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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 11 DE MAIO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 Quando a agressividade preocupa Saúde e bem-estar F5 DIVULGAÇÃO Universo de letras Para estimular o desenvolvimento da criatividade, autonomia, independência e autoestima da criança durante a fase inicial de aprendizagem das letras, o elogio de pais e responsáveis é indispensável para ela avançar A escrita é fundamental para o desenvolvimento das ca- pacidades do ser humano. Por meio dela, o cidadão participa da sociedade se comuni- cando e expressando sua opinião sobre tudo. Ainda nos primeiros meses de vida, o processo inicia- se em movimentos motores, como agarrar fraldas de pano, brinque- dos, mamadeiras e outros objetos relacionados ao seu dia a dia. “Estes reflexos passam a dar autonomia para futuramente o bebê pegar um lápis, giz de cera, pincel de pelo, massinhas de mo- delar, e a partir desta estimulação em sala de aula, as crianças po- derão desenvolver mais essa co- municação”, destaca a professora do Centro Educacional Literatus (CEL), Ana Paula Silva. No início da vida escolar, as crian- ças da educação infantil realizam atividades de desenho – muitas vezes chamadas erroneamente de rabiscos e garranchos. “O nome correto para o desenho de crianças pequenas é garatuja, caracteriza- do ora pelos traços grandes em extensão, ora circulares com in- tensidade em cores e pressão”, explica a educadora. De acordo com a profissional, é nesta fase que o elogio é a melhor ferramenta de pais e mestres para estimular o desenvolvimento da criatividade, autonomia, indepen- dência e autoestima da criança. Desenvolvimento Já na alfabetização, a letra da criança se apresenta angulada e em tamanho grande quando comparada à letra de uma criança já alfabetiza- da de séries mais avançadas. “Por- tanto, deve-se usar preferencial- mente folhas A-3, papel 40 kg, gizão de cera e pincéis grossos. Também se deve estimular a pintura a dedo com guache”, indica Ana Paula. Ela aponta que a criança deve identificar o que é a letra e qual seu significado quando associada a outras letras. “Com isso, formam-se as primeiras palavras ainda simples, os primeiros encontros vocálicos, principalmente os monossilábicos, sempre acompanhados de uma fi- gura representativa”, disse a pro- fessora do CEL. A partir desta etapa, a criança começa a entender o significado da letra individualizada e passa a se concentrar na palavra como constituinte de um significado próprio. Para cada palavra inter- nalizada sempre há uma emoção ou sentimento a ela associado, o que leva a um aprendizado mais ou menos qualitativo, dependendo da qualidade afetiva que a criança tem com o conteúdo. “Entender o símbolo gráfico es- tende-se não somente à letra, mas também, aos símbolos numéricos, onde a criança deve abstrair dali uma quantidade específica e con- seguir representá-la novamente em figuras ou palavras escritas, tornando o processo um vai e vem de informações”, explica. Incentivo A dica da educadora é que quan- to mais próximo do universo da criança o aprendizado das letri- nhas e números for, mais rápido e efetivamente ela aprenderá o alfabeto e a formação de palavras e números derivados deles. Além disso, quem lê bastante escreve bem, então incentivar o gosto pela leitura é também esti- mular a escrita. Leia junto com a criança, conte historinhas. Assim como os professores, os pais são modelos de leitores e de escritores para as crianças.

Saúde - 11 de maio de 2014

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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SaúdeCa

dern

o F

e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 11 DE MAIO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

Quando a agressividadepreocupaSaúde e bem-estar F5

DIVULGAÇ

ÃO

Universo de letrasPara estimular o desenvolvimento da criatividade, autonomia, independência e autoestima da criança durante a fase inicial de aprendizagem das letras, o elogio de pais e responsáveis é indispensável para ela avançar

A escrita é fundamental para o desenvolvimento das ca-pacidades do ser humano. Por meio dela, o cidadão

participa da sociedade se comuni-cando e expressando sua opinião sobre tudo. Ainda nos primeiros meses de vida, o processo inicia-se em movimentos motores, como agarrar fraldas de pano, brinque-dos, mamadeiras e outros objetos relacionados ao seu dia a dia.

“Estes refl exos passam a dar autonomia para futuramente o bebê pegar um lápis, giz de cera, pincel de pelo, massinhas de mo-delar, e a partir desta estimulação em sala de aula, as crianças po-derão desenvolver mais essa co-municação”, destaca a professora do Centro Educacional Literatus (CEL), Ana Paula Silva.

No início da vida escolar, as crian-ças da educação infantil realizam atividades de desenho – muitas vezes chamadas erroneamente de rabiscos e garranchos. “O nome correto para o desenho de crianças pequenas é garatuja, caracteriza-do ora pelos traços grandes em extensão, ora circulares com in-

tensidade em cores e pressão”, explica a educadora.

De acordo com a profi ssional, é nesta fase que o elogio é a melhor ferramenta de pais e mestres para estimular o desenvolvimento da criatividade, autonomia, indepen-dência e autoestima da criança.

DesenvolvimentoJá na alfabetização, a letra da

criança se apresenta angulada e em tamanho grande quando comparada à letra de uma criança já alfabetiza-da de séries mais avançadas. “Por-tanto, deve-se usar preferencial-mente folhas A-3, papel 40 kg, gizão de cera e pincéis grossos. Também se deve estimular a pintura a dedo com guache”, indica Ana Paula.

Ela aponta que a criança deve identifi car o que é a letra e qual seu signifi cado quando associada a outras letras. “Com isso, formam-se as primeiras palavras ainda simples, os primeiros encontros vocálicos, principalmente os monossilábicos, sempre acompanhados de uma fi -gura representativa”, disse a pro-fessora do CEL.

A partir desta etapa, a criança começa a entender o signifi cado da letra individualizada e passa a se concentrar na palavra como constituinte de um signifi cado

próprio. Para cada palavra inter-nalizada sempre há uma emoção ou sentimento a ela associado, o que leva a um aprendizado mais ou menos qualitativo, dependendo da qualidade afetiva que a criança tem com o conteúdo.

“Entender o símbolo gráfi co es-tende-se não somente à letra, mas também, aos símbolos numéricos, onde a criança deve abstrair dali uma quantidade específi ca e con-seguir representá-la novamente em fi guras ou palavras escritas, tornando o processo um vai e vem de informações”, explica.

IncentivoA dica da educadora é que quan-

to mais próximo do universo da criança o aprendizado das letri-nhas e números for, mais rápido e efetivamente ela aprenderá o alfabeto e a formação de palavras e números derivados deles.

Além disso, quem lê bastante escreve bem, então incentivar o gosto pela leitura é também esti-mular a escrita. Leia junto com a criança, conte historinhas. Assim como os professores, os pais são modelos de leitores e de escritores para as crianças.

F01 - SAÚDE.indd 8 5/9/2014 4:23:33 PM

MANAUS, DOMINGO, 11 DE MAIO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

Depois de alguns dias aumentando na água, pas-se a cuidar do almoço. Veja o que tem no seu prato, re-duza frituras e massas, ponha mais verduras. Não fi que mui-to tempo sem se alimentar” Editora

Vera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Toda caloria que consumi-mos a mais que o corpo gasta leva ao acúmulo! Atividades físicas queimam calorias, mas para emagrecer é preciso, além de exercícios físicos, seguir uma dieta equilibrada com alimentos certos, reduzindo porções.

Tudo é uma questão de mate-mática para perder peso. Nos-so corpo necessita de certa quantidade de calorias, por dia, para manter o peso e o funcionamento normal do nosso organismo (andar, res-pirar, batimentos cardíacos, digestão etc.).

A maneira que abastecemos nosso corpo com calorias é por meio da ingestão de alimentos e bebidas. Para manter o peso atual, bastaria comer o número exato de calorias que precisa-mos e, portanto, nosso peso se manteria o mesmo.

Basicamente:- Consumir o mesmo número

de calorias que o corpo precisa, mantém seu peso.

- Consumir mais calo-rias do que seu corpo precisa, aumenta seu peso.

- Consumir menos calo-rias do que seu corpo precisa, diminui seu peso.

Lembre-se que o se-gredo está na ingestão de ca-lorias. Enquanto você estiver num défi cit calórico, você vai

perder peso.Perder peso é muito mais

que fi car magro repentina-mente. Isto signifi ca acabar com a saúde, além de correr o sério risco de ganhar peso, novamente, em pouquíssimo espaço de tempo. Para per-der peso é preciso força de vontade, mudança de hábitos, porque a pessoa irá adotar uma nova postura para o resto de sua vida. Então não adianta cortar os doces. É preciso, sim, reduzi-los ao máximo. Talvez até cortá-los durante a semana ou nos fi nais de semana. Cada pessoa avalia o dia e o horário que come mais e verifi ca o que fazer para comer menos e melhor, incluindo frutas nes-tes horários. Mas adquirir bons e novos hábitos leva tempo, por isto, não pode ter pressa. Precisa ser persistente e fi car sempre atento.

Não adiantam querer cortar frituras, biscoitos, doces, tudo de uma só vez. Importante tam-bém é não fi car pensando no que está deixando de comer e sim nos benefícios que você terá tanto para sua saúde como para a estética.

Um primeiro passo, mais muito importante, é começar pela água. Quanto de água você toma por dia? Comece então pela água. Corte sucos indus-trializados, refrigerante, bebi-

da alcoólica. Não precisa cor-tar tudo radicalmente, mas vá reduzindo estes e aumentando o consumo de água e também suco natural. Siga algum dia assim, atento à ingestão de água. Você irá se espantar ao perceber como bebemos pouca água durante o dia.

Aos poucos, vá melhorando seus hábitos. Depois de alguns dias aumentando na água, pas-se a cuidar do almoço. Veja o que tem no seu prato, redu-za frituras e massas, ponha mais verduras. Não fi que muito tempo sem se alimentar entre as refeições, passe a comer frutas. Vá inserindo, também exercícios no seu dia a dia. Falta de tempo não é desculpa.

Ao voltar do trabalho desça dois ou três pontos antes. Para ir, faça o mesmo. Evite elevado-res, prefi ra as escadas. Comece caminhando meia hora por dia, de segunda à sexta-feira. São pequenas atitudes, mas que trarão um grande resultado. E elas deverão ser mantidas para sempre, por isto, comece devagar e vá aumentando gra-dativamente, para seu corpo ir se acostumando. Segundo os médicos, garantir uma boa alimentação, exercícios físicos e bom humor são essenciais para sua dieta.

Em breve, você poderá con-ferir os bons resultados.

Sua pele está com estrias? Então evite tomar banho na água quente. Aquecida, a água estica ainda mais a pele, piorando as marcas. Após o banho, todos os dias, esteja com a seguinte receita pronta para ser aplicada: 5 gotas de óleo essencial de camomila, 7 gotas de óleo essencial de lavanda e 30 miligramas de azeite de oliva, ou de óleo de coco extra virgem. Massageie cada área a ser tratada por 5 minutos. Essa mistura pode ser substituída por um mix de azeite de oliva, óleo de rícino, vitamina E e óleo de amêndoas. Acrescente partes iguais, de acordo com a extensão a ser tratada. Se for para os seios, por exemplo, use meia colher de sopa de cada um.

Banho de ervas é ótima medida contra estrias

O óleo extraído da folhas de louro tem a capacidade de proteger a pele contra infecções, além de inibir o desenvolvimento de bactérias. Por isso, se o corpo sofre algum corte, especialmente aqueles ocasiona-dos por objetos impuros, como ferro, unhas, madeiras, entre outro, passar o óleo sobre o machucado ajuda a conter o espalhamento de microorganismos antes da chegada ao médico para verificar as complicações do corte. Outra boa dica: chá ou óleo produzido com o louro é um ótimo aliado para as pessoas que sofrem de falta de apetite. As vitaminas presentes no louro estimulam a fome e podem ser ingeridas algumas horas antes do horário das refeições.

Sem apetite? Apele para os benefícios do louro

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoDernando MonteiroGracycleide Drumond

Ética da clonagem humana

Em 2009, a Câmara dos Deputados, em Brasília, votou a Lei de Biosseguran-ça, proibindo qualquer tipo de clonagem”

João Bosco [email protected]

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa na França

Humberto Figliuolo

Farmacêutico

Humberto Figliuolohfi [email protected]

O lado mais nefasto da clonagem humana, no futuro, seria o surgimento de uma espécie macabra de demanda de doadores, que poderia ser composta de pessoas milio-nárias ou patologicamente vaidosas, para desejar um clone de si mesma.

Não existe um só argumen-to ético e moral capaz de oferecer sustentabilidade à ideia da clonagem humana. Mesmo sob essa perspecti-va, partilhada por incontáveis pessoas no planeta, incluindo notáveis de muitas universi-dades que estudam o geno-ma humano, existem alguns países da União Europeia que permitem esse tipo de mani-pulação genética: Portugal, Bélgica, Finlândia, Dinamar-ca, Luxemburgo, Holanda e Suécia. Apenas três membros da União Europeia assinaram e ratifi caram a Convenção de Oviedo, de 1997, prevendo a interdição dos experimentos da clonagem humana: Espa-nha, Grécia e Itália. Portugal

assinou a convenção, mas ainda não a ratifi cou. Fran-ça, Alemanha e Áustria não ratifi caram nem assinaram o documento, mas possuem leis que impedem as experiên-cias de clonagem com seres humanos.

Em 2009, a Câmara dos Deputados, em Brasília, votou a Lei de Biossegurança, proi-bindo qualquer tipo de clona-gem. As explicações para essa atitude tão drástica foram baseadas nos seguintes fa-tos: os tecidos dos adultos, isto é, plenamente diferen-ciados, apresentam células-tronco capazes de substituir as obtidas por meio da enge-nharia genética; os fi ns tera-pêuticos não justifi cariam “a eliminação de vidas humanas, mesmo embriões que se en-contrem no estágio inicial do desenvolvimento”.

O papa Pio 12, em 1952, durante o Primeiro Congresso Internacional em Histologia do Sistema Nervosos Central, no discurso intitulado “Limites

morais da pesquisa médica e tratamento”, abordou a mes-ma temática da responsabili-dade do médico: “Em primeiro lugar, deve ser assumido que, como pessoa em particular, o médico não poderá tomar qualquer medida ou curso de ação sem o consentimento do paciente”. Essa manifes-tação já refl etia os indícios para a futura concretização do terno de consentimento livre e esclarecido que, obri-gatoriamente, deve ser lido e compreendido pelas pessoas que participarão como sujei-tos da pesquisa.

Esse conjunto teórico fun-damentou a bioética como pensamento disciplinador tra-zendo clonagem como polo de discussão iniciado nos anos 1970, tomou rumo com a pu-blicação, em 1976, do livro do fi lósofo Samuel Gorovitz “Pro-blemas morais na Medicina”, e em 1979, o do fi lósofo Tom Beauchamp junto com o teólo-go James Childress “Princípios da ética biomédica”.

Perca peso com motivação

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE MAIO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

Olhos podem ‘mostrar’ sete doençasAlguns males mais comuns podem ser percebidos num simples exame de visão, então, se alguma coisa não está muito bem, talvez seja hora de procurar a orientação de um ost almologista

Mesmo quem não tem doenças oculares nem precisa usar óculos para corrigir problemas de miopia, astigmatismo ou hipermetropia deve ir ao oftalmologista uma vez por ano. O curioso

é que, muitas vezes, o oftalmologista acaba detectando mais problemas de saúde e encaminhando o paciente para tratamentos com outros especialistas. De acordo com o oftalmologista Renato Neves, os olhos dizem muito sobre o estado geral de uma pessoa. Ele aponta as sete doenças mais comuns percebidas num simples exame de visão.

1. DIABETES

“Quando a taxa de glicemia está elevada, pode haver alteração de grau para mais ou para menos, causando em-baçamento da visão. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, trata-se de uma doença crônica que acomete mais de 12 milhões de brasileiros – sendo que pelo menos metade deles não sabe disso. O comprometimento dos olhos é uma das complicações mais importantes. Vale ressaltar que o controle da taxa de glicemia pode retardar o aparecimento de alterações na retina ou diminuir sua severidade. Por isso, é sempre importante que o diabético receba acompanhamento permanente de um médico ost almologista”.

2. HIPERTENSÃO “Um dos muitos sintomas da pressão alta pode ser facilmente

identifi cado estando diante do paciente: olhos vermelhos. Em 90% dos casos, trata-se de hipertensão primária, sem causa identifi cável. Já os 10% restantes estão relacionados a algum outro problema de base, como falência dos rins e tumores, ou ainda a medicações como a pílula anticoncepcional e os antigripais. É preciso ressaltar que, inicialmente, não há razão para alarde. Os olhos podem estar vermelhos simplesmente devido a um período de noites mal-dormidas. Caso o qua-dro persista e seja acompanhado de perda de visão, dor de cabeça intensa, ou sensibilidade exagerada à luz, daí sim é importante procurar um ajuda especializada”.

3. HIPOGLICEMIA“Uma das causas para os tremores involuntários nos olhos é a hipogli-

cemia – nível de açúcar no sangue abaixo do normal. Em determinados casos, essa condição vem acompanhada por tremores, sudorese, visão embaçada e até mesmo convulsões – indicando a necessidade de exa-mes complementares para checar a possibilidade de diabetes ou outras doenças metabólicas, doenças do fígado, rins e pâncreas”.

4.CÂNCER DE PELE“Os olhos não estão livres do câncer de pele e podem aparecer pinti-

nhas (como sardas) dentro deles. Quem tem histórico de melanoma na família, e até mesmo quem já enfrentou a doença, deve prestar atenção em manchas constantes nos olhos e consultar um médico sobre isso. Num exame de rotina, o ost almologista também deverá analisar a cor e a forma dos olhos para garantir que está tudo normal”.

5. TUMOR CEREBRAL

“Tumores no cérebro se manifestam de maneiras variadas. Algumas pessoas têm constantes dores de cabeça e tonturas. Mas outras apresentam sintomas variados. Por isso, durante um exame ocular normal, o seu médico irá verifi car se há visão borrada, se houve uma dilatação bem maior de uma pupila em relação à outra, e a cor do nervo óptico. Diante de uma suspeita importante, provavelmente o ost almologista irá encaminhar o paciente a um neurologista para um follow-up”.

6. ANEURISMA CEREBRAL

“Esse tipo de aneurisma ocorre quando uma artéria no cérebro enfraquece, causando dilatação de uma parte. Neste caso, há risco de ruptura dessa artéria, hemorragia ou ainda de compressão de outras partes do cérebro. Em muitos casos, o aneurisma passa despercebido até ser identifi cado durante um exame ost almológico de rotina. Por isso, é importante que o paciente relate a seu médico se vem apre-sentando outros sintomas, como visão embaçada, dor nos olhos, dores de cabeça ou perda de visão. O médico também irá prestar atenção se as pálpebras estão caídas – já que isso é sinal de que um vaso sanguíneo pode ter rompido ou está vazando –, se há aumento de pressão no olho, hemorragia na retina, e inchaço do nervo óptico. Estrabismo pode ser outro sinal de sangramento no cérebro, possivelmente de um aneurisma ou mesmo um acidente vascular cerebral”.

7. DOENÇAS VASCULARES“Os vasos da retina são muito similares aos do cérebro. Quando

há uma defi ciência na organização desses vasos, é possível que eles sejam danifi cados, provocando vazamentos. O objetivo principal do tratamento é a melhora da visão e diminuição dos danos teciduais. Mas é fundamental que, além do ost almologista, o paciente receba acompanhamento médico de um clínico geral ou cardiologista, já que esse tipo de doença está relacionado a toda condição vascu-lar sistêmica da pessoa. Quem tem mais de 60 anos e é obeso, diabético, hipertenso, fuma ou sofre de trombofi lias adquiridas ou hereditárias tem de fi car mais atento aos sinais dos olhos”.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 11 DE MAIO DE 2014 F5

Identifi cando a agressividade infantilPsicóloga orienta que o diálogo familiar pode ajudar no desenvolvimento ainda na fase infantil, com a escola também sendo aliada nessa tarefa disciplinar. Porém, se medidas rotineiras não freiam a agressividade é hora de buscar ajuda

Algumas crianças ado-ram ser o “centro das atenções” e, quando deixamos seus hábitos

de lado, elas procuram um jeito de atrair todos os olhares, seja dos pais ou de quem estiver próximo. Fatores cotidianos como programas de televisão,

amizades, convívio familiar podem determinar na

infl uência do compor-tamento agressivo, se não houver diálogo e carinho.

Há casos em que as crianças agres-sivas se ferem na

busca de aten-ção. Os pais precisam es-

tar atentos ao comportamento

dos fi lhos, observar como reagem quan-do é chamada a atenção, saber impor respeito e limites e, acima

de tudo, a criança não

deve temer os pais. Outro fator que contribui

são os tratamentos psicoló-gicos que ajudam a melhorar as reações de agressividade que as crianças demonstram. Os primeiros comportamen-tos que adquirimos na vida são por intermédio da cria-ção e observação da condu-ta dos pais e muitas vezes a criança manifesta o que aprendeu no seio familiar na sua fase adulta, por isso é preciso driblar e ajudar no desenvolvimento infantil.

De olho na criança“A identifi cação da agressi-

vidade na fase infantil pode ser notada, tendo como refe-rência algum comportamen-to (verbal ou não). Crianças agressivas, que xingam ou chutam pessoas e objetos, querem constantemente se-rem saciadas a todo custo, não sabem lidar com situa-ções negativas e precisam ser ‘vistas’ pelos pais a todo mo-mento, procuram, na verdade, é chamar a atenção. Essa conduta pode estar associa-da a uma possível carência

afetiva”, explica a psicólo-ga especialista em Terapia Comportamental da Clínica Vivencialle, Letícia Guedes.

A agressividade não é um fator de personalidade, mas é adquirida devido às infl u-ências vivenciadas no seu cotidiano. A mudança pode ocorrer em consequência de situações como o nascimento de um novo bebê na família, separação dos pais ou então a perda de algo que satisfazia suas vontades. “Algumas ve-zes, as crianças apresentam uma agressividade não tran-sitória, mas permanente, ou seja, estão a todo o momento provocando situações de bri-ga ou combate”, acrescenta.

Difi culdade de relaciona-mento com outras crianças, abusos e humilhações por parte de adultos, pais que evitam dizer “não” quando necessário (a criança fi ca pos-sessiva aos desejos), o exces-so de cobrança, também são alguns fatores que podem contribuir para o comporta-mento hostil e agressivo que será demonstrado pelos pe-quenos ao longo do tempo.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

O afeto dentro do núcleo familiar ajuda a criança a crescer de maneira equilibrada e natural

O tratamento psicológi-co avalia as situações em que a criança demonstra seu comportamento agres-sivo e, a partir disso, se estabiliza uma dinâmica de trabalho por meio do processo terapêutico.

Normalmente, aponta a psicóloga, o trabalho dis-corre até o momento em que as intervenções come-cem a dar resultados – isto é, a criança deve mostrar que já consegue superar as queixas que levava à agressividade, assim os pais poderão evitar futuros sofrimentos.

“Em alguns casos, este tratamento é feito em con-junto com os pais e em lo-cais como a casa e escola. Os profi ssionais também devem estar inseridos no ambiente familiar desta criança, observar seus

passos, o que elas gostam de fazer e como os pais lidam dia a dia com a crian-ça – lembrando sempre que o ambiente familiar

é a parte mais importan-te para o desenvolvimento pessoal dos fi lhos. Por con-ta disso, os profi ssionais devem dispor também de um trabalho voltado para os pais”, observa.

Tratamento com pais e mestres

ROTINA Os profi ssionais que vão tratar a criança devem estar inseridos no ambiente familiar do pequeno para po-der identifi car possí-veis causas do com-portamento agressivo manifestado

Desenvolver um diálogo é o ponto principal para a criança, apesar de alguns pais preferirem o método de punição. A ajuda psico-lógica é essencial, pois o profi ssional poderá orien-tar os pais sobre a maneira correta de proceder ao di-álogo. “É preciso assisti-la por meio de muita obser-vação para interromper o ciclo de violência adquirida na infância”, destaca.

Analisar a criança na esco-la e saber sobre o compor-tamento do seu fi lho fora de casa pode ajudar a entender melhor sobre sua agressivi-dade. A ajuda dos profes-sores também é essencial, já que esses profi ssionais devem relatar aos pais so-bre o comportamento da criança com outras e sobre o empenho curricular.

Orientação familiar“O afeto familiar é o prin-

cipal caminho para ajudar no trabalho de desenvolvi-mento da criança. Os pais devem orientar nas ativi-dades dos fi lhos, incentivar,

propor refl exões sobre as razões de determinadas ati-tudes ou comportamentos, solicitar objeções da crian-ça quando ela se recusa a concordar e, por último, reconhecer que a criança possui interesses próprios e maneiras particulares,” comenta a psicóloga.

Não existe uma idade de-terminante para a agressi-vidade ter início. A história de vida e criação na infân-cia pode determinar na fase adulta do individuo seu mo-delo de comportamento, ou seja, os vínculos estabele-cidos ainda quando criança

pelos pais, a afetividade, a forma de criação, os valo-res transmitidos no núcleo familiar, tudo isso infl ui no processo de construção da personalidade.

“O ambiente saudável, onde a criança cresce, onde possa manifestar suas von-tades, onde exista diálogo com os pais e esses expli-quem e orientam a respeito de determinados compor-tamentos e atitudes, faz com que a criança se torne um adulto equilibrado”, res-salta Letícia.

A permissividade dos pais também pode gerar proble-mas. Por isso, eles devem atentar em se apresentar para a criança como um modelo e não como um recurso para realização de seus desejos. “É importante salientar que os pais devem enxergar a criança como um potencial adulto, nunca co-locar a criança em posição de fragilidade protegendo-a a todo instante. É preciso estimular a criança visan-do seu desenvolvimento e autonomia”, completa.

Diálogo é fator indispensável

RESPEITOA permissividade dos pais pode acarretar mais problemas na vida da criança. Para evitar danos psico-lógicos eles devem tratar os pequenos com respeito e sem excesso de proteção

A criança tem que entender que existem limites a serem cumpridos e respeitados

A agressivida-de da criança

não é fator de personalidade, é adquirida em razão de infl u-

ências externas

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 11 DE MAIO DE 2014 F5

Identifi cando a agressividade infantilPsicóloga orienta que o diálogo familiar pode ajudar no desenvolvimento ainda na fase infantil, com a escola também sendo aliada nessa tarefa disciplinar. Porém, se medidas rotineiras não freiam a agressividade é hora de buscar ajuda

Algumas crianças ado-ram ser o “centro das atenções” e, quando deixamos seus hábitos

de lado, elas procuram um jeito de atrair todos os olhares, seja dos pais ou de quem estiver próximo. Fatores cotidianos como programas de televisão,

amizades, convívio familiar podem determinar na

infl uência do compor-tamento agressivo, se não houver diálogo e carinho.

Há casos em que as crianças agres-sivas se ferem na

busca de aten-ção. Os pais precisam es-

tar atentos ao comportamento

dos fi lhos, observar como reagem quan-do é chamada a atenção, saber impor respeito e limites e, acima

de tudo, a criança não

deve temer os pais. Outro fator que contribui

são os tratamentos psicoló-gicos que ajudam a melhorar as reações de agressividade que as crianças demonstram. Os primeiros comportamen-tos que adquirimos na vida são por intermédio da cria-ção e observação da condu-ta dos pais e muitas vezes a criança manifesta o que aprendeu no seio familiar na sua fase adulta, por isso é preciso driblar e ajudar no desenvolvimento infantil.

De olho na criança“A identifi cação da agressi-

vidade na fase infantil pode ser notada, tendo como refe-rência algum comportamen-to (verbal ou não). Crianças agressivas, que xingam ou chutam pessoas e objetos, querem constantemente se-rem saciadas a todo custo, não sabem lidar com situa-ções negativas e precisam ser ‘vistas’ pelos pais a todo mo-mento, procuram, na verdade, é chamar a atenção. Essa conduta pode estar associa-da a uma possível carência

afetiva”, explica a psicólo-ga especialista em Terapia Comportamental da Clínica Vivencialle, Letícia Guedes.

A agressividade não é um fator de personalidade, mas é adquirida devido às infl u-ências vivenciadas no seu cotidiano. A mudança pode ocorrer em consequência de situações como o nascimento de um novo bebê na família, separação dos pais ou então a perda de algo que satisfazia suas vontades. “Algumas ve-zes, as crianças apresentam uma agressividade não tran-sitória, mas permanente, ou seja, estão a todo o momento provocando situações de bri-ga ou combate”, acrescenta.

Difi culdade de relaciona-mento com outras crianças, abusos e humilhações por parte de adultos, pais que evitam dizer “não” quando necessário (a criança fi ca pos-sessiva aos desejos), o exces-so de cobrança, também são alguns fatores que podem contribuir para o comporta-mento hostil e agressivo que será demonstrado pelos pe-quenos ao longo do tempo.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

O afeto dentro do núcleo familiar ajuda a criança a crescer de maneira equilibrada e natural

O tratamento psicológi-co avalia as situações em que a criança demonstra seu comportamento agres-sivo e, a partir disso, se estabiliza uma dinâmica de trabalho por meio do processo terapêutico.

Normalmente, aponta a psicóloga, o trabalho dis-corre até o momento em que as intervenções come-cem a dar resultados – isto é, a criança deve mostrar que já consegue superar as queixas que levava à agressividade, assim os pais poderão evitar futuros sofrimentos.

“Em alguns casos, este tratamento é feito em con-junto com os pais e em lo-cais como a casa e escola. Os profi ssionais também devem estar inseridos no ambiente familiar desta criança, observar seus

passos, o que elas gostam de fazer e como os pais lidam dia a dia com a crian-ça – lembrando sempre que o ambiente familiar

é a parte mais importan-te para o desenvolvimento pessoal dos fi lhos. Por con-ta disso, os profi ssionais devem dispor também de um trabalho voltado para os pais”, observa.

Tratamento com pais e mestres

ROTINA Os profi ssionais que vão tratar a criança devem estar inseridos no ambiente familiar do pequeno para po-der identifi car possí-veis causas do com-portamento agressivo manifestado

Desenvolver um diálogo é o ponto principal para a criança, apesar de alguns pais preferirem o método de punição. A ajuda psico-lógica é essencial, pois o profi ssional poderá orien-tar os pais sobre a maneira correta de proceder ao di-álogo. “É preciso assisti-la por meio de muita obser-vação para interromper o ciclo de violência adquirida na infância”, destaca.

Analisar a criança na esco-la e saber sobre o compor-tamento do seu fi lho fora de casa pode ajudar a entender melhor sobre sua agressivi-dade. A ajuda dos profes-sores também é essencial, já que esses profi ssionais devem relatar aos pais so-bre o comportamento da criança com outras e sobre o empenho curricular.

Orientação familiar“O afeto familiar é o prin-

cipal caminho para ajudar no trabalho de desenvolvi-mento da criança. Os pais devem orientar nas ativi-dades dos fi lhos, incentivar,

propor refl exões sobre as razões de determinadas ati-tudes ou comportamentos, solicitar objeções da crian-ça quando ela se recusa a concordar e, por último, reconhecer que a criança possui interesses próprios e maneiras particulares,” comenta a psicóloga.

Não existe uma idade de-terminante para a agressi-vidade ter início. A história de vida e criação na infân-cia pode determinar na fase adulta do individuo seu mo-delo de comportamento, ou seja, os vínculos estabele-cidos ainda quando criança

pelos pais, a afetividade, a forma de criação, os valo-res transmitidos no núcleo familiar, tudo isso infl ui no processo de construção da personalidade.

“O ambiente saudável, onde a criança cresce, onde possa manifestar suas von-tades, onde exista diálogo com os pais e esses expli-quem e orientam a respeito de determinados compor-tamentos e atitudes, faz com que a criança se torne um adulto equilibrado”, res-salta Letícia.

A permissividade dos pais também pode gerar proble-mas. Por isso, eles devem atentar em se apresentar para a criança como um modelo e não como um recurso para realização de seus desejos. “É importante salientar que os pais devem enxergar a criança como um potencial adulto, nunca co-locar a criança em posição de fragilidade protegendo-a a todo instante. É preciso estimular a criança visan-do seu desenvolvimento e autonomia”, completa.

Diálogo é fator indispensável

RESPEITOA permissividade dos pais pode acarretar mais problemas na vida da criança. Para evitar danos psico-lógicos eles devem tratar os pequenos com respeito e sem excesso de proteção

A criança tem que entender que existem limites a serem cumpridos e respeitados

A agressivida-de da criança

não é fator de personalidade, é adquirida em razão de infl u-

ências externas

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE MAIO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

Fisioterapia em mulheres após um câncer de mamaA prática desempenha um papel fundamental nesta etapa de recuperação da vida da mulher mastectomizada

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Amazonas, durante todo o ano

de 2014, devem ser regis-trados 390 novos casos de câncer de mama, sendo a maioria na capital. O câncer de mama é a maior causa de óbitos por câncer na popula-ção feminina no Brasil, prin-cipalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos.

A retirada da mama pode ser uma das opções de trata-mento para mulheres vítimas de câncer de mama. Depois do procedimento, começa uma nova etapa para a paciente: a de recuperação dos movimen-tos, que nessa fase, encontra a fi sioterapia como principal aliada para garantir a quali-dade de vida.

De acordo com o fi siotera-peuta doutor Daniel Xavier, a paciente submetida ao tra-tamento cirúrgico do câncer de mama terá que conviver com as mudanças de postu-ra causadas pela retirada do seio, como dor e restrição ao movimentar o ombro, inchaço do braço (linfedema) e a falta de sensibilidade na parte su-perior e interna do braço.

“Após a cirurgia, a mulher passa a ter uma nova realida-de de seu esquema corporal devido a importantes altera-ções que com freqüência são

geradas pela dor, fraqueza muscular e modifi cação na imagem corporal. A fi siotera-pia ajuda a mulher a enfrentar as mudanças causadas pela retirada do seio”, disse.

De modo geral, Daniel Xa-vier explica que o fi siotera-peuta pode intervir desempe-nhando um papel importante na prevenção de sequelas, fazendo parte integrante da equipe multidisciplinar no acompanhamento da re-cuperação destas mulheres. “Atualmente, a fi sioterapia está incluída no planejamen-to da assistência para a re-abilitação física no período pré e pós-operatório do cân-cer de mama”, afi rmou.

A mastectomia radical modifi cada, principalmente acompanhada de radiotera-pia, pode determinar compli-cações físicas, imediatas ou tardias, tais como limitação da amplitude de movimento (ADM) do ombro e do cotovelo, linfedema, fraqueza muscular, infecção e dor, que colocam em risco o desempenho das atividades de vida diária e dos papéis da mulher mastecto-mizada. “Com a fi sioterapia, as mulheres são orientadas quanto à postura que irão adquirir no pós-cirúrgico e a importância da aderência à reabilitação”, ressaltou.

Para Daniel, quanto mais

precoce forem orientados os exercícios, mais rapidamen-te a mulher responderá ao tratamento. “A amplitude de movimentos deve ser alcan-çada no menor espaço de tempo possível, levando-se sempre em conta as difi cul-dades individuais de cada paciente”, disse.

Ele destaca que as pacien-tes submetidas ao tratamen-to fisioterápico diminuem seu tempo de recuperação e retornam mais rapidamente às suas atividades cotidia-nas, ocupacionais e desporti-vas, readquirindo amplitude em seus movimentos, força, boa postura, coordenação, autoestima e, principalmen-te, minimizando as possíveis complicações pós-operató-rias e aumentando a quali-dade de vida.

“A fi sioterapia desempenha um papel fundamental nesta nova etapa da vida da mulher operada, pois além de signi-fi car um conjunto de possi-bilidades terapêuticas físicas passíveis de intervir desde a mais precoce recuperação funcional, até a profi laxia das seqüelas, além de diminuir o tempo de recuperação, com retorno mais rápido às ativida-des cotidianas e ocupacionais, colaborando com sua reinte-gração à sociedade, sem limi-tações funcionais”, afi rmou.

Segundo tipo mais fre-quente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respon-dendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diag-nosticado e tratado opor-tunamente, o prognóstico é relativamente bom.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam eleva-

das, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progres-sivamente. Estatísticas indicam aumento de sua

incidência tanto nos paí-ses desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 re-gistrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de inci-dência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.

Segundo caso mais comum no país

FOTOS: DIVULGAÇÃO

As pacientes que se subme-tem ao tratamento fi siotera-pêutico conseguem se recupe-rar em tempo mais curto

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE MAIO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

Mais leveza e agilidade no corpo e energia no seu dia a dia são itens que você pode ganhar a partir de agora. Aposte no boxe. Entre socos e esquivas, você dá adeus às gordurinhas extras, tonifica a musculatura e ainda elimina o estresse. Por isso, as aulas dessa mo-dalidade estão lotadas de mu-lheres que querem emagrecer e reduzir tensões e ansiedades diárias. Quer saber mais sobre esse esporte que vem sendo o que-ridinho nas academias? Pois então fique sabendo que ele ex-termina as gordurinhas (quei-ma cerca de 500 calorias em 1 hora de aula); melhora a resis-tência muscular; define pernas, braços e panturrilhas; afina a cintura, pois os movimentos trabalham muito o abdômen; fortalece a musculatura lom-

bar, corrigindo desvios postu-rais; aumenta da capacidade cardiorrespiratória e estimula a coordenação motora e a agi-lidade. Como se isso não bastasse, é bom saber que a prática do boxe não envolve apenas socos e esquivas. Para ganhar força e flexibilidade, afinar a cintura e deixar pernas e braços mode-lados, durante a aula as alunas também pulam corda, fazem fle-xões de braço e abdominais. No boxe não há exercícios com carga – em compensação, são feitas muitas repetições. Isso proporciona aumento da resis-tência e definição corporal, em vez de estimular o aumento de músculos. Portanto, fique tran-quila: você vai ficar com o corpo musculoso apenas se combinar essa modalidade com a mus-culação, ou seja, só vai ganhar

massa muscular se quiser. Quer mais? Então saiba que ele ainda alivia o estresse por meio das pancadas nos sacos de boxe, que são uma excelente forma de se livrar da raiva e da frustração acumulada no dia a dia, e serve ainda como uma ferramenta de defesa pessoal, caso necessário. Livre do estresse e com o corpo mais enxuto, o praticante de boxe vê sua auto-estima disparar, o que gera um círculo crescente de benefícios para o físico e a mente. As lutas se transformaram nas atividades preferidas das fa-mosas. Com o corpo perfeito, Sabrina Sato é adepta do Muay Thai e do boxe e vive publicando imagens de seus treinos em suas redes sociais, assim como Carolina Dieckmann, Fernanda Souza, Sandy, Fernanda Paes

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AÇÃO Flacidez, gordura e TPM? Nocaute nelas

O boxe tem sido um dos queridinhos das mulheres

Leme e outras estrelas. Segundo especialistas as lutas trazem milhares de benefícios para o corpo e a mente das pessoas, além de trabalhar o corpo todo, proporcionando maior tônus muscular nos bra-ços, costas, abdômen, coxas e panturrilha.

Partosem medoA mulher moderna tem o direito de escolher como trazer seu filho ao mundo e saber o que é melhor para a sua criança

Mulher moderna é assim: além de filha, mãe, esposa e profissional, ainda deve estar atenta à saúde e ao

bem-estar, o próprio e o da família. De rainha do lar a amiga e confidente, algumas ainda carregam culpa por não estarem presentes as 24 horas do dia junto aos filhos. Exercer a ma-ternidade nunca foi tarefa das mais fáceis. O Dia das Mães pode ser um bom momento para reflexão. Em meio a tantos papéis, como se dividir para

realizar bem todos eles?A mulher precisa saber administrar cada situa-ção para que consiga se sentir realizada, mas ten-do consciência de que ela tem características espe-cíficas. Tarefa difícil, mas não impossível, ressalta o ginecologista e obs-tetra, defensor do parto humanizado (www.parto-semmedo.com.br), Alberto

Jorge Guimarães. “Para as mulheres que sentem a ma-

ternidade como uma missão, como uma contribuição para um

mundo melhor, é importante saber que pensamentos,

intenções e emoções de uma gestante influen-

ciam diretamente o desenvolvimento

fisiológico do feto. E esta

influência continua

a ser reforçada quando a criança nasce, desenvolve-se e amadurece”.

Mulheres chefes de família e que decidem ter filhos com mais de 35 anos são perfis cada vez mais co-muns. “Elas não querem mais seguir os conselhos das próprias mães ou das sogras, mas ao mesmo tempo gostariam de ter um referencial”. Durante a gestação, quando a mulher opta pelo tipo de parto que trará seu filho ao mundo, muitas delas não estão conscientes dessa escolha. O fazem por medo, pressão e até por ignorarem os benefícios do trabalho de parto no nascimento da criança.

Guimarães diz que é possível a ges-tante ter o direito natural e básico de ser a dona do seu parto. “O que muita gente desconhece são as vantagens que um parto normal pode trazer ao bebê e à mãe. Um nascimento com a menor necessidade possível de inter-venções médicas ou farmacológicas, dando ao recém-nascido uma expe-riência acolhedora nesse período de transição é uma dessas vantagens”.

Para o médico, no decorrer da história, o processo fisiológico do parto natural sempre foi visto como doloroso e sofrido, fazendo com que a mulher tivesse uma visão distorci-da em relação ao nascimento. “Em-bora todos saibam que a fisiologia do parto envolve uma experiência corporal intensa, é possível encará-la com prazer e alegria, deixando os mitos de lado”.

Por fim, doutor Alberto lembra de que é possível vivenciar este momento pelas vias naturais, permitindo que o corpo trabalhe da maneira como a natureza o programou: uma sucessão de acontecimentos que culminará na melhora da relação afetiva entre mãe e filho. Mas esses só acontecerão se a mãe estiver consciente de sua respon-sabilidade em todas essas ações.

A gestante deve ter o conhecimento de que emoções, sentimentos, pensamentos e intenções influenciam o seu bebê

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