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José L. S. Freitas & Rui J. A. Alves 1/15 Aeronaves que a Madeira já conheceu.... A nossa Ilha tem sido um meio privilegiado para os entusiastas da aviação. O facto de estarmos a 950km da capital obriga já de si a um tráfego considerável. O carácter turístico duradouro permitiu-nos ter desde belos hidroaviões à actual grande variedade de rotas e de operadores Europa fora. A nossa Diáspora traz- nos voos de longo curso para a Venezuela e, ocasionalmente, para os Estados Unidos. O nosso posicionamento, no meio do oceano, colocou-nos na rota da travessia do Atlântico Sul e fomos alvo de tentativas de bravos pioneiros da aviação para cá chegar. Este artigo percorre os tempos a relatar os tipos de aeronaves que as diferentes etapas da rapidíssima evolução na aviação nos outorgaram. O dia 18 de Outubro de 1920 ficou marcado pela primeira tentativa para se chegar a Madeira por via aérea. Tenente Sarmento de Beires e Brito Pais descolaram num Breguet XIV A2, baptizado “Cavaleiro Negro”, que estava dotado com tanques adicionais para cobrir os 900 km do conti nente até cá. Como a aeronave era do Grupo de Esquadrilhas de Aviação República, Exército portanto, não é um hidroavião. O plano, definido em segredo era realmente aterrar em terra, mais concretamente no Paúl da Serra. Devido a mau tempo tiveram de amarar longe de terra, junto a um cargueiro inglês, que os traz sãos e salvos para o Continente. Estavam ainda a 500 km da Madeira, devido a desorientação na navegação. A Madeira viu aeronaves pela primeira vez em 1921. Para comemorar os 100 anos da independência do Brasil, decidiu-se fazer uma travessia aérea do Atlântico Sul, desde Lisboa ao Rio de Janeiro. Dado o enorme risco de sobrevoar o Atlântico por longas horas, sem terra à vista, houve uma atempada preparação de todos os aspectos do voo com particular ênfase na navegação. Um dos voos ("Raide Lisboa-Funchal") de teste de navegação de longa distância sobre o mar, efectuou-se a 22 de Março de 1921. Um pequeno hidroavião Felixtowe F-3, comandado por Sacadura Cabral, com Gago Coutinho como observador e mais dois tripulantes, descolou de Lisboa com destino à Ilha da Madeira, tendo aterrado no Porto do Funchal. Foto: Perestrellos O sucesso serviu para confirmar o voo que se efectuou no ano seguinte, desta vez pelas Canárias e com uma aeronave Fairey IIID, e que consagrou Gago Coutinho e Sacadura Cabral como dois dos grandes pioneiros da aviação mundial. Apenas 5 anos mais tarde se voltaria a ver "Pássaros de Ferro", numa missão meia clandestina organizada por alguns militares. Na manhã de 20 de Abril de 1926, a bordo do hidroavião “Sagres” (Fokker T lll), saem de Lisboa, com destino ao Funchal, os tenentes da Marinha Moreira de Campos e Neves Ferreira, acompanhados do mecânico João Bastos. Voaram no seu Fokker perto de 9 horas, sem contudo terem avistado terra. Devido a avaria tiveram que amarar perto do Porto Santo, que não conseguiram avistar devido ao nevoeiro. Na dia seguinte foram encontrados ainda a 12 quilómetros de terra, por uma embarcação de pesca de Santa Cruz, de nome “São João” e que era pr opriedade do Sr. João Timóteo Correia. Os humildes pescadores ofereceram aos aviadores pão e “semilhas” ofereceram-se para rebocar o hidroavião para o Porto Santo por um conto de Reis ou para Santa Cruz, não pagando nada. Optaram pela hospitalidade e ao fim de 15 horas os aviadores foram recebidos na vila em apoteose.

Aeronaves que a Madeira já conheceu

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Aeronaves que a Madeira já conheceu

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Page 1: Aeronaves que a Madeira já conheceu

José L. S. Freitas & Rui J. A. Alves 1/15

Aeronaves que a Madeira já conheceu.... A nossa Ilha tem sido um meio privilegiado para os entusiastas da aviação. O facto de estarmos a 950km

da capital obriga já de si a um tráfego considerável. O carácter turístico duradouro permitiu-nos ter desde

belos hidroaviões à actual grande variedade de rotas e de operadores Europa fora. A nossa Diáspora traz-

nos voos de longo curso para a Venezuela e, ocasionalmente, para os Estados Unidos. O nosso

posicionamento, no meio do oceano, colocou-nos na rota da travessia do Atlântico Sul e fomos alvo de

tentativas de bravos pioneiros da aviação para cá chegar. Este artigo percorre os tempos a relatar os tipos

de aeronaves que as diferentes etapas da rapidíssima evolução na aviação nos outorgaram.

O dia 18 de Outubro de 1920 ficou marcado pela primeira tentativa para se chegar a Madeira por via

aérea. Tenente Sarmento de Beires e Brito Pais descolaram num Breguet XIV A2, baptizado “Cavaleiro

Negro”, que estava dotado com tanques adicionais para cobrir os 900 km do continente até cá. Como a

aeronave era do Grupo de Esquadrilhas de Aviação República, Exército portanto, não é um hidroavião. O

plano, definido em segredo era realmente aterrar em terra, mais concretamente no Paúl da Serra. Devido a

mau tempo tiveram de amarar longe de terra, junto a um cargueiro inglês, que os traz sãos e salvos para o

Continente. Estavam ainda a 500 km da Madeira, devido a desorientação na navegação.

A Madeira viu aeronaves pela primeira vez em 1921. Para comemorar os 100 anos da independência do

Brasil, decidiu-se fazer uma travessia aérea do Atlântico Sul, desde Lisboa ao Rio de Janeiro. Dado o

enorme risco de sobrevoar o Atlântico por longas horas, sem terra à vista, houve uma atempada

preparação de todos os aspectos do voo com particular ênfase na navegação. Um dos voos ("Raide

Lisboa-Funchal") de teste de navegação de longa distância sobre o mar, efectuou-se a 22 de Março de

1921. Um pequeno hidroavião Felixtowe F-3, comandado por Sacadura Cabral, com Gago Coutinho

como observador e mais dois tripulantes, descolou de Lisboa com destino à Ilha da Madeira, tendo

aterrado no Porto do Funchal.

Foto: Perestrellos

O sucesso serviu para confirmar o voo que se efectuou no ano seguinte, desta vez pelas Canárias e com

uma aeronave Fairey IIID, e que consagrou Gago Coutinho e Sacadura Cabral como dois dos grandes

pioneiros da aviação mundial.

Apenas 5 anos mais tarde se voltaria a ver "Pássaros de Ferro", numa missão meia clandestina organizada

por alguns militares. Na manhã de 20 de Abril de 1926, a bordo do hidroavião “Sagres” (Fokker T lll),

saem de Lisboa, com destino ao Funchal, os tenentes da Marinha Moreira de Campos e Neves Ferreira,

acompanhados do mecânico João Bastos. Voaram no seu Fokker perto de 9 horas, sem contudo terem

avistado terra. Devido a avaria tiveram que amarar perto do Porto Santo, que não conseguiram avistar

devido ao nevoeiro. Na dia seguinte foram encontrados ainda a 12 quilómetros de terra, por uma

embarcação de pesca de Santa Cruz, de nome “São João” e que era propriedade do Sr. João Timóteo

Correia. Os humildes pescadores ofereceram aos aviadores pão e “semilhas” ofereceram-se para rebocar o

hidroavião para o Porto Santo por um conto de Reis ou para Santa Cruz, não pagando nada. Optaram pela

hospitalidade e ao fim de 15 horas os aviadores foram recebidos na vila em apoteose.

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Foto: Perestrellos

Na violenta revolta da Farinha em 1931, os aviões de fabrico francês CAMS 37A da Marinha trazidos

pelo navio Niassa ajudaram nos bombardeios que esmagaram a insurreição.

Novamente na década de 30 passaram por cá hidroaviões Junkers K-43 W da Aeronáutica Naval, tendo

aterrado na Baía do Funchal. Faziam um périplo Lisboa – Funchal - Ponta Delgada – Horta - Ponta

Delgada – Funchal - Porto Santo - Lisboa, que se iniciou a 30 de Junho e fundou a 31 de Julho de 1935.

Foto: Perestrellos

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Os voos comerciais começaram no final dos anos 40 com Hidroaviões Shorts Solent, da Aquila Airways,

que nos ligavam ao Reino Unido, e com a ainda existente Aero-Topográfica, Lda "ARTOP" a fazer

ligações para Lisboa, com Martin Mariner. Ambas tiveram acidentes trágicos que, juntamente com os

avanços e meios excedentes na aviação derivados da Segunda Guerra, deram por finalizada a modalidade

do hidroavião. A ARTOP ainda hoje existe, dedicada a fotografia aérea. Devido ao decréscimo acentuado

deste tipo de operações decidiu-se avançar para a construção de um aeroporto em terra, tanto na Madeira

como em Porto Santo.

Foto:Wikipedia

O primeiro avião a aterrar em terra firme na Madeira foi um Auster J-1B Aiglet da DGAC (Direcção-

Geral da Aeronautica Civil - Actual INAC), em 1957 para testes relacionados com a construção da pista.

Os testes tiveram lugar não na actual localização, mas numa pequena pista em terra batida, a sul da actual

aerogare (onde está situada a central eléctrica do aeroporto, bem como o parque de estacionamento mais a

sul). O CS-ADY não veio a voar, chegou no paquete “Lima”, a 13 de Julho de 1957 e efectuou vários

testes de voo numa pista de terra improvisada mais junto ao mar, onde está a agora a centra eléctrica do

aeroporto, O piloto Fernando Valpassos efectuou o primeiro voo a 18 de Julho de 1957.

Foto: Perestrellos

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Infelizmente esta histórica aeronave foi abatida em 1979 após anos a voar no Aeroclube de Torres

Vedras.

Abre o aeroporto de Porto Santo em 1960, e poucos anos depois o de Santa Catarina, já no ano de 1964.

O primeiro voo oficial foi efectuado com um Douglas C-47 da DGAC já em 1964 (CS-DGS).

Foto: Carlos Fotógrafo

A partir daí os belíssimos quadrihélice Lockheed Super-Constellation da TAP passaram a ser vista

comum, tendo o CS-TLC feito o primeiro voo comercial para este aeroporto.

Foto: Carlos Fotógrafo

O aeroporto permitiu dar o salto dos hidroaviões para os de hélice em terra. No entanto estes estavam já a

ficar obsoletos, com a entrada do jacto em grande escala a nível mundial. Apesar da TAP operar jatos

Caravelle VI-R á data da abertura do aeroporto, só com a compra dos Boeing B.727 em 1967 pudemos ter

aviões a reação na nossa ilha. O primeiro voo de sempre a jacto para a Madeira foi feito em 1966 com um

B.727-100 da Lufthansa, companhia que nunca operou para cá, fretado pela Boeing para demonstrar a

viabilidade do seu uso na rota Madeira-Lisboa. Eis o D-AVIK, actualmente a voar para uso privado com a

matrícula S9-SVE de São Tomé e Príncipe.

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Foto: Perestrellos

Entretanto os Caravelle da Aviaco e SATA suiça, com motores mais potentes, Pratt&Whitney, que

integravam a versão 10-R, passaram a ser vistos em Santa Catarina. Infelizmente, ficaram registados pela

negativa com acidentes a mando dessas duas companhias (1973 e 1977), tal como o B.727-200 destruido

num acidente da TAP em 1977.

Foto: Miguel 'Kispo' Silva

Começam a aparecer os B.737-200 em finais dos 70s, modelo lançado pela Lufthansa no inicio da década

de 70, mas com pouco sucesso inicial. No inicio dos anos 80 aparecem os B.737-300 já com motores

CFM56, mais potentes e menos barulhentos. Hoje em dia as versões -700/-800 trazem muito do tráfego

que chega à Madeira.

Os Boeing 707 nunca se viram na Madeira, apesar de aterrarem ao lado, no Porto Santo, com voos

directos de Caracas. O transbordo fazia-se em B.737-200, como este que se vê, e com as obras da nova

pista assinaladas.

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Foto: Ricardo Marques

No inicio dos anos 80 a Boeing substitui o modelo B.727 pelo B.757, e muitas das charters adoptam este

modelo. Com a primeira ampliação da pista em 1985 estes passam a poder descolar com máxima carga e

fuel, atingindo, sem escalas, todos os destinos europeus. Na próxima foto um 757-200 da Blue

Scandinavia em que se pode ver o Hotel Atlantis, ao fundo. Recorde-se que este hotel foi implodido

aquando da construção da nova pista 05/23, inaugurada a 15/09/2000.

Foto: Ricardo Marques

A meio dos anos 80 fomos bafejados com algumas presenças do B.767-200, já um wide-body com

capacidade para 230 passageiros. No fim dos anos 80 começam a aparecer os Airbus, após ser lnaçado o

modelo de médio curso. O A320 lançado em 1988 em Toulouse, começa a integrar as principais

companhias em detrimento dos B.737 mais antigos. A TAP recebe o primeiro A320 em 1994, e começa a

operar cada vez menos o B.737 para a Madeira, sendo a despedida deste em 2001, altura em que já cá

estavam muitos A319 e chegavam os A321.

No fim dos anos 90 apareciam cá alguns aviões de longo curso A310 (Hapag Lloyd) e até Boeing 767,

mas a fazer voos de médio curso para a Alemanha. Com o aumentar da pista, concluída em 2000, passam

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a ser possíveis os voos intercontinentais e a operação de aeronaves de maior porte. Na inauguração da

pista desfila um magnifico A340-300 da TAP que poucas vezes mais se viu na ilha.

Foto: IMAGEM FOTO de Santa Cruz

Mas quem roubou o protagonismo foi a Air Atlanta Icelandic que vez um voo fretado para abrilhantar a

inauguração. Foi a primeira e única vez que o povo madeirense teve o privilégio de ver cá um Boeing

747, "Jumbo". Foi da versão -200 e veio todo branco. Para além destes, e no que a Wide-Bodies diz

respeito, também marcou presença um Lockheed L1011 Tristar 500 da, actualmente extinta Air Luxor,

bem como um Airbus A310-300 da TAP.

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Foto: Rui Alves

A TAP passa a fazer voos directos para Caracas com os A310, e a SATA alguns charters natalícios para o

estado do Massachussets nos EUA. A Air Luxor traz os seus Lockheed Tristar 500. Esta foto regista

a única vez que estiveram 2 L1011, ao mesmo tempo, na Madeira:

Foto: Rui Alves

A Air Luxor foi a primeira airline, em Portugal, a operar e a trazer à Madeira os seus Airbus A330-300

(matrícula CS-TQF, CS-TMT) e -200 (SE-RBF).

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Foto: Rui Alves

A Austrian Airlines deliciou os entusiastas com o B.777-200, a LTU com o A330, a francesa Eagle com o

A310, a Hapag-Lloyd com A300 (foi só em 2006), as Linhas Aéreas de Moçambique com B.767-200, a

pouco aparecida EuroAtlantic Airways com B.767-300.

Tivemos muito pouca afluência aeronaves da McDonnell Douglas apesar de termos tido um Douglas DC-

3 cá nos primeiros testes. Uma pérola foi a vinda pontual de um Douglas KC-10 da Força Aérea

Americana.

No que toca ao foro militar temos tido menos sorte, em grande parte por causa do Porto Santo costumar

açambarcar o tráfego NATO. Digno de registo o Nord Noratlas da FAP, destruido com uma bomba no

poço do trem de aterragem, colocada pelo grupo terrorista FLAMA para evitar saídas de divisas da

região. Está hoje na zona de Água de Pena, gorados os planos para transformar a fuselagem num

estabelecimento de bar.

Devido à nossa periferia, temos tido poucos além dos nossos F-16 que passaram por cá recentemente, tal

como o privilégio da visita dos Asas de Portugal (Dassault-Dornier Alphajet). Durante a guerra do Golfo

passavam por aí os Vought Corsair A7P, estacionados no Porto Santo.

Em aeronaves de menor porte, assistimos a um rol bem rico na linha para Porto Santo: Hawker-Siddeley

HS748, Beechcraft 58, BAe ATP, Shorts 360, ATR 42, Dornier 228 e em breve o Bombardier Dash 8-

Q200 que já operou por avaria no ATP.

Do bloco de leste tivemos muito pouco, apenas alguns cargueiros como o Antonov 12/26 e os obsoletos

Tupolev 154 da Aviaenergo e da Airlines 400. Abaixo a lindissima foto deste último a descolar na pista

05 é da autoria do Tony Silva, um grande entusiasta da aviação, que nos deixou recentemente.

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Foto: Tony Silva

Apresentamos aqui a lista completa de tudo o que passou por FNC, recolhida com pesquisa em jornais,

fóruns de interesse relacionado e com ajuda de muitos entusiastas da aviação: Aviões de linha aérea *Aerospatialie SE-210 Caravelle 10R (AVIACO, Sterling) *Airbus A300-B4-600R (Hapag Lloyd, D-AIAX) *Airbus A310-300 (TAP, Eagle Aviation, SATA, Hapag Lloyd) Airbus A319-100 (Easyjet e muitos mais) *Airbus A320-100 (British Caledonian) Airbus A320-200 (TAP e muitos mais) Airbus A321-200 (TAP, GB Airways, SAS, etc) Airbus A330-200 (TAP, Air Berlin, LTU, Air Luxor SE-RBF, fretado à Novair) Airbus A330-300 (Air Luxor CS-TMT e CS-TQF, LTU) Airbus A340-300 (TAP, na inauguração da pista em 2000) Antonov An12 (Vega Airlines, Heli Air Services)

Foto: Rui Alves

Antonov An26 (CityLine) *ATR-42-300 (Aerocondor) *ATR-72-200 (Binter) ATR-72-500 (Binter)

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Foto: José Freitas

*BAC 1-11 (Laker Airways) *BAe-125-1000 *BAe 146-100 *BAe ATP (SATA Air Açores)

Foto: Sandra Silva

Beechcraft 1900 (Binter) Beechcraft Baron BE-58 (TAP Regional) *Boeing B.727-100 (primeiro jacto na Madeira, da Lufthansa, TAP) *Boeing B.727-200 (acidentado em 1977 pela TAP, Air Columbus) *Boeing B.737-200 (TAP, Palmair, Air Slovakia, Condor) *Boeing B.737-300 (TAP, Flyant em versão de carga, e muitos mais) *Boeing B.737-400 (SATA internacional, e muitos mais) *Boeing B.737-500 (Luxair, Palmair, Maersk) Boeing B.737-700 (Air Berlin, etc) Boeing B.737-800 (Hapag Lloyd-TUI, HLX e muitos mais) *Boeing B.747-200 (Air Atlanta Icelandic - inauguração da pista em 2000) *Boeing B.757-200 (Air Europe, LTS e muitas mais) *Boeing B.757-300 (Condor, LTU)

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*Boeing B.767-200 (Linhas Aéreas de Moçambique, o "Zambeze", Air China)

Foto: Rui Alves

Boeing B.767-300 (madeirense Euroatlantic Airways, Santa Barbara, Condor) Boeing B.777-200 (Austrian Airlines)

Foto: Rui Alves

Bombardier CRJ900 (Air Nostrum - trouxe valência para jogo UEFA com o Marítimo) Bombardier Dash8-Q200 (SATA) DeHavilland Canada DHC-6 Twin Otter (TAP Regional) Dornier 228 (Aerocondor) *Dornier 328-100 *Dornier 328JET-300 (ADAC) *Douglas C-47 (DGAC inauguração pista FNC) *Douglas DC-6 (SATA) Embraer EMB-145MP (City Airline) Embraer EMB-145LR (Belgium Air Force)

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*Fokker F-100 (PGA, Eujet)

*Hawker Siddeley HS-748 (LAR)

*Lockheed L1011 Tristar 500 (Air Luxor, Luzair)

*Lockheed L1049 Super Constellation (TAP)

*McDonnell Douglas MD-81

*McDonnell Douglas MD-82 (Jet Tran Air)

*McDonnell Douglas MD-83 (BlueLine)

*McDonnell Douglas MD-87 (Nao conheco nenhum, confirmas?)

*McDonnell Douglas MD-90-30 (Hello)

*McDonnell Douglas KC-10 (USAF)

*Shorts 360-100 ( Aerocondor - CS-TMN)

*Shorts 360-200 (Aerocondor - CS-TLJ )

*Tupolev Tu-154 (Aviaenergo, Airlines 400, República da Polónia)

*Vickers Viscount 833 (BRITISH UNITED AIRWAYS)

Helicópteros Aerospatiale Puma (FAP)

Aerospatiale Allouette III (FAP)

Aerospatiale Eccureil (Heliatlantis)

Agusta-Westland EH-101 Merlin

Robinson R44 (Heliatlantis)

Westland Sea King HC.4 (Fleet Air Arm, Royal Navy)

Westland Lynx (Marinha Portuguesa, voaram pela região mas estacionados em fragata)

Puramente militares Airbus A310-300 (Fuerza Aerea Espanhola)

Airbus A319-100 (Repubblica Italiana)

Boeing C-32B (B.757-200, da US Air Force)

Boeing C-40B (B.737 da US Air Force)

Breguet XIV A2 (não conseguiu aterrar)

CAMS 37A (Marinha Portuguesa)

CASA C-212-100 Aviocar (FAP)

CASA C-212-200 Aviocar (FAP, Fuerza Aerea Espanhola)

CASA C-212-300 Aviocar (FAP)

CASA CN-235 (FA Francesa)

CASA C295M (FAP, em treinos)

Dassault Falcon FA10 (FAP,)

Dassault Falcon FA20 (FAP, FA Belga)

Dassault Falcon FA50 (FAP)

Dassault Falcon 900EX (FA Italian)

Dassault-Dornier AlphaJet (FAP)

DeHavilland DHC-1 Chipmunk (Aeroclube da Madeira) Douglas C-9A "Nightingale" ( USAF, 10881) EADS Socata TBM-700 (Exército Francês) Felixtowe F3 (Raid Lisboa - Funchal, Aeronáutica Naval)

Fokker T.III (Aeronáutica Naval)

Gulfstream C-20H Gulfstream IV (USAF)

Junkers K.43 (Aeronautica Naval)

Lockheed C-130H Hercules (FAP)

Lockheed F-16 (FAP) Lockheed HC-130 Hercules (US Coast Guard) Lockheed P3P Orion (FAP) Lockheed T-33 (FAP) McDonnell Dougas AV8B (Harrier, Marinha Espanhola, a bordo do Principe das Asturias, não voou) Nord Noratlas (FAP - foi este o avião destruído pela FLAMA) Northrop T-38 Talon(FAP) Reims Cessna FTB (FAP)

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Transall C-160 (Luftwaffe)

Vought Corsair A-7P (FAP, durante Guerra do Golfo, sobrevoavam a Madeira apesar de baseados em

PXO). Aviação Business Bombardier Learjet 35 Bombardier Learjet 45 Canadair CL-600-2B16 Challenger 604

Cessna 500 Citation

Cessna 550B Citation Bravo

Cessna 525 CitationJet CJ1

Cessna 560XL Citation Excel

Cessna 560 Citation V

Cessna 560 Citation VII

Cessna 560 Citation Ultra Encore

Cessna 560 Citation Ultra

Cessna 680 Citation Sovereign

Cessna 750 Citation X

Dassault Falcon 100

Dassault Falcon 900

Dassault Falcon 2000

Embraer EMB-135BJ Legacy

Grumman Gulfstream II-B

Grumman Gulfstream III

Grumman Gulfstream IV

Grumman Gulfstream V

Hawker XP (Madjet)

IAI-112

Piaggio P-180

Rockwell 690A Turbo Commander

Aviação ligeira

Auster J-1B Aiglet (primeiro avião a descolar em solo madeirense, 18 de Julho de 1957)

Beechcraft A90-1 King Air (“Avião das Moscas”, operado pela Aerocondor)

Beechcraft King Air 200 (privado, como o que se acidentou após descolagem)

Beechcraft V35B Bonanza

Cessna P210N Pressurized Centurion

Cessna 421 (CS-DCB)

Cessna 421C Golden Eagle

Cessna 340

Cessna 404 Titan

Cessna 414

Cessna R172K Hawk XP II

Diamond DA-42 Twin Star

EADS Socata Tobago TB-10

EADS Socata Tobago TB-20

Mooney M20K-231

Piper PA-28-180 Cherokee

Piper PA-28-180 Cherokee Challenger

Piper PA-31P-350 Mojave

Piper PA-31-350 Chieftain

Piper PA-31T Cheyenne II

Piper PA-46-350 Malibu Mirage

Piper PA-34-220T Seneca II

Piper PA-34-220T Seneca III

Piper PA-34-220T Seneca V

Pilatus PC-12

Reims/Cessna F172M Skyhawk

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Tecnam P96 Golf

Zlin (avião de acrobacias particular, acidentado em 2009)

Hidroaviões civis Martin-Mariner (ARTOP) Shorts Sunderland (Aquila) Com pena... Ainda ficam por ver aqui alguns dignos de nota que não será provável chegarmos a gozar desse prazer: - Aerospatiale/BAC Concorde (apesar de passar por cima de nós, rumo á América do Sul) - Boeing B.707, MD-11; - Douglas DC-8, DC-10 civil , DC-4; - Grande parte dos russos Tupolev (TU 104, 134 e 144), Antonov (An124, An22) , Ilyushin (IL62, IL86,

IL96) , Yakovlev (YAK42) etc. - Os ingleses Bristol Brittania, HS Trident e Vickers VC-10 Expectáveis ainda num futuro próximo: - Embraer da serie 170-195; - Airbus A318 (recente no mercado), A380 (recente pouco provável em rotas regulares para a Madeira). - Boeing B.717 (encerrou produção em 2006); - Sukhoi Superjet (em fase avançada de desenvolvimento); - Antonov 148 (em fase avançada de desenvolvimento, já com encomendas); - Tupolev 204/214/234/334 (pouca expressão no mercado); - Bombardier C-Series (recém anunciados); - ARJ21 Chinês. Notas: * - modelo já não fabricado. Sobre os autores:

José L. S. Freitas é engenheiro informático, licenciado pelo Instituto Superior Técnico. Natural de Santa

Cruz, sítio da Rochinha, tem 32 anos e trabalha como chefe de projecto na área de Aerospaço, Segurança

e Defesa na GMV, anteriormente deslocado na Inglaterra na BAE SYSTEMS e na França na Alcatel-

Space. Tem qualificação de piloto privado de avião, obtida no Aeroclube de Portugal.

Rui J. A. Alves é engenheiro informático, licenciado pela Universidade da Madeira e com Mestrado no

Instituto Superior Técnico. Tem 31 anos e trabalha na GMV, na área de Aerospaço, Segurança e Defesa, e

está actualmente deslocado na EADS-CASA em Espanha. Está a tirar a qualificação de piloto privado de

avião, em Madrid.

Contactos: [email protected]; [email protected]

Agradecimentos: José Reis Freitas, Maria Conceição Correia, Sandra Patricia Silva, Ricardo Marques,

Miguel "Kispo" Vieira e Rui Sousa.

Referências:www.voaportugal.org, aguadepena.blogspot.com, Arquivo Regional da Madeira, Elucidário

Madeirense.