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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 Pilates é uma boa durante a gestação Saúde e bem-estar F5 DIVULGAÇÃO D urante os nove me- ses de gravidez, as mães precisam ter uma alimentação equilibrada. Isso pode até pa- recer clichê, mas pesquisas recentes informam que tudo o que é ingerido pelas gestantes pode afetar o desenvolvimen- to do bebê e até mesmo a vida adulta. A ingestão frequente de gordura é um desses fa- tores perigosos, já que o hi- potálamo – região do cérebro ligado ao metabolismo – pode ser prejudicado. A pesquisa foi feita por cien- tistas da Universidade de Yale (EUA) atentos para a nutrição da mãe e do feto. Eles sinali- zaram que a pesquisa é impor- tante para entender também o que ocorre com os seres huma- nos e que esses estudos serão levados adiante. Além disso, essas primeiras evidências já permitem entender que nem sempre filhos de pais acima do peso seguirão esse perfil, mas que essa história pode mudar a partir da gestação. Por conta disso, identificar quais são os nutrientes rele- vantes, monitorar o ganho de peso e estar atenta para as quantidades ingeridas a cada refeição se tornam rotina das mamães, durante os nove meses de gravidez. Tarefas nem sempre fáceis, já que enjoos, náuseas típicas das primeiras semanas podem tornar a alimentação da mãe irregular no começo e, nos meses seguintes, o apetite pode aumentar e as vontades por itens nem sempre ade- quados também, nessa fase tão importante da vida do bebê, ainda no útero. Suplementação “Estudos como esse refor- çam os benefícios de manter boa alimentação nessa etapa especial da vida da mulher. Mais que isso, manter esse cuidado ímpar durante ama- mentação e os primeiros anos de vida do bebê, que certa- mente trará efeito positivo na performance mental, anos mais tarde”, reforça Carlos Politano, médico obstetra e ginecologista. O especialista complemen- ta que, na primeira meta- de da gravidez, as mamães precisam de 2,8 mil Kcal, saltando para 3,3 mil Kcal, nos meses restantes e, para atingir esses níveis, elas de- vem realizar de seis a oito refeições diárias, observan- do-se aumento de 9 kg a 12 kg, de forma gradual. “Os hábitos alimentares no Brasil já conduzem a uma nutrição mais equilibrada, por destacar carboidratos, ferro, vitaminas A, C, minerais, entre outros. Mesmo assim, a suple- mentação se faz necessária para complementar todas as recomendações nutricionais à mamãe e, consequentemente, ao feto”, explica. Cuidados As mamães podem encon- trar esses nutrientes em cáp- sulas, mas sempre seguindo as recomendações médicas, encontrando as vitaminas A, C, D, E, e do complexo B, além de ferro, zinco, manganês e Ômega 3, entre outros que propiciam vitalidade à ges- tante e ao bebê. Àquelas que estão planejan- do a gravidez, em conversa com o seu especialista, podem adicionar o ácido fólico na ali- mentação, uma vitamina que é necessária em maior quan- tidade principalmente nos três primeiros meses de gestação, quando ocorre acelerada pro- liferação celular, além de aju- dar no fechamento do tubo neural do bebê e a pre- venir anemia megaloblástica. As vitaminas B6, B1 e B12 são também importantes, por di- minuírem episódios de enjoos; por estarem relacionadas na formação de glóbulos verme- lhos e brancos; e também influenciam no crescimento do feto. Já a partir do quarto mês, o feto exigirá níveis maiores de ferro, além do cálcio, para seu crescimento, formação de órgãos e ômega 3 que as- sume papel fundamental no final da gestação, apoiando o desenvolvimento cogniti- vo do bebê. A mamãe deve estar atenta, também, ao acompanhamen- to com médico especialista, pois tais polivitamínicos se mantêm no cardápio da mãe mesmo após o parto, evitan- do quadros de depressão, além de manter níveis ideais de nutrientes ao bebê, na amamenta- ção. Pesquisa recente apontou que consumo de gordura na gravidez pode alterar até a estrutura do cérebro do feto Alimentação correta na gravidez ajuda o seu bebê MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

Saúde - 18 de maio de 2014

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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SaúdeCa

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o F

e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

Pilates é uma boa durante a gestaçãoSaúde e bem-estar F5

DIVULGAÇ

ÃO

Durante os nove me-ses de gravidez, as mães precisam ter uma alimentação

equilibrada. Isso pode até pa-recer clichê, mas pesquisas recentes informam que tudo o que é ingerido pelas gestantes pode afetar o desenvolvimen-to do bebê e até mesmo a vida adulta. A ingestão frequente de gordura é um desses fa-tores perigosos, já que o hi-potálamo – região do cérebro ligado ao metabolismo – pode ser prejudicado.

A pesquisa foi feita por cien-tistas da Universidade de Yale (EUA) atentos para a nutrição da mãe e do feto. Eles sinali-zaram que a pesquisa é impor-tante para entender também o que ocorre com os seres huma-nos e que esses estudos serão levados adiante. Além disso, essas primeiras evidências já permitem entender que nem sempre fi lhos de pais acima do peso seguirão esse perfi l, mas que essa história pode mudar a partir da gestação.

Por conta disso, identifi car quais são os nutrientes rele-vantes, monitorar o ganho de peso e estar atenta para as quantidades ingeridas a cada refeição se tornam rotina das mamães, durante os nove

meses de gravidez. Tarefas nem sempre fáceis, já que enjoos, náuseas típicas das primeiras semanas podem tornar a alimentação da mãe irregular no começo e, nos meses seguintes, o apetite pode aumentar e as vontades por itens nem sempre ade-quados também, nessa fase tão importante da vida do bebê, ainda no útero.

Suplementação “Estudos como esse refor-

çam os benefícios de manter boa alimentação nessa etapa especial da vida da mulher. Mais que isso, manter esse cuidado ímpar durante ama-mentação e os primeiros anos de vida do bebê, que certa-mente trará efeito positivo na performance mental, anos mais tarde”, reforça Carlos Politano, médico obstetra e ginecologista.

O especialista complemen-ta que, na primeira meta-de da gravidez, as mamães precisam de 2,8 mil Kcal, saltando para 3,3 mil Kcal, nos meses restantes e, para atingir esses níveis, elas de-vem realizar de seis a oito refeições diárias, observan-do-se aumento de 9 kg a 12 kg, de forma gradual.

“Os hábitos alimentares no Brasil já conduzem a uma nutrição mais equilibrada, por

destacar carboidratos, ferro, vitaminas A, C, minerais, entre outros. Mesmo assim, a suple-mentação se faz necessária para complementar todas as recomendações nutricionais à mamãe e, consequentemente, ao feto”, explica.

CuidadosAs mamães podem encon-

trar esses nutrientes em cáp-sulas, mas sempre seguindo as recomendações médicas, encontrando as vitaminas A, C, D, E, e do complexo B, além de ferro, zinco, manganês e Ômega 3, entre outros que propiciam vitalidade à ges-tante e ao bebê.

Àquelas que estão planejan-do a gravidez, em conversa com o seu especialista, podem adicionar o ácido fólico na ali-mentação, uma vitamina que é necessária em maior quan-tidade principalmente nos três primeiros meses de gestação, quando ocorre acelerada pro-liferação celular, além de aju-dar no fechamento do tubo neural do bebê e a pre-

venir anemia megaloblástica. As vitaminas B6, B1 e B12 são também importantes, por di-minuírem episódios de enjoos; por estarem relacionadas na formação de glóbulos verme-lhos e brancos; e também infl uenciam no crescimento do feto.

Já a partir do quarto mês, o feto exigirá níveis maiores de ferro, além do cálcio, para seu crescimento, formação de órgãos e ômega 3 que as-sume papel fundamental no fi nal da gestação, apoiando o desenvolvimento cogniti-vo do bebê.

A mamãe deve estar atenta, também, ao acompanhamen-to com médico especialista, pois tais polivitamínicos se mantêm no cardápio da mãe mesmo após o parto, evitan-do quadros de depressão, além de manter níveis ideais de nutrientes ao bebê, na amamenta-ção.

Pesquisa recente apontou que consumo de gordura na gravidez pode alterar até a estrutura do cérebro do feto

Alimentação correta na gravidez ajuda o seu bebê

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

A saúde, no Estado do Amazonas, assim como no restante do país, é uma área muito difícil e muito complexa por várias razões. A primeira é que falta defi nição na área” Editora

Vera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

O assunto que mais preocu-pa a população amazonense é a saúde pública. O caso requer um grande programa de governo e, não apenas uma política de Estado.

Eu sou daqueles que acredita que o futuro é o resultado das ações praticadas no passado e das decisões tomadas. O futuro não é uma coisa aleatória. Há necessidade de se fazer uma análise minuciosa daquilo que se fez no passado e da situação do presente para servir de pa-râmetro sobre as decisões que serão tomadas no sentido de nos encaminhar para um futuro promissor. A saúde, no Estado do Amazonas, assim como no restante do país, é uma área muito difícil e muito complexa por várias razões.

A primeira, que eu considero fundamental é que a área de saúde não tem defi nições. Atu-am na saúde, organismos fe-derais, estaduais e municipais, fi lantrópicos, benefi centes, particulares e até empresas que visam lucros. Esta atuação é inteiramente descoordena-da. Não há estrutura ao menos razoável e cada qual faz o que quer na área que pretende criar e atuar.

A saúde é um dos maiores in-dicadores de qualidade de vida no mundo inteiro e é direito de todo cidadão. Todos nós busca-

mos o nosso bem-estar físico e mental e também das nossas famílias. Por isso, mais que curar doenças precisamos trabalhar para promover a saúde pública. E, para atingir esse objetivo, contamos com um instrumento valioso: o SUS – Sistema Único de Saúde. O SUS não é apenas uma sigla ofi cial que passou a fazer parte de sua vida; é uma conquista que protege dos agravos à sua saúde e da sua família. Pelo fato de ser um sistema gigantesco, que atende a todos indistintamente, precisa de frequentes ajustes.

A atual crise da saúde exige mais um momento de avalia-ção do SUS, da necessidade de ajustes e adequações. Um dos maiores desafi os da saú-de pública é encarar a gestão pública de maneira efi ciente, enérgica demonstrando ações de competência. Nas soluções de problemas prioritários, defi -nir um crescimento que propicie melhor atendimento e informar com mais detalhes o que é saúde básica (prefeitura), média e alta complexidade (governo), onde funcionam e quais são os direitos da população para que esta usufrua do melhor modo tudo o que o SUS pode lhe oferecer. Seria interessante que se criasse um livro/guia que facilitasse o atendimento dos usuários. Assim, a população

olharia o SUS como seu grande aliado na busca por saúde e qualidade de vida.

Há outros problemas na área de saúde. Alguns bem impor-tantes, por exemplo: um dos motivos do impacto que real-mente causa e justifi ca estas distorções é a rapidez da urba-nização. Manaus tem mais de 2 milhões e meio de habitantes, sendo esta população consti-tuída pelo migrante, na maioria de baixo nível educacional, baixo nível nutricional e ausência de qualifi cação profi ssional.

A fi nalidade de gestão pública deve ser a defi nição de objetivos claros e verifi cáveis dentro de um plano de longo prazo e a busca incessante por melhores resultados. Portanto, a visão, do foco no resultado e a busca pela excelência administrativa mes-mo com prejuízos políticos de curto prazo são fundamentais ao sucesso da gestão pública.

Nesse sentido a grande par-cela da população periférica não tem diferenciação social e nem profi ssional. São ho-mogeneamente pobres e não tem condições, de resolver sua situação. Isso gera aquilo que nós chamamos de enorme dí-vida social.

O amazonense já está cansa-do deste tratamento inadequa-do e inefi ciente oferecido pelo serviço de saúde.

Estudo realizado na Austrália concluiu que incluir frutos do mar ao menos duas vezes por semana no cardápio reduz em 25% o risco das mulheres desenvolverem depressão. De acordo com a pesquisa conduzida pelo Menzies Re-search Institute da Tasmania, as altas doses de ômega 3 encontradas nos frutos do mar combinadas com os hormônios femininos, como estrogênio e progesterona, mantêm as funções cerebrais funcionando de forma melhor. Os pesquisadores observaram mais de 1,4 mil homens e mulheres com idades entre 26 e 36 ao longo de 5 anos. Além do cardápio repleto de peixes, camarões e mexilhões, a atividade cerebral também era medida assim como consumo de tabaco e álcool, peso, altura, sedentarismo, educação e situação profi ssional.

Peixe é um poderoso aliado das mulheres

Comer amêndoas pode ajudar a prevenir doenças, pois elas são ricas em nutrientes, além de saciarem o apetite, combatem a fl acidez e mantêm o coração saudável. As amêndoas contêm gorduras monoinsaturadas e vitamina E, que protege o corpo dos danos dos raios UV e de doenças como o Alzheimer. Os dados foram concluídos a partir de seis estudos apresentados pela Sociedade Americana de Nutrição. As informações são do “Daily Mail”. Para pessoas com risco de diabetes, as amêndoas ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue. As amêndoas são repletas de minerais, entre eles o manganês, que ajuda a fortalecer os ossos; e o magnésio, que é essencial para a função muscular e nervosa, além da regulação da pressão arterial.

Amêndoas são excelentes contra flacidez da pele

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoDernando MonteiroGracycleide Drumond

Clonagem nos tratamentos das doenças

Como os atu-ais conheci-mentos ainda são limitados, é também possível que a clonagem envolva riscos importantes”

João Bosco [email protected]

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa na França

Humberto Figliuolo

Farmacêutico

Humberto Figliuolohfi [email protected]

É possível pensar que, no futuro, as clonagens trarão muitos benefícios. Entre os mais esperados:

- Rejuvenescimento de partes específi cas do corpo, danifi cadas pelo processo de envelhecimento ou por trau-ma, como nas queimaduras;

- Recuperação de áreas anatômicas que determinan-do perdas ou diminuiçào de funções vitais, como as de-terminadas pelo infarto do miocárdio;

- Substituição de genes de-feituosos;

- Tratamento de alguns ti-pos de cânceres;

- Recuperação de segmen-tos medulares danifi cados nos traumas.

Por outro lado, como os atuais conhecimentos ainda são limitados, é também pos-sível que a clonagem envolva riscos importantes: perda ou diminuição da multiplicida-de genética; envelhecimento precoce em partes do corpo; anomalias desconhecidas; al-

terações comportamentais.É possível assinalar as di-

ferenças fundamentais entre a clonagem reprodutiva e clo-nagem terapêutica:

- Clonagem reprodutiva: o núcleo de uma célula adulta é introduzido no óvulo “vazio” e transferido para outro útero, dito de aluguel, com o intuito de gerar um feto genetica-mente idêntico ao doador do material genético;

- Clonagem terapêutica: o DNA retirado de uma célula adulta do doador é introdu-zido num óvulo “vazio”; após algumas divisões celulares, as células-tronco resultantes são aproveitadas, para fabricar tecidos idênticos aos do do-ador, impedindo a rejeição.

É claro que essa espécie de acontecimento está contida numa análise teórica, porque as técnicas de clonagem ainda estão em processo de aperfe-çoamento. Por exemplo, para obter o clone da ovelha Dolly, produto do clone de outro ani-mal com 6 anos de idade, por

meio de uma célula somática da mama, de onde foi retirada o núcleo e transferido para um óvulo sem núcleo, vitalizada por meio de uma corrente elétrica, implantada no útero de uma terceira ovelha, foram necessários 277 ovos, 30 ini-ciaram a divisão espontânea, nove induziram a gravidez e apenas um sobreviveu.

Como mecanismo ainda desconhecido, Dolly só so-brevieu 6 anos e seis meses, enquanto as ovelhas vivem entre o 11 e o 12 anos, com manifestações de artrite no quadril e joelho esquerdo, doença próprias do envelhe-cimento. Mesmo assim, Dolly pariu quatro ovelhas. Esse acontecimento provou que o animal clonado não se torna automaticamente estéril.

Dessa forma, é razoável teorizar em torno dos veto-res sociogenéticos (a colo-cação do social anterior ao genético não é por acaso) na construção do produto vivo multicelular.

A saúde requer uma nova política

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

Coisa de Mulher

Minha vocação é para ser felizQuando encontrar minha

alma gêmea serei feliz. A frase é tão estranha quanto o propósito da criatura que a emitiu. Como alguém pode adiar a sua felicidade até encontrar outra pessoa que, segundo o seu conceito, seria a sua metade da laranja? Não dá para entender esse racio-cínio capenga, mas é muito comum encontrar mulheres – principalmente mulheres, que me desculpem as com-panheiras de sutiã – que estão se sentindo pela metade por-que ainda estão sozinhas. E, enquanto esperam que o prín-cipe encantado surja em um carro branco – me desculpem novamente, mas os tempos mudaram e o velho corcel branco já foi substituído há séculos – elas vão deixando a felicidade em banho-maria.

Parece cômico, mas não se enganem, isso é trágico. É to-lice, ignorância talvez, burrice

quem sabe, ou leseira baré, na melhor das hipóteses, acre-ditar que a nossa felicidade depende de outra pessoa. Não depende. Que me perdoem as iludidas, a nossa felicidade é uma coisa tão pessoal que só depende de cada uma de nós e da nossa forma de encarar a vida. Sabe aquele papo de fazer limonada com os limões que a vida lhe dá? Pois acredite, não é balela, é pura sabedoria, ainda que não seja daquelas que são copiadas no facebook. Saber fazer dos limões uma limona-da nada mais é que saber tirar de cada aprendizado da vida as lições necessárias para evoluir, melhorar, crescer in-teriormente sem sofrimentos desnecessários.

Algumas pessoas têm voca-ção para a felicidade. Outras adoram um martírio e procu-ram fazer sacrifícios para ga-nhar valor no mercado afetivo.

Uma coisa meio sem noção. Mas tão real quanto aque-la mulher que passa a vida apanhando do companheiro acreditando que ele um dia vai mudar, vai perceber seu amor, sua dedicação e abnegação e vai lhe dar o valor que ela merece. Sabe quando isso vai acontecer? Nunca.

Da mesma forma, algumas mulheres têm vocação – é, eu disse vocação – para encontrar o parceiro errado. Aquele cafa-jeste que ninguém quer porque não vale porcaria nenhuma e que ela descobriu lá no lixão da mãe Lucinda e achou que estava ganhando o primeiro prêmio da Lotomania.

Explique-se que o pobre su-jeito – e pobre aí não é força de expressão – não tem onde cair morto, é mentiroso, orgulho-so, fanfarrão, egoísta, infi el e trambiqueiro e mesmo assim ela enche a boca e conta para as amigas: é meu namorado.

Grande coisa, se tivesse con-traído uma pneumonia dupla, ainda estava no lucro compa-rado ao fato de arranjar um trambolho desses. Mas, além de vocação para sofredora, ela ainda tem ímã para cafa-jeste. Se bem que uma coisa tem tudo a ver com a outra. O fato é que ela agora está feliz porque não está mais sozinha. Tem um namorado. Ou seria uma enxaqueca com pernas e pênis?

Minha amiga realmente não sabe onde está se metendo. Tem namorado, mas quando chegam os fi nais de semana e feriados o infeliz adoece, vai para a casa da mãe (ta-dinha da mãe, é sempre ela que paga o pato) ou então simplesmente some. Igual ao sinal da TIM. O máximo que ela consegue dele no fi nal de semana é uma mensagem eletrônica no celular dizendo que ele está fora de área

ou temporariamente desliga-do. Depois disso a linha cai, mas a fi cha dela continua ali, entupindo o orelhão. Na segunda ele aparece com a maior cara de pau, um chupão no pescoço, dor na lombar e a cara mais lisa do mundo para dizer que já está melhor da sinusite. E, tchan, tchan, tchan, ela acredita, senhoras e senhores, como se Papai-Noel estivesse trazendo presentes antes da época só porque ela foi uma boa menina. Agora me digam rapidinho que o espaço está acabando: ela tem ou não tem que levar chifres? Tá bom, senhoras, ninguém precisa responder.

Daí que volto ao tema que me trouxe até aqui: ninguém precisa de outrem para ser feliz, porque felicidade é algo tão subjetivo que pode es-tar nas pequeninas coisas e não apenas na presença de um homem na cama. Se ele

ronca, peida e baba não há felicidade que resista a esse kit completo. Isso está mais para tortura.

Vale ressaltar que a pessoa tem que se sentir completa e satisfeita consigo mesma antes de procurar compa-nhia, porque se ela precisa do outro estará sempre com as cobranças engatilhadas, e no dia que o outro falhar ela vai se ressentir e fi cará frustrada. A vida me ensinou que devemos aprender a viver em paz com o que temos, se o outro não muda para atender nossas expectativas, e isso é o mais próximo da realidade, então somos nós que temos que mudar. A principal mu-dança para alcançar a paz de espírito, o mais próximo da felicidade, é a aceitação de si mesmo, o amor próprio e a confi ança que a vida só nos dá aquilo que precisamos para evoluir.

[email protected]

Vera LimaEditora do Saúde

Ginecologista e obstetra pontua os principais exames preventivos que devem ser realizados ao longo do ano

A visita periódica ao ginecologista e a realização de exames laboratoriais são poderosos aliados dos médicos para diagnosticar e prevenir doenças graves. “Por mais que indiquemos uma avaliação anual completa, muitas mulheres só procuram o consultório quando sentem algum incômodo”, afi rma a ginecologista

e obstetra doutora Flávia Fairbanks. Para orientar as pacientes, a médica relacionou algumas análises clínicas que devem

ser realizadas no mínimo uma vez ao ano.

É hora do check-up

anual

Conhecido popularmente como Papanicolau, o exa-me rastreia alterações nas células do colo do útero (parte inferior do útero que se liga à vagina), podendo diagnosticar câncer de colo uterino, neoplasias intra-epiteliais cervicais, bem como doenças sexualmen-

te transmissíveis como tri-comoníase e gonorreia. O diagnóstico precoce evita a progressão para o câncer.

Após 2 anos de resulta-dos normais, o Ministério da Saúde recomenda que o procedimento seja reali-zado com o intervalo de 3 anos, desde que não haja

troca de parceiro sexual. Segundo doutora Flávia, não é comum esperar tanto tempo. “Na prática, esse ra-ciocínio é pouco usado, pois o benefício da coleta, por meio dos diagnósticos que traz, é muito grande, o que não justifi ca um intervalo tão longo”, garante.

Citologia oncótica cervical

Essas análises verifi caram se os componentes e nutrien-tes do sangue estão normais. Exames como TSH, T3 e T4 li-vre vão identifi car alterações nos hormônios tireoidianos. Testes de glicemia, coleste-

rol total e suas frações, trigli-cerídeos, creatina (avaliação da função renal), TGO e TGP (avaliação da função hepáti-ca) e hemograma completo também devem ser realiza-dos de acordo com o caso

da paciente, ressaltando que não precisam ser feitos to-dos os anos. “Desta forma, qualquer alteração pode ser investigada e a causa trata-da precocemente”, explica a ginecologista.

Exames de sangue e dosagens hormonais

Doutora Flávia recomen-da essa ultrassonografi a sempre que houver alguma alteração no exame físico ou na investigação comple-mentar das irregularidades menstruais e disfunções hormonais, bem como nas pacientes com difi culdades para engravidar. “Além de detectar problemas no ová-rio, o exame avalia o endo-métrio e a parede uterina, podendo identifi car possí-

veis alterações no órgão”, declara. A saúde do coração também deve ser acompa-nhada, principalmente se a paciente pertencer a grupos de risco cardiovascular como obesidade, sedentarismo, hipercolesterolemia ou his-tória familiar. O teste ergo-métrico revelará se ela está bem ou se há necessidade de exames complementares, como o eletrocardiograma de esforço para diagnos-

ticar arritmias cardíacas e obstruções nas artérias. Além disso, é importante lembrar-se da densitome-tria óssea para detectar a presença de osteoporose. “A partir dos 40 anos também recomendo exame procto-lógico e exame de fundo de olho. O acompanhamento é a melhor maneira de fazer a prevenção e evitar grandes problemas”, fi naliza doutora Flávia Fairbanks.

Ultrassonografi a pélvica transvaginal

Todas as mulheres entre 40 e 50 anos devem realizar o exame para a detec-ção precoce do câncer de mama. Para mulheres mais jovens, entre 16 e 39 anos, é indicado o ultrassom da

mama. “A avaliação pela mamografi a consiste em produzir uma imagem ra-diográfi ca, obtida por um aparelho de Raio X chama-do mamógrafo. O exame clínico, realizado pelo mé-

dico no consultório, iden-tifi ca apenas nódulos ou tumores que já atingiram ao menos um centímetro, logo não substitui os exa-mes complementares”, re-vela a médica.

Mamografi a e ultrassom de mama

Todas as mulheres devem fazer exames periódicos para averiguar as condições do seu corpo

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014 F5

Pilates durante gravidez traz benefíciosDentre as vantagens destacam-se a melhora do sistema respiratório e a ativação da circulação para se evitar edemasdurante a gestação. Outra boa dica é que a prática na gravidez facilita a recuperação da boa forma após o parto

Mulheres grávi-das podem e devem procu-rar atividades

físicas durante o período gestacional, que também tragam benefícios durante o pós-parto. O pilates é uma dessas modalidades reco-mendadas por especialis-tas, já que pode, inclusive, diminuir os desconfortos e proporcionar o preparo para o parto normal.

Uma das vantagens do pilates, segundo a especia-lista em Pélvica e Saúde da Mulher do Instituto da Mulher, Elene Santos, é que a atividade estimula o parto normal. “A modalidade se destaca como minimiza-dor de desconfortos álgi-cos, proporcionando uma melhor qualidade de vida às futuras mamães. Dentre seus benefícios, destacam-se também a melhora do sistema respiratório e a ativação da circulação para se evitar edemas”, explica Elene Santos.

AlertaO número de partos ce-

sáreos é considerado alto no Brasil pela Organização Mundial de Saúde (OMS). E, no Amazonas, a situ-ação não é diferente: de acordo com o Sistema de Informação Nascido Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, em 2012, foram realizados cerca de 61,8% partos normais e 38,1% partos cesáreos no estado – mais que o dobro do pre-conizado pela OMS, que re-

comenda no máximo 15% de cirurgias cesáreas.

Por conta disso, o insti-tuto, que é referência em partos humanizados na Região Norte, oferece au-las para as gestantes, que têm o auxílio do setor de fi sioterapia do órgão.

Grávida de sete meses da primeira fi lha, Rosân-gela Rodrigues, 23, diz que iniciou as atividades de pilates para diminuir as dores do parto. “Com o abdome mais forte a força de contração será maior, diminuindo assim o tempo de expulsão da bebê e, con-sequentemente, o tempo de dor”, conta a futura mamãe, dizendo, ainda, que o seu maior desejo é vivenciar esse momento de uma for-ma segura e preparada.

Também decidida a com-partilhar da experiência de parto natural está Janaina Aragão, 27, e grávida de oito meses de João Pedro. Ela diz que tem o incenti-vo na família para prática do parto natural. “Minha sogra teve o primeiro fi -lho de parto natural e outro de cesárea, mas ela garantiu que a recuperação do parto normal é infi nitamente superior. Com essa informa-ção, busquei na prática de pilates a orientação ade-quada para dar à luz a uma crian-ça saudável”, revela.

Aragão, 27, e grávida de oito meses de João Pedro. Ela diz que tem o incenti-vo na família para prática do parto natural. “Minha sogra teve o primeiro fi -lho de parto natural e outro de cesárea, mas ela garantiu que a recuperação do parto normal é infi nitamente superior. Com essa informa-ção, busquei na prática de pilates a orientação ade-quada para dar à luz a uma crian-ça saudável”,

O fi sioterapeuta Jorgivan Lima Rocha, professor da Bio Cursos, explica que o pilates para grávidas deve ser feito em ambiente agradável e tranquilo. “É essencial que o profi ssio-nal seja especializado, pois apenas com conhecimen-to técnico necessário será possível adaptar os exercí-cios do pilates tradicional para o melhor conforto das mamães”, reforça Rocha. O profi ssional acrescenta, ainda, que é fundamental o contato entre médico e fi sioterapeuta ou educador físico para se assegurar a saúde da mamãe e do bebê em cada caso específi co.

Para a fi sioterapeuta

Adriane Monteiro, da aca-demia Personal Fitness Club, o pilates nesse pe-ríodo especial na vida da mulher traz uma série de benefícios que poderão ser sentidos durante a ges-tação e no período pós-parto. “O pilates fortalece o períneo, braços, pernas, reduz as dores lombares, os edemas dos braços e per-nas, além de proprcionar a conscientização corporal e uma sensível mudança postural”, ressalta.

Segundo Adriane, o pila-tes facilita a recuperação após o parto porque duran-te os exercícios a mulher ganhou mais fl exibilidade e força no addômen.

Cuidados devem ser dobrados

Vantagens dos exercícios

Janaína na aula de pilates com a fi siotera-peuta. Abaixo, Adriane Mon-teiro e Lidiane Filizola no pilates durante a gestação

Rosângela sendo orien-tada pelo fi sioterapeu-

ta na prática correta das posturas de pilates

durante a gravidez

FOTOS: DIVULGAÇÃO

• Trabalho da respiração

É um dos princípios mais importantes do método pi-lates. Com ele, é possível otimizar padrões respiratórios, melhorando a sensação de cansaço; ativar músculos do tronco e abdome que trabalham quando respiramos profundamente; melhorar a consciência corporal que além de corrigir a postura ajuda a acalmar.

• Melhora da circulação

Como o pilates é uma atividade dinâmica, ocorre uma melhora da circulação sanguínea em todo o corpo. Isso é benéfico tanto para a futura mamãe quanto para o bebê. Um dos resultados visíveis é a prevenção de câimbras e inchaços nas pernas.

• Atividade de baixo impacto

O método pilates tem no seu amplo repertório exercícios com movimentos de baixo impacto articular, o que não provoca sobrecarga nas arti-culações das gestantes.

• Fortalecimento da musculatura do abdômen

Além de trabalhar os músculos abdominais superfi ciais, o pilates também ativa um músculo mais profundo cha-mado de transverso do abdome que funciona como um cinta. A ativação de todos esses músculos é importante durante a gravidez, pois normalmente eles se distendem trazendo desequilíbrios posturais.

• Otimização da postura

Durante a gestação, o crescimento do útero promove um deslocamento do centro de gravidade que por sua vez conduz às alterações posturais típicas da gravidez. A projeção da coluna para frente pode trazer desconfortos musculares como a lombalgia, muito comum em gestantes. Com a prática assídua do pilates, os músculos respon-sáveis pela postura são ativados através de um trabalho de reeducação de movimento e isso ajuda a amenizar os quadros de dor.

• Bem-estar físico e mental

Os exercícios do método associados com a res-piração e concentração promovem um relaxamento e um bem estar físico e mental às gestantes.

• Fortalecimento do assoalho pélvico

Um assoalho pélvico fortalecido melhora a ca-pacidade de estirar e relaxar com mais facilidade durante o parto, melhora a circulação para a região pélvica, promove a rápida recuperação e cicatrização, auxilia na reconquista de boa quali-dade muscular após o parto, previne incontinência urinária por esforço, apóia os órgãos da pelve, previne o mau alinhamento das articulações do quadril e sacroilíacas e promove a estabilidade da musculatura postural.

• Preparo para o parto

A interação entre o corpo e a mente durante a prática do método, conscientiza a gestante sobre as modificações fisiológicas e psicológicas dando

um maior suporte para o parto.

• Fortalecimento dos membros superiores e inferiores

No pilates, todo o corpo é trabalhado, assim tan-to os braços quanto às pernas serão fortalecidos para ajudar a futura mamãe a ter qualidade de vida durante a espera e durante os cuidados com o bebê como carregar e amamentar.

• Qualidade de vida

A soma de todos os benefícios citados anterior-mente possibilita uma melhora na qualidade de vida da mãe e conseqüentemente do bebê.

• Fortalecimento dos membros superiores

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014 F5

Pilates durante gravidez traz benefíciosDentre as vantagens destacam-se a melhora do sistema respiratório e a ativação da circulação para se evitar edemasdurante a gestação. Outra boa dica é que a prática na gravidez facilita a recuperação da boa forma após o parto

Mulheres grávi-das podem e devem procu-rar atividades

físicas durante o período gestacional, que também tragam benefícios durante o pós-parto. O pilates é uma dessas modalidades reco-mendadas por especialis-tas, já que pode, inclusive, diminuir os desconfortos e proporcionar o preparo para o parto normal.

Uma das vantagens do pilates, segundo a especia-lista em Pélvica e Saúde da Mulher do Instituto da Mulher, Elene Santos, é que a atividade estimula o parto normal. “A modalidade se destaca como minimiza-dor de desconfortos álgi-cos, proporcionando uma melhor qualidade de vida às futuras mamães. Dentre seus benefícios, destacam-se também a melhora do sistema respiratório e a ativação da circulação para se evitar edemas”, explica Elene Santos.

AlertaO número de partos ce-

sáreos é considerado alto no Brasil pela Organização Mundial de Saúde (OMS). E, no Amazonas, a situ-ação não é diferente: de acordo com o Sistema de Informação Nascido Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, em 2012, foram realizados cerca de 61,8% partos normais e 38,1% partos cesáreos no estado – mais que o dobro do pre-conizado pela OMS, que re-

comenda no máximo 15% de cirurgias cesáreas.

Por conta disso, o insti-tuto, que é referência em partos humanizados na Região Norte, oferece au-las para as gestantes, que têm o auxílio do setor de fi sioterapia do órgão.

Grávida de sete meses da primeira fi lha, Rosân-gela Rodrigues, 23, diz que iniciou as atividades de pilates para diminuir as dores do parto. “Com o abdome mais forte a força de contração será maior, diminuindo assim o tempo de expulsão da bebê e, con-sequentemente, o tempo de dor”, conta a futura mamãe, dizendo, ainda, que o seu maior desejo é vivenciar esse momento de uma for-ma segura e preparada.

Também decidida a com-partilhar da experiência de parto natural está Janaina Aragão, 27, e grávida de oito meses de João Pedro. Ela diz que tem o incenti-vo na família para prática do parto natural. “Minha sogra teve o primeiro fi -lho de parto natural e outro de cesárea, mas ela garantiu que a recuperação do parto normal é infi nitamente superior. Com essa informa-ção, busquei na prática de pilates a orientação ade-quada para dar à luz a uma crian-ça saudável”, revela.

Aragão, 27, e grávida de oito meses de João Pedro. Ela diz que tem o incenti-vo na família para prática do parto natural. “Minha sogra teve o primeiro fi -lho de parto natural e outro de cesárea, mas ela garantiu que a recuperação do parto normal é infi nitamente superior. Com essa informa-ção, busquei na prática de pilates a orientação ade-quada para dar à luz a uma crian-ça saudável”,

O fi sioterapeuta Jorgivan Lima Rocha, professor da Bio Cursos, explica que o pilates para grávidas deve ser feito em ambiente agradável e tranquilo. “É essencial que o profi ssio-nal seja especializado, pois apenas com conhecimen-to técnico necessário será possível adaptar os exercí-cios do pilates tradicional para o melhor conforto das mamães”, reforça Rocha. O profi ssional acrescenta, ainda, que é fundamental o contato entre médico e fi sioterapeuta ou educador físico para se assegurar a saúde da mamãe e do bebê em cada caso específi co.

Para a fi sioterapeuta

Adriane Monteiro, da aca-demia Personal Fitness Club, o pilates nesse pe-ríodo especial na vida da mulher traz uma série de benefícios que poderão ser sentidos durante a ges-tação e no período pós-parto. “O pilates fortalece o períneo, braços, pernas, reduz as dores lombares, os edemas dos braços e per-nas, além de proprcionar a conscientização corporal e uma sensível mudança postural”, ressalta.

Segundo Adriane, o pila-tes facilita a recuperação após o parto porque duran-te os exercícios a mulher ganhou mais fl exibilidade e força no addômen.

Cuidados devem ser dobrados

Vantagens dos exercícios

Janaína na aula de pilates com a fi siotera-peuta. Abaixo, Adriane Mon-teiro e Lidiane Filizola no pilates durante a gestação

Rosângela sendo orien-tada pelo fi sioterapeu-

ta na prática correta das posturas de pilates

durante a gravidez

FOTOS: DIVULGAÇÃO

• Trabalho da respiração

É um dos princípios mais importantes do método pi-lates. Com ele, é possível otimizar padrões respiratórios, melhorando a sensação de cansaço; ativar músculos do tronco e abdome que trabalham quando respiramos profundamente; melhorar a consciência corporal que além de corrigir a postura ajuda a acalmar.

• Melhora da circulação

Como o pilates é uma atividade dinâmica, ocorre uma melhora da circulação sanguínea em todo o corpo. Isso é benéfico tanto para a futura mamãe quanto para o bebê. Um dos resultados visíveis é a prevenção de câimbras e inchaços nas pernas.

• Atividade de baixo impacto

O método pilates tem no seu amplo repertório exercícios com movimentos de baixo impacto articular, o que não provoca sobrecarga nas arti-culações das gestantes.

• Fortalecimento da musculatura do abdômen

Além de trabalhar os músculos abdominais superfi ciais, o pilates também ativa um músculo mais profundo cha-mado de transverso do abdome que funciona como um cinta. A ativação de todos esses músculos é importante durante a gravidez, pois normalmente eles se distendem trazendo desequilíbrios posturais.

• Otimização da postura

Durante a gestação, o crescimento do útero promove um deslocamento do centro de gravidade que por sua vez conduz às alterações posturais típicas da gravidez. A projeção da coluna para frente pode trazer desconfortos musculares como a lombalgia, muito comum em gestantes. Com a prática assídua do pilates, os músculos respon-sáveis pela postura são ativados através de um trabalho de reeducação de movimento e isso ajuda a amenizar os quadros de dor.

• Bem-estar físico e mental

Os exercícios do método associados com a res-piração e concentração promovem um relaxamento e um bem estar físico e mental às gestantes.

• Fortalecimento do assoalho pélvico

Um assoalho pélvico fortalecido melhora a ca-pacidade de estirar e relaxar com mais facilidade durante o parto, melhora a circulação para a região pélvica, promove a rápida recuperação e cicatrização, auxilia na reconquista de boa quali-dade muscular após o parto, previne incontinência urinária por esforço, apóia os órgãos da pelve, previne o mau alinhamento das articulações do quadril e sacroilíacas e promove a estabilidade da musculatura postural.

• Preparo para o parto

A interação entre o corpo e a mente durante a prática do método, conscientiza a gestante sobre as modificações fisiológicas e psicológicas dando

um maior suporte para o parto.

• Fortalecimento dos membros superiores e inferiores

No pilates, todo o corpo é trabalhado, assim tan-to os braços quanto às pernas serão fortalecidos para ajudar a futura mamãe a ter qualidade de vida durante a espera e durante os cuidados com o bebê como carregar e amamentar.

• Qualidade de vida

A soma de todos os benefícios citados anterior-mente possibilita uma melhora na qualidade de vida da mãe e conseqüentemente do bebê.

• Fortalecimento dos membros superiores

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

Que dores são essas?Reumatologistas organizam cartilha educativa para esclarecer sintomas, causas e tratamentos da síndrome que provoca dores crônicas no corpo, tem diagnóstico difícil e que, nos últimos anos, tem afastado muita gente do trabalho

A fibromialgia é uma síndrome clínica, crônica, caracteriza-da por dor difusa e

outras sintomas associados principalmente como fadiga (cansaço), sono não repara-dor, alteração de memória e concentração. De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres. Não se sabe a razão porque isto acontece. Não parece haver uma relação com hormônios, pois a fibromialgia afeta as mulheres tanto antes quanto depois da menopausa. Talvez os critérios utilizados hoje no diagnóstico da fibromialgia tendam a incluir mais mulhe-res. A idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre os 30 e 60 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas e também em crianças e adolescentes.

A fibromialgia foi classifi-cada como doença reumá-tica, em 1990, quando fo-ram lançados os critérios de diagnósticos que até hoje são utilizados, pelo Colégio Americano de Reumatologia. A síndrome é associada à sensibilidade diante de um estímulo doloroso, que é des-crita por pacientes como do-res pelo corpo todo.

Entre as manifestações clínicas estão dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono, ansiedade, depressão,

alterações intestinais, en-tre outras. Com linguagem bastante simples e de fá-cil compreensão, a cartilha educativa desenvolvida pelos reumatologistas da Socieda-de Brasileira de Reumato-logia (SBR), que tem como objetivo conscientizar sobre a doença e levar o paciente ao diagnóstico e tratamento com mais rapidez, está dispo-nível para download no ende-reço www.sbr.org.br ou pode ser encontrada nas unidades públicas de saúde.

PsicológicoPara o coordena-

dor da Comissão de Dor, Fibro-mialgia e Ou-tras Síndromes Dolorosas de Partes Moles da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), reuma-tologista Mar-celo Cruz Re-zende, existe uma asso-ciação muito forte com o aspecto psicológico, com quadros depressivos e ansiedade, mas é pos-sível afirmar

que se trata somente de fundo emocional. “Hoje, sabemos que é um distúr-bio relacionado à alteração nos sistemas de controle de dor, devendo ser conside-rado como uma síndrome de amplificação dolo-rosa”, explica.

Algumas novas medica-ções como o tapentadol es-tão sendo avaliadas, mas os trabalhos estão mais ligados aos tratamentos não farmacológicos, como natação, pilates e exercí-cios físicos. Outras evidên-cias científicas demonstram que o costume de executar exercícios físicos aeróbicos de modo rotineiro (30 min/dia ou 45 min/3x semana) tem resolutividade para dor, fadiga, sono. Mesmo o Tai Chi Chuan foi colocado como tratamento coadjuvante com boa resposta.

O especialista explica ainda que a fibromialgia pode ter patologias asso-ciadas como tendinites, bursites, neuropatias, en-tre outras, que podem ser detectadas por métodos complementares com RX e/ou ultrassonografia.

Entre as causas, como uma síndrome de amplifi-cação dolorosa, as altera-

ções são baseadas em mu-danças no controle de dor, basicamente no controle da transmissão dolorosa, com distúrbios no funcionamen-to da bomba de cálcio ou da quantidade de neurotrans-missores como serotonina e noradrenalina.

O diagnóstico é eminente-mente clínico, baseado em critérios de 1990 do Colégio Americano de Reumatologia (dor difusa por mais de três meses, em conjunto com a presença de 11 de 18 pontos dolorosos específicos).

Em 2010, foram lançados novos critérios de diagnós-tico retirando a necessida-de da contagem de pontos dolorosos e colocando um índice de dor generalizado e de grau de severidade de sintomas, mas ainda estão sendo questionados pelos especialistas.

Não existem exames complementares que aju-dem no diagnóstico da fi-

bromialgia, somente para diagnósticos diferenciais e de patologias associadas.

Sem curaPor se tratar de uma con-

dição médica crônica, por-tanto, não tem cura. “Existe sim um controle da sinto-matologia. Entretanto, pode ser confortador saber que, embora não exista cura, a fibromialgia é uma doença benigna”, destaca Resende.

A fibromialgia é um proble-ma bastante comum, visto em pelo menos em 5% dos pacientes que vão a um con-sultório de Clínica Médica e em 10 a 15% dos pacientes que vão a um consultório de reumatologia. A maior dificuldade a respeito do diagnóstico e do tratamento da síndrome está no desco-nhecimento da doença pelas várias especialidades médi-cas, pois não consideram os critérios necessários para diagnóstico.

Tratamentos contra as dores

Alguns medicamentos ajudam a aliviar as dores que podem até deixar a pessoa de cama

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

Não há como citar a alimentação de qualquer marombeiro sem fa-lar no frango com batata doce. A combinação é o alimento quase que exclusivo dos maníacos da academia e, de fato, apresenta resultados positivos, já que alia uma proteína magra para re-constituição muscular com um carboidrato de baixo índice gli-cêmico para geração de energia e sensação de saciedade.Tido como uma proteína magra, o frango ajuda na regeneração muscular – durante a musculação as fi bras musculares são rompidas e é no processo de cicatrização que o músculo cresce e fi ca defi nido. A proteína contida no frango atua exatamente no processo de cica-trização do tecido fi broso.Mas não é só. Os nutrientes do alimento também dilatam os vasos sanguíneos e melhoram a respiração durante o treino.

Para resultados exemplares, re-comenda-se o consumo do peito de frango, parte que contém menos gordura animal.Conhecida como um carboidra-to de alto índice glicêmico, a batata doce que nada tem a ver com a batata inglesa, ao ser ingerida, evita picos de insulina, ação que, além de prolongar a sensação de saciedade, evita que o organismo acumule o ex-cesso em gordura localizada.Composta ainda por vitamina A e C, cálcio, fósforo e potássio, a batata doce combate os radicais livres liberados durante a prática de atividades físicas.100 gramas de batata doce tem menos de 120 calorias, sendo composta por: 1,16 gramas de proteína, 30,10 de carboidratos e 0,32 de lipídios. Para prepará-la, esqueça o óleo: opte pelos pratos que levam o ingrediente cozido ou

assado, como sopas ou purês.

Shake para ganhar massaNa luta contra a balança e na busca incessante por músculos definidos vale a pena apostar na alimentação. Além do fran-go e batata doce uma ótima pedida é um shake saudável, nutritivo e saboroso.O shake para ganhar massa é uma opção para substituir o jantar daqueles que querem obter um corpo mais musculoso e saudável. É importante lembra que, como entre o ingredientes estão suple-mentos em pó e alimentos ricos em tipos de carboidratos, a mistura não deve ser ingerida por quem deseja perder peso.

Ingredientes • 100 ml de leite desnatado;• 1 copo de iogurte desnatado;• 1 colher de sopa de farinha de

SERVIÇOSUA MELHORACADEMIA

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AÇÃO Receita light para ganhar músculos

Além dos exercícios é bom investir na alimentação

linhaça;• 2 colheres de sopa de aveia;• 1 colher de sopa de caseína;• Adoçante e gelo.

Modo de preparoNo liquidifi cador, bata bem to-dos os ingredientes e beba em seguida.

MANAUS, DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

Distúrbios alimentares na infânciaOs problemas relacionados à alimentação podem surgir na infância e se agravar anos mais tarde

Algumas mães vivem preocupadas com o peso dos fi lhos. Uns comem demais en-

quanto outros dão o maior trabalho na hora das refeições porque são exigentes e sele-tivos em excesso e acabam fi cando com peso abaixo do desejável. Na outra ponta des-sa corrente estão as crianças que, apesar da pouca idade, já apresentam distúrbios ali-mentares. Uma pesquisa reali-zada em 2013 pela Faculdade de Saúde Pública da Univer-sidade de São Paulo (USP) mostrou que 12,5% dos ado-lescentes avaliados, num uni-verso de 1167 estudantes de escolas técnicas de São Paulo, apresentavam algum tipo de comportamento de risco, com potencial para se transformar num transtorno alimentar. Por outro lado, 31,9%, fazia uso de práticas não saudáveis para controlar o peso, como pular refeições, comer pouco, tomar remédios ou fumar.

Pesquisas sobre esse tipo de desordem em crianças ainda são novidade, mas a experi-ência em consultório aponta para uma tendência crescente de distúrbios alimentares em maior ou menor grau. Conhe-ça esses sintomas para poder identifi car em seu fi lho qual-quer anormalidade.

As ocorrências mais comunsSeletividadeCostuma afetar os bebês

e se agrava depois que eles aprendem a falar. As escolhas alimentares infantis começam com a introdução dos alimentos, entre 4 e 7 meses, por meio do que é oferecido pelos pais. Eles geralmente acham que as care-tas do fi lho signifi cam rejeição - quando se trata apenas de um estranhamento - e não oferecem mais o alimento. Isso é um erro porque a variedade é importante para prevenir a seletividade. Se o pequeno estiver comendo se-letivamente, mas, ainda assim, consumir uma dieta nutritiva e variada, tudo bem. Agora, se a restrição é grande, ela pode prejudicar o crescimento e o de-senvolvimento mental.

BulimiaO aspecto central dessa do-

ença nervosa é a compulsão alimentar, ou seja, a ingestão de uma grande quantidade de comida num curto intervalo de tempo. O comportamento é se-guido pelo vômito forçado ou pelo uso de laxantes. Isso acontece em média duas vezes por semana. Esse processo resulta em ossos e

dentes frágeis, vasos sanguíneos dilatados e problemas digestivos. O peso pode estar dentro dos valores normais ou até um pouco acima. Tende a aparecer a partir dos 12 anos.

Anorexia nervosaO indivíduo que tem esse trans-

torno se recusa a manter um peso mínimo aceitável para a idade. Ocorre uma perda exces-siva de quilos, acompanhada de um medo exagerado de engordar. A pessoa passa a induzir o vômito e a usar diuréticos e laxantes para eliminar o que julga ter co-mido demais. As consequências são suspensão da menstruação, anemia, perda da massa óssea e, em casos mais graves, até a morte. O distúrbio pode aparecer em crianças com mais de 7 anos, porém os picos de incidência estão entre 14 e 17 anos.

Transtorno de compulsão alimentar periódica

Assim como a bulimia, caracte-riza-se pelo consumo excessivo de alimentos num curto período de tempo. A pessoa come até se sentir incomodada, algumas vezes se esconde nesse momen-

to, por vergonha da quantidade consumida. Ao contrário da bu-limia, não há indução do vômito ou ingestão de laxantes, mas um sentimento de depressão. Está associado à obesidade e a males como diabetes. É mais comum em adultos, mas pode surgir na adolescência.

Sinais de alertaA criança e, principalmente, o

adolescente dão algumas pistas de que algo não vai bem com a rotina alimentar. Se notar duas ou mais destas alterações, está na hora de levá-lo ao médico!

• Emagrecimento extremo.• Perda de apetite.• Cuidado excessivo com a

alimentação, como verifi car o rótulo dos alimentos para saber quantas calorias eles fornecem.

• Arrumar desculpa para não almoçar ou jantar dizendo, por exemplo, que comeu alguma coi-sinha na rua.

• Fazer longos períodos de jejum.

• Procurar comer sozinho para não ser controlado pelos pais.

• Monotonia alimentar, ou seja, sempre ingerir o mesmo tipo de comida.

• Isolamento.• Alterações de humor e agres-

sividade.• Excesso de exercício físico.• Atitudes exageradamente

críticas com relação à ima-gem.

• Idas frequentes ao banheiro

durante ou após as refeições, o que pode acusar o uso de laxantes.

• Aumento do consumo de alimentos, principalmente em momentos de expectativa ou stress, como antes de uma prova na escola ou de uma viagem.

Algumas crianças sim-plesmente são trabalho-sas na hora de comer e

só gostam de guloseimas

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F8 MANAUS, DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014Saúde e bem-estar

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