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DIREITO DIREITO ADMINISTRATIVO: ADMINISTRATIVO: A A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E ÇÃO CIVIL PÚBLICA E AÇÃO POPULAR AÇÃO POPULAR Prof. Walter Aranha Capanema [email protected] http://www.waltercapanema.com.br

DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E AÇÃO POPULAR

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DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E AÇÃO POPULAR. Prof. Walter Aranha Capanema [email protected] http://www.waltercapanema.com.br. PLANO DE AULA – AÇÃO CIVIL PÚBLICA. Conceito Previsão legal Objeto Pedido Partes Prazo Competência Procedimento Sentença - PowerPoint PPT Presentation

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DIREITO ADMINISTRATIVO:DIREITO ADMINISTRATIVO:AAÇÃO CIVIL PÚBLICA E ÇÃO CIVIL PÚBLICA E

AÇÃO POPULARAÇÃO POPULAR

Prof. Walter Aranha [email protected]

http://www.waltercapanema.com.br

Page 2: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

PLANO DE AULA – AÇÃO CIVIL PLANO DE AULA – AÇÃO CIVIL PÚBLICAPÚBLICA

1.1. ConceitoConceito2.2. Previsão legalPrevisão legal3.3. ObjetoObjeto4.4. PedidoPedido5.5. PartesPartes6.6. PrazoPrazo7.7. CompetênciaCompetência8.8. ProcedimentoProcedimento9.9. SentençaSentença10.10.RecursosRecursos

Page 3: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

CONCEITOCONCEITO

““é o instrumento processual adequado para é o instrumento processual adequado para reprimir ou impedirreprimir ou impedir danosdanos ao meio ambiente, ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e por infrações da ordem paisagístico e por infrações da ordem econômica (art. 1º, Lei 7.347/85), protegendo os econômica (art. 1º, Lei 7.347/85), protegendo os direitos difusos da sociedade” (Hely Lopes direitos difusos da sociedade” (Hely Lopes Meirelles)Meirelles)

Page 4: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

PREVISÃO LEGALPREVISÃO LEGAL

• art. 129, III, CF; art. 129, III, CF; • Lei 7.347/85; Lei 7.347/85; • Lei 7.853/89 (deficientes físicos)Lei 7.853/89 (deficientes físicos)• Lei 7.913/89 (mercado de capitais);Lei 7.913/89 (mercado de capitais);• Lei 8.069/90;Lei 8.069/90;• Lei 8.078/90;Lei 8.078/90;• Lei 8.884/94 (infrações da ordem econômica);Lei 8.884/94 (infrações da ordem econômica);• arts 26, II e 37, Lei 11.340/2006 (Lei Maria da arts 26, II e 37, Lei 11.340/2006 (Lei Maria da

Penha)Penha)

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OBJETOOBJETO

• Bens patrimoniais ou extrapatrimoniais. Bens patrimoniais ou extrapatrimoniais.

• Bens materiais ou imateriais. Bens materiais ou imateriais.

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OBJETOOBJETOOmissão e controle de políticas Públicas:• Não é qualquer omissão administrativa que pode

ser objeto da ação civil pública:

“Ao administrador falece a opção de fazer ou não fazer, quando a conduta é determinada pela lei. Se a lei determinar o agir, o administrador não pode ser omitir” (TJRJ 2007.001.51246).

Observação: se a conduta for discricionária, não poderá ser objeto da ACP (TJRJ 2007.001.27319)

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PEDIDOPEDIDO

Art 3° da Lei 7.347/85:Art 3° da Lei 7.347/85:

““Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro condenação em dinheiro OU o OU o cumprimento cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.”de obrigação de fazer ou não fazer.”

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PEDIDOPEDIDO

Cumulação de pedidosCumulação de pedidos::

• Atualmente, o STJ Atualmente, o STJ admite a cumulaçãoadmite a cumulação de de pedido condenatório com o cumprimento de pedido condenatório com o cumprimento de obrigação (obrigação (leading case leading case Resp 605.323).Resp 605.323).

ObservaçãoObservação: a jurisprudência admite pedido de : a jurisprudência admite pedido de obrigação de não fazer quando a relação jurídica obrigação de não fazer quando a relação jurídica for consumerista (TJRJ 2007.002.15834)for consumerista (TJRJ 2007.002.15834)

Page 9: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

PEDIDOPEDIDO

Arguição de InconstitucionalidadeArguição de Inconstitucionalidade::• Problema: parte inicial do art. 16, LACP.Problema: parte inicial do art. 16, LACP.• Controvérsia:Controvérsia:– 1ª Corrente: Majoritário: STJ RE 424993: 1ª Corrente: Majoritário: STJ RE 424993: admiteadmite, ,

desde que a arguição de inconstitucionalidade desde que a arguição de inconstitucionalidade não seja o objeto único, mas simples questão não seja o objeto único, mas simples questão prejudicial.prejudicial.

– 2ª Corrente: Hely Lopes: 2ª Corrente: Hely Lopes: não admitenão admite, justamente , justamente porque a decisão tem efeitos, na prática, porque a decisão tem efeitos, na prática, erga erga omnesomnes, incluíndo todos os jurisdicionados da , incluíndo todos os jurisdicionados da área de competência do juiz da ação.área de competência do juiz da ação.

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PARTESPARTES

• Legitimidade ativaLegitimidade ativa: art. 5°, Lei 7.347/85:: art. 5°, Lei 7.347/85:

• Qualquer MP.Qualquer MP.

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PARTES-LEGITIMIDADE ATIVA

• Para Marçal Justen Filho, deve existir uma Para Marçal Justen Filho, deve existir uma pertinência temáticapertinência temática, ou seja, um vínculo , ou seja, um vínculo entre as competências ou objeto de sua entre as competências ou objeto de sua atuação e o dano a ser eliminado.atuação e o dano a ser eliminado.

Page 12: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

PARTES-LEGITIMIDADE ATIVA

Legitimidade do MPLegitimidade do MP: :

• inicialmente voltada para os direitos inicialmente voltada para os direitos difusos e coletivos, a jurisprudência difusos e coletivos, a jurisprudência passou a admitir a tutela do MP nas passou a admitir a tutela do MP nas ações coletivas que tratem de direitos ações coletivas que tratem de direitos individuais indisponíveisindividuais indisponíveis ( (EREsp EREsp 466861e REsp 620622 STJ466861e REsp 620622 STJ).).

Page 13: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

PARTES-LEGITIMIDADE ATIVA

Admitida a Legitimidade do MPAdmitida a Legitimidade do MP::

1. Reajustes de mensalidades escolares (Súmula 643/STF);1. Reajustes de mensalidades escolares (Súmula 643/STF);2. Defesa do Patrimônio Público: (Súmula 329/STJ);2. Defesa do Patrimônio Público: (Súmula 329/STJ);3. Preço de passagem em transp. coletivo: (STF RE 3. Preço de passagem em transp. coletivo: (STF RE

441.318);441.318);4. Interesses individuais homogêneos indisponíveis (STJ 4. Interesses individuais homogêneos indisponíveis (STJ

Resp 854.557 , Eresp 819.010);Resp 854.557 , Eresp 819.010);5. Interesses individuais indisponíveis (uma única pessoa): 5. Interesses individuais indisponíveis (uma única pessoa):

(STJ Resp 830.904). (STJ Resp 830.904). 6. Questões envolvendo preço público (STJ AgRg no Resp 6. Questões envolvendo preço público (STJ AgRg no Resp

856.378);856.378);

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PARTES-LEGITIMIDADE ATIVA

Inadmitida a legitimidade do MP:Inadmitida a legitimidade do MP:

1. Questões sobre tributos, FGTS e contribuições 1. Questões sobre tributos, FGTS e contribuições previdenciárias (art. 1°, parágrafo único, Lei previdenciárias (art. 1°, parágrafo único, Lei 7.347/85 e STF RE 559.985-AgR )7.347/85 e STF RE 559.985-AgR )

2. Questões previdenciárias (STJ Resp 396.081);2. Questões previdenciárias (STJ Resp 396.081);3. Taxa de iluminação pública (STJ Resp 914.234)3. Taxa de iluminação pública (STJ Resp 914.234)

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PARTES-LEGITIMIDADE PASSIVA

• “ “a legitimação passiva a legitimação passiva estende-se a todos os estende-se a todos os responsáveis pelas situações ou fatos responsáveis pelas situações ou fatos ensejadores da açãoensejadores da ação, sejam pessoas físicas ou , sejam pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as estatais, autárquicas ou jurídicas, inclusive as estatais, autárquicas ou paraestatais (...)”. (Hely Lopes Meirelles).paraestatais (...)”. (Hely Lopes Meirelles).

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PRAZOPRAZO

• A LACP é silente quanto ao prazo A LACP é silente quanto ao prazo prescricional, e surgiram dois entendimentos prescricional, e surgiram dois entendimentos no STJ:no STJ:

• 1. aplica-se o prazo prescricional comum do 1. aplica-se o prazo prescricional comum do de dez anos do art. 205, CC. (REsp 331.374);de dez anos do art. 205, CC. (REsp 331.374);

• 2. 2. prevaleceprevalece a aplicação analógica do prazo a aplicação analógica do prazo prescricional de 5 anos da ação popular, prescricional de 5 anos da ação popular, porque ambas as ações pertencem a um porque ambas as ações pertencem a um mesmo mesmo microssistema de tutela dos microssistema de tutela dos interesses difusos interesses difusos (REsp 727.131-SP).(REsp 727.131-SP).

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

• Regra de competência: Regra de competência: art. 2°, art. 2°, caputcaput, LACP:, LACP:

““Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa”.processar e julgar a causa”.

FundamentoFundamento: pela facilidade de obtenção de : pela facilidade de obtenção de prova testemunhal e realização de perícia que prova testemunhal e realização de perícia que forem necessárias à comprovação do dano.forem necessárias à comprovação do dano.

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

•Qual a natureza da competência prevista no art. 2°, LACP?

competência territorial absoluta, tal qual o art. 95, CPC (Fredie Didier Jr.).

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

Competência para a ACP e a regra delegatória de Competência para a ACP e a regra delegatória de competência federal ao juiz estadual (art. 109, §3°)competência federal ao juiz estadual (art. 109, §3°)::

““No caso em tela, a permissão não foi utilizada pelo No caso em tela, a permissão não foi utilizada pelo legislador que, ao revés, se limitou, no art. 2º da Lei legislador que, ao revés, se limitou, no art. 2º da Lei nº 7.347/85, a estabelecer que as ações nele nº 7.347/85, a estabelecer que as ações nele previstas "serão propostas no foro do local onde previstas "serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa". (STF RE 228955 STF)para processar e julgar a causa". (STF RE 228955 STF)

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PROCEDIMENTO• ProcedimentoProcedimento: ordinário do CPC.: ordinário do CPC.

• Medida liminarMedida liminar: é possível, quando pedida na : é possível, quando pedida na inicial e desde que presentes o fumus boni juris e o inicial e desde que presentes o fumus boni juris e o periculum in mora. periculum in mora.

• A liminar não poderá esgotar, no todo ou em A liminar não poderá esgotar, no todo ou em parte, o objeto da ação (art. 1º. §3º, da Lei parte, o objeto da ação (art. 1º. §3º, da Lei 8.437/92), e só poderá ser concedida após ter sido 8.437/92), e só poderá ser concedida após ter sido ouvido, em 72 hs, o representante judicial da ouvido, em 72 hs, o representante judicial da pessoa jurídica de Direito Público (art. 2º, da Lei pessoa jurídica de Direito Público (art. 2º, da Lei 8.437/92).8.437/92).

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PROCEDIMENTO• É cabível também da liminar o pedido de É cabível também da liminar o pedido de suspensão perante o Presidente do Tribunal, que suspensão perante o Presidente do Tribunal, que pode ser formulado a qualquer tempo, pela pessoa pode ser formulado a qualquer tempo, pela pessoa jurídica de direito público interessada para “evitar jurídica de direito público interessada para “evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública (art. 12, §1º, LACP). economia pública (art. 12, §1º, LACP).

•Mesmo com a existência de medida liminar, a Mesmo com a existência de medida liminar, a jurisprudência admite a tutela antecipada na ACP jurisprudência admite a tutela antecipada na ACP (TJRJ 2007.002.31706 ; 2007.002.31954 ; (TJRJ 2007.002.31706 ; 2007.002.31954 ; 2007.002.12441). 2007.002.12441).

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PROCEDIMENTOPROCEDIMENTO

Inquérito CivilInquérito Civil::• ““o procedimento administrativo a cargo do MP que se o procedimento administrativo a cargo do MP que se

configura como preparatório da ação civil pública, configura como preparatório da ação civil pública, ensejando a colheita de elementos para a sua ensejando a colheita de elementos para a sua propositura” (Carvalho Filho).propositura” (Carvalho Filho).

• é facultativo, e não é requisito obrigatório para a ACP é facultativo, e não é requisito obrigatório para a ACP (STJ REsp 448023).(STJ REsp 448023).

• As provas colhidas no inquérito têm valor probatório As provas colhidas no inquérito têm valor probatório relativo, porque colhidas sem a observância do relativo, porque colhidas sem a observância do contraditório, mas só devem ser afastadas quando há contraditório, mas só devem ser afastadas quando há contraprova de hierarquia superior, ou seja, produzida contraprova de hierarquia superior, ou seja, produzida sob a vigilância do contraditório (STJ REsp 476660). sob a vigilância do contraditório (STJ REsp 476660).

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SENTENÇASENTENÇA

Natureza jurídica da sentença na ACPNatureza jurídica da sentença na ACP::

1ª Corrente1ª Corrente: preponderantemente condenatória (Hely : preponderantemente condenatória (Hely Lopes Meirelles).Lopes Meirelles).

2ª Corrente2ª Corrente: ,a natureza da sentença vai depender do : ,a natureza da sentença vai depender do pedido formulado na ação. Se for condenatória, o pedido formulado na ação. Se for condenatória, o conteúdo é condenatório pecuniário; se for de obrigação conteúdo é condenatório pecuniário; se for de obrigação de fazer ou não fazer, mandamental. No caso de de fazer ou não fazer, mandamental. No caso de improcedência, será declaratória negativa. Em caso de improcedência, será declaratória negativa. Em caso de anulação do ato, será desconstitutiva (Carvalho Filho).anulação do ato, será desconstitutiva (Carvalho Filho).

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SENTENÇASENTENÇA• Destinatário da indenizaçãoDestinatário da indenização: havendo condenação : havendo condenação

em dinheiro, a indenização pelo dano causado em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá a um fundo gerido por um Conselho reverterá a um fundo gerido por um Conselho Federal (Decreto 92.302) ou por Conselhos Federal (Decreto 92.302) ou por Conselhos Estaduais (art. 13).Estaduais (art. 13).

• Litigância de má-féLitigância de má-fé: art. 17.: art. 17.• O autor da ação não está, em princípio, obrigado O autor da ação não está, em princípio, obrigado

a adiantar custas, despesas ou honorários a adiantar custas, despesas ou honorários periciais (art. 18 e TJRJ 2008.002.04386).periciais (art. 18 e TJRJ 2008.002.04386).

• O MP não paga custas (art. 18, IV, Lei Estadual RJ O MP não paga custas (art. 18, IV, Lei Estadual RJ 3.350/99), e os entes federativos são isentos (art. 3.350/99), e os entes federativos são isentos (art. 17, IX).17, IX).

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RECURSOS

• O STJ já entendeu que são aplicáveis à ACP os O STJ já entendeu que são aplicáveis à ACP os prazos recursais do CPC (REsp 128.081).prazos recursais do CPC (REsp 128.081).

• O juiz poderá conferir efeito suspensivo a O juiz poderá conferir efeito suspensivo a qualquer recurso, para evitar dano qualquer recurso, para evitar dano irreparável ao recorrente (art. 14).irreparável ao recorrente (art. 14).

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AÇÃO POPULARAÇÃO POPULAR1.1. ConceitoConceito2.2. Origem HistóricaOrigem Histórica3.3. Previsão LegalPrevisão Legal4.4. RequisitosRequisitos

4.1 Condição de Eleitor4.1 Condição de Eleitor4.2 Ilegalidade4.2 Ilegalidade4.3 Lesividade4.3 Lesividade

5. 5. Objeto da açãoObjeto da ação6.6. Legitimidade passivaLegitimidade passiva7.7. CompetênciaCompetência8.8. ProcedimentoProcedimento9.9. Sentença e coisa julgadaSentença e coisa julgada

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CONCEITOCONCEITO

““é o meio constitucional posto à disposição de é o meio constitucional posto à disposição de qualquer cidadão para obter a invalidação de qualquer cidadão para obter a invalidação de atos ou contratos administrativos – ou a estes atos ou contratos administrativos – ou a estes equiparados – ilegais e lesivos do patrimônio equiparados – ilegais e lesivos do patrimônio federal, estadual e municipal, ou de suas federal, estadual e municipal, ou de suas autarquias, entidades paraestatais e pessoas autarquias, entidades paraestatais e pessoas jurídicas subvencionadas com dinheiros jurídicas subvencionadas com dinheiros públicos” (Hely Lopes Meirelles).públicos” (Hely Lopes Meirelles).

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HISTÓRICOHISTÓRICO

• Para Di Pietro, a origem da AP no direito romano surge da actio popularis.

• As Constituições, desde 1824, até o texto atual, com exceção das de 1891 e 1937, todas previram a ação popular.

• A Lei 4.717/65 foi oriunda de anteprojeto de Seabra Fagundes e Bilac Pinto.

Page 30: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

PREVISÃO LEGALPREVISÃO LEGAL

• art. 5º, LXXIII, CF :art. 5º, LXXIII, CF :

““qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;”de custas judiciais e do ônus da sucumbência;”

• Lei 4.717/65.Lei 4.717/65.

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REQUISITOSREQUISITOSCondição de EleitorCondição de Eleitor::• Somente o indivíduo (pessoa física) munido de seu Somente o indivíduo (pessoa física) munido de seu

título eleitoral poderá propor a AP. título eleitoral poderá propor a AP. • Pessoa jurídica não pode propor a AP (Súmula Pessoa jurídica não pode propor a AP (Súmula

365/STF).365/STF).• MP não pode ser autor. Para tanto, pode se valer

da ACP para anular ato lesivo (vide art. 25, IV, b, Lei 8625/93).

• Qualquer eleitor é parte legítima para propor a AP, como que também para intervir na qualidade de litisconsorte ou assistente do autor, ou mesmo para prosseguir na demanda se dela desinteressar-se o postulante originário (art. 6º, §5º, LAP).

Page 32: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

REQUISITOSREQUISITOS

Ilegalidade:

• o ato deve ser contrário ao Direito, por infringir as normas específicas que regem sua prática ou por se desviar dos princípios gerais que norteiam a Administração Pública.

Page 33: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

REQUISITOS

LesividadeLesividade::• Para HLM, lesivo é todo ato ou omissão administrativa Para HLM, lesivo é todo ato ou omissão administrativa que desfalca o erário ou prejudica a Administração, assim que desfalca o erário ou prejudica a Administração, assim como ofende bens ou valores artísticos, cívicos, culturais, como ofende bens ou valores artísticos, cívicos, culturais, ambientais ou históricos da comunidadeambientais ou históricos da comunidade•Essa lesão tanto pode ser efetiva quando presumida (art. Essa lesão tanto pode ser efetiva quando presumida (art. 4º, LAP), para, nesse caso, basta a prova da prática do ato 4º, LAP), para, nesse caso, basta a prova da prática do ato naquelas circunstâncias para considerar-se lesivo e nulo de naquelas circunstâncias para considerar-se lesivo e nulo de pleno direito. Nos demais casos, impõe-se a dupla pleno direito. Nos demais casos, impõe-se a dupla demonstração da ilegalidade e da lesividade efetiva ao demonstração da ilegalidade e da lesividade efetiva ao patrimônio protegível pela ação popular.patrimônio protegível pela ação popular.• Necessidade de comprovaçãoNecessidade de comprovação: 2006.001.49983 TJRJ; : 2006.001.49983 TJRJ; 2001.001.26849 TJRJ; EREsp 260821 STJ e RE 160.381 STF).2001.001.26849 TJRJ; EREsp 260821 STJ e RE 160.381 STF).

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OBJETO DA AÇÃOOBJETO DA AÇÃO

• A acepção de ato, para fins de AP, é toda A acepção de ato, para fins de AP, é toda manifestação de efeitos concretos do Poder manifestação de efeitos concretos do Poder Público e dos entes com funções públicas Público e dos entes com funções públicas delegadas ou equiparadas.delegadas ou equiparadas.

• Logo, o objeto da ação é o ato ilegal e lesivo Logo, o objeto da ação é o ato ilegal e lesivo ao patrimônio público.ao patrimônio público.

• Bens protegidos: patrimônio público; Bens protegidos: patrimônio público; moralidade administrativa e meio ambiente.moralidade administrativa e meio ambiente.

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LEGITIMIDADE PASSIVALEGITIMIDADE PASSIVA

• Para Carvalho Filho, são 3 integrantes do pólo Para Carvalho Filho, são 3 integrantes do pólo passivo da AP: 1. pessoa jurídica que editou o passivo da AP: 1. pessoa jurídica que editou o ato; 2. os servidores que contribuíram para o ato; 2. os servidores que contribuíram para o ato; 3. os terceiros beneficiários diretos do ato ato; 3. os terceiros beneficiários diretos do ato lesivo.lesivo.

• A Pessoa Jurídica chamada na ação poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente (art. 6º, §3º, LAP)

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

• A competência para processar e julgar a AP é A competência para processar e julgar a AP é determinada pela origem do ato a ser anulado.determinada pela origem do ato a ser anulado.

• Esclareça-se que a AP, ainda que ajuizada contra Esclareça-se que a AP, ainda que ajuizada contra o Presidente da República, ou altas autoridades, o Presidente da República, ou altas autoridades, será processada e julgada perante a Justiça de será processada e julgada perante a Justiça de primeiro grau (STF AO 859-QO )primeiro grau (STF AO 859-QO )

Exceção: Exceção: a competência originária do STF surgirá a competência originária do STF surgirá apenas quando houver conflito federativo, por apenas quando houver conflito federativo, por força do art. 102, I, f, CF (STF ACO 622-QO).força do art. 102, I, f, CF (STF ACO 622-QO).

Page 37: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

PROCEDIMENTOPROCEDIMENTO

Page 38: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

PROCEDIMENTO

• Extinção do processoExtinção do processo: o art. 9º, LAP prevê que, : o art. 9º, LAP prevê que, em caso de desistência ou ação ou omissão do em caso de desistência ou ação ou omissão do autor que conduza à extinção do processo, será autor que conduza à extinção do processo, será determinada a publicação de edital convocando determinada a publicação de edital convocando qualquer cidadão para assumir o feito, bem qualquer cidadão para assumir o feito, bem como intimando o MP para tanto (STJ REsp como intimando o MP para tanto (STJ REsp 771.859).771.859).

• Reconvenção: o STJ não admite, pois as partes Reconvenção: o STJ não admite, pois as partes não estão litigando sobre situações jurídicas que não estão litigando sobre situações jurídicas que lhe sejam próprias (STJ Resp 72065).lhe sejam próprias (STJ Resp 72065).

Page 39: DIREITO ADMINISTRATIVO: A ÇÃO CIVIL PÚBLICA E  AÇÃO POPULAR

SENTENÇA E COISA JULGADA

• O art. 5º, LXXIII, CF isentou o autor da AP dos O art. 5º, LXXIII, CF isentou o autor da AP dos ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé.ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé.

• Procedente a ação: o ato impugnado é Procedente a ação: o ato impugnado é invalidado e os responsáveis e os beneficiários invalidado e os responsáveis e os beneficiários serão condenados solidariamente ao pagamento serão condenados solidariamente ao pagamento de perdas e danos, ficando sempre ressalvada à de perdas e danos, ficando sempre ressalvada à Administração a ação regressiva contra os Administração a ação regressiva contra os funcionários culpados pelo ato anulado (art. 11).funcionários culpados pelo ato anulado (art. 11).

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SENTENÇA E COISA JULGADASENTENÇA E COISA JULGADA

• A coisa julgada se opera A coisa julgada se opera secundum eventum secundum eventum litislitis, ou seja, se a ação for julgada procedente ou , ou seja, se a ação for julgada procedente ou improcedente por ser infundada, produzirá improcedente por ser infundada, produzirá efeito de coisa julgada oponível efeito de coisa julgada oponível erga omneserga omnes. .

• No entanto, se a improcedência se der por No entanto, se a improcedência se der por deficiência de provas, haverá apenas a coisa deficiência de provas, haverá apenas a coisa julgada formal, podendo qualquer cidadão julgada formal, podendo qualquer cidadão intentar outra ação com idêntico fundamento, intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova (art. 18, LAP).valendo-se de nova prova (art. 18, LAP).

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Prof. Walter Aranha CapanemaProf. Walter Aranha [email protected]@globo.com