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IES- Pós Graduação Especialização em Endodontia ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA A GESTANTE E LACTANTE COM ÊNFASE NO TRATAMENTO ENDODÔNTICO Ana Carla Assunção Débora Assumpção Miguel Belo Horizonte (MG) 2015

IES- Pós Graduação Especialização em Endodontia ... · A insegurança em tratar pacientes gestantes pode ser atribuída a diversos fatores, com início na formação acadêmica,

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IES- Pós Graduação

Especialização em Endodontia

ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA A GESTANTE E LACTANTE COM

ÊNFASE NO TRATAMENTO ENDODÔNTICO

Ana Carla Assunção

Débora Assumpção Miguel

Belo Horizonte (MG)

2015

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Ana Carla Assunção

Débora Assumpção Miguel

ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA A GESTANTE E LACTANTE COM

ÊNFASE NO TRATAMENTO ENDODÔNTICO

PREGNANT AND LACTATING DENTAL CARE WITH EMPHASIS ON

ENDODONTIC TREATMENT

Belo Horizonte (MG)

2015

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

Especialização em Endodontia do Instituto de

Estudos da Saúde Sérgio Feitosa

Orientador: Túlio Bruno Cavalhero de Oliveira

3

SUMÁRIO

Resumo...........................................................................................................................4

1 Introdução.....................................................................................................................5

2 Metodologia..................................................................................................................6

3 Revisão de Literatura...................................................................................................7

3.1 Radiografias...................................................................................................9

3.2 Anestésicos..................................................................................................10

3.3 Fármacos.....................................................................................................12

4 Protocolo de atendimento..........................................................................................18

5 Considerações Finais.................................................................................................22

6 Referências bibliográficas..........................................................................................23

4

RESUMO

A assistência odontológica na gravidez é bastante dificultada, por diversos

fatores como o não reconhecimento da necessidade do atendimento, a ansiedade e o

medo de sentir dor por parte da gestante. Muitos cirurgiões-dentistas preferem

postergar o atendimento odontológico às gestantes devido ao receio de serem

responsabilizados por possíveis fatalidades que eventualmente possam ocorrer com o

bebê. O objetivo do presente estudo é revisar a literatura disponível sobre o

tratamento odontológico da gestante e lactante viabilizando ao cirurgião-dentista

oferecer um tratamento seguro, e por fim estabelecer um protocolo de atendimento

para tais pacientes. Dessa maneira, o atendimento da gestante será desmistificado e

realizado com menor risco para a paciente e o feto.

Palavras-chave: Gestantes, Gravidez, Atendimento odontológico.

ABSTRACT

The dental care in pregnancy is quite difficult for various factors such as non-

recognition of the need of care, anxiety and fear of pain on the part of the pregnant

woman. Many dentists prefer delaying dental care to pregnant women for fear of being

blamed for possible fatalities that might occur with the baby. The aim of this study is to

review the available literature on dental treatment of pregnant women enabling the

dentist to provide a safe treatment, and finally establish a treatment protocol for such

patients. Thus, the care of pregnant women will be demystified and made with less risk

to the patient and the fetus.

Keywords : Pregnant, Pregnancy, Dental care.

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1 - INTRODUÇÃO

A assistência odontológica na gravidez é bastante dificultada, por diversos

fatores como o não reconhecimento da necessidade do atendimento, a ansiedade e o

medo de sentir dor por parte da gestante. De um lado há pacientes que acreditam que

só poderão ser submetidas ao tratamento após a gravidez, visto que qualquer

procedimento odontológico implicaria em riscos à saúde do bebê, do outro há

cirurgiões-dentistas que, por desconhecimento ou medo, suspendem o tratamento ou

não intervêm de modo a resolver a necessidade de tratamento odontológico da

gestante (CODATO et al., 2008).

Muitos cirurgiões-dentistas preferem postergar o atendimento odontológico às

gestantes devido ao receio de serem responsabilizados por possíveis fatalidades que

eventualmente possam ocorrer com o bebê. Além disso, se sentem despreparados

para o atendimento e inseguros diante de tais mitos, possivelmente pela falta de

atenção dada ao assunto de saúde oral da gestante desde a época da graduação

(CODATO et al., 2011).

A insegurança em tratar pacientes gestantes pode ser atribuída a diversos

fatores, com início na formação acadêmica, pois raras são as universidades que

possuem em sua grade curricular uma atenção maior ao atendimento de gestantes,

criando assim uma lacuna na formação dos profissionais de Odontologia na

sistemática de atendimento, e a ela se unem as crenças populares por parte das

pacientes e dos que a rodeiam (COSTA et al., 2002).

Ao se realizar o tratamento odontológico de gestantes, os cirurgiões-dentistas

devem compreender as transformações que ocorrem com suas pacientes neste

período, incluindo as alterações sistêmicas, e os principais cuidados no atendimento,

para então estabelecer um plano de tratamento adequado.

Sendo assim, o objetivo do presente estudo é descrever as principais

recomendações acerca do atendimento odontológico de gestantes e lactantes,

viabilizando ao cirurgião-dentista oferecer um tratamento seguro, e por fim estabelecer

um protocolo de atendimento para tais pacientes.

6

2 - METODOLOGIA

Foi realizada uma busca bibliográfica no banco de dados Pubmed com as

seguintes palavras chaves: dental, care e pregnancy. Ao todo, foram encontrados 941

artigos dos quais 32 foram selecionados de acordo com sua relevância, aplicação

clínica e relação direta com o tema a ser estudado.

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3 - REVISÃO DE LITERATURA

O receio por parte dos dentistas em realizar o atendimento às gestantes,

muitas vezes, se sobrepõe às necessidades de tratamento. As consequências da dor

e da infecção são muito mais prejudiciais à mãe e ao feto do que aquelas decorrentes

do tratamento odontológico (MAMELUQUE et al., 2005). Adiar o atendimento até o

nascimento do bebê pode ocasionar um dano maior em função da disseminação da

doença, do que se reparar o problema odontológico ao ser diagnosticado (RIOS et al.,

2006).

A prevenção sempre deverá ser priorizada, mas, quando houver necessidade

de intervenção, o tratamento deve ser instituído, uma vez que as doenças da cavidade

bucal podem ter influências negativas sobre a gestação, principalmente quando a

nutrição fica comprometida e há contribuição para a infecção e disseminação de

patógenos no sangue (LIVINGSTON et al., 1998).

Várias são as mudanças fisiológicas que ocorrem durante a gestação, tais

como: ganho de peso; hipotensão quando posicionada numa posição supina;

frequência para urinar; restrição da função respiratória; potencial de hipoglicemia; e

diminuição dos batimentos cardíacos. Síncopes e enjoos também são comuns durante

a gravidez. Mudanças na fisiologia oral também são observadas durante o período

gestacional (SILVA et al., 2000).

A gravidez não é responsável pelo surgimento de alterações bucais como cárie

e doença periodontal, mas alterações hormonais e de comportamento que ocorrem

durante este período podem levar a uma modificação na ecologia subgengival,

favorecer o aparecimento de determinados microrganismos periodontopatogênicos e

estimular a síntese de citocinas inflamatórias. O sistema imune materno é deprimido, o

que pode aumentar o desenvolvimento da inflamação gengival. A Prevotella

intermedia, bactéria anaeróbia gram-negativa, pertence ao grupo de microrganismos

que são relacionados com o início da doença periodontal, se encontra em altos níveis

na placa subgengival a partir do terceiro ou quarto mês de gestação, e utiliza como

fonte de alimento hormônios, como progesterona e estrogênio, que estão presentes no

fluido gengival. A doença periodontal instalada libera citocinas pró-inflamatórias que

estimulam a contração uterina, o que pode levar ao parto prematuro e o nascimento de

crianças com baixo peso (SOARES et al., 2009; MIANA et al., 2010).

A gengivite gravídica pode ser evitada ou deixar de existir após alguns meses

do parto caso os irritantes locais sejam eliminados, ou seja, promovendo-se a remoção

do biofilme bacteriano por meio de uma higiene bucal satisfatória ou profilaxia

8

realizada pelo cirurgião-dentista (SARTORIO e MACHADO, 2001).

Eventualmente, a placa bacteriana associada à má higiene bucal pode levar ao

desenvolvimento de uma lesão benigna na margem gengival, o tumor gravídico. Uma

forma de granuloma piogênico que usualmente surge na gengiva entre os dentes

anteriores da maxila. Este tumor tem a característica de regredir voluntariamente

dentro de meses após o término da gestação, mas em alguns casos a excisão

cirúrgica pode ser necessária, principalmente se interferir na mastigação ou ulcerar.

Pode acontecer em torno de 5% das gestantes, durante o segundo trimestre de

gestação, como uma lesão nodular, séssil ou pediculada, que não ultrapassa 2 cm de

dimensão, de coloração vermelho vivo, indolor e com sangramento ao toque

(TARSITANO e ROLLINGS, 1993).

Enjoos e consequentes vômitos, comuns na gravidez, podem modificar o

equilíbrio de pH da cavidade oral, o que leva à exacerbação de processos cariosos e

afecções gengivais (REIS et al., 2010). Outra alteração bucal habitualmente causada

por enjoos e vômitos bastante encontrada em gestantes é a erosão dentária e pode

acarretar na desmineralização do esmalte dentário e erosão ácida, principalmente nas

faces palatinas dos dentes (POLETTO et al., 2008).

A maior incidência de cárie dentária no período gestacional é devido à

negligência de tratamento e de higiene oral, o que seria evitado caso houvesse uma

atenção profissional regular e uma efetiva técnica de higiene oral (SPOSTO et al.,

1997).

O cirurgião-dentista deve sempre realizar a anamnese, para questionar sobre a

possibilidade de uma gestação que, muitas vezes, só é perceptível após o segundo

mês e, só então, formular o plano de tratamento (SOARES et al., 2009).

O pré-natal odontológico é indispensável e fundamentado por vários estudos

que evidenciam alterações hormonais e bucais que, somadas com maus hábitos de

higiene oral, podem desencadear o parto prematuro, baixo peso ao nascer e até

transmissão de Streptococos mutans via mãe-filho (SOARES et al., 2009).

O atendimento odontológico à gestante pode ser realizado em qualquer

período da gestação. Muitos consideram que o segundo trimestre é o mais indicado

para realizar o tratamento odontológico da gestante, principalmente para

procedimentos como exodontias e tratamentos endodônticos (POLETTO et al., 2008).

Porém, os casos de urgência devem ser solucionados em qualquer época,

removendo a etiologia via terapia endodôntica, exodontia e drenagem. Antes de se dar

início a qualquer procedimento invasivo, é indispensável a realização de uma boa

anamnese e se necessário falar com o médico da gestante, para obter informações

9

complementares sobre o estado geral de saúde da mesma (SPOSTO et al., 1997).

Controle de placa e profilaxia oral podem ser realizados durante qualquer

período gestacional, pois a gengivite na gravidez é uma condição muito comum, em

que a gengiva fica sensível, edemaciada e tem sua vascularização aumentada

(TARSITANO e ROLLINGS, 1993).

O período da organogênese, que se refere da quarta a oitava semana da

gestação, é o período embrionário no qual estão se formando os principais órgãos e

sistemas e é considerado o período de maior risco para agentes teratogênicos (SILVA

et al., 2006).

Quase todos os procedimentos odontológicos podem ser realizados em

gestantes, mas alguns cuidados especiais devem ser empregados nas consultas para

se adequar às necessidades da paciente, proporcionando seu bem-estar.

Aconselham-se consultas e procedimentos curtos, de preferência no meio da manhã,

pois os enjoos são menos frequentes neste horário e há menor risco de hipoglicemia,

além do ajuste da posição da cadeira (POLETTO et al., 2008).

Consultas longas devem ser evitadas em qualquer período da gestação, pois

há possibilidade de ocorrer hipotensão supina ou síndrome da veia cava

principalmente na segunda metade da gravidez, em que o útero já se encontra com

seu volume aumentado o que pode comprimir a artéria aorta e veia cava caso

permaneça muito tempo na posição de decúbito dorsal. Durante o atendimento, o

cirurgião-dentista deve manter a paciente em posição de decúbito lateral para evitar

complicações como hipotensão, taquicardia e redução da circulação útero-placentária,

o que representa perigo ao feto (TARSITANO e ROLLINGS, 1993).

Apenas 1% das malformações congênitas são causadas por drogas e

exposição química durante a gravidez. As principais causas de complicações no parto

e defeitos ao nascimento são nutrição deficiente, fumo, consumo de álcool, doenças e

predisposição genética. Um estilo de vida saudável, incluindo uma excelente saúde

oral, é imprescindível para a mulher grávida (MOORE, 1998).

3.1 - Radiografias:

Comumente, cirurgiões-dentistas evitam realizar tratamentos endodônticos,

cirurgias e todos os procedimentos que necessitam uso de radiografias em pacientes

gestantes (POLETTO et al., 2008). Entretanto, todas as radiografias odontológicas

necessárias podem ser feitas durante a gravidez, desde que sejam tomadas algumas

10

medidas: evitar radiografias desnecessárias; proteger o abdome com avental de

chumbo; evitar repetições por erro de técnica; evitar angulações direcionadas para o

abdome; proteger o colimador; usar filmes rápidos, com tempo de exposição reduzido.

Se estas precauções são seguidas, radiografias dentárias podem ser feitas com

segurança, mesmo no 1º trimestre de gravidez (SILVA et al., 2000).

O efeito das radiações no embrião e no feto correspondem a mutações, lesões

no sistema nervoso central, hidrocefalia, alterações no desenvolvimento, espinha

bífida, catarata, microcefalia e sindactilia. Tais complicações estão diretamente

relacionadas à dose, ao tempo de exposição, à região irradiada e à fase da gestação

(TIRELLI, 2004).

A quantidade de radiação empregada nas radiografias dentárias é bem menor

que a dose limiar. A radiação ionizante que a paciente recebe a partir de uma

radiografia dentária é inferior à radiação cósmica adquirida diariamente. Sendo assim,

a quantia de raios-x recebidos pelo feto é insignificante, e não se deve evitar o

diagnóstico através de radiografias durante a gravidez (SPOSTO et al., 1997).

A utilização de radiografias deve ser evitada no primeiro trimestre de gestação,

período em que ocorre a organogênese (POLETTO et al., 2008). Porém, se todos os

cuidados com a proteção forem tomados, o exame radiográfico não necessita ser evi-

tado ou adiado, especialmente em casos de urgência (SILVA et al., 2006).

3.2 - Anestésicos

Com o propósito de estabelecer os riscos associados ao uso de drogas durante

a gravidez, bem como orientar o cirurgião-dentista quanto à terapêutica mais

adequada à gestante, a FDA (Food and Drug Administration) classificou os fármacos

em cinco categorias de riscos, levando-se em conta os seus efeitos, principalmente no

primeiro trimestre da gestação:

11

Tabela 1 - Classificação dos fármacos quanto ao uso na gravidez.

Fonte: www.fda.gov

Os anestésicos locais são seguros para serem usados durante todo o período

de gestação, não havendo contraindicações do seu uso (AMADEI et al., 2011; SILVA

et al., 2006). A maioria é classificada pela FDA na categoria B, com exceção da

mepivacaína e bupivacaína (categoria C) (GIGLIO et al., 2009).

A solução anestésica local mais segura em gestantes é a lidocaína 2% com

adrenalina 1:100.000 (POLETTO et al., 2008; AMADEI et al., 2011; GIGLIO et al.,

2009), e o limite máximo é de dois tubetes anestésicos (3,6ml) por sessão, sempre

injetando a solução lentamente (SILVA et al., 2006).

A Associação de Cardiologia e o Conselho de Terapêutica Odontológica Norte-

americano preconizam o uso de vasoconstritores em todos os anestésicos locais, pois

são usados em quantidades pequenas e não apresentam muitas desvantagens, não

sendo contra-indicados para gestantes (POLETTO et al., 2008; SILVA et al., 2006),

uma vez que eles aumentam a duração da anestesia, reduzem a toxicidade dos

anestésicos locais pela diminuição da absorção sistêmica, proporcionam hemostasia e

elevam a concentração local dos anestésicos (CENGIZ,2007; SILVA et al., 2006).

A benzocaína (presente em anestésicos tópicos), prilocaína, procaína e

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articaína não devem ser utilizadas, pois estes anestésicos reduzem a circulação

placentária e podem causar metemoglobinemia e hipóxia fetal (AMADEI et al., 2011;

SILVA et al., 2006). Soluções anestésicas que contenham felipressina devem ser

usadas com cautela, visto que este vasoconstritor se assemelha a ocitocina e em altas

doses, pode estimular as contrações uterinas (SILVA et al., 2006). Outro

vasoconstritor que não deve ser utilizado é a fenilefrina, pois pode dificultar a fixação

do óvulo no útero e diminuir a circulação placentária (ARMONIA e TORTAMANO,

2006).

Bupivacaína e Mepivacaína não estão diretamente ligadas a efeitos

teratogênicos, porém são capazes de atravessar a barreira placentária (SILVA et al.,

2006). A Bupivacaína é cardiotóxica e pode penetrar nas membranas do coração. O

uso da Mepivacaína é desaconselhado durante a gestação, já que seus efeitos sobre

o feto não estão esclarecidos (AMADEI et al., 2011).

O vasoconstritor Noradrenalina não deve ser usado na concentração 1:25.000

e 1:30.000 devido ao grande número de complicações cardiovasculares e

neurológicas causadas por essa substância, sendo a concentração 1:50.000 a mais

indicada (XAVIER e XAVIER, 2004).

3.3 - Fármacos:

O uso de medicamentos durante a gestação se tornou importante e motivo de

estudos nos anos entre 1950 e 1960, devido a uma maior incidência de nascimento de

bebês com malformações de membros, por uso de talidomida, droga esta que era

utilizada para o alívio de enjoos matinais (AMADEI et al., 2011).

Uma atenção especial deve ser dada em relação ao tratamento de uma

gestante, pois a gravidez leva a uma série de mudanças que podem influenciar a

cinética e a dinâmica dos fármacos. Além disso, medicar gestantes e lactantes gera

uma preocupação devido à passagem do fármaco pela barreira placentária e pelo leite

materno, o que pode ter efeitos prejudiciais ao feto e ao bebê (SILVA et al., 2000).

Quase todos os fármacos administrados a lactantes podem ser encontrados no

leite materno. Felizmente, a concentração de fármacos presente no leite geralmente é

pequena. Entretanto, durante a lactação, deve-se evitar a administração de

medicamentos que não apresentam dados disponíveis sobre sua segurança (CHAVES

e LAMOUNIER, 2004).

A quantia total do medicamento que o lactente pode receber por dia advindo do

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leite materno, deve ser menor do que a que seria considerada como dose terapêutica.

É importante programar o horário de administração do fármaco à mãe, para que o

período de concentração máxima do medicamento no sangue e no leite materno não

coincida com o horário da amamentação. Em geral, a droga deve ser ingerida pela

mãe imediatamente antes ou após a amamentação para reduzir a exposição ao

lactente. (CHAVES e LAMOUNIER, 2004).

Ao se prescrever uma terapia medicamentosa para uma lactante deve-se

avaliar a real necessidade, escolher um fármaco que seja seguro para o bebê, sempre

que possível optar pela terapia tópica ou local à sistêmica, programar o horário de

administração do fármaco à mãe para se evitar níveis altos do medicamento no leite,

evitar drogas de ação prolongada devido à dificuldade de serem excretadas pelo

lactente, orientar a lactante sobre os efeitos colaterais que podem acometer o lactente,

como agitação, alteração do tônus muscular e do padrão alimentar e distúrbios

gastrintestinais ( LAMOUNIER et al., 2002).

Muitos procedimentos odontológicos eletivos podem ser adiados para depois

do parto, no entanto, o tratamento dentário da gestante que tem dor oral, doença

avançada ou infecção não pode ser adiado. A paciente gestante que está com dor

merece analgesia tanto quanto qualquer outro paciente. Eliminar a origem da dor por

meio de drenagem cirúrgica ou abertura coronária em pulpites agudas são

procedimentos mais resolutivos e reduzem a necessidade de administrar o fármaco

sistemicamente. A decisão para seguir com analgésicos ou antibióticos é tomada após

a realização do procedimento casa haja necessidade (HAAS et al., 2000).

Nenhuma droga usada para tratar dor e infecção pode ser considerada livre de

riscos, porém as consequências de não tratar uma infecção durante a gestação

excedem o possível risco apresentado pelo medicamento ou tratamento dentário

(MOORE, 1998).

De acordo com a FDA, devem-se escolher medicamentos das categorias A e B

para o uso durante a gestação. As drogas pertencentes à categoria C devem ser

prescritas apenas quando os benefícios à gestante superarem os malefícios ao feto.

Já a administração de fármacos da categoria D fundamenta-se quando há absoluta

necessidade e aqueles classificados na categoria X estão proibidos durante a gravidez

devido às eminências de efeitos maléficos ao feto (GIGLIO et al., 2009).

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3.3.1 - Analgésicos

O analgésico mais seguro e mais prescrito pelo cirurgião-dentista durante a

gestação e lactação é o paracetamol, seguido pela dipirona, já que o primeiro se

encontra em quantidades reduzidas no leite, e não apresenta problemas ao lactente,

assim como a dipirona, quando utilizada em pequenas doses (POLETTO et al., 2008).

O Paracetamol (categoria B) é o analgésico mais prescrito pelo cirurgião-

dentista, podendo ser prescrito também a pacientes gestantes e lactantes (AMADEI et

al., 2011), já que é o medicamento de primeira escolha para este grupo por ser con-

siderado seguro (POLETTO et al., 2008; GIGLIO et al., 2009). Como o Paracetamol

pode causar toxicidade hepática, ao receita-lo, é importante que o dentista repasse

orientações sobre a dose diária máxima recomendada, não ultrapassando os 4 g/dia

para adultos (GIGLIO et al., 2009).

A Dipirona sódica é o analgésico de segunda escolha, uma vez que pode

causar agranulocitose, ou seja, a redução do número de granulócitos no sangue

periférico (neutropenia), podendo predispor a gestante às infecções (AMADEI et al.,

2011).

3.3.2 - Antibióticos

As infecções odontogênicas são comumente causadas por bactérias

anaeróbias, anaeróbias facultativas ou aeróbias e, desse modo, as penicilinas são

consideradas antibióticos de escolha para tratamento de infecções orais, salvo em

pacientes que relatam hipersensibilidade a esse fármaco (NAVARRO et al., 2008). Em

geral, todas as penicilinas estão na categoria B e apresentam ação específica contra

substâncias da parede celular das bactérias, não causam danos ao organismo

materno ou ao feto, sendo praticamente atóxicas (POLETTO et al., 2008). Outra

vantagem é que as Penicilinas, assim como as Cefalosporinas e a Eritromicina,

apresentam-se em pouca ou nenhuma quantidade no leite materno, podendo ser

utilizadas com segurança também durante a lactação (AMADEI et al., 2011).

Os antibióticos mais indicados durante a gestação são a amoxicilina e a

ampicilina (categoria B). No caso de pacientes alérgicas às penicilinas, as

cefalosporinas e macrolídeos são usualmente empregados, e também pertencem à

categoria B de classificação da FDA (SILVA et al., 2006). A eritromicina na forma de

estolato não deve ser administrada devido ao seu caráter hepatotóxico (GIGLIO et al.,

15

2009).

Sabe-se que em casos de infecções graves, muitos dentistas optam pela

associação de penicilina ao metronidazol ou ao clavulanato de potássio, entretanto o

metronidazol não deve ser administrado durante a gestação, pois este é considerado

um possível teratogênico para seres humanos, apesar de pertencer à classe B. Em

casos de pacientes alérgicas à penicilina, deve-se empregar a clindamicina(600mg)

(AMADEI et al., 2011; SILVA et al., 2006).

O uso das tetraciclinas (categoria D) é desaconselhado na gestação e lactação,

pois estes antibióticos atravessam com facilidade a membrana placentária, interagem

com o cálcio dos tecidos dentários do feto em formação, o que acarreta na

malformação do esmalte. Tais drogas também podem ser absorvidas pelo tecido

ósseo do feto, o que pode desacelerar seu crescimento (POLETTO et al., 2008; SILVA

et al., 2006).

A maior parte dos antibióticos administrados a lactantes pode ser detectada no

leite materno. As concentrações de tetraciclina no leite materno podem chegar a 70%

das concentrações séricas maternas, dessa maneira, caso essa droga seja

empregada em elevadas doses e por tempo prolongado, pode provocar manchas nos

dentes e inibir o crescimento ósseo do lactente. Durante as primeiras semanas do pós-

parto, a tetraciclina pode induzir icterícia ou anemia hemolítica no recém-nascido

(WANNMACHER, 2010).

As penicilinas, cefalosporinas e eritromicina expressam-se em pequenas ou

nenhuma quantidade no leite materno, podendo ser empregados com segurança pela

lactante. O metronidazol, outro antibiótico amplamente prescrito pelo cirurgião-dentista

não deve ser administrado durante a gestação e lactação, pois é considerado

potencialmente teratogênico para seres humanos (WANNMACHER, 2010).

3.3.3 – Anti-inflamatórios

Em geral, não se aconselha o uso de qualquer AINE por gestantes. Caso seja

necessário utilizá-los, devem ser administrados nas menores doses eficazes, e

retirados oito semanas antes do dia previsto para o parto (AMADEI et al., 2011).

A administração de anti-inflamatórios não esteroides (AINES) e ácido

acetilsalicílico (AAS) deve ser realizada com muito cuidado durante a gestação, pois

tais medicamentos podem causar hemorragias na mãe e no feto (SILVA et al., 2006),

inércia uterina (contração insuficiente do útero durante ou após o parto) e fechamento

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prematuro dos canais arteriais do feto (POLETTO et al., 2008). Além disso,

geralmente, o uso dos AINES no último trimestre da gravidez está relacionado ao

prolongamento do trabalho de parto, devido à inibição da síntese de prostaglandinas,

importantes para que ocorram as contrações uterinas (AMADEI et al., 2011; SILVA et

al., 2006). O uso de Ibuprofeno foi ainda associado a casos de defeitos glomerulares,

o que pode levar à insuficiência renal (LEVY, 2005).

O ácido acetilsalicílico não é teratogênico, mas pode causar hemorragias na

mãe e no feto. Seu uso por um curto período no início da gravidez não parece ser

prejudicial ao feto. Já em doses crônicas, especialmente durante o 1º trimestre da

gestação, pode resultar no fechamento prematuro do ducto arterial, hipertensão

pulmonar do feto e anemia. Por estas reações, o uso rotineiro deste medicamento não

é recomendado durante a gravidez (ROTHWELL et al., 1987).

Os corticosteroides estão classificados na categoria C da FDA e são

considerados mais seguros que os AINES para o tratamento de lesões inflamatórias

orais, quando empregados de forma tópica. Os corticosteroides preferidos durante a

gestação são a Prednisona e a Prednisolona, pela dificuldade em atravessar a barreira

placentária (SILVA et al., 2006; LEVY, 2005). No entanto, a administração desses cor-

ticoides em gestantes é relacionada de forma dose dependente com vários efeitos

adversos para a gestante, tais como diabetes, edema, hipertensão arterial, pré-

eclâmpsia, ruptura prematura de membranas, imunossupressão, osteopenia e

osteonecrose (LEVY, 2005). Nos casos em que seja necessária a realização de

procedimentos invasivos como endodontia e exodontia, corticosteroides como

Betametasona e Dexametasona em dose única de 4mg devem ser empregados

(XAVIER e XAVIER, 2004).

Os corticosteroides devem ser empregados com bastante cuidado, pois em

altas doses podem acarretar em anormalidade na curva glicêmica da gestante,

insuficiência das suprarrenais e síndrome de Cushing (AMADEI et al., 2011).

Deve-se evitar a prescrição de AINES às lactantes (ARMONIA e

TORTAMANO, 2006). Porém, muitos acreditam que os AINES se encontram em

pequena quantidade no leite, podendo ser administrados às lactantes. Em relação ao

ácido acetilsalicílico, o lactente poderá ser afetado quando a dose diária utilizada pela

mãe for maior que 8g (WANNMACHER, 2010).

17

3.3.4 - Outros fármacos

Ansiolíticos como o Bromazepam, Lorazepam e Diazepam, estão

contraindicados durante a gravidez, pois há evidências que estes medicamentos

tenham um poder teratogênico moderado. O uso de medicação psiquiátrica durante a

gestação pode acarretar em malformações no feto, toxicidade neonatal e sequelas

comportamentais (CARVALHO et al., 2009).

O uso de benzodiazepínicos durante a gestação pode estar relacionado ao

aparecimento de fendas labiais e palatinas. Por tal motivo, estes medicamentos estão

classificados pela FDA na categoria D (CARVALHO et al., 2009).

Grande parte dos sedativos e hipnóticos podem atingir concentrações no leite

materno capazes de desencadear efeito farmacológico no bebê. O uso de Diazepam

pela lactante pode exercer efeito sedativo no lactente, além disso, apresenta meia-vida

prolongada, que pode resultar em acúmulo significativo deste medicamento (AMADEI

et al., 2011).

Considerando que certos fármacos são potencialmente teratogênicos e

abortivos, o profissional da área da saúde deve ter um amplo conhecimento dos

efeitos benéficos e indesejáveis de cada medicamento para então prescrevê-los com

segurança. Idealmente, nenhum medicamento deveria ser administrado no decorrer da

gestação, porém, quando indicados, devem ser empregados somente nos casos de

real necessidade. Felizmente, a maior parte das drogas habitualmente utilizadas pelo

cirurgião-dentista não tem contraindicações durante a gravidez (TIRELLI et al., 2001).

18

4 - PROTOCOLO DE ATENDIMENTO

- Período mais indicado para o tratamento odontológico

A gestante pode ser submetida ao tratamento odontológico em qualquer

período da gestação, principalmente em casos de urgência, em que os riscos da

infecção se sobrepõem aos riscos do tratamento. No entanto, o segundo trimestre é

considerado o mais indicado para procedimentos como exodontias e tratamentos

endodônticos.

Primeiro trimestre: período da organogênese, fase de maior risco de ocorrência

de malformações.

Segundo trimestre: período considerado mais estável.

Terceiro trimestre: período desfavorável em decorrência do desconforto em

posição de decúbito dorsal, hipotensão postural, frequência urinária aumentada e

edema das pernas.

Preferencialmente, as sessões clinicas devem ser curtas, as consultas

marcadas na segunda metade da manhã e as gestantes devem ser atendidas em

posição de decúbito lateral e terem seus sinais vitais monitorados.

- Radiografias

As radiografias odontológicas podem ser realizadas durante a gravidez desde

que as medidas de proteção sejam tomadas:

- Proteger o abdome com avental de chumbo;

- Evitar angulações direcionadas para o abdome;

- Usar filmes com tempo de exposição reduzido;

- Evitar repetições por erro de técnica.

Se possível, as radiografias devem ser evitadas no período da organogênese

(primeiro trimestre).

- Anestésicos Locais

O uso dos anestésicos locais é seguro durante a gestação. A solução

considerada mais segura é a lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000.

De acordo com a Associação de Cardiologia e o Conselho de Terapêutica

Odontológica o uso de vasoconstritor é favorável:

- Aumenta a duração da anestesia;

- Diminui a absorção sistêmica;

- Provoca hemostasia.

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A benzocaína, prilocaína, procaína e articaína não devem ser utilizadas, pois

podem causar metemoglobinemia. Além disso, a Bupivacaína e mepivacaína devem

ser evitadas. Os vasoconstritores felipressina e fenilefrina, também, não são

aconselhados.

- Fármacos

Sempre que for necessário prescrever um medicamento durante a gestação é

essencial avaliar os riscos e benefícios, especialmente durante o primeiro trimestre da

gestação, período em que ocorre a organogênese e é considerado crítico para a

suscetibilidade teratogênica. No período fetal (do 60º dia até o final da gestação), em

que ocorre o crescimento e aperfeiçoamento das funções, certas drogas podem

causar alterações funcionais em alguns órgãos. Entretanto, o cirurgião-dentista deve

levar em consideração se os riscos de não tratar uma infecção odontontogênica são

maiores que os possíveis riscos que o medicamento possa apresentar.

Quase todos os fármacos podem ser encontrados no leite materno. Felizmente,

a concentração de fármacos presente no leite geralmente é pequena.

O analgésico mais seguro para ser usado em gestantes e lactantes é o

paracetamol, não devendo passar de 4g/dia. A dipirona sódica é o analgésico de

segunda escolha, pois pode causar agranulocitose, predispondo a gestante a

infecções. O ácido acetilsalicílico (AAS) não deve ser prescrito à gestante devido ao

risco de causar hemorragias.

O antibiótico mais indicado para a gestante é a amoxicilina, nos casos de

alergia a penicilinas, deve-se prescrever algum antibiótico da família das

cefalosporinas e macrolídeos ou a clindamicina. Desaconselha-se o uso de

metronidazol, devido a sua relação com efeito teratogênico em humanos e das

tetraciclinas, pois é uma droga que atravessa facilmente a barreira placentária e

interage com os tecidos duros do feto.

O uso de anti-inflamatórios não estoroidais em gestantes não é aconselhado,

pois tais medicamentos podem causar hemorragia, inércia uterina, fechamento

prematuro dos canais arteriais do feto e prolongamento do trabalho de parto. Caso

seja realmente necessário prescrever AINES a gestantes, devem ser administrados na

menor dose eficaz e retirados oito semanas antes do dia previsto para o parto.

Os corticosteroides são mais indicados que os AINES para tratar afecções

bucais quando empregados de forma tópica. Nos casos em que seja necessária a

realização de procedimentos odontológicos invasivos, recomenda-se o uso de

Betametasona ou Dexametasona na dose única de 4 mg. Os corticosteroides devem

20

ser administrados com cuidado, pois em altas doses podem causar alterações na

curva glicêmica da gestante, insuficiência das suprarrenais e síndrome de Cushing.

O uso de medicamentos psiquiátricos está contraindicado durante a gestação e

lactação. Os ansiolíticos apresentam um poder teratogênico moderado, os

benzodiazepínicos podem estar relacionados ao aparecimento de fendas labiais e

palatinas. Sedativos e hipnóticos podem atingir concentrações no leite materno

capazes de provocar efeitos no lactente. O uso de Diazepam pela mãe pode causar

efeitos sedativos no bebê.

A maioria das drogas frequentemente utilizadas pelos cirurgiões-dentistas não

possuem contraindicações na gravidez.

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Tabela 2: Protocolo de atendimento à pacientes grávidas e lactantes

Período

gestacional mais

indicado para o

tratamento

odontológico

Segundo trimestre

Observação:

Casos de urgência devem ser atendidos

em qualquer trimestre

Radiografias

Pode ser realizado em

gestantes, desde que sejam

seguidas todas as normas de

proteção

Observação:

Evitar primeiro trimestre devido a

organogênese.

Anestésico Local

Indicado Quantidade

Contraindicados:

soluções

anestésicas

Contraindicados:

vasoconstritores

Lidocaína 2%

com

adrenalina

1:100.000

2 tubetes no máximo

Prilocaína, Procaína,

Articaína,

Benzocaína.

Fenilefrina e Felipressina

Evitar: Mepivacaína

e Bupivacaína

Analgésicos Primeira escolha

Segunda escolha Contraindicado

Paracetamol Dipirona

Ácido acetil salicílico

Antibióticos

Mais Indicado

Em caso de alergia à penicilina

Contraindicados Lactantes

Amoxicilina Cefalosporinas, macrolídeos ou

clindamicina

Metronidazol e tetraciclina

Penicilinas,

cefalosporinas e

eritromicina

expressam-se

em pequenas

quantidades no

leite materno.

Antiinflamatórios

AINES Corticosteroides

Não se aconselha o uso em gestantes

Mais seguros que AINES

Caso necessário, administrar nas menores doses e retirar 8 semanas antes do parto

Caso seja necessária a realização

de procedimentos invasivos como

endodontia e exodontia empregar

betametasona ou dexametasona em

dose única de 4mg

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5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não existe impedimento para o tratamento odontológico da gestante e lactante,

porém, os cirurgiões-dentistas necessitam de um maior conhecimento e segurança

para realizar esse tipo de atendimento. O tratamento endodôntico pode e deve ser

realizado neste tipo de paciente, principalmente em casos de dor ou infecção, onde a

manutenção destes fatores pode prejudicar a saúde da mãe e filho. Várias são as

mudanças que ocorrem na gestação, portanto, é fundamental saber as características

de cada trimestre gestacional e os cuidados e recomendações a serem tomados

durante o atendimento odontológico, incluindo o exame radiográfico e a administração

de fármacos. Dessa maneira, o atendimento da gestante será desmistificado e

realizado com menor risco para a paciente e o feto.

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6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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