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ESTADO DO PIAUÍ PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA GABINETE DO PREFEITO 1 LEI COMPLEMENTAR N° 3.606, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006 (Atualizada até a Lei Complementar n° 4.748, de 14 de julho de 2015) CÓDIGO TRIBUTÁRIO DO MUNICÍPIO DE TERESINA ÍNDICE SISTEMÁTICO LIVRO I SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (arts. 1 o e 2 o ) TÍTULO II DOS TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO DE TERESINA Capítulo I - Disposição Geral (arts. 3 o e 4 o ) Capítulo II - Do elenco tributário (art. 5 o ) Capítulo III - Das limitações do poder de tributar do Município (art. 6 o ) TÍTULO III DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA - IPTU Capítulo I - Do fato gerador, da incidência e não-incidência (arts. 7 o a 11) Capítulo II - Do sujeito passivo (arts. 12 a 14) Seção I - Contribuinte do IPTU (art. 12) Seção II - Da Atribuição de responsabilidade solidária e dos responsáveis (arts. 13 e 14) Capítulo III - Do lançamento do IPTU (arts. 15 a 17) Capítulo IV - Do cálculo do IPTU (arts. 18 a 36) Seção I - Da base de cálculo e do valor venal (arts. 18 e 19) Seção II - Das alíquotas do IPTU, da progressividade no tempo e seus efeitos (arts. 20 a 22)

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ESTADO DO PIAU

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA GABINETE DO PREFEITO

1

LEI COMPLEMENTAR N 3.606, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006

(Atualizada at a Lei Complementar n 4.748, de 14 de julho de 2015)

CDIGO TRIBUTRIO DO MUNICPIO DE TERESINA

NDICE SISTEMTICO

LIVRO I

SISTEMA TRIBUTRIO MUNICIPAL

TTULO I

DISPOSIES PRELIMINARES (arts. 1o e 2o)

TTULO II

DOS TRIBUTOS DE COMPETNCIA DO MUNICPIO DE TERESINA Captulo I - Disposio Geral (arts. 3o e 4o) Captulo II - Do elenco tributrio (art. 5o) Captulo III - Das limitaes do poder de tributar do Municpio (art. 6o)

TTULO III

DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA - IPTU

Captulo I - Do fato gerador, da incidncia e no-incidncia (arts. 7o a 11) Captulo II - Do sujeito passivo (arts. 12 a 14)

Seo I - Contribuinte do IPTU (art. 12) Seo II - Da Atribuio de responsabilidade solidria e dos responsveis (arts. 13 e 14)

Captulo III - Do lanamento do IPTU (arts. 15 a 17) Captulo IV - Do clculo do IPTU (arts. 18 a 36)

Seo I - Da base de clculo e do valor venal (arts. 18 e 19) Seo II - Das alquotas do IPTU, da progressividade no tempo e seus efeitos (arts. 20 a 22)

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Seo III - Da forma de apurao do valor venal (arts. 23 e 24)

Subseo I - Da profundidade equivalente do terreno (arts. 25 a 30) Subseo II - Da apurao do valor do imvel construdo, da idade das edificaes e da

aplicao dos fatores de depreciao e de conservao (arts. 31 a 34)

Seo IV - Das Glebas (art. 35) Seo V - Da fixao dos valores e da atualizao monetria (art. 36)

Captulo V - Do pagamento do IPTU (arts. 37 a 40) Captulo VI - Das isenes (arts. 41 a 43) Captulo VII - Do Cadastro Imobilirio Fiscal (arts. 44 a 53)

Seo I - Da inscrio (arts. 44 a 48) Seo II - Das alteraes e do cancelamento de inscries no cadastro (arts. 49 a 52) Seo III - Das infraes e penalidades (art. 53)

Captulo VIII - Da fiscalizao do IPTU (arts. 54 e 55) Captulo IX - Disposies Gerais relativas ao IPTU (arts. 56 a 62)

TTULO IV

DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSO INTER VIVOS

DE BENS IMVEIS E DE DIREITOS REAIS A ELES RELATIVOS - ITBI Captulo I - Do fato gerador do ITBI (arts. 63 e 64)

Captulo II - Da No-Incidncia do ITBI (art. 65) Captulo III - Das Isenes do ITBI (arts. 66 a 68) Captulo IV - Da sujeio passiva (arts. 69 e 70)

Seo I - Do contribuinte do ITBI (art. 69) Seo II - Dos responsveis solidrios pelo pagamento do ITBI (art. 70)

Captulo V - Do clculo do ITBI (arts. 71 a 77)

Seo I - Da base de clculo do ITBI (arts. 71 a 73)

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Seo II - Da alquota do ITBI (art. 74) Seo III - Do Lanamento do ITBI (art. 75) Seo IV - Do recolhimento do ITBI (art. 76) Seo V - Da restituio do ITBI (art. 77)

Captulo VI - Das obrigaes dos serventurios da justia (arts. 78 a 80) Captulo VII - Das infraes e penalidades (arts. 81 a 84) Captulo VIII - Das disposies finais relativas ao ITBI (arts. 85 ao 88)

TTULO V

DO IMPOSTO SOBRE SERVIOS DE QUALQUER NATUREZA - ISS

Captulo I - Do fato gerador e da incidncia (arts. 89 a 92) Captulo II - Da no-incidncia (art. 93) Captulo III - Das isenes (arts. 94 e 95)

Captulo IV - Do local da prestao e do pagamento (art. 96) Captulo V - Do estabelecimento prestador de servios (arts. 97 a 99)

Seo nica - Da caracterizao (arts. 97 a 99)

Captulo VI - Da sujeio passiva (arts. 100 a 110)

Seo I - Do contribuinte do ISS (art. 100) Seo II - Dos responsveis (arts. 101 a 105)

Subseo I - Pelo recolhimento do ISS (art. 101) Subseo II - Dos responsveis pela reteno e recolhimento do ISS (arts. 102 a 105)

Seo III - Das disposies gerais sobre sujeio passiva, reteno e recolhimento do ISS (arts. 106 a 110)

Captulo VII Das alquotas e da base de clculo (arts. 111 a 131)

Seo I - Da Identificao e Sistemtica Geral de Clculo do ISS (arts. 111 a 113) Subseo I - Das disposies gerais (arts. 114 a 118)

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Subseo II - Do clculo do ISS dos prestadores de servio sob a forma de Sociedade de Profissionais (art. 119)

Seo II - Das alquotas do ISS (arts. 120 e 121) Seo III - Da estimativa (arts. 122 a 129) Seo IV - Da fixao do arbitramento da receita bruta de prestao de servio (arts. 130 e

131) Captulo VIII - Do lanamento e do recolhimento do ISS (arts. 132 a 138)

Seo I - Do lanamento (arts. 132 e 133) Seo II - Do recolhimento (arts. 134 a 137) Seo III - Dos acrscimos moratrios (art. 138)

Captulo IX - Das Obrigaes acessrias (arts. 139 a 152)

Seo I - Da inscrio e alterao cadastral (arts. 139 a 145)

Seo II - Da suspenso e da baixa de inscrio (arts. 146 a 152)

Captulo X - Do documentrio fiscal (arts. 153 ao 176)

Seo I - Das espcies de documentos fiscais relativos ao ISS (arts. 153 a 168) Seo II - Da escriturao de livros e dos documentos fiscais (arts. 169 a 176)

Captulo XI - Da fiscalizao do ISS (arts. 177 a 186)

Seo I - Da competncia (art. 177) Seo II - Da ao fiscal (arts. 178 a 186)

Captulo XII - Disposies gerais e finais relativas ao ISS (arts. 187 a 214)

Seo I - Do termo de acordo (arts. 187 a 190) Seo II - Disposies especiais Especificidades da lista de servios (arts. 191 a 210)

Subseo I - Servios relativos a hospedagem,turismo, viagens e congneres (arts. 191 e 192)

Subseo II - Servios de diverses pblicas, lazer, entretenimento e congneres (arts.

193 a 195)

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Subseo III - Servios de distribuio e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartes, pules ou cupons de apostas, sorteios, prmios, inclusive os decorrentes de ttulos de capitalizao e congneres (art. 196)

Subseo IV - Servios de registros pblicos, cartorrios e notariais (art. 197) Subseo V- Servios de educao, instruo, treinamento e avaliao pessoal e

congneres (arts. 198 a 203) Subseo VI - Servios relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo,

construo civil, manuteno, limpeza, meio ambiente, saneamento e congneres (arts. 204 e 205)

Subseo VII -Servios relativos a propaganda e publicidade, inclusive promoo de

vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaborao de desenhos, textos e materiais publicitrios (art. 206)

Subseo VIII - Disposies especiais sobre outros servios (arts. 207 a 210)

Seo III - Disposies finais ao ISS (arts. 211 a 214)

TITULO VI

DAS TAXAS

Captulo I - Disposies comuns s taxas (arts. 215 a 228)

Seo I - Do fato gerador (arts. 215 a 217) Seo II - Da incidncia, lanamento e recolhimento da taxa (arts. 218 a 225)

Subseo I - Da notificao de lanamento da taxa (art. 226)

Seo III - Da inscrio cadastral de contribuinte de taxa (arts. 227 e 228)

Captulo II - Das espcies de taxas (arts. 229 e 230) Captulo III - Das taxas pelo exerccio regular do poder de polcia (arts. 231 a 283)

Seo I - Taxa de Licena de Localizao, Instalao, Funcionamento e Fiscalizao - TLIF (arts. 231 a 243)

Subseo I - Dos pressupostos expedio da TLIF (arts. 231 a 235) Subseo II - Sujeito passivo da TLIF (arts. 236 e 237) Subseo III - Do clculo e lanamento da TLIF (arts. 238 a 242) Subseo IV - Da iseno da TLIF (art. 243)

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Seo II - Taxa de Licena e Fiscalizao de Obras TLFO (arts. 244 a 251)

Seo III - Taxa de Licenciamento Ambiental TLA (arts. 252 a 261)

Seo IV - Taxa Licena e Fiscalizao de Anncios TLFA (arts.262 a 279)

Subseo I - Do fato gerador e da incidncia da TLFA (arts. 262 a 264) Subseo II - Da no-incidncia da TLFA (art.265) Subseo III - Das isenes da TLFA (arts. 266 e 267) Subseo IV - Do sujeito passivo da TLFA (art. 268) Subseo V - Do lanamento e da inscrio cadastral de contribuinte da TLFA (arts. 269

a 271) Subseo VI - Das infraes e penalidades (arts. 272 a 274) Subseo VII - Das proibies relativas aos anncios e publicidade (arts. 275 e 276) Subseo VIII - Disposies Gerais da TFA (arts. 277 a 279)

Seo V - Taxa de Registro e Fiscalizao Sanitria TRFS (arts. 280 a 283)

Captulo IV - Das taxas pela prestao de servios pblicos (arts. 284 a 286)

Seo nica - Taxa de Servios Municipais Diversos TSMD (arts. 284 a 286)

TTULO VII

DAS CONTRIBUIES Captulo I - Da Contribuio de Melhoria (arts. 287 a 303)

Seo I - Fato gerador e incidncia da Contribuio de Melhoria (art. 287) Seo II - Da no-incidncia da Contribuio de Melhoria (art. 288) Seo III - Dos contribuintes da Contribuio de Melhoria (arts. 289 e 290) Seo IV - Do clculo da Contribuio de Melhoria (arts. 291 e 292) Seo V - Do lanamento e cobrana da Contribuio de Melhoria (arts. 293 a 299) Seo VI - Do pagamento da Contribuio de Melhoria (arts. 300 e 301) Seo VII - Disposies gerais relativas Contribuio de Melhoria (arts. 302 e 303)

Captulo II - Da Contribuio para o Custeio do Servio de Iluminao Pblica - CIP (art. 304)

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LIVRO II

PARTE GERAL

TTULO I

DA LEGISLAO TRIBUTRIA MUNICIPAL

Captulo I - Disposies gerais (arts. 305 a 309) Captulo II - Da Vigncia e aplicao (arts. 310 a 315) Captulo III - Interpretao e integrao (arts. 316 a 320)

TTULO II

DA OBRIGAO TRIBUTRIA

Captulo I - Disposies gerais (arts. 321 a 323) Captulo II - Do fato gerador (arts. 324 a 327) Captulo III - Da sujeio ativa e passiva (arts. 328 a 334)

Seo I - Disposies gerais (arts. 328 a 330) Seo II - Disposies gerais sobre sujeio passiva (arts. 331 e 332) Seo III - Domiclio tributrio (arts. 333 e 334)

Captulo IV - Responsabilidade tributria (arts. 335 a 339)

Seo I - Disposies gerais (arts. 335 a 337) Seo II - Da responsabilidade solidria (arts. 338 e 339)

TTULO III

CRDITO TRIBUTRIO

Captulo I - Disposio geral (art. 340) Captulo II - Da constituio do crdito tributrio municipal (arts. 341 a 349)

Seo I - Do lanamento dos tributos (arts. 341 a 344) Seo II - Modalidades de lanamento (arts. 345 a 349)

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Captulo III - Suspenso do crdito tributrio (arts. 350 a 355)

Seo I - Disposies gerais (art. 350) Seo II - Da moratria (arts. 351 a 354) Seo III - Do parcelamento (art. 355)

Captulo IV - Extino do crdito tributrio (arts. 356 a 373)

Seo I - Disposies gerais (art. 356) Seo II - Disposies gerais sobre as demais modalidades de extino (arts. 357 a 368)

Subseo I - Do pagamento (arts. 357 a 363)

Subseo II - da compensao (arts. 364 e 365) Subseo III - Da transao (art. 366) Subseo IV - Da remisso (arts. 367 e 368)

Seo III - Da prescrio e da decadncia (arts. 369 a 371)

Seo IV - Da converso do depsito em renda (art. 372)

Seo V - Da Consignao (art. 373)

Captulo V - Da cobrana, do recolhimento e do pagamento (arts. 374 a 381)

Captulo VI - Da restituio de tributos municipais (arts. 382 a 387)

Captulo VII - Da atualizao monetria (arts. 388 e 389) Captulo VIII - Da excluso do crdito tributrio municipal (arts. 390 a 397)

Seo I - Disposies gerais (art. 390) Seo II - Iseno (arts. 391a 393) Seo III - Anistia (arts. 394 a 397)

Captulo IX - Das garantias e privilgios do crdito tributrio (arts. 398 a 410)

Seo I - Disposies gerais (arts. 398 a 401) Seo II - Preferncias (arts. 402 a 410)

Captulo X - Dos incentivos e benefcios fiscais (arts. 411 a 413)

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TTULO IV

ADMINISTRAO TRIBUTRIA

Captulo I - Disposies gerais sobre fiscalizao (arts. 414 a 424) Captulo II - Das diligncias especiais (arts. 425 a 427) Captulo III - Do regime especial de fiscalizao e controle (arts. 428 e 429) Captulo IV - Do desenvolvimento da ao fiscal (arts. 430 a 433) Captulo V - Do selo fiscal de autenticidade (art. 434)

Seo nica - Da aplicao dos selos fiscais (art. 434)

TTULO V

DAS INFRAES E DAS PENALIDADES Captulo I - Das infraes (arts. 435 a 437) Captulo II - Das penalidades (arts. 438 a 450)

Seo I - Das multas (arts. 441 a 445)

Seo II - Da reduo e majorao de multas (arts 446 a 450)

Captulo III - Dvida ativa (arts. 451 a 455) Captulo IV - Das certides negativas (arts. 456 a 461) Captulo V - Das disposies gerais (arts. 462 a 464)

Seo I - Dos prazos (art. 462) Seo II - Disposies finais relativas parte geral (arts. 463 a 464)

LIVRO III

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTRIO

TTULO I

DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTRIO

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Captulo I - Da natureza e da competncia (art. 465) Captulo II - Da estrutura e funcionamento do Contencioso Administrativa Tributrio (arts. 466 e

467) Captulo III - Do Chefe do Contencioso Administrativo Tributrio (art. 468) Captulo IV - Da Junta de Processamento de Deliberaes Fiscais JPDF (arts. 469 e 470) Captulo V - Do julgamento em primeira instncia (arts. 471 a 474) Captulo VI - Do Conselho de Contribuintes (arts. 475 a 482)

Captulo VII - Do crdito tributrio e do auto de infrao (arts. 483 a 487)

Seo I - Aspectos Gerais (art. 483) Seo II - Aspectos Especficos (arts. 484 a 486)

Subseo nica - Elementos essenciais ao auto de infrao (art. 487)

Captulo VIII - Aspectos fundamentais na formao do Processo Administrativo Tributrio (arts. 488 a 498)

Seo I - Dos princpios (art. 488) Seo II - Dos direitos e deveres do autuado (arts. 489 e 490) Seo III - Do dever de decidir e da motivao (arts. 491 a 498)

Subseo I - Das medidas preliminares ou incidentes (arts. 492 a 497) Subseo II - Do informalismo processual (art. 498)

Captulo IX - Dos atos e termos processuais (arts. 499 a 515)

Seo I - Dos prazos (art. 499) Seo II - Das intimaes (arts. 500 a 503) Seo III - Das nulidades (art. 504) Seo IV - Da suspenso do Processo Administrativo Tributrio (art. 505) Seo V - Da extino do Processo Administrativo Tributrio (art. 506) Seo VI - Das provas (arts. 507 a 515)

Subseo I - Da diligncia (arts. 509 e 510)

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Subseo II - Da percia (arts. 511 a 515)

TTULO II

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTRIO Captulo I - Das partes (art. 516) Captulo II - Do incio e instruo (arts. 517 a 521) Captulo III - Da reclamao (arts. 522 a 524) Captulo IV - Da impugnao (arts. 525 a 528) Captulo V - Dos recursos (arts. 529 a 535)

Seo I - Das espcies (art. 529 a 535)

Subseo I - Do reexame necessrio (arts. 530 a 533) Subseo II - Do recurso voluntrio (arts. 534 e 535)

Captulo VI - Do pedido de esclarecimento (art. 536) Captulo VII - Das smulas (art. 537) Captulo VIII - Da eficcia e da execuo das decises (arts. 538 a 540) Captulo IX - Do procedimento de consulta (art. 541 a 554)

Seo I - Consideraes preliminares (arts. 541 a 544)

Seo II - Dos efeitos da consulta (arts. 545 a 550) Seo III - Da comunicao da resposta (art. 551) Seo IV - Disposies gerais sobre consulta (arts. 552 a 554)

Captulo X - Disposies finais sobre o Conselho de Contribuintes (arts. 555 a 566)

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LEI COMPLEMENTAR N 3.606, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006.

Dispe sobre o sistema tributrio municipal, as normas gerais de direito tributrio aplicveis ao Municpio e institui o novo Cdigo Tributrio do Municpio de Teresina.

O PREFEITO MUNICIPAL DE TERESINA, Estado do Piau, com fundamento na Constituio da

Repblica Federativa do Brasil, no que dispem os arts. 30, I e II; 145 e 156, bem como o previsto no 3o e 4o do art. 34, do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, e na Lei Orgnica do Municpio, no uso de suas atribuies legais;

Fao saber que a Cmara Municipal de Teresina, Estado do Piau, decretou e eu sanciono a presente

Lei Complementar: LIVRO I

SISTEMA TRIBUTRIO MUNICIPAL

TTULO I DISPOSIES PRELIMINARES

Art. 1o Esta Lei Complementar, com fundamento na Constituio da Repblica Federativa do Brasil,

institui o Sistema Tributrio Municipal compreendendo, com observncia da Lei Orgnica do Municpio, o Cdigo Tributrio do Municpio de Teresina CTMT.

Art. 2o A atividade tributria do Municpio de Teresina, regulada pelo CTMT observar as

disposies do Cdigo Tributrio Nacional, leis e normas que lhe so complementares, bem como regulamentos relativos matria tributria de estrita competncia do Municpio.

TTULO II

DOS TRIBUTOS DE COMPETNCIA DO MUNICPIO DE TERESINA

CAPTULO I DISPOSIO GERAL

Art. 3o Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa

exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Art. 4o A natureza jurdica especfica do tributo de competncia do Municpio de Teresina

determinada pelo fato gerador da respectiva obrigao, sendo irrelevante para qualific-la: I a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei; e II a destinao legal do produto da sua arrecadao.

CAPTULO II DO ELENCO TRIBUTRIO

Art. 5o So tributos que integram o Sistema Tributrio do Municpio de Teresina:

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I os impostos: a) sobre a propriedade predial e territorial urbana IPTU; b) sobre a transmisso inter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza

ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como a cesso de direitos sua aquisio ITBI; e

c) sobre servios de qualquer natureza ISS; II as taxas especificadas nesta Lei Complementar: a) em razo do exerccio regular do poder de polcia; e b) pela utilizao de servios pblicos. III a contribuio: a) de melhoria, decorrente de obras pblicas; e b) para o custeio do servio de iluminao pblica CIP.

CAPTULO III

DAS LIMITAES DO PODER DE TRIBUTAR DO MUNICPIO

Art. 6o vedado ao Municpio de Teresina, alm de outras garantias asseguradas ao contribuinte: I exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea; II cobrar tributos: a) em relao a fatos geradores ocorridos antes do inicio da vigncia da lei que os houver institudo ou

aumentado; b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; e c) antes de decorridos 90 (noventa) dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou

aumentou, observado o disposto na alnea b, deste inciso; III utilizar tributo com efeito de confisco; IV instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente,

proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercida, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos;

V estabelecer diferena tributria entre servios de qualquer natureza em razo de sua procedncia ou destino;

VI instituir impostos sobre templos de qualquer culto, no que compreende, somente, o patrimnio e os servios relacionados com as suas finalidades essenciais;

VII instituir impostos sobre o patrimnio ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; e

VIII instituir impostos sobre patrimnio ou servios da Unio, dos Estados e Municpios, inclusive autarquias e fundaes por estes institudas e mantidas.

1o A vedao a que se refere o inciso VIII, deste artigo: I aplica-se exclusivamente, aos servios prprios da Unio, dos Estados e Municpios, no sendo

extensiva ao patrimnio e aos servios de suas empresas pblicas, sociedades de economia mista, delegadas, autorizadas, permissionrias e concessionrias de servios pblicos;

II no exclui a tributao, por lei, da condio de responsveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e no os dispensa da prtica de atos assecuratrios do cumprimento de obrigaes tributrias por terceiros;

III no exonera o promitente comprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao bem imvel;

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IV aplica-se aos servios relacionados com as finalidades essenciais e, em relao s autarquias e fundaes pblicas, aos servios diretamente relacionados com os objetivos previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos; e

V no compreende a explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentos privados, em que haja contraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio.

2o A inobservncia do disposto nos incisos IV e V, do 1o, deste artigo, implicar na inexistncia de

qualquer bice ao poder de tributar. 3 O reconhecimento de imunidade das instituies de educao e de assistncia social, sem fins

lucrativos, prevista no inciso VII, deste artigo, fica condicionado solicitao dirigida ao Secretrio Municipal de Finanas, a quem caber decidir e expedir o respectivo certificado, com prazo de validade de 03 (trs) anos. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

TTULO III

DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA IPTU

CAPTULO I DO FATO GERADOR, DA INCIDNCIA E NO-INCIDNCIA

Art. 7o Constitui fato gerador do Imposto Predial e Territorial Urbano IPTU, a propriedade, o

domnio til ou a posse de todo e qualquer bem imvel, por natureza ou acesso fsica, tal como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Municpio de Teresina, na forma e condies estabelecidas nesta Lei Complementar.

Art. 8o Considera-se ocorrido o fato gerador em 1o de janeiro do ano a que corresponda o lanamento. Art. 9o Para os efeitos do disposto no caput do art. 7o, deste Cdigo, entende-se como zona urbana a

definida em lei municipal, e considerada toda a rea na qual se observa o requisito mnimo de existncia de, pelo menos, dois dos seguintes melhoramentos, construdos ou mantidos pelo Poder Pblico:

I pavimentao, meio fio ou calamento, com canalizao de guas pluviais; II abastecimento de gua; III sistema de esgotos sanitrios; IV rede de iluminao pblica, com ou sem posteamento para distribuio domiciliar; e V escola primria ou posto de sade, a uma distncia mxima de trs quilmetros do imvel

considerado. Pargrafo nico. Observado o disposto no Cdigo Tributrio Nacional CTN, Lei no 5.172, de 25 de

outubro de 1966, considerar-se-o urbanas, para os efeitos do IPTU, as reas urbanizveis e as de expanso urbana constantes de glebas ou de loteamentos aprovados pelos rgos competentes, destinadas habitao, inclusive residencial de recreio, indstria, ao comrcio e a prestao de servios, mesmo que localizadas fora da zona definida no caput deste artigo.

Pargrafo nico. Observado o disposto no Cdigo Tributrio Nacional CTN (Lei Federal no 5.172, de 25 de outubro de 1966), so tambm consideradas zonas urbanas, para os efeitos do IPTU, as reas urbanizveis e as de expanso urbana constantes de glebas ou de loteamentos aprovados pelos rgos competentes, destinadas habitao, inclusive residencial de recreio, indstria, ao comrcio e a prestao de servios, mesmo que localizadas fora da zona definida no caput deste artigo. (Pargrafo nico com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

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Art. 10. O IPTU incide sobre imveis com edificaes e sobre imveis sem edificaes. 1o A incidncia, sem prejuzo das cominaes cabveis, independe do cumprimento de quaisquer

exigncias legais, regulamentares ou administrativas. 2o Para os efeitos do caput, deste artigo, considera-se: I terreno, o imvel: a) sem edificao; b) com edificao em andamento ou cuja obra esteja paralisada, bem como condenada ou em runas; e c) cuja edificao seja de natureza temporria ou provisria, ou que possa ser removida sem

destruio, alterao ou modificao; II prdio, o imvel edificado e que possa ser utilizado para habitao ou para o exerccio de

qualquer atividade, seja qual for a denominao, forma ou destino. Art. 11. No incidir o IPTU nas hipteses inferidas na Constituio Federal, observadas as

disposies do CTN e da legislao tributria pertinente.

CAPTULO II DO SUJEITO PASSIVO

Seo I

Contribuinte do IPTU

Art. 12. Contribuinte do IPTU o proprietrio do imvel, o titular do seu domnio til ou o seu possuidor, a qualquer ttulo.

Seo II Da atribuio de responsabilidade solidria e dos responsveis

Art. 13. O IPTU constitui nus real, acompanhando o imvel em todas as mutaes de domnio, e

devido, a critrio do rgo competente: I por quem exera a posse direta do imvel, sem prejuzo da responsabilidade solidria dos

possuidores indiretos; e II por qualquer dos possuidores indiretos, sem prejuzo da responsabilidade solidria dos demais, e

de quem exera a posse direta. 1o Respondem solidariamente pelo pagamento do imposto o titular do domnio pleno, o justo

possuidor, o titular de direito de usufruto, uso ou habitao, os promitentes compradores imitidos na posse, os cessionrios, os posseiros, os comodatrios e os ocupantes a qualquer ttulo do imvel, ainda que pertencente a qualquer pessoa fsica ou jurdica de direito pblico ou privado, isento do imposto ou a ele imune.

2o O proprietrio do imvel ou o titular de seu domnio til solidariamente responsvel pelo

pagamento do IPTU devido pelo titular de usufruto, uso ou habitao. 3o O promitente vendedor solidariamente responsvel pelo pagamento do IPTU devido pelo

compromissrio comprador.

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Art. 14. O disposto no art. 13, deste Cdigo, aplica-se ao esplio das pessoas nele referidas.

CAPTULO III DO LANAMENTO DO IPTU

Art. 15. anual o lanamento do IPTU, efetuado em nome do sujeito passivo, na conformidade do

disposto nos arts. 12 e 13, deste Cdigo, transmitindo-se aos adquirentes, salvo quando constar da escritura comprovao relativa Certido Negativa de Dbitos referentes ao imposto.

1o O lanamento ser efetuado vista dos elementos do Cadastro Imobilirio Fiscal CIF, quer

declarados pelo contribuinte, quer apurados pelo Fisco, registrados at o ltimo dia do exerccio anterior. 2o Considera-se regularmente notificado do lanamento, o sujeito passivo, com a entrega da

notificao pelos Correios ou por quem esteja regularmente autorizado, no prprio local do imvel ou no local por ele indicado.

3o Observado o disposto na legislao tributria, o Fisco poder recusar o domiclio indicado pelo

sujeito passivo do IPTU, quando impossibilite ou dificulte a arrecadao. 4o A notificao, pelos Correios ou por quem esteja regularmente autorizado, ser precedida da

publicao de edital no Dirio Oficial do Municpio DOM, e divulgao em outros meios de comunicao social existentes no Municpio, com inferncia data de postagem, considerada a entrega aos Correios ou quem esteja autorizado ao mesmo mister, aludindo-se, ainda, sobre prazos e datas de vencimento.

5o Para todos os efeitos legais, presume-se efetuada a notificao do lanamento quinze dias aps

transcorrida a data de postagem, definida no 4o, deste artigo, ocasio em que a notificao resultar efetuada.

6o A presuno referida no 5o, deste artigo, poder ser ilidida pela comunicao do no

recebimento da notificao, em comparecendo o sujeito passivo ou seu representante legal, a SEMF, at a data do vencimento, ocasio em que ser notificado, em conformidade com o respectivo lanamento.

Art. 16. O lanamento do IPTU, na hiptese de condomnio, poder ser realizado em nome de um ou

de todos os condminos, exceto quando se tratar de condomnio constitudo de unidades autnomas, nos termos da lei civil, caso em que o imposto ser lanado individualmente em nome de cada um dos seus respectivos titulares.

1o No sendo conhecido o proprietrio, o lanamento ser efetuado em nome de quem esteja na

posse do imvel. 2o O imposto relativo a imvel em processo de inventrio ser lanado em nome do esplio; julgada

a partilha, far-se- lanamento em nome do adquirente. 3o No caso de imveis objetos de compromisso de compra e venda, o lanamento poder ser

efetuado indistintamente em nome do compromitente vendedor ou do compromissrio comprador, ou ainda, de ambos, ficando sempre um ou outro solidariamente responsvel pelo pagamento do imposto.

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Art. 17. Podero ser lanados e cobrados com o IPTU, Taxas e Contribuies que se relacionem direta ou indiretamente, com a propriedade, o domnio til ou a posse do imvel, consoante o disposto no art. 7o deste Cdigo.

CAPTULO IV

DO CLCULO DO IPTU

Seo I Da base de clculo e do valor venal

Art. 18. A base de clculo do IPTU o valor venal do imvel, obtido atravs da aplicao da Planta

Genrica de Valores PGV e da metodologia de clculo definidos neste Cdigo, excludo o valor dos bens mveis nele mantidos, em carter permanente ou temporrio, para efeito de sua utilizao, explorao, aformoseamento ou comodidade.

1o Considera-se valor venal do imvel, para os fins previstos neste artigo: I no caso de terrenos no edificados, em construo, em demolio, ou em runas: o valor fundirio

do solo; II no caso de terrenos em construo com parte de edificao habitada, o valor do solo e da

edificao utilizada; e III nos demais casos, o valor do solo e da edificao, considerados em conjunto. 2o Podero ser atualizados anualmente os valores venais dos imveis em funo de suas

caractersticas fsicas e condies peculiares, mediante condies especficas, com utilizao, dentre outras, das seguintes fontes em conjunto ou separadamente:

I declaraes fornecidas pelos contribuintes; II estudos, pesquisas e investigaes conduzidas diretamente ou atravs de comisses especficas,

com base em dados do mercado imobilirio local; e III permuta de informaes fiscais com a Unio, o Estado do Piau ou com outros municpios da

mesma regio geo-econmica, na forma do que dispe o CTN. 3o O Poder Executivo Municipal poder proceder, periodicamente, atravs de lei, as alteraes de

atualizao da planta Genrica de Valores PGV.

3 O Poder Executivo Municipal dever proceder, a cada quatro anos, mediante lei, as alteraes de atualizao da Planta Genrica de Valores PGV, definindo-se em regulamento o marco inicial para a primeira atualizao. (Pargrafo com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

4o No se constitui aumento de tributo a atualizao do valor monetrio da base de clculo dos imveis constantes do Cadastro Imobilirio Fiscal CIF, corrigido, anualmente, com base na variao do ndice de Preo Ao Consumidor Amplo Especial (IPCA E) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), ou outro ndice que por lei municipal vier a substitu-lo. 5 Prevalecer sobre os critrios da Planta Genrica de Valores, previstos no caput deste artigo, o valor do imvel apurado pelo Fisco, obedecidos os procedimentos definidos em regulamento. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

Art. 19. O IPTU ser calculado anualmente, de forma escalonada, sobre o valor venal do imvel, na poro compreendida em cada uma das faixas de valor constantes da Tabela I, do Anexo I, deste Cdigo, sendo o total determinado pela soma dos valores apurados em conformidade com este artigo.

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Pargrafo nico. As faixas de valor venal constantes da Tabela I, do Anexo I, deste Cdigo, sero corrigidas anualmente, concomitantemente com os valores venais dos imveis, com base na variao do ndice de Preo Ao Consumidor Amplo Especial (IPCA E) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), ou outro ndice que por lei municipal vier a substitu-lo. (Pargrafo nico acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

Seo II

Das Alquotas do IPTU, da progressividade no tempo e seus efeitos Art. 20. Aplicar-se-, no clculo do IPTU, sobre o valor venal do imvel, a que se refere o caput do

art. 19, as alquotas constantes da Tabela I, do Anexo I, deste Cdigo. Pargrafo nico. Quando na unidade imobiliria houver cadastro de edificaes com utilizaes

distintas, residencial e no residencial, as alquotas aplicadas no clculo do IPTU sero aquelas correspondentes utilizao preponderante quanto a soma de seus valores venais. (Pargrafo nico acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

Art. 21. Para rea includa no Plano Diretor, em conformidade com a Lei no 10.257, de 10 de julho de

2001 (Estatuto da Cidade), poder ser editada lei municipal especfica determinando o parcelamento, a edificao ou a utilizao compulsrios do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado.

1o A lei a que se refere o caput, deste artigo, fixar as condies e os prazos para implementao da

referida obrigao.

1o A lei municipal a que se refere o caput, deste artigo, fixar as condies e os prazos para implementao da referida obrigao. (Pargrafo com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

2o O cumprimento da obrigao est condicionado prvia notificao do proprietrio pelo Municpio, e s produzir efeitos pela averbao no Cartrio de Registro de Imveis.

3o Os prazos a que se refere o 1o, do art. 21, deste Cdigo, no podero ser inferiores a:

3o Os prazos a que se refere o 1o, deste artigo, no podero ser inferiores a: (Pargrafo com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

I um ano, a partir da notificao, para que seja protocolado o projeto no rgo municipal competente; e

II dois anos, a partir da aprovao do projeto, para iniciar as obras do empreendimento. 4o A transmisso do imvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior data da notificao,

transfere as obrigaes de parcelamento, edificao ou utilizao previstas no caput, deste artigo, sem interrupo de quaisquer prazos.

5o A lei a que se refere o caput, deste artigo, poder prever, tratando-se de empreendimento de

grande porte, excepcionalmente, a concluso, em etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo.

5o A lei municipal a que se refere o caput, deste artigo, poder prever, tratando-se de empreendimento de grande porte, excepcionalmente, a concluso, em etapas, assegurando-se que o

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projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo. (Pargrafo com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

Art. 22. Em caso de no cumprimento das etapas a que se refere o 5o, do art. 21, deste Cdigo, ou a inobservncia das condies e dos prazos a que se refere aquele artigo, o Municpio proceder aplicao da progressividade do IPTU no tempo, mediante a majorao da alquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.

1o A alquota a ser aplicada, em cada ano, ser fixada na Lei a que se refere o caput, do art. 21,

deste Cdigo, e no exceder a duas vezes estabelecida no ano anterior, respeitado o limite mximo de 15% (quinze por cento).

2o Caso a obrigao de parcelar, edificar ou utilizar no esteja atendida em cinco anos, o Municpio

manter a cobrana pela alquota mxima, at que se cumpra a referida obrigao, observado o que dispe a Lei no 10.257, de 2001, assegurado, em caso de desapropriao:

I o pagamento em ttulos da dvida pblica; e II o valor real da indenizao que reflita a base de clculo do IPTU. 3o No ser considerado, na indenizao mencionada no inciso II, do 2o, do art. 22 deste Cdigo,

expectativas de lucros cessantes e juros compensatrios. 4o Os ttulos da dvida pblica, de prvia aprovao, pelo Senado Federal: I sero resgatados no prazo de at dez anos, em prestaes anuais, iguais e sucessivas, assegurados o

valor real da indenizao e juros legais de 6% (seis por cento) ao ano; e II no tero poder liberatrio para pagamento de tributos. 5o O Municpio proceder ao adequado aproveitamento do imvel no prazo improrrogvel de cinco

anos, contados a partir da sua incorporao ao patrimnio pblico. 6o O aproveitamento do imvel poder ser efetivado diretamente pelo Municpio ou por meio de

alienao ou concesso a terceiros, observando-se, em tais casos, disposies que disciplinam a regularidade do procedimento licitatrio.

7o Ao adquirente do imvel, nos termos do 6o, deste artigo, ficam mantidas as mesmas obrigaes

de parcelamento, edificao ou utilizao previstas no art. 21, deste Cdigo. 8o vedada a concesso de isenes ou de anistia tributao progressiva de que trata o caput,

deste artigo.

Seo III Da forma de apurao do valor venal

Art. 23. A apurao do valor venal, para efeito de lanamento do IPTU, far-se- em conformidade

com as regras e os mtodos fixados nas Sees III a V, deste Captulo, observados os Anexos II a VI, deste Cdigo.

Art. 24. O valor venal do imvel no construdo, excetuando-se as glebas, resultar da multiplicao: I de sua rea total pelo valor unitrio do metro quadrado de terreno, constante da Listagem de

Valores Bsicos Unitrios de Terrenos, Anexo VI deste Cdigo, e

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II pelos fatores de correo das Tabelas I, II, III e IV, do Anexo II, deste Cdigo, aplicveis conforme as circunstncias peculiares do imvel, e de acordo com as Frmulas de Clculo constantes do Anexo III, tambm deste Cdigo.

1o Para fins de estabelecimento do valor unitrio do metro quadrado de terreno referido no inciso I,

deste artigo, considerado o do trecho do logradouro: I da situao do imvel; II relativo sua frente efetiva ou, havendo mais de uma, principal, no caso de imvel construdo

em terreno de uma ou mais esquinas e em terrenos de duas ou mais frentes; III relativo frente indicada no ttulo de propriedade ou, na falta deste, o do logradouro de maior

valor, no caso de imvel no construdo com as caractersticas mencionadas no 1o, II, deste artigo; IV que lhe d acesso, no caso de terreno de vila, ou do logradouro ao qual tenha sido atribudo

maior valor, em havendo mais de um logradouro de acesso; e V correspondente servido de passagem, no caso de terreno encravado. 2o Os logradouros ou trechos de logradouros que no constarem da Listagem de Valores integrantes

do Anexo VI, e que vierem a ser criados, enquadrar-se-o nos termos deste Cdigo.

2o Os logradouros ou trechos de logradouros que no constarem da Listagem de Valores integrantes do Anexo VI, deste Cdigo, e que vierem a ser criados por novos loteamentos, tero os Valores Bsicos Unitrios de Terrenos VBU atribudos pelos valores dos trechos de logradouros mais prximos com caractersticas semelhantes ou que reflitam valores de mercado verificados nas transferncias imobilirias dos lotes do novo loteamento. (Pargrafo com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

Subseo I

Da profundidade equivalente do terreno

Art. 25. Para efeito de aplicao do fator respectivo de que trata a Tabela I, do Anexo II deste Cdigo, a profundidade equivalente do terreno ser obtida mediante a diviso da rea total pela testada, ou no caso de terrenos com duas ou mais frentes, pela soma das testadas.

Art. 25. Para efeito de aplicao do fator respectivo de que trata a Tabela I, do Anexo II, deste

Cdigo, a profundidade equivalente do terreno ser obtida mediante a diviso da rea total pela testada, ou no caso de terrenos com duas ou mais frentes, pela soma das testadas contguas. (Caput do artigo com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

1o Devero ser utilizadas, para efeito do caput, deste artigo, as profundidades padro, determinadas

para os diversos bairros do Municpio localizados na Listagem de Dimenses dos Lotes-Padres e das Situaes Paradigmas das Zonas Homogneas, constantes do Anexo IV deste Cdigo.

2o Para a apurao da profundidade equivalente de terrenos de esquina ou com mais de uma frente

ser adotada a testada que corresponder frente: I efetiva ou principal do imvel, quando construdo; e II indicada no ttulo de propriedade ou, na falta deste, correspondente ao de maior valor unitrio

de metro quadrado de terreno, quando no construdo. Art. 26. Nas avaliaes de terrenos de esquina e aqueles com uma ou com mais de uma frente, sero

utilizados os fatores da Tabela IV, do Anexo II, deste Cdigo.

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Art. 27. No clculo do valor venal de terrenos sero aplicados os fatores das Tabelas I, II, III e IV, do

Anexo II, deste Cdigo.

Pargrafo nico. Para efeito do caput, deste artigo, devero ser consideradas:

1 Para efeito do caput, deste artigo, devero ser consideradas: (Primitivo pargrafo nico renumerado pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011) I a Situao Paradigma da Zona Homognea, que contm a indicao dos melhoramentos pblicos existentes no logradouro onde se localiza o imvel, constante do Anexo IV, deste Cdigo; e (Primitivo inciso I do pargrafo nico renumerado pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011) II as Tabelas de Parmetros determinadas para as zonas Homogneas do Municpio, constantes do Anexo IV, deste Cdigo. (Primitivo inciso II do pargrafo nico renumerado pela Lei Complementar n 4.212, de 22/1/.2011) 2 A Situao Paradigma do bairro, constante no Anexo IV, deste Cdigo, ser obtida mediante o clculo proporcional da ocorrncia de cada equipamento pblico, por face de quadra, consignando sim quando o equipamento pblico ocorrer com ndice superior a 50% (cinquenta por cento) das faces de quadra do bairro e no quando este ndice for inferior a 50% (cinquenta por cento). (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

Art. 28. No clculo do valor de terrenos encravados ser aplicado, tambm, o fator desvalorizador

constante da Tabela IV, do Anexo II, deste Cdigo. Art. 29. Para efeito do disposto neste Captulo, considera-se: I terreno encravado aquele que no se comunica com a via pblica, exceto por servido de passagem

por outro imvel; e II terreno de esquina aquele em que os prolongamentos de seus alinhamentos, quando retos, ou das

respectivas tangentes, quando curvos, determinem ngulos internos inferiores a cento e trinta e cinco graus e superiores a quarenta e cinco graus.

Art. 30. No clculo do valor venal dos terrenos, nos quais tenham sido edificados prdios compostos

de unidades autnomas, alm dos fatores de correo aplicveis em conformidade com as circunstncias, utilizar-se- como parmetro para o clculo, a medida da frao ideal com que cada um dos condminos participa na propriedade condominial, de acordo com a Tabela VIII, do Anexo II, deste Cdigo.

Subseo II Da apurao do valor do imvel construdo, da idade das edificaes e

da aplicao dos fatores de depreciao e de conservao Art. 31. O valor venal do imvel construdo ser apurado pela soma do valor do terreno com o valor

da construo, obtida na forma estabelecida neste artigo. 1o O valor da construo resultar, simultaneamente: I do produto da rea construda bruta pelo valor unitrio de metro quadrado de construo, constante

da Tabela V, do Anexo II deste Cdigo; e II da aplicao dos fatores de Depreciao e de Conservao adequados, contidos nas Tabelas VI e

VII, do Anexo II, deste Cdigo.

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2o Considerar-se- a idade dos prdios ou da rea construda predominante, para efeito do Fator de

Depreciao de que trata a Tabela VI, do Anexo II, deste Cdigo, aplicando-se, a ttulo de vida til das edificaes, o seguinte parmetro:

I 50 (cinqenta) anos, para as edificaes de alvenaria ou concreto; e I 50 (cinquenta) anos, para as edificaes de alvenaria, concreto ou metlica e suas combinaes; e (Inciso com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

II 30 (trinta) anos, nos demais tipos. 3o A idade das edificaes ser: I a real, se a propriedade no sofreu reforma parcial; e II a aparente, se a propriedade sofreu reforma substancial. 4o Para aplicao do Fator de Conservao, de que trata a Tabela VII, do Anexo II, deste Cdigo,

considerar-se- o estado de conservao da rea construda predominante. Art. 32. A rea construda bruta ser obtida atravs da medio dos contornos externos das paredes ou

pilares, computando-se, tambm, a superfcie das sacadas de cada pavimento, cobertas ou descobertas. 1o Em casos de piscinas e de quadras esportivas, a rea construda ser obtida atravs da medio

dos contornos internos de suas paredes, no primeiro caso; e da medio da rea destinada prtica esportiva, sem prejuzo das reas que lhe so pertinentes, tais como s providas de assentos, bancos, arquibancadas, quando existentes, bem como as destinadas a banheiros e vesturios.

2o Aplicar-se- a metodologia consignada no 1o, deste artigo, referente s quadras, s reas

destinadas prtica de futebol society, desde que comprovadamente providas de drenagem decorrente de obra ou emprego de engenho de construo civil, em toda a sua extenso.

Art. 33. No cmputo da rea construda em prdios cuja propriedade seja condominial, acrescentar-se-

a rea privativa de cada condmino, aquela que lhe for imputvel das reas comuns em funo da quota-parte a ele pertencente, conforme Tabela VIII, do Anexo II, deste Cdigo.

Art. 33. No cmputo da rea construda em edificaes cuja propriedade seja condominial,

acrescentar-se-, rea privativa de cada condmino ou proprietrio, aquela que lhe for imputvel das reas comuns em funo da quota parte a ele pertencente, conforme Tabela VIII, do Anexo II, deste Cdigo. (Artigo com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011) Pargrafo nico. A metodologia prevista no caput deste artigo aplica-se, tambm, aos casos em que a propriedade se d no mbito dos loteamentos fechados. (Pargrafo nico acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011) Art. 33-A. No cmputo da rea territorial tributvel em condomnios, acrescentar-se-, rea privativa de cada condmino ou proprietrio, aquela que lhe for imputvel das reas comuns em funo da cota parte a ele pertencente. (Artigo acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011) 1 A metodologia prevista no caput deste artigo aplica-se, tambm, aos casos em que a propriedade se d no mbito dos loteamentos fechados. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

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2 Havendo projeto de loteamento aprovado pelo Municpio de Teresina e o respectivo registro em Cartrio competente, o Fisco Municipal dever lanar o IPTU em lotes individualizados. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

Art. 34. O valor unitrio do metro quadrado de construo ser obtido pelo enquadramento das

edificaes existentes no Municpio em um dos tipos da Tabela V, do Anexo II, deste Cdigo, em funo de sua rea predominante e, em um dos padres de construo, em virtude da conformao das caractersticas da construo com maior nmero de caractersticas descritas na referida Tabela.

Seo IV

Das Glebas

Art. 35. Considera-se gleba, para os efeitos deste Cdigo, o terreno com rea igual ou superior a quinze mil metros quadrados, edificados ou no, para as quais adotar-se- a metodologia normatizada para glebas, no Anexo IV, deste Cdigo e utilizar-se-o os valores da Tabela IX, do Anexo II, deste Cdigo. (Expresso igual acrescida pela Lei Complementar n 4.212 de 22/12/2011). Art. 35. Considera-se gleba, para os efeitos deste Cdigo, o terreno com rea igual ou superior a quinze mil metros quadrados, edificados ou no, para as quais adotar-se- a metodologia normatizada para glebas, no Anexo IV, deste Cdigo e utilizar-se-o os valores da Tabela IX, do Anexo II, deste Cdigo, cujos fatores de glebas sero aumentados em 30% (trinta por cento) a cada exerccio, a partir de 2015, at alcanarem o valor igual a 1,000 (um). (Caputdo artigo com redao dada pela Lei Complementar n 4.662, de 19/12/.2014)

1o s glebas situadas fora da zona urbana, localizadas nas reas urbanizveis e de expanso urbana que vierem a ser definidas, gravar-se-o o redutor de 40% (quarenta por cento) sobre os valores constantes da Tabela a que se refere o caput, deste artigo. 1 (Revogado pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

2o No se aplicar o benefcio referido no 1o, deste artigo, quando se verificar existentes, no entorno da gleba, pelo menos trs melhoramentos construdos e mantidos pelo Poder Pblico, indicados nos incisos I a V, do art. 9o, deste Cdigo. 2 (Revogado pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

Pargrafo nico. Excetua-se da hiptese prevista no caput, deste artigo, os terrenos edificados para fins no residenciais e os terrenos, edificados ou no, circunscritos a condomnios, loteamentos fechados e congneres. (Pargrafo nico acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

1 Excetua-se da hiptese prevista no caput, deste artigo, os terrenos edificados para fins no residenciais e os terrenos, edificados ou no, circunscritos a condomnios, loteamentos fechados e congneres. (Primitivo pargrafo nico renumerado pela Lei Complementar n 4.662, de 19/12/2014) 2 Para os lanamentos do IPTU, referentes aos exerccios de 2015 e seguintes, dos imveis que, exclusivamente por fora desta Lei Complementar, tiverem alterado o tratamento favorecido na metodologia normatizada para gleba, a diferena nominal entre o crdito tributrio do exerccio corrente e o valor do imposto lanado no exerccio anterior, ficar limitada a 30% (trinta por cento) deste. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 4.662, de 19/12/2014)

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Seo V

Da fixao de valores e da atualizao monetria

Art. 36. Os valores unitrios do metro quadrado de terreno e das construes sero expressos em valores e padro monetrios vigentes e, no procedimento de clculo para a obteno do valor do imvel, desprezar-se-o fraes inferiores a menor unidade monetria.

Pargrafo nico. A atualizao dos valores constantes do caput, deste artigo, far-se-, anualmente,

com base em valores correspondentes ao IPCA E, calculado pelo IBGE, ou outro ndice que lei municipal vier a substitu-lo.

CAPITULO V

DO PAGAMENTO DO IPTU

Art. 37. O pagamento do IPTU poder ser efetuado de uma s vez ou em cotas, iguais, mensais e sucessivas, observado o valor mnimo estabelecido para cada parcela, na forma e prazo regulamentares, facultando-se ao contribuinte o pagamento simultneo de diversas parcelas.

Art. 37. O pagamento do IPTU poder ser efetuado de uma s vez ou em cotas, mensais e sucessivas, observado o valor mnimo estabelecido para cada parcela, na forma e prazo regulamentares, facultando-se ao contribuinte o pagamento simultneo de diversas parcelas. (Caput do artigo com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

1o poder ser concedido ao contribuinte, desconto calculado sobre o valor integral do imposto lanado, cujo percentual no ultrapassar 30% (trinta por cento), desde que o IPTU seja pago em cota nica, at a data do vencimento da primeira parcela.

2o O percentual de desconto referido no pargrafo anterior, ser definido por ato do Chefe do Poder

Executivo Municipal. 3o O pagamento das parcelas vincendas s poder ser efetuado aps o pagamento das parcelas

vencidas. Art. 38. Os dbitos no pagos nos respectivos vencimentos ficam acrescidos de multa, juros

moratrios e atualizao monetria, na forma disciplinada para todos os tributos de competncia do Municpio, neste Cdigo.

Art. 39. O dbito vencido ser encaminhado para cobrana, com inscrio na Dvida Ativa e, sendo o

caso, ajuizado, ainda que no mesmo exerccio a que corresponda o lanamento. Pargrafo nico. Inscrita e ajuizada a dvida, sero devidos custas, honorrios e demais despesas, na

forma regulamentar, observado o disposto na legislao especfica. Pargrafo nico. Inscrita a dvida, sero devidos, pelo contribuinte, custas, honorrios advocatcios e

demais despesas, na forma regulamentar, observado o disposto na legislao especfica. (Pargrafo nico com redao dada pela Lei Complementar n 3.939, de 30/11/2009)

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Art. 40. O recolhimento do imposto no importa em presuno, por parte do Municpio, para quaisquer fins, do direito de propriedade, do domnio til ou da posse do imvel.

CAPITULO VI

DAS ISENES

Art. 41. Fica isento do pagamento do IPTU o imvel: I residencial cadastrado com valor venal inferior ou igual a R$ 70.000,00 (setenta mil reais),

pertencente a servidor pblico municipal efetivo, da administrao direta ou indireta, e a servidor efetivo da Cmara Municipal do Municpio de Teresina, quando nele residir, e desde que no possua outro imvel no Municpio; I residencial cadastrado com valor venal inferior ou igual a R$ 70.000,00 (setenta mil reais), de propriedade de servidor pblico municipal efetivo, da administrao direta ou indireta, e de servidor efetivo da Cmara Municipal do Municpio de Teresina, quando nele residir, e desde que no possua outro imvel no Municpio; (Inciso com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

II residencial pertencente a ex-combatente da Fora Expedicionria Brasileira FEB, que tenha servido no teatro de operaes de guerra na Itlia, desde que nele resida e no possua outro imvel no Municpio; II residencial de propriedade de ex-combatente da Fora Expedicionria Brasileira - FEB, que tenha servido no teatro de operaes de guerra na Itlia, desde que nele resida e no possua outro imvel no Municpio; (Inciso com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

III residencial cuja base de clculo, obedecidos os critrios de avaliao imobiliria da Secretaria Municipal de Finanas, no ultrapassa o valor venal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), e desde que o seu proprietrio nele resida e no possua outro imvel no Municpio;

III residencial cuja base de clculo, obedecidos os critrios de avaliao imobiliria da Secretaria Municipal de Finanas, no ultrapasse o valor venal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), e desde que o seu proprietrio, possuidor ou titular do domnio til nele resida e no possua outro imvel no Municpio; (Inciso com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/.2011)

III residencial cuja base de clculo, obedecidos aos critrios de avaliao imobiliria da Secretaria Municipal de Finanas, no ultrapasse o valor venal de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), e desde que o seu proprietrio, possuidor ou titular do domnio til nele resida e no possua outro imvel no Municpio; (Inciso com redao dada pela Lei Complementar n 4.370, de 05/03/2013)

IV de propriedade de associaes desportivas, recreativas e de assistncia social, sem fins lucrativos, destinados ao uso de seu quadro social ou prtica de suas finalidades essenciais e estatutrias;

IV de propriedade de associaes desportivas, recreativas e de assistncia social, sem fins lucrativos, destinados ao uso de seu quadro social ou prtica de suas finalidades essenciais e estatutrias; e (Inciso com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

IV de propriedade de associaes desportivas, recreativas e de assistncia social, sem fins lucrativos, destinados ao uso de seu quadro social ou prtica de suas finalidades essenciais e estatutrias, excetuando-se as associaes de moradores em condomnios e loteamentos fechados; e (Inciso com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

V residencial pertencente a portador de cncer ou Aids, nos limites fixados na legislao, e desde que o seu proprietrio nele resida e no possua outro imvel no Municpio.

V residencial de propriedade de portador de cncer ou AIDS, nos limites fixados na legislao, e desde que o proprietrio nele resida e no possua outro imvel no Municpio. (Inciso com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

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Pargrafo nico. Os valores dos limites de iseno dos imveis referidos nos incisos I e III, bem como os fixados na legislao relativos ao inciso V, deste artigo, sero atualizados, anualmente, com base em valores correspondentes ao ndice Nacional de Preos ao Consumidor - INPC, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, ou outro adotado oficialmente pelo Municpio. (Pargrafo nico acrescido pela Lei Complementar n 4.370, de 05/03/2013)

Art. 42. As isenes a que se refere o art. 41, incisos I, II, IV e V, deste Cdigo, devero ser requeridas at o ltimo dia til do ms de dezembro de cada exerccio, instruindo-se o requerimento com as provas do atendimento das condies necessrias, sob pena de perda do benefcio.

Art. 42. As isenes a que se refere o art. 41, incisos I, II, IV e V, deste Cdigo, devero ser

requeridas at o ltimo dia til do ms de dezembro de cada exerccio, instruindo-se o requerimento com as provas do atendimento das condies estabelecidas em regulamento, sob pena de perda do benefcio. (Artigo com redao dada pela Lei Complementar n 4.370, de 05/03/2013)

Art. 43. O benefcio a que se refere o art. 42, deste Cdigo, ser concedido mediante despacho

fundamentado da autoridade competente.

CAPTULO VII DO CADASTRO IMOBILIRIO FISCAL

Seo I

Da Inscrio

Art. 44. A inscrio no Cadastro Imobilirio Fiscal CIF, obrigatria e far-se- de ofcio, ou voluntariamente pelo contribuinte, devendo ser instruda com os elementos necessrios ao lanamento do IPTU, cabendo uma inscrio para cada unidade imobiliria autnoma.

Pargrafo nico. Sero obrigatoriamente inscritos no CIF os imveis situados no territrio do

Municpio e os que venham a surgir por desmembramentos ou remembramentos dos atuais, ainda que seus titulares, beneficiados por isenes ou imunidades, no estejam sujeitos ao pagamento do IPTU.

Art. 45. A inscrio no CIF ser solicitada, em at sessenta dias, pelo contribuinte ou responsvel,

contados da data de concesso do habite-se ou do ttulo de aquisio do imvel. 1o A inscrio no CIF ser procedida de ofcio quando: I o contribuinte deixar de solicitar a inscrio do imvel no prazo estabelecido no caput, deste

artigo; II da reviso fiscal no motivada por denncia espontnea do contribuinte, for constatada majorao

do valor venal, em face de alteraes procedidas no imvel e no declaradas ao Fisco, no prazo estabelecido no caput, deste artigo; e

III o imvel estiver permanentemente fechado, ou o contribuinte impedir o levantamento dos elementos integrantes do imvel, necessrios apurao de seu valor venal, hiptese em que se arbitrar este valor, para fixao do montante do IPTU, adotando-se os seguintes critrios:

a) por pavimento, rea construda igual rea do terreno; e b) padro da construo alto e estado de conservao timo.

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2o As declaraes prestadas pelo contribuinte, no ato da inscrio ou da atualizao dos dados cadastrais, no implicam na sua aceitao, pelo Fisco, que poder rev-las a qualquer poca, independentemente de prvia ressalva ou comunicao.

Art. 46. Os responsveis por loteamentos, empresas construtoras, incorporadoras e imobilirias ficam obrigados a enviar mensalmente Secretaria Municipal de Finanas, a Declarao Imobiliria DIM, contendo os imveis que tenham sido alienados definitivamente ou mediante compromisso de compra e venda, constando:

Art. 46. Os responsveis por loteamentos, pessoas fsicas e jurdicas, leiloeiros, empresas construtoras, incorporadoras, imobilirias, bem como as instituies financeiras e rgos governamentais que financiem a aquisio de imveis, ficam obrigados a enviar mensalmente Secretaria Municipal de Finanas, a Declarao Imobiliria - DIM, contendo os imveis que tenham sido alienados definitivamente ou mediante compromisso de compra e venda, constando: (Caput do artigo com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

Art. 46. Os responsveis por loteamentos, pessoas fsicas e jurdicas, leiloeiros, empresas construtoras, incorporadoras, imobilirias, bem como as instituies financeiras e rgos governamentais que financiem a aquisio de imveis, ficam obrigados a enviar Secretaria Municipal de Finanas, a Declarao Imobiliria DIM, contendo os imveis situados na zona urbana e de expanso urbana de Teresina que tenham sido alienados definitivamente ou mediante compromisso de compra e venda, constando: (Caput do artigo com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

a) endereo do imvel; b) data e valor da transao; c) nome, CPF e endereo de correspondncia do adquirente e do transmitente c) nome, CPF/CNPJ e endereo de correspondncia do adquirente e do transmitente; (Expresso CNPJ acrescida pela Lei n 3.836 de 22/12/2008) d) inscrio imobiliria e nmero do registro de imvel; (Alnea acrescida pela Lei Complementar

n 3.836, de 24/12/2008) e) espcie do negcio; e (Alnea acrescida pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008) f) informaes adicionais a serem definidas em regulamento. (Alnea acrescida pela Lei

Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

Pargrafo nico. O modelo, o prazo e a forma de entrega de declarao sero definidos em regulamento.

1o Sero nomeadas de forma individualizada, atravs de regulamento, as empresas construtoras, incorporadoras, imobilirias, instituies financeiras e rgos governamentais. (Pargrafo nico transformado em 1, com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

2o Sero tambm objetos da Declarao Imobiliria - DIM, os aditivos a contratos anteriormente

informados. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

3o O modelo, o prazo e a forma de entrega da DIM sero definidos em regulamento. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

Art. 47. O imvel, edificado ou no, ser inscrito pelo logradouro: I de situao natural; II de maior valor, quando se verificar possuir mais de uma frente; e

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III que lhe d acesso, no caso de terreno de vila, ou pelo qual tenha sido atribudo maior valor, em havendo mais de um logradouro de acesso.

Art. 48. As edificaes construdas sem licena, ou em desobedincia s normas tcnicas, mesmo que

inscritas e lanadas, para efeitos tributrios, no geram direito ao proprietrio e no exclui o direito do Municpio, de promover a adaptao s normas legais prescritas, ou a sua demolio, sem prejuzo de outras sanes estabelecidas na legislao.

Art. 48. As edificaes construdas sem licena, ou em desobedincia s normas tcnicas, mesmo que inscritas e lanadas, para efeitos tributrios, no geram direito ao proprietrio e no exclui o direito do Municpio, de exigir a adaptao das edificaes s normas legais prescritas, ou a sua demolio, sem prejuzo de outras sanes estabelecidas na legislao. (Caput do artigo com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

Pargrafo nico. Aplica-se o disposto quando do remembramento e desmembramento.

Seo II Das alteraes e do cancelamento de inscries no cadastro

Art. 49. A alterao e o cancelamento da inscrio no CIF podero ocorrer, de ofcio, ou por iniciativa

do contribuinte. Pargrafo nico. Ser promovido: I a alterao: quando, na unidade imobiliria, ocorra fato que possa afetar a incidncia ou o clculo

do imposto; e II o cancelamento: a) de ofcio, sempre nos casos em que ocorrer remembramento e incorporao de imvel ao

patrimnio pblico para o fim de constituir leito de via ou logradouro pblico, desapropriao para fins de interesse social; e

b) por iniciativa do contribuinte ou de ofcio, em decorrncia de remembramento, demolio de edifcio com mais de uma unidade imobiliria, ou em conseqncia de fenmeno fsico, tal como avulso, eroso ou invaso das guas do rio, casos em que, quando do pedido, dever o contribuinte declarar a unidade porventura remanescente.

Art. 50. O sujeito passivo dever, ainda, declarar ao Fisco, dentro do prazo de trinta dias, contados da

respectiva ocorrncia: I aquisio de imveis, construdos ou no; II mudana de endereo para entrega de notificao; III reformas, demolies, desmembramento, remembramento, ampliaes ou modificaes de uso; e IV outros fatos ou circunstncias que possam afetar a incidncia, o clculo ou a administrao do

IPTU. Art. 51. A inscrio, alterao ou retificao de ofcio no eximem o infrator das multas que lhe

couberem.

Art. 52. Considera-se unidade imobiliria, para fins de inscrio, o lote, gleba, casa, apartamento, garagem autnoma, sala e qualquer imvel destinado para fins comercial, industrial ou de prestao de servios, bem como os imveis destinados ao comrcio, estabelecimentos fabris, educacionais e hospitalares.

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1 Para efeito de desmembramento ou remembramento, a nova inscrio somente ser efetuada no cadastro do IPTU, mediante a aprovao do projeto pelo rgo competente do municpio ou comprovao de averbao da matrcula no registro de imvel respectivo. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

2 Nos casos de existncia de unidades imobilirias cadastradas na SEMF em desacordo com a legislao de regncia, poder ser efetuado, de ofcio, desmembramento ou remembramento, no mbito do Cadastro Imobilirio, para atender s exigncias legais. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

3 O desmembramento ou remembramento, para efeito de inscrio no cadastro imobilirio, poder ser efetuado, em carter excepcional, mediante despacho motivado da autoridade competente, desde que comprovada a necessidade prtica de tal medida, sem observncia do disposto no 1 deste artigo. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

4 Quando as edificaes ocuparem lotes registrados em cartrio com mais de uma matrcula em nome de um mesmo proprietrio, as reas dos terrenos correspondentes a estes registros sero unificadas para cadastro das edificaes como unidade imobiliria autnoma. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

5 Quando as edificaes ocuparem lotes registrados em cartrio com mais de uma matrcula em nome de mais de um proprietrio, as reas dos terrenos correspondentes a estes registros sero unificadas para cadastro das edificaes como unidade imobiliria autnoma, em nome de qualquer um dos proprietrios, ficando os demais solidariamente obrigados. (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

Seo III Das infraes e penalidades

Art. 53. O descumprimento das obrigaes acessrias previstas nos arts. 45, 46 e 50, deste Cdigo,

sujeitar o contribuinte ao pagamento de multa estabelecida neste Cdigo, e na forma que dispuser o regulamento.

CAPTULO VIII

DA FISCALIZAO DO IPTU

Art. 54. Esto sujeitos fiscalizao os imveis, edificados ou no, e seus proprietrios, possuidores, administradores ou locatrios, os quais no podero impedir vistorias realizadas pelo Fisco, atravs de seus agentes ou por quem esteja por estes devidamente designados, nem deixar de fornecer-lhes as informaes solicitadas, de interesse do Fisco municipal e nos limites da Lei.

Art. 55. Os tabelies, escrives, oficiais de registro de imveis, ou quaisquer outros serventurios

pblicos no podero lavrar escrituras de transferncia, nem transcrio ou inscrio de imvel, lavrar termos, expedir instrumentos ou ttulos relativos a atos de transmisso de imveis ou direitos a eles relativos, sem a prova antecipada do pagamento dos impostos de competncia do Municpio que incidam sobre os mesmos.

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CAPTULO IX DISPOSIES GERAIS RELATIVAS AO IPTU

Art. 56. Obedecido o prazo decadencial, podero ser efetuados lanamentos omitidos por quaisquer

circunstncias nas pocas prprias; serem promovidos lanamentos aditivos ou substitutivos e serem retificadas as falhas dos lanamentos existentes.

Art. 57. A autoridade responsvel pela concesso do Habite-se remeter Secretaria Municipal de

Finanas SEMF, mensalmente, dados relativos construo ou reforma de que trata, para o fim de atualizao cadastral do imvel, lanamento e fiscalizao dos tributos devidos.

Art. 57. As Superintendncias de Desenvolvimento Urbano devero enviar mensalmente Secretaria Municipal de Finanas SEMF, at o dia quinze do ms subsequente, os dados referentes a processos e procedimentos relativos a habitao e urbanismo a serem definidos em regulamento. (Artigo com redao dada pela Lei Complementar n 4.212, de 22/12/2011)

Art. 58. Os lanamentos relativos ao IPTU de exerccios anteriores sero feitos de conformidade com os valores e disposies legais das pocas a que os mesmos se referirem.

Art. 59. Constar da Notificao do IPTU, no mnimo, informaes sobre: localizao e utilizao do imvel, incidncia do tributo, reas tributadas, alquota aplicvel, base de clculo e valor a pagar.

Art. 59. Constar da Notificao do IPTU, quadro comparativo entre a situao do imvel no

exerccio anterior e no atual, contendo informaes sobre: localizao e utilizao do imvel, incidncia do tributo, reas tributadas, alquota aplicvel, base de clculo e valor a pagar. (Artigo com redao dada pela Lei Complementar n 4.391, de 16/05/2013)

Art. 60. O lanamento do IPTU no implica reconhecimento da legitimidade da propriedade, do

domnio til ou da posse do bem imvel. Art. 61. O regulamento fixar forma e condies para reconhecimento das isenes e inscrio de

contribuinte do IPTU no CIF. Art. 62. O imvel urbano que o proprietrio abandonar, com a inteno de no mais o conservar em

seu patrimnio, e que no se encontre na posse de outrem, constituir-se- em perda da propriedade, na forma da lei civil.

1o O imvel a que se refere o caput, deste artigo, poder ser arrecadado, como bem vago, e trs

anos depois, caso se encontre na circunscrio, passar propriedade do Municpio de Teresina. 2o Presumir-se- de modo absoluto a inteno a que se refere o caput, deste artigo, quando cessados

os atos de posse, deixar o proprietrio de satisfazer os nus fiscais, no estando subordinado a mais qualquer outra condio.

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TTULO IV DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSO INTER VIVOS DE BENS IMVEIS

E DE DIREITOS REAIS A ELES RELATIVOS - ITBI

CAPTULO I DO FATO GERADOR DO ITBI

Art. 63. O Imposto Sobre a Transmisso inter vivos, de Bens Imveis e de direitos reais sobre eles

ITBI tem como fato gerador: I a transmisso inter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso: a) de bens imveis, por natureza ou por acesso fsica, conforme o disposto na lei civil; e b) de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia; II a cesso, por ato oneroso, de direitos relativos s transmisses referidas nas alneas a e b, do

inciso I, do caput, deste artigo. Pargrafo nico. O disposto no caput, deste artigo, decorre da realizao de atos e contratos relativos

a imveis situados no Municpio de Teresina.

Art. 64. Incide o ITBI sobre as seguintes mutaes patrimoniais: I compra e venda, pura ou condicional, de imveis e de atos equivalentes, os compromissos ou

promessas de compra e venda de imveis sem clusula de arrependimento ou quitado, ou a cesso de direitos deles decorrentes;

II dao em pagamento; III uso, usufruto e habitao;

III usufruto; (Inciso com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008) IV permuta de bens imveis e direitos a eles relativos; V arrematao e remio; VI adjudicao que no decorra de sucesso hereditria; VII incorporao ao patrimnio de pessoa jurdica, ressalvados os casos previstos nos incisos I, II e

1o do art. 65, deste Cdigo; VII (Revogado pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

VIII incorporao de imvel ou de direitos reais sobre imveis ao patrimnio de pessoa jurdica, em realizao de capital, quando a atividade preponderante da adquirente for a compra e venda, locao ou arrendamento mercantil de imveis, ou a cesso de direitos relativos sua aquisio;

IX transferncia do patrimnio de pessoa jurdica para o de qualquer um de seus scios, acionistas ou respectivos sucessores; IX transferncia de imvel do patrimnio de pessoa jurdica para o de qualquer um de seus scios, acionistas ou respectivos sucessores, ressalvado o disposto nos 5o e 8o, do art. 65, desta Lei Complementar; (Inciso com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

X transferncia de direitos sobre construo em terreno alheio, ainda que feita ao proprietrio do solo;

XI cesso de direito a sucesso, ainda que por desistncia ou renncia; XII no mandato em causa prpria, e respectivo substabelecimento, quando este configure transao

e o instrumento contenha requisitos essenciais compra e venda; XIII instituio, transmisso e caducidade de fideicomisso;

XIII (Revogado pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008) XIV concesso real de uso; XIV concesso de direito real de uso e direito de superfcie; (Inciso com redao dada pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008)

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XV subrogao na clusula de inalienabilidade; XVI rendas expressamente constitudas sobre bem imvel; XVII subenfiteuse;

XVII (Revogado pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008) XVIII a cesso fsica, quando houver pagamento de indenizao;

XVIII (Revogado pela Lei Complementar n 3.836, de 24/12/2008) XIX cesso de direito na acesso fsica quando houver pagamento de indenizao; XX cesso de direitos de usufruto; XXI cesso de promessa de compra e venda quitada e cesso de promessa de compra e venda sem

clusula de arrependimento; XXII cesso de direitos sobre permuta de bens imveis; XXIII cesso de direito do arrematante ou adjudicatrio, depois de assinado o Auto de Arrematao

ou Adjudicao; XXIV cesso de benfeitorias e construes em terreno compromissado venda ou alheio; XXV cesso de direitos relativos aos atos mencionados no inciso XXIX; XXVI excesso em bens imveis, situados em Teresina, partilhados ou adjudicados, na dissoluo da

sociedade conjugal, a um dos cnjuges; XXVII tornas ou reposies que ocorram: a) nas partilhas efetuadas em virtude de dissoluo da sociedade conjugal ou morte, quando, em face

ao valor do imvel, na diviso de patrimnio comum ou na partilha, forem atribudos a um dos cnjuges