIPESEQUIPOS MAS M5

BRASIL 3

Hirotoshi Onmura Nelson (73 KG) BRA 73

Caetano Filho Artemio (81 KG) BRA 90

Robles Santalla Luiz (100 KG) BRA Libre

Firmino Erasmo Luiz (100 KG) BRA Reserva

BRASIL 2

De Moraes Correia Hanilton (73 KG) BRA 73

Da Silva Mario Francisco (81KG) BRA 90

Borges Barboza Braulio (90 KG) BRA Libre

Tedesco Irahy (81 KG) BRA Reserva

BRASIL 4

Fernandes Pedro Luiz (73 KG) BRA 73

Lucimar Rocha Rocha (81 KG) BRA 90

Ribeiro Da Cruz Pedro (M100) BRA Libre

Kawakami Julio (66 KG) BRA Reserva

BRASIL 1

Honda Sergio (60 KG) BRA 73

Baptista De Arruda Jairo (90 KG) BRA 90

Fragosa Da Silva Kleber (M100 KG) BRA Libre

Gaitan Carlos Hugo (81 KG) BRA Reserva

EQUIPOS M3 y M4

BRASIL 6

Kuno Clovis Koji (66 KG) BRA 66

Guimaraes Motta BRA 73

Da Silva Viana Antonio (81 KG) BRA 81

Cataneo Mauricio (90 KG) BRA 90

Lorensao Junior Acacio (100 KG) BRA Libre

De Almeida Marcelo Manoel (73 KG) BRA Reserva

ARGENTINA

Rodriguez Luis Alberto (66 KG) ARG 66

Arias Ruben Enrique (73 KG ARG 73

Perichon Rafael (81 KG) ARG 81

Alba Sergio Adrian (90 KG) ARG 90

Benitez Pedro Ariel (90 KG) ARG Libre

BRASIL 5

Ribeiro Dantas Efraim (66 KG) BRA 66

Gomes Marcus Vinicius (73 KG) BRA 73

Ferraz Ferri Mauricio (73 KG) BRA 81

De Azeredo Sousa Andre Luiz (90 KG) BRA 90

Neves Pinto Junior Aldair (M100 KG) BRA Libre

EQUIPOS M1 y M2

BRASIL 9

Cezario Cristian (60 KG) BRA 66

Oliveira Da Rocha Cesar (73 KG) BRA 73

Cassio dos Santos Anderson (81 KG) BRA 81

Alexandre Dos Santos (90 KG) BRA 90

Da Costa Albertonio (M100 KG) BRA Libre

Pinheiro Flavio (73 KG) BRA Reserva

Dos Santos Luis Antonio (81 KG) BRA Reserva

BRASIL8

Aderaldo Guerra Frederico(66 KG) BRA 66

Castiglione Khalil Gibran (66 KG) BRA 73

Macedo De Brito Cristiano (81 KG) BRA 81

Barbosa Lins Fabio (90 KG) BRA 90

Mendes Pinheiro Anderson (100 KG) BRA Libre

Sousa Dos Santos Luiz Cesar (100 KG) BRA Reserva

BRASIL 7

Zanchin Wuelani Rivalner (66 KG) BRA 66

Azevedo Sanjiorato Danilo (73 KG) BRA 73

Telles De Menezes Daniel (81 KG) BRA 81

De Almeida Fraga Leonardo (90 KG) BRA 90

Aguiar Simoes Ricardo (M100 KG) BRA Libre

Semprebom Augusto (M100 KG) BRA Reserva

URUGUAY

Fernandez Juan (60 KG) URU 66

Sar Sergio (73 KG) URU 73

Vianna Jose (81 KG) URU 81

Gonzalez Diego (90 KG) URU 90

Applan Mario (100 KG) URU Libre

Terra Javier (100 KG) URU Reserva

145

Page 148: Revista Budo 5

Princesinhas do judô paranaenseNo Paraná está a segunda maior colônia japonesa do Brasil, e é depois de São Paulo, o

Estado onde vemos mais descendentes de japoneses sobre os tatamis.Apesar do crescimento e da força do judô paranaense atual, parece que a cada ano vemos

menos nisseis no judô paranaense, mas a chama permanece acesa graças às famílias que mantém a tradição no ensino da prática do judô.

Um grande exemplo disso e á família Nagahama, do proeminente kodansha Roberto Na-gahama 6º Dan, de Maringá, que há 34 anos transmite os ensinamentos do sensei Jigoro Kano.

A Associação Maringaense de Cultura e Física - AMCF é um dos maiores centros de judô no Paraná, onde hoje o professor Lucio Nagahama, mantém a tradição familiar de ensinar judô.

Abaixo vemos o sensei Lucio com um grupo de alunas composto por Letícia Naka, Victoria Serpeloni, Sophia Tronquini, Laura Valotta, Julia Kwabara, Heloisa Silva, Amanda e Julia Carvalho.

O atleta, professor e árbitro de judô faixa preta 4º Dan, Denison Sol-dani Santos é penta campeão mundial máster, e recentemente conquis-tou o campeonato pan-americano máster realizado em Porto Alegre.

Desde jovem o judoca santista coleciona títulos nos tatamis, entre os quais destacamos: octacampeão paulista, heptacampeão brasileiro, representou o Brasil no grande slam Jigoro Kano (1994), Copa Ko-dokan (1995), atuou no primeiro confronto Brasil x Japão(1995) e foi campeão antiga Copa do Mundo.

Lutou, treinou e conviveu com muitos atletas olímpicos entre estes: Henrique Guimarães, Leandro Guilheiro, Tiago Camilo, Carlos Hono-rato, Rogério Sampaio, Flavio Canto, Shiaki Ishii, Luis Omura e Valter Carmona.

Após longo período na seleção brasileira principal, hoje Denilson defende o Brasil na categoria máster, onde recentemente conquistou o ouro no pan-americano máster.

Hoje Soldani vive integralmente para o judô, de onde tira seu sus-tento atuando nas mais diversas esferas, seja arbitrando, competindo, dando aluas, organizando eventos ou fazendo consultoria.

Nesta temporada o experiente sensei conquistou os seguintes títu-los: vice-campeonato mundial máster, Frankfurt/ Alemanha; campeão

Fátima Belboni de Camargo uma das maiores recordistas de me-dalhas em competições nacionais e internacionais do Brasil, ainda encontra tempo para passar os ensinamentos do Mestre Jigoro Kano.

Apesar de sua exaustiva rotina de treinamento, a campeã Mundial, Pan-americana, Sul-americana e Brasileira de 2011, do F5 -70 kg, faz questão de passar seus conhecimentos aos pequenos judocas.

Fica o exemplo de humildade dado pela sensei paulistana, a to-dos que estão dando os primeiros passos nos tatamis.

Mayons Miully, o judoca tocantinense da categoria sub-15, con-quistou a primeira me-dalha brasileira para o judô tocantinense.

O feito inédito aconteceu no cam-peonato brasileiro re-alizado em Aracaju, entre os dias 5 e 7 de agosto, e esta con-quista emocionou os judocas que recente-mente plantaram a sementinha do judô no Estado mais novo do Brasil.

Mayons já havia disputado o bronze ano anterior na mesma categoria, e esse ano após ter ido treinar em Bastos e Cubatão, com os senseis Umakakeba e Paulo Duarte, conquistou seu primeiro bronze, que fi cará marcado como a primeira medalha brasileira da história do judô tocantinense.

Para o herói do judô tocantinense, esta medalha o motiva a trei-nar ainda mais e permitiu sonhar com a conquista do título brasilei-ro. “Após conquistar esta medalha, o sonho de um dia ser campeão brasileiro e futuramente me tornar um atleta da seleção brasileira, aumentou ainda mais. Pretendo fazer novos treinos em outros esta-dos, com o objetivo de melhorar meu judô, pois estarei subindo de categoria”, disse.

Denison Soldani Santos continua colecionando títulos

Que bonito é!

Mayons Miully conquista a primeira medalha do Tocantins

Pan-americano, Porto Alegre; campeão da segunda etapa do campeonato Italiano, Terni; Campeão da seletiva santista para os Jogos Regionais e Abertos.

Tribo Judô

Mayons e seu sensei Celso Galdino

146

Page 149: Revista Budo 5
Page 150: Revista Budo 5