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7/16/2019 Laços de sangue (Bloodlines, vol. 1), de Richelle Mead - 1º capítulo http://slidepdf.com/reader/full/lacos-de-sangue-bloodlines-vol-1-de-richelle-mead-1o-capitulo 1/20 Tradução ana ban Richelle Mead da se É rie  Bodlines 

Laços de sangue (Bloodlines, vol. 1), de Richelle Mead - 1º capítulo

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O trabalho de Sydney Sage não é nada fácil: ela e seus colegas alquimistas são os únicos no mundo todo que sabem que vampiros e dampiros existem para além das telas de cinema — e são uma ameaça real à humanidade. Para manter a ordem, eles devem impedir, a qualquer custo, que esse segredo vaze e que os reles mortais se aproximem desses seres perigosíssimos.Mas agora a paz que os alquimistas vêm garantindo há tempos está prestes a desabar, e Sydney, para o bem de todos os humanos, terá de passar a proteger 24 horas por dia a princesa vampira Jill Dragomir, ou uma guerra pelo trono eclodirá no mundo dos vampiros e trará consequências avassaladoras para os homens.E defender alguém que até então era alvo de seu desprezo será mais difícil do que Sydney imaginava.http://seguinte.com.br/titulo/index.php?codigo=55005

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Traduçãoana ban

Richelle Mead

da seÉ rie Bodlines 

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Copyright © 2012 by Richelle Mead

O selo Seguite pertece à Editora Schwarcz S.A.

Grafa atualizada segundo o Acordo Ortográfco da Língua Portuguesa de 1990,que entrou em vigor no Brasil em 2009.

título original Bloodlies

capa Paulo Cabral

preparação Rosae Albert

revisão Reato Poteza Rodrigues e Juliae Kaori

[2013]Todos os direitos desta edição reservados àeditora schwarcz s.a.

Rua Badeira Paulista, 702, cj. 3204532-002 — São Paulo — spTeleoe (11) 3707-3500Fax (11) 3707-3501www.seguite.com.brwww.acebook.com/editoraseguite

[email protected]

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Mead, Richelle

Laços de sangue / Richelle Mead ; tradução Ana Ban. — 

1a ed. — São Paulo : Seguinte, 2013.

Título origial: BloodliesISBn 978-85-65765-15-2

1. Ficção — Literatura juvenil 2. Ficção norte-americana3. Vampiros — Literatura juvenil i. Título.

13-04302 CDD-028.5

Ídice para catálogo sistemático:1. Ficção : Literatura juvenil 028.5

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Eu não conseguia respirar.

Uma mão cobria miha boca e outra sacudia meu ombro para medespertar do soo pesado. Mil pesametos reéticos oram dispa-rados pela miha mete em um piscar de olhos. Estava acotecedo.Meu pior pesadelo estava se torado realidade.

Estão aqui! Vieram me pegar!

Meus olhos piscaram, elouquecidos, examiado o quarto escuroaté ocarem o rosto do meu pai. Parei de me debater, totalmete co-usa. Ele me soltou e recuou um passo para me olhar com rieza. Eu mesetei ereta a cama, com o coração aida batedo acelerado.

 — Pai? — Sydey. Você ão acordava.Claro que essa oi a úica desculpa que ele deu por quase me matar

de susto. — Precisa se vestir e car mais apresetável — ele prosseguiu. — 

Rápido e em silêcio. Me ecotre lá embaixo, o escritório.Arregalei os olhos, mas ão hesitei em respoder. Só havia uma

resposta aceitável. — Sim, sehor. Claro que sim. — Vou acordar sua irmã — ele se virou em direção à porta, e eu

dei um pulo da cama.

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 — Zoe? — exclamei. — Para que precisa dela? — Shh — ele me repreedeu. — Ade logo e se aprote. E lem-

bre-se: ão aça barulho. não acorde a sua mãe.Ele echou a porta sem dizer mais ehuma palavra e me deixou lá,sem eteder ada. O pâico que tiha começado a se acalmar voltoua crescer detro de mim. Para que ele precisava de Zoe? Se estava meacordado o meio da oite, era assuto de alquimista — e ela ãotiha ada a ver com isso. Tecicamete, eu também ão estava maisevolvida, já que havia sido suspesa por tempo idetermiado por

mau comportameto durate o verão. E se a questão osse essa? E sealmete eu estivesse sedo madada para um cetro de reeducaçãoe Zoe iria me substituir?

Por um mometo seti o mudo girar, e me segurei a cama paramater o equilíbrio. Cetros de reeducação. Eles eram o pesadelo de

 joves alquimistas como eu, lugares misteriosos para ode levavamaqueles que se aproximavam muito dos vampiros, para que apredes-

sem sobre seus erros de coduta. O que realmete acotecia lá eraum mistério que eu uca quis descobrir. Tiha quase certeza de que“reeducação” era um jeito boito de dizer “lavagem cerebral”. Eu sótiha visto uma pessoa voltar de um lugar desses e, siceramete, elaparecia ser apeas metade do que ora ates. Era como se osse quaseum zumbi, e eu em quis pesar o que poderiam ter eito para quecasse daquele jeito.

O pedido do meu pai para que me apressasse ecoou pela mihamete e tetei deixar os medos de lado. Ao me lembrar de seu ou-tro aviso, também tratei de ão azer barulho. Miha mãe tiha sooleve. normalmete ela ão iria se importar se os visse saido paraateder ao chamado dos alquimistas, mas ultimamete ela ão adavademostrado muita boa votade com os empregadores do marido(e da lha). Desde que alquimistas irritados me deixaram a porta da

casa dos meus pais o mês passado, o lugar esteve tão acolhedor quato

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um presídio. Meus pais tiveram discussões terríveis, e ão raro eu e amiha irmã, Zoe, acabávamos saido de iho.

Zoe.Para que ele precisa da Zoe?

A perguta ardia detro de mim equato eu me apressava parame arrumar. Eu sabia o que ele queria dizer com “apresetável”. Vestirum jeas e uma camiseta qualquer estava ora de questão. Em vez disso,coloquei uma calça social ciza e uma camisa braca bem passada. Vestium casaquiho mais escuro, ciza carvão, por cima dela e coloquei um

cito preto bem ajustado a citura. Uma cruz de ouro pequea (queeu sempre usava o pescoço) oi o úico eeite que me dei ao trabalhode colocar.

 Já o meu cabelo era um problema um pouco maior. Mesmo depoisde apeas duas horas de soo, estava espetado para todos os lados.Abaixei os os da melhor maeira que cosegui e passei uma camadagrossa de spray, torcedo para que cassem o lugar durate o que

estava por vir. A úica maquiagem que usei oi uma camada de pó. nãotive tempo para mais ada.

O processo todo demorou seis miutos o total, e talvez osse omeu ovo recorde. Disparei escada abaixo em silêcio completo, o-vamete com cuidado para ão acordar a miha mãe. A sala estavaescura, mas saía luz da porta etreaberta do escritório do meu pai.Tomei aquilo como um covite, empurrei a porta e me esgueirei para

detro. Uma coversa abaada cessou com a miha chegada. Meu paime examiou da cabeça aos pés e demostrou sua aprovação à mihaaparêcia em seu melhor estilo: apeas sem azer ehuma crítica.

 — Sydey — ele disse de um jeito brusco. — Acredito que jácoheça Doa Stato.

A extraordiária alquimista estava parada à jaela, de braços cru-zados, com a aparêcia tão rígida e esbelta quato eu me lembrava. Eu

tiha passado muito tempo com Stato recetemete, apesar de ão

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poder dizer que éramos exatamete amigas — pricipalmete depoisque certas ações mihas acabaram os colocado em uma espécie de

“prisão domiciliar vampiresca”. Mas, se ela utria algum ressetimetoem relação a mim, ão deixou trasparecer. Ela me cumprimetoucom um aceo educado da cabeça, com uma expressão de quem veiotratar de egócios.

Havia mais três outros alquimistas ali, todos homes. Foram apre-setados como Bares, Michaelso e Horowitz. Bares e Michaelsotiham a idade do meu pai e de Stato. Horowitz era mais ovo, devia

ter us vite e poucos aos, e estava arrumado istrumetos de tatua-dor. Todos estavam vestidos como eu, com roupas de trabalho comus,de cores discretas. nosso objetivo era sempre ter boa aparêcia, massem chamar ateção. Havia séculos que os alquimistas aziam o papeldos Homes de Preto, muito ates de os seres humaos soharem coma existêcia de vida em outros mudos. Quado a luz batia o rostodeles da maeira correta, cada alquimista exibia uma tatuagem de lírio

idêtica à miha.Eu me seti aida mais descoortável. Será que aquilo era algum

tipo de iterrogatório? Uma avaliação para ver se a miha decisão deajudar uma meio-vampira reegada sigicava que as mihas lealdadeshaviam mudado? Cruzei os braços sobre o peito e assumi uma expres-são eutra, torcedo para parecer traquila e coate. Se eu aidativesse oportuidade de me deeder, miha iteção era apresetar

um argumeto sólido.Ates que alguém pudesse proerir qualquer palavra, Zoe chegou.

Ela echou a porta atrás de si e olhou ao redor, aterrorizada, com osolhos arregalados. O escritório do osso pai era eorme (ele tihacostruído um aexo à casa para ele), e abrigava os ocupates comolga. Mas, observado a miha irmã absorver a cea, percebi queela se setia suocada e ecurralada. Olhei os olhos dela e tetei e-

viar uma mesagem sileciosa de solidariedade. Deve ter ucioado,

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porque ela se apressou para ir até ode eu estava, com a aparêcia umpouquiho meos amedrotada.

 — Zoe — meu pai disse. Deixou o ome dela pairar o ar da-quele jeito dele, mostrado com muita clareza para ós duas queestava decepcioado. Eu adivihei imediatamete por quê. Ela esta-va usado jeas e um casaco de moletom velho, com o cabelo presoem duas traças oas, mas maleitas. Ela estaria “apresetável” deacordo com os padrões de qualquer pessoa... mas ão os dele. Euseti ela se ecolher cotra mim e tetei parecer mais alta e mais

protetora. Depois de se assegurar de que sua reprovação tiha sidoetedida, osso pai apresetou Zoe aos outros. Stato dirigiu aela o mesmo aceo educado que tiha dado para mim e se voltoupara o meu pai.

 — não estou etededo, Jared — Stato disse. — Qual dasduas você vai usar?

 — Bom, este é o problema — ele respodeu. — Zoe oi solicita-

da... mas ão teho certeza se ela está prota. Aliás, sei que ão está.Ela só recebeu o treiameto mais básico. Mas, à luz das... experiê-cias... recetes de Sydey...

Imediatamete, a miha cabeça começou a jutar as peças. Emprimeiro lugar, e o mais importate, aparetemete eu ão seriamadada para um cetro de reeducação. não por equato, pelo me-os. A reuião era para tratar de outro assuto. Miha descoaça

aterior estava correta. Havia alguma missão ou tarea em adameto,e queriam covocar Zoe porque ela, dieretemete de uma outraitegrate daquela amília, ão tiha histórico de traição aos alqui-mistas. O meu pai estava certo em dizer que ela só tiha recebido otreiameto básico. nosso trabalho era hereditário, e eu tiha sidoescolhida, aos ates, para ser a próxima alquimista da amília Sage.Miha irmã mais velha, Carly, tiha sido preterida; agora já estava a

aculdade e era velha demais. Em vez dela, meu pai treiou Zoe como

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reserva, para o caso de algo acotecer comigo, como um acidete decarro ou um massacre de vampiros.

Dei um passo à rete, sem saber o que ia dizer até abrir a boca. Aúica coisa que eu sabia com certeza era que ão podia deixar Zoe sersugada pelas tramoias dos alquimistas. Eu tiha mais medo de colocara seguraça dela em risco do que de ser madada a um cetro de ree-ducação — e eu tiha bastate medo disso.

 — Coversei com um comitê sobre as mihas ações depois do queacoteceu — eu disse. — Fiquei com a impressão de que etederam

por que eu z as coisas que z. Estou totalmete qualicada para servirda maeira que or ecessária... bem mais do que a miha irmã. Euteho experiêcia o mudo real. Coheço este trabalho de trás paraa rete.

 — Um pouco de experiêcia demais o mudo real, se me lembrobem — Stato disse, seca.

 — Eu, pelo meos, gostaria de escutar essas “razões” mais uma

vez — Bares disse, traçado aspas o ar com os dedos. — não achoada bom atirar uma meia sem treiameto completo em ação, mastambém acho diícil acreditar que uma pessoa que ajudou uma vampiracrimiosa está “totalmete qualicada para servir” — mais aspas pre-tesiosas o ar.

Respodi com um sorriso agradável para mascarar miha irritação.Se eu mostrasse mihas verdadeiras emoções, ão iria me ajudar em ada.

 — Compreedo, sehor. Mas Rose Hathaway acabou sedo io-cetada do crime de que oi acusada. Portato, tecicamete, eu ãoajudei uma crimiosa. As mihas ações, o al, ajudaram a ecotraro verdadeiro assassio.

 — Pode ser, mas ós, icluido você, ão sabíamos que ela era“iocete” a época — ele disse.

 — Eu sei — respodi. — Mas eu acreditava que ela osse.

Bares soltou uma gargalhada de desdém.

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 — E este é o problema. Você deveria ter acreditado o que osalquimistas lhe disseram, e ão sair por aí aplicado as suas próprias

teorias mirabolates. no míimo, deveria ter apresetado as provasque reuiu a seus superiores.Provas? Como eu poderia explicar que ão oram provas que me

levaram a ajudar Rose, mas sim uma sesação prouda de que eladizia a verdade? Mas isso eu sabia que eles uca iriam eteder. To-dos ós omos treiados para acreditar o pior em relação a criaturascomo ela. Dizer a eles que eu tiha visto verdade e hoestidade ela

ão ajudaria em ada a miha causa ali. Dizer a eles que eu tiha sidochatageada por outro vampiro para ajudá-la seria uma explicaçãoaida pior. Só havia um argumeto que os alquimistas talvez ossemcapazes de compreeder.

 — Eu... eu ão cotei para iguém porque queria car com todoo crédito para mim. Eu tiha esperaças de que, se descobrisse tudo,poderia coseguir uma promoção e uma tarea melhor.

Precisei usar todo o meu autocotrole para cotar essa metiracom o rosto impassível. Eu me setia humilhada azedo tal cossão.Até parece que a ambição realmete iria me levar a comportametostão extremos! Aquilo azia com que eu me setisse desprezível e su-percial. Mas, como eu descoava, era algo que os alquimistas ete-deriam.

Michaelso soltou uma gargalhada de desdém.

 — Ela é mal orietada, mas isso ão é totalmete iesperado parasua idade.

Os outros homes trocaram olhares igualmete codescedetes,até o meu pai. Apeas Stato pareceu em dúvida, mas ela tiha pre-seciado mais do desastre do que eles.

Meu pai deu uma olhada os outros, à espera de mais cometários.Como iguém disse ada, ele deu de ombros.

 — Se iguém tiver objeções, etão eu prero usar Sydey. não

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que eu eteda completamete por que precisam dela. — Havia umleve tom de acusação em sua voz, por aida ão ter sido colocado a par

da situação. Jared Sage ão gostava de ser deixado de ora. — Eu ão vejo problema em usar a garota mais velha — Baresdisse. — Mas mateha a mais ova por perto até os outros chegarem,para o caso de alguém azer objeção.

Fiquei imagiado quatos “outros” iriam se jutar a ós. O es-critório do meu pai ão era ehum estádio. Além do mais, quatomais gete chegasse, mais provável era que o caso osse importate.

Comecei a setir arrepios equato pesava em que missão deveriaser aquela. Eu já tiha visto os alquimistas darem cota de desastreseormes com apeas uma ou duas pessoas. Que tamaho o problemadeveria ter para exigir tatas pessoas assim?

Horowitz alou pela primeira vez. — O que vocês querem que eu aça? — Reorce a tatuagem de Sydey — Stato disse em tom deci-

sivo. — Mesmo que ela ão vá, ão vai azer mal reorçar os eitiços.não vai adiatar ada tatuar Zoe até sabermos o que vamos azercom ela.

Meus olhos se voltaram para as bochechas visivelmete uas — epálidas — da miha irmã. Sim. Desde que ão houvesse ehum lírioali, ela estaria livre. Uma vez gravada a tatuagem a sua pele, ão haviacomo voltar atrás. Você pertecia aos alquimistas.

A realidade disso só tiha me atigido mais ou meos um ao a-tes. Era algo que eu ão havia percebido quado criaça. Desde muitopequea, meu pai me levara a acreditar piamete o caráter correto daossa obrigação. Eu aida acreditava que era algo correto, mas gostariaque ele também tivesse mecioado quato da miha vida isso iriacosumir.

Horowitz tiha armado uma mesa dobrável a outra pota do escri-

tório. Ele deu um tapiha ela e laçou um sorriso simpático para mim.

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 — Suba aqui — ele disse. — Veha validar a sua passagem para amissão.

Bares laçou um olhar de desaprovação para ele. — Por avor. Você podia mostrar um pouco de respeito por esteritual, David.

Horowitz só deu de ombros. Ele me ajudou a deitar e, apesar deestar com medo demais dos outros para sorrir abertamete, quei tor-cedo para que a miha gratidão aparecesse os meus olhos. Ele sorriude ovo, comuicado que tiha etedido. Virei a cabeça e vi qua-

do Bares colocou reveretemete uma pasta preta em uma mesa decato. Os outros alquimistas se reuiram ao redor e deram as mãos arete dele. Percebi que ele devia ser o hieroate. A maior parte doque os alquimistas aziam se baseava a ciêcia, mas algumas tareasexigiam assistêcia divia. Aal de cotas, a ossa missão pricipalde proteger a humaidade partia da creça de que os vampiros eramatiaturais e cotrários ao plao de Deus. É por isso que os hiero-

ates — os ossos sacerdotes — trabalhavam lado a lado com ossoscietistas.

 — Ó Sehor — ele etoou de olhos echados. — Abeçoe esteselixires. Remova a mácula do mal que carregam, para que seu poderdoador de vida brilhe através deles com pureza para ós, os seus servos.

Ele abriu a pasta e tirou quatro ampolas pequeas, cheias de umlíquido vermelho-escuro. Rótulos que eu ão cosegui ler marcavam

cada recipiete. Com a mão rme e olho clíico, Bares derramouquatidades precisas de cada ampola em um rasco maior. Depois deusar as quatro, pegou um pacotiho de pó e esvaziou sobre a mistura.Seti um ormigameto o ar e o coteúdo do rasco cou dourado.Ele etregou o rasco a Horowitz, que já estava com uma agulha empuho. Quado a parte cerimoial acabou, todos relaxaram.

Obediete, virei para o lado, deixado a bochecha exposta. Um

mometo depois, a sombra de Horowitz caiu sobre mim.

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 — Vai arder um pouco, mas ão vai ser ada em comparação coma tatuagem origial. É só um retoque — ele explicou com delicadeza.

 — Eu sei — respodi. Já tiha sido retatuada ates. — Obrigada.A agulha perurou miha pele e eu tetei ão me cotorcer. Ardeumesmo, mas, como Horowitz tiha dito, ão estava criado uma ovatatuagem. Simplesmete ijetava quatidades pequeas de tita a mi-ha tatuagem existete, para recarregar seu poder. Cosiderei aquilocomo um bom sial. Zoe talvez aida ão estivesse ora de perigo, maseles certamete ão se dariam ao trabalho de retocar miha tatuagem

se ossem me eviar apeas para um cetro de reeducação. — Equato esperamos, será que podem os dizer o que estáacotecedo? — meu pai pediu. — Só me disseram que vocês preci-savam de uma adolescete.

Pela maeira como ele alou, parecia um papel dispesável. Eu se-gurei uma oda de raiva. Para ele, ós ão passávamos disso.

 — Estamos com um problema — ouvi Stato dizer. Fialmete,

eu teria algumas respostas. — Com os Moroi.Soltei um pequeo suspiro de alívio. Melhor eles do que os Strigoi.

Qualquer “problema” que os alquimistas eretavam sempre evolviauma das raças de vampiro, e eu sempre preeria os vivos, que ão ma-tam. Às vezes, eles quase pareciam humaos (mas eu uca diria issoa iguém presete ali), e viviam e morriam como ós. Os Strigoi, oetato, eram aberrações da atureza. Vampiros assassios, que uca

morrem, criados ou quado um Strigoi orçava uma vítima a beberseu sague ou quado um Moroi tirava a vida de outro de propósito,ao beber seu sague. Problemas com os Strigoi costumavam termiarcom alguém morto.

Todos os tipos de situações possíveis se deserolavam em mihamete equato eu imagiava qual problema tiha exigido ação dosalquimistas aquela oite: um humao que tiha reparado em alguém

com caios compridos, um orecedor que ugiu e torou pública sua

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codição, um Moroi tratado por médicos humaos... Esses eram ostipos de problemas que ós, os alquimistas, mais eretávamos, e eu

tiha sido treiada para dar cota deles e ecobri-los com acilidade.no etato, por que precisariam de “uma adolescete” para qualqueruma dessas coisas era um mistério para mim.

 — Vocês sabem que eles elegeram sua jovem raiha o mês passa-do — Bares disse. Praticamete dava para vê-lo revirado os olhos.Todos os presetes soltaram murmúrios de armação. Claro que sa-biam. Os alquimistas prestavam muita ateção aos trâmites políticos

dos Moroi. Saber o que os vampiros estavam azedo era udametalpara matê-los em segredo do resto da humaidade — e o resto da hu-maidade a salvo deles. Essa era a ossa razão de ser: proteger ossossemelhates. Conheça bem seu inimigo era um ditado que ós levávamosmuito a sério. A garota que os Moroi tiham escolhido como raiha,Vasilisa Dragomir, tiha dezoito aos, assim como eu.

 — não que tesa — Horowitz disse com getileza.

Eu ão tiha percebido a miha tesão. Tetei relaxar, mas pesarem Vasilisa Dragomir me ez lembrar de Rose Hathaway. Pouco à vo-tade, pesei que talvez ão devesse ter me apressado tato em cocluirque estava ora de perigo. Felizmete, Bares só cotiuou com a his-tória, sem mecioar a miha coexão idireta com a jovem raiha eseus associados.

 — Por mais chocate que isso seja para ós, é chocate a mes-

ma medida para algus membros do povo deles. Houve muitas mai-estações cotrárias e dissidêcias. niguém tetou atacar a meiaDragomir, mas isso provavelmete se deve ao ato de ela ser muitobem protegida. Parece que os iimigos dela ecotraram um jeito deatigi-la: por itermédio de sua irmã.

 — Jill — deixei escapar. Horowitz me repreedeu por ter memexido, e o mesmo istate me arrepedi de ter chamado a ateção

para mim e o meu cohecimeto dos Moroi. Aida assim, uma ima-

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gem de Jillia Mastrao surgiu a miha mete, alta e irritatemetemagra, como todos os Moroi, com grades olhos verdes que sempre

pareciam ervosos. E ela tiha bos motivos para isso. Quado tihaquize aos, Jill havia descoberto ser irmã ilegítima de Vasilisa, o queazia dela a úica outra itegrate da lihagem real de sua amília. Elatambém estava evolvida a cousão em que me meti o verão.

 — Vocês cohecem as leis deles — Stato prosseguiu, após ummometo de silêcio costragedor. O tom dela trasmitia tudo queós pesávamos das leis dos Moroi. Uma moarquia eletiva? não azia

setido, mas que outra coisa podia ser esperada de seres tão atiatu-rais quato os vampiros? — E Vasilisa precisa ter um amiliar para podermater o troo. Portato, seus iimigos resolveram que, se ão podemremovê-la diretamete, vão remover sua amília.

Um calario percorreu miha espiha devido ao sigicado subete-dido daquela armação, e mais uma vez z um cometário sem pesar.

 — Acoteceu alguma coisa com Jill? — Dessa vez, pelo meos,

escolhi um mometo em que Horowitz estava recarregado a agulha,sem perigo de estragar a tatuagem.

Mordi o lábio para me impedir de alar mais, imagiado a brocaos olhos do meu pai. Mostrar preocupação por um Moroi era a últimacoisa que eu devia azer, levado em cota miha situação icerta. Euão era apegada a Jill, mas a ideia de que havia alguém tetado mataruma garota de quize aos — a mesma idade de Zoe — era apavora-

te, idepedetemete da raça à qual ela pertecesse. — É isso que ão está claro — Stato refetiu. — Ela oi atacada,

disso sabemos com certeza, mas ão temos iormação se oi realme-te erida. De todo modo, ela está bem agora, mas a tetativa ocorreua própria corte deles, idício de que há traidores o alto escalão.

Bares soltou uma gargalhada de desdém: — Mas o que se pode esperar? não sei como a raça deles coseguiu

sobreviver por tato tempo sem que se voltassem us cotra os outros.

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Ouviram-se murmúrios de cocordâcia. — Seja ridículo ou ão, ão podemos permitir de jeito nenhum que

etrem em uma guerra civil — Stato disse. — Algus Moroi ze-ram protestos, tato que chamaram a ateção da mídia humaa. nãopodemos permitir isso. Precisamos que o govero deles teha estabi-lidade, e isso sigica garatir a seguraça dessa meia. Talvez ãopossam coar em si mesmos, mas podem coar em ós.

não adiataria ada eu observar que os Moroi, a verdade, ãocoavam os alquimistas. Mas, como ós ão tíhamos iteresse em

matar a moarca dos Moroi ou sua amília, supoho que isso os tor-ava mais coáveis do que muita gete. — Precisamos azer a meia desaparecer — Michaelso disse.

 — Pelo meos até que os Moroi desaçam a lei que deixa o troo deVasilisa tão vulerável. Escoder Mastrao o meio de seu própriopovo ão é seguro o mometo, etão precisamos escodê-la etre oshumaos. — Pigava desprezo das palavras dele. — Mas é imperativo

que ela também permaeça escodida dos humaos. A ossa raça ãopode saber da existêcia deles.

 — Depois de os cosultarmos com os guardiões, ecotramosum local que todos acreditamos ser seguro para ela, protegido tatodos Moroi quato dos Strigoi — disse Stato. — no etato, paragaratir que ela e seus acompahates permaeçam despercebidos,vamos precisar ter alquimistas a postos, dedicados exclusivamete às

ecessidades dela, para o caso de qualquer complicação surgir.Meu pai desdehou.

 — Isso é um desperdício dos ossos recursos. Além disso, vai seruma tarea isuportável para quem precisar car com ela.

Tive um mau pressetimeto a respeito do que estava por vir. — É aí que Sydey etra — Stato alou. — Gostaríamos que ela

osse um dos alquimistas a acompahar Jillia o escoderijo.

 — O quê? — meu pai exclamou. — não pode estar alado sério.

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 — Por que ão? — O tom de Stato era calmo e rme. — Elastêm idade próxima; por isso, se estiverem jutas, ão vão despertar

suspeitas. E Sydey já cohece a meia. E certamete coviver comela ão será tão “isuportável” quato seria para outros alquimistas.A mesagem subetedida era alta e clara. Eu ão estava livre do

meu passado, pelo meos por equato. Horowitz ez uma pausa eergueu a agulha, para me dar chace de alar. A miha mete estava emdisparada. Eu precisava dar alguma resposta. não queria parecer muitoicomodada com o plao. Eu precisava restaurar miha reputação e-

tre os alquimistas e demostrar a miha disposição de seguir ordes.Dito isso, eu também ão queria passar a impressão de que me setiaà votade demais a compahia de vampiros, em de seus correspo-detes meio-humaos, os dampiros.

 — Passar tempo com um deles uca é divertido — eu disse comcuidado, matedo a voz despreocupada e isolete. — Por mais quevocê aça isso várias vezes. Mas arei o que or ecessário para mater

a ós... e a todos os demais... em seguraça — ão precisava explicarque “os demais” eram os humaos.

 — Proto, está vedo só, Jared? — Bares parecia satiseito coma resposta. — A meia sabe qual é sua obrigação. Já tomamos vá-rias providêcias para que tudo corra bem, e certamete ão vamosmadá-la para lá soziha... pricipalmete porque a meia Moroitambém ão estará soziha.

 — Como assim? — O meu pai aida ão parecia cotete comada daquilo, e eu quei imagiado o que estaria icomodado-omais. Ele achava mesmo que eu estaria em perigo? Ou a sua preocupa-ção era apeas com a possibilidade de que, se eu passasse mais tempocom os Moroi, miha lealdade mudaria aida mais de lado? — Qua-tos deles virão?

 — Vão madar um dampiro — Michaelso disse. — Um dos

guardiões deles, e eu realmete ão vejo problema isso. O local que

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escolhemos deve estar livre de Strigoi, mas, se ão estiver, é melhorque eles lutem cotra aqueles mostros o osso lugar.

Os guardiões eram dampiros com treiameto especial, que ser-viam de guarda-costas. — Proto — Horowitz disse para mim e se aastou. — Pode se

setar.Obedeci e resisti à votade de tocar a bochecha. A úica coisa que

seti do trabalho dele oi a picada da agulha, mas eu sabia que uma magiapoderosa estava agido sobre mim, uma magia que me daria um siste-

ma imuológico sobre-humao e me impediria de alar sobre assutosdos vampiros com humaos comus. Tetei ão pesar a outra parte,a respeito da origem da magia. As tatuages eram um mal ecessário.

Os outros cotiuavam em pé, sem prestar ateção em mim — bom, à exceção de Zoe. Ela cotiuava com uma expressão de cou-são e medo, e olhava asiosa para a miha direção.

 — Talvez haja mais um Moroi como acompahate — Stato

prosseguiu. — Siceramete, ão sei bem por que, mas isistirammuito para que ele casse com Mastrao. Dissemos que, quato meosMoroi precisássemos escoder, melhor seria, mas... bom. Eles parece-ram cosiderar ecessário, e disseram que tomariam as providêciaspara acomodá-lo lá. Acho que é algum Ivashkov. Irrelevate.

 — Ode é “lá”? — meu pai pergutou. — Para ode queremmadá-la?

Excelete questão. Eu estava me azedo a mesma perguta. Meuprimeiro trabalho em tempo itegral com os alquimistas havia memadado para o outro lado do mudo, até a Rússia. Se os alquimistasestavam determiados a escoder Jill, ão havia como saber qual seriao local remoto que escolheriam para colocá-la. Por um mometo, ou-sei sohar que poderíamos ir parar a cidade dos meus sohos: Roma.Obras de arte ledárias e comida italiaa pareciam uma boa maeira de

recompesar o trabalho burocrático e os vampiros.

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 — Palm Sprigs — Bares respodeu. — Palm Sprigs? — repeti. não era isso que eu estava esperado.

Quado eu pesava em Palm Sprigs, exergava astros de ciema ecampos de gole. não eram exatamete érias em Roma, mas tambémão era o Ártico.

Um sorrisiho torto repuxou os lábios de Stato. — Fica o deserto e recebe muito sol. Totalmete idesejável para

os Strigoi. — não seria idesejável para os Moroi também? — pergutei,

pesado mais à rete. Os Moroi ão eram icierados debaixo do solcomo os Strigoi, mas a exposição excessiva a ele, aida assim, deixavaos Moroi racos e doetes.

 — Bom, seria — Stato recoheceu. — Mas um pouco de des-coorto vale a seguraça que o local os proporcioa. Desde que osMoroi passem a maior parte do tempo em ambietes echados, ãoserá um problema. Além disso, vai desestimular outros Moroi a irem

até lá e...O som da porta de um carro se abrido e batedo do lado de ora

chamou a ateção de todos. — Ah — disse Michaelso. — Os outros chegaram. Vou abrir a

porta.Ele saiu do escritório e provavelmete se dirigiu à porta de etra-

da, para receber quem havia chegado. Mometos depois, ouvi uma voz

ova alado, equato Michaelso voltava até ode ós estávamos. — Bom, meu pai ão pôde vir, por isso madou que eu viesse so-

ziho — o recém-chegado viha dizedo.A porta do escritório se abriu e o meu coração parou.Não, eu pesei. Qualquer um menos ele.

 — Jared — o recém-chegado disse ao avistar o meu pai. — É bomvê-lo de ovo.

Meu pai, que mal tiha olhado para mim a oite toda, chegou a sorrir .

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 — Keith! Estive me pergutado como você estava.Os dois se apertaram as mãos e uma oda de desgosto tomou cota

de mim. — Este aqui é Keith Darell — Michaelso disse ao apresetá-loaos outros.

 — Filho de Tom Darell? — Bares pergutou, impressioado.Tom Darell era um líder amoso etre os alquimistas.

 — O próprio — Keith respodeu, alegre. Ele era us cico aosmais velho, e seu cabelo tiha um tom de loiro mais claro do que o

meu. Eu cohecia muitas garotas que o achavam boito. Mas, eu? Acha-va que ele era péssimo. Era praticamete a última pessoa que eu espe-rava ver ali.

 — E acredito que você coheça as irmãs Sage — Michaelso com-pletou.

Keith voltou seus olhos azuis primeiro para Zoe. Havia uma di-ereça míima de um para o outro a cor: um olho, eito de vidro,

olhava para o ada adiate e uca se movia; o outro piscava para ela,equato seu sorriso se alargava.

Ele ainda consegue piscar , eu pesei, uriosa. Aquela piscadela irritan-

te, idiota e arrogante! Mas, bom, por que ão coseguiria? nós todoscamos sabedo do acidete que ele sorera aquele ao, acidete quetiha lhe custado um olho. Ele havia sobrevivido com um olho itacto,mas, de algum modo, a miha cabeça, achava que a perda do outro

acabaria com aquela piscadela isuportável. — Pequea Zoe! Olhe só para você, tão crescida — ele disse,

cheio de cariho. Eu ão sou uma pessoa violeta, de jeito ehum,mas seti uma votade repetia de bater ele por olhar para a mihairmã daquela maeira.

Ela coseguiu dar um sorriso, obviamete aliviada por ver um ros-to cohecido. Mas, quado Keith se voltou para mim, todo o charme e

a simpatia desapareceram. O setimeto era mútuo.

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A úria cega e ardete que ia crescedo detro de mim era tãoavassaladora que eu demorei para ormular qualquer tipo de reação.

 — Olá, Keith — eu disse, rígida.Keith em tetou se equiparar à miha civilidade orçada. Ele sevirou imediatamete para os alquimistas.

 — O que ela está azedo aqui? — Sabemos que você requisitou Zoe — Stato disse com a voz

rme —, mas, depois de cosiderarmos, resolvemos que é melhorSydey azer esse papel. A experiêcia que ela tem se sobrepõe a qual-

quer preocupação que tehamos em relação a suas ações. — não — Keith logo respodeu e voltou seu olhar azul de açomais uma vez para mim. — Ela ão vai me acompahar de jeito e-hum. não posso deixar que uma adoradora de vampiros degeerada es-trague a missão para todos ós. Vamos car com a irmã dela.