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Direito e Economia
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14/02/2011
Aula 3 - 10/08/2011DIREITO E ECONOMIAPAPEL DO DIREITO NA ECONOMIARonald Coase:
O objetivo da poltica econmica garantir que as pessoas, quando decidem que caminho seguir, escolham aquele que resulta na melhor escolha para o sistema como um todo.
Leis atuam sobre atividade econmica:
A) protegendo os direitos de propriedade privados;
B) estabelecendo regras para a negociao;
C) definindo regras de acesso aos mercados;
D) promovendo a competio, dentre outros canais.
RELAES COM O DIREITODireito e Economia so duas reas de conhecimento com possibilidades de cooperao.
- Economia: escolhas feitas quando existe escassez
- Direito: prevenir ou remediar conflitos que ocorrem em conseqncia da escassez
Problemas econmicos podem atuar de modo a modificar o quadro existente de normas jurdicas:
- EXTERNALIDADES
So quando efeitos so gerados de uma atividade econmica, mas que no so objeto principal de uma atividade econmica. Podemos ter externalidades POSITIVAS e NEGATIVAS.
( NEGATIVAS: Ex: uma indstria de papel e celulose. A produo de papel e celulose a atividade principal. S que ela gera poluio ao meio ambiente. A POLUIO DE UMA INDSTRIA um exemplo de uma externalidade negativa. Mas o que vai legislar isso a LEGISLAO AMBIENTAL (de acordo coma quantidade de poluio, agresso ao meio ambiente...).
Outro exemplo : pra um carro com som alto prximo Faculdade e atrapalha todos os alunos.
( POSITIIVAS: essa mesma indstria que se localizava fora de um centro urbano ajudou no desenvolvimento daquela regio. Propiciou transporte coletivo regio, etc.
- FALHAS DE INFORMAO
Ou Informao Assimtrica ou Informao Imperfeita. A informao no perfeita na economia. Ex: o consumidor no tem informao perfeita do que ele consome. Na compra de uma blusa de algodo, no sei como a empresa produziu o produto, quanto de lucro ela est obtendo. necessrio, portanto, que haja mais informao ao consumidor.
Numa relao de consumo vai ser gerada uma relao de consumo que vai defender o CONSUMIDOR (Direito do Consumidor). Tem que informar os produtos que no contm glten, por exemplo.
Outros fatores so o PROBLEMA DO RISCO MORAL: quem no tem informaes sobre o cliente a empresa. Ex: empresas de carto de crdito. A empresa no tem a informao perfeita dos perfis desses clientes. Tem um problema de moral que pode acontecer: a pessoa tem um perfil de dar calote. O que acaba resultando com isso so as taxas de juros altas, pois os bons acabam pagando pelos clientes que no vo pagar.
Para seguradoras tambm se aplica o exemplo do risco moral. No conhece a personalidade de todos esses clientes e estaro incorrendo em riscos.
Outro exemplo a relao entre EMPREGADO x EMPREGADOR.
- PODER DE MONOPLIO
No pode haver grandes concentraes de mercado porque isso vai prejudicar os consumidores. No Brasil existe o SBDC (Sistema Brasileiro de Defesa de Concorrncia). Ele vai fiscalizar os monoplios no Brasil.EVOLUO DO PENSAMENTO ECONMICO
ADAM SMITH (1723-1790) ESCOLA CLSSICA1776: A Riqueza das Naes: anlise do comportamento econmico britnico no incio da Revoluo Industrial.
As sociedades no so estticas, mas esto em evoluo permanente, regidas pela liberdade de ao econmica.
A escola clssica caracterizada por ser mais liberal. Caracterizada por defender uma posio mais livre da economia.
1 vez na histria da Filosofia que um pensador com razes na moral e na tica descreveu a gerao de riqueza por meio de processos econmicos. Ele vai reunir todos esses processos econmicos dentro da Riqueza das Naes.
A gerao de riquezas est baseada na mo de obra (teoria do valor-trabalho as horas de trabalho para se montar uma cadeira deve ser o valor dela).
Na riqueza das naes vamos encontrar a descrio de todos esses processos:
- Oferta e Demanda
- Preos
- Dinheiro e juros
- Lucro
- Comrcio Internacional
- Concorrncia
CONCORRNCIA:
Imaginemos 100 fabricantes de camisa. Cada um deseja aplicar uma margem de lucro sobre o custo de fabricao maior que o outro. Os comerciantes que mais aumentarem seus preos de venda para terem mais lucro vo sofrer a interveno dos fabricantes que estabelecerem preos mais moderados, portanto, perdero mercado e sucumbiro por causa do prprio egosmo.
LEI DA OFERTA E DA DEMANDA:Se os consumidores desejarem comprar mais sapatos do que camisas e a oferta de camisas for muito grande, o preo da camisa ir cair.
Como o mercado deve funcionar: Leave the markets alone.
O mercado cuidaria da sociedade como um todo e se no sofresse interferncia atravs do governo, os retornos para a sociedade seriam elevados.
Mo invisvel do mercado. Ela vai regular-se sozinha. Ex: tenho um excesso de oferta de laranjas. Sobrou laranja. Teria uma crise de superproduo. O preo vai cair.
Tudo seria baseado no Liberalismo econmico.
LEI DE SAY:
- a oferta cria a sua prpria demanda.
- No h crises de superproduo.
- Desemprego um desajuste temporrio. Porque a economia se auto-regula.
Leave the markets alone: Expresso usada para impedir que o Parlamento do Reino Unido votasse legislao para regulamentar ou impedir o trabalho infantil nas fbricas, estabelecesse salrios-mnimos e jornadas de trabalho adequadas.
Mas o momento era de um sistema de comrcio no totalmente livre, nem moral, nem tico.
KARL MARX (181-1883)
A histria da humanidade a histria da luta de classes (burgueses x proletariado).
Explorao do trabalhador pelo capitalista levaria destruio desse sistema.
Inspirou-se nos pensadores clssicos: teoria do valor-trabalho.
Teoria do valor-trabalho: valor de uma mercadoria determinado pelo valor da mo de obra, portanto o capital e a riqueza so criados por meio da mo de obra.
Capitalistas x proletariado.
Detentores do capital x detentores da fora de trabalho.
JOHN MAYNARD KEYNES (A teoria geral do emprego, do juro e da moeda, 1936).
Uma economia em recesso no apresenta foras de auto-ajustamento (como os clssicos falam), por isso torna-se necessria a interveno do Estado atravs do aumento de gastos.
GRANDE DEPRESSAO DE 29. CONSTATAO: Os economistas da poca no dispunham de uma teoria que explicasse o fenmeno e propusesse solues. Pois pela teoria clssica, o nico desemprego era o devido rotatividade da mo de obra (taxa natural de desemprego).
Perspectiva keynesiana e a crtica Lei de Say:
A Lei de Say s se aplicaria em uma economia no-monetria (escambo).
A existncia da moeda possibilita adiar decises de compra, reter moeda para precauo ou especulao.
Keynes: No h equilbrio automtico na economia capitalista. O emprego depende da demanda efetiva e, numa economia capitalista, possvel receber sem imediatamente gastar.
Para Keynes, crises originam-se nas variaes das propenses a investir e a consumir.
O consumo o nico fim e objetivo da atividade econmica. As oportunidades de emprego esto necessariamente limitadas pela extenso da procura empregada ( a demanda, o consumo). A demanda agregada s pode ser derivada do consumo presente ou das reservas para o consumo futuro.
O Estado deve estimular o consumo estimulando vendas, e as empresas vo sair do buraco.
Keynes escreve num contexto de recesso. Ele quer se livrar da crise. Quer fazer uma poltica de estmulo ao aquecimento da economia atravs do consumo. A poupana no entra na economia naquele prazo.
Assim, Keynes inverte o sentido da Lei de Say:
Oferta ( Demanda
Demanda ( Oferta
No existem foras de auto-ajustamento, sendo necessria a interveno do mercado.
Em perodos de recesses ou depresses econmicas, os consumidores perdem poder de consumo (grande parte deles tornam-se desempregados), as empresas esto fechando e demitindo, caber ao Estado incentivar as economias atravs de Gasto Pblico e Moeda. (Poltica Fiscal e Monetria).