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Corações Conectados REVISTA DO 1º. CONGRESSO NACIONAL DA PASTORAL JUVENIL MARISTA CURITIBA (PR) 25 A 29 DE JANEIRO DE 2010 | PASSOS FUTUROS Conexões que fizeram nossa união Com relatos de quem participou Iniciativas para a PJM que queremos | FATOS E FOTOS | HISTóRIA DA PJM

Revista Congresso PJM

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Corações conectados, um horizonte comum entre os membros da PJM de todo o Brasil.

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CoraçõesConectados

REVISTA DO 1º. COngRESSO nACIOnAl DA PASTORAl JuVEnIl MARISTACuRITIbA (PR)25 A 29 DE JAnEIRO DE 2010

| PASSOS FuTuROS

Conexões que fizeram nossa união

Com relatos de quem participou

Iniciativas para a PJM que queremos

| FATOS E FOTOS | HISTóRIA DA PJM

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E d i t o r i a l

O O 1º Congresso Nacional da Pas-toral Juvenil Marista (PJM), fruto

de uma iniciativa da Comissão Nacio-nal de Evangelização da União Marista do Brasil (UMBRASIL), reuniu, de 25 a 29 de janeiro de 2010, em Curitiba (PR), aproximadamente 500 jovens das três Províncias Maristas do Brasil (Brasil Centro-Sul, Brasil Centro-Norte e Rio Grande do Sul) e do Distrito da Ama-zônia. Sob o lema “Corações Conec-tados”, eles compartilharam dúvidas, experiências e ideias, demonstrando grande capacidade de reflexão e mo-bilização em favor da evangelização e das causas sociais. Tudo isso reflete a espiritualidade, também chamada de “Mística da PJM”, que conecta os in-tegrantes da Pastoral Juvenil Marista, os quais vivem em diferentes regiões brasileiras e enfrentam múltiplos de-safios em suas comunidades.

O Congresso teve como objetivos ce-lebrar os cinco anos da PJM no Brasil;

A MÍSTICA É VIBRANTE, CARREGADA DE SENTIDO. ASSIM COMO SE ALIMENTA NA FÉ, NA ESPERANÇA E NO AMOR AOS OUTROS, ELA SE TORNA UMA DISTRIBUIDORA DE AMOR, DE ESPERANÇA E DE FÉ, POIS A MÍSTICA FAVORECE EM NÓS ESTAS SÍNTESES ESSENCIAIS: DE CORPO E AFETO, SONHO E COMPROMISSO, ÉTICA E ESTÉTICA, O “EU” E O “OUTRO”. UMA PESSOA TEM MÍSTICA QUANDO É VASO CHEIO QUE TRANSBORDA O TESOURO QUE CARREGA EM SI.

(CAMINHO DA EDUCAÇÃO E AMADURECIMENTO NA FÉ: A MÍSTICA DA PASTORAL JUVENIL MARISTA, P. 26)

Corações e vozes conectados

partilhar as diferentes expressões da PJM brasileira; fortalecer o projeto nacional da PJM, com a divulgação do documento “Caminho da Educação e Amadurecimento da Fé – A Mística da PJM”; motivar o desenvolvimento do projeto da PJM nas Américas e promo-ver a visibilidade da Pastoral Juvenil Marista como proposta para a evange-lização juvenil.

Hoje, apresentamos a você um regis-tro dos momentos marcantes desse evento, além de trazer algumas pers-pectivas que resultaram do encontro. Nesta revista, você também poderá saber um pouco mais sobre a história da PJM e sobre como foram os pré-congressos das Províncias.

Nas páginas centrais, trazemos, ain-da, uma foto com os participantes do Congresso, para que você guarde mais uma boa recordação do evento ou confira quem esteve lá.

Que os nossos corações estejam co-nectados com as juventudes maristas, seus anseios e aspirações. E que, jun-tos, possamos tornar cada vez mais real o sonho de São Marcelino Cham-pagnat, fundador do Instituto Marista. Além da PJM, que é um projeto espe-cífico, o Instituto Marista atende mun-dialmente a cerca de 500 mil crianças e jovens de 79 países, por meio de ini-ciativas de educação, solidariedade, saúde e comunicação.

Boa leitura!

Ir. João Carlos do PradoSecretário executivo União Marista do Brasil

um registro do 1º. Congresso Nacional da Pastoral Juvenil Marista

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H i s t ó r i c o

A pjm em trajetória

O Instituto Marista, por fidelida-de ao seu carisma, tem deixa-

do marcas profundas na história da educação das crianças e jovens no mundo. Somente no Brasil, temos mais de um século de dedicação ao trabalho com a juventude (1897 – 2010). Esse trabalho não se resume apenas à educação formal. A forma-ção para o protagonismo social e o exercício da espiritualidade tem sido trabalhada como parte da prepara-ção do jovem marista para os desa-fios da vida e do mundo.

A partir dos anos 2000, esses as-pectos foram sendo abordados de forma mais integrada e sinérgica no Brasil e na América Latina. Em 2004, o Secretariado Interprovincial Maris-ta (SIMAr) propôs a criação da “Co-missão Nacional de Evangelização de Adolescentes e Jovens”, incum-bida de reafirmar o compromisso institucional em relação aos sujeitos da missão marista – as crianças, ado-lescentes e jovens –, sobretudo, pela elaboração de diretrizes da evange-lização juvenil para todas as iniciati-vas maristas no país. A metodologia de trabalho desse grupo deveria le-var em conta o resgate do passado, a avaliação da situação da juventude nestes novos tempos, e a projeção do horizonte futuro para a evange-lização juvenil marista. Para tanto, necessitou-se reforçar a Comissão com um Grupo de Estudos (GE-PJM).

Daí para diante a história é comple-xa, mas vale a pena ser contada em detalhes. O projeto da evangeliza-ção juvenil já nasceu com um imen-so desafio: integrar a diversidade de experiências nos diferentes espaços de atuação marista no Brasil. E as-sim, de modo mais orgânico, propor

a implementação de uma pastoral juvenil arrojada, que contribuísse decididamente na formação crítica dos jovens, fortalecendo as dimen-sões da espiritualidade, da eclesia-lidade, do protagonismo juvenil na transformação social e nas diversas instâncias pessoais e comunitárias. Num processo representativo de discussão que envolveu as Provín-cias do Brasil e o Distrito da Amazô-nia, começou-se a esboçar o projeto nacional que viria a ser chamado de “Pastoral Juvenil Marista”. Iniciava-se assim a escrita das Diretrizes Na-cionais da Pastoral Juvenil Marista do Brasil.

A proposta preliminar, que vinha sendo construída desde julho de 2004 pelo GE-PJM, foi apresentada oficialmente no 1º Encontro Na-cional de Assessores da Juventude, entre 16 e 22 de janeiro de 2005, em Florianópolis (SC), com aproxima-damente 100 participantes, dentre Irmãos, leigos, leigas e observado-res externos. Na ocasião, a Província Marista Brasil Centro-Norte trouxe as experiências das “Embarcações da Amizade” (EDA), do movimento da renovação Marista (rEMAr), do Grupo de Alunos Maristas (GAMAr) e da Pastoral da Juventude Estudan-til. A Província do Brasil Centro-Sul apresentou a proposta do GAMAr e EDA-rEMAr. A Província do rio Grande do Sul expôs o movimen-to da Juventude Marista (JuMAr). Além da partilha das ricas experiên-cias provinciais, o encontro tinha o intuito de validar o texto provisório contendo as diretrizes para a pas-toral juvenil marista do Brasil. As contribuições e leituras críticas dos participantes enriqueceram muito o documento. De acordo com os mes-

mos, o encontro foi um momento histórico e, sobretudo, iluminado pelo Espírito: nele chegou-se a um consenso sobre as linhas norteado-ras comuns, valorizando as seme-lhanças nacionais sem prescindir das diferenças dos trabalhos locais. Em outubro de 2005, as Diretrizes Nacionais foram publicadas. O êxi-to dessa experiência de mobilização nacional teve como desdobramento indireto o incentivo à integração da missão marista em outras áreas e, certamente, contribuía para o pro-cesso de criação da união Marista do Brasil (uMBrASIL).

Com a criação da uMBrASIL, em agosto de 2006, extinguiu-se o SIMAr, com suas comissões e grupos. Dentro da Área de Missão da uMBrASIL, foi criada a Comissão

| 1º. Encontro Nacional de Assessores da Juventude (2005), um marco na história da PJM

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Nacional de Evangelização, dando continuidade a alguns projetos iniciados no Simar. No seu conjunto de novas demandas, a Comissão Nacional de Evangelização também assumiu a organização estratégica da PJm do Brasil.

ainda no mesmo mês, a experiência brasileira de evangelização juvenil foi apresentada no 2º Encontro ameri-cano de Coordenadores de Pastoral Juvenil marista, realizado em mendes, no rio de Janeiro. O exemplo advindo da integração das Províncias brasilei-ras e o ótimo trabalho desenvolvido por todas as Províncias da américa motivaram a Comissão de missão do Conselho Geral do instituto marista a criar a Subcomissão da Pastoral Juve-nil marista da américa (PJma).

O primeiro trabalho da Comissão Na-cional de Evangelização foi o proces-so de elaboração de um “itinerário

da educação na fé para a juventude”, documento que visava a orientar a espiritualidade juvenil por meio da mística emanada dos lugares cristãos, dos lugares maristas, dos símbolos e valores mais caros ao carisma do instituto. Para tanto, em Samambaia (DF), foi organizado o 2º Encontro Nacional de assessores da Pastoral Juvenil marista, entre os dias 10 e 12 de julho de 2007. O encontro tinha dois grandes objetivos: celebrar a PJm como sinal de comunhão e traçar as linhas metodológicas para o sonhado documento “Caminho da Educação e amadurecimento na Fé – a mística da Pastoral Juvenil marista”. a escrita desse documento contou, ainda, com a preciosa participação de pastoralis-tas convidados das unidades maristas, a assessoria do Pe. Hilário Dick, além de uma dezena de leitores críticos. De-pois de quase dois anos, o documento foi finalizado pela Comissão Nacional de Evangelização e publicado em fe-vereiro de 2009 com o mesmo título. Desde então, o documento de nome extenso é carinhosamente conhecido por “mística da PJm”.

Concomitantemente à elaboração do documento da mística da PJm, o Conselho Geral constituía uma Equipe internacional de assessores da Juven-tude marista. Partindo da experiência que cada um dos representantes trazia de seu próprio país, procurou-se ouvir, compartilhar e debater as ideias, co-nhecendo a caminhada e o processo desenvolvidos em cada região do ins-tituto. O grupo buscou um consenso sobre o que se compreendia por pas-toral juvenil marista, passando ao tra-balho de preparar as “diretrizes pasto-rais para a evangelização juvenil” para o mundo marista, sob a orientação do Conselho Geral. Com publicação prevista para o final de 2010, espera-se que o documento internacional da PJm reforce a opção do instituto pela evangelização de adolescentes e jovens.

Em meio à toda a movimentação na-cional e internacional, a implementa-ção da PJm seguiu diferentes ritmos, adequando-se às particularidades e necessidades de cada Província. Todo o processo foi acompanhado cuidado-samente pela Comissão Nacional de

Evangelização da UmBraSiL, que não poupou esforços pela busca de maior sinergia. muito mais que um projeto, a PJm tornou-se uma realidade possí-vel, um sinal de esperança para aque-les que acreditam na evangelização da juventude como a renovação do sonho de Champagnat.

Em 2008, aconteceu o 3º Encontro americano de Coordenadores de Pastoral Juvenil marista na cidade de Lima, Peru. Já no início de 2009, começou-se a planejar um espaço de congraçamento que marcaria essa opção radical e afetuosa pela PJm. Pareceu viável a ideia de promover o 1º Congresso Nacional da PJm, com o lema “Corações Conectados”. Curiti-ba (PR) foi eleita a cidade anfitriã. De acordo com o projeto, dentre 25 a 29 de janeiro de 2010, o Colégio marista Santa maria tornar-se-ia o palco de um evento grandioso, com a participação de mais de 500 jovens, assessores e ir-mãos. Em unidade, a juventude maris-ta mostraria toda a sua força, ou me-lhor, a força de um sonho juvenil para a igreja e para a sociedade da qual é parte. Em cada Província iniciou-se um importante processo de prepara-ção, chamado pré-congresso, que co-locaria todos em sintonia com a histó-ria e com o estudo da “mística”.

recentemente, o 1º Congresso Nacio-nal das PJm deixou de ser uma meta no plano de ação da UmBraSiL e da Comissão Nacional de Evangelização. agora, há meses do término desse evento, ainda ouvimos ressoar em nossas mentes, em nossos corações e nas inúmeras redes on-line, tudo aquilo que vivenciamos naqueles dias memoráveis. Dentre tantas conclu-sões possíveis, de uma só coisa temos convicção: os jovens são a grande fonte de vitalidade para o instituto. No Congresso, a juventude marista brilhou na humildade – ao colocar-se para ouvir o que outros jovens estão fazendo pela igreja e a sociedade – e no posicionamento responsável com relação ao seu papel na vida cotidiana. Com o Congresso, a PJm traçou obje-tivos muito mais claros em relação ao seu compromisso na evangelização de outros jovens e na promoção do reino de Deus.

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B a s t i d o r e s

Equipe de Estrutura, os anjos-da-guarda dos congressistas

O credo da Pastoral Juvenil Ma-rista afirma que “o Ministério

da Assessoria é expressão de gratui-dade, assumindo a juventude como opção de vida”. Como parte desse Ministério, o Setor de Pastoral da Província Marista do Brasil Centro-Sul, que integrou a comissão organi-zadora do 1º. Congresso Nacional da Pastoral Juvenil Marista, investiu na formação de uma equipe de estru-tura composta inteiramente por jo-vens. Estamos falando, no entanto, de jovens com um diferencial. Eles são ex-alunos maristas que já cola-boraram com as atividades locais de Pastoral ou ainda fazem parte da PJM, isto é, pessoas que um dia fo-ram tocadas e encantadas pelo caris-ma de São Marcelino Champagnat e decidiram disseminar seus conheci-mentos ao longo da vida.

Esses jovens, vindos de diversas unidades da Província Centro-Sul, foram os grandes responsáveis pela organização do encontro — prepa-ração dos ambientes, confecção de crachás, montagem dos kits de ma-teriais para participantes, acompa-nhamento do passeio pelos pontos

“Já dizia o slogan do Congres-so, ‘Corações Conectados’:

pessoas de diversas regiões do Brasil, todos juntos, debaten-do, conversando, se divertin-

do, jovens preocupados com o mundo, com a pobreza, com o futuro da humanidade. E nós,

integrantes de uma equipe referência a todos, rostos

conhecidos para responder perguntas, para escutar, rir,

chorar, ajudar, encher col-chões, tirar fotos, pendurar

panos, banners, bexigas e enfeites. Equipe pronta para

acordar o pessoal, carregar pneus pesados de concreto,

passar insistentemente aquele rodo no banheiro e, às vezes,

dar uma cochilada durante as tendas temáticas*. Talvez, se não estivéssemos unidos,

o trabalho seria dobrado e muito mais difícil. (...) Quero agradecer a cada um por ter

paciência, aceitar as dificulda-des e por ter sempre carinho

em ajudar.”

Andrey Milléo, ex-aluno do Colégio Marista Santa Maria

de Curitiba (PR) e participante do 4º. Momento da PJM

*Saiba mais sobre as tendas na matéria da pg. 24

turísticos de Curitiba, enfermaria, entre outras atividades. A equipe agiu de forma discreta e eficiente, “por trás dos bastidores”, garantin-do, assim, um ótimo espetáculo aos mais de 500 participantes do 1º Con-gresso Nacional da PJM.

Mesmo exaustos ao término de cada dia, sempre demonstravam, no dia seguinte, alegria em todos os mo-mentos e buscavam, a todo custo, uma reserva de energia para a reali-zação de um bom trabalho. O desejo do time era que os participantes vi-venciassem e experimentassem as atividades que, um dia como mem-bros da PJM, também tiveram.

A UMBRASIL — responsável pelo evento — e sua Comissão de Evan-gelização, em nome da comissão or-ganizadora do Congresso e de todos os seus participantes, agradecem de coração o trabalho, a dedicação e o empenho demonstrados por estes voluntários na preparação e execu-ção do Congresso: Ir. Adriano Brollo,

| Equipe de Estrutura

Amanda Ferreira, Andressa Picioli, Andrey Milléo, Bárbara Martinez, Bruno Socher, Bruno Nagalli, Carlos

Bosch, Cesar Ribeiro, Cláudia Cordeiro, Daiane Meger, Dércio Berti, Dyógenes Araújo, Eduardo Souza, Felipe Munhoz da Rocha, Gabriel Silva, Geovani Zílio, Isabel Pitz, Janaíne Rossoni, João Manoel Franz, Juliano Santos, Karin Lacerda, Ligia Gomes, Lucas Necchi, Marilúcia Resende, Michele Stein, Milena Ramos, Natália Nery, Tiago Galvez, Vinícius Tashima.

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De casa para Curitiba

| Jovens da PMBCN no aeroporto de Confins (Belo Horizonte – MG), a caminho do Congresso

| Galera de Joaçaba (SC) na Kombi em direção a Curitiba

| PMRS chega a Curitiba

| De manhã cedinho, os maringaenses, exaustos da viagem, esperam para tomar o café-da-manhã

| No Colégio Marista Santa Maria (Curitiba), a PMBCS recebe as orientações para o Congresso | Mesmo cantando diferentes canções, a galera

já dá mostras de corações conectados

| Enquanto o Congresso não começa oficialmente, os guris do RS aproveitam a piscina do Recanto Santa Maria (Curitiba)

| Começam os primeiros registros de uma PJM do Brasil

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P r é - c o n g r e s s o

Conectando corações

Realizamos o lançamento oficial do 1º Congresso em julho de

2009, na cidade de Viamão, com os assessores locais e com represen-tantes dos animadores de grupos. Já nesse lançamento, existia uma vontade de que os meses até janeiro passassem depressa. Os assessores e animadores se puseram a trabalhar e, aos poucos, o Congresso começou a tomar forma...

Processo preparatório desencadea-do, era hora de nos encontrarmos! Realizamos três encontros, cada um numa região diferente do Rio Gran-de do Sul: Santa Maria, Passo Fun-do e Porto Alegre. No dia 14/11/9, a galera da região de Santa Maria se reuniu. Todos estávamos empolga-dos e prontos para discutir os temas propostos.

No dia 21/11, o pré-congresso de Por-to Alegre reuniu os jovens de Porto Alegre e cidades próximas: Viamão, Novo Hamburgo e Bento Gonçalves, na Casa da Juventude, na própria ca-pital. Éramos cerca de 70 participan-tes animados para escolher a música que representaria a Província e ler a carta com os desafios de ser jovem. A equipe de organização nos propor-cionou um começo de reflexão sobre a realidade da juventude, a ser dis-cutida no Congresso, e uma grande motivação para a tão esperada se-mana em janeiro.

Pré-congresso da PJM da Província Marista Rio Grande do Sul

Em 28/11, foi a vez da região de Pas-so Fundo se preparar para o Con-gresso. Mais um encontro animado por diálogo, reflexão e motivação.

Antes de partirmos para Curitiba, houve o Encontro Provincial, em 24/1/10. Nos reunimos todos em Porto Alegre para, como grupo da Província, conectar os corações. Foi um encontro marcado pela ani-mação, pela música, por dinâmicas, mas, principalmente, por jovens em-polgados e dispostos a conectar o coração com todo o Brasil!

“O pré-congresso foi o momento propício para selar o compromisso de jovem atuante na PJM e

conectar os corações em nível local, esperando o tão sonhado momento do encontro nacional que nos levaria à união de tantos corações, formando um só

e seguindo o sonho de Champagnat”.

“Percebi que, com tanta diversidade, apesar de to-dos serem do Rio Grande do Sul, pudemos notar que o grupo estava realmente conectando os corações, unindo-se pela causa de Champagnat, sem deixar de

lado o carisma marista. Tive a certeza de que a anima-ção e o jeito jovem semeavam o que prometia culminar em um semana repleta de novas experiências, diversidade

cultural e uma inédita visão da PJM nacional”.

Jair DutraCentro Social Marista Santa Marta – Santa Maria (RS)

Felipe Bortoluzzi Colégio Marista Rosário - Porto Alegre (RS)

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PJM é o meu lugarPré-congresso da PJM da Província

Marista Brasil Centro-Norte

“A PJM ajudou a definir o perfil da juventude marista. Atualmente, vê-se a identidade juvenil marista

amadurecida e comprometida com sua história e, pela primeira vez, reúne-

se com uma única cara.”

“O pré-congresso aqui em Passo Fundo foi um momento de reflexão, com algumas dinâmicas de

integração, momentos de oração e preparação para o 1o Congresso Nacional da PJM. Aprofundamos o estudo das diretrizes da PJM e do documento da Mística da PJM com todo o grupo. Foi um encon-tro para se ter uma visão geral do que seria o 1o

Congresso da PJM em Curitiba”.

Ir. Iranilson Correia de LimaDiretor do Colégio Marista São José –

Rio de Janeiro (RJ)

Pollyana Bianchi Colégio Marista Conceição – Passo Fundo (RS)

Realizado de 21 a 23/1, o pré-con-gresso da PJM da Província Maris-

ta Brasil Centro-Norte aconteceu em Ribeirão das Neves (MG). Iniciamos o evento com a integração dos pejotei-ros e com o embalo de cantos e ciran-das. Também foi realizado um resgate histórico dos Encontros Nacionais da Juventude Marista.

Refletimos sobre o trajeto percorrido para a chegada ao encontro, fazendo memória dos desafios, conquistas, pessoas e fatos marcantes e realiza-mos uma breve síntese da importância da PJM em nossas vidas. Ao final do ba-

te-papo, os participantes apresenta-ram um resumo de uma reflexão sobre o protagonismo do jovem na Igreja, da pessoa de Jesus e da Boa Mãe, sobre a importância da PJM como forma de ter o prazer de fazer algo para Deus ou por alguém, de aprender a trabalhar em grupo, ter humildade no serviço e ser jovem presente no mundo de uma forma irreverente e descontraí-da. Concluímos, ainda, que a PJM é um convite à interatividade, um chamado à fraternidade e à unidade, proporcio-nando a mudança na vida do jovem, no âmbito da formação pessoal e re-ligiosa, e que, na descoberta do amor

pela juventude, resgata-se o amor por si mesmo e pelos outros, encontrando enfim o amor, confiança e fé em Deus.

Nesse clima agradável de convivência e oração, houve a partilha de expe-riências, em relação ao aprofunda-mento do documento da Mística e os momentos marcantes da PJM nas di-ferentes unidades da Província, além de apresentações culturais, permea-das da simbologia, valores e espiritua-lidade da PJM, com o objetivo de pro-mover unidade entre nós.

A música-tema que representou a

| Equipe da PMRS

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Província no Congresso, “PJM é o Meu Lugar”, fez o maior sucesso e foi ensaiada por todo o grupo, que a aprendeu rapidamente. Também preparamos um vídeo. Com tudo isso na mala, somado a muita expec-tativa, embarcamos, na madrugada do dia 24/1, rumo a Curitiba. Seriam 20 horas de viagem para o tão espe-rado Congresso Nacional.

“Os pejoteiros acreditam que a fé alimentada por meio da PJM modifica o homem e o mesmo,

transforma a terra. Recordaram pontos positivos, tais como, os encontros que

fortalecem a convivência e afetividade dos jovens. E nesse caminho que percorrem juntos, todos vão em busca do mesmo ideal, criando a liberdade de assumir sua identidade dentro de cada realidade, respeitando as necessidades de cada um, sendo autores de suas próprias histórias. A PJM é um diferencial que sinaliza para a possibilidade de uma nova sociedade.”

Jociely MadureiraCentro Marista de Juventude e

Ana Paula Ferreira GusmãoColégio Marista São José (ambos de

Montes Claros-MG)

Aquecendo o coraçãoPré-congresso da PJM da Província

Marista do Brasil Centro-Sul

Dez em cada dez médicos reco-mendam que, no início de qual-

quer prática física, o atleta passe por um período de preparação chama-do aquecimento. Para o Dicionário Aurélio, aquecer significa tornar-se quente, esquentar, dar calor. Essa energia será fundamental para se

atingir o máximo de eficácia em qualquer ação que exija esforço e de-dicação, como é o caso da atividade esportiva.

Só que esse conceito não é exclusi-vo do mundo esportivo. A mesma ação rege as atividades da Pastoral

Juvenil Marista. Com a proximidade do 1º Congresso Nacional da PJM, o Setor de Pastoral da Província Ma-rista do Brasil Centro-Sul promoveu nosso pré-congresso — uma série de momentos que buscaram aque-cer a mente e o coração de todos os jovens da Província, na preparação

| Time da PMBCN

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para viverem intensamente os cinco dias de evento. Foram nove meses de estudos, vivências e partilhas em nos-sas próprias unidades, finalizando com um encontro presencial antecedendo o Congresso propriamente dito.

Realizado de 23 a 25/1, o encontro presencial contou com atividades bastante diversificadas: de partilha e apresentação das unidades (com seus destaques e peculiaridades) a discus-sões e reivindicações (sintetizadas na carta aberta dos jovens da Província), passando por momentos de oração, reflexão, socialização de produções lo-cais e, é claro, de bastante integração

“Foram muito importantes o encontro das diferentes realidades da Pro-víncia Centro-Sul e a celebração dos cinco anos de PJM, bem como a

avaliação da caminhada desenvolvida e a proposta para novos rumos”.

“Foram dois dias de convivência com as pessoas que eu já conhecia, e um momento para fazer novos amigos,

além de me estimular e preparar para as diversas culturas, estilos, sota-ques e experiências que iria encon-

trar nos dias de Congresso.”

Bruno Piacenti Colégio Marista de Londrina (PR)

Saulo TestaColégio Marista de Maringá (PR)

“Senti uma forte conexão com as outras unidades,

ultrapassando barreiras de cidades, realidades, status

ou etnias”.

Manuela Wolf Colégio Marista Frei Rogério - Joaçaba (SC)

“De meu ponto de vista, o pré-congresso foi um momen-to oportuno e satisfatório:

satisfatório, porque integrou com grande ‘criatividade’ as

unidades, e oportuno, porque apresentou a forma de tra-balho e realidade que cada local da Província Marista

Centro-Sul vivencia.”

Leandro Pitz Espindola Centro de Formação Champagnat - Florianópolis (SC)

e confraternização! Foram três dias repletos de alegria, entrosamento e diversidade.

O olhar crítico e atento dos jovens, expressado por meio de depoimen-tos, não deixa dúvidas sobre o cum-primento dos objetivos propostos pela Equipe de Coordenação da Pastoral da Província.

A Província Marista do Brasil Centro-Sul acolhe todas as experiências in-dividuais vividas pela sua juventude durante o pré-congresso da PJM, e agradece de coração a cada um que deu o seu “sim” e aceitou ser mais!

| Time da PMBCN

| Turma da PMBCS

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C a r t a s

Como resultado dos encontros de preparação ao 1º. Congresso Nacional da PJM, realizados nas províncias Centro-Norte, Centro-Sul e Rio Grande do Sul, foram redigidas cartas relatando as expectativas dos jovens da Pastoral

Juvenil Marista para o Congresso e o futuro da PJM como um todo. Confira as cartas a seguir.

Relatos de expectativa e esperança dos jovens das Províncias

Carta da Província Marista do Rio Grande do Sul

Porto Alegre, 24 de janeiro de 2010

Há mais de um ano, começaram as discussões sobre um encontro na-cional que reuniria a PJM do Brasil. A partir de então, esta proposta foi sendo levada adiante, e, em agosto de 2009, soubemos quando e onde seria realizado, além do tema do encontro. Definimos os participantes de nossa Província. Encontros foram realizados em cada unidade ma-rista, com o engajamento de todos os grupos da PJM. Algumas tarefas foram solicitadas. Realizamos também encontros de pré-congresso em três regiões da nossa Província e o encontro provincial. Partilhamos a caminhada, a vida, e os desafios de ser jovem hoje. A partir das car-tas locais e das sínteses regionais, queremos compartilhar com vocês a carta da PJM da Província Marista do Rio Grande do Sul.

O mundo do jovem é feito de contradições, sonhos, angústias, dúvi-das, descobertas e, principalmente, de escolhas que irão influenciar nossa caminhada. Não somos mais crianças a ponto de não termos um discurso sério, nem tão adultos para não brincar às vezes. Vemos o mundo de outra forma, nos relacionamos com as pessoas de outra maneira e somos autores de nossa caminhada. Não consideramos fácil ser jovem em nosso dia-a-dia, porém, mais difícil ainda é nos assu-mirmos como cristãos. Fácil é pensar que temos que seguir todos os estereótipos adolescentes: fazer compras no shopping, reclamar que o cabelo está ruim e que não tem roupa para sair. E o que vai além do colégio, clube e shopping, fica onde? E o mundo além do nosso umbigo, que influência e importância tem?

A juventude tem o instinto de querer mudar o mundo, porém, na si-tuação em que nos encontramos, os jovens aparentam estar cada vez mais acomodados. Eles sabem que o nosso planeta está sofrendo graves consequências da ação humana, e, no entanto, alguns preferem cuidar apenas de si mesmos. Outros se sentem desmotivados e não acreditam no seu potencial. Essa falta de confiança, muitas vezes, decorre de uma sociedade que não valoriza nem acredita na juventude. É difícil expor-

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mos nossas ideias para pessoas que nos rotulam e que não entendem o nosso jeito de ser, de agir ou de pensar. Se protestamos por nossos di-reitos, somos um bando de marginais. Se ficamos sozinhos na frente da TV e do computador, somos acomodados e não nos importamos com nada. É nosso desafio, portanto, superar esse comodismo, para que consigamos perder o medo de nos arriscarmos e para sermos agentes de modificação do ambiente onde vivemos.

Nós jovens precisamos nos conscientizar de que seremos os condutores de nosso país, e isso exige nossa formação como cidadãos ativos, res-ponsáveis, íntegros, bem informados, críticos e conscientes dos nos-sos direitos e deveres. Atualmente, entretanto, parece que não temos tempo para pensar nisso. Está tudo muito rápido, muito eficaz e fácil. Em apenas um clique, a Internet substitui contatos físicos e visu-ais.

Parece que o amor foi vetado e banalizado, a companhia não é neces-sária e devemos pensar só em nós mesmos. Além disso, a pressão que nós sofremos está cada vez maior. Temos que ir bem no colégio, ter boas notas, entrar em uma boa faculdade, ter uma carreira de sucesso e tantas outras expectativas alheias que temos que cumprir.

Tudo isso dificulta ainda mais a resolução de um problema muito co-mum nessa época: o dilema entre as atitudes maduras e as vontades da adolescência. Isso porque, ao mesmo tempo em que queremos aca-bar com a fome no mundo, somos impelidos a fazer festas, a beber e até a usar drogas. Ao mesmo tempo em que queremos aproveitar a vida e experimentar coisas novas sem termos de nos preocupar com a responsabilidade, queremos ser “donos do nosso nariz”, sem nenhum autoritarismo sobre nós. Julgarmos o que consideramos certo ou er-rado é mais um desafio. Nos tornamos atuantes para ajudar quem achamos que necessita, mas, de repente, notamos que nós também precisamos de ajuda. Diante desses conflitos ideológicos internos de jovens contraditórios, habitantes de um planeta contraditório, o que queremos é maior credibilidade e opção de inserção na sociedade, me-nor depósito de expectativas nas nossas vidas e um olhar compreensivo que abra caminho para que sejamos realmente os autores das nossas trajetórias.

Desafiar a si mesmo é um bom exercício para vencer e superar as próximas adversidades da vida. Por mais que tudo pareça não estar dando certo, sempre há uma esperança. E sabemos disso melhor que ninguém. Continuamos, mesmo com todas as cobranças e culpas pelo que dá errado em nossa sociedade. Cobranças que caem como pedras em nossas costas, que nos desanimam muitas vezes, e nos fazem sentir como se não fizéssemos nada. Não é fácil ser jovem, mas é em meio a tantas coisas que passam em nossa cabeça que percebemos que temos o poder de voar mais alto, de atingir o que queremos e desejamos. Nós, jovens da Pastoral Juvenil Marista, temos a missão de sermos prota-gonistas nessa sociedade e de agirmos em busca dos nossos objetivos. É hora de darmos as mãos e seguirmos em frente com os corações conectados.

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Carta da Província Marista do Brasil Centro-Sul

Curitiba, 24 de janeiro de 2010

Nós, jovens da Província Marista do Brasil Centro-Sul, com o de-sejo de fortalecer cada vez mais a Pastoral Juvenil Marista, es-crevemos essa carta buscando transmitir a enorme satisfação que sentimos em participar ativamente da história da PJM e compar-tilhar experiências, alegrias e expectativas.

Durante esses cinco anos de vivência, conquistamos importantes valores que complementaram nossa personalidade. A solidariedade e as ações da PJM nos tornaram mais abertos e acabamos per-cebendo a existência de uma força que nos impulsiona a superar nossos próprios limites, aproximando-nos das outras pessoas e de Deus.

Como em todo grupo, existem diversidades que devem ser respei-tadas para que a Pastoral cresça dentro das realidades distintas dos Colégios, Centros Sociais e Universidades maristas. Precisamos ser maleáveis para atender às carências de cada unidade sem per-der a essência marista. Queremos a disponibilização de espaços físicos próprios nas unidades que ainda não os possuem e mais recursos destinados às atividades da PJM.

Estamos cientes de que não podemos somente esperar pela ação dos pastoralistas e educadores. Precisamos começar a pôr em prá-tica nosso protagonismo juvenil, criando um rosto mais jovem para o movimento. Buscamos, além de manter os membros ativos, atrair a atenção de novos participantes, através de meios criativos.

Nosso grande desejo é que seja colocada em prática uma proposta de total interação entre as unidades da mesma cidade ou região. Por isso, queremos ilustrar a necessidade de agirmos em prol dessa unificação. Como jovens, temos força e vontade suficientes para mudar muita coisa.

Temos certeza de que esse não será nosso limite. Ultrapassar os muros da Instituição e tornar a PJM conhecida por inúmeras pes-soas nos move a realizar obras sociais e ações inovadoras para que todos possam compreender o real objetivo: formar um ser cada vez mais humano.

PJM: ser, crer e viver! Repasse essa chama!

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Carta da Província Marista Brasil Centro-Norte

Belo Horizonte, 23 de janeiro de 2010

“Cremos no espírito transformador e criativo da juventude.”(Credo da PJM do Brasil)

Nós, que somos as Juventudes da Província Marista Brasil Centro-Norte, com os corações conectados, reunidos na cidade de Belo Horizonte (MG), no período de 21 a 24 de janeiro de 2010, vie-mos partilhar os processos, experiências e sentimentos vivenciados em preparação ao 1º Congresso Nacional da PJM.

A dinâmica do Pré-Congresso possibilitou a nós recordar todo o período de preparação no Distrito Federal e em cada um dos 15 estados de nossa Província. A partir da Mística, cada unidade experimentou diversos acontecimentos, como encontros, orações, dinâmicas e ações solidárias. Por meio de mídias sociais, das quais destacamos a Internet, pudemos conectar nossos sentimentos e anseios, facilitando a comunicação intra e interprovincial.

Chegamos à capital mineira com as bagagens carregadas de di-versas culturas, mas cheios de certeza de sermos filhos do cora-ção de São Marcelino Champagnat. Embora haja diferenças, aqui tivemos a certeza de que são elas que contribuem para formar o rosto místico da nossa Província, cheia de sotaques, ritmos, ex-pressões litúrgicas e etnias singulares. Aqui, conseguimos escutar “uai”, “visse”, “oxente”, “cara”, “véi”, “égua macho”, “paid’égua”, entre outros jargões.

Somos PJM. Ela tem transformado nossas vidas, tonando-nos mais humanos, críticos e solidários no desenvolvimento do nosso protagonismo. Temos consciência de que não caminhamos sozinhos como membros da Juventude Marista. Sonhamos os mesmos so-nhos, temos um mesmo ideal, acreditamos num mundo mais justo e nos colocamos a serviço da construção desse mundo. A PJM nos faz ver o mundo com os olhos de Deus.

Bem, dissemos o que tínhamos a dizer. Falamos de sotaques, dife-renças culturais, Internet, desafios enfrentados, e, principalmente, da importância da PJM em nossas vidas. Como diz o poeta: “é bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer. É bom olhar pra frente, é bom e nunca é igual olhar.” Num Brasil tão grande e de tantas riquezas, somos o que queremos ser: Pastoral Juvenil Marista do Brasil. Essa é a nossa maior conexão.

Juventude Marista Brasil Centro–Norte

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A b e r t u r a

Corações em sintoniaAbertura do congresso apresenta

discussões sobre a juventude

Dentre os vários dilemas da modernidade, um deles consiste num tipo de “individualismo conectado”, um tanto paradoxal: se, por um lado, a so-

ciedade contemporânea nos fez mais individualistas e anônimos em meio à dinâmica social da vida urbana, por outro lado, nunca os meios de comunica-ção foram tão acessíveis, interativos e com tantas possibilidades criativas de conexão.

| Ir. João do Prado e Mércia Procópio (UMBRASIL) apresentam os convidados

| O vídeo “Tédio no Quarto”: ponto de partida (você pode ver no YouTube)

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| Momento cívico

Tédio no quartoO vídeo de abertura, inspirado no fil-me “O Show de Truman”, chama-se “Tédio no Quarto”. É o retrato de um jovem qualquer, em seu quarto, sendo observado no seu cotidiano, na dinâ-mica típica das dimensões juvenis: no seu dever de estudar e dedicar-se à leitura; relacionando-se com amigos na “net”; curtindo um “rock and roll all nite” performático no seu celular multifuncional; apreciando uma revis-tinha; malhando pra ficar sarado; na frustração de ter seus planos ecológi-cos e saudáveis comprometidos pela chuva; na tentativa de descolar uma gatinha pra pegar na balada e... na cri-se de consciência, num rompante de lucidez, ele vai suspeitar que talvez o mundo seja algo muito maior do que seu quarto, com as coisas que estava acostumado a fazer. Sem pensar mui-to, ele calçou seu chinelo e, inacredita-velmente, transcendeu a barreira que o separava de nós, os espectadores, e se conectou conosco, fundindo o

mundo virtual ao real. O virtual e real, o longe e o perto, contraposições que quase inexistem para a juventude con-temporânea.

Música-tema“Nós somos de vários lugares e, quan-do estamos juntos, somos mais capa-zes de mudar o mundo” afirmava a música-tema do 1º Congresso Nacio-nal da PJM, tocada pela banda do Co-légio Marista Pio XII, de Ponta Grossa (PR). “Trazemos corações conecta-dos” com o mundo global, como se fôssemos “uma só canção”.

JuventudesA juventude globalizada, à qual cre-mos pertencer, tem muitos rostos, etnias, culturas, preferências, dilemas e sonhos. Essa alteridade se comunica nos ritmos musicais pop-tecno-rock – por exemplo, na vibração de “I Gotta Feeling”, do grupo norte-americano Black Eyed Peas. A canção é um dos

| Da esq. para a dir.: Ir. Davide Pedri, superior provincial da Província Centro-Sul; Ir. Arlindo Corrent, diretor-presidente da UMBRASIL; Ir. José Wagner Rodrigues da Cruz, diretor-secretário da UMBRASIL e vice-provincial da Província Centro-Norte; Ir. Lodovino Marin, coordenador da Área de Missão da UMBRASIL; Ir. Valter Pedro Zancanaro, coordenador da Área de Gestão da UMBRASIL; Ir. Adalberto Amaral, coordenador da Área de Vida Consagrada e Laicato da UMBRASIL; Valentin Fernandes, diretor geral do Colégio Marista Santa Maria de Curitiba (PR); Gerson Luis Carassai, diretor educacional do Colégio Marista Santa Maria de Curitiba (PR).

E não se trata de mera conexão: es-tamos falando da convergência entre diferentes recursos e tecnologias de comunicação, que permitem conexão em tempo real e quase sem limites. Vi-vemos na sociedade hiperglobalizada, em que as fronteiras culturais encon-tram-se muito borradas: a geografia não é mais um limitante para a proxi-midade. Talvez as grandes fronteiras estejam no coração humano.

Discussão vai, ideias vêm, conjecturas, devaneios sobre a juventude... Foram pelo menos três encontros com a equi-pe da abertura, grupo formado por re-presentantes do Setor de Pastoral da Província Marista do Brasil Centro-Sul e dos colégios Marista Santa Maria e Marista Paranaense, ambos de Curi-tiba (PR). Daí nasceram as ideias cen-trais para o roteiro da cerimônia de abertura do 1º Congresso Nacional da Pastoral Juvenil Marista (PJM), realiza-do na noite de 25/1/2010 em Curitiba, no auditório do Colégio Marista Santa Maria.

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“hits” que embalam a nova geração e pode ser ouvida desde os grandes centros até os cantos mais remotos do mundo - um vídeo produzido por estudantes canadenses, tendo “I Gotta Feeling” como trilha sonora, também foi exibido na abertura do Congresso. Esse vídeo é uma amos-tra de que a globalização se dá em rede: bombou no YouTube, é fato cultural – não necessariamente mo-ral – entre os jovens. Diversidade em rede!

Juventude brasileira Orbitando pelo mundo e aterrissan-do no Brasil, vemos uma juventude não muito diferente dos demais jo-vens do globo. Na verdade, nossos problemas e conquistas são muito parecidos com os de outros países em desenvolvimento. Em alguns aspectos, padecemos das mesmas mazelas dos países desenvolvidos. Trouxemos a realidade social e po-lítica de nossos estados estampada em nosso rosto, em nossas bandei-ras e em vozes que ecoam no silên-

cio da longa noite da omissão polí-tica. Somos uma juventude que se entristece com a morte, com a vio-lência, com a falta de educação de qualidade, com a corrupção pública etc. Mas também vibramos com as coisas boas que fomos conquistando na constituição de nossos estados democráticos. O jovem brasileiro traz em seu coração todas essas do-res e conquistas, ele acredita que o Brasil pode ser um país melhor e mais justo para se viver. Formamos uma grande e diversificada nação com um grande coração. Cantamos o Hino Nacional com orgulho da-quilo que somos e com a esperança naquilo que faremos deste país. Sem ufanismos bobos, a PJM deseja ser protagonista nessa história de trans-formação social.

Coração Dizem que fomos nos tornando se-res um tanto quanto vazios, reves-tidos de blindagem e insensíveis ao afeto. Estamos nos maquinizando para produzir, consumir e obede-cer? “Pane no sistema, alguém me

desconfigurou, aonde estão meus olhos de robô? [...] eu não tinha percebido, eu sempre achei que era vivo! [...] Até achava que aqui ba-tia um coração. Nada é orgânico, é tudo programado, e eu achando que tinha me libertado. Mas lá vêm eles novamente e eu sei o que vão fazer: reinstalar o sistema!” – disse Pitty na música “Admirável chip novo”, que tocou logo após a execução do Hino Nacional. Mas a tal história, de que o ser humano está se embrutecendo pela cultura imposta pelo sistema econômico, já vem de outros carna-vais, do tempo em que brincavam neles nossos avós.

Da história clássica do Mágico de Oz emergiu um personagem pitoresco que acabou chegando ao Congresso: o Homem de Lata. Infeliz com a sua condição de homem-máquina, o ser metalizado partiu da terra de Oz na esperança de encontrar para si um coração entre os jovens da PJM – a busca de um coração é a sua sina – já que ouviu dizer que haveria muitos corações conectados “somewhere over the rainbow”* em Curitiba. E

| Ir. Davide (PMBCS) e o Homem de Lata

| Leitura das cartas provinciais

| Grupo Ritmo da Rua

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não é que o ferruginoso Homem de Lata deu sorte dessa vez?! Ele achou muitos corações jovens que vibra-vam com o sonho de Champagnat, que também pulsavam no peito dos integrantes da Comissão Nacional de Evangelização, no peito generoso do superior provincial anfitrião, Ir. Davide Pedri, e do presidente da UMBRASIL, Ir. Arlindo Corrent.

CartasJovens representando as três Provín-cias tomaram a palavra: era o mo-mento solene da leitura das cartas que exprimiam aquilo que eles tinham vivenciado a partir da mística da PJM. Com muita desenvoltura, tomaram fô-lego para pronunciar os sentimentos e sonhos recolhidos da experiência dos pré-congressos e fizeram valer a nossa voz. Em síntese, disseram que a PJM é motivada pelo sonho de Champagnat, e que permanece vivo dentro de nós, desafiando-nos a conectar o coração por um mundo melhor. Que somos a PJM, e ela tem transformado nossa vida, tornando-nos mais humanos, críticos e solidários. Foram aplaudidos de pé.

MúsicaSe nosso ritmo de jovem já é dinâ-mico, imagine então o “Ritmo da Rua”! Esse era o nome do grupo de “street dance” de Ponta Grossa (PR) que, com movimentos acrobáticos de tirar o fôlego, embalou a galera com a coreografia “Caos”. Logo em seguida, o Quarteto de Cordas da Orquestra de Câmara da PUCPR brindou a todos com um repertório musical refinado e eclético, que foi de Mozart a Beatles.

O arauto Dércio Berti, coordenador de Pastoral do Colégio Marista Santa Maria, de Curitiba (PR), representando a figu-ra do “Arauto da Juventude”, um tipo de profeta emergido do mundo das coisas que os jovens usam, proferiu as palavras do saudoso Papa João Pau-lo II: “Precisamos de santos de calças jeans e tênis, de santos que vão ao ci-nema, ouvem música e passeiam com os amigos. Precisamos de santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham receio de tomar um refri ou comer uma pizza no fim de se-mana com os amigos. Precisamos de

santos que gostem de cinema, de tea-tro, de música, de dança, de esporte. Precisamos de santos sociáveis, aber-tos, normais, amigos, alegres, compa-nheiros.”

Celebração

Nessa atmosfera intensa de oração, ao som de mantras e luz de velas, to-dos os jovens dirigiram-se em pere-grinação ao pátio central do Colégio Marista Santa Maria. A celebração da noite foi embalada por uma espiritua-lidade marial, momento em que reco-nhecemos a Boa Mãe como o mode-lo de nossas virtudes e inspiração de nosso Instituto. Com Maria, vivemos hoje o sonho de Champagnat, cheio de amor e esperança na juventude. E, assim, concluímos a abertura do 1º Congresso Nacional da PJM, em que nossos corações foram conectados uns aos outros para tudo aquilo que ainda estava por vir.

*Traduzindo para o Português: “Em algum Lugar Sobre o Arco-íris”. É o título da canção principal do filme “O Mágico de Oz” (1939), que tem o Homem de Lata como um dos principais personagens.

| Músicos do Quarteto de Cordas da Orquestra da PUCPR | Momento de oração

| O Arauto da Juventude

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P r e s e n ç a s E s p e c i a i s

Um olhar além do mundo marista

Para favorecer o intercâmbio de ideias e nos ajudar a ampliar conhecimentos sobre as inquietações e desafios da juventude no Brasil, recebemos, no 1º Con-gresso Nacional da PJM, alguns observadores “experts” nesses temas:

• Pe. Alexsander Cordeiro Lopes, assessor do Setor de Juventude da Arquidio-cese de Curitiba• Pe. Carlos Sávio da Costa Ribeiro, assessor Nacional do Setor de Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)• Prof. Ana Christina Lopes, coordenadora do curso de Especialização “Panora-ma Interdisciplinar do Direito da Criança e do Adolescente” da Pontifícia Uni-versidade Católica do Paraná, coordenadora do Observatório de Violências na Infância do Centro de Estudos em Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade Federal do Paraná, membro da comissão da Criança e do Adoles-cente da Ordem dos Advogados do Brasil – seção Paraná (OAB/PR) e consulto-ra do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA) do Paraná pela OAB/PR

Outras presenças

No decorrer do Congresso, além dos representantes da PJM de todo o Brasil, contamos com convidados que nos animaram a vivenciar os ideais maristas:• Ir. Pau Fornells, diretor do Secretariado dos Leigos do Instituto Marista • Ir. Arlindo Corrent, diretor-presidente da União Marista do Brasil

(UMBRASIL)• Ir. Valter Pedro Zancanaro, coordenador da Área de Gestão da UMBRASIL• Ir. Adalberto Amaral, coordenador da Área de Vida Consagrada e Laicato

da UMBRASIL• Ir. Davide Pedri, superior provincial da Província Marista do Brasil Centro-

Sul• Representantes da Comissão Internacional de Vida Religiosa e Laicato

Marista• Juan Pablo García, membro da Direção Provincial de Pastoral da Província

Marista Cruz del Sur (Argentina/Uruguai)• Gerson Luis Carassai, diretor educacional do Colégio Marista Santa Maria

de Curitiba (PR)• Valentin Fernandes, diretor geral do Colégio Marista Santa Maria de

Curitiba (PR)• Pe. José Maria da Silva, sacerdote marista, co-celebrante da missa de

encerramento do Congresso

Agradecemos a todos estes convidados que contribuíram para que nosso 1º Congresso Nacional se constituísse em um espaço rico e dinâmico de diálogo e participação.

“Nós, do Setor de Juventude da CNBB, enchemo-nos de esperança ao perceber a vontade, o desejo fir-me e vivo de propiciar aos jovens o

exercício do seu protagonismo, den-tro da Igreja, em busca da civilização do amor, pautada e alicerçada sobre

pilares sólidos. O trabalho com a juventude marista faz acontecer o

sonho de seu fundador, São Marceli-no Champagnat, neste imenso país.

O Setor Juventude também tem o coração conectado com todos(as)

jovens da PJM. Como ex-capelão marista em Natal(RN), fiquei muito

feliz de participar do Congresso.” (Pe. Carlos Sávio)

“Esse primeiro Congresso pode gerar a semente de um movimento maior, em que os jovens participan-tes apoiem os adolescentes, e estes empoderem as crianças - que ainda

não têm o discernimento para enga-jarem-se em mobilizações -, na luta

por seus direitos, a fim de que todos eles sejam tratados na condição de

sujeitos de seus próprios direitos. Para a Instituição Marista, também

é uma forma de atualizar o sonho do fundador, Marcelino Champagnat,

que esteve adiante de seu tempo ao defender os direitos fundamentais

de crianças.” (Prof. Ana Christina)

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AF AD Revista PJM 21x28.pdf 08.06.10 11:37:23

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1º. CONGRESSO NACIONAL DA PASTORAL JUVENIL MARISTA CURITIBA, DE 25 A 29 DE JANEIRO DE 2010

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Corações conectados na unidade e na mística

Alguns dias atrás, estava lendo um livro para jovens, escrito pelo Cardeal Mar-tini juntamente com Enzo Bianchi, um monge. Este disse: “Acredito que

muitos se escandalizarão com aquilo que vou dizer, pois seguramente não é o que se esperaria de um monge, mas vocês têm que aprender a encontrar tempo durante o dia para pensar, porque na idade de vocês é muito mais importante pensar do que rezar. De fato, para quem pensa e crê, a fé o leva à oração. Aquele que não pensa não saberá rezar nunca de maneira autêntica, quem sabe, no má-ximo, poderá repassar suas sensações interiores ou fazer ‘fofocas’ espirituais”.

O que fazer então para que, em nossa vida, não vivamos apenas na superficia-lidade das coisas, mas encontrar momentos de solidão na vida, quem sabe mo-mentos para pensar, ler, escrever e, provavelmente, nos fazendo algumas per-guntas essenciais: por que existo? O que quero fazer com minha vida? No fundo, são as perguntas mais radicais e que cada um deveria se fazer, pelo menos uma vez na vida.

Entendo perfeitamente quando o monge diz que é mais importante pensar do que rezar, pois, muitas vezes, na oração só se recitam palavras, e isso não nos ajuda a tomar resoluções e nem a superar as dificuldades perante a vida. Portan-to, como lhes dizia, temos que pagar um preço para poder refletir. Temos que arranjar tempo para pensar, temos que buscar a solidão. Isso será uma forma de construir a mística, a espiritualidade.

Portanto, estejam atentos a este lema: “corações conectados”. Hoje, estamos tentando conectar nossos corações apesar de estarmos longe, a muitos quilôme-tros de distância, pois temos desejos de que a família humana seja única, porque temos desejo de mística em nosso interior e de dedicar tempo para a reflexão.

Finalmente, diria: conectados para quê? O que queremos fazer com a nossa vida? A quem queremos dedicar a nossa vida? No último Capitulo Geral, ficou muito claro o convite recebido de Deus: “Vocês, maristas, estão chamados a ser o rosto mariano da Igreja”. E hoje, eu diria que todos nós, Irmãos, leigos e jovens, somos convidados por este mesmo Deus que nos ama, que ama cada um de vocês, a sermos, com os corações conectados, esse rosto mariano da Igreja.

Muito obrigado.

Ir. Emili Turú

*Esta mensagem foi proferida no dia 26/1/10, via “web conferência”, e transcrita por Ir. João Batista Pereira (PMBCS). Versão completa em: http://www.champagnat.org/pt/220800001.php?id=4&autor_id=8

M e n s a g e m d o S u p e r i o r G e r a l

Extrato* da mensagem do Ir. Emili Turú, Superior Geral do Instituto Marista, aos participantes do 1º

Congresso Nacional da Pastoral Juvenil Marista

| Ir. Emili em contato com os jovens do Congresso

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T e n d a s

Tendas: espaço de vivência, partilha e propostas

O 1º Congresso Nacional da PJM proporcionou diferentes espaços de for-mação, debate e proposição de ideias. Esses espaços foram chamados

de “tendas”, referindo-se ao sentido bíblico da palavra: lugar de encontro, acolhida e diálogo. As tendas trouxeram temas relevantes da atualidade à luz dos Momentos e Valores propostos no documento “Mística da Pastoral Juvenil Marista”. A atividade foi planejada de modo que, em grupos de aproximada-mente 90 jovens, pudéssemos passar por seis temáticas com diferentes pro-postas de trabalho:

A Tenda Acolhida e Confiança foi mediada pelo coordenador de Pastoral do Colégio Marista Santa Maria, de Curitiba (PR), Dércio Berti, e pelos assessores do Setor de Vida Consagrada e Laicato da Província Marista do Brasil Centro-Sul, Fabiano Incerti e Ir. João Batista Pereira. Com base em valo-res como acolhida e confiança, foi proposta uma atividade que exigiu dos participantes o planeja-mento, o diálogo e a união: grupos de 12 pessoas foram desafiados a ficar em cima de um pneu por alguns minutos sem tocar o chão, administrando as dificuldades da competitividade pelo espaço e das divergências de estratégias.

O desafio possibilitou a reflexão sobre a importância das relações compartilhadas com outras pes-soas no cotidiano, nos diferentes âmbitos da vida, seja social, familiar, eclesial ou estudantil.

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Conduzida por Hudson Rodrigues, analista de Pastoral da Província Marista Brasil Centro-Norte, Ir. José Assis, coordenador da Área de Vida Consagrada da UMBRA-SIL, e Roberta Guedes, analista educacional da mantenedora UBEE-UNBEC, a Tenda Coração Acolhedor levantou duas questões que permearam as discussões: “De que maneira o meu viver é influenciado pela PJM?” e “Que contribuições tra-go de minha experiência de vida para a PJM?”. Para trabalhar o tema, foram pro-postos jogos cooperativos. O clima foi de descontração: “notava-se no grupo uma energia muito favorável para o desenvolvimento das atividades. Todos os grupos que participaram demonstraram muita disposição para interagir com as ações que lhes foram propostas” (Hudson Rodrigues).

A Tenda Ecologia e Sustentabilidade, orientada por Ir. Luiz André Pereira, co-ordenador de Evangelização e Pastoral da Província Marista Brasil Centro-Norte, e Luciene Ortega, analista de Pastoral da mesma área, abordou esses temas em sintonia com valores como a sensibilidade e a determinação. O objetivo foi dis-cutir a importância da preservação das condições de vida de nosso planeta, em respeito à sua sacralidade e de acordo com nosso compromisso ético perante as próximas gerações. Partindo da apresentação do vídeo “Dossiê Universo Jovem IV”, da MTV, foi proposta a questão: “Quais os cenários que desejamos construir?”.

A turma esbanjou criatividade ao dar vida e cor às suas opiniões e atitudes, pintan-do caixas de papelão reciclado que formaram uma escultura imensa no pátio cen-tral. “O homem poluiu as águas, matou os animais, destruiu as florestas, mexeu até com o espaço e ainda se acha no direito de questionar Deus sobre a causa dos desastres ambientais. Tudo isso que está acontecendo é culpa nossa. Mas ainda há tempo de mudar. O que você vai fazer? O que vou fazer?” – questionou Talita Melo, do Colégio Marista de Natal (RN).

“Percebi o quanto é preciso mudar certas atitudes dos homens em relação à natu-reza — algo importantíssimo e incrivelmente lindo. Deus criou tudo em seis dias, mas o humano contribui para seu mal em segundos. A oração me fez reparar sobre coisas que passam pela minha frente e eu não percebo. Mas agora sei quais atitu-des irei tomar.” disse Bárbara Alves, do Colégio Marista de São Luís (MA).

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A Tenda Espiritualidade foi dinamizada pelos analistas da Gerência Pastoral da Província Marista Rio Grande do Sul, Aline Cunha e Gus-tavo Balvinot, inspirando-se nos valores de humildade, simplicidade e modéstia. Seu intuito era refletir sobre a importância da constru-ção de um projeto de vida que leve em conta a dimensão da espi-ritualidade. Segundo Aline Cunha, “cada participante foi convidado a abrir seu coração, percebendo-se como pessoa amada por Deus e que carrega dentro de si histórias que marcam sua vida, pessoas e situações que guarda de uma forma especial”. Pensar na vida,nos sonhos e em como estamos buscando concretizá-los foi a motivação suscitada pela música “Certas coisas pra dizer”, do cantor e compo-sitor Jorge Trevisol, e pelo Evangelho segundo São Mateus, Capítulo 5, que nos convoca a sermos “sal da terra e luz do mundo”.

No dia 28, foi realizada a Tenda Perspectivas, em que os participantes de todas as tendas anteriores trocaram experiências e dialogaram com o intuito de traçar um horizonte futuro para a PJM.

As tendas temáticas se transformaram em espaços dinâmicos de interativi-dade, de palavra aberta e escuta, nos quais pudemos expressar nossa com-preensão a respeito de temas do cotidiano e de valores que são fundamen-tais em nossa vida e para a vida em sociedade.

Com a mediação de Dyógenes Philippsen Araújo, assessor do Setor de Pastoral da Província Marista Brasil Centro-Sul, e do Ir. Cassiano Uberti, assessor de Pastoral do Colégio Marista de Ribei-rão Preto (SP), a Tenda Protagonismo Social e Político partiu da premissa de que “o ser humano é um animal político”. Buscou-se rememorar as estratégias de organização política da juventude das últimas décadas. A partir dessas experiências juvenis – frus-tradas ou de sucesso –, buscamos diagnosticar e refletir sobre no-vas possibilidades, espaços e estratégias de participação política juvenil na realidade atual. Depois de muitas ideias e dúvidas, che-gamos ao consenso de que um protagonismo eficaz pressupõe o triedro indignação — conhecimento — ação.

O processo de amadurecimento da fé foi apresentado como um modo de nos educar politicamente, na medida em que nos faz cidadãos imbuídos de ética e espiritualidade cristã, capazes de superar a omissão e o mero “partidarismo político”, em prol de “ações políticas” conscientes. A tenda culminou com uma home-nagem à memória de Zilda Arns, exemplo de cidadã cristã que rompeu com os muros que nos impedem de colocar-nos a serviço.

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O r a ç õ e s e C e l e b r a ç õ e s

Celebrar a vida faz bem!

O documento da “Mística da PJM” nos diz que “uma pessoa espiri-

tual é aquela que tem a vida dentro dela e a exterioriza”. Imagine essa frase num congresso de adolescen-tes e jovens de todo o Brasil. É exte-riorização de fé e vida que não acaba mais!

No 1.º Congresso Nacional da PJM isso não foi diferente. Eram ado-lescentes e jovens repletos de vida que, com entusiasmo e alegria, agra-deciam ao Deus da vida por esta-rem ali e por fazerem parte da PJM.

Matheus Martins, da PJM do Centro Social Marista Santa Marta, de San-ta Maria (RS), resume esse clima de celebração: “O 1.º Congresso Nacio-nal da Pastoral Juvenil Marista foi um momento de muitas vivências com os jovens maristas de todo o Brasil, pois pude conhecer as pesso-as que lutam para tornar Jesus Cristo conhecido e amado e, principalmen-te, ter consciência das culturas que há em nosso país”.

Um dos objetivos do Congresso era celebrar a mística da PJM. Bastava

estar presente nos momentos de oração e celebração para perceber que havia motivos para celebrar, que havia conexão e que todos queriam colocar essas motivações para fora, exteriorizar, mostrar às pessoas que a vida vale a pena. Na primeira noite do evento, em 25/1, convidados pelo arauto que nos desafiou a ser santos para o nosso tempo, realizamos um lindo momento de celebração da luz. Maria nos inspirava a seguir seu Filho Jesus.

Em outro momento, no dia 26, ce-

| Apresentação dos jovens da PMRS

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lebramos a memória da PJM, que remontou ao nascimento de Jesus Cristo, aos tempos de Champagnat, e perpassou as épocas dos diferentes movimentos de jovens que marcaram a história marista no Brasil. (Conheça mais sobre a história da PJM na pági-na 4). Nesse mesmo dia, todos conec-tamos nosso coração com o Ir. Emili Turú, Superior Geral do Instituto Ma-rista. De Roma, ele conversou conosco por meio de uma videoconferência. Ir. Emili destacou a sede de plenitude que perpassa a história da humanida-de. Além disso, lembrou a importân-cia do Congresso para os maristas do Brasil e do mundo, desejando que se mantenham os corações conectados. Para Tiago Alves, do Colégio Marista de Maringá (PR), o Superior Geral res-saltou a espiritualidade do coração: “ele mostrou que todos temos o de-sejo de estar conectados com alguém, seja família, amigos ou colegas, fazen-do parte de uma grande rede.”

No dia seguinte, foi a vez de nos co-nectarmos a uma galera que partici-pava de outro momento muito impor-tante de reflexão e diálogo: o Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre (RS). Por meio dos relatos de jovens que estavam por lá represen-tando instituições sociais, soubemos um pouco mais sobre os debates e a dinâmica do evento.

As características maristas – a humil-dade, a simplicidade e a modéstia – nos inspiraram e ficaram como desafio para o nosso dia-a-dia de jovens. De-baixo da tenda que nos aconchegou, celebramos os diversos nomes dados a nossa Boa Mãe, Maria. No dia 28, com nossos pés, representados nos pés impressos pela Província Marista Brasil Centro-Norte, nos propusemos a “com Maria, ir depressa a uma nova terra”, lembrando o desafio lançado ao Instituto Marista recentemente. “O que é a ‘nova terra’?”, fica como per-gunta a ser respondida ao longo do ano.

Por fim, no dia 29/1, quase na hora da despedida, celebramos a missa de en-cerramento, que teve um simbolismo todo especial para nós, maristas. Sai-ba mais a seguir.

Em torno da mesma mesa

Foi assim que terminamos o Encontro Nacional da Juventude Marista. Para nós, maristas, a mesa é um elemento significativo, no qual destacamos o altar onde o Padre Champagnat colocava todos os Irmãos, crianças e jovens. Também não vamos esquecer a mesa da fraternidade, que ele construiu para se sentar com os primeiros Irmãos, partilhando vida e esperança. Assim vivemos nós, colocando nossas vivências em torno da mesa.

“Deixamos de ser unidades para virarmos Províncias e deixamos de ser Províncias para virarmos Juventude Marista do Brasil. Sabe para que? Para conectarmos os nossos corações. Pois eles assim, se encaixando, se completando, unindo-se uns aos outros, tornaram-se corações no-vos e conectados para um mundo novo! Aí a festa fica completa!”Inácio Pinheiro dos Santos - Colégio São Pio X (Balsas – MA)

A missa de encerramento do 1º. Congresso Nacional da PJM foi celebrada pelo Padre marista José Maria da Silva, com a presença do Padre Alexsander Cordeiro Lopes, assessor do Setor de Juventude da Arquidiocese de Curitiba (PR). Agrade-cemos a Deus pela vida que pulsa na juventude marista do Brasil, por meio da Eucaristia, memória e compromisso do projeto de Jesus Cristo.

Todos esses diferentes momentos e vivências que tivemos juntos nos levam a uma certeza: entre as principais marcas deixadas pelo Congresso, fica a da celebração da vida!

| Padres Alexsander (à esq.) e José Maria celebram a missa de encerramento

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P a i n é i s

Os painéis de debate, partilha de ideias, projetos de vida e cami-

nhada, foram um rico momento de diálogo sobre protagonismo juvenil e de compromisso com as causas das juventudes e da sociedade. Além de promover o diálogo, abriram pers-pectivas sobre o futuro da PJM.

Mesclando descontração e espírito crítico, os participantes dos painéis deram seu recado e incentivaram a galera do Congresso a assumir sua mística e a se engajar em movimen-tos sociais e movimentos da Igreja, rompendo com o estereótipo de jo-

Ideias e Ideais, sonhados e compartilhados

Os fundamentos dos painéis do Congresso

vem alienado e individualista, tão propagado pela mídia.

Vamos relembrar os temas que foram trabalhados em 26 e 27/1, segundo e terceiro dias do 1º. Con-gresso Nacional da Pastoral Juvenil Marista.

26/1 | Juventude e Mística Sob a coordenação do Ir. José Wagner da Cruz, diretor-secretário da UMBRASIL e vice-provincial da

| Painel Juventude e Mística

| Painel Relato de Experiências

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Província Marista Brasil Centro-Norte, o painel abordou percepções dos jovens relacionadas à questão política, ao ativismo social, ao trabalho na Igreja e à vocação para a vida religiosa. Para animar o diálogo, estiveram presentes jovens de diferentes vivências e meios sociais: Hélio Belfort, de Curitiba (PR), participante de movimento estudantil, Samuel Alves, jovem vocacionado, de Goiânia (GO), Walter Haagsma, educando do Centro Social Ir. Acácio, de Londrina (PR), que atua em espaços de participação social, e João Bastos, aluno do Colégio Marista São José (RJ), envolvido em causas ambientais. Ir. Wagner também convidou alguns jovens da plateia para compor o painel.

As questões levantadas giraram em torno do que os jovens entendiam por Mística e Espiritualidade e sua rela-ção com a atuação social. Ir. Wagner foi bastante irreverente e dinamizou o momento, de maneira que todos se sentiram à vontade para contribuir.

27/1 | Relato de Experiências

O segundo painel teve como foco o relato de experiências de integrantes do movimento hip-hop e da Pastoral Juvenil Estudantil, ambos em nível nacional. O mediador foi o Ir. Adriano Brollo, membro da Comissão Nacional de Evangelização da UMBRASIL e di-retor do Setor de Pastoral da Provín-cia Marista do Brasil Centro-Sul, que convidou os painelistas a partilharem a vida e a trajetória nas questões ju-venis. Contamos com as contribui-ções de Tábata Silveira, da região de Porto Alegre (RS), secretária nacional da Pastoral da Juventude Estudantil (PJE), e com Oilson Antonio Alves, de Curitiba (PR), participante do movi-mento hip-hop.

Tábata falou de sua experiência de vida comunitária e pastoral, da ma-neira como se envolveu na causa da juventude, promovendo ações em

benefício da dignidade e da vida de tantos jovens que têm sonhos e são impedidos de realizá-los, devido ao sistema excludente no qual estamos inseridos. Ela falou, ainda, da campa-nha nacional da PJE contra a violência e o extermínio de jovens.

Oilson, mais conhecido como Will Capa Preta, fez um relato de sua história e da presença constante do hip-hop como fator de busca de identidade e de superação da dis-criminação. Também destacou que a cultura hip-hop, além de ser uma forma de superar barreiras e de pro-mover vivência em grupo, contribui para o resgate da vida e da dignidade de muitos jovens.

Os participantes escutaram atenta-mente os painelistas e levantaram uma série de questões. Traduziam, em seus olhares e nas perguntas, o encantamento e o desejo de fazerem, também eles, algo de concreto pela juventude.

| Troca de ideias e impressões

| Hip-hop no painel Relato de Experiências

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M o m e n t o C u l t u r a l

Arte, cultura e turismo para curtir, registrar e recordar

| Apresentação da Centro-Sul

| Capoeiristas da Centro-Norte

| Membros do Grupo Voluntários da Pátria

| A galera no Jardim Botânico

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O clima de festa foi marca regis-trada nas três noites do 1º Con-

gresso Nacional da PJM. O evento foi uma oportunidade de conhecermos as expressões culturais de cada can-to do Brasil, proporcionando riqueza nos debates e dando voz ao teste-munho dos jovens.

Cada uma das Províncias presentes compartilhou, na primeira noite do evento, um pouco do que prepara-ram. Surgiram danças folclóricas, interpretações e músicas (uma delas inédita), expressando amplamente e de forma diversificada o sentimento de corações conectados.

Na segunda noite do evento (26/1), Chico Mano e os Inimigos do Ritmo — banda curitibana formada por ex-alunos maristas que são ou foram pe-

joteiros — celebraram com a gente a caminhada da PJM nacional. Foi uma festa que misturou músicas variadas do cenário nacional e internacional.

Na noite seguinte, o grupo Voluntá-rios da Pátria deu um show de mú-sica, poesia e debate. Projeto capi-taneado por Tico Santa Cruz, mais conhecido por sua atuação como vo-calista da banda Detonautas Roque Clube, promoveu uma dinâmica em que os participantes do Congresso foram convidados a expressar suas ideias sobre temas da maior relevân-cia, tais como preconceito, violência e atuação comunitária. Vários de nós, vindos de diferentes regiões do país e experiências de vida, falaram sobre o anseio por uma mudança no nosso jeito de ser e agir, tendo em vista a prática plena do protagonis-

mo social.

No outro dia, tivemos a oportuni-dade de conhecer um pouco (ou um pouco mais) da cidade-sede do nos-so Congresso, num passeio por uma série de cartões postais de Curitiba: Ópera de Arame, Pedreira Paulo Le-minski, Parque Tanguá e o Jardim Botânico, que serviu de cenário para fotos ótimas de se postar no Orkut, no Twitter, no Facebook...

Mais do que celebrar a vida e a di-versidade, as atividades culturais desenvolvidas no 1º Congresso Na-cional da PJM nos mostraram que momentos de reflexão e partilha po-dem ser descontraídos e prazerosos. Basta assumirmos uma visão criativa e descomplicada em relação ao nos-so próprio espírito crítico!

“Muito fácil a gente reclamar do governo, reclamar dos políticos, reclamar de tudo... Reclamar da corrupção, da impunidade, da justiça. Mas onde a gente colabora com

isso? Este é um ano de eleição, é um ano em que a gente vai, mais uma vez, escolher os nossos representantes.

(...) Nós aqui não somos apolíticos, nós somos apartidários. Todos nós aqui somos seres humanos

políticos, todo ser humano é político. Primeiro passo da gente aqui, dos Voluntários, é tentar desfazer essa

imagem de que a política é uma coisa nojenta, na qual só existem bandidos e pessoas que estão mal intencionadas, e fazer com que nós assumamos a responsabilidade sobre o

que acontece no nosso país.”

Tico Santa Cruz integrante do Grupo

Voluntários da Pátria

| A galera no Jardim Botânico

| Músicos da PMRS

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Bruno Bonamigo(ao centro da foto) vocalista

da banda Chico Mano e os Inimigos do Ritmo e assistente

de Marketing do Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)

“Para nós, da banda Chico Mano e os Inimigos do Ritmo, foi enorme a satisfação em participar do 1o Congresso Nacional da PJM. Nosso grupo foi formado dentro do Marista, tocamos por anos em diversos encontros da antiga província de Santa Catarina, mas nunca em um evento deste porte. Encerramos a carreira há, pelo menos, cinco

anos, até que recebemos o gratificante convite para tocar no Congresso. Sem pestanejar, aceitamos e ficamos muito felizes em ver que a PJM está forte e com tantos pejoteiros

dispostos a abraçar a mesma causa que nós, por tantos anos, defendemos.”

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E n c o n t r o

Como parte das atividades do 1º. Con-gresso da PJM, aconteceu, no dia 27/1, o Encontro de Universitários. O evento contou com a participação de aproxi-madamente 30 jovens que passaram por unidades maristas e hoje são aca-dêmicos de universidades públicas e privadas do Brasil, com destaque para a PUCRS e PUCPR. Também es-tiveram presentes representantes da Coordenação Nacional de Pastoral da Universidade da Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB), bem como da Associação Nacional de Edu-cação Católica do Brasil (ANEC).

As juventudes que integram os espa-ços universitários também têm sede de uma proposta evangelizadora que contemple as suas angústias e sonhos.

Encontro com universitários

A Pastoral na universidadee a partir dela

“Na concepção dos participantes do 1º Congresso Nacional da PJM, a uni-versidade é vista como um momento de passagem, transformação, apren-dizagem, descoberta da sociedade e solidificação de valores e virtudes. É um momento de escolhas e decisões próprias num espaço de consolidação do projeto de vida”, afirma Ir. Adriano Brollo, diretor do Setor de Pastoral da Província Marista do Brasil Centro-Sul e coordenador da Comissão de Organização do Congresso. “Nesse contexto, o desafio da Pastoral na uni-versidade, de ser uma presença sig-nificativa, tornando-se referência no meio universitário, na sociedade e na Igreja, só pode ser superado por meio do protagonismo de jovens abertos e sintonizados com os múltiplos contex-

tos e realidades, e inseridos em mo-vimentos políticos, sociais e eclesiais, em defesa e promoção das grandes causas e valores”, considera.

Para os universitários e as instituições de Ensino Superior que participaram do Encontro Universitário, a principal missão das pastorais universitárias é a de articular e promover a mensagem do Evangelho e dos seus valores no seio das Instituições de Ensino Supe-rior, em sintonia com a Igreja, respon-dendo aos desafios da sociedade, e tendo como eixo balizador o diálogo entre ciência, cultura e fé. A efetivação dessas ações torna-se possível conci-liando as responsabilidades de família, trabalho, estudo, vida pessoal e parti-cipação pastoral.

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C a r t a

Durante o Congresso, fomos chamados a projetar o futuro da Pastoral Juvenil Marista! Imagine você, desbravar um novo horizonte ilumina-

do com raios de esperanças. Pois bem: desafio lançado, desafio assumido. Juntamos o pessoal e escrevemos os nossos sonhos, desejos e esperanças. A Carta da Juventude Marista do Brasil será um GPS que conduzirá a todos por caminhos de integração.

O nosso GPSConfira a Carta Final do 1º

Congresso Nacional da PJM

O Congresso foi uma oportunidade para perce-bermos que somos capazes de mudar o mundo, pois somos jovens diferentes. Temos Jesus e Maria como referenciais. Somos cristãos. Somos PJM.”

Gabriela Correa Colégio Marista de Aracati (CE)

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CARTA DOS CONGRESSISTAS

Curitiba, 29 de janeiro de 2010

“Qualquer que seja a nossa cultura, a nossa idade ou a nossa história, temos em comum uma espera, uma sede de vida em plenitude.” (Ir. Emili Turú, Superior Geral dos Irmãos Maristas)

Nós, jovens do Brasil Marista, nos reunimos em Curitiba, de 25 a 29 de janeiro de 2010, para o 1º. Congresso Nacional da Pastoral Juvenil Marista. Viemos de diferentes partes do país, trazendo na bagagem uma diversidade de costumes, sotaques, ritmos e realidades, mas, compartilhamos um mes-mo ideal, mostrando que, apesar de não nos conhecermos, somos capazes de nos relacionar construindo o rosto das juventudes maristas.

Cada um de nós, carregado com sua espiritualidade, vivenciou de modo particular e coletivo a mística da PJM, através de dinâmicas, reflexões e mo-mentos orantes. Motivados pelo sonho de Champagnat, que permanece vivo dentro de nós, conectamos nosso coração na busca de um mundo melhor.

Considerar o Congresso como parte de um processo, como um meio e não um fim, nos levará a um crescimento tanto pessoal quanto em termos pas-torais. Em tempos de mudança, é importante que nossos sonhos cresçam na mesma proporção de nossas responsabilidades, pois só desta maneira leva-remos os valores aqui construídos para nossa vida.

Nós, jovens da Pastoral Juvenil Marista, temos a missão de ser protagonistas nessa sociedade e de agirmos em busca dos nossos objetivos. Por isso, dese-jamos a criação da Comissão Nacional de Jovens da PJM, pois queremos ter voz ativa e participar das decisões referentes à Pastoral.

Somos muito mais do que o estereótipo de juventude criado pela nossa so-ciedade; provamos que temos potencial de mobilização e mudança, e pode-mos, sim, superar nossos limites quando desafiados. Queremos uma PJM que tenha ações libertadoras e comprometidas, que lute junto à comunidade e à sociedade, vivendo os valores do Evangelho e sendo agente efetivo de trans-formação social.

Sentimos a necessidade de nos expandirmos, ultrapassando os muros da ins-tituição, nos integrando com outras comunidades, movimentos, pastorais e ONGs. Faz-se necessária a criação de uma ferramenta que proporcione a co-municação interprovincial e incentive a prática da cidadania fortalecendo a identidade da PJM nacional, pois só se pode ampliar aquilo que é consistente.

Somos PJM, e ela tem transformado nossa vida, tornando-nos mais huma-nos, críticos e solidários. Temos consciência de que não caminhamos sozinhos como membros das Juventudes Maristas. Sonhamos os mesmos sonhos, te-mos um mesmo ideal, acreditamos num mundo mais justo e nos colocamos a serviço da construção do mesmo. Para que isso aconteça, precisamos de jovens embebidos de mística, conhecedores do projeto de Jesus Cristo, cons-cientes da realidade e verdadeiros praticantes dos fundamentos da PJM.

A exemplo de Marcelino Champagnat, somos convidados a construir o Reino de Deus do jeito de Maria, com sensibilidade e atenção. Portanto, hoje, nós, jovens, assessores e Irmãos, somos convidados por este Deus que nos Ama, a sermos, com os corações conectados, o rosto mariano da Igreja.

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D i á s p o r a

Pé na estrada

Viemos dos quatro cantos do país, carregando nas mochilas sonhos,

vivências e a expectativa de viver mo-mentos incríveis, partilhando vida e alegria em terras curitibanas. O grupo da PJM logo ganharia uma proporção maior, ao misturar diferentes sota-ques, estilos e místicas. Formamos um grande caldeirão cultural, movido pelo jeito marista de ser.

Isso é coisa de outro mundo ou pelo menos parece. Levamos uma vida ro-tineira, sempre com dias parecidos, e aí chegam momentos como o do Congresso, em que percebemos a plu-ralidade cultural que o Brasil possui, com jovens engajados e comprometi-dos. Percebemos, principalmente, que Deus criou inúmeras possibilidades para sermos felizes.

Enfim, chegamos, vivenciamos o 1º. Congresso Nacional da PJM e, quando nos demos conta, já era hora de vol-tar para casa. Não cabiam nas nossas mochilas os sentimentos vividos pelos colegas de PJM. É por isso que chama-mos alguns pejoteiros para falar um pouco de suas impressões e opiniões sobre o Congresso:

“Existem momentos tão intensos na nossa vida que nem o tempo pode

apagar. Momentos que não deixaremos para trás, em que sonhamos e acre-ditamos poder vivê-los novamente

por meio de um simples ato: fechar os olhos e lembrar.”

“Nos momentos de oração eu reflito muito, mas, dessa vez, eu não só refleti como também participei de certa forma.

Será algo que vou levar para minha vida. A PJM é uma coisa nova para mim. Uma

coisa que eu costumava achar entediante era momento de oração, mas, aqui, eu mu-dei todos os meus pontos de vista. Para

melhor, claro.”

Bárbara Alves Colégio Marista de São Luís (MA)

Pedro José de Almeida Colégio Marista de Aracati (CE)

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Dener Rodrigues de Souza postulante marista de Belo Horizonte (MG)

Perspectivas de Futuro Sonhos e objetivos da PJM Dom Helder Câmara, que foi um reconhecido defensor dos Direitos Humanos, nos ensinou: “Quando se sonha só, é apenas um sonho, mas quando se sonha com muitos, já é realidade”. A utopia partilhada é a mola propulsora da história. Como jovens maristas, temos um sonho ousado, assim como teve o jovem Champagnat. Nosso desafio consiste em traduzirmos esses sonhos em PERSPECTIVAS concre-tas. Todo mundo tem que se ligar nessa com atitude! Sonhar, agir, fazer acontecer.

“Ao pensar na realidade do nosso mundo, com foco no sofrimento do povo haitiano, veio uma ideia forte no Congresso: ‘já passa da hora de arregaçar as mangas’, ou melhor, vamos agir. Surgiu então entre nós o desejo de criar a

Comissão Nacional de Jovens da PJM para que propicie a comunicação interprovincial e incentive

a prática solidária.”

E qual trilha vamos seguir para caminharmos vencendo os obstáculos do indi-vidualismo, do consumismo desenfreado, da apatia política e comunitária que

fazem com que tantos de nós, jovens, nos desviemos da nossa vocação natural de agentes transformadores da realidade? A seguir, vamos re-tomar alguns pontos da nossa situação atual e da nossa rota futura.

Onde estamos? Para onde vamos? A PJM vem fortalecendo sua identidade e mística e, a cada dia, se

torna mais integrada nos processos que acontecem nas unidades maristas – entre colégios, centros sociais e instituições de ensino

superior. O trabalho desenvolvido está sendo reconhecido além das fronteiras do Brasil Marista, o que provocou um movimento que tem olhado para a Pastoral Juvenil Marista como um meio eficaz para a evan-gelização de juventudes.

“Nossa intenção é a de que a PJM se fortaleça em nível internacional, agregando as muitas formas de expressões e de experiências de evan-gelização” , afirma Ir. Adriano Brollo, membro da Comissão Nacional de Evangelização da UMBRASIL e diretor do Setor de Pastoral da Pro-

víncia Marista do Brasil Centro-Sul. “A perspectiva que trazemos é a de que a PJM se reafirme como um espaço legítimo de exercício

da cidadania, de formação para a participação social e eclesial de adolescentes e jovens, tornando-se um espaço concreto de es-

cuta dos apelos dos jovens e de mobilização em prol das suas causas”, considera.

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D i á s p o r a

E o que a gente tem a ver com isso?

Para que a PJM continue sua traje-tória de forma determinada e inte-grada, é fundamental que tanto nós, jovens, quanto os adultos que estão conosco nesta caminhada, nos en-volvamos em um processo contínuo de formação, sempre com o objetivo maior de aprofundar a dimensão das assessorias pastorais e do acompa-nhamento dos jovens e adolescen-tes que fazem parte não só da PJM, mas também das unidades maristas como um todo.

Para que isso seja possível, não adianta ficarmos parados, esperan-do uma carona para o nosso futuro... é preciso que assumamos a rota, tanto da PJM, quanto de nossas próprias vidas. E isso acontece não apenas por meio da nossa partici-pação nos fóruns promovidos pelo próprio Instituto Marista: é preciso também que sejamos pró-ativos na construção e ativação de espaços de diálogo que tenham a nossa cara e correspondam aos anseios nossos e das comunidades das quais fazemos parte.

Nossos corações já estão conecta-dos rumo ao horizonte dos nossos sonhos e do nosso protagonismo. Agora, é seguir a trilha com cora-gem e determinação, como capitães que somos dos nossos próprios des-tinos, tendo Champagnat por guia e a Boa Mãe por protetora.

Perspectivas futuras para a PJM

• Fortalecimento do trabalho em nível nacional e internacional

• Espaço legítimo de participação juvenil

• Envolvimento com outras experiências de evangelização das juventudes

• Aprofundamento do processo de assessoria e acompanhamento

• Formação para a participação social

A gente faz acontecer(Guto e Marcela – Colégio Marista de Brasília – Ensino Médio) Nós somos de vários lugaresMas quando estamos juntos, somos mais.Capazes de mudar o mundo eViver o sonho de Champagnat. Acreditamos que a vida tem valorSomos parte da Mensagem do Amor.Trazemos corações conectadosPra sentir, pra cantar e viver essa vocação. Sintonize essa vibraçãoTodos juntos numa só canção.O que é pedra em carne transformarE corações novos conquistar. Nossa mística juvenilFez a pê-jota-ême do BrasilO Evangelho a semearE um mundo novo a realizar.

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“Pessoas que fazem hoje a dif

erença, que

mostram em todos os lugare

s aonde vão o

quanto é importante amar,

ser humilde, aju-

dar, escutar o próximo, mo

strar a verdadeira

face marista, esse legado d

eixado por Marce-

lino Champagnat. (...) Quero dizer qu

e adorei

conhecer todos e todas. Hoje, quando o

lho

as fotos, cada um de vocês

significa muito

para mim, saibam que os mel

hores momentos

de nossas vidas são esses,

que só deixam

boas lembranças, bons amigo

s. ‘Amigo a gente

guarda, mesmo que haja falh

as, quando Deus

constrói um laço o amor jama

is acaba...’ ”

“Mantivemos contato com os demais jovens, mes-mo após o término do Congresso, buscando melhor aproveitar esta sintonia fina que compartilha os

mesmos sentimentos e valores; a qual acreditamos, às vezes, ser pouco preservada. Acima de tudo, vimos que era a oportunidade ideal para nos per-mitir conhecer mais estas diferenças, aprendendo

com cada detalhe. (...) Por isso, declaramos nosso interesse em integrar esta proposta como um único Brasil, e realizar um intercâmbio interprovincial com o objetivo de aprender, na vivência de encontros ou cursos, no que estas diferenças e semelhanças em

cada canto do país podem nos ajudar a crescer como pessoas, comunidades e, sobretudo, maristas.”

Matheus Placha ChequimColégio Marista Santa Maria de Curitiba

(PR), e Maria Lúcia Dutra Machado, do Instituto Marista Graças, de Viamão (RS)

E c o s

Ecos do Congresso: corações conectados à vontade de transformar

Já faz um tempinho que o 1º. Congresso Nacional da PJM agitou para valer muito da nossa realidade e das nossas percepções e opiniões em relação ao mundo, à vida e

às pessoas. Alguns de nós, movidos pelo entusiasmo e inspirados pelos ideais compar-tilhados intensamente no decorrer do Congresso, enviaram à Comissão Organizadora relatos que nos dão a ideia do quanto aqueles cinco dias de janeiro de 2010 impactaram seus sonhos e expectativas. Vamos conferir?

“Pensar PJM neste ‘mundo novo’ é, antes de pensar em mudar a sociedade, perceber que é preciso mudar de postura ainda na

base, nas nossas unidades, lá na comunidade onde vivemos.A sociedade precisa da presença de Jovens Maristas articula-dos aos poderes públicos, com participação ativa, conhecedores dos direitos e cumpridores dos deveres. A mudança não ocorre

na manhã seguinte ao Congresso, mas toda a proposta deve nos incomodar, deve ser um espinho encravado na sola de nos-sos pés; queremos uma epidemia de inquietudes onde a mudança

aconteça por uma conversão diária, um eterno recomeçar, e seja uma opção de vida. Pastoral Juvenil Marista é uma voca-ção que exige um grande e coeso SIM. Somar forças, conectar

corações... ‘PJM: ser, crer e viver! Repasse essa chama!’”

Lucas MattosoPostulado, Londrina (PR)

Andrey Milléo Membro da Equipe de Estrutura

do Congresso, ex-aluno do Colégio Marista Santa Maria de

Curitiba (PR) e participante do 4º. Momento da PJM

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25 de janeiro

Abertura

26 de janeiro

Celebração da memória da PJM

Conexão com Ir. Emili Turú, Superior Geral do Instituto Marista

Painel Juventude e Mística

Tendas temáticas: “Acolhida e Confiança”, “Coração Acolhedor”, “Ecologia e Sustentabilidade”, “Protagonismo Social e Político”, “Espiritualidade”

Apresentações culturais dos jovens

27 de janeiro

Painel Relato de Experiências

Conexão com Fórum Social Mundial

Tendas temáticas: “Acolhida e Confiança”, “Coração Acolhedor”, “Ecologia e Sustentabilidade”, “Protagonismo Social e Político”, “Espiritualidade”

Coquetel

Show com banda Chico Mano e os Inimigos do Ritmo

28 de janeiro

Tenda “Perspectivas Futuras da PJM”

Apresentação do Grupo Voluntários da Pátria

29 de janeiro

Missa de encerramento

Partida (diáspora) dos participantes

P r o g r a m a ç ã o

E x p e d i e n t e

Ficou “perdido” sobre quando aconteceu uma determinada atividade do 1º. Congresso Nacional da PJM? Então, vamos relembrar a agenda do evento:

Agenda do Congresso

Revista do 1º. Congresso Nacional da Pastoral Juvenil MaristaCuritiba (PR) – 25 a 29 de janeiro de 2010

Coordenação Geral do Congresso: Comissão Nacional de Evangelização da UMBRASIL

Comissão Editorial: Ir. Lodovino Marin e Mércia Procópio (UMBRASIL); Ir. Luiz André Pereira (PMBCN); Ir. Adriano Brollo, Bruno Socher e Jaciara Carneiro (PMBCS); Ir. Deivis Fischer, Diego Silva e Karen Silva (PMRS)

Coordenação Editorial: Ir. Franki Kucher e Jaciara Carneiro (PMBCS); Katiuscia Sotomayor (UMBRASIL)

Colaborações: Mércia Procópio (UMBRASIL); Ana Paula Gusmão, Jociely Madureira e Ir. Luiz André Pereira (PMBCN); Ir. Adriano Brollo, Bruno Socher, Diogo Galline, Dyogenes Araujo, Irene Simões, Marilúcia Resende, Otávio Oliveira e Pollyana Nabarro (PMBCS); Ir. Deivis Fischer (PMRS)

Fotos: Luciene Ortega (PMBCN); Ir. Adilson Janovski, Bruno Nagalli, Ir. Franki Kucher, Ir. Marcelo Allebrandt e Pollyana Nabarro (PMBCS); Karen Silva (PMRS)

Projeto Gráfico e Edição de Arte: Editora Ruah

Impressão: FTD Editora

Tiragem: 3 mil exemplares

União Marista do Brasil (UMBRASIL): SCLN 102 – Bloco C – Salas 102 a 105 – Asa Norte – 70722-530 – Brasília (DF) – Fone: (61) 3346-5058

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