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Implantando Programa de Atividade Física Pautados na Realidade, nos Recursos locais e nas Característica da População

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Implantando Programa de Atividade Física

Pautados na Realidade, nos Recursos locais e nas Característica da População

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O modelo Transteórico nas Ciências do Esporte/Atividade Física

• Como já estudamos, o modelo dos estágios de mudança de comportamento, conhecido também como modelo transteórico, vem sendo empregado na investigação de comportamentos saudáveis e desde os anos 80.

• Sua origem está atrelada a estratégias de combate ao tabagismo.

• Do ano 2000 em este teve seu rol de aplicações ampliados e passou a ser utilizado também na área do esporte/atividade física.

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O modelo Transteórico nas Ciências do Esporte/Atividade Física

A diferentes formas de mensuração dos estágios do Modelo Transteórico:

• Inicialmente, os indivíduos eram classificados em uma escala do tipo Likert; - Nessa escala afirmações são apresentados e o sujeito sinaliza se está de acordo ou não com cada uma delas em

um escala que varia de 1 a 5, dependendo do grau de sua concordância.

• Após, em meados da década de 90, foi elaborado um instrumento em que os indivíduos eram orientados a escolher sentenças – uma para cada estágio;

- Cada uma delas correspondia a estágio do modelo e o sujeito tentava reportar-se ao seu comportamento atual ao escolher uma delas.

• Visando facilitar a coleta da informação e torná-la mais apurada, foi elaborado, um outro instrumento que classificava os indivíduos, nos diferente estágios, a partir de um algoritmo com respostas do tipo sim/não.

- esta última forma de classificação possui maior aceitabilidade e aplicabilidade em inquéritos populacionais, por não ser auto administrada, e permitir a coleta dos dados via telefone.

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Mensuração dos estágios do Modelo Transteórico através de algoritmo

Figura 1: Algoritmo empregado para definir os estágios de mudança de comportamento para a prática de atividade física regular. Adaptado de DUMITH et al (2008) p.304.

Estágio ou Fase

Perguntas Norteadoras

Cla

ssif

icaç

ão:

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Classificação das Fases do Sujeito segundo o Modelo Transteórico tendo como sinalizador a

prática de Esportes/AF

Pré-

Contemplação Contemplação Preparação Ação Manutenção

Não considera uma

nova possibilidade

de comportamento a

ser adotada.

O indivíduo tem

contato ou é

sensibilizado por

uma nova

possibilidade de

comportamento.

São feitos esforços

pela/para mudanças

que conduzam ao

novo

comportamento.

Este estágio se

concretiza por uma

mudança inicial no

comportamento.

O novo

comportamento foi

adquirido e é

mantido ao longo do

tempo.

O indivíduo não está

consciente ou não

se sensibiliza com

sua condição.

Este comportamento

é contemplado, mas

ainda não é

colocado em prática.

O indivíduo

pretende começar a

agir em um futuro

muito próximo.

Este estágio requer

comprometimento e

determinação.

O indivíduo trabalha

para evitar

relapsos/recaídas e

consolidar os

ganhos obtidos

durante o processo

de ação.

O indivíduo,

constata os

benefícios dos

novos hábitos, sabe

“aonde quer ir”,

porém ainda não

está pronto

Visualiza-se uma

aproximação com os

hábitos que quer

incorporar.

Os

ganhos/benefícios

servem como

motivadores, mas

eles podem demorar

a aparecer e isto

deve estar claro.

É uma continuação

da mudança do

comportamento,

etapa que a

consolida.

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Classificação das Fases do Sujeito segundo o Modelo Transteórico (Re)planejando programas de Esportes/AF

Pré-Contemplação Contemplação Preparação Ação Manutenção

O indivíduo é sedentário.

Rejeita ou desconsidera

os benefícios da AF.

Não se preocupa com

ganho de peso e

alterações

fisiopatológicas.

O indivíduo é sedentário

mas se interessa pelos

benefícios da AF.

Já se preocupa com

ganho de peso e

alterações

fisiopatológicas .

O indivíduo, ainda,

sedentário que se

interessa pelos benefícios

da atrelados à prática de

AF,

O indivíduo já se inseriu

em programas de AF.

Almeja pelos benefícios a

ele atrelados.

O indivíduo se mantém no

programa de AF.

Trabalha para evitar

relapsos/recaídas e

consolidar seus ganhos .

Estratégias:

Campanhas de

sensibilização.

Ofertar atividades

prazerosas em locais

próximos ou de fácil

acesso.

Envolver líderes

comunitários e pessoas

próxima.

Estratégias:

Campanhas educativas

com distribuição de

material informativo

Ofertar atividades

diversas em locais

próximos ou de fácil

acesso.

Envolver líderes

comunitários e pessoas

próxima.

Estratégias:

Campanhas educativas.

Ofertar atividades

diversas em locais

próximos ou de fácil

acesso.

Envolver líderes

comunitários e pessoas

próxima.

Investir no convite e

incentivo à prática de AF.

Estratégias:

Ofertar atividades

variadas em locais

próximos /fácil acesso.

Considerar as

expectativas e intenções

do aluno e propiciar

atividades prazerosas,

sanar dúvidas e reforçar

seus ganhos.

Esclarecer sobre

adaptações orgânicas e

AF (material educativo).

Estratégias:

Investir em campanhas

de incentivo (ex: encontro

de grupos de caminhada).

Considerar as

expectativas e intenções

do aluno e propiciar

atividades prazerosas,

sanar dúvidas e reforçar

ganhos.

Esclarecer sobre

adaptações orgânicas e

AF (material educativo).

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Implantando programas de Práticas Corporais/Atividade Física na AB

Caderno de Atenção Básica nº 27 – Diretrizes do NASF (MS, 2009, p.142 – 147)

As PCQAF devem ser compreendidas na perspectiva da reflexão sobre as práticas de saúde em geral e também do fortalecimento do controle social, corresponsabilidade social, construção de redes de cuidado integral, integralidade e transversalidade das políticas de saúde e acesso aos serviços e tecnologias em saúde e direito ao lazer (P.142)

PROPOSIÇÕES PARA A NOSSA ATUAÇÃO AO PROPOR PROGRAMAS DE PC/AF

1. Pautar propostas em dados

epidemiológicos + Dados do Modelo Transteórico

2. Atuar com a comunidade 3. Promover Ação Intersetorial 4. Aproximar a população dos

recursos do território e pontuar a necessidade destes (ou de sua recuperação) para os gestores, se necessário

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Implantando programas de Práticas Corporais/Atividade Física na AB

Caderno de Atenção Básica nº 27 – Diretrizes do NASF (MS, 2009, p.142 – 147)

(...) a PCAF deve ser construída a partir de componentes culturais, históricos, políticos, econômicos e sociais de determinada localidade, de forma articulada ao espaço–território onde se materializam as ações de saúde, cabendo ao profissional de saúde a leitura abrangente do contexto onde irá atuar profissionalmente e como ator social. (P.142 - 3)

PROPOSIÇÕES PARA A NOSSA ATUAÇÃO AO PROPOR PROGRAMAS DE PC/AF

1. Atuar com a comunidade a

partir de seus costumes 2. Reforçar as ações locais,

respaldando-as em situações oportunas

3. Ofertar experiências condizentes ás expectativas da população local e coerentes aos indicadores de saúde

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Implantando programas de Práticas Corporais/Atividade Física na AB

Caderno de Atenção Básica nº 27 – Diretrizes do NASF (MS, 2009, p.142 – 147)

(...)ampliação do olhar sobre a existência ou não de espaços públicos de lazer ou da quantidade de grupos presentes, para abranger também as ações organizadas dentro das próprias unidades de Saúde da Família !

(...) O trabalho com grupos deve proporcionar a compreensão processual do significado do lazer para as comunidades e de como as pessoas identificam e se relacionam com os espaços de lazer existentes – UTILIZAR RECURSOS DO TERRITÓRIO!

(...) identidade com o espaço de lazer é um fato social, cuja compreensão permitirá identificar as relações determinantes que os sujeitos estabelecem com as PCAF que já realizam e que venham a realizar. - REFORÇAR AS AÇÕES LOCAIS (RESPALDAR SE NECESSÁRIO).

(...) o conhecimento sobre o território e a valorização da construção local relativa às PC/AF constituem princípios da atuação dos profissionais do Nasf, conjuntamente com

os demais profissionais da equipe de Saúde da Família.

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Implantando programas de Práticas Corporais/Atividade Física na AB

Caderno de Atenção Básica nº 27 – Diretrizes do NASF (MS, 2009, p.142 – 147)

(...) Recomenda-se a construção de atividades e possibilidades a partir das necessidades e contribuição coletivas referentes aos que serão beneficiados, em detrimento da imposição de modelos. (p. 145)

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Implantando programas de Práticas Corporais/Atividade Física na AB

Recomendações da portaria 2488 (2011) para as PAC/AF:

Abranger ações que propiciem a melhoria da qualidade de vida , redução dos agravos e danos decorrentes das DCNT, favoreçam a redução do uso de medicamentos e a formação de redes de suporte social, e, que possibilitem a participação ativa dos usuários na elaboração de diferentes projetos terapêuticos.

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Implantando programas de Práticas Corporais/Atividade Física na AB

Recomendações da portaria 2488 (2011) para as PAC/AF:

Pontos chaves a serem destacados:

desenvolver atividades físicas e práticas corporais junto à comunidade; veicular informações que visam à prevenção, minimização riscos e

estimule autocuidado; incentivar a criação de espaços de inclusão social, com ações que

ampliem o sentimento de pertinência social; proporcionar Educação Permanente juntamente com as ESF; contribuir para a ampliação e a valorização da utilização dos espaços

públicos de convivência; identificar profissionais e/ou membros da comunidade com potencial

para o desenvolvimento do trabalho em práticas corporais, em conjunto com as ESF e capacitar os profissionais, inclusive os Agentes Comunitários de Saúde – ACS;

supervisionar, de forma compartilhada e participativa, as atividades desenvolvidas pelas ESF na comunidade;

promover eventos que estimulem ações que valorizem Atividade Física/Praticas Corporais e sua importância para a saúde.

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Implantando programas de Práticas Corporais/Atividade Física na AB

1. AVALIAR: Dados Epidemiológicos; características do

território e do indivíduo. (necessidades + demandas)

2. PLANEJAMENTO

- Identificar ações necessárias;

- Averigar se essas ações existem no território ou na Unidade

de SF ou nos equipamentos do território:

Sim – AS AÇÕES NECESSÁRIAS JÁ EXISTEM :

Apoiar/Respaldar/Propor Parceria – Ação Intersetorial.

Não – AS AÇÕES NECESSÁRIAS NÃO EXISTEM:

Implementar e capacitar equipe e/ou líder comunitário.

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Referências Bibliografias

- ANJOS, T C; DUARTE, A C G O. A Educação Física e a Estratégia de Saúde da Família: formação e atuação profissional PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 19 (4): 1127-1144, 2009.

- BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Cadernos de Atenção Básica n. 27. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 160 p.

- BRASIL. Portaria nº 2488 de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).

- DUMITH, SC. ET AL. Estágios de mudança de Comportamento para a prática de atividade física: uma revisão da literatura. Rev. Bras.Cineantropom. Desempenho Hum. 2008;10(3):301-307.

- FREITAS, F.F. A Educação Física no serviço público de saúde. São Paulo: Hucitec, 2007.

- MADUREIRA, Alberto Saturno et al . Associação entre estágios de mudança de comportamento relacionados à atividade física e estado nutricional em universitários. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 10, Oct. 2009

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