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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS : UMA VISÃO COMENTADA E PRÁTICA Por: Eduardo Alfonso Santiago Pedro Juan Aguayo Munizaga Orientador Prof. Luiz Eduardo Chauvet Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL - … · COMENTADA E PRATICA Apresentação de monografia à AVM Faculdade ... SNIRH Sistema Nacional de Informações de Recursos

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS : UMA VISÃO

COMENTADA E PRÁTICA

Por: Eduardo Alfonso Santiago Pedro Juan Aguayo Munizaga

Orientador

Prof. Luiz Eduardo Chauvet

Rio de Janeiro 2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS : UMA VISÃO

COMENTADA E PRATICA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Direito Ambiental....

Por: Eduardo Alfonso Santiago Pedro Juan

Aguayo Munizaga.

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AGRADECIMENTOS

Ao Professor Luiz Eduardo Chauvet. e

à minha companheira Maria das Neves

pelo seu carinho e apoio....

4

DEDICATÓRIA

.....ao meu amado filho Eduardo Alfonso e

sua mãe Lisbela, minha ex-parceira que

já se encontra em outra dimensão , com

carinho e saudades.......

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RESUMO

A Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, foi instituída pela lei

12.305, de 2 de agosto de 2010, e regulamentada pelo decreto 7.404, de 23

de dezembro de 2010. Foi analisado o decreto citado e destacados os temas

relevantes tratados no mesmo tais como : coleta seletiva, logística reversa,

acordos setoriais, plano de gerenciamento de resíduos sólidos, as

associações de catadores de resíduos, etc, e feitas considerações e

comentários a respeito de cada tema, procurando estabelecer uma relação

entre o conceito abstrato e o mundo dos fatos.

Por exemplo, a PNRS menciona a LR - Logística Reversa. Mas caberia

perguntar : a LR já é praticada em que setores da industria ? como ela é

realizada ?. Então, procura se responder a esse tipo de pergunta. .

.

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METODOLOGIA

O método, ou seja, a forma de fazer o trabalho, foi ter o entendimento

do decreto 7.404 / 2010, relacionar os temas relevantes e procurar nas

publicações especializadas informações sobre cada um deles. .

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SIGLAS E LEGISLAÇÃO RELACIONADAS

Relação das normas legais racionadas com resíduos sólidos : LEI 6.938 / 1981, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente – PNMA Lei 7.802 / 1989, que dispõe sobre agrotóxicos Lei 8.171 / 1991, que dispõe sobre Política Agrícola LEI 8.666 / 1993, que dispõe sobre licitações e contratos da administração pública Lei 9.795 / 1999, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA Lei 9.972 / 2000, que institui a classificação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico Lei 10. 650 / 2003, que dispõe sobre o acesso público às informações do SISNAMA. Lei 11.107 / 2005, que institui Normas de Contratação de Consórcios Públicos Lei 11.445 / 2007, que instituiu a Política Federal de Saneamento Básico e Diretrizes para o Saneamento Básico - PFSB Lei 12.305 / 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS Decreto 4.074 / 2002, que regulamenta a lei sobre agrotóxicos 7.802 / 1989 Decreto 4.281 / 2002, que regulamenta a Política Nacional de Educação Ambiental-PNEA Decreto 6.514 / 2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente Decreto 7.404 / 2010, que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS Relação das siglas utilizadas CS - Coleta Seletiva CAT - Catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis de baixa renda COOP-CAT - Cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis constituídas por pessoas físicas de baixa renda. CNORP – Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos CTF/APP - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais CTF/AINDA - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental

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CNMA Conselho Nacional de Meio Ambiente CNCid Conselho Nacional das Cidades CNRH Conselho Nacional de Recursos Hídricos CNS Conselho Nacional de Saúde CNPA Conselho Nacional de Política Agrícola CI-PNRS Comitê Interministerial para Acompanhamento da Política Nacional de Resíduos Sólidos CORI - Comitê Orientador para Implantação de Sistemas da Logística Reversa IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis LR – Logística Reversa PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos PGRSCC Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos na Construc. Civil PGRSS Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos no Serv de Saude PGRP - Plano de Gerenciamento de Resíduos Perigosos PLNRS - Plano Nacional de Resíduos Sólidos PLRRS - Plano Regional de Resíduos Sólidos PLERS - Plano Estadual de Resíduos Sólidos PSB - Plano de Saneamento Básico PNSB - Plano Nacional de Saneamento Básico PFSB - Política Federal de Saneamento Básico PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental PNMA - Política Nacional de Meio Ambiente PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos RS - Resíduos sólidos SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente SUASA - Sistema Únificado de Atenção à Sanidade Agropecuária SNVS - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária SLR – Sistemas de Logística Reversa SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SINIR Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos SNIRH Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos SINIMA Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente SINISA - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico

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MMA – Ministério do Meio Ambiente CCIVIL – Casa Civil da Presidência da Republica MCID - Ministério das Cidades MDS – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MS - Ministério da Saúde MME - Ministério de Minas e Energia MF - Ministério da Fazenda MPOG - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia SRI - Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República Definição de algumas siglas usadas SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente: Criado pela Lei 6.938 / 1981, é formado pelos órgãos e entidades da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios responsáveis pela Proteção melhoria e recuperação da qualidade ambiental no Brasil. SUASA - Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária : Criado pela Lei 8.171 / 1991, artigo 28-A, é formado por órgãos e entidades da União, Estados e Municípios com a função de exercer a vigilância e defesa sanitária dos animais e dos vegetais SNVS - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária : Criado pela Lei 9.782 / 1999, é formado por órgãos e entidades da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária ( prevenção e promoção da Saúde )

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 11

CAPÍTULO I - CONCEITOS BASICOS 13

CAPITULO II – COMENTARIOS 20

CAPITULO III - O Plano MunicipaL de Gestão 42 Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade do Rio de Janeiro – PMGIRS-Rio CONCLUSÃO 48 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 53

BIBLIOGRAFIA CITADA 56 ÍNDICE 58

FOLHA DE AVALIAÇÃO 59

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INTRODUÇÃO

A Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, instituída pela lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, e regulamentada pelo decreto 7.404, de 23 de dezembro de 2010, é um instrumento jurídico da maior importância dada a enorme relevância que o assunto tem na vida econômica e social do não só do Brasil mas de qualquer pais. No entanto, os diplomas legais que definem a PNRS : a lei e decreto citados, são textos em abstrato de definição de conceitos e de orientações e normas gerais. Assim foi sentida a motivação de fazer uma visão com comentários dos conceitos contidos nesses textos legais e estabelecer uma relação entre esses conceitos e o mundo real, o mundo dos fatos. Especificamente neste trabalho foi estudado o decreto 7.404 / 2010 ,que regulamenta a PNRS e . A finalidade é facilitar o entendimento geral sobre o assunto . Assim o trabalho foi desenvolvido nas seguintes etapas: 1) Inicialmente foram vistos alguns conceitos básicos : resíduos sólidos, rejeitos, etc 2) a seguir foram destacados os temas relevantes contidos do decreto 7.404 / 2010 :e feitos considerações e comentários sobre eles, procurando estabelecer uma relação entre o conceito abstrato e o mundo dos fatos: A PNRS (Política nacional de Resíduos Sólidos) O Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos - CI-PNRS As responsabilidades pela gestão dos RS Os Sistemas de Coleta Seletiva A Logística Reversa - LR Os Acordos Setoriais O Comitê Orientador para Implantação de Sistemas de Logística Reversa – CORI Gestão e Gerenciamento de resíduos Sólidos As Cooperativas de Catadores Os Planos de Resíduos Sólidos Os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS Os Resíduos Perigosos O CNORP - Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos O SNIR - Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão dos RS A educação ambiental na gestão dos resíduos sólidos O acesso a recursos públicos federais Os instrumentos econômicos

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3) Finalmente foi escrita a conclusão.

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CAPÍTULO I

CONCEITOS BASICOS 1.1 Resíduos Sólidos De acordo com a Lei 12.305, de 18/08/2010, que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (1) :

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por: I – ........ XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semi-sólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. (Grifo nosso)

De acordo com a com a norma NBR 10004 da ABNT:

Resíduos sólidos: Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. (Grifo nosso)

Vejamos um outro conceito, de acordo com Caroline Leite ( 3), :

Resíduos sólidos são todos os restos sólidos ou semi-sólidos das atividades humanas ou não-humanas, que embora possam não apresentar utilidade para a atividade fim de onde foram gerados, podem virar insumos para outras atividades. (Grifo nosso) Exemplos: aqueles gerados na sua residência e que são recolhidos periodicamente pelo serviço de coleta da sua cidade e também a sobra de varrição de praças e locais públicos que podem incluir folhas de arvores, galhos e restos de poda.

De uma forma resumida, podemos ver que a idéia ou conceito de resíduo sólido se refere a qualquer material resultante de atividade humana cuja destinação final seja na forma sólida ou semi-sólida.

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1,2 Rejeitos Por outro lado, vemos que a definição de resíduo sólido é diferente de rejeito. De acordo com a mesma lei 12.305, de 18/08/2010 (4) :

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por: I – ........ XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada; (Grifo nosso)

Então podemos concluir que a o resíduo sólido é considerado como tal enquanto tem valor econômico e quando deixa de ter valor econômico é considerado rejeito. 1.3 Classificação dos resíduos sólidos As classificações dos resíduos sólidos mais usadas são de acordo com a) a sua periculosidade ( seus riscos potenciais de contaminação ao meio ambiente e à saúde pública), ou b) sua origem, ou c) o tipo ou d) a composição química Segundo a periculosidade Segundo a origem Segundo o tipo

Perigosos Não perigosos

urbanos I domiciliares: I resíduos de limpeza urbana: de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços dos serviços públicos de saneamento básico industriais de serviços de saúde da construção civil agrossilvopastoris de serviços de transportes de mineração

Orgânicos. Poluentes Orgânicos Persistentes Poluentes Orgânicos Não Persistentes Inorgânicos

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Segundo a composição química a) Quanto à sua periculosidade, a lei 12.305 / 2010 (5) classifica os resíduos sólidos em

resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; (Grifo nosso) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados como perigosos (Grifo nosso)

b) De acordo com a origem, a lei 12.305 / 2010 (6) os resíduos sólidos podem ser classificados em

Resíduo Reciclável Resíduo Não Reciclável

urbanos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços : os gerados nessas atividades, excetuados os resíduos considerados nesta classificação como urbanos (domiciliares e de limpeza urbana), dos serviços públicos de saneamento básico, de serviços de saúde da construção civil de serviços de transportes

dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os resíduos considerados nesta classificação como sólidos urbanos (domiciliares e de limpeza urbana) industriais : os gerados nos processos produtivos e instalações industriais de serviços de saúde : os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS da construção civil : os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;

agrossilvopastoris : os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades de serviços de transportes : os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios

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c) De acordo com o TIPO, na análise de Caroline Faria (7), os resíduos sólidos podem ser Recicláveis: papel, plástico, metal, alumínio, vidro, etc. ou Não Recicláveis. ou “Rejeitos”: resíduos que não são recicláveis, ou resíduos recicláveis contaminados; d) De acordo com a Composição Química, na análise de Caroline Faria (8), os resíduos sólidos podem ser: Orgânicos: restos de alimentos, folhas, grama, animais mortos, esterco, papel, madeira, etc.. Muita gente não sabe, mas alguns compostos orgânicos podem ser tóxicos. São os chamados “Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP) e “Poluentes Orgânicos Não Persistentes”, Poluentes Orgânicos Persistentes (POP): hidrocarbonetos de elevado peso molecular, clorados e aromáticos, alguns pesticidas (Ex.: DDT, DDE, Lindane, Hexaclorobenzeno e PCB`s). Estes compostos orgânicos são tão perigosos que foi criada uma norma internacional para seu controle denominada “Convenção de Estocolmo”, Poluentes Orgânicos Não Persistentes : óleos e óleos usados, solventes de baixo peso molecular, alguns pesticidas biodegradáveis e a maioria dos detergentes (Ex.: organosfosforados e carbamatos), ou Inorgânicos: vidros, plásticos, borrachas, etc. 1.4 Reciclagem Podemos dizer que Reciclagem é termo que em geral é utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis, e a minimização da quantidade de resíduos que necessita tratamento final, como aterros, ou incineração 1.5 Reutilização Podemos dizer que Reutilização é o uso um produto mais do que uma vez, ainda que numa função diferente. Podemos citar como exemplos de reutilização : reaproveitar vidros de geléia, maionese, massa de tomate, que podem servir para armazenar alimentos ou outros objetos. Um outro exemplo são os garrafões de vinho podem ser enviados para as cooperativas e sucateiros, que os encaminharão para as vinícolas, onde serão lavados e reaproveitados.

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1.6 Coleta seletiva O recolhimento dos materiais que podem ser reciclados ou reutilizados, previamente separados na fonte geradora, é geralmente designado como Coleta Seletiva . Dentre estes materiais recicláveis podemos citar os diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros. 1.7 Logística reversa O termo Logística Reversa é usado para designar a área da logística que trata dos aspectos de retorno de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Exemplo : após o uso, a embalagem de óleo lubrificante retorna para ser novamente utilizada. 1.8 Destinação final ambientalmente adequada

Destinação de resíduos admitida pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras , entre elas a disposição final (definida abaixo) . (Lei 12.305 / 2010, art 3º, VII) (9) (Grifo nosso)

1.9 Disposição final ambientalmente adequada

De acordo com a Lei 12.305 / 2010, art 3º, VIII (10) :

Distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos (Grifo nosso )

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CAPITULO I I

COMENTARIOS E CONSIDERAÇOES

2.1 A PNRS: A Política Nacional de Resíduos Sólidos ( lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, e decreto 7.404, de 23 de dezembro de 2010.) tem como principais características: 1) Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta: a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado). 2) Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, - o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pre-consumo e pós-consumo. 3) Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Ganhos ambientais A PNRS coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva. Além disso, os instrumentos da PNRS ajudarão o Brasil a atingir uma das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de alcançar o índice de reciclagem de resíduos de 20% em 2015.

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Brasil sedia congresso internacional de resíduos sólidos Mil representantes de 68 países se reuniram em São Paulo, de 8 a 10 de setembro de 2014, para trocar experiências, apresentar seus trabalhos e debater a gestão sustentável dos resíduos sólidos. É a primeira vez que o evento, organizado pela Internacional Solid Waste Association (Iswa), ocorre no Brasil ( Associação Internacional de Resíduos Sólidos) ). O Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão, na abertura do evento declarou:

A realização de um congresso como esse proporciona a multiplicação e divulgação de boas práticas na gestão de resíduos, ampla circulação de idéias, reflexão sobre o que está acontecendo na escala global e na escala local Contribui para o estabelecimento de uma sociedade mais sustentável, mais resiliente quanto à geração de resíduos e sua gestão.

Avanços Em apenas quatro anos a Política Nacional de Resíduos Sólidos conseguiu avanços significativos e conquistou o amplo apoio da sociedade brasileira, demonstrado pela participação registrada na IV Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília 24 a 27 de outubro de 2013, que teve como tema central os resíduos sólidos. Mais de 3.500 municípios participaram das conferências municipais. Todos os estados fizeram suas conferências estaduais e elegeram 1.200 delegados. O Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão, na abertura do evento, ressaltou o emprenho do governo federal para a inclusão dos catadores de materiais recicláveis e ainda destacou :.

A IV Conferência deixou um recado da sociedade: temos pressa, não queremos mais lixões em nossas cidades, queremos reciclagem e disposição ambientalmente adequada de rejeitos. A sociedade brasileira não quer a continuidade desse quadro

, 2.2 A inserção da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) na Legislação Ambiental. O Decreto dispõe que a PNRS integra a Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA ( LEI 6.938 / 1981 ) . O que significa isto ? . Significa que a Política Nacional de Recursos Sólidos - PNRS deva ser lida como uma EXTENÇÃO ou um desdobramento desta ( a PNMA ) .

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O Decreto também dispõe que a PNRS se articula com a PFSB ( Lei no 11.445 / 2007), a Lei no 11.107 / 2005 ( Consórcios Públicos ) e a PNEA ( Lei no 9.795 / 1999) , O que significa isto ?. Significa que a PNRS deve ser interpretada como HARMONIZADA com elas ( PFSB, Lei de Consórcios Públicos e PNEA) . Ou seja a Política de Recursos Sólidos e a Política de Saneamento Básico devem se complementar mutuamente e de forma análoga a PNRS com a Lei de Consórcios Públicos e a PNEA. Um exemplo desta complementação é o disposto no art. 54 (11), que estabelece que os serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de RS urbanos contidos nos Planos de Resíduos Sólidos Urbanos, devem ser compatíveis com os planos de saneamento básico previstos na PFSB – Política Federal de Saneamento Básico, que foi instituída pela lei 11.445 / 2007 e regulamentada pelo decreto 7.217 / 2010. (art 53) 2.3 CI-PNRS - Comitê Interministerial para Acompanhamento da Política Nacional de Resíduos Sólidos O CI-PNRS sai do papel O CI-PNRS foi previsto no DECRETO 7.404 /-2010. O CI-PNRS foi instalado em 17 de março de 2011 pelo Governo Federal.. O Comitê é formado pelo Ministério do Meio Ambiente, que é o coordenador, pelos ministérios das Cidades; do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; da Saúde; da Fazenda; do Planejamento, Orçamento e Gestão; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Ciência e Tecnologia, além da Casa Civil e da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Tem por finalidade apoiar a estruturação e implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos por meio da articulação dos órgãos e entidades governamentais. Pelo fato de o assunto Resíduos Sólidos ser interdisciplinar, que abrange varias áreas de interesse, a função do CI-PNRS é fundamental para coordenar as competências e atuação dos diversos Órgãos e dar uma harmonização e unicidade à implantação da PNRS. O Comitê Interministerial criou cinco grupos de trabalho: GT01 - Implementação e acompanhamento dos Planos de Resíduos Sólidos e elaboração do SINIR – Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos GT02 – Recuperação Energética dos Resíduos Sólidos Urbanos

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GT03 - Linhas de financiamento, creditícias e desoneração tributária de produtos recicláveis e reutilizáveis GT04 – Resíduos Perigosos - Plano de Gerenciamento de Resíduos Perigosos e descontaminação de Áreas Órfãs GT05 – Educação Ambiental 2.4 As responsabilidades pela gestão dos RS A PNRS veio trazer o conceito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos RS . por meio da qual as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, serão responsabilizadas pela geração, direta ou indireta, de resíduos sólidos nas etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a destinação final, observada a seguinte ordem hierárquica estabelecida pelo Art. 9° da PNRS: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Mas como na pratica se da esta responsabilidade compartilhada? Na verdade , todos têm responsabilidades conforme alguns exemplos a seguir: O Poder Público as seguintes responsabilidades: 1) deve apresentar planos para o manejo correto dos materiais (com tecnologias apropriadas e participação da sociedade na sua elaboração), 2) deve fazer a integração de catadores de materiais recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, 3) deve executar os serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos domiciliares, 4) deve promover a discussão da responsabilidade compartilhada com fabricantes e comerciantes de móveis, e com a população consumidora. A empresas e órgãos específicos: tem as seguintes responsabilidades:

1) as empresas devem investir em um design ambientalmente e socialmente sustentável para seus produtos e embalagens. Determinados órgãos como escolas, instituições, fundações, entre outras, podem decidir por comprar prioritariamente produtos que seguem o princípio de sustentabilidade;. 2) são responsáveis pelos resíduos gerados em prédios públicos – responsabilidade do gestor específico (Resíduos sólidos gerados em hospitais públicos, RCC gerado em obras públicas, resíduos de prédios administrativos etc.);

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3) são responsáveis pelos resíduos definidos como de logística reversa – responsabilidade definida em lei (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes); 4) são responsáveis pelos resíduos com Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos obrigatório – responsabilidade do gerador privado (instalações de saneamento, indústrias, serviços de saúde, mineradoras, construtores, terminais de transporte e outros); 5) nas indústrias podemos citar a melhoria da eficiência no processo de produção visando a economia de energia e matéria prima, uso de materiais facilmente recicláveis, substituição de substâncias tóxicas em sua produção, uso de material reciclado como matéria prima secundária, entre outros. No comércio é interessante ressaltar o uso consciente de embalagens de produtos assim como a geração de resíduos no processo de compra, venda e transporte de produtos. O consumidor final tem as seguintes responsabilidades:: 1) tem responsabilidade pelos resíduos gerados em ambientes privados – responsabilidade do gerador privado (atividades em geral); 2) deve acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados; 3) deve disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução. Obs: O Decreto 5.404/2010 em seu Artigo 84 prevê que os consumidores que descumpram suas obrigações estarão sujeitos à advertência e, em reincidência, multas de R$ 50 a R$ 500, que poderá ser convertida em prestação de serviços.

. A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos surge como um importante instrumento na solução de um dos maiores desafios com que, atualmente, se defronta a sociedade no que tange ao equacionamento da geração excessiva de resíduos e a conseqüente escassez de áreas aptas para a construção de aterros sanitários, capazes de evitar danos ou riscos à saúde pública e aos ecossistemas, minimizando, significativamente, os impactos ambientais adversos.

2.5 Os Sistemas de Coleta Seletiva Coleta seletiva é o recolhimento dos materiais que podem ser reciclados ou reutilizados, previamente separados na fonte geradora. Dentre estes materiais recicláveis podemos citar os diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros

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A Coleta Seletiva passa por um ponto fundamental que é a atitude do cidadão comum, a dona de casa, o comerciante, etc. Se for feita a segregação e o condicionamento correto dos resíduos sólidos, pelo menos em secos e úmidos, isto representa uma grande contribuição para a economia de tempo do processo. Se esta segregação inicial não for feita de forma correta, o tempo e por tanto o custo do sistema de CS, pode aumentar muito. O outro ponto fundamental é atuação dos catadores, podem atuar desde a coleta domiciliar ou comercial até a acomodação adequada dos resíduos sólidos já separados e o seu encaminhamento para as empresas que farão lo seu re-aproveitamento. Alem da importância econômica, a atuação dos catadores é a oportunidade única e histórica da sua inclusão social e pode mudar a historia social do pais, principalmente se essa atuação for feita de acordo como previsto na PNRS, que prevê a capacitação, educação e fortalecimento socioeconômico dos catadores. 2.6 A Logística Reversa - LR

Resumidamente, é o conjunto de ações e procedimentos com o objetivo de restituir os resíduos sólidos ao setor empresarial para seu re-aproveitamento.

Os Sistemas de LR de agrotóxicos são regidos pela Lei no 7.802,

de 11 de julho de 1989, e pelo no Decreto no 4.074, de 4 de janeiro de 2002.

PRODUTO . RESIDUOS SÓLIDOS

2.7 A LR - Logística Reversa na Construção Civil 2.7.1 - Pontos críticos Em relação à Logística Reversa na construção civil, especificamente nas demolições, o despejo de entulhos em áreas inadequadas costuma acarretar um custo muito grande para as prefeituras . Este é um enorme desafio a ser vencido. Nesta questão Identificamos algumas dificuldades ou pontos críticos: 1) A existência de uma área de tamanho suficiente para receber os entulhos e materiais. A disponibilidade desta área pode ser um fator de dificuldade.

Produtor Consumidor

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2) Fazer algum tipo de acordo com os operadores de entulhos para que entreguem os entulhos no local indicado. Quando se trata de empresas é viável ao Poder Público fazer algum tipo de acordo. O problema é com o trabalhador ou mini empresário autônomo, que trabalha com uma carroça ou com um pequeno veiculo, ou seja convencer lho a levar o material a um local adequado. Neste sentido é necessário dar alguma motivação ou estimulo. Neste ponto as empresas tem endereço e podem ser identificadas e cadastradas e por tanto fiscalizadas, Os autônomos são mais difícil de identificar, pois não tem um endereço certo de trabalho, eles podem surgir em qualquer lugar a qualquer hora. 3) O material produto de demolições é muito variado e por tanto o seu preparo para um reaproveitamento é diversificado e por tanto complicado. Por exemplo blocos ou pedaços grandes precisam de uma redução de tamanho que tem que ser feita com equipamentos especiais. 4) Outra questão é o transporte. Muitas vezes o gerador do entulho ou o operador tem dificuldades para levar o entulho para um local longe. 2.7.2 – A reciclagem No Município do Rio de Janeiro a Resolução SMAC nº 519, de 21-08-2012, disciplina a apresentação de Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC. (12)

De acordo com essa Resolução, os PGRCC deverão ser elaborados de forma a privilegiar as alternativas de reaproveitamento, e de reciclagem de RCC na própria obra ou em unidades de beneficiamento devidamente licenciadas. A partir dos Resíduos da Construção Civil-RCC, também denominados entulhos, é possível produzir agregados como areia e brita para uso em pavimentação, contenção de encostas, canalização de córregos e uso em argamassas e concreto. O processo de reciclagem de RCC civil para a obtenção de agregados e finos envolve basicamente a seleção dos materiais e trituração e classificação de acordo com a composição granulométrica A reciclagem dos RCC traz benefícios econômicos e ambientais: . 1) Diminuição de : demanda e retirada da matéria-prima da natureza; despesas públicas com resíduos sólidos; exploração de jazidas; desperdício de material nobre reutilizável; envio de resíduos da construção civil para aterros, aumentando sua vida útil; 2) Criação de produtos alternativos de menor custo; 3) Minimização de riscos e danos ambientais e 4)Disposição adequada de resíduos sólidos.

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2.8 A Logística Reversa de plásticos Primeiramente, nem todos os plásticos são recicláveis 2.8.1 Tipos de plásticos : Termoplásticos podem ser fundidos diversas vezes. Sua reciclagem é possível. Exemplos : PP, PEAD, PEBD, PET (Embalagens, carpetes, etc), PS, PVC (Tubos,etc), ABS, etc Termofixos: Uma vez prontos, não mais se fundem. Logo, sua reciclagem é complicada. Exemplos : Epoxi, poliuretano (calhas, tubulações, telhas, etc ), resinas fenólicas, etc. Elastômeros (Borrachas): Classe intermediária entre os termoplásticos e os termorrígidos: não são fusíveis, mas apresentam alta elasticidade, não sendo rígidos como os termofixos. Reciclagem complicada pela incapacidade de fusão, de forma análoga aos termofixos 2.8.2 Reciclagem a)Reciclagem mecânica: o plástico é convertido material granulado, após vários processos. Os grânulos podem ser reutilizados na produção de outros produtos como: sacos de lixo, solados, pisos, conduítes, mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens não-alimentícias e outros. O Brasil tem uma reciclagem de 17,5 %, acima de outros paises como Portugal e Grécia que reciclam 5% b)Reciclagem energética É a recuperação da energia contida nos plásticos através de processos térmicos 1,0 Kg de polietileno pode gerar uma energia de 12 KWh. c)Reciclagem química: O objetivo da reciclagem química é a recuperação dos componentes químicos individuais (retorno à origem) para serem reutilizados como produtos químicos ou para a produção de novos plásticos. Essa reciclagem permite tratar mistura de plásticos, reduzindo custos de pré-tratamento, custos de coleta e seleção. Além disso, permite produzir plásticos novos com a mesma qualidade de um polímero original. A tendência mundial é reciclar, ao máximo, os materiais plásticos e incinerar o restante (reciclagem energética) para recuperar energia na forma de vapor ou eletricidade. Os materiais de embalagens, por exemplo, de formulação complexa e compostos de diferentes resinas de difícil separação, tem como única alternativa, até o momento, a incineração com aproveitamento energético.

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O Japão é um dos países que demonstram interesse particular nesta prática, devido ao alto custo de manutenção dos aterros sanitários e a falta de áreas para este fim que acabam por viabilizar o uso de incineradores 2.9 A Logística Reversa do Vidro O vidro é 100% e infinitamente reciclável. Isto quer dizer que todos os recipientes de vidro, mesmo os quebrados, podem ser transformados em novos produtos. No Brasil a reciclagem é em torno de 45 por cento. A reciclagem do Vidro é realizada derretendo o vidro para sua reutilização, não produzindo poluição atmosférica. A energia gasta com a reciclagem é consideravelmente menor do que a gasta com a sua manufatura a partir das matérias primas. Também é realizada a moagem. O vidro moído pode ser adicionado ao cimento em lugar dos agregados, na construção civil. Porem a sílica do vidro pode reagir ao álcalis do cimento em meio aquoso, comprometendo a qualidade do concreto, o que tem exigido maiores pesquisas As ações de reciclagem de vidro no Brasil foram iniciadas em 1986 quando a Abividro (Associação Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro ) montou o primeiro programa de reciclagem do país, desenvolvendo projetos em parceria com prefeituras e associações comerciais de 25 cidades. Pioneira nessa questão, a ABIVIDRO desenvolve projetos educativos e ambientais, contando atualmente com mais de 1000 fornecedores cadastrados em 800 cidades em vários estados brasileiros 2.10 A Logística Reversa do Papel De acordo com a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), a além de ser de origem renovável, o papel está entre os produtos que apresentam maior taxa de reciclagem no Brasil, em torno de 50%. Em 2012, o Brasil produziu 10,3 milhões de toneladas do produto A indústria brasileira de celulose e papel, há décadas, planta e colhe árvores para fabricar seus produtos, ao contrário da prática adotada pela maioria dos grandes players globais do setor, que ainda se utilizam de florestas nativas Papéis recicláveis : papelão, jornal, revistas, papel de fax, papel-cartão, envelopes, fotocópias, e impressos em geral; Papeis não recicláveis: papel higiênico, papel toalha, fotografias, papel carbono, etiquetas e adesivos

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Processo de reciclagem: os papeis são separados por tipo e cortados em “aparas” que são trituradas com água e passam por um processo físico e químico em que é recuperada a celulose que dará origem ao papel novamente. Também pode ser misturada com celulose virgem conforme o caso. Os benefícios da reciclagem do papel são: 1) Redução no consumo de água utilizada; 2)Redução no consumo de energia; 3)Deixa-se de cortar árvores: calcula-se que para cada 1 tonelada de papel reciclado deixa-se de cortar de 15 a 20 árvores 2.11 A Logística Reversa de Pilhas e Baterias 2.11.1 Composição, produção e reciclagem Composição: são compostas por metais maléficos à saúde do ser humano e nocivos ao meio ambiente, como o mercúrio, chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio. Produção: No Brasil, são mais de 1 bilhão de pilhas e cerca de 400 milhões de baterias de celular produzidas e comercializadas todos os anos. Apenas 1% é reciclado das pilhas e baterias, em parte, por causa do alto custo do processo: R$ 990 por tonelada (a reciclagem de papel custa R$ 420 a tonelada). De acordo com os especialistas, faltam também postos de coleta e a educação das pessoas para descartar as pilhas usadas nesse postos. . A opção ideal é, sem dúvida, o uso de Pilhas Recarregáveis. No Brasil, elas ocupam ainda um nicho pequeno, não mais do que 5% do mercado. São mais caras que as pilhas comuns e as alcalinas, entretanto sua vida útil é muito superior, podendo ser reutilizadas centenas de vezes, e são mais ecológicas. 2.11.2 Processo de reciclagem 1) Inicialmente são separados as baterias dos automóveis das de celulares 2) A cobertura plástica é retirada, lavada e encaminhada aos recicladores de plásticos. 3) A parte metálica, que é o que sobra, é triturada em pó, é submetida a um processo cujo produto final é um oxido metálico inofensivo, usado como corante na fabricação de fogos de artifício, pisos cerâmicos, tintas e vidros

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2.12 A Logística Reversa de latas de alumínio Matéria prima : alumina (oxido de alumínio), principal componente do minério bauxita Nos últimos anos, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial em reciclagem de latas de alumínio. Em 2006, o país reaproveitou 94,4% do alumínio consumido. O Japão ficou em segundo com 90,9%, seguido pela Argentina , com 88,2%. (dados fornecidos pela Associação Brasileira de Alumínio - Abal e pela Associação da Indústria de Latas - Abralatas ) . Reciclagem: - As latas são prensadas, derretidas e submetidas a um processo de deformação (pressão) resultando em laminas e a partir das laminas são fabricadas as latinhas que depois são submetidas a um processo de “enchimento” para ganhar o aspecto “oco’ que conhecemos O processo de reciclagem possui uma economia de energia de 5% em relação ao processo a partir da bauxita. . A sucata de alumínio vale 33 vezes a mais do que o aço e, 55 vezes a mais, do que o vidro. . O catador recebe por kilo de alumínio 3 reais ( 74 latinhas), por kilo de papel 10 centavos e por kilo de garrafa pet 30 centavos (20 garrafas) . O alumínio é uma material 100% reciclável, e seu reaproveitamento faz cair para 5% a emissão de CO2 . quando comparado com a produção de alumínio primário. Para cada tonelada de alumínio reciclada, a indústria deixa de emitir o equivalente a cinco toneladas de CO2 Os Outros produtos de alumínio como, por exemplo, esquadrias de janelas ou carcaça de automóveis têm seu processo de reciclagem mais difuso e, conseqüentemente, menos eficientes. Há várias razões para isso. Primeiro porque esses produtos demoram mais para serem descartados. Além disso, eles não têm uma estrutura eficiente como no caso dos catadores de latinhas e normalmente esses descartes são feitos juntos com muitos outros tipos de materiais. 2.13 A Logística Reversa dos pneus Matérias primas : cerca de 200 tipos diferentes de matérias primas: borracha (natural e sintética), aço, enxofre, óleos especiais, carbono preto, pigmentos, antioxidantes, silicone e outros aditivos Brasil produz 63 milhões de pneus novos por ano, reforma 17,9 milhões de pneus novos por ano ( 28,4 % dos pneus novos ) e reaproveita 18 milhões de pneus inservíveis por ano (como componente energético, matéria-prima para outros produtos etc.)

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Os pneus inservíveis ou descartados podem ser reciclados ou reutilizados para diversos fins. Neste caso, são apresentadas, a seguir, algumas opções: Na engenharia civil: O uso de grânulos de borracha na engenharia civil envolve diversas soluções: campos de futebol com grama sintética, pistas de atletismo, pisos de academia de ginástica, quebra-mar, recifes artificiais para criação de peixes, etc. Na regeneração da borracha: A regeneração da borracha pode dar origem a diversos produtos: esteiras, tijolos, dormentes ferroviários, tapetes de automóveis, solado de sapato, pisos industriais e borrachas de vedação, entre outros. Na geração de energia O poder calorífico de pedaços ou granulos de pneu equivale ao do óleo combustível, ficando em torno de 40 Mej/kg. O da madeira é por volta de 14 Mej/kg. Em fábricas de cimento, sua queima já é uma realidade em outros países. No asfalto modificado com borracha Apesar do maior custo, a adição de borracha em grânulos ou em pó no pavimento pode até dobrar a vida útil da estrada. Também reduz o ruído causado pelo contato dos veículos com a estrada. Reutilização do Aço O Aço é retirado e destinado a acearias. Na recauchutagem : Esta técnica permite que o recauchutador, seguindo as recomendações das normas para atividade, adicione novas camadas de borracha nos pneus velhos, aumentando, desta forma, a vida útil do pneu em 100% e proporcionando uma economia de cerca de 80% de energia e matéria-prima em relação à produção de pneus novos. O Brasil ocupa o 2o lugar no ranking mundial de recauchutagem de pneus, o que lhe confere uma posição vantajosa junto a vários países na luta pela conservação ambiental. 2.15 Os Acordos Setoriais: Os Acordos saem do papel Podemos observar que os Acordos Setoriais para implantação da Logística Reversa previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos tiveram

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a sua primeira realização concreta no setor de óleos lubrificantes embalados, em 19 de dezembro de 2012, quando foi assinado o primeiro acordo setorial prevendo a implantação da logística reversa pelas empresas envolvidas na fabricação, importação, distribuição e comercialização desses óleos. . O acordo teve como objetivo estender para todo o país o programa Jogue Limpo, iniciativa do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), que já operava em cinco estados, além do DF, e já tinha reciclado 175 milhões de embalagens de óleo lubrificante desde sua criação, em 2005. Com a logística reversa, as empresas do setor assumiram a responsabilidade compartilhada pelo recolhimento e destinação final dos resíduos de seus produtos, independente dos sistemas públicos de limpeza urbana, tal como previsto na PNRS. O recebimento de embalagens usadas de lubrificantes é feito na cadeia de revenda do produto, com veículos especialmente adaptados para o transporte seguro até centrais onde recebem um tratamento inicial possibilitando seu encaminhamento para as empresas recicladoras licenciadas. O programa Jogue Limpo já era implantado nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro

O texto preliminar de acordos setoriais para a Logística Reversa de lâmpadas e embalagens em geral entraram em consulta pública a partir do dia 15 de setembro de 2014. O Comitê Orientador para a Implementação da Logística Reversa (CORI) aprovou, em julho do mesmo ano, as duas propostas que receberão contribuições da sociedade pela Internet. As portarias que lançam as consultas foram publicadas em 08/09/2014) no Diário Oficial da União (DOU).

. No caso das embalagens em geral (vale lembrar que para as embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes já existem acordos específicos), a minuta da proposta de acordo é assinada por 20 entidades representativas de comerciantes e fabricantes, além da participação dos catadores de material reciclável. 2.16 O Comitê Orientador para Implantação de Sistemas de Logística Reversa - Comitê Orientador (também cinhecido pela sigla CORI) O CORI sai do papel. O CORi foi previsto no DECRETO 7.404 /-2010. O CORI foi instalado no dia 17 de fevereiro de 2011 pelo Governo Federal. O Comitê é formado pelos ministérios do Meio Ambiente, da Saúde, da Fazenda, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Desenvolvimento,

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Indústria e Comércio Exterior. Tem por finalidade definir as regras para devolução dos resíduos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reutilizado) à indústria, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos. O CORI criou cinco Grupos Técnicos Temáticos que discutem a Logística Reversa das cinco cadeias identificadas, inicialmente como prioritárias : GTT01 - Descarte de medicamentos; GTT02 - Embalagens em geral; GTT03 - Embalagens de óleos lubrificantes e seus resíduos; GTT05 - Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, GTT04 - Eletroeletrônicos Esses Grupos tem por finalidade elaborar propostas de modelagem da Logística Reversa e subsídios para o edital de chamamento para o Acordo Setorial. Os sistemas de devolução dos resíduos aos geradores serão implementados principalmente por meio de Acordos Setoriais com a indústria 2.17 Gestão e Gerenciamento de resíduos Sólidos A ordem de prioridade para o gerenciamento de resíduos sólidos: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, leva em consideração, sem duvida, o desenvolvimento sustentável e a economia dos recursos naturais. Exemplos de formas de conseguir Não Geração de Resíduos e Redução : programa Lixo Zero, Educação ambiental, aumento da eficiência de produção das empresas, etc , etc ....... Exemplos de Reutilização : grades e garrafas de cervejas e refrigerantes, isqueiros, pilhas e baterias recarregáveis, etc c Exemplos de Reciclagem ( transformação em matéria prima secundária para a fabricação de novos produtos) : plásticos, papel, vidro, etc c As vantagens desse processo : economia de recursos naturais, preservação de florestas, fabricação de produtos mais baratos, etc.... O Tratamento de Resíduos é a transformação de resíduos em um determinado produto; pode ser mecânico, bioquímico, térmico, etc cO tipo de produto depende da necessidade, . A Disposição Final ambientalmente adequada é a neutralização completa da interação dos rejeitos com o meio ambiente. Um exemplo é

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o Aterro Sanitário, que precisa: 1) ter isolamento superior e inferior e 2) realizar o tratamento do chorume (*) e dos gases gerados pela decomposição da matéria orgânica dos rejeitos. (*) Gordura líquida que pode ser retirada da carne animal, adquirindo, por sua vez, uma consistência viscosa; banha ou unto. 2.18 A participação das COOP-CAT . Sugestões para serem incluídas no Plano Municipal de Gestão Integrada de RS, visando a inclusão social dos catadores: Os denominados “catadores” podem ter duas frentes de atuação: na coleta de resíduos sólidos recicláveis junto a residências e empresas e na separação dos mesmos na triagem para encaminhamento para empresas de reciclagem. De qualquer forma, algumas medidas concretas podem ser realizadas para fazer a sua inserção social : 1) Uso de uniforme e crachá, de tal forma que a pessoa se sinta como um “agente” da prefeitura e não como uma pessoa exercendo uma atividade marginal. Isto é fundamental para a auto estima e sentimento de valorização social do trabalho dos catadores. 2) Um mecanismo que insira o catador como segurado as previdência social, a fim de garantir seus direitos de previdência 3) Um mecanismo que permita ao catador acesso ao mini credito bancário e inclusive o financiamento à casa própria 4) Acesso ao curso supletivo do primeiro e segundo grau 5) Acesso a cursos de capacitação como informática e outros. No final das contas supõe se que não se quer que o catador permaneça assim toda a vida e sim que tenha a sua ascensão social Em fim, a legislação municipal de tratamento de resíduos sólidos deve ter dispositivos que garantam a adoção dessas medidas acima anunciadas. 2.19 Os planos de resíduos sólidos O decreto prevê a existências de Planos de Resíduos Sólido elaborados pelo Poder Público, a nível nacional, estadual, municipal e regional. Em relação ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PLNRS, em 2011 foi apresentada uma versão preliminar para ser objeto de discussão nas audiências públicas regionais e na consulta pública e cujo texto se encontra disponível em endereço eletrônico (13):

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Também foi criado o Portal do Plano Nacional de Residimos Sólidos: http://srhursu.mma.gov.br O Plano Nacional de Resíduos Sólidos foi coordenado e elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente, com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) na elaboração do diagnóstico, e acompanhado pelo Comitê Interministerial, criado pelo Decreto nº 7.404 / 2010 O PLNRS mantém estreita relação com os Planos Nacionais de Mudanças do Clima (PNMC), de Recursos Hídricos (PNRH), de Saneamento Básico (Plansab) e de Produção e Consumo Sustentável (PPCS). Apresenta conceitos e propostas que refletem a interface entre diversos setores da economia compatibilizando crescimento econômico e preservação ambiental com desenvolvimento sustentável. A socióloga Elisabeth Grinberg, do Instituto Polis (14), explica os principais pontos do plano de resíduos sólidos. Segundo ela, o plano é bom e viável, mas tem uma falha ao permitir tecnologia de incineração do lixo. Em um dos artigos, a política cria uma brecha para a instalação de tecnologia de incineração do lixo. Segundo a pesquisadora, é uma falha porque os incineradores não são economicamente viáveis para pequenos municípios e queimam um resíduo, que poderia estar sendo devidamente reciclado, poluindo o ar. Beth destaca que ele foi construído em um processo participativo, recebendo sugestões de todos os setores envolvidos Resumidamente são o três os principais pontos da política e por tanto do Plano: : 1) fechamento de lixões até 2014: até 2014 não devem mais existir lixões a céu aberto no Brasil. No lugar deles, devem ser criados aterros controlados ou aterros sanitários. ; 2)só rejeitos poderão ser encaminhados aos aterros sanitários: Os rejeitos são aquela parte do lixo que não tem como ser reciclado. Apenas 10% dos resíduos sólidos são rejeitos. ; 3) elaboração de planos de resíduos sólidos nos municípios: os planos municipais serão elaborados para ajudar prefeitos e cidadãos a descartar de forma correta o lixo. Outro importante avanço da política é a chamada "logística reversa", segundo a qual uma vez descartadas as embalagens são de responsabilidade dos fabricantes, que devem criar um sistema para reciclar o produto Segundo Beth, a logística reversa tem sido implantada nos paises europeus de forma compatível com a realidade deles. Um das diferenças

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com o Brasil é que aqui se pensou uma forma de integrar os catadores e as cooperativas no plano, buscando recolocação profissional Em relação aos Planos de Resíduos Sólidos é importante salientar a relevância das soluções regionais. A gestão associada dos serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos é um dos princípios fundamentais da Política Nacional de Resíduos Sólidos; para isto a União vem incentivando a que os municípios formem consórcios para ter ganhos de escala e redução de custos, o que permitirá o alcance das metas propostas, em especial, as de encerramento de lixões, implantação dos aterros sanitários e implementação da coleta seletiva, com participação dos catadores Em relação aos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - PMGIRS como seria um exemplo pratico ? Para ter uma idéia vamos considerar a visão geral de um caso pratico, o PMGIRS do Município do Rio de Janeiro,.no Capítulo I I I. 2.20 Os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS O PGRS é o documento que define as ações necessárias para a adequação: da coleta, do acondicionamento, do tratamento, do transporte e da destinação dos resíduos sólidos, a partir da identificação de: suas fontes geradoras, sua caracterização e levantamento dos riscos associados. O PGRS deve especificar cada tipo de resíduo sólido gerado, a freqüência e quantidade, e o tratamento e destino. Por exemplo, no serviço de saúde: as luvas após seu uso, onde serão depositadas, como serão transportadas e qual será o destino dado a elas, qual a quantidade prevista por Dia ,etc. A lei 12.305 / 2010, no seu art. 20, especifica as atividades que estão sujeitas a PGRS obrigatório ( serviços de saneamento básico, industrias, serviços de saúde, mineração, geradoras de sólidos perigosos, construção civil, terminais de transporte e outras instalações, atividades agrossilvopastoril ) O gerenciamento dos resíduos nas atividades industriais, hospitalares, de centros comerciais ou da construção civil é uma necessidade incontestável. Requer não apenas a organização e a sistematização das fontes geradoras, mas, principalmente, uma maior conscientização sobre as responsabilidades individuais, inerentes a qualquer tipo de resíduo. O descarte inadequado de resíduos gera sérios passivos ambientais. Além disso, a sociedade apresenta uma percepção cada vez maior sobre este tema, exigindo das empresas uma atuação responsável e cobrando por falhas ou eventuais danos causados. Por isso, é fundamental que as empresas e organizações efetivamente se preocupem com o controle da destinação, transporte, rastreabilidade e destino final de cada resíduo produzido.

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A responsabilidade pela prevenção da geração de resíduos nos segmentos industrial e comercial não deve ser observada apenas durante projetos específicos e processos produtivos, mas sim envolver toda a cadeia de produção, com uma análise cuidadosa de seu ciclo de vida O PGRS deve prever o manejo dos resíduos, no âmbito interno dos estabelecimentos, obedecendo a critérios técnicos que conduzam à minimização do risco à saúde pública e à qualidade do meio ambiente . A disposição final dos resíduos deverá ser realizada de acordo com as características e classificação, podendo ser objeto de tratamento (reprocessamento, reciclagem, descontaminação, incorporação, co-processamento, re-refino, incineração ) ou disposição em aterros: sanitário ou Industrial. A seguir serão feitas algumas considerações do PGRS de duas das atividades mais importantes em relação a resíduos sólidos: serviços de saúde e construção civil. . 2.21 Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS Um dos PGRS mais importante é dos serviços de saúde. No caso dos serviços de saúde, a atividade hospitalar, por si só, gera uma quantidade considerável de resíduos. Em muitos hospitais de grande porte o lixo acumulado no dia-a-dia é maior do que o coletado em cidades inteiras. Essa montanha de resíduos hospitalares é comumente chamada de lixo hospitalar e se constitui em um sério problema para os administradores das casas de saúde. O principal deles é a falta de informação sobre qual o procedimento adequado no trato dos resíduos. A Resolução do CONAMA nº. 358/2005 (15) dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e a Resolução da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC nº 306 de 07 de Dezembro de 2004 (16) dispõe sobre Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço de saúde Para a elaboração de um PGRSS - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde deve ser designado profissional, com registro ativo junto ao seu Conselho de Classe, para exercer a função de Responsável pela elaboração e implantação do PGRSS. Quando a formação profissional não abranger os conhecimentos necessários, este poderá ser assessorado por equipe de trabalho que detenha as qualificações correspondentes. O Responsável Técnico dos serviços de atendimento individualizado pode ser o responsável pela elaboração e implantação do PGRSS, este deverá manter cópia do PGRSS disponível para consulta sob solicitação da autoridade

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sanitária ou ambiental competente, dos funcionários, dos pacientes e do público em geral. A equipe de PGRSS deve prover a capacitação e o treinamento inicial e de forma continuada para o pessoal envolvido no gerenciamento de resíduos. Também deve requerer às empresas prestadoras de serviços terceirizados a apresentação de licença ambiental para o tratamento ou disposição final dos resíduos de serviços de saúde, e documento de cadastro emitido pelo órgão responsável de limpeza urbana para a coleta e o transporte dos resíduos. Deverá igualmente manter registro de operação de venda ou de doação dos resíduos destinados à reciclagem ou compostagem. O PGRSS deve prever: 1) Ordenar os resíduos de serviços de saúde, conforme tipologia com vista a Resolução CONAMA 358/2005 (15) ; 2) Minimizar a geração de resíduos na fonte; 3) Reduzir o volume e toxicidade na geração dos resíduos; 4) Adequar a segregação na origem; 5) Contribuir para o controle dos riscos de acidentes de trabalho; 6) Controlar e reduzir riscos ao meio ambiente; 7) Controlar e reduzir riscos para a saúde pública; 8) Contribuir para a qualidade da higiene em unidades de saúde, com enfoque no controle de infecção hospitalar; 9) Assegurar o adequado manejo dos resíduos, buscando a melhoria continua do PGRSS; 10) Promover a educação ambiental. 2.22 O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos na Construção Civil - PGRSCC A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) define como resíduos da construção civil aqueles gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis. Segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a projeção para suprir o déficit habitacional brasileiro indica que, no período entre 2010 e 2022, seria necessária a construção de 23,49 milhões de novas unidades. Em função disto a quantidade prevista de resíduos nos próximos anos é muito grande. A importância do PGRS na Construção Civil, mais do que um requisito formal para obtenção de licença ambiental junto aos órgãos públicos, é muito relevante no aspecto econômico e gestão ambiental . No aspecto econômico o PGRS contem um planejamento feito para evitar o desperdício de materiais (sobras e quebras). No aspecto ambiental contem um planejamento para minimizar a geração de resíduo e o consumo de matéria prima, o que também no aspecto econômico representa uma redução de custo com o conseqüente aumento do lucro.

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O PGRS na construção civil também pode prever o uso do entulho de construção reciclado para substituir em grande parte os agregados naturais empregados na produção de concreto, blocos e base de pavimentação Com isto o PGRS contem um planejamento de economia no consumo de recursos minerais e em conseqüência de economia na energia que seria consumida na produção de materiais a partir desses recursos. Outro aspecto justifica a importância dada ao PGRS: o levantamento do inventário pode também servir para diminuir os riscos de passivos ambientais, às vezes ocultos, mas que diminuem consideravelmente o lucro do empreendimento. Especificamente quanto à destinação final adequada dos resíduos, o gerador é responsável até que eles sejam adequadamente descartados. Além de previsão constitucional, tal afirmação decorre da expressa disposição contida no § 1o do art. 27 da Lei 13.605. O gerador do resíduo tem responsabilidade solidária e vinculada pelos danos ocasionados pela contaminação decorrente de acidente rodoviário no transporte dos mesmos (os resíduos). Assim o PGRS deve prever que os resíduos estejam devidamente acondicionados quando encaminhados ao seu destino final. O gerador do resíduo responde solidariamente com o terceiro que faça o descarte pelos danos causados em razão de contaminação da área, razão pela qual o PGRS deve prever a verificação se o terceiro datem a respectiva licença e a verificação, in loco, pelo gerador, de que o descarte seja corretamente realizado Se o resíduo não for adequadamente armazenado, transportado, tratado ou descartado, a responsabilidade do gerador poderá ser apurada cumulativamente nas esferas civil, administrativa e penal. Por isto , a adequada formalização do contrato com terceiros pode auxiliar na minimização dos riscos. Mediante a redação de cláusulas específicas, direitos do gerador podem restar assegurados, como, por exemplo, o de regresso para ressarcimento de prejuízos no caso de desembolso. Assim o PGRS, como visto, pode ser um importante instrumento de gestão da obra de construção civil, contemplando, além do aspecto ambiental, do ponto de vista econômico uma alternativa para a redução de custos. Pode também indicar os riscos de passivos ambientais, contribuindo para que estes sejam mitigados.

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2.23 Os Resíduos Perigosos Na verdade, não é difícil definir o que são resíduos perigosos, é fácil, basta observar os seguintes detalhes: Se for : 1) inflamável (pode acender ou facilitar a combustão), 2) corrosivo (destroi ou danifica materiais com os quais esteja em contacto, incluindo os tecido vivos), 3) patogênico (pode conter organismo ou material capaz de produzir doença no homem, animais ou vegetais) , 4) tóxico (prejudicial à saúde humana ou qualquer ser vivo) 5) ou reativo ( sofre alteração química formando misturas explosivas ou gases tóxicos; pode ser também uma substância que pode explodir ) , então é resíduo perigoso. E quais os exemplos de resíduos perigosos? 1) Restos de tinta (São inflamáveis, podem ser tóxicos); 2) Material hospitalar (São patogênicos); 3) Produtos químicos (Podem ser tóxicos, reativos ou corrosivos ); 4) Produtos radioativos; 5) Lampadas Fluorescentes(Elas têm dentro do vidro, o mercúrio, que é tóxico e bioacumula, contaminando o ambiente em que elas forem jogadas), 6) Pilhas e baterias ( Podem ser corrosivos, reativos e tóxicos ); Todos estes resíduos acima devem ser separado do lixo comum e o do lixo reciclável, pois devem ir para tratamento especial. Portanto temos 3 tipos de separação de lixo: 1) Lixo reciclável (PAPEL, PLÁSTICO, MADEIRA, VIDRO, METAL); 2) Lixo NÃO-reciclável (Guardanapos sujos, materiais misturados e etc..); 3) Resíduos perigosos (Pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, produtos químicos, material hospitalar).

Os resíduos perigosos são identificados com as colorações ROXO(radioativos), BRANCO(hospitalares), LARANJA(perigosos em geral)

Medidas defendidas por especialistas para a prevenção da contaminação humana e ambiental por esses resíduos: 1) a redução da fonte de origem dos resíduos perigosos, 2) a reciclagem dentro do processo de produção, 3) o uso de tecnologias limpas, 4) a substituição de matérias primas e 5) a manutenção preventiva

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Ao que parece, não há no país dados oficiais sobre a quantidade e destinação de resíduos produzidos pelas indústrias. O problema é que muitos desses resíduos são perigosos e podem estar gerando graves prejuízos ao meio ambiente e à população. Estimativas da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento, Recuperação e Disposição de Resíduos Especiais calculam que as indústrias em solo brasileiro produzam, a cada ano, cerca de 2,9 toneladas de resíduos perigosos, sendo que apenas 600 mil são dispostas de modo correto; . 2.24 O CNORP - Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos O CNORP sai do papel .

A Instrução Normativa - IN nº1/13 do IBAMA, de 25/01/2013, regulamenta o Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos (CNORP), um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

As empresas que gerem ou operem resíduos perigosos estão obrigadas à inscrição no CNORP. No anexo 1 da Instrução Normativa estão listadas estas atividades.

Isto permitirá, ao longo dos próximos anos, a disponibilização de informações sobre a geração e operação dos resíduos sólidos, assim como a melhoria da gestão destes em nosso país, em especial, aqueles classificados como perigosos 2.25 O SNIR - Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos O SINIR já conta com um portal próprio na Internet : http:// www.sInir.gov.br Este portal contem informações sobre planos de resíduos sólidos, tipos de resíduos, logística reversa, documentos, editais, legislação, bancos de dados e sistemas afins Na verdade o SINIR, tal como foi concebido, é uma ferramenta fundamental na execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos De acordo com as informações do portal, a sua concepção envolverá o Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente (SINIMA) e o Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento Básico (SINISA), atual SNIS coordenado pelo Ministério das Cidades. Ao SINIR será somado o Inventário de Resíduos que se somará ao Sistema Declaratório Anual de Resíduos Sólidos, que será preenchido e atualizado pelas indústrias, sinalizando a origem, transporte e destinação final dos resíduos.

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O Ministério do Meio Ambiente apoiará os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os respectivos órgãos executores do Sisnama nas atividades necessárias à implantação e manutenção do Sinir e além de manter, de forma conjunta, a infra-estrutura necessária para receber, tratar e divulgar informações sobre a gestão de resíduos sólidos. 2.26 A educação ambiental na gestão dos resíduos sólidos O tratamento e a destinação final ambientalmente adequados do RS dependem muito de comportamento. E o comportamento depende, em grande parte, de valores. Os valores por sua vez são adquiridos do grupo social e também da educação formal. Neste ponto é que a atuação adequada do Poder Pública pode ser um fator acelerador da melhoria no tratamento adequado dos RS. É obvio que a Educação Ambiental sozinha não é suficiente para resolver os problemas ambientais, mas é condição indispensável para tanto. A grande importância da Educação Ambiental é contribuir para a formação de cidadãos conscientes do seu papel na preservação do meio ambiente, e aptos para tomar decisões sobre questões ambientais necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável. O papel do poder público é fundamental para que tais demandas se concretizem Para que tais objetivos se concretizem, num programa de Educação Ambiental, é necessário evidenciar: a importância do consumo responsável e da diminuição das inúmeras formas de desperdício percebidas na sociedade atual. Uma maior eficácia dos programas e projetos de Educação Ambiental passa pela discussão sobre o excesso de geração de produtos, além do descarte e destinação adequados. Para tanto é necessário, além da sensibilização aos programas de destinação do lixo, um entendimento mais amplo, sob os diferentes pontos de vista existentes, acerca do atual modelo de produção e consumo, suas consequências e os desafios futuros. 2.27 O acesso a recursos públicos federais O decreto exige que os Estados, Municípios e DF elaborem Plano de Resíduos Sólidos para ter acesso a financiamento da União para atividades de tratamento e gestão de RS. Esta condição nos parece fundamental pois a primeira providencia que um ente (Estado, DF, Municip.) deve fazer é ter é um projeto detalhado de como pretende dar uma disposição final aos RS gerados no seu território. Por outro lado. a prioridade para o acesso aos recursos para os entes que optarem pela regionalização e / ou utilização das COOP-CAT para o

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gestão dos RS, nos parece muito acertada, pois as soluções regionais tendem a diminuir o custo e a utilização de pessoas físicas de baixa renda traz uma contribuição para a inclusão social 2.28 Os instrumentos econômicos O que nos parece fundamental é que qualquer tipo de financiamento ou incentivo, direto ou indireto, por parte do poder público , deve se focar na redução da geração e no reaproveitamento dos RS. E neste ponto é fundamental a Logística Reversa ou seja o retorno dos RS ao setor empresarial para seu reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos. Destacamos este aspecto porque o principal problema hoje é o desperdício ou seja não é feito o esgotamento das possibilidades do aproveitamento dos recursos.

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CAPITULO I I I

O Plano MunicipaL de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade do Rio de Janeiro – PMGIRS-Rio O PMGIRS – Rio foi estabelecido pelo Decreto Municipal Nº 37.775 de 10 de Outubro de 2013 Resumidamente, podemos dizer que os principais pontos estabelecidos pelo Plano são: Objetivos, Diagnostico dos Resíduos Sólidos, Políticas adotadas para Resíduos Sólidos, Diretrizes e Metas, alem de Resíduos Sólidos sujeitos a Planos de Gerenciamento Específicos e Sistemas de Logística Reversa - SLR a) Os objetivos Os objetivos do PMGIRS do Município do Rio de Janeiro se focam em um fato e quatro operações: O fato : Áreas degradadas pela disposição inadequada de resíduos sólidos e rejeitos: As quatro operações : Coleta Seletiva, Reutilização, Reciclagem e Disposição final dos Resíduos Sólidos Em relação às áreas contaminadas o objetivo do Plano e garantir a sua recuperação. Em relação as quatro operações : coleta seletiva, reutilização, reciclagem e disposição final dos RS, o objetivo do Plano e que elas sejam feitas de forma a garantir: : 1) a proteção a saúde publica e qualidade do meio ambiente, 2) a redução da geração de RS, Desenvolvimento sustentável e aproveitamento de energia, 3)benefícios sociais e a sustentabilidade econômica dos serviços de gerenciamento de RS, 4) a inclusão social e econômica dos catadores e 5) o acesso da população a informação e controle social da gestão integrada de RS O objetivo do Plano também é definir o papel do setor privado e a sociedade civil organizada na gestão de RS e as suas responsabilidades na política de meio ambiente.

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Se tivessem que ser definidos com poucas palavras os objetivos da PMGIRS-RIO, seriam: saúde publica, meio ambiente, desenvolvimento sustentável, menos resíduos, benefícios sociais, acesso à informação e controle da gestão de RS b) O diagnostico dos resíduos sólidos no Município Os Resíduos Sólidos Gerados no Município e encaminhados as unidades de recolhimento somam 10.815 ton/dia (Fonte : Comlurb, dezembro 2011) Resíduos per capita 1,62 kg / hab / dia Considerando o total dos resíduos da cidade 0,79 kg / hab / dia Considerando apenas o lixo domiciliar 0,52 kg / hab / dia Considerando apenas o lixo publico Tipos de Resíduos gerados: Materiais recicláveis (metais, plásticos, vidros, papel, papelão, etc) : 40,99 % Material orgânico :..................................................................52,68 % Demais materiais (restos de madeira e tecidos, etc) : .............6,33 % Nota: dos materiais recicláveis os plásticos (PVC, PET, PE, etc)representam 90 % A grande quantidade de resíduos do Rio de Janeiro e escassa oferta de áreas apropriadas na mesma cidade, dificultou uma solução consorciadas que incluísse a cidade do Rio de Janeiro. Por isto, a administração municipal optou pela implantação da Central de Tratamento de Resíduos de Seropédica , o chamado CET-Rio. A CET-Rio recebe também resíduos dos municípios de Seropedica, Itaguai e Mangaratiba e então se tornou uma solução consorciada na pratica. A Central de Tratamento de Resíduos de Seropedica (220 hectares) é uma concessão da COMLURB à Ciclus. Tem como função receber e tratar os resíduos gerados no município do Rio de Janeiro e possibilitar o encerramento do Aterro de Jardim Gramacho. Recebera os resíduos das ETR (Estação de Transferência de Resíduos) , que por sua vez receberão os Resíduos da coleta urbana de lixo. O Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho - AMJM está desativado e mesmo assim tem um pólo de extração de biogás para fins energéticos. O gás será canalizado para a REDUC (REfinaria DUque de Caxias de Petrobrás),

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com previsão de 70 milhões de metros cúbicos por ano, pela empresa Gás Verde AS. Esta usina de biogás evitara que o gás metano seja lançado na atmosfera no próximos 15 anos. Foi criado um Fundo destinado à capacitação dos catadores e criação de novas técnicas de reciclagem, nos próximos 15 anos a partir do encerramento O Centro de Tratamento de Resíduos - CTR – Gericino (356.000 m2) esta na fase final da sua vida útil e nele está prevista a adoção de cinturão de arvores em quase todo seu entorno e também existe o licenciamento de uma unidade incineradora de resíduos hospitalares, de 200 kg/dia c) As Políticas adotadas Os fatos mais significativos adotados para a redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem de RS, descritos no Plano, são: Construção Civil: os agregados reciclados de RCC são de uso obrigatório nas obras municipais e os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil - PGRCC devem privilegiar, na própria obra ou em unidades adequadas, o reaproveitamento e reciclagem dos RCC. Compostos orgânicos: a Usina do Caju produz o composto orgânico FERTILURB a partir da parte orgânica da Usina de Reciclagem da mesma área e também dos resíduos orgânicos de hortifrutigranjeiros (Grandes Geradores). O composto e usado em ações de reflorestamento e o restante comercializado. A coleta seletiva de materiais recicláveis , de porta a porta: este material tem sido encaminhado a cooperativas e associações de catadores para separação e venda para as industrias de reciclagem: em 2011 atingiu 7.797 toneladas no Município, equivalente a 4 gramas por pessoa por dia. O Programa de Ampliação da Coleta Seletiva da Cidade : objetiva entender os serviços de CS a toda a cidade, fazer a inclusão social de catadores de recicláveis, reaproveitar o material reciclável dos domicílios e construir seis Centrais de Triagem. Para este Programa foi assinado um contrato de financiamento com o BNDES. Desoneração da cadeia produtiva da reciclagem A Câmara Técnica de Resíduos Sólidos do CONSEMAC (Conselho Municipal de Meio Ambiente) elaborou proposta de isenção de IPTU para as empresas destinadas ao beneficiamento / aproveitamento de materiais recicláveis provenientes do lixo gerado na cidade Valorização de resíduos sólidos: a obrigatoriedade de uso de agregados reciclados de RCC na obras municipais, o reaproveitamento de 15.600 pneus

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por mês (15% do consumo do asfalto borracha) nas obras municipais, Projeto da Prefeitura para incentivar a reciclagem das cascas de coco (uso em fibra têxtil, divisórias e pisos industriais, fabricação do cepo das vassouras do serviço de limpeza urbana e de coletores dos parques públicos), Cooperativas de Catadores: os recicláveis separados nas Unidades Municipais são destinados a Cooperativas e Associações de Catadores, com a perfectiva de ampliação da pratica ao resto da população, e o Programa de Ampliação da CS, fruto da parceria entre a Prefeitura e o BNDS, contou desde o inicio com a participação dos catadores, com a previsão da capacitação dos mesmos. Educação ambiental: há a previsão de ações de educação ambiental da Prefeitura voltadas para a : não geração, redução, reutilização e reciclagem de RS, utilizando os diversos meios de divulgação. Comunidades : a Prefeitura tem favorecido a implantação do Programa Alternativo de Coleta Seletiva através de ecopontos, com a participação da comunidade, em parcerias com Empresas e ONGS. e tem agido de forma diferenciada junto às comunidades a fim de definir novos acessos e novos locais para a concentração de coletores a fim de melhorar o Serviço de Coleta. . . d) Resíduos Sólidos sujeitos a Planos de Gerenciamento Específicos O Plano referencia os geradores de RS especificados no art. 20 da lei federal 12.305 / 2010 sujeitos a elaboração de Planos de Gerenciamento Especifico - PGE incluindo os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço: Resíduos Sólidos do Serviço Público de Saneamento Básico, Industria, Serviços de Saúde, Mineração, Construção Civil, Transporte, Atividades agrosilvopastoris e Sólidos Perigosos e) Sistemas de Logística Reversa – SLR O Plano referencia o art. 33 da lei federal 12.305/2010, que estabelece que os Fabricantes, Importadores, Distribuidores e Comerciantes de determinados produtos deverão estruturar e implementar SLR mediante o retorno dos produtos e embalagens após o uso pelo consumidor, independente do Serviço Publico de Limpeza Urbana e de Manejo dos Resíduos Sólidos : pilhas e baterias, pneus, lâmpadas fluorescentes, produtos eletrônicos e seus componentes, agrotóxicos, óleos lubrificantes, produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, etc.

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f) Diretrizes As diretrizes mais significativas descritas no Plano são: 1) Garantir o encerramento dos aterros junto com as medidas de controle, 2) Incentivar o tratamento do resíduo orgânico com recuperação energética e compostagem, 3) Garantir o cumprimento dos Programas de Coletas Seletiva, 4) Apoiar a legalização e a capacitação das associações de catadores, 5) Garantir o uso do material reciclado nas obras e serviços executadas pelo Município 6) Exigir os PGRCC no processo de licenciamento. 7) Garantir o Licenciamento Ambiental Simplificado, para as atividades beneficiadoras de materiais recicláveis 8) Promover convênios com instituições de pesquisa para obter o melhor aproveitamento dos resíduos sólidos, 9) Fomentar as atividades da reciclagem através da desoneração tributaria, agilização do licenciamento ambiental, etc 10) Campanhas informativas e educativas para incentivar a não geração, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos, 11) Incentivo ao consumo e à utilização sustentável dos recursos naturais, 12) Dialogo com a sociedade (órgãos, entidades, ONGs, associações, cooperativas de catadores, etc ), 13) Capacitação dos gestores municipais e outras pessoas sobre o Plano,

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g) Metas No Plano são estabelecidas metas até o final dos anos 2013, 2016 e 2020, em essência: 1) Disposição final ambientalmente adequada dos Resíduos Sólidos com Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos-IQR maior ou igual a 8,1: 100% dos RS de competência municipal . no CT-Rio até final de 2016 2) Destinação ambientalmente adequada das podas de arvores : 50% dos Resíduos Gerados ate final de 2016, 100% ate final de 2020 3) Mapear as áreas degradadas pela disposição inadequada de resíduos: mapear até 2016 e recuperar até 2020 4) Agregados reciclados de RCC sejam usados na obras executadas diretamente pela administração municipal: 20% de RCC nas obras, no ano de 2015, 40% em 2019 5) Agregados reciclados de RCC sejam usados na obras municipais indiretas 20% de RCC nas obras, no ano de 2015, 40% em 2019 6) Camiões terceirizados da limpeza publica usem combustíveis renováveis ou híbridos: 70% da frota terceirizada em 2016, 100% em 2020 7) Coleta seletiva e tratamento da fração orgânica dos RS: 10% da fração Orgânica em 2016 e 100% em 2020 : 8) Coletar os recicláveis com ênfase na alternativa ambiental, técnica e economicamente viável : 5% dos recicláveis de domicílios em 2013, 20% dos recicláveis da Cidade ate 2016, 40% ate 2020 9) Cumprimento dos compromissos referentes à Gestão de RS no Dossiê de Sustentabilidade dos Jogos Olímpicos de 2016: 100% em final de 2016 10) Mínimo 10% dos resíduos sólidos urbanos sejam tratados por unidades de geração de energia : 100% em final de 2016 e 100% em 2020

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CONCLUSÃO

1 - Considerações sobre a não geração e redução de resíduos sólidos

O ponto principal da Política Nacional de Resíduos Sólidos é a redução, ou seja, a não geração de resíduos através do tratamento e da reutilização dos mesmos. Já no que se diz respeito aos rejeitos, a lei determina uma destinação adequada a eles, sem agredir o meio ambiente A ordem de prioridade para o gerenciamento de resíduos sólidos: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, especificada na PNRS, é sem duvida uma diretriz que representa uma direção ideal e correta a ser seguida. No entanto a primeira prioridade: não geração, representa uma desafio muito maior do que possa parecer a primeira vista, no nosso entendimento. Tudo o que é fabricado algum dia gera resíduos. Em muitos casos é gerada a embalagem como resíduo logo que o produto é transferido ao consumidor. Quando o produto é durável, algum dia atinge seu tempo de vida útil, e nesse caso, o próprio produto vira resíduo. Ou seja, não como há consumir sem gerar resíduo. Então, não geração equivale a não consumo. E não consumo. equivale. . a não produção, e ai as coisas ficam difíceis. Então, concluímos que a não geração não pode ser entendida ao pe da letra e sim como uma orientação, uma diretriz. O ideal seria que as pessoas não consumissem alem do necessário e que o resíduo gerado como conseqüência do consumo seja mínimo. Então isto vem acompanhado da redução, ou seja : “ se você não pode deixar de gerar resíduo, pelo menos que este seja mínimo “. Mas na verdade isto vem no sentido contrario de uma sociedade em que o consumo é incentivado. e faz parte da cultura e também a redução depende da eficiência da industria Então, se a produção de resíduos sólidos urbanos não pode ser eliminada, pois esses são gerados pela maioria das atividades da vida cotidiana, como por exemplo atividades domésticas e varrição de vias públicas, também é verdade que a busca pela minimização é de suma importância. Alguns dos efeitos que a redução pode gerar são a diminuição de: uso de recursos naturais, custos de produção, emissões de poluentes e de gases do efeito estufa (CEE) e a necessidade de áreas para o tratamento e para a disposição final dos resíduos.

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Por sua vez a redução dos resíduos sólidos depende da mudança de padrões de produção e consumo e pode ser obtida pelo controle do desperdício, reuso de produtos e reciclagem . O uso de menor numero de embalagens e a produção de bens materiais mais duráveis, ou com peças mais facilmente substituíveis sem duvida leva à economia de recursos ou seja ao controle do desperdício.. , Por outro lado, quanto maior o reuso e a reciclagem, menor é a quantidade de material que vai para os aterros para destinação final e por tanto maior a vida útil deste aterros. . 2 - Considerações sobre o instrumento para o acompanhamento da execução da PNRS O decreto 7.404 / 2010 basicamente: 1) define as responsabilidades pelo tratamento dos Resíduos Sólidos e o Ciclo de vida dos produtos , 2) define os procedimentos através dos quais serão realizados o tratamento dos Resíduos Sólidos , ou seja, a Coleta Seletiva e a Logística Reversa dos Resíduos Sólidos, 3) determina os programas ou projetos através dos quais serão realizados esses procedimentos, a CS e a LR dos RS : são os Planos de Resíduos Sólidos seja do Poder Públicos ou de Particulares, 4) define instrumentos através dos quais será feito o acompanhamento da execução desses Planos, alguns dos quais são criados como é o caso do SINIR e o CNORP e outros já existentes como o caso do CTF/APP , alem de outros 5) cria órgãos específicos para a elaboração e execução dos Planos de Resíduos Sólidos como é o caso do CI-PNRS e do CORI 6) determina a prioridade da utilização das COOP-CAT na execução dos Planos 7) da a orientação sobre Educação Ambiental na gestão de RS 8) da diretrizes sobre o acesso a recursos financeiros e instrumentos econômicos para a gestão de RS

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NOTA SINIR - Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos CNORP - Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos CTF/APP - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais CTF/AINDA - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental CI-PNRS - Comitê Interministerial para Acompanhamento da Política Nacional de Resíduos Sólidos CORI - Comitê Orientador para Implantação de Sistemas da Logística Reversa COOP-CAT - Cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis constituídas por pessoas físicas de baixa renda. Em fim, como pode se ver, no decreto são dadas todas as regras e diretrizes para a redução da geração de resíduos sólidos e a coleta, tratamento e destino final ambientalmente adequado dos mesmos. . Até tudo bem, parece simples . No entanto o assunto é extremamente complexo. A diversidade de tipos de resíduos sólidos é muito grande e a quantidade de municípios brasileiros é expressiva . Para o MMA poder acompanhar e tomar medidas corretivas necessárias de um assunto complexo como é a gestão de RS e num território tão extenso, é necessário ter um instrumento . Aqui é que toma uma vital importância o SINIR, como instrumento de acompanhamento das ações na gestão dos RS O SINIR, de acordo com o previsto no decreto, disporá de informações sobre serviços de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, inclusive dos sistemas de logística reversa. Na sua implantação e manutenção, recebe informações de vários órgãos

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O SINIR é um dos Sistemas mais importantes para o meio ambiente. Pelas informações previstas nele, o MMA tem condições de acompanhar o cumprimento das metas dos planos de Resíduos Sólidos e quando elas não forem atingidas, identificar as possíveis causas: Falta de conhecimento ou treinamento dos operadores ou gestores Falta de recursos materiais Falta de informação Falta de coordenação entre os diversos setores Falta de planejamento, etc,...,etc Dessa forma é possível planejar as ações para corrigir a rota. Alem disso é possível determinar regiões do pais tem o mesmo tipo de carência: por exemplo falta planejamento na Baixada Fluminense. Então, para que a Política Nacional de Recursos Sólidos realmente funcione na prática, uma condição fundamental é que existam ações e investimentos para que o SINIR realmente funcione, ou seja que contenha informações confiáveis e atualizadas. É evidente que esta não é a única condição para a Política funcione, mas é ela é fundamental , sem ela nada feito, os Planos são só teoria.

SINIMA (Informações de Meio Ambiente)

SNIRH (Informações de Recursos Hídricos)

SINISA (Informações de Saneamento Básico

Órgãos do SISNAMA

PGRS (Planos de Gerenciamento de Resíduos)

CNORP (Cadastro de. Operadores de Resíduos Perigosos)

SLR ( Sistemas Logística Reversa )

SINIR

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LEI 6.938 / 1981, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente – PNMA Lei 7.802 / 1989, que dispõe sobre agrotóxicos Lei 8.171 / 1991, que dispõe sobre Política Agrícola LEI 8.666 / 1993, que dispõe sobre licitações e contratos da administração pública Lei 9.795 / 1999, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA Lei 9.972 / 2000, que institui a classificação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico Lei 10. 650 / 2003, que dispõe sobre o acesso público às informações do SISNAMA. Lei 11.107 / 2005, que institui Normas de Contratação de Consórcios Públicos Lei 11.445 / 2007, que instituiu a Política Federal de Saneamento Básico e Diretrizes para o Saneamento Básico - PFSB Lei 12.305 / 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS Decreto 4.074 / 2002, que regulamenta a lei sobre agrotóxicos 7.802 / 1989 Decreto 4.281 / 2002, que regulamenta a Política Nacional de Educação Ambiental-PNEA Decreto 6.514 / 2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao Meio Ambiente Decreto 7.404 / 2010, que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS Decreto Municipal Nº 37.775 de 10 de Outubro de 2013, do Rio de Janeiro Instrução Normativa do IBAMA nº 1, de 2013 Resolução da ANVISA RDC nº 306 / 2004 Norma NBR 10004 da ABNT Resolução do CONAMA nº. 358/2005 Resolução SMAC nº 519, de 21-08-2012, Prefeitura do Rio de Janeiro Carollina Salle, http://carollinasalle.jusbrasil.com.br/noticias/138206754/brasil-sedia-congresso-internacional-de-residuos-solidos?utm_campaign=newsletter-daily_20140909_73&utm_medium=email&utm_source=newsletter ( PNRS)

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Caroline Faria, http://www.infoescola.com/ecologia/definicao-de-residuos-solidos/, ___________, http://www.infoescola.com/ecologia/reciclagem/reciclagem de borracha e pneus ______________ http://www.infoescola.com/ecologia/reciclagem-de-papel/ _____________ http://www.infoescola.com/ecologia/reciclagem-de-vidro _______________http://www.infoescola.com/ecologia/residuos-solidos (Classificação) http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-de-aluminio.htm http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/reciclagem/reciclagem_de_pneus. html Coleta e Reciclagem de Resíduos da Construção Civil – SEBRAE, http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/ABC3557D7A75596E83257A33004B0E5B/$File/NT000476FE.pdf Revista Meio Ambiente Industrial, 20 de dezembro de 2012 http://rmai.com.br/v4/Read/1429/primeiro-acordo-setorial-da-politica-nacional-de- residuos-solidos-e-assinado-em-brasilia.aspx http://www.abividro.org.br/abividro/vidro-no-brasil-e-sua-industria http://www.aedb.br/seget/artigos05/22_logistica_reversa_artigo.pdf http://www.bracelpa.org.br/bra2/?q=node/172 ( Logística reversa do papel ) http://www.derba.ba.gov.br/download/meioambiente/mamb4.pdf (Os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS) http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35-atitude/884-poliuretanoo-desconhecido-muito-presente-no-cotidiano.html (logística reversa de plásticos ) http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/instrumentos-da-politica-de-residuos/comite-orientador-logistica-ersa#descartedemedicamentos http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/politica-nacional-de-residuos-solidos/comite-interministerial-para-acompanhamento http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_publicacao/253_publicacao02022012041757.pdf ( Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PLNRS )

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BIBLIOGRAFIA CITADA

1 - Lei 12.305 / 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS, Art. 3o , XVI 2 - Norma NBR 10004 da ABNT

3 - Caroline Faria, http://www.infoescola.com/ecologia/definicao-de-residuos-

solidos/

4 - Lei 12.305 / 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS, Art. 3o , XV

5 - Lei 12.305 / 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS, ART 13, II 6 - Lei 12.305 / 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS, ART 13, I 7- Caroline Faria, http://www.infoescola.com/ecologia/residuos-solidos (Classificação) 8- Caroline Faria, http://www.infoescola.com/ecologia/residuos-solidos (Classificação) 9 - Lei 12.305 / 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS, ART 3, VII 10 - Lei 12.305 / 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS, ART 3, VIII 11 - Decreto 7.404 / 2010, que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, ART. 54

12 - Resolução SMAC nº 519, de 21-08-2012 13 - http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_publicacao/253_publicacao02022012041757.pdf ( PLANO NACIONAL DE RESIDUOS SÓLIDOS – PLNRS ) 14 - http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/o-caminho-do-lixo/noticia/2012/01/o-que-e-o-plano-nacional-de-residuos-solidos.html

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15 - Resolução do CONAMA nº. 358/2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde 16 - Resolução da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC nº 306 de 07 de Dezembro de 2004, que dispõe sobre Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço de saúde

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INDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTOS 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SIGLAS E LEGISLAÇÃO REFERENCIADA 7

SUMÁRIO 10

INTRODUÇÃO 11

CAPÍTULO I - CONCEITOS BASICOS 13

CAPITULO II - COMENTARIOS E CONSIDERAÇOES 20

CAPITULO iii - O Plano MunicipaL de Gestão Integrada 42 de Resíduos Sólidos da Cidade do Rio de Janeiro – PMGIRS-Rio -

CONCLUSÃO 48 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 53

BIBLIOGRAFIA CITADA 56 ÍNDICE 58

FOLHA DE AVALIAÇÃO 59

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FOLHA DE AVALIAÇÃO