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DROGAS QUE AFETAM A MOTILIDADE UTERINA Santarém – Pará / 2007

DROGAS UTILIZADAS PARA A MOTILIDADE UTERINA

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DROGAS QUE AFETAM A MOTILIDADE UTERINA

Santarém – Pará / 2007

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DROGAS QUE AFETAM A MOTILIDADE UTERINADROGAS QUE AFETAM A MOTILIDADE UTERINA

Os mecanismos neuroendócrinos que desencadeiam e controlam a contratilidade durante a gestação e o parto são complexos. A regulação da musculatura lisa miometrial envolve alterações na função da membrana celular e nas interações entre o hormônio e o receptor.

À medida que o parto se aproxima a principal alteração no meio hormonal é um aumento na relação estrógeno-progesterona.

Duas classes principais de drogas afetam a motilidade uterina: os estimuladores uterinos e os relaxantes uterinos.

Os mecanismos neuroendócrinos que desencadeiam e controlam a contratilidade durante a gestação e o parto são complexos. A regulação da musculatura lisa miometrial envolve alterações na função da membrana celular e nas interações entre o hormônio e o receptor.

À medida que o parto se aproxima a principal alteração no meio hormonal é um aumento na relação estrógeno-progesterona.

Duas classes principais de drogas afetam a motilidade uterina: os estimuladores uterinos e os relaxantes uterinos.

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MECANISMOS DE AÇÃO:CONTRAÇÃO UTERINAMECANISMOS DE AÇÃO:CONTRAÇÃO UTERINA

Os eventos bioquímicos e moleculares envolvidos na contração da musculatura lisa são os mesmos que controlam outros tecidos musculares lisos.

A actina e a miosina têm que interagir para que ocorra a contração uterina, e isto depende da fosforilação das cadeias leves da miosina.

Diversos hormônios e drogas interagem para potencializar a situação contrátil do útero e são utilizados terapeuticamente para a indução ou amplificação das contrações uterinas.

Os eventos bioquímicos e moleculares envolvidos na contração da musculatura lisa são os mesmos que controlam outros tecidos musculares lisos.

A actina e a miosina têm que interagir para que ocorra a contração uterina, e isto depende da fosforilação das cadeias leves da miosina.

Diversos hormônios e drogas interagem para potencializar a situação contrátil do útero e são utilizados terapeuticamente para a indução ou amplificação das contrações uterinas.

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OCITOCINAOCITOCINAA ocitocina, um nonapeptídio, é sintetizada nos núcleos

supra-ópticos e paraventriculares do hipotálamo e liberada pela hipófise posterior.

Os estímulos sensoriais originário do colo uterino e da vagina iniciam a secreção de ocitocina pela hipófise posterior.

A estimulação das mamas também provoca secreção da ocitocina; o hormônio provoca contração do mioepitélio que circunda os canais alveolares da glândula mamária.

A ocitocina estimula tanto a freqüência como a força de atividade contrátil do músculo liso uterino.

A ocitocina, um nonapeptídio, é sintetizada nos núcleos supra-ópticos e paraventriculares do hipotálamo e liberada pela hipófise posterior.

Os estímulos sensoriais originário do colo uterino e da vagina iniciam a secreção de ocitocina pela hipófise posterior.

A estimulação das mamas também provoca secreção da ocitocina; o hormônio provoca contração do mioepitélio que circunda os canais alveolares da glândula mamária.

A ocitocina estimula tanto a freqüência como a força de atividade contrátil do músculo liso uterino.

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PROSTAGLANDINASPROSTAGLANDINAS

As prostaglandinas são o acréscimo mais recente a lista de estimulantes uterinos.

No sistema reprodutor feminino, as prostaglandinas são encontradas nos ovários, miométrio e fluxo menstrual, em concentrações que variam com ciclo ovulatório.

As membranas fetais são fontes importantes desse e de outros produtos do metabolismo do ácido araquidônico, no útero grávido. No parto a termo e durante o trabalho de parto, as concentrações das prostaglandinas aumentam no líquido amniótico, sangue do cordão umbilical e sangue materno.

As principais prostaglandinas com importância na gestação e na parturição são: E2 (PGE2) e a F2α (PGF2α).

As prostaglandinas são o acréscimo mais recente a lista de estimulantes uterinos.

No sistema reprodutor feminino, as prostaglandinas são encontradas nos ovários, miométrio e fluxo menstrual, em concentrações que variam com ciclo ovulatório.

As membranas fetais são fontes importantes desse e de outros produtos do metabolismo do ácido araquidônico, no útero grávido. No parto a termo e durante o trabalho de parto, as concentrações das prostaglandinas aumentam no líquido amniótico, sangue do cordão umbilical e sangue materno.

As principais prostaglandinas com importância na gestação e na parturição são: E2 (PGE2) e a F2α (PGF2α).

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RELAXAMENTO UTERINORELAXAMENTO UTERINO

O relaxamento da musculatura lisa uterina é modulada por duas vias de regulação distintas que utilizam o AMPc:O primeiro mecanismo envolve a inibição da cinase da cadeia

leve da miosina, pela atuação de uma proteína-cinase mediada pelo AMPc.O segundo envolve o acúmulo de Ca++ no retículo

sarcoplasmático e, desta forma, reduz a concentração de cálcio citossólico.

O principal emprego dos relaxantes uterinos, ou agentes tocolíticos, é a interrupção do parto prematuro. O etanol é o agente tocolítico mais amplamente utilizado para a inibição do parto prematuro.

O relaxamento da musculatura lisa uterina é modulada por duas vias de regulação distintas que utilizam o AMPc:O primeiro mecanismo envolve a inibição da cinase da cadeia

leve da miosina, pela atuação de uma proteína-cinase mediada pelo AMPc.O segundo envolve o acúmulo de Ca++ no retículo

sarcoplasmático e, desta forma, reduz a concentração de cálcio citossólico.

O principal emprego dos relaxantes uterinos, ou agentes tocolíticos, é a interrupção do parto prematuro. O etanol é o agente tocolítico mais amplamente utilizado para a inibição do parto prematuro.

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Existem três outras drogas que desempenham um papel menos significativo como relaxante uterino:

Bloqueadores dos canais de cálcio (NIFEDIPINA e a NICARDIPINA);

DIAZÓXIDO;SULFATO DE MAGNÉSIO;

As drogas possivelmente exercem seu efeito através de:

I.Redução de freqüência dos potenciais de ação das células musculares miometriais,

II.Desacoplamento entre excitação e contração nas células musculares lisas uterinas,

III.Relaxamento direto de elementos contráteis.

Existem três outras drogas que desempenham um papel menos significativo como relaxante uterino:

Bloqueadores dos canais de cálcio (NIFEDIPINA e a NICARDIPINA);

DIAZÓXIDO;SULFATO DE MAGNÉSIO;

As drogas possivelmente exercem seu efeito através de:

I.Redução de freqüência dos potenciais de ação das células musculares miometriais,

II.Desacoplamento entre excitação e contração nas células musculares lisas uterinas,

III.Relaxamento direto de elementos contráteis.

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FARMACOCINÉTICAFARMACOCINÉTICA

Os estimulantes uterinos com freqüência são administrados através de infusão EV lenta para manter o controle da resposta;

A ocitocina sofre uma clivagem hidrolítica nas vias gastrintestinais quando administradas por via oral;

O maleato de ergonovina e seu análogo metílico são bem absorvidos quando administrados por via oral;

A disposição da ocitocina, da ergonovina e da PGE2 ou PGF2α é principalmente a metabolização em compostos inativos;

O sulfato de magnésio em geral é administrado por via endovenosa.

Os estimulantes uterinos com freqüência são administrados através de infusão EV lenta para manter o controle da resposta;

A ocitocina sofre uma clivagem hidrolítica nas vias gastrintestinais quando administradas por via oral;

O maleato de ergonovina e seu análogo metílico são bem absorvidos quando administrados por via oral;

A disposição da ocitocina, da ergonovina e da PGE2 ou PGF2α é principalmente a metabolização em compostos inativos;

O sulfato de magnésio em geral é administrado por via endovenosa.

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RELAÇÃO ENTRE MECANISMO DE AÇÃO E RESPOSTA CLÍNICAEstimulantes uterinos - Os estimulantes uterinos são utilizados basicamente para induzir o trabalho de parto e reduzir o risco de morbidade e mortalidade neonatal em vigência de um problema clínico ou obstétrico.OUTROS USOS DOS ESTIMULANTES UTERINOSHemorragia pós-parto - A ocitocina, os alcalóides do esporão de centeio (agonistas dos receptores α-adrenérgicos) e as prostaglandinas produzem contrações firmes do útero e, deste modo, reduzem o sangramento após o parto ou após abortos. A ocitocina pode ser empregada com este intuito por via endovenosa. Os alcalóides do esporão de centeio (ergonovina e metilergonovina) podem ser administrados por via intramuscular quando se deseja em efeito mais prolongado.

RELAÇÃO ENTRE MECANISMO DE AÇÃO E RESPOSTA CLÍNICAEstimulantes uterinos - Os estimulantes uterinos são utilizados basicamente para induzir o trabalho de parto e reduzir o risco de morbidade e mortalidade neonatal em vigência de um problema clínico ou obstétrico.OUTROS USOS DOS ESTIMULANTES UTERINOSHemorragia pós-parto - A ocitocina, os alcalóides do esporão de centeio (agonistas dos receptores α-adrenérgicos) e as prostaglandinas produzem contrações firmes do útero e, deste modo, reduzem o sangramento após o parto ou após abortos. A ocitocina pode ser empregada com este intuito por via endovenosa. Os alcalóides do esporão de centeio (ergonovina e metilergonovina) podem ser administrados por via intramuscular quando se deseja em efeito mais prolongado.

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INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZINTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ

As prostaglandinas são os agentes preferidos para os abortamentos de segundo trimestre. Em contraste com a ocitocina, que aumenta as contrações uterinas próximas ao termo, as prostaglandinas estimulam as musculaturas uterinas em todas as épocas da gestação. Tanto a DINOPROSTONA quanto o CARBOPROST são eficazes desde a 12ª semana até a 20ª semana de gestação.

As prostaglandinas são os agentes preferidos para os abortamentos de segundo trimestre. Em contraste com a ocitocina, que aumenta as contrações uterinas próximas ao termo, as prostaglandinas estimulam as musculaturas uterinas em todas as épocas da gestação. Tanto a DINOPROSTONA quanto o CARBOPROST são eficazes desde a 12ª semana até a 20ª semana de gestação.

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FÁRMACOS TOCOLÍTICOSFÁRMACOS TOCOLÍTICOS

Os tocolíticos, ou agentes que relaxam o útero, são utilizados para tratar o trabalho de parto prematuro em situações nas quais o feto se beneficiaria significativamente de uma vida intrauterina mais longa.

SULFATO DE MAGNÉSIOSULFATO DE MAGNÉSIO

O sulfato de magnésio que bloqueia as contrações uterinas mediante uma ação competitiva contra o íon de cálcio, é administrado por via endovenosa e provavelmente é tão eficaz quanto os agonistas β-adrenérgicos.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRODY, Theodore M. Farmacologia Humana: da molécula à clínica. 2a Ed. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara Koogan S.A, 1997.

RANG, H. P. Farmacologia. 4a Ed. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara Koogan S.A, 2001.

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