Consultoria Técnica e Empresarial

Ficha tcnica

2012 SEBRAE-MG

Todos os direitos reservados. permitida a reproduo total ou parcial, de qualquer forma

ou por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes.

SEBRAE-MG

Lzaro Luiz Gonzaga

Presidente do Conselho Deliberativo

Afonso Maria Rocha

Diretor-superintendente

Luiz Mrcio Haddad Pereira Santos

Diretor-tcnico

Elbe Brando

Diretora de Operaes

Unidade de Atendimento Individual ao Empreendedor

Mara Veit

Gerente

Viviane Soares da Costa

Wellington Damasceno de Lima

Equipe Tcnica

Consultoria Jurdica

Chaves Vilhena Sociedade de Advogados

Reviso de Portugus

Alisson Campos

Apresentao

Quer abrir o seu prprio negcio? Ponto de Partida: aqui comea o sucesso

A srie Ponto de Partida constituda por manuais com informaes essenciais sobre a

abertura de negcios.

objetivo deste manual oferecer respostas a questes tais quais Como funciona o

empreendimento?, Quais os equipamentos necessrios?, Existe legislao especfica?,

Quais so as instituies ligadas a esta atividade?, entre outras.

A equipe de profissionais responsvel pela elaborao dos manuais tem a preocupao de

manter as informaes atualizadas, por meio de consulta frequente a empresrios,

instituies setoriais (associaes, sindicatos, Conselhos Regionais), consultores

especializados, bem como pela leitura (livros, revistas e Internet) e participao em Feiras

e Eventos.

O Sebrae Minas no se responsabiliza pelo resultado final do empreendimento, uma vez

que o sucesso de um negcio depende de muitos fatores, como comportamento

empreendedor, existncia de mercado, experincia, ateno s caractersticas prprias do

segmento, dentre outros. Entretanto, o Sebrae Minas dispe de diversos programas para

orientar e capacitar empreendedores e empresrios. Para mais informaes, visite um dos

nossos Pontos de Atendimento, acesse www.sebraemg.com.br ou ligue 0800 570 0800.

Ateno: recomendvel a leitura do manual Como abrir uma empresa de

servio, para obteno de outras informaes importantes e complementares.
http://www.sebraemg.com.br/

Sumrio

O negcio ........................................................................................... 5

Local e estrutura ............................................................................... 10

Recursos humanos ............................................................................ 11

Equipamentos, produtos e servios ..................................................... 12

Legislao especfica .......................................................................... 13

Endereos teis ................................................................................ 17

Sugesto para leitura ........................................................................ 18

Sugesto de vdeo ............................................................................. 19

Referncias ...................................................................................... 20

Saiba como montar: Consultoria tcnica e empresarial 5

Atualizado em: jun./2012

O negcio

Saiba mais sobre a montagem e o funcionamento do seu futuro empreendimento

De acordo com a Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE, a atividade de

consultoria1 se divide de duas formas:

Consultoria em gesto empresarial, exceto consultoria tcnica especfica

(7020-4/00) e compreende:

Os servios de assessoria, consultoria, orientao e assistncia operacional para a

gesto do negcio prestado a empresas e a outras organizaes, em matria de

planejamento, organizao, reengenharia, controle oramentrio, informao,

gesto etc.;

A definio de mtodos e procedimentos de contabilidade geral, de contabilidade de

custos, de controle de oramentos;

A consultoria para a negociao entre empresas e seus trabalhadores;

A consultoria em relaes pblicas e comunicao, interna e externa;

A consultoria em logstica de localizao.

Consultoria tcnica especfica e compreende:

A consultoria em tecnologia da informao (6204-0/00);

As atividades de contabilidade (6920-6/01);

As atividades de consultoria em publicidade (7319-0/04);

As atividades de consultoria s atividades agrcolas e pecurias (7490-1/03);

As atividades de consultoria em Meio Ambiente (7490-1/99);

Consultoria em Direito (6911-7/01);

Entre outras (verificar cdigo de acordo com a rea de atuao).

Consultoria: "servio prestado por uma pessoa ou grupo de pessoas independentes e

qualificadas para a identificao e investigao de problemas que digam respeito poltica,

organizao, procedimentos e mtodos, de forma a recomendarem a ao adequada e

proporcionarem auxlio na implementao dessas recomendaes".

A definio acima contm alguns aspectos-chave. So eles: auxlio, diagnstico do

problema, recomendaes e implementao de solues.

O primeiro aspecto a ser considerado refere-se ao fato de a relao de consultoria consistir

em um trabalho de auxlio, devendo o consultor deixar essa questo bem clara para todos

na empresa em que ir prestar o servio. Isso fundamental para evitar que os

funcionrios e/ou gerentes percebam o consultor como um estranho ou algum que deseja

ocupar o lugar deles na empresa. Ao deixar essa posio clara, o consultor poder

1 A classificao acima uma indicao para melhor entendimento do negcio e o que ele compreende. O Sebrae

Minas se isenta de responsabilidades quanto ao enquadramento do negcio na CNAE, devendo o empreendedor

consultar as autoridades fiscais e um profissional da contabilidade antes mesmo do registro da empresa.



estabelecer um relacionamento harmonioso na empresa, facilitando o desenvolvimento do

trabalho de consultoria.

O diagnstico do problema uma das fases mais importantes no processo de consultoria,

devendo ser realizado com todo o cuidado. Por diversas vezes, o consultor pode deparar-se

com uma situao na qual o cliente j definiu o problema. Nesse caso, o consultor deve

apenas propor solues. No obstante a importncia das opinies e percepes do cliente,

o consultor no deve aceitar passivamente a definio do problema apresentado pelo

cliente. Isso porque a viso do cliente pode estar influenciada por fatores subjetivos, que

dificultam a real identificao do processo analtico. Assim, o consultor sempre deve fazer

uma avaliao crtica relativa situao.

As recomendaes propostas tm que realmente contribuir para a resoluo do problema

do cliente. Nesse sentido, o consultor deve realizar um exerccio de autocrtica, a fim de

avaliar suas motivaes quando da proposio de uma ao, buscando verificar se esta a

mais adequada ao caso ou se apenas a soluo preferida pelo consultor.

A participao do consultor no processo de implementao das solues constitui um

aspecto polmico da relao de consultoria, sendo defendida por alguns autores e rejeitada

por outros. Dentre os que rejeitam a participao vigora o argumento de que o consultor

que assim proceder estar assumindo o papel dos administradores da empresa. J os que

defendem a participao afirmam que ela importante, na medida em que obriga o

consultor a propor solues aplicveis, isto , que possam ser implementadas

efetivamente.

Os funcionrios/gerentes da empresa cliente devem ser envolvidos em todas as etapas do

processo de consultoria. Essa atitude, alm de contribuir para o diagnstico do problema, a

partir do fornecimento de informaes importantes pelos funcionrios, facilita o processo de

implementao das mudanas necessrias, j que os funcionrios/gerentes sentem-se

comprometidos com as solues. Outro benefcio desse modelo a reduo da dependncia

da empresa em relao ao consultor, uma vez que os funcionrios/gerentes, durante a

consultoria, aprendem o processo de resoluo de problemas similares.

Perfil do consultor

O consultor deve dominar a tecnologia disponvel, saber utilizar os recursos e escolher o

que mais apropriado em cada caso. Ter embasamento terico e tcnico valioso, porm,

no basta para assegurar a competncia tcnica desse profissional.

importante que o consultor tenha competncia interpessoal, isto , capacidade de

relacionar-se eficazmente com os clientes e participantes do esforo de mudana, criando

um clima de confiana, abertura, respeito, colaborao e ajuda mtua.

Habilidades como saber ouvir, saber interpretar comportamentos alheios, flexibilidade

(capacidade de desempenhar diferentes papis dentro de sua funo), dirigir reunies de



forma adequada, gerenciar conflitos e transmitir conhecimentos so alguns dos

comportamentos essenciais a um consultor.

A capacidade de transmitir conhecimentos muito importante para o sucesso da

consultoria, uma vez que o consultor, em sua atuao, deve promover o aprendizado da

empresa, que dever estar apta a resolver, por si mesma, problemas similares no futuro. A

transferncia de conhecimento possibilita que a empresa se torne autnoma em relao ao

consultor, o que prefervel a uma relao de eterna dependncia.

imprescindvel ainda que o consultor atualize-se constantemente, de modo a conhecer as

inovaes em seu campo de atuao.

Confira os "Pr-requisitos Importantes para ser Consultor" (Bastos, 1999): conhecimento

tcnico, maturidade emocional, experincia profissional e cultura geral, interesse e

comprometimento, criatividade, gostar de gente, de educar, de fazer crescer, humildade,

desprendimento, gosto pela investigao, capacidade de anlise e sntese.

Ressaltamos ainda alguns outros requisitos abordados por outros autores, como:

credibilidade, competncias tcnicas, conceitual e humana, flexibilidade, capacidade de

inovao, performance tica, imparcialidade de julgamento, discrio/sigilo (preservar a

imagem do cliente), capacidade de trabalhar em grupo, resistncia frustrao, convico

de si mesmo e daquilo que est fazendo.

tica na consultoria

Um dos temas recorrentes, quando se trata de consultoria, a tica do consultor. Apesar

de no existir um cdigo de tica nico, que englobe todas as categorias de consultoria,

alguns comportamentos so considerados essenciais nesse tipo de relao.

O primeiro deles a fixao do mbito de atuao da consultoria. Devem ser claramente

definidos os nveis de abrangncia da ingerncia do consultor e identificadas as

expectativas de ambas as partes, com o objetivo de evitar mal-entendidos e frustraes ao

longo do processo.

Antes de aceitar um trabalho, o consultor deve estar plenamente consciente de sua

capacidade (tcnica e emocional) de realiz-lo.

O consultor deve manter em completo sigilo as informaes do cliente, evitando, ainda,

realizar comentrios depreciativos com terceiros.

O bom relacionamento deve ser mantido com outros consultores/empresas de consultoria,

evitando desqualificar os concorrentes.



Os resultados da consultoria so de propriedade da empresa cliente. O consultor deve

solicitar a autorizao dela quando desejar empregar as informaes obtidas para outros

fins, como trabalhos acadmicos, publicao de artigos etc.

Formas de atuao em consultoria

O servio de consultoria pode ser prestado das seguintes formas:

- Associados: consultores de diversas reas que se associam para formar a empresa.

Nesse caso, deve-se avaliar a melhor forma de distribuio dos encargos e lucros.

- Prestadores de servios autnomos: profissionais contratados esporadicamente

para uma demanda especfica. O pagamento pode ser feito por hora ou pelo trabalho

prestado.

- Empregado: nesse caso, necessrio verificar na entidade de classe questes

relativas sua contratao, inclusive em relao a salrios e carga horria.

Lembre-se

A forma de contratao est diretamente ligada demanda pelo servio de consultoria. Por

exemplo: uma empresa que est comeando e ainda no possui muitos clientes, ser que

compensa a ela ter empregados contratados?

Empresa de consultoria

Empresas constitudas para fins de prestao de servios de consultoria empresarial devem

necessariamente especificar seu campo de atuao, ou seja, a rea tcnica de abrangncia

do servio a ser prestado, indicando explicitamente o objeto da consultoria.

A consultoria empresarial pressupe a prestao de servios tcnicos regulamentados em

Lei. Como exemplos, citamos recursos humanos (psicologia), gesto e anlise econmica

(economista), levantamento de aplicao de recuros (administrador).

Observa-se que muitas pessoas manifestam interesse em constituir pessoas jurdicas para

fins de prestao de servios a outras empresas, e utilizam, de forma genrica, o termo

consultoria empresarial, ainda que os servios a serem executados no sejam tcnicos e

profissionais e no exijam responsveis habilitados como contadores, advogados,

psiclogos, mdicos, engenheiros etc. o caso de empresas de prestao de servios de

apoio e execuo de tarefas de mero expediente, ou de servios relacionados atividade-

meio da empresa contratante, como transporte, telemarketing, cobrana e outros. Nesses

casos, o termo consultoria no adequado e deve ser substitudo por outro, como

acompanhamento e manuteno.

Os termos consultoria e assessoria so adequados para atividades tcnicas que envolvam

servios regulamentados em Lei, e somente nessas situaes devem ser utilizados.



Tipos de Consultoria

Consultoria Organizacional: atividade que visa investigao, identificao, ao

estudo e soluo de problemas gerais ou parciais, relativos estrutura,

funcionamento e administrao de empresas e entidades privadas ou estatais. Pode ser

realizada por meio de uma empresa de consultoria de pequeno, mdio ou grande porte.

Consultor Autnomo: um profissional qualificado, que atua independentemente em

determinado projeto, no vinculado a uma estrutura organizacional, mas por conta

prpria. Pode ser contratado pela empresa cliente que necessita de certo servio,

mediante contrato de trabalho por tempo determinado ou por realizao de um projeto.

Esse profissional no tem qualquer vnculo empregatcio com a empresa cliente.

Consultor Associado: pequenas e grandes empresas de consultoria empresarial

buscam parcerias com outros profissionais para realizarem trabalhos, visando atender

seu cliente na totalidade. Esses parceiros so denominados consultores associados. O

consultor associado chamado apenas para realizar determinado projeto e, ao fim do

trabalho, o contrato est automaticamente desfeito.

Consultor Externo: pode ser funcionrio de empresa de consultoria e ser alocado para

realizar trabalhos para determinados clientes.

Consultor Exclusivo/Particular: um profissional que se dedica a oferecer

aconselhamentos personalizados e a conduzir projetos especiais de consultoria a uma

determinada empresa. Os consultores exclusivos provm de empresas multinacionais,

em que ocupavam cargos de nvel executivo. um trabalho que exige estreita relao

de confiana com a empresa cliente.

Palestras

Alguns profissionais da rea de consultoria tambm optam por ministrar palestras em sua

rea de atuao. Esta uma iniciativa bastante interessante, principalmente porque o

mercado absorve muito bem os consultores que conseguem unem a teoria prtica do dia

a dia das organizaes.

A divulgao das palestras ofertadas pelos consultores pode ser realizada dentro do prprio

site da empresa ou em publicaes direcionadas ao pblico-alvo. Outro ponto importante

necessidade uma postura altamente profissional. A agenda de palestras deve ser bem

elabora para que o palestrante consiga cumprir todos os seus compromissos de maneira

pontual. O material utilizado necessita ser bem elaborado visando facilitar o entendimento

por parte do pblico.



Local e estrutura

Acerte na escolha, construo e decorao do ponto

A localizao de uma consultoria deve estar diretamente ligada regio de maior

concentrao do pblico-alvo desse empreendimento. Alm disso, importante verificar a

facilidade de acesso ao local, bem como se as vias e ruas da regio se encontram em bom

estado.

A visibilidade do negcio tambm um fator importante, principalmente se a regio

apresentar outras empresas do mesmo ramo. O negcio pode estar instalado dentro de um

escritrio em prdios comerciais ou at mesmo em pontos comerciais.

A infraestrutura bem simples. O empreendimento deve contar com:

Recepo;

rea de atendimento ao cliente;

Sala para administrao;

Copa;

Banheiros;

Estacionamento.

A disposio dos equipamentos dentro dos ambientes deve oferecer uma integrao entre

os diversos setores da empresa.

Alm disso, a aparncia do escritrio deve remeter ao cliente uma imagem de

profissionalismo, por isso, recomendvel que o empresrio contrate um profissional

qualificado para realizar a decorao do espao.



Recursos humanos

Possua um quadro de colaboradores altura

A empresa de consultoria tcnica e empresarial lida com diversos problemas dentro das

organizaes e relaciona-se com diferentes pessoas. Por isso, o seu quadro de funcionrios

deve estar de acordo com a necessidade da empresa.

No caso da consultoria, recomendado que a empresa contrate profissionais que saibam

atender bem. Alm disso, devem ter caractersticas como saber ouvir os clientes,

naturalidade na orientao, boa vontade, persistncia e pacincia, saber negociar, ter

equilbrio emocional, capacidade de identificar as necessidades, iniciativa, agilidade e

presteza no atendimento.

Para que os colaboradores adquiram essas habilidades, diversas empresas apostam em

cursos, palestras e workshops voltados para a rea de atuao do negcio. Esses cursos

podem ser financiados, total ou parcialmente, pela empresa, a fim de impulsionar os

colaboradores a participar desses eventos.

Alm disso, outras medidas motivacionais podem ser tomadas. Algumas empresas dividem

um percentual do lucro, previamente combinado, com os seus funcionrios. Assim, quanto

mais a empresa faturar, mais retorno financeiro os colaboradores tambm tero.

de fundamental importncia que os consultores tenham qualificao profissional para

atuar nessa atividade.

Os servios de consultoria empresarial demandam responsveis tcnicos devidamente

habilitados e inscritos nos respectivos rgos competentes. Significa que a pessoa jurdica

constituda para a prestao de servios de consultoria empresarial deve especificar seu

campo de atuao e manter um profissional habilitado por rgo competente de

fiscalizao, na qualidade de responsvel tcnico pela atividade.

A empresa de consultoria empresarial fica obrigada a obter registro nos rgos

competentes pela fiscalizao da atividade, alm da manuteno do responsvel tcnico

habilitado.

Sugesto de composio da equipe de trabalho, que ir variar de acordo com as

necessidades do negcio:

Administrador;

Administrativo-financeiro;

Auxiliar para servios gerais;

Consultores;

Recepcionista.



Equipamentos, produtos e servios

Do que voc precisa para montar

Equipamentos

Computadores

Impressoras

Telefone

Fax

Scanner

Mobilirio

Armrios

Arquivos

Mesas

Cadeiras

Outros

Acesso a banda larga

Materiais para escritrio (papis, lpis, canetas etc.)

Softwares e programas de computador



Legislao especfica

Conhea as leis que regulamentam o negcio que voc pretende montar

Consideraes iniciais

A prestao de servios de consultoria tcnica e empresarial pressupe o atendimento de

empresas na satisfao de demandas e soluo de exigncias de carter tcnico, em nvel

de consultoria.

A atividade (consultoria tcnica e empresarial) configura servio cuja execuo depende de

habilitao profissional, em determinada rea tcnica, regulada por legislao prpria e

sujeita fiscalizao do Conselho de Classe.

Tambm evidente que o servio tem natureza consultiva, consistindo (em linhas gerais)

em atividade de apoio tcnico, geralmente sem funo executiva. Nesse sentido, pode-se

dizer que o consultor no executa aes demandadas no mbito das empresas, mas presta

informaes, elabora pareceres e garante apoio tcnico para garantir sucesso e efetividade

na execuo de aes que so de responsabilidade da prpria empresa.

Por fora do que dispe a Lei n 6.839/80, empresas de consultoria ficam obrigadas a obter

registro no Conselho de Classe fiscalizador da atividade profissional regulamentada em Lei,

cujo exerccio dependa de habilitao tcnica. Exemplos: consultoria em engenharia

depende de registro da empresa de consultoria no Conselho Regional de Engenharia e

Arquitetura; consultoria contbil depende de registro da empresa de consultoria no

Conselho Regional de Contabilidade.

Da atividade de consultoria

Pesquisando textos legais diversos, objetivando definir legalmente a atividade de

consultoria, verificou-se que o legislador utiliza frequentemente o termo consultoria para

definir atividade de aconselhamento, consulta e elaborao de parecer tcnico. O termo

assessoria ligado a auxlio, acompanhamento e assistncia a algum ou a algum rgo.

Para ilustrar, transcrevemos trechos dos seguintes textos legais:

- Lei Federal n 8.906/94

Artigo 1: So atividades privativas da advocacia:

1. A postulao a qualquer rgo do Poder Judicirio e aos juizados especiais;

2. As atividades de consultoria, assessoria e direo jurdicas.

Observa-se que a legislao estipula que so atividades privativas da advocacia a

consultoria e a assessoria, sem definir, contudo, em que consiste cada atividade

individualmente considerada.



- Decreto Federal n 7.690/12

Artigo 2: O Ministrio da Educao tem a seguinte estrutura organizacional:

I - rgos de assistncia direta e imediata ao Ministro de Estado:

a) Gabinete;

b) Secretaria-Executiva:

1. Subsecretaria de Assuntos Administrativos;

2. Subsecretaria de Planejamento e Oramento; e

3. Diretoria de Tecnologia da Informao; e

c) Consultoria Jurdica;

O texto acima define a Consultoria Jurdica como rgo de assistncia ao Ministro de Estado

em um organograma organizacional.

- Lei Federal n 9.649/98

Artigo 3: Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica compete assistir direta e

imediatamente o presidente da Repblica no desempenho de suas atribuies,

especialmente na superviso e na execuo das atividades administrativas da Presidncia

da Repblica e supletivamente da Vice-Presidncia da Repblica, tendo como estrutura

bsica:

1. Gabinete;

2. Subsecretaria Geral;

3. Gabinete Pessoal do Presidente da Repblica;

4. Assessoria Especial.

Art. 8 Ao advogado-geral da Unio, o mais elevado cargo de assessoramento jurdico

do Poder Executivo, incumbe assessorar o presidente da Repblica em assuntos de

natureza jurdica, elaborando pareceres e estudos ou propondo normas, medidas,

diretrizes, assisti-lo no controle interno da legalidade dos atos da Administrao, sugerir-

lhe medidas de carter jurdico reclamadas pelo interesse pblico e apresentar-lhe as

informaes a serem prestadas ao Poder Judicirio, quando impugnado ato ou omisso

presidencial, dentre outras atribuies fixadas na Lei Complementar n 73, de 10 de

fevereiro de 1993.

A legislao acima atribui funo de acompanhamento e auxlio ao assessor.

Consultoria e assessoria so termos que pouco se distinguem, envolvendo atividade tcnica

que em relao primeira (consultoria) denota aconselhamento e consulta, e em relao

segunda (assessoria) envolve principalmente acompanhamento e auxlio.

Vale destacar que a Lei que instituiu o Simples Nacional vedou a opo pelo

regime respectivo para empresas que exploram atividade de consultoria.

- Lei Complementar n 123/06

Artigo 17 No podero recolher os impostos e contribuies na forma do Simples

Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte:



XIII Que realize atividade de consultoria.

Da funo do consultor

Na explorao do servio de consultoria tcnica e empresarial, a funo do consultor pode

envolver as mais variadas reas do conhecimento humano. Em situaes variadas e nveis

diversos, de acordo com o ramo de negcio e o segmento empresarial do demandante, h

exigncia de atuao do consultor nas reas jurdica, contbil, financeira e econmica,

pedaggica, psicossocial, mdica, de engenharia e arquitetura, segurana no trabalho,

anlise de sistemas de informao e informtica, biblioteconomia, qumica, farmcia e

outras diversas.

Servios de consultoria para empresas so prestados por empresas ou profissionais legal e

tecnicamente habilitados para tanto, por rgos ou Conselhos de Classe. A habilitao

profissional expedida pelo Conselho de Classe geralmente depende de formao acadmica

em curso de graduao de nvel superior, em escola reconhecida pelo Ministrio da

Educao.

Diante disso, servios de consultoria tcnica e empresarial podem ser explorados por

empresas que mantm em seus quadros profissionais habilitados tecnicamente pelo

respectivo Conselho de Classe, para exerccio de profisso regulamentada em Lei, de

acordo com a demanda especfica surgida e a necessidade de atuao do consultor.

O consultor pode ser empregado ou prestador de servios terceirizado (autnomo)

especificamente contratado para uma determinada demanda.

Direitos autorais

O material utilizado em palestras deve respeitar a Lei de Direitos Autorais. A Lei n 9.610,

de 19 de fevereiro de 1998, regulamenta os direitos autorais no Brasil, estabelecendo que

os textos de obras literrias, independentemente do registro na entidade pblica

competente, gozam de proteo e asseguram ao autor direitos morais e patrimoniais,

cabendo ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor de sua obra.

A violao dos direitos autorais crime e acarreta ao infrator sanes administrativas, bem

como responsabilidade civil e criminal. Sujeita-se o infrator interdio do estabelecimento

comercial ou industrial, perda e confisco do material, indenizao por perdas e danos e

pena de recluso, entre outras.

No constitui ofensa aos direitos autorais a citao em livros, jornais, revistas ou qualquer

outro meio de comunicao, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crtica ou

polmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a

origem da obra.



Concluso

Informaes detalhadas sobre a obteno do registro da empresa de consultoria nos

Conselhos de Classe e contratao de consultores devem ser solicitadas diretamente s

respectivas entidades, haja vista que exigncias, pressupostos e requisitos para tanto so

definidos por cada Conselho para os profissionais especficos que compem seus quadros.

Importante

A legislao brasileira est sujeita a alteraes constantes. necessrio e indispensvel

que o empreendedor solicite s autoridades fiscais informaes atualizadas sobre

exigncias e requisitos legais para a regularizao da pessoa jurdica e a explorao da

atividade econmica. As instrues recebidas sobre legislao devem ser confirmadas pelas

autoridades fiscais e pelo profissional de contabilidade responsvel pela escrita fiscal da

empresa.

Tipos de licenas necessrias para seu empreendimento

Licena ou Alvar de Funcionamento Prefeitura

Vistorias e observncia s normas de segurana Corpo de Bombeiros

Licena Ambiental rgos municipais ou estaduais de Meio

Ambiente

Fundamentao legal

a) Lei Federal n 6.839, de 30 de outubro de 1980 Dispe sobre o registro de empresas

nas entidades fiscalizadoras do exerccio de profisses;

b) Lei Federal n 8.906, de 4 de julho de 1994 Dispe sobre o Estatuto da Advocacia e a

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB);

c) Lei Federal n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 Altera, atualiza e consolida a

legislao sobre Direitos Autorais e d outras providncias;

d) Lei Federal n 9.649, de 27 de maio de 1998 Dispe sobre a organizao da

Presidncia da Repblica e dos Ministrios e d outras providncias;

e) Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006 Institui o Estatuto Nacional da

Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nos

8.212 e

8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidao das Leis do Trabalho CLT,

aprovada pelo Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1943, da Lei n 10.189, de 14 de

fevereiro de 2001, da Lei Complementar n 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as

Leis nos

9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999;

f) Decreto Federal n 7.690, de 2 de maro de 2012 Aprova a Estrutura Regimental e o

Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comisso e das Funes Gratificadas do

Ministrio da Educao.



Endereos teis

Saiba onde voc poder obter mais informaes

ASSOCIAO BRASILEIRA DE CONSULTORES EMPRESARIAIS - ABRACEM

Av. Paulista, 2202 - 5 Andar, Cj. 52

01310-300 So Paulo SP

Tel.: (11) 3253.5417

E-mail: [email protected]

www.abracem.com.br

FUNDAO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM

Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais

Rodovia Prefeito Amrico Gianetti, s/n - Serra Verde

31630-900 - Belo Horizonte MG

Telefone Geral da Cidade Administrativa: (31) 3915-1000

www.feam.br



Sugesto para leitura

Expandindo seu conhecimento

Manual de consultoria empresarial: conceitos, metodologias e prticas

Autor: Djalma de Pinho Rebouas de Oliveira

Ano: 1996 Pginas: 153

A publicao acima poder ser adquirida no seguinte endereo:

Editora Atlas

Rua Timbiras, 834 loja 4

30140-060 Belo Horizonte Minas Gerais

Telefax: (31) 3226-7475

www.editoraatlas.com.br



Sugesto de vdeo

Vale conferir!

Palestra Planejando a Abertura de sua Empresa: por onde comear

Durao: 64 min.

*Esse vdeo relata os cuidados necessrios para o incio e a gesto de um negcio prprio.

A consultora do Sebrae Minas, Silmara Ribeiro, destaca os conceitos, fala do perfil

empreendedor, planejamento, gesto de negcio, definio do que montar e da

formalizao.

O vdeo acima poder ser acessado em nosso site, no link:

http://www.sebraemg.com.br/atendimento/BibliotecaDigital/VisualizarDocumento.aspx?CO

DIGO=1870
http://www.sebraemg.com.br/atendimento/BibliotecaDigital/VisualizarDocumento.aspx?CODIGO=1870http://www.sebraemg.com.br/atendimento/BibliotecaDigital/VisualizarDocumento.aspx?CODIGO=1870



Referncias

Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.

Disponvel em: . Acesso em: 5 jun. 2012.

BASTOS, Maria Ignez Prado Lopes Bastos. O direito e o avesso da consultoria. So Paulo,

Makron Books, 1999.

Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE. Disponvel em:

. Acesso em: 05 jun. 2012.

Consultoria Empresarial. Disponvel em:

Acesso em: 5 jun.

2012.

Como escolher um bom palestrante. Disponvel em:

. Acesso em: 25

mai. 2012.

LEITE, Valria Serpa. Preciso de que tipo de licena para abrir o meu negcio? Pequenas

Empresas & Grandes Negcios, So Paulo, n 249, pp. 104-105, out. 2009.

Palestrante como ser um bom. Disponvel em:

. Acesso em: 25 mai. 2012.

Presidncia da Repblica.


Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel Semad.


Ser consultor coisa cada vez mais sria. Disponvel em:

Acesso: 5 jun. 2012.
http://www.siam.mg.gov.br/

Documents

Consultoria Técnica e Empresarial