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FACULDADE ADELMAR ROSADO – FAR
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
SOLINEIDE MOURA E SILVA
O CLIMA ORGANIZACIONAL NA COORDENADORIA DE PLANEJAMENTO DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ- UESPI
TERESINA – PI
2007
SOLINEIDE MOURA E SILVA
O CLIMA ORGANIZACIONAL NA COORDENADORIA DE PLANEJAMENTO DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ- UESPI
Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Administração da Faculdade Adelmar Rosado – FAR, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel, sob a orientação do Prof. Esp. João Airton Santos Porto.
TERESINA – PI
2007
SOLINEIDE MOURA E SILVA
O CLIMA ORGANIZACIONAL NA COORDENADORIA DE PLANEJAMENTO DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ- UESPI
FOLHA DE APROVAÇÃO
____________________________________________ Prof. Espª João Airton Santos Porto
Professor(a) Orientador(a)
______________________________________________ Professor (a) Convidado (a)
_____________________________________________ Professor (a) Convidado (a)
TERESINA – PI
2007
Dedico esta monografia a meus pais, a
minha irmã Dileta, ao meu esposo João e a
minha filha Letícia, fonte de inspiração, pelo
amor e compreensão desprendidos afim de
que chegasse ao término deste curso.
AGRADECIMENTOS
A DEUS por ter me dado esta oportunidade e também a perseverança de
alcançar este objetivo.
Ao Professor João Airton Santos Porto, que com seu conhecimento me
proporcionou a sua honrosa orientação.
A Professora Shirley que ao longo dessa jornada nos guiou com paciência e
nos mostrou do que somos capazes.
A Professora Luisa por seu comprometimento com a qualidade do ensino e
sua ternura.
A Direção da Faculdade por ter cumprido seu papel com êxito.
“Os operários se revelam mais comprometidos vis-à-vis de sua empresa quando esta se aparenta a uma gestão participativa que compreende um clima favorável a um estilo de liderança conduzindo a aproximação e ao respeito entre os membros” (SÁ E LEMOINE, 1999, p.289 ).
RESUMO
Este trabalho trata da análise do Clima Organizacional na Coordenadoria de Planejamento da Universidade Estadual do Piauí-UESPI. Tem como principal objetivo analisar a importância do Clima Organizacional para o ambiente de trabalho, levando-se em consideração a cultura organizacional, a motivação, a liderança e as relações interpessoais, para a identificação de melhorias do Clima Organizacional. Para realização deste trabalho fez-se uma pesquisa bibliográfica sobre o tema com diversos autores, pesquisa documental e uma pesquisa quantitativa utilizando questionário, com o intuito de coletar informações a respeito do Clima Organizacional da Coordenadoria, junto a uma amostra de doze colaboradores que trabalham no setor, os dados coletados foram analisados quantitativamente, e os resultados dispostos em gráficos, evidenciando que o clima no ambiente de trabalho do setor em estudo, não se configura de todo satisfatório, apresentando aspectos negativos e positivos. Em vistas de melhoria e garantia do Clima Organizacional satisfatório no referido setor identificou-se ações para este fim. PALAVRAS-CHAVES: Clima Organizacional. Cultura. Motivação. liderança.
ABSTRACT
This work is about Clime Organizational's analysis in Coordinator of Planning of the State University of the Piauí - UESPI. He/she has as main objective to analyze Clime Organizational's importance for the work atmosphere, being taken in consideration the culture organizational, the motivation, the leadership and the relationships relationship, for the identification of improvements of the Clime Organizational. For accomplishment of this work he/she made himself a bibliographical research on the theme with several authors, he/she researches documental and a quantitative research using questionnaire, with the intuit of collecting information regarding the Clime Organizational of Coordinator, close to a sample of twelve collaborators that you/they work in the section, the collected data were analyzed quantitatively, and the arranged results in graphs, evidencing that the climate in the atmosphere of work of the section in study, is not configured of all satisfactory, presenting negative and positive aspects. In improvement views and warranty of the Climate satisfactory Organizational in referred him section identified actions for this end.
Key-Words: Clime Organizational. Culture. Motivation. Leadership.
LISTA DE FIGURAS E QUADROS
Figura 1 – Estrutura Organizacional da UESPI .........................................................20
Figura 2 – Organograma da Coordenadoria de Planejamento..................................21
Quadro 1 - Estudos de Cultura Organizacional ou Corporativa.................................27
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Nível de escolaridade................................................................................44
Gráfico 2: Instalações físicas e equipamentos disponíveis........................................44
Gráfico 3: Qualificação profissional............................................................................45
Gráfico 4: A Instituição oferece treinamento profissional...........................................45
Gráfico 5: Autonomia na execução do trabalho.........................................................46
Gráfico 6: Relacionamento com as pessoas da equipe.............................................46
Gráfico 7: Ajuda dos companheiros de trabalho........................................................47
Gráfico 8: Relacionamento com o chefe imediato......................................................47
Gráfico 9: Existem reuniões no setor.........................................................................48
Gráfico 10: Participação das atividades da Instituição...............................................48
Gráfico 11: Salário compatível com a função.............................................................49
Gráfico 12: Reconhecimento do trabalho...................................................................50
Gráfico 13: Feedback sobre os resultados.................................................................50
Gráfico 14: Critérios de promoções internas.............................................................51
Gráfico 15: Grau de satisfação...................................................................................51
Gráfico 16: Fatores importantes para um ótimo Clima Organizacional......................52
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CESP - Centro de Ensino Superior do Piauí
CPLAN - Coordenadoria de Planejamento
DDI - Divisão de Desenvolvimento Institucional
DO - Divisão de Orçamento
DPE - Divisão de Planejamento e Estatística
FADEP - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Educação do Estado do Piauí
PASOS - Programa de Apoio Social ao Servidor
UESPI - Universidade Estadual do Piauí
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................12
1.1 OBJETIVOS.........................................................................................................13
1.1.1 Objetivo Geral....................................................................................................13
1.1.2 Objetivos Específicos........................................................................................13
2 METODOLOGIA.....................................................................................................15
2.1 PÚBLICO-ALVO DE ESTUDO ............................................................................15
2.2 AMOSTRAGEM ...................................................................................................15
2.3 COLETA DE DADOS .........................................................................................15
2.4 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS ................................................................16
3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA......................................................................17
3.1 HISTÓRICO........................................................................................................ 17
3.2 MISSÃO................................................................................................................17
3.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .....................................................................18
3.3.1 ESTRUTURA DA UESPI ..................................................................................18
3.3.2 ORGANOGRAMA DA COORDENADORIA DE PLANEJAMENTO.................21
4 O CLIMA ORGANIZACIONAL...............................................................................22
4.1 CONCEITO ..........................................................................................................22
4.2 CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL .........................................................25
4.3 A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO PARA O CLIMA .........................................28
4.3.1 TEORIAS DA MOTIVAÇÃO .............................................................................31
4.4 LIDERANÇA E CLIMA .........................................................................................34
4.4.1 TIPOS DE LIDERANÇA ...................................................................................36
4.5 INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CLIMA ..........................38
5 ANÁLISE DA REALIDADE DA COORDENADORIA.............................................41
5.1 COORDENADORIA DE PLANEJAMENTO-CPLAN ...........................................41
6 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA................................................................43
7 CONCLUSÃO.........................................................................................................53
BIBLIOGRAFIA .........................................................................................................55
APÊNDICE.................................................................................................................57
GLOSSÁRIO .............................................................................................................61
1 INTRODUÇÃO
Para alcançar êxito com as pessoas que desempenham as tarefas, é
necessário conhecer o nível de satisfação de cada uma, para atingir os objetivos
propostos pela organização, somente com a valorização de seu capital humano as
empresas conseguirão obter condições de competir interna e externamente, pois o
desempenho dos funcionários está intimamente ligado aos seus resultados.
Neste sentido, a motivação surge então como instrumento propulsor para o
alcance do desempenho esperado. Somente pessoas motivadas conseguirão
desenvolver seus projetos de forma a atender as metas e objetivos traçados pela
organização, visto que, a motivação faz com que as pessoas invistam em si mesmas
e em seu trabalho mais do que lhes é exigido. As pessoas motivadas vão além de
seus limites e ampliam os limites de sua capacidade.
Neste contexto, caracterizado pelas relações entre as pessoas no ambiente
de trabalho, surge o Clima Organizacional, que dar-se como resultado de diferentes
combinações dos seus elementos constitutivos ou formadores. Seu conceito enfatiza
as trocas que acontecem no dia a dia entre as pessoas e a organização.
O Clima Organizacional então, diz respeito ao que as pessoas acham que
existe e que está acontecendo no ambiente da organização em determinado
momento, sendo portanto, a caracterização da imagem que essas pessoas têm dos
principais aspectos ou traços vigentes na organização, e este, só pode ser
compreendido em termos das percepções das pessoas que fazem parte da
organização.
Entende-se que sendo o Clima Organizacional caracterizado pela relação
entre os funcionários que nela trabalham, essas relações precisam pautar-se pela
cortesia e respeito, para gerar resultados com qualidade, reações positivas e
motivação, propiciando assim bem-estar no ambiente de trabalho e um clima de
harmonia. Desta forma, executarão com mais presteza e estímulo suas atividades.
Com base nessa premissa, o estudo do Clima Organizacional na
Coordenadoria de Planejamento da UESPI, justifica-se pela observação que no
referido setor, as pessoas não estão sendo motivadas a exercerem seus papéis. As
tarefas não são desenvolvidas a contento, para que se mantenham num nível
positivo, empreendendo mudanças a partir de um clima favorável de trabalho.
Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar o Clima Organizacional na
Coordenadoria de Planejamento da UESPI, para esta análise é preciso conhecer o
Clima do setor, verificar os elementos influenciadores do Clima e propor ações que
garantam a melhoria do Clima Organizacional no referido setor.
Com este propósito utilizou-se de pesquisa bibliográfica, pesquisa quantitativa
através de questionário, a qual possibilitou constatar e analisar as informações.
Para melhor compreensão, o trabalho encontra-se dividido em capítulos, onde
trata da metodologia utilizada no trabalho, da caracterização da empresa, do estudo
teórico do Clima Organizacional, da cultura, da motivação, da liderança e das
relações interpessoais, assim como da análise da realidade da Coordenadoria e
análise dos resultados obtidos através da pesquisa de campo, utilizando
questionário aplicado aos servidores da Coordenadoria de Planejamento da UESPI
e através desta análise, propor ações que garantam a melhoria deste ambiente de
trabalho, transformando-o assim em um local agradável e consequentemente, levar
a um bom desempenho por parte de todos que o compõem.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Analisar o Clima Organizacional na Coordenadoria de Planejamento da
Universidade Estadual do Piauí - UESPI.
1.1.2 Objetivos Específicos
Conhecer o Clima Organizacional na Coordenadoria de Planejamento da
UESPI;
Verificar os elementos influenciadores do Clima Organizacional na
Coordenadoria de Planejamento da UESPI;
Propor ações que garantam a melhoria do Clima Organizacional no
referido setor.
2 METODOLOGIA
A pesquisa objetiva analisar o Clima Organizacional da Coordenadoria de
Planejamento da UESPI, para tanto utilizou-se o método de pesquisa de campo,
servindo da abordagem quantitativa, com aplicação de questionário.
2.1 PÚBLICO-ALVO DE ESTUDO
O público-alvo da pesquisa foi composto pelos colaboradores da
Coordenadoria, em um total de doze pessoas, ficando os mesmos responsáveis a
responder a pesquisa no próprio local de trabalho.
2.2 AMOSTRAGEM
Para obtenção de um resultado representativo, a amostragem foi com os doze
colaboradores que trabalham no setor, sendo que o questionário foi aplicado no
período de dezembro de 2006 a janeiro de 2007.
2.3 COLETA DE DADOS
Como instrumento para análise e medição do Clima Organizacional da
Instituição, foi aplicado questionário para os doze colaboradores da Coordenadoria,
objetivando colher informações a respeito do clima, da cultura, da motivação e da
liderança no setor.
2.4 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS
Os dados coletados foram analisados quantitativamente e os resultados foram
dispostos em gráficos para uma melhor compreensão dos dados obtidos.
3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
3.1 HISTÓRICO
A Universidade Estadual do Piauí tem seu marco inicial no ano de 1984 com a
criação da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Educação do Estado do Piauí
– FADEP, que incluía na sua estrutura o Centro de Ensino Superior do Piauí –
CESP, órgão responsável pela formação de recursos humanos em nível superior.
Em 1993, o Governo Federal autoriza o funcionamento da Universidade
Estadual do Piauí – UESPI localizada no mesmo endereço da FADEP, na Rua João
Cabral, nº 2231, Bairro Pirajá, Teresina-Piauí. Hoje, a UESPI mantêm 18 (dezoito)
campis, 48 (quarenta e oito) núcleos universitários, localizados na capital e em
municípios do interior do Estado do Piauí e dos estados do Maranhão e Bahia. A
comunidade tem à sua disposição, 32 (trinta e uma) modalidades de cursos de
graduação oferecidas em regime regular e especial e 18 (dezoito) cursos de
especialização.
A UESPI é uma instituição que tem como ações principais o ensino, pesquisa
e a expansão universitária dispondo de autonomia didático-cientíca, administrativa,
de gestão financeira e patrimonial.
Outras atividades assumem o caráter de prestação de serviços em
instituições sociais, empresas públicas e privadas, envolvendo alunos em período de
estágio curricular, supervisionados por professores. Como prestação de serviços, a
UESPI dispõe: das bibliotecas, laboratórios, núcleos de concursos e promoção de
evento, gráfica/editora e central de informática.
3.2 MISSÃO
A missão da Universidade Estadual do Piauí – UESPI é ser uma Universidade
comprometida com o ensino, a pesquisa e a extensão, voltados para a qualidade de
vida do povo piauiense.
A Coordenadoria de Planejamento dá suporte aos órgãos da Administração
Superior da UESPI, visando o cumprimento de seus objetivos e finalidades de sua
missão.
3.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
3.3.1 Estrutura da UESPI
De acordo com o estatuto aprovado, através do Decreto No. 11.831, de
29/07/2005, a estrutura organizacional da UESPI compreende:
Órgão Máximo de Deliberação Superior;
Órgãos Executivos Superiores;
Órgãos Executivos Suplementares;
Órgãos Deliberativos Setoriais.
De acordo com o organograma (Figura 1), o Conselho Universitário, órgão
máximo deliberativo, normativo e consultivo é a última instância de recursos no
âmbito da Universidade e tem a seguinte composição:
Reitor;
Vice-reitor;
Membros dos Conselhos de Administração e Planejamento, de Ensino,
Pesquisa e extensão e 03 (três) representantes da comunidade.
O Conselho de Administração e Planejamento é o órgão superior deliberativo
e consultivo que trata de matérias administrativas, tendo a seguinte composição:
Reitor como Presidente;
Vice-reitor como Vice-presidente;
Pró-reitoria de Administração e Recursos Humanos;
Pró-reitoria de Planejamento e Finanças;
Pró-reitoria de Ensino e Graduação;
Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação;
Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis e Comunitários;
Diretores de Centros e campis;
02 (dois) representantes dos colaboradores técnico-administrativos de
nível superior.
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão é o órgão superior deliberativo e
consultivo da Universidade em matéria de ensino, pesquisa e extensão, tendo a
seguinte composição:
Reitor como Presidente;
Vice-reitor como Vice-Presidente;
Pró-reitorias de Ensino e Graduação, Pesquisa, Pós-graduação e de
Extensão;
01 (um) representante docente por Centro, eleito por seus pares, com
mandato de 02 (dois) anos;
02 (dois) representantes do corpo discente;
02 (dois) representantes das Coordenações que sejam professores do
quadro permanente.
Os Conselhos de Campi e de Centros são órgãos deliberativos, normativo, e
consultivos em matéria administrativa e didático-científica.
A reitoria, órgão executivo da administração superior da Universidade que
administra todas as atividades universitárias, com sede no Campus “Poeta Torquato
Neto” que é composta pelos seguintes órgãos:
Gabinete da Reitoria;
Vice-reitoria;
Procuradoria Jurídica;
Assessoria de Comunicação;
Auditoria Interna;
Prefeitura Universitária;
Pró-reitorias;
Coordenadoria de Planejamento;
Órgãos Suplementares.
Para o desempenho das atividades de supervisão e coordenação da
Universidade, o Reitor é auxiliado por 05 (cinco) Pró-reitorias:
Administração e Recursos Humanos;
Planejamento e Finanças;
Ensino e Graduação;
Pesquisa, Pós-graduação e Extensão;
Assuntos Estudantis e Comunitários.
A estrutura da UESPI, de acordo com a figura nº 1 se divide em:
PROCURADORIA JURÍDICA PROJUR
AUDITORIA INTERNA AUDI
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS CCHL
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CCSA
CENTRO DE CIÊNCIAS
EXATAS E TECNOLOGIA CCET
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS FACIME
FACULDADE DE
ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM FACOE
ACADEMIA DE POLÍCIA
COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO
COMISSÃO CENTRALDE INFORMÁTICA-CEI
NÚCLEOS UNIVERSITÁRIOS- MA
NÚCLEOS UNIVERSITÁRIOS- BA
- Alto Parnaíba- Brejo- Parnarama- Barra do Corda- Duque Barcelar
- Passagem Franca- Timon- Buruti Bravo- Graça Aranha - Mirador
- São Bernardo- Tutóia- Coelho Neto- Chapadinha- Pedreiras
- São Domingos- Aldeias Altas- Matões
- Formosa do Rio Preto- Riachão das neves- Tabocas do Brejo Velho
- Buritirama- Santa Rita de Cássia- Mansidão
UNIÃO
Figura I: Estrutura Organizacional da UESPI
Fonte: Núcleo de Processamento de Dados-UESPI, 2007
3.3.2 Organograma da Coordenadoria de Planejamento
Fonte: Pesquisa de campo, 2007
Figura 2: Organograma
Fonte: Pesquisa de campo, 2007
PROCESSAMENTO
DE DADOS
DIVISÃO DE DES.
INSTITUCIONAL
DIVISÃO DE
ORÇAMENTO
DIVISÃO DE
ESTATÍSTICA
RECEPÇÃO
COORDENADORIA
4 O CLIMA ORGANIZACIONAL
4.1 CONCEITO
O Clima Organizacional pode ser entendido como o conceito que o indivíduo
tem do seu ambiente de trabalho, em função das exigências da organização e seus
valores pessoais, e também como as percepções compartilhadas pelos funcionários
a respeito de vários aspectos organizacionais.
O termo Clima Organizacional, de acordo com Coda (1993), teve origem nas
escolas de Administração dos EUA em 1967. E após pesquisas, o conceito foi
sedimentado caracterizando o Clima Organizacional como um estudo psicológico
fortemente afetado pelas condições existentes na empresa, tais como sistemas,
estrutura e estilo gerencial.
Para Coda (1993), o conceito de Clima Organizacional está ligado à
conjuntura interna e externa da organização e é, por definição, circunstancial.
Segundo é exposto por Teixeira (2002, p. 574), o Clima Organizacional deve
ser compreendido como:
A expressão dos sentimentos dos empregados diante dos valores, das políticas, das práticas de gestão de recursos humanos, da forma de relacionamento com os colegas, da postura da empresa ao estabelecer metas e retribuir pelo alcance delas, além da situação econômica.
Neste sentido, dispõe o autor que o ponto de importância no Clima
Organizacional é o sentimento dos empregados a respeito das ações e decisões da
empresa que os afetam.
Para Coda (1993) embora as empresas desejem profissionais bastante
motivados, não há como contrapartida, a preocupação em respeitar e tentar garantir
níveis adequados de satisfação no trabalho para seus colaboradores. Se os
empregados vivenciam mais insatisfação do que satisfação nas empresas onde
trabalham, isso acaba dificultando o compromisso delas com os objetivos, os novos
desafios e a própria missão estabelecida para a organização.
Neste caso, na visão do autor, torna-se praticamente impossível conciliar os
interesses dos empregados com os da empresa, no sentido de maior dedicação ao
trabalho, ou sua realização dentro de novos padrões de qualidade ou produtividade.
Entretanto, é possível empreender ações para transformar o Clima Organizacional,
visto que este diz respeito ao que as pessoas acham que existe e o que está
acontecendo no ambiente da organização em dado momento sendo, portanto a
caracterização da imagem que essas pessoas têm dos principais aspectos vigentes
na mesma o que, para Coda (1993) se constitui talvez no maior desafio em relação
ao conceito de Clima Organizacional, pois este só pode ser compreendido em
termos de percepção das pessoas que fazem parte da organização.
Acentua também que, basicamente, as características do próprio funcionário
que está participando da identificação do clima, quase sempre acabam explicando
diferenças de percepção das mesmas dimensões de clima dentro de uma
organização. E que além dos fatores pessoais, a área de atuação, o nível
hierárquico do cargo ocupado e a região geográfica, também afetam as percepções
de Clima Organizacional, mesmo que as dimensões consideradas sejam idênticas e
avaliadas de maneira equivalente durante a coleta de opiniões dos funcionários.
Diz Teixeira (2002, p. 589) que “a gestão do Clima Organizacional é uma
atividade que exige atenção permanente, trabalho constante e participação de toda
a hierarquia”. O que comprova a concepção de Coda (1993), visto que críticas ao
papel do gerente de Recursos Humanos configuram uma crise de liderança e de
projeto organizacional mais do que de motivação ou de satisfação, aumentando
cada vez mais o desafio de engajar e mobilizar os funcionários para a mudança e
desenvolvimento organizacionais.
Conforme Chiavenato (1999, p.07), as pessoas são visualizadas como
parceiros das organizações. Como tais, elas são fornecedoras de inteligência que
proporciona decisões racionais e imprime o significado e rumo aos objetivos globais,
visto que “( ..) as organizações bem sucedidas hoje se dão conta disso e tratam
seus funcionários como parceiros do negócio e não mais como simples
empregados”. Isso implica dizer que atualmente, apesar dos computadores e dos
balanços contábeis, os empregados precisam ser felizes, pois para que sejam
produtivos, eles devem sentir que o trabalho é adequado à suas capacidade e que
estão sendo tratados equitativamente.
Shinyashiki (2002, p. 470) sintetiza que a felicidade na organização e a
satisfação no trabalho são fortes determinantes do sucesso pessoal e
organizacional. Acentua entretanto, que é preciso separar trabalho compulsivo de
produtividade, e nesse sentido: “As empresas devem entender que uma das maiores
vantagens competitivas que ela pode ter são funcionários com produtividade e
capazes de conseguir maiores resultados com determinada quantidade de esforço”.
Cabe aqui ressaltar que neste contexto, a satisfação no trabalho se reflete na
produtividade, porque ela diz como uma pessoa se sente com relação ao trabalho
exercido, de forma geral e em seus vários aspectos, que incluem a natureza, a
supervisão e o ambiente deste trabalho, relacionamento interpessoal, política salarial
e reconhecimento, modelo de gestão, processos de comunicação, estilo de gerência
e grau de relacionamento entre as diferentes áreas funcionais (MOSCOVICI, 1995).
Para Coda (1993), pode-se entender que o estabelecimento de um vínculo
entre satisfação, desempenho e produtividade do funcionário, além da redução nos
índices de rotatividade e de absenteísmo no trabalho, são conseqüências das
atitudes positivas advindas de um clima favorável.
É importante para as organizações estimular um Clima Organizacional para
seus funcionários, pois resulta em produtividade e lucro. De acordo com Dutra
(2002, p.69):
Quando se faz referência a um bom Clima Organizacional”, a primeira coisa que passa por nossas mentes é a imagem de uma empresa com funcionários trocando gentilezas e com um sorriso na boca o dia todo, e em que a chefia não faz cobranças “ pois somos todos iguais” e “a chefia é boazinha.
A gestão do Clima Organizacional é um instrumento para avaliar o grau de
comprometimento do funcionário para com a empresa e, por outro lado, a empresa
saber como corresponder às expectativas de seus funcionários em relação à
organização. Uma das ferramentas para avaliar e traçar planos de ação com a
finalidade de melhorar o Clima Organizacional é conhecer o que pensa cada
funcionário sobre a empresa através de pesquisas internas para avaliar como anda
a eficiência na comunicação interna.
Segundo Souza (1982, p.37):
Clima Organizacional é um fenômeno resultante da interação dos elementos da Cultura organizacional, é uma conseqüência do peso de cada um dos elementos culturais e seu efeito sobre os outros funcionários. Uma excessiva importância dada à tecnologia leva a um clima desumano; a pressão das normas cria tensão; a aceitação dos desafios, sem descuidar os preceitos e o trabalho, eleva o clima de tranqüilidade e confiança.
De acordo com Souza (1982, p.14) é de suma importância a avaliação do
Clima Organizacional. Ele afirma:
Estudos de clima são particularmente úteis, porque fornecem um diagnóstico geral da empresa, bem como indicações de áreas carentes de uma atenção especial. Não basta sentir que o clima está mau, é preciso identificar onde, por que e como agir para melhorá-lo.
Contudo, entende-se que no estudo do Clima Organizacional, as informações
referentes às relações que se estabelecem na empresa, tem grande relevância, visto
que, para compreender uma organização é necessário o aprofundamento da
interpretação destas relações nela existentes.
4.2 CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL
Para compreender uma organização é necessário o aprofundamento da
interpretação das relações nela existente e para fazer uma análise do clima
organizacional a cultura organizacional é um elemento importante, pois ela influencia
nas relações dentro da organização.
Segundo Fleury e Sampaio (2002) a idéia de cultura nacional se tornou uma
preocupação européia inicialmente com os movimentos de unificação das cidades
estados em estados absolutistas, pois de alguma maneira a intenção da existência
de uma identidade entre elas se justificara a centralização do poder político e
econômico.
A posteriori, no âmbito do mercantilismo e da expressão capitalista, o conceito
de cultura foi utilizado no sentido do entendimento de costumes, língua, crenças e
mitos de povos diferentes para que fossem estabelecidas as relações comerciais e
as relações de dominação.
No final do século XIX, conforme estes autores, os estudos sobre cultura se
depararam com a noção de diversidade, mas empregaram algumas concepções
darwinistas para se fazer entender como culturas superiores e de alguma forma
justificam a dominação política ou econômica. Remetendo o conceito para os níveis
do indivíduo e da sociedade, o antropólogo inglês Edward B. Tylor (apud FLEURY E
SAMPAIO, 2002, p. 284) definiu cultura em 1871, como um “complexo total de
conhecimento, crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e
hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.
Para Fleury e Sampaio (2002) o conceito de cultura foi trazido às ciências
administrativas no final da década de 1950, justificando tal interesse aos eventos tais
como a expansão geográfica das empresas multinacionais, que tinham como
pretensão a reprodução de suas estruturas em outros países para obtenção de
vantagens competitivas. Ainda que reproduzindo as estruturas e os principais
programas, os resultados obtidos não são os mesmos e os administradores se vêem
com problemas que não tinham nos paises de origem.
Dessa maneira, uma das primeiras idéias de cultura empregadas pela
administração se assemelha a concepção de culturas nacionais, pela qual se
procura fazer a identificação de elementos culturais que foram obtidos na sociedade
pelos empregados, em especial, os que entram em conflito com a ordem
organizacional original, para então buscar um novo arranjo organizacional ou uma
mudança de crenças e valores.
Para os citados autores o conceito de cultura organizacional sai do contexto
sociocultural como a origem dos fenômenos em estudo, e se direciona para o interior
das organizações e corporações, estas últimas entendidas como um conjunto de
empresas sob a mesma direção.
Fleury e Sampaio (2002) registram que identificou-se diferentes focos e
visões de organização nos diferentes estudos de cultura que analisou, relacionando-
o como demonstrado no quadro abaixo:
CONCEITO DE CULTURA LINHA DE TRABALHO VISÃO DA
ORGANIZACIONAL
A cultura funciona como um
mecanismo regulatório-
adaptativo,permite a
articulação dos indivíduos na
organização.
Cultura corporativa Organizações são
organismos que existem
por meio de processos
de trocas com o
ambiente.
Cultura é um sistema de
cognições partilhadas. A
mente humana gera a cultura,
através de um número
limitado de regras.
Cognição organizacional Organizações são
sistemas de
conhecimento. A noção
de organização repousa
sobre a rede de
significados subjetivos
que os membros
partilham, em vários
graus e que parecem
funcionar de uma
maneira regular.
Cultura é um sistema de
símbolos e significados
partilhados. A ação simbólica
necessita ser interpretada ou
decifrada afim de ser
entendida.
Simbolismo
organizacional
Organizações são
padrões de discurso
simbólico. A organização
é mantida através de
modos simbólicos como
a linguagem, que facilita
os significados
partilhados e as
realidades partilhadas.
Cultura é uma projeção da
infra-estrutura universal e
inconsciente da mente.
Processos inconscientes
e organização
Formas e práticas
organizacionais são
manifestações de
processos inconscientes.
QUADRO 1: ESTUDOS DE CULTURA ORGANIZACIONAL OU CORPORATIVA
Fonte: Smicich (1983) (apud FLEURY E SAMPAIO, 2002, p. 286-287).
De acordo com Fleury e Sampaio (2002), cada uma destas visões de cultura
privilegia formas de pesquisa e análise de informações diferentes para o
entendimento do conceito com a imagem de um código de muitas cores, por isso,
não são mutuamente exclusivas e nem podem ser justapostas.
Freitas (1991, p. 07) conceitua cultura organizacional como:
...o modelo dos pressupostos básicos, que determinado grupo tem inventado, descoberto ou desenvolvido no processo de aprendizagem para lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna. Uma vez que os pressupostos tenham funcionado bem o suficiente para serem considerados válidos, são ensinados aos demais membros como a maneira correta para se perceber, se pensar e sentir-se em relação àqueles problemas.
Chiavenato (2000, p. 444) conceitua cultura organizacional como : “o conjunto
de hábitos, crenças, valores e tradições, interações e relacionamentos sociais típicos
de cada organização”.
O autor divide cultura organizacional em:
Aspectos formais e abertos – são percebidos com facilidade, envolvem
as políticas e diretrizes, métodos e procedimentos, objetivos, estrutura
organizacional e a tecnologia adotada.
Aspectos informais e ocultos – são de difícil percepção, envolvem
percepções, sentimentos, atitudes, valores, interações informais e normas
grupais.
Para Chiavenato (2000) a cultura sofre alterações com o tempo, ela não é
estática e nem permanente. Uma organização é um sistema complexo, com
características próprias típicas da sua cultura e Clima Organizacional. Tais variáveis
devem ser continuamente observadas, analisadas e aperfeiçoadas para que
resultem motivação e produtividade.
4.3 A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO PARA O CLIMA
A motivação tem um papel muito importante na compreensão do Clima
Organizacional, pois ela é fundamental para a satisfação e desempenho dos
funcionários. De acordo com Maximiano (1997, p.71) a palavra “motivação do latim
motivus, movere que significa mover, indica o conjunto de razões ou motivos que
explicam, induzem, incentivam, estimulam ou provocam algum tipo de ação ou
comportamento”.
Para Maximiano (1997) um dado curioso e essencial é a motivação para o
trabalho que indica um estado psicológico de disposição ou vontade de perseguir
uma meta ou realizar uma tarefa, o que confere a suposição de que uma pessoa
motivada para o trabalho é uma pessoa com disposição favorável para perseguir a
meta ou realizar tarefas.
O referido autor ao tratar de motivação e desempenho, afirma: “Estudar a
motivação para o trabalho é procurar entender as razões ou motivos que influenciam
o desempenho das pessoas, que é a mola propulsora de bens e prestação de
serviços” (MAXIMIANO, 1997, p. 73).
De acordo com a referência de Maximiano (1997) a motivação faz com que as
pessoas invistam em si mesmas e em seu trabalho mais do que lhes é exigido, visto
que, as pessoas motivadas vão além dos seus limites e ampliam os limites de sua
capacidade. Assim, buscam a excelência no que fazem e realizam tarefas
espontaneamente.
No que diz respeito à qualidade do trabalho executado, observa-se através de
Chiavenato (1999) que os sujeitos com maior motivação, apresentam rendimentos
maiores quando a tarefa é qualitativamente valorizada. Em tarefas rotineiras, tais
sujeitos revelam índices idênticos ou até mesmo inferiores em comparação com os
indivíduos caracterizados por baixo índice de realização. O trabalho pode satisfazer
uma gama de necessidades, desde as de sobrevivência até as de auto-realização,
dependendo de cada pessoa.
Para Chiavenato (1999, p.592) “a motivação funciona como o resultado da
interação entre o individuo e a situação que o envolve”. E neste contexto, é a força
interna do individuo que concentra o seu comportamento no sentido de alcançar um
objetivo. E no foco da situação de trabalho, segundo Chiavenato (1999, p. 543) ... é
o desejo de exercer altos níveis de esforços em direção a determinados objetivos
organizacionais, condicionados pela capacidade de satisfazer algumas
necessidades individuais, estando relacionada com três aspectos:
A direção do comportamento (objetivo)
A força e intensidade do comportamento (esforço)
A duração e persistência do comportamento (necessidade)
Na visão de Castro (2002) a motivação é vital na dinâmica entre as pessoas,
influenciando de forma direta na eficácia das relações, e possui dois vetores, quais,
sejam:
a) Motivação Interna – que é caracterizada pelo conjunto de percepção que o
indivíduo possui sobre a existência, do modo como ele valoriza e gosta dos próprios
pensamentos e comportamentos, do modo como sua auto-estima propicia ações
para a sua felicidade e do modo como ele reconhece seus atos e se valoriza. Neste
sentido, a auto-motivação permite que o ser humano lide, de forma real, com as
impulsões básicas de seu inconsciente, e também age como mediador entre esses
impulsos básicos e as existências da realidade concreta.
Explica Castro (2002, p.86) que: “a motivação interna é primordial para nosso
equilíbrio psíquico. Ela permite o delineamento de comportamentos adequados, que
facilitam inserção do indivíduo no ambiente que está a sua volta”.
Assim, conforme este autor, por mais que um ambiente possa gerar
elementos externos de motivação, o vetor interno é que de maneira mais efetiva
diferencia uma pessoa da outra, se for considerado o aspecto motivacional.
Esta modalidade de motivação é a primeira a ser compreendida e trabalhada
nos ambientes organizacionais. Entretanto, conforme opinião de Castro (2002), ela é
parte de um processo mais complexo visto que devemos respeitar as diferenças
entre as pessoas, já que cada um possui um processo único e individual de
motivação;
b) Motivação Externa – é caracterizada pelo conjunto de valores, missão e
visão de determinado ambiente que permite relações interpessoais adequadas. Fica
dentro de um clima que leve à plena relação dos seres humanos que atuam nesse
mesmo ambiente.
Componentes importantes da motivação externa é a capacidade que os
elementos ambientais devem ter de gerar estímulos e interesses para a vida das
pessoas, criando causa, motivos, sentidos ou razões para que o grupo seja mais
feliz e a capacidade de gerar relações de causa e efeito entre os componentes dos
indivíduos e os resultados esperados por aquela determinada organização.
Diz Castro (2002) que a motivação externa é bastante trabalhada nas
organizações, pois é função direta do modelo de gestão adotado, do estilo de
liderança e do mecanismo de relação, concentração e desenvolvimento das
pessoas.
4.3.1 Teorias da motivação
Conforme explica Chiavenato (1999) são muitas as teorias de motivação. A
teoria tradicional da motivação, surgida de um movimento científico da administração
na virada do século XIX, baseia-se na suposição de que o dinheiro é o principal
motivador. Se a recompensa financeira for grande, os trabalhadores produzirão
mais. Desse modo, as recompensas financeiras devem estar relacionadas
diretamente ao desempenho.
Na visão deste mesmo autor, talvez o modelo de motivação mais difundido
seja o estudo de Abraham Maslow, com a sua “Teoria da Hierarquia de
Necessidade”, na qual as necessidades humanas estão organizadas em níveis,
numa hierarquia de importância e de influência, numa pirâmide, em cuja base estão
as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades
mais elevadas (necessidades de auto-realização), conforme pode ser visualizadas:
Necessidades de auto-realização
Necessidade de status e estima
Necessidades sociais (afeto)
Necessidades de segurança
Necessidades fisiológicas
De acordo com esta teoria, as necessidades fisiológicas constituem a
sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie: alimentação, sono, repouso,
abrigo, etc. As necessidades de segurança constituem a busca de proteção contra
ameaça ou privação, a fuga, o perigo. As necessidades sociais incluem a
necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos
companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima
envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, de aprovação social e de respeito, de
status, prestígio e consideração, além de desejo de forma e de adequação, de
confiança perante o mundo, independência e autonomia e a necessidade de auto-
realização são as mais elevadas envolvendo a possibilidade de cada pessoa realizar
o seu próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente.
Segundo o exposto em Chiavenato (1999), Maslow considera todas essas
necessidades como sendo independentes e realça que uma necessidade satisfeita
não constitui um motivador do comportamento, porém a satisfação de uma
necessidade trará um novo elemento motivador: a busca de satisfação da próxima
necessidade.
Outra teoria descrita por Chiavenato é a de Frederick Herzberg, na qual a
motivação depende de dois fatores:
a) FATORES HIGIÊNICOS – referentes às condições que rodeiam a
pessoa enquanto trabalham, englobando as condições físicas e
ambientais de trabalho, salários, benefícios sociais, políticas da
empresa, tipo de supervisão recebida, clima de relações entre a
direção e os empregados, regulamentos internos, oportunidades
existentes etc.
b) FATORES MOTIVACIONAIS – referentes ao conteúdo do cargo, às
tarefas e aos deveres relacionados ao cargo em si. Os fatores
motivacionais envolvem sentimentos de auto-realização, de
crescimento, de reconhecimento profissional manifestado por meio
de tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho.
Nesta teoria Herzberg argumenta que os fatores de satisfação são
motivadores porque têm o efeito positivo de melhorar os desempenhos dos
indivíduos. Entre eles, considera as conquistas e o reconhecimento como sendo os
fatores motivacionais mais importantes. Para ele, as pessoas não são motivadas por
seus fracassos e sim por suas conquistas. Pequenas conquistas servem como
estímulo para que alguém queira conquistar um pouquinho mais. O segundo fator, o
reconhecimento, ocorre quando alguém conquista alguma coisa e outra pessoa de
alguma maneira, demonstra admiração por esta conquista. Os elogios pelas
conquistas representam o reconhecimento.
Na concepção de Casado (2002, p.254) a Teoria dos dois fatores de
Herzberg é vista em um mesmo contexto, pois:
São fatores de dimensões diferentes. A alta satisfação não se traduz pela ausência de fatores de insatisfação e está relacionada à natureza do trabalho em si. Assim, o oposto de satisfação não é insatisfação, e sim não-insatisfação. Da mesma maneira, o oposto de insatisfação não é satisfação e sim, não-satisfação.
Na observação de Casado (2002) essa diferença é a essência da proposta de
Frederick Herzberg.
Uma outra teoria a ser citada é a de Victor H. Vroom, que conforme Casado
(2002) rejeita noções percebidas e que reconhece essas diferenças individuais.
Sendo voltada especificamente para o trabalho, é considerada uma teoria de
processo e não simplesmente de conteúdo, porque identifica relações entre
variáveis dinâmicas que explicam o comportamento de pessoas no trabalho.
Chiavenato (1998) ao relatar sobre a referida teoria, diz que Vroom propõe
um modelo de expectação da motivação que se baseia em objetivos intermediários e
gradativos que conduzem a um objetivo final. Segundo esse modelo, a motivação é
um processo que governa escolhas entre comportamentos. O indivíduo percebe as
conseqüências de cada alternativa de comportamento como resultado
representando uma cadeia de relações, entre meios e fins. Assim, quando o
indivíduo procura um resultado intermediário (produtividade elevada, por exemplo)
está buscando meios para alcançar resultados finais (dinheiro, benefícios sociais,
apoio do supervisor, promoção ou aceitação do grupo).
Vroom (apud CHIAVENATO, 1998, p.542) estabelece três fatores que
determinam em cada indivíduo, a motivação para produzir:
a) Os objetivos individuais – a força do desejo de atingir objetivos;
b) Relação percebida entre satisfação dos objetivos e da alta produtividade –
se um operário tem como objetivo ter salário maior, e se trabalha na base
da remuneração por produção, poderá ter uma forte motivação para
produzir mais. Porém, se sua necessidade de aceitação social pelos
outros membros do grupo é mais importante, poderá produzir abaixo do
nível que consagrou como padrão de produção informal, pois produzir
mais poderá significar a rejeição do grupo;
c) Percepção de sua capacidade de influenciar sua produtividade – se um
empregado acredita que um grande volume de esforço desprendido tem
pouco efeito sobre o resultado, tenderá a não se esforçar muito, como é o
caso de pessoas colocadas em cargo sem treinamento adequado ou do
operário colocado em uma linha de montagem de velocidade fixa.
De acordo com Casado (2002, p.256) Vroom apresenta três conceitos para
explicitar os pressupostos de sua teoria:
Valencia – Orientação efetiva em direção a resultados particulares, onde
de forma positiva se atrai o comportamento em sua direção, e de forma
negativa se dá quando o individuo prefere ou não buscar o alvo;
Expectativa – Grau em que a pessoa acredita, ou espera que seus
objetivos sejam atingidos. Diz respeito à probabilidade que a pessoa
enxerga na execução de seus alvos;
Força – Tem conceito similar ao de energia e ação;
Na visão de Chiavenato (1998) a Teoria de Vroom vê o indivíduo como um
ser presente que tem desejos e crenças atuantes com base na antecipação e no
planejamento dos eventos de sua vida, colocando em suas ações o esforço
adequado e a direção apropriada de modo a atingir seus objetivos, pois propõe que
o indivíduo por meio do conhecimento que tem, escolha determinado curso de ação
que proporcione o maior grau possível de prazer.
Maximiano (2000, p.348) diz que “a motivação pode produzir o desempenho
positivo, através dos motivos internos e externos às pessoas”.
No âmbito das relações interpessoais, os motivos internos são as
necessidades, aptidões, interesses, valores e habilidades da pessoa, que a fazem
capaz de realizar certas tarefas e não outras que a fazem sentir-se atraída por
certas coisas e evitar outras, que a fazem valorizar certos comportamentos e
menosprezar outros.
Acentua Maximiano (2000) que as relações interpessoais para serem sadias
e fortalecidas devem ocorrer num clima de atmosfera psicológica criada pelo líder,
pois o comportamento do mesmo pode criar a sensação de cordialidade e interesse
de hostilidade ou de indiferença, tornando o clima mais ou menos favorável.
4.4 LIDERANÇA E CLIMA
A liderança de acordo com Maximiano (2004, p.289) “é o uso da influência
não coercitiva para dirigir as atividades dos membros de um grupo e levá-los à
realização de seus próprios objetivos”.
Segundo França e Arellano (2002) a liderança é um processo social no qual
são estabelecidas as relações de influência entre os grupos, cujo núcleo desse
processo de interação humana é composto de líder ou líderes, seus liderados, um
fato e um momento social.
Nos estudos de Smitth e Perterson (1994) as primeiras discussões
importantes sobre o processo de liderança talvez sejam oferecidas por Maquiavel,
ao analisar o equilíbrio entre princípio e oportunismo que, sob seu ponto de vista,
proporciona maior orientação para as ações de um príncipe, nas cidades-estados
medievais italianas. E sua orientação estende-se não somente às relações com as
outras cidade-estado, mas também aos modelos mais eficazes utilizados pelos
orientadores na relação com seus orientados.
Schein (1982; p. 83) caracteriza a importância da liderança no contexto da
organização, dizendo que: “a organização como um todo não se sairá bem, a menos
que a liderança em todos os níveis atinja algum padrão mínimo de eficiência”.
Explica o referido autor que, para se analisar essa questão, deve-se
considerar o nível da organização, os tipos de conceitos culturais, políticos ou sócio-
econômicos que subjazem na organização a ser analisada, o nível de influência
pessoal de quem está analisando a natureza das tarefas, os funcionários e as
limitações situacionais que podem atuar em cada caso, a fase de evolução do grupo
e a relação entre líder e subordinados.
Acrescenta Schein (1982) que quanto mais for desenvolvida a organização
maior a importância da orientação do líder para atitudes em relação às pessoas e a
recompensa interpessoal, e menor a importância de orientação para os problemas e
competências das tarefas, desde que a orientação para as tarefas e sua
competência permaneça no nível razoavelmente elevado.
Conforme França e Arellano (2002) na literatura atual, observa-se a
preocupação acrescida com a formação de equipes e grupos de trabalho no
processo de liderança, explicitada no conceito de liderança de alta perfomance, no
qual o líder, antes de qualquer coisa, é um catalisador de talentos na formação de
novas competências e garantias de resultados em processos competitivos de
mercados e ambientes econômicos globalizados.
Para Bergamini (1996) todas as teorias da motivação conservam o
denominador comum de que a liderança engloba duas ou mais pessoas e se trata
de um processo de influência exercido de forma intencional por parte do líder sobre
seus seguidores.
Neste pensamento expõe Vergara (1999) que a liderança está conectada a
estímulos, incentivos que podem motivar as pessoas para a realização da missão,
da visão e das finalidades que a empresa persegue.
4.4.1 Tipos de liderança
De acordo com Chiavenato (1999, p. 174) a liderança pode ser classificada
nos seguintes estilos:
- Liderança autocrática – O líder centraliza as decisões e impõe suas ordens
ao grupo. O comportamento dos grupos mostra forte tensão, frustração e
agressividade, de um lado, e, de outro, nenhuma espontaneidade, nem iniciativa,
nem formação de grupos de amizade. Embora aparentemente gostem das tarefas,
os colaboradores não demonstraram satisfação com relação à situação. O trabalho
somente se desenvolve com a presença física do líder. Quando este se ausenta, as
atividades param e os grupos expandem seus sentimentos reprimidos, chegando a
explosões de indisciplina e de agressividade.
- Liderança liberal – O líder delega totalmente as decisões ao grupo e deixa-
o totalmente à vontade e sem controle algum. Embora a atividade dos grupos seja
intensa, a produção às vezes é medíocre. As tarefas se desenvolvem ao acaso, com
muitas oscilações, perdendo-se tempo com discussões voltadas para motivos
pessoais do que relacionadas com o trabalho em si.
- Liderança democrática – O líder conduz e orienta o grupo e incentiva a
participação democrática das pessoas. Há formação de grupos de amizade e de
relacionamentos cordiais entre os membros. Líder e subordinados passam a
desenvolver comunicações espontâneas, francas e cordiais. O trabalho mostra um
ritmo suave e seguro, sem alterações, mesmo quando o líder se ausenta. Há um
nítido sentido de responsabilidade e de comprometimento pessoal além de uma
impressionante integração grupal, dentro de um clima de satisfação.
Na abordagem sobre liderança França e Arellano (2002) explicitam teorias de
liderança que representam as tendências contemporâneas mais utilizadas, segundo
elas, nos modelos gerenciais têm subsídios, práticas e políticas de gestão de
pessoas nas empresas.
Estas teorias são assim relacionadas:
Teorias dos traços – tem a premissa de que os líderes possuem traços
de personalidade que os auxiliam em seu papel. Neste enfoque o
indivíduo já nasce líder.
Teoria dos estilos de liderança – acredita que as pessoas podem ser
preparadas para exercer o papel de líder. Para isso, há necessidade de
estudar e de construir as formas de exercício do poder, baseado nas
crenças básicas sobre o homem e a natureza humana.
Teorias dos enfoques situacional ou contingencial – a liderança é um
fenômeno que depende, de forma conjunta, do líder, dos seguidores e da
situação. A ênfase se relaciona, de acordo com o pensamento de
Bergamini (1994) e Vergara (1999) com as características
comportamentais dos liderados, da situação e do objetivo do processo
como um todo.
Administração do sentido: liderança carismática transformacional e
transacional – é associada ao carisma. Nesta teoria os liderados
apresentam a aceitação incondicional dos líderes, obediência espontânea,
envolvimento emocional com a missão, alto nível de desempenho e crença
na capacidade de contribuição.
Na liderança transformacional, líderes e seguidores elevam um ao outro a
níveis mais altos de moralidade e motivação, aumentando o grau de conscientização
e envolvimento, e ativa a busca da auto-realização. Além de ter carisma, o líder
desperta fortes emoções e mudanças, e os valores são compartilhados no contexto
da cultura da empresa.
Na liderança transacional, o processo é compreendido como a ocorrência de
transações mutuamente gratificantes entre líderes e seguidores em determinado
contexto situacional. O líder transacional guia seus seguidores na direção das metas
e esclarece as exigências de papel e da tarefa.
Concluem França e Arellano (2002, p. 267) que:
Liderança é um processo no qual o líder busca sob a influência e a aceitação do próprio grupo, o alcance de metas e objetivos específicos, através de mobilização, motivação, informação e comunicação, manejo e solução de conflitos, estabelecimento de estratégias e definição de políticas.
Sendo nesta perspectiva, é também exercida quando há intenção de
direcionar a aceitação dos seguidores em ser liderados, segundo a opinião das
citadas autoras.
4.5 INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CLIMA
É necessário o estudo das relações interpessoais para o Clima
Organizacional, pois o homem, na atualidade, por vários fatores intervenientes,
como a sua própria maneira de ser, a interferência dos grupos sociais e do meio
ambiente, vem desenvolvendo estados de angústia e ansiedade. Por isso, passa a
adotar comportamentos que não condizem ou são indesejáveis ao contexto
organizacional. Conforme a percepção de Bergamini (1996), há a necessidade de
entender a complexidade das relações que se estabelecem entre as pessoas, no
contexto organizacional.
Sá e Lemoine (1999, p. 12) afirmam que: “o local de trabalho é também um
lugar em que se situa um nível intermediário entre o individual e o sistema cultural
de conjunto, é aquele da organização e da empresa, local das relações humanas”.
Na visão dos mesmos autores, as relações interpessoais desenvolvem-se em
decorrência do processo de interação. Em situações de trabalhos compartilhados
por duas ou mais pessoas, há atividades predeterminadas a serem executadas e
interações e sentimentos recomendados, tais como comunicação, cooperação,
respeito e amizade. Esse ciclo de atividades – interações-sentimentos - não se
relaciona diretamente com a competência técnica de cada pessoa. Profissionais
competentes individualmente podem render abaixo de sua capacidade por influência
do grupo e da situação de trabalho.
Por natureza, existe nos grupos uma base de diferenças que envolvem
conhecimentos, informações, opiniões, preconceitos, atitudes, experiências
anteriores, gestos, crenças, valores e estilo comportamental, o que traz de forma
inevitável, diferentes percepções, opiniões, sentimentos em cada situação
compartilhada.
Considerando ser o relacionamento interpessoal pautado nas diferenças
aceitas e tratadas em aberto, pode tornar-se e manter-se harmonioso e prazeroso,
permitindo assim, trabalho cooperativo em equipe, caracterizado pela integração de
esforços que conjugam as energias, conhecimentos e experiências para um produto
maior que a soma das partes: a sinergia. Caso contrário, se as diferenças são
negadas e suprimidas, a comunicação torna-se falha, incompleta e insuficiente,
provocando distorções.
Na opinião de Moscovici (1995) os grupos, por sua vez, vão depender dos
componentes culturais do sistema maior do qual fazem parte. Atitudes, valores,
crenças e ideologias predispõem as pessoas a perceberem e interpretarem as
situações, a criarem, analisarem e avaliarem possíveis linhas de ação e solução, a
fazerem suas opções com tranqüilidade e segurança no respeito moral da escolha.
Se sofrerem conflitos intra e interpessoais, vai decorrer a predisposição a
sentimentos de culpa, rejeição e isolamento.
Segundo Casado (2002) as justificativas para o estudo dos processos grupais
acham-se na própria natureza deles, ou seja, no desenvolvimento humano. As
organizações são compostas de pessoas que trazem para o ambiente de trabalho
todo o seu jeito de ser, sentir e viver. São motivações diferentes, habilidades e
aptidões diversas, competências distintas que precisam conviver e produzir.
Desconsiderar essas questões impede a visão apurada da organização e
impossibilita a ação para a melhoria dos modelos de gestão de pessoas.
Conforme relata a autora em questão, a compreensão das interações
humanas em um grupo de trabalho pode auxiliar as organizações a obterem um
ambiente satisfatório e propício ao desenvolvimento mútuo dos indivíduos, que por
sua vez, tem o dever ético de lidar com os seus colegas e conduzí-los ao limite
máximo de aproveitamento da tarefa, com segurança, serenidade e teor humano,
durante todo o tempo que necessário for à eficácia das prestações de serviços.
Neste sentido, no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC
(2001; p. 19), encontra-se alguns aspectos a serem observados nas relações
interpessoais no trabalho:
Procurar conhecer todos os colegas de trabalho pelo menos os que
trabalham na mesma área;
Cumprimentar os colegas ao início e término de cada jornada de trabalho;
Nunca permitir que esse contato se transforme no meio de falar mal da
vida do outro, nem de fazer brincadeira maldosa;
Respeito nos contatos com os outros.
Para que as relações interpessoais ocorram de forma satisfatória é essencial
saber falar bem com as pessoas, ser cordial, amigo, considerar os sentimentos dos
outros e procurar apresentar um excelente serviço, visto que, um bom
relacionamento no trabalho conduz á maior precisão no alcance dos objetivos
traçados pela empresa.
Na ótica de Enriquez (1997), deve existir uma estrutura administrativa capaz
de perseguir objetivos conciliáveis que levem a integração de cada um à
organização e a idealização dela mesma, à demanda de um espírito individualista e
de forte espírito de equipe, a conclamar a iniciativa e a criatividade. Para este autor,
alguns administradores, no entanto, não reconhecem o indivíduo, não o incita a
correr riscos e nem dar-lhe o direito de errar com fins a possibilitar a sua autonomia
para que o façam no trabalho.
No capítulo seguinte, será exposto a análise da realidade da Instituição, para
uma maior compreensão deste estudo teórico.
5 ANÁLISE DA REALIDADE DA COORDENADORIA
5.1 COORDENADORIA DE PLANEJAMENTO – CPLAN
A Coordenadoria de Planejamento é um setor da Universidade Estadual do
Piauí-UESPI, situado no Campus Poeta Torquato Neto em Teresina-PI.
Esta Coordenadoria encontra-se dividida em: 01 Recepção, 01 sala de
processamento de dados, 01 sala da Divisão de desenvolvimento Institucional –
DDI, 01 sala da Divisão de Orçamento – DO, 01 sala da Divisão de Planejamento e
Estatística – DPE e 01 sala da Chefe do Departamento.
Compõe os seguintes recursos humanos: 01 recepcionista,02 técnicos de
apoio,05 técnicos administrativos especializados,03 chefes de divisão e 01 chefe da
Coordenadoria.
Para entender melhor a rotina de trabalho do setor é preciso descrever
algumas tarefas realizadas.
A recepcionista é responsável pelo atendimento do pessoal, dos telefones e
pela entrega dos documentos a outros setores internos. Os técnicos são
responsáveis pela digitação dos documentos.
A Divisão de Desenvolvimento Institucional responde pelo reconhecimento
dos cursos da Universidade, elaboração dos dossiês de reconhecimento, elaboração
das propostas de criação de novos cursos e arquivamento de todos os atos
constitutivos da UESPI.
Compete à Divisão de Orçamento, a preparação das propostas orçamentárias
da UESPI, acompanhar a execução financeira das dotações orçamentárias,
fornecendo subsídios às unidades responsáveis pela supervisão e controle interno e
também controlar a entrada de recursos oriundos de outras fontes de modo a
assegurar rápida tramitação dos recursos para as unidades executoras.
A Divisão de Planejamento e Estatística elabora anualmente o Plano de Ação
e o Relatório das Atividades de todos os campis e núcleos da UESPI e fornece
dados estatísticos aos setores da Instituição e agentes externos.
Existe na UESPI um manual de competências para cada setor e suas
respectivas divisões, que explica as tarefas que competem a cada divisão, porém
este manual não é repassado aos novos colaboradores, não há uma clara divisão de
tarefas, o que leva a um acúmulo de tarefas a alguns colaboradores e pouco
trabalho para outros.
O que se observa em relação ao Clima Organizacional é que não é muito
satisfatório. Pode-se citar que os equipamentos disponíveis como computadores,
são insuficientes e alguns obsoletos, o que causa um atraso nos trabalhos, pois
enquanto um colaborador utiliza um computador o outro fica ocioso. A falta de
cartuchos para as impressoras também é um fator que desmotiva o colaborador,
devido a Universidade ser um órgão público, as compras são realizadas através de
licitação, este processo é lento e falta ao Armazenamento, um planejamento mais
preciso das quantidades necessárias, ocorrendo assim atrasos de meses para a
chegada dos cartuchos, sendo preciso utilizar as impressoras de outros setores.
Observa-se também que falta da gerência da Coordenadoria realizar reuniões
periódicas para que se esclareça pontos que ficam em aberto, como horário de
trabalho, freqüência, atribuições e pequenos atritos que possam está interferindo no
ambiente de trabalho.
Entretanto, as relações entre os colaboradores são satisfatórias, pois os
colaboradores se ajudam, têm o poder de decidir e há uma excelente relação com a
gerência.
Na UESPI existem alguns programas que têm o objetivo de melhorar a
qualidade de vida do colaborador, entre eles, o Programa de Apoio Social ao
Servidor - PASOS, que tem como objetivo proporcionar melhorias na qualidade de
vida dos colaboradores através de atividades de interação. A Instituição também
promove anualmente as festas de confraternização, que homenageiam e premiam
os colaboradores-padrões do ano, e festeja outras datas significativas. A
Coordenadoria realiza entre seus colaboradores festas natalinas e de aniversários.
6 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA
A aplicação do questionário teve o objetivo de levantar informações referentes
aos fatores que influenciam o Clima Organizacional tais como a cultura
organizacional, o tipo de liderança, a motivação e as relações interpessoais
existentes no grupo.
Foi analisado os seguintes fatores:
1- Nível de Escolaridade
2- Instalações físicas e equipamentos disponíveis
3- Qualificação profissional do colaborador
4- Oportunidade de treinamento oferecido pela Instituição
5- Autonomia na execução do trabalho
6- Relacionamento com a equipe
7- Recebem ajuda dos companheiros de trabalho
8- Relacionamento com o chefe
9- Existem reuniões periódicas na coordenadoria
10- Participação nas atividades de integração oferecidas pela Instituição
11- Salário compatível com a função
12- Reconhecimento do trabalho
13- Recebimento de feedback sobre os resultados
14- Critérios de promoções
15- Grau de satisfação em trabalhar na coordenadoria
16- Fatores considerados importantes para um ótimo Clima Organizacional
O questionário é composto de 16 perguntas e obteve os resultados abaixo:
A pergunta de número um trata do nível de escolaridade dos colaboradores,
pois é de consenso na literatura que as pessoas mais qualificadas, desenvolvem
melhor suas tarefas e sejam mais eficazes seu desempenho.
0%
8%
25%
8%
59%
Ensino Médio
incompleto
Ensino Médio
completo
Ensino Superior
incompleto
Ensino Superior
completo
Pós-graduação
Gráfico 1: Nível de escolaridade
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
Os pesquisados evidenciam neste gráfico que em sua grande maioria são
pós-graduados (59%), o que implica em boa qualificação para o desenvolvimento
das tarefas bem como uma visualização mais clara das metas e dos objetivos que
se pretende alcançar.
0% 17%
83%
0%
Excelentes
Boas
Regulares
Ruins
Gráfico 2: Instalações físicas e equipamentos disponíveis
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
A questão dois diz respeito às condições físicas de trabalho e estão
relacionadas com a satisfação do colaborador uma vez que é muito importante e
essencial que as pessoas trabalhem em local arejado, em obediência às
necessidades fisiológicas defendidas por Maslow.
As instalações físicas e equipamentos do setor em estudo não são
satisfatórios, para 83% dos pesquisados. É o valor percentual muito negativo e
expressivo. Pelas condições físicas e ambientais serem muito importantes para a
condução da satisfação ou não do funcionário, a instituição deverá implementar
medidas que corrijam esta distorção.
50%
42%
0%
8% Muito qualif icado
Razoavelmente
qualif icado
Pouco qualif icado
Sem qualif icação
Gráfico 3: Qualificação profissional
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
A qualificação profissional demonstra um melhor desempenho das tarefas, o
que implica dizer que, há um maior entendimento do objetivo da tarefa a ser
realizada pelo funcionário, pois conforme o percentual apontado no gráfico (50%),
percebe-se que os pesquisados, em grande maioria são muito qualificados, o que
pressupõe domínio sobre o conhecimento das atividades do setor e capacidade
maior de articular o conhecimento teórico com a prática das atividades
desenvolvidas.
0%
100%
0%
Sempre
Raramente
Não
Gráfico 4: A Instituição oferece treinamento profissional
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
O treinamento profissional quando oferecido pela Instituição motiva o
colaborador a trabalhar com mais eficácia.
Conforme se observa no gráfico, a instituição raramente oferece oportunidade
de treinamento, na percepção de 100% dos pesquisados.
A qualificação profissional faz parte da auto-realização do funcionário com o
grau do status deferido na pirâmide da teoria das necessidades de Maslow ( apud
Chiavenato, 1999).
33%
51%
8%
8%
Pouco satisfatória
Satisfatória
Muito satisfatória
Não sabe
Gráfico 5: Autonomia na execução do trabalho
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
A questão da autonomia em um local de trabalho é importante, pois as
decisões ficam descentralizadas e o processo segue com maior rapidez.
Observa-se pelo gráfico exposto que a autonomia nas decisões na execução
do trabalho é percebida como satisfatória pela maioria de 51%. O que leva a dizer
que há a valorização da participação dos membros na tomada de decisão, o que
permite evidenciar que a liderança tende a ser participativa e facilita a interação com
o trabalho em equipe.
83%
17%
0%
0%
Excelente
Bom
Regular
Ruim
Gráfico 6: Relacionamento com as pessoas da equipe
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
O relacionamento com as pessoas da equipe é essencial, pois permitirá saber
qual o grau das relações interpessoais, que é essencial para um bom clima.
Conforme exposto no gráfico, o relacionamento com as pessoas da equipe de
trabalho é excelente (83%). Isto significa dizer que as relações interpessoais,
pautadas nas diferenças aceitas e tratadas com diálogo aberto, permitem um
ambiente harmonioso, trabalho cooperativo em equipe, segundo a exposição de Sá
e Lemoine (1999).
50%
25%
25%0%
Sempre
Quase sempre
Ás vezes
Nunca
Gráfico 7: Ajuda dos companheiros de trabalho
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
O trabalho em equipe é mais produtivo e provoca nos trabalhadores um clima
de companheirismo e consequentemente de satisfação.
Evidencia-se neste gráfico que há um ambiente social produtivo, pois de
acordo com 50% dos pesquisados sempre recebem ajuda de seus companheiros
quando precisam.
67%
33%
0%
0%
Excelente
Bom
Regular
Ruim
Gráfico 8: Relacionamento com o chefe imediato
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
A questão oito trata do relacionamento com o chefe imediato, esta relação
chefe-subordinado é essencial que seja harmoniosa para que os resultados sejam
alcançados.
O relacionamento com o chefe, para a maioria dos pesquisados se dá de
maneira excelente (67%), o que leva a perceber que há um relacionamento
gratificante entre o líder e os funcionários neste contexto organizacional.
0%
100%
Sim
Não
Gráfico 9: Existem reuniões no setor
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
É importante a questão nove, pois define o tipo de liderança que o chefe
possui com seus funcionários.
Verifica-se através do resultado (100%) que não há reuniões com os
colaboradores, implica dizer que o chefe deixa todos à vontade, o que ás vezes
pode causar alguns conflitos que não são dirimidos por ele.
42%
50%
8%
Com pouca
freqüência
Sempre participo
Nunca participo
Gráfico 10: Participação das atividades da Instituição
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
Saber qual a participação dos colaboradores nas atividades da Instituição
permitirá saber qual o grau de integração existente entre eles.
Conforme o visualizado no gráfico acima, os funcionários sempre participam
das atividades de integração oferecidas pela Instituição (50%), seguido por uma
margem que responderam “com pouca freqüência” (42%). As atividades de
integração permitem a articulação dos indivíduos na organização, o conhecimento
de todos os colegas de trabalho, ou seja, é através desta informalidade que os laços
afetivos se constroem.
8%
59%
33% Sim
Não
Razoável
Gráfico 11: Salário compatível com a função
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
A questão onze quer saber se o salário é compatível com a função, mostra se
este fator está sendo satisfeito, pois o trabalhador dentre alguns fatores de
satisfação, precisa ter uma remuneração justa.
A maioria de 59% dos pesquisados tornam evidente que o salário pago pela
Instituição não corresponde ao nível de exigência de sua função. Este fator está
estabelecido na teoria dos dois fatores de Herxberg (apud Chiavenato, 1999) mais
precisamente nos fatores higiênicos. Isto implica dizer que há insatisfação em
relação ao salário recebido pelos colaboradores pesquisados.
33%
42%
25%
0%
Sempre
Quase sempre
Ás vezes
Nunca
Gráfico 12: Reconhecimento do trabalho
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
Esta questão vai mostrar um fator de motivação que é o reconhecimento do
trabalho que tem o efeito positivo de melhorar o desempenho do funcionário.
Conforme o exposto pela maioria dos pesquisados 42% responderam que
quase sempre o trabalho deles é reconhecido. Para o segmento de 33% o trabalho é
sempre reconhecido e para 25% às vezes.
O reconhecimento pelo trabalho realizado é fator de motivação, sendo
representado pelo elogio da conquista, de acordo com a concepção de Chiavenato
(1999) no referente a teoria de Herzberg, que tem o efeito positivo de melhorar o
desempenho dos indivíduos.
42%
33%
25%0%
Sempre
Quase sempre
Ás vezes
Nunca
Gráfico 13: Feedback sobre os resultados
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
A próxima pergunta refere-se ao feedback que é a interpretação por parte do
líder de como o trabalho foi realizado pelo colaborador para que este corrija e, na
próxima vez que a mesma atividade for realizada, ele consiga executa-la sem falhas
ou distorções.
De acordo com o visualizado no gráfico, a maioria de 42% recebe feedback
sobre a eficácia do seu trabalho, seguido por 33% que responderam que “quase
sempre” recebem este retorno.
Conforme Casado (2002) o feedback fornecido pelo líder é importante e ajuda
o colaborador a manter seu desempenho alinhado com os objetivos como também é
importante o feedback autogerado, no qual o empregado tem meios para avaliar
seus progressos e a efetividade de seus esforços.
0%
33%
0%67%
Muito satisfeito
satisfeito
pouco satisfeito
Insatisfeito
Gráfico 14: Critérios de promoções internas
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
Os critérios de promoção interna são uma forma de saber se o colaborador
está sendo valorizado por seu trabalho. Pela Clareza da informação gráfica,
observa-se que 67% dos pesquisados sentem-se pouco satisfeitos com relação aos
critérios utilizados para promoções internas, isso gera um clima de insatisfação entre
os colaboradores.
58%
42%
0%
0%
Ótima
Boa
Regular
Ruim
Gráfico 15: Grau de satisfação
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
Esta pergunta relata o grau de satisfação em trabalhar no setor, o que é de
suma importância, pois o trabalhador satisfeito tem uma tendência maior de produzir
mais.
Há um grau de satisfação elevado pelos colaboradores, que apontaram como
sendo ótima a satisfação em trabalhar na Coordenadoria (58%), significando dizer
que poderá produzir mais, pois se estabelece uma forte motivação, pois conforme
Maximiano (2000) a motivação pode produzir o desempenho positivo.
17%
0%
0%
50%
8%
25%
Remuneração
Participação no
processo decisorial Desenvolvimento
profissional Reconhecimento
do trabalho Estabilidade
Satisfação na
relação com o chefe
Gráfico 16: Fatores importantes para um ótimo Clima Organizacional
Fonte: Pesquisa direta, 2007.
Esta questão mostra o que cada colaborador considera importante para um
bom clima, podendo verificar os pontos negativos e positivos encontrados no clima
do setor.
De acordo com o mostrado no gráfico, os pesquisados numa maioria de 50%,
considera como fator importante para um ótimo Clima Organizacional, o
reconhecimento e valorização do trabalho.
Este fator é reconhecido, conforme exposto por Chiavenato (1999) na teoria
de Maslow dentro dos fatores motivacionais, pois as pessoas são motivadas por
suas conquistas.
Quando estimuladas adequadamente, as pessoas são levadas a grandes
realizações e maior produtividade. Nesta perspectiva, os objetivos poderão ser
atingidos trazendo maior realização no trabalho.
CONCLUSÃO
Após conhecer o ambiente de trabalho da Coordenadoria de Planejamento da
UESPI, com o auxílio da aplicação de um questionário que revela a opinião dos
colaboradores do setor, sobre os elementos influenciadores do Clima
Organizacional, verificou-se nas respostas, como pontos satisfatórios a valorização
da participação dos membros na tomada de decisão, uma boa relação interpessoal,
ambiente social produtivo, a participação nas atividades de integração oferecida pela
Instituição, o reconhecimento do trabalho, assim como o recebimento de feedback e
o grau de satisfação elevado por trabalhar no setor.
Como pontos de insatisfação, foram indicadas as condições físicas do
ambiente de trabalho, raras oportunidades de treinamento, inexistência de reuniões
com os colaboradores, além dos frágeis critérios utilizados para promoção e o
salário recebido pela função desempenhada aquém das expectativas.
Diante destas evidências, entende-se que o clima no referido ambiente de
trabalho, não se configura satisfatório, mas entende-se também que a propriedade
básica do Clima Organizacional é ser mutável e relativamente maleável. Portanto,
pode ser modificado através de ações gerenciais e políticas, pois a Coordenadoria
com suas políticas, metas e objetivos estratégicos, somadas a sua equipe, orientada
e preparada para gerir pessoas, são sem dúvida, os maiores responsáveis na
definição do Clima Organizacional necessário ao desenvolvimento de projetos
motivacionais.
O maior subsídio que uma investigação sobre Clima Organizacional pode dar
é concretizar um plano de ação imediato para implementar medidas não somente
que melhorem os aspectos desfavoráveis, mas que mantenham os favoráveis e que
comecem a dar algum tipo de tratamento para aqueles aspectos que porventura não
tenham apresentado uma tendência nítida de opinião.
Neste sentido, propõe-se algumas ações com o intuito de garantir a melhoria
do Clima Organizacional na Coordenadoria de Planejamento da UESPI:
Melhorias e/ou mudanças na estrutura física para que seja favorável a um
bom desempenho das tarefas;
Criar oportunidades de treinamento para os colaboradores do setor;
Realizar reuniões periódicas, com fins de facilitar a comunicação entre a
chefia e os colaboradores;
Avaliar os critérios utilizados para promoções;
Melhorias de salários, para que se sintam motivados a novos desafios com
satisfação.
Dados e informações a respeito do Clima Organizacional servem de poderoso
orientador político da empresa, servindo também como indicador das atitudes dos
funcionários e dos efeitos que estas provocam, daí a importante contribuição deste
estudo, para administradores e acadêmicos que se interessem pelo tema em
questão.
BIBLIOGRAFIA
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CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos nas empresas: pessoas, organização e sistemas. São Paulo: Atlas, 1999. -------------------, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo perfil dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1998. CASTRO, Alfredo Pires de. Motivação nas Organizações. IN: Boog, Madalena e Gustavo (org). Manual de Gestão de Pessoas e Equipes: estratégias e tendências. Vol. 1. São Paulo: Gente, 2002. CODA, R. Pesquisa de clima organizacional: uma contribuição metodológica. Tese de Livre Docência apresentada no Departamento de Administração da FEA/USP, 1993. CASADO, Tânia. A motivação e o trabalho. In: Boog, Madalena e Gustavo (org) Manual de gestão de pessoas. Vol. 2. São Paulo: Gente, 2002. p247-257. DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: modelos, processos, tendências e perspectivas. 1 ed. Rio de janeiro: Atlas, 2002. ENRIQUEZ,Eugene. O indivíduo preso na armadilha da estrutura estratégia. Revista de Administração de Empresas. São Paulo; V . 37, n 1 jan/mar – 1997. p. 18-29. FRANÇA, Ana Cristina Limorge; ARELLANO, Eliete Bernal. Liderança, poder e comportamento organizacional. In: GOOG, Madalena e GUSTAVO. Manual de Gestão de Pessoas. Vol. 2. São Paulo: Gente, 2002. p 259-269. FREITAS, Maria Ester de. Cultura Organizacional: formação, tipologias e impactos. São Paulo: Makron, Mcgraw-Hill, 1991. FLEURY, Maria Tereza Leme; SAMPAIO, Jader dos Reis. Uma discussão sobre cultura organizacional. IN: Boog, Madalena e Gustavo (org). Manual de gestão de Pessoas. Vol. 2. São Paulo: Gente, 2002. p. 259-268. MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução a Administração. São Paulo: Atlas, 1997. _______. Teoria Geral da Administração. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2000. _______. Introdução à Administração. 6 ed. Rev. e Ampl. São Paulo: Atlas, 2004. MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento Interpessoal: treinamento em grupo. 3 ed. Revista e ampliada. Rio de Janeiro: Olympio, 1995. SÁ, Maria Auxiliadora Diniz e LEMOINE, Claude. Em matéria de Comprometimento na empresa, são os valores individuais que contam. In: Encontro Nacional dos Cursos de Pós-graduação em Administração - ENAMPAD 99, Foz do Iguaçu-PR, Anais, 1999.
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APÊNDICE
APÊNDICE A
QUESTIONÁRIO APLICADO NA COORDENADORIA
Pesquisa sobre o Clima Organizacional dos colaboradores da Coordenadoria de Planejamento da Universidade Estadual do Piauí-UESPI.
01-Nível de Escolaridade:
( ) Ensino Médio incompleto
( ) Ensino Médio completo
( ) Ensino Superior incompleto
( ) Ensino Superior completo
( ) Pós-graduação
02-Na sua opinião, as instalações físicas e os equipamentos disponíveis na Instituição são: ( ) Excelentes ( ) Boas ( ) Regulares ( ) Ruins 03- Você se acha um profissional qualificado para desempenhar sua função? ( ) Muito qualificado ( ) Razoavelmente qualificado ( ) Pouco qualificado ( ) Sem qualificação 04-A Instituição oferece oportunidade de treinamento profissional? ( ) Sempre ( ) Raramente ( ) Não 05-A autonomia que você tem nas decisões na execução do seu trabalho é: ( ) Pouco satisfatória ( ) Satisfatória ( ) Muito satisfatória ( ) Não sabe 06-Qual o seu relacionamento com as pessoas da equipe de trabalho? ( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim 07- Você recebe ajuda de seus companheiros de trabalho quando precisa? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Ás vezes ( ) Nunca 08- Você classifica o seu relacionamento com seu chefe imediato como:
( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
09-Existe a prática de reuniões periódicas do chefe com os colaboradores? ( ) Sim ( ) não
10-Você Participa regularmente das atividades de integração oferecidas pela Instituição? ( ) Com pouca freqüência ( ) Sempre participo ( ) Nunca participo
11- O salário pago pela Instituição corresponde ao nível de exigência de sua função? ( ) Sim ( ) Não ( )Razoável
12- Você acha que seu trabalho é reconhecido? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Ás vezes ( ) Nunca
13-No que diz respeito a eficácia do seu trabalho, você recebe feedback sobre os resultados? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Ás vezes ( ) Nunca
14-Como você se sente em relação aos critérios utilizados para promoções internas? ( ) Muito satisfeito ( ) satisfeito ( ) pouco satisfeito ( ) insatisfeito
15-Marque a alternativa que representa o seu grau de satisfação em trabalhar nesta Coordenadoria ( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
16-Qual destes fatores você considera importante para um ótimo Clima Organizacional? ( ) Remuneração adequada ( ) Participação no processo decisorial ( ) Desenvolvimento profissional ( ) Reconhecimento e valorização do trabalho ( ) Estabilidade ( ) Satisfação na relação com o chefe
ANEXO B
GLOSSÁRIO
Feedback – Avaliar o resultado de um processo ou um trabalho e informá-lo ao seu
responsável, bem como deve ser feito para o seu aprimoramento.
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