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março 2016 mycooprofar ESPECIAL SAÚDE Portugal cai, mas continua no top 20 dos melhores países para se ser mãe FARMÁCIA Serviços das farmácias vão ser expandidos REPORT Cooprofar lança 2.ª edição do PRÉMIO FORMA+

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Revista para profissionais de saúde

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março 2016

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ESPECIAL SAÚDEPortugal cai, mas continua no top 20 dos melhores países para se ser mãe FARMÁCIAServiços das farmácias vão ser expandidos REPORTCooprofar lança 2.ª edição do PRÉMIO FORMA+

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Certificar a preferência numa Formação de Excelência

A Formação Cooprofar assina, há 11 anos, cada ação que promove com «Rigor, Qualidade e Valor». O investimento numa marca que tem implícito um compromisso em transmitir conteúdos de valorização para as equipas das farmácias está refletido no reconhecimento alcançado.Ao longo de uma década, a Formação Cooprofar cresceu como entidade formadora e alcançou notoriedade junto das Farmácias com quem foi construindo relações fortes.A regularidade de um programa anual de ações de formação, aliada à exigência de um quadro docente especializado em diversas áreas e à seleção de várias instituições de ensino competentes (Porto Business School, Universidade Fernando Pessoa, Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto) têm contribuído para consolidar a fidelização de vários formandos.No seguimento deste longo percurso e pelo reconhecimento alcançado, a Cooprofar decidiu, em 2015, agraciar cada Farmácia e cada participante com a criação de um Prémio Forma+ que atesta, não só, a elevada preferência na Formação Cooprofar, mas também, que certifica a valorização de competências adquiridas ao longo dos cursos, valorizando a Farmácia. Congratulamo-nos com esta iniciativa espelhada, hoje, nas entradas e montras de várias farmácias pelo país, onde consta a certificação da Formação Cooprofar. Em 2016, vamos dar continuidade a este projeto com o lançamento da 2.ª edição do Prémio Forma+. Continuaremos a certificar quem connosco aumenta competências e, sobretudo, manteremos o empenho em transmitir conteúdos de excelência que permitam à Farmácia suportar a mudança, aumentar a rentabilidade e acrescentar dinamismo no negócio.Certificamos a preferência por uma Formação de Excelência!

EDITORIAL

O Período de vigência das Bonificações decorre entre 1 de Março a 31 de Março, inclusive.Os preços e bonificações indicados estão sujeitos a alterações de acordo com as condições do mercado.Os valores indicados estão corretos, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Administração e propriedade:

CooprofarRua José Pedro José Ferreira, 200 - 2104424-909 GondomarT 22 340 10 00F 22 340 10 [email protected]

Direcção:Celso Silva

Coordenação Editorial:Natércia Moreira

Produção Redactorial:Cooprofar

[email protected] 340 10 21

Design e Paginação:Oblique

Distribuição:Gratuita

Publicação:Mensal

Tiragem:1500 exemplares

Análise de mercado

Especial Saúde

Farmácia

Report

Novos

Cosmética e Higiene Corporal

Diagnóstico

Dispositivos Médicos

Éticos

Galénicos

Higiene Bebé

Higiene Oral

Homeopáticos

Interapothek

MNSRM Exclusivo Farmácias

Med. Não Suj. a Rec. Médica

Med. Vet. N. Suj. Rec. Médica

Med. Vet. Suj. Rec. Médica

Nut. e Prod. à Base de Plantas

Nutrição Infantil

Parafarmácia

Puericultura

Químicos

Veterinária

Breves

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Celso SilvaDiretor Geral

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Despesa com medicamentos órfãos aumentou 94% em sete anosA despesa com medicamentos órfãos, destinados às doenças raras, aumentou 94% entre 2007 e 2014, quando representava já 7,8% dos encargos hospitalares com medicamentos, segundo um estudo do Infarmed. Em Portugal, estes fármacos são usados essencialmente em meio hospitalar e a despesa do SNS tem aumentado entre 2007 e 2014, com exceção de 2011 para 2012 por perda de designação de um medicamento órfão específico. Segundo o estudo do Infarmed, em 2014, a despesa com medicamentos órfãos foi de 74,9 milhões de euros, representando 7,8% dos encargos hospitalares com medicamentos. A análise por terapêutica reflete que a área oncológica foi a que mais pesou nos encargos com medicamentos órfãos, com uma fatia de 38% em 2014. “Desta breve análise conclui-se que existe um incremento da despesa com medicamentos órfãos devido à aprovação de medicamentos com a designação de órfãos e ao aumento da sua acessibilidade nos hospitais do SNS”, refere o Infarmed.Segundo a Agência Europeia do Medicamento (EMA), estima-se que existam entre cinco a oito mil doenças raras, afetando entre seis a oito por cento da população da União Europeia. A Comissão Europeia criou em 2000 um regulamento para dar incentivos ao desenvolvimento de fármacos órfãos, tendo contribuído para o aumento da investigação na área das doenças raras. Assim, o número de medicamentos com a designação de órfãos tem vindo a aumentar desde 2002.

Despesas com medicamentos para o cancro disparam em 2015As despesas com medicamentos na área do cancro dispararam no último ano. Só no primeiro semestre de 2015 foram gastos mais 18 milhões de euros do que no ano anterior, calculando-se que os gastos subam 12% no período anual.Nuno Miranda, o diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, explica que “há mais doentes a ser tratados e acesso a medicamentos inovadores mais dispendiosos”. O consumo hospitalar de embalagens sempre manteve uma tendência de crescimento, mas Nuno Miranda diz que, “em 2015, foi visível um primeiro grande aumento da despesa.No primeiro semestre, passámos de 187 para 205 milhões de euros, mais 9,8% do que no primeiro semestre de 2014, mas até ao final do ano essa subida será de cerca de 12%”, calcula o médico.O próprio Infarmed refere que, até outubro, houve uma subida de 12% nas despesas com antineoplásicos, para 196 milhões, um valor mais reduzido “por não incluir a totalidade das áreas”.

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Crescimento face ao período homólogoCrescimento Mercado Janeiro 2016 vs. mês homólogo

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Laboratórios vão dar 14 milhões de euros ao SNS devido a taxa sobre vendas A Indústria Farmacêutica vai contribuir com 14 milhões de euros para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), através do pagamento da taxa sobre a venda de medicamentos, prevista na proposta final do Orçamento do Estado para 2016.Esta contribuição foi criada no âmbito do Orçamento do Estado para 2015. O valor a pagar é calculado a partir do total de vendas de medicamentos realizadas em cada trimestre. No ano passado, a contribuição extraordinária sobre a Indústria Farmacêutica rendeu uma receita de 10,5 milhões de euros ao Estado. A taxa varia entre 2,5% e 14,3%, mas estão isentas as empresas que aderirem ao acordo entre o Estado e a Indústria para a redução da despesa pública com medicamentos.

Farmacêuticos e médicos vão exigir maior controlo sobre suplementos Os bastonários da Ordem dos Farmacêuticos e dos Médicos vão exigir um maior controlo sobre os suplementos alimentares, numa conferência de imprensa agendada para o dia 16, na sede da DECO. Esta comunicação surge numa altura em que a ASAE divulgou ter apreendido cerca de 3.500 embalagens com algumas ilegalidades, desde o início do ano, nomeadamente rotulagem, apresentação e publicidade irregulares e venda de medicamentos desprovidos de autorização de introdução no mercado. Também o Infarmed detetou irregularidades em peças publicitárias de 18 produtos. A Autoridade Nacional do Medicamento comunicou numa carta, ao ex-bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Carlos Maurício Barbosa, sucedido por Ana Paula Martins, que as irregularidades estão relacionadas com a “reivindicação de propriedades preven-tivas e curativas”, ou seja “alegações terapêuticas que apenas podem ser utilizadas em medicamentos”. O Ministério da Saúde está a preparar a alteração ao regime dos suplementos alimenta-res que deverá passar por mais limites à publicidade e pela clarifi-cação sobre quem deve fiscalizar esses produtos.

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Análise de Mercado

União Europeia aprova medidas para combater falsificação de medicamentos A União Europeia quer melhorar a segurança do consumo de medicamentos, tomando medidas contra as falsifica-ções. De modo a proteger os cidadãos de medicamentos falsos, a Comissão Europeia estipulou que, num espaço de três anos, todas as embalagens de medicamentos devem apresentar um sistema de codificação cuja função será atestar que estes são originais. Para além disso, os fármacos terão de estar munidos de um sistema que previna a abertura das embalagens, impe-dindo que sejam abertas e fechadas novamente sem que se perceba. Estas regras visam combater “as ameaças para a saúde decorrentes de medicamentos falsificados, que podem conter ingredientes ativos, de baixa qualidade ou com uma dosagem incorreta”, refere a Comissão Europeia.

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Portugal está no top 20 dos melhores países para se ser mãe. Atualmente e nas sociedades modernas, o pai ideal envolve-se, cada vez mais, na gravidez e nos cuidados ao bebé. Quer sa-ber o que fazem os bebés na barriga da mãe? Têm muito que fazer durante os 9 meses. Venha descobrir com a My Cooprofa de março, onde entramos neste “estado de graça” e falamos sobre SAÚDE MATERNO-INFANTIL.

Portugal cai, mas continua no top 20 dos melhores países para se ser mãe

SAÚDE MATERNO-INFANTIL

Portugal ainda não está no top 10 dos melhores países para se ser mãe, segundo o relatório da organização não-governamen-tal Save the Children de 2015, embora continue a ocupar uma posição entre os 20 países que melhores condições oferecem a uma mulher para ter um filho. Em 2014, o país estava no 14.º lu-gar, mas, em 2015, desceu para o 16.º, numa lista de 179 países. Lisboa surge, no entanto, em quinto, quando analisada a taxa de mortalidade infantil entre 25 capitais com maior rendimento económico.O ranking da Save the Children, revelado nesta terça-feira, atri-buiu o 16.º lugar a Portugal com base em cinco critérios: a saúde materna e infantil, incluindo a taxa de mortalidade abaixo dos cinco anos, o nível de educação, o bem-estar económico e a par-ticipação das mulheres na política do seu país. Segundo dados recolhidos junto de organizações a operar nos países avaliados, em alguns casos até março deste ano, a Save the Children avan-ça que, no caso português, uma em cada 8800 mulheres morreu

durante a gravidez ou o parto e registou-se uma média de 3,8 mortes por cada mil nascimentos. As portuguesas estudam uma média de 16 anos e recebem cerca de 18.900 euros anuais, mais 500 euros do que os valores difundidos em 2014 pela organiza-ção. Cerca de 31% dos assentos no Parlamento português são ocupados por mulheres.No ano passado, Portugal ocupava a 14.ª posição mas, em 2015, caiu dois lugares, depois de ter sido ultrapassado pela Eslovénia e Singapura, em 2014 na 17.ª e 15.ª posições, respetivamente.A Noruega é considerada o melhor país entre 179 para se ser mãe, seguindo-se a Finlândia e a Islândia. Espanha surge em 7.º lugar, à frente da Alemanha (8.º), Itália (12.º) e Suíça (13.º). A Austrália, em 9.º, é o único país não-europeu a entrar no top 10. Os Estados Unidos estão no 33.º lugar.As piores condições para a maternidade confirmaram-se na So-mália, em último, mas também na Guiné-Bissau, Chade, Costa do Marfim, Mali ou Níger. Segundo a Save the Children, nestes

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“Portugal ocupaa 16.ª posição no relatório da Save the Children. Lisboa é a quintamelhor capital.”

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países as condições para mães e crianças são “severas”. Uma em cada 30 mulheres morre devido a complicações na gravidez e uma em cada oito crianças não chega ao quinto aniversário. “Nove dos 11 países no fim da lista são afetados por conflitos ou são considerados como Estados frágeis, o que significa que estão a falhar em aspetos fundamentais para realizar funções necessárias para satisfazer as necessidades básicas dos seus ci-dadãos”, explica a organização.No relatório foi ainda criada uma lista com dados sobre a taxa de mortalidade em 25 capitais do mundo com os rendimentos mais elevados. Lisboa surge em quinto num índice liderado por Praga (República Checa), seguida de Estocolmo (Suécia), Oslo (Noruega) e Tóquio (Japão). A média de 3,8 mortes por cada mil nascimentos atribuiu o quinto lugar à capital portuguesa (em Praga a média é de 3,6). No fim da lista surge Washington, Esta-dos Unidos, com uma média de 6,6 mortes por mil nascimentos, cerca de três vezes mais do que as verificadas em Tóquio e em Estocolmo.No relatório deste ano, a Save the Children sublinha que, todos os dias, morrem 17 mil crianças antes de celebrarem cinco anos. “Cada vez mais, essas mortes evitáveis ocorrem em favelas das cidades, onde a sobrelotação e as más condições sanitárias exis-

tem ao lado de arranha-céus e centros comerciais”, indica o do-cumento, sublinhando que, atualmente, metade da população mundial vive em áreas urbanas.As diferenças no acesso a cuidados de saúde e alimentação equi-librada deixaram de se estabelecer só entre as zonas rurais e as cidades para passarem a ser assinaladas também nos grandes centros urbanos. Segundo a ONG, em 60% dos países em desen-volvimento, as crianças que vivem em situação de pobreza nas cidades têm probabilidades mais baixas de sobreviver do que aquelas que vivem em áreas rurais. Em dois terços dos países analisados, as crianças pobres que vivem em zonas urbanas correm, pelo menos, duas vezes mais riscos de morrer antes dos cinco anos do que as crianças em áreas urbanizadas considera-das ricas.O ranking encontrou “enormes disparidades” no acesso aos cuidados pré-natais e de obstetrícia. As maiores diferenças no acesso à saúde pré e pós-natal foram encontradas em Nova Deli (Índia), Daca (Bangladesh), Port-au-Prince (Haiti) e em Díli (Ti-mor-Leste). Quando se fala em nutrição infantil, as disparidades mais significativas foram registadas também em Daca, Nova Deli e ainda em Addis-Abeba (Etiópia) e Kigali (Ruanda).

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CorpoA gravidez é uma das etapas da vida da mulher em que se deve ter o máximo cuidado com o corpo, pelo bebé e pela mãe, para que passe os meses de gravidez o melhor possível e para que a recuperação depois do parto, seja mais rápida. O primeiro man-damento dos cuidados a ter com o corpo é a hidratação, manter a pele elástica e hidratada durante toda a gravidez. O ventre e os seios, sobretudo, incham muito e é conveniente ajudar ao estira-mento da pele para que se mantenha saudável, evitar as estrias e colaborar no processo posterior ao parto para que a pele volte à tensão natural. Durante a gravidez deve-se ingerir mais água ou sumos (sem açúcar), para hidratar a pele e evitar a retenção de líquidos e as suas consequências - pernas pesadas; pés, torno-zelos e pulsos inchados.

EmoçõesNão só o corpo da grávida vai ser alvo de mudanças. Também vão ocorrer alterações nos seus sentimentos, na sua disposição e na do seu companheiro, assim como na vida social, laboral e familiar. Primeiro trimestre - Pode sentir emoções contraditórias, ora de alegria, ora de insegurança ou preocupação. Estará especial-mente sensível. Pode notar variações de humor, sem motivo aparente. São reações normais!Segundo trimestre - É um período de serenidade e calma, na maior parte dos casos. A mãe já sente o bebé e isto tranquiliza-a e anima-a.Terceiro trimestre - Pode voltar a sentir uma certa insegurança. Poderão surgir preocupações em relação ao parto e ao bem--estar e saúde do bebé. Pode estar impaciente com a espera do nascimento.Mas não só a grávida, mas também o companheiro e toda a fa-mília acompanharão e viverão estas mudanças emocionais ao longo da gravidez. É importante a união de todos e a partilha de sentimentos para estes serem resolvidos de forma saudável.Toda a família pode e deve recorrer aos serviços de saúde desti-nados ao acompanhamento da grávida e família.

A gravidez é uma fase de mudança, tanto na vida da mãe, como na do pai, como em todo o sistema familiar e extra-familiar onde se vai integrar esta nova vida. Deve ser encarada de forma po-sitiva de forma a desenvolver-se com harmonia e trazendo a to-dos a felicidade a ela subjacente. Deixa-se a ideia que a gravidez não deve ser encarada como um estado da mulher, mas como uma fase que a todos diz respeito. Desta nova tendência emerge um novo conceito: “Família grávida”. Os cuidados pré-natais são fundamentais para uma gravidez saudável e para um pleno desenvolvimento do bebé. Deste modo, torna-se muito importante, mal a gravidez seja confir-mada, consultar um médico. Esta rapidez deve ser maior se se sofrer de doenças crónicas como diabetes, epilepsia ou hiperten-são. Alguns exames físicos não deverão ser esquecidos: análises ao sangue e à urina, medição da tensão arterial, peso e altura, exame do abdómen, seios, coração, pulmões e exame pélvico interno. Este último indica-lhe o número de semanas de gravi-dez e a análise ao sangue é fundamental para determinar o tipo sanguíneo, alguma situação de anemia ou a imunidade contra a rubéola e hepatite B. A partir desta primeira consulta, são feitas outras de rotina. O normal é de 4 em 4 semanas, até à 28ª se-mana de gravidez, de 2 em 2 semanas até à 36ª semana e, por último, uma vez por semana, até ao momento do parto.

Gravidez e a importância dos cuidados pré-natais

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Conheça as estratégias e os conselhos dos especialistas para co-locar em prática uma alimentação segura, equilibrada e saudá-vel durante a gravidez.Realize seis a sete refeições ao longo do dia. Os intervalos das refeições não devem ser superiores a três horas.Procure a qualidade e a diversidade dos alimentos. Prepare e co-zinhe os alimentos de forma simples e natural.Garanta a higiene e segurança alimentar. Lave bem os alimentos crus. Evite os mariscos, a carne mal passada e o queijo fresco de leite não pasteurizado.Beba cerca de 1,5 litro de água por dia.Diminua o uso de alimentos demasiado condimentados e com excesso de sal e/ou açúcar. O café, chá, álcool e bebidas com gás também devem ser evitados.Consuma proteínas como ovos, carne, peixe, assim como ervi-lhas, feijão e grão.Consuma frutas e os vegetais, pois são fontes ricas em vitami-nas e sais minerais. O leite, iogurte, queijo e manteiga são boas fontes de cálcio.

Ferro não é necessário diariamenteA toma diária de suplementos de ferro pelas mulheres grávidas não fornece nenhum benefício ou melhoria no crescimento da criança, comparativamente à toma destes suplementos duas vezes por semana, sugere um estudo publicado na revista «PLOS Medicine». Estes resultados são importantes uma vez que a ane-mia, uma condição na qual o sangue não é capaz de fornecer uma quantidade adequada de oxigénio, devido aos baixos níveis de hemoglobina, é considerada um problema de saúde a nível mundial.

Paracetamol na gravidez associado a risco de TDAH em criançasO acetaminofeno (paracetamol), analgésico de uso comum, considerado seguro para mulheres grávidas, foi vinculado pela primeira vez ao risco de as crianças virem a desenvolver trans-torno de défice de atenção com hiperatividade (THDA), segundo uma pesquisa publicada nos EUA. Serão necessários mais estu-dos para confirmar as descobertas. No entanto, especialistas da Universidade da Califórnia e da Universidade de Aharus (Dina-marca) descobriram que as mulheres grávidas que tomaram acetaminofeno tiveram um risco 37% maior de ter filhos que mais tarde seriam diagnosticados com transtorno hiperquinéti-co, uma forma particularmente severa de transtorno de hipera-tividade com défice de atenção (THDA).

Durante a gravidez, alguns medicamentos poderão ter con-sequências adversas para o feto que se está a desenvolver. De facto, estudos efetuados revelam que cerca de 2 a 3% das ano-malias congénitas são induzidas por medicamentos. Não deverá assumir que certo medicamento seja seguro antes de falar com o seu médico. Muitos fármacos ainda não foram estudados de forma suficiente a que se possa afirmar, com certeza, que não serão nocivos para o feto. Deste modo, é essencial que a grávida se informe junto do seu médico antes de iniciar qualquer trata-mento. A toma de medicamentos no decorrer da gravidez é uma prática comum. De acordo com dados da Academia Americana de Médicos de Família, mais de 80% das grávidas tomam medi-cação em algum momento da gestação, seja esta receitada ou não pelo médico. São vários os motivos que levam uma grávida a realizar medicação: uma doença aguda que surge no decorrer da gestação e que não está diretamente relacionada com a gra-videz (por exemplo, uma gripe); uma doença que surge com o evoluir da gravidez (por exemplo, a diabetes gestacional); uma patologia crónica que já apresentava previamente a engravidar e que necessita de tratamento contínuo (por exemplo, a hiper-tensão arterial). Poderá também ocorrer exposição inadvertida a um fármaco quando uma mulher fica inesperadamente grá-vida. É de notar que a gravidez é constituída por várias fases e que um medicamento considerado seguro quando tomado no primeiro trimestre poderá não ser seguro no terceiro trimestre, ou vice-versa. A maioria dos sistemas de órgãos é formada nas primeiras 10 semanas de gestação; durante este período, alguns fármacos poderão provocar malformações no feto em desen-volvimento (por exemplo, no coração, membros, face). Após a 10ª semana de gestação, o feto cresce rapidamente em peso e tamanho; nesta fase, alguns fármacos poderão impedir o nor-mal crescimento fetal. Porém, continua a haver órgãos em for-mação, como o sistema nervoso central e os olhos, que também poderão ficar afetados. Outros medicamentos poderão ser espe-cialmente perigosos no último trimestre da gravidez, podendo surgir complicações no parto ou originar problemas de saúde no recém-nascido.

Regras de ouro na alimentação da grávida:

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É perigoso tomar medicação na gravidez?

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A mortalidade materna diminuiu 100 vezes nos últi-mos 80 anos, dá conta um estudo publicado na Ata Obstétrica e Ginecológica Portuguesa. Neste estudo, os investigadores da Faculdade de Medicina da Uni-versidade do Porto (FMUP) propuseram-se avaliar o salto dado pelos cuidados de saúde na gravidez no nosso país, desde o início do seculo XX. “Há 80 anos atrás cerca de uma em cada 200 mulheres morria por complicações associadas à gravidez”, explicou um dos autores do estudo, Diogo Ayres Campos. “Atualmente esse valor é cerca de 100 vezes menor. Trata-se seguramente de um dos grandes progressos da humanidade, o qual alterou profundamente as ex-petativas da sociedade sobre os riscos de saúde para as mães durante a gravidez”, refere o investigador. De acordo com Diogo Ayres Campos “é importante que as gerações que apenas conheceram a realidade atu-al não desvalorizem os progressos atingidos no pas-sado e que relembrem a história natural da gravidez quando deixada ao cuidado da natureza”.

Mortalidade materna diminuiu 100 vezes nos últimos 80 anos

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1 - SonharOs bebés dentro da barriga dormem a maior parte do tempo: 16 horas a dormir e apenas 8 horas acordados. Enquanto estão a dormir eles sonham com as vivências que tiveram durante o dia que estão muito interligadas com as experiências ou sentimen-tos da mãe. Para que o bebé tenha boas experiências na barriga da mãe, é importante conversar com ele, transmitir amor e pro-curar não se estressar durante a gestação. Os sonhos costumam intensificar-se no final da gestação, momento em que acontece a maior quantidade de sinapses, transmissões entre os neurónios.

3 - Fazer xixi90% do líquido amniótico é composto pela urina do bebé. Cal-ma, não é o mesmo xixi que um recém-nascido faz. A urina do feto é composta quase toda por água. A partir do quinto mês, o bebé já consegue digerir o líquido amniótico que engole, ou seja, ele faz xixi, engole-o, fax xixi de novo e volta a engolir...

4 - Chuchar o dedoA partir do terceiro trimestre de gravidez o bebé também começa a chupar o dedo. Eles fazem isso para fortalecer a musculatura relacionada ao movimento de sucção.

5 - Mostrar a línguaNo final da gravidez, o bebé realiza movimentos e expressões semelhantes aos de um recém-nascido.

6 - Reconhecer a voz da mãeSim, essa talvez seja uma das grandes belezas da gravidez. Mes-mo antes de nascer, o feto consegue reconhecer a voz e os bati-mentos cardíacos da mãe. Essa capacidade pode ser evidencia-da a partir do terceiro trimestre de gravidez.

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que o bebé faz dentro da barriga da mãeDesde bocejar, a fazer xixi e até sonhar... Os bebés têm muito que fazer durante os 9 meses.

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22 - BocejarTendo em conta que passam a maior parte do tempo a dormir nada mais comum do que bocejarem também. Uma pesquisa realizada pela Universidade Durham, na Inglaterra, mostra que os bebés bocejam no útero da mãe. Os cientistas observaram os movimentos de 15 fetos saudáveis entre a 24ª e 36ª semana e analisaram as vezes que eles abriram a boca. Eles distinguiram os bocejos de outras aberturas de boca pelo tempo de duração do movimento. Segundo a pesquisa, o bocejo é 50% mais demo-rado. É a partir do quinto mês que o feto já começa a manifestar movimentos faciais, como franzir a testa, abrir a boca e bocejar.

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Hoje vigora o modelo do pai envolvido na gravidezNas sociedades modernas, o pai ideal envolve-se na gra-videz e nos cuidados ao bebé. Tal como a mulher, também o homem sente a necessidade de sentir-se “forte e seguro”, referem os estudos. A partir dos anos 60 o papel tradicional do pai enquanto chefe de família “cai por terra” e hoje em dia o modelo do pai que vigora é o do pai “emocionalmente envolvido” e o do “pai cuidador”. “Nos países ocidentais o pai ideal é o pai envolvido”, refere Rita Gomez, investiga-dora no campo da vinculação parental durante a gravi-dez. Atualmente a tendência é os homens envolverem-se durante a evolução da gravidez e depois nos cuidados ao bebé. Durante a gravidez também “os homens sentem a necessidade de estarem fortes e seguros”, avança a inves-tigadora.

“A gravidez e o nascimento do primeiro filho é uma tran-sição fundamental”, avança Rita Gomez, continuando: “Nada volta a ser como era. Portanto é de facto uma tran-sição de desenvolvimento grande, provavelmente a maior que se pode experienciar, e a maior até em termos da evo-lução da espécie, afinal é o facto de sermos pais e mães o que assegura a continuidade da espécie.”

Desde o nascimento que o bebé necessita de cuidados acrescidos para que seja assegurada uma boa saúde e um desenvolvimento normal. Há as doenças típicas desta fase, que são inevitáveis, e outras que, pela sua complexidade podem constituir para os pais verdadeiras inquietações ao longo da vida. É o caso das doenças crónicas infantis, onde se incluem, entre outras, a asma, a parali-sia cerebral, a fibrose quística, os defeitos do coração, a diabetes, a espinha bífida, a doença inflamatória do intestino, a insufici-ência renal, a epilepsia, o cancro, a artrite juvenil, a hemofilia, a drepanocitose e o atraso mental. Embora cada uma delas seja pouco frequente, todas afectam 10 % a 20 % das crianças.

Efeitos nas criançasAs crianças com doenças crónicas podem partilhar algumas experiências similares apesar das diferenças dos sintomas e da gravidade dos problemas. Estas experiências costumam ser:- Dor e incómodo- Crescimento e desenvolvimento insuficientes- Idas frequentes a médicos e hospitais- Necessidade de cuidados médicos diurnos (às vezes com trata-mentos dolorosos ou incómodos- Menos oportunidades de brincar com outras crianças- As diferenças físicas podem provocar que uma criança seja re-jeitada pelas outras crianças. Uma invalidez também pode im-pedir que uma criança alcance os seus objectivos. A escassez de modelos adultos com invalidez (por exemplo, estrelas de televi-são) origina que uma criança inválida tenha ainda mais dificul-dades para conformar a sua identidade.

Efeitos nas famíliasPara a família, a doença crónica de uma criança pode frustrar os sonhos que tinham para ela. A criança doente necessita de tan-ta atenção que os pais não têm tempo suficiente para os outros filhos. Existem outros problemas, como o aumento dos gastos, um sistema complexo de cuidados, perda de oportunidades (por exemplo, quando um dos pais não pode voltar a trabalhar) e o isolamento social. Estes problemas originam um stress que in-clusive pode causar a separação dos pais, principalmente se têm outros problemas, como os de origem económica. As doenças que desfiguram a criança, como um lábio fendido ou uma hidro-cefalia (uma doença na qual o líquido se acumula no cérebro, causando a compressão do tecido cerebral e um aumento da ca-beça), podem interferir no vínculo entre a criança e a sua família.Os pais podem sentir aflição ao saberem que o seu filho tem al-guma anomalia. Também podem sentir um grande impacte, ne-gação, ira, tristeza, depressão, culpa e ansiedade. Estas reações podem surgir em qualquer momento durante o desenvolvimento da criança e cada progenitor pode reagir de forma diferente, o que pode prejudicar a comunicação entre eles. A simpatia que sentem pela criança e as exigências que recaem sobre a famí-lia podem originar inconsistências disciplinares e problemas de comportamento. Um dos pais pode implicar demasiado com a criança, perturbando assim as relações familiares normais. Um pai que trabalha e que não pode acompanhar a criança nas idas ao médico pode sentir-se distanciado do seu filho.

SAÚDE INFANTIL

Doenças crónicas afetam 10% a 20% das crianças

“Para a família, a doença crónica de uma criança pode frustrar os sonhos

que tinham para ela.”

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Fonte: Sociedade Portuguesa de Ginecologia/sapo.saude.pt/Público

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Serviços das farmácias vão ser expandidosO ministro da Saúde anunciou, recentemente, que os serviços de-senvolvidos pela rede de farmácias vão ser expandidos e que os farmacêuticos vão estar mais integrados nas equipas de saúde, visando uma maior cooperação entre os profissionais do setor.A garantia foi deixada por Adalberto Campos Fernandes na ce-rimónia de tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins. Esta expansão dos serviços desenvolvidos pela rede de farmácias está a ser discutida com a tutela e engloba as áreas da adesão à terapêutica, dispensa de medicamentos para o VIH, situações de necessidade de proximi-dade e áreas de prevenção da doença, especificou.Sobre a proposta de integrar os farmacêuticos nas equipas fa-miliares, o ministro concordou com a “perspetiva de maior in-clusão do farmacêutico comunitário no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a sua integração na equipa de família”, mas espe-cificamente sobre a possibilidade de haver um farmacêutico nos centros de saúde proposta pela bastonária, adiantou que “dificil-mente será possível concretizar”.Adalberto Campos Fernandes afirmou que será assinado um compromisso para a sustentabilidade do SNS, que promova a colaboração entre os profissionais, bem como a proximidade, eficiência e “sobretudo humanidade”.O ministro lembrou que o farmacêutico tem um papel importan-tíssimo, sendo muitas vezes o primeiro contacto do utente com o sistema de saúde e algumas vezes mesmo o único.O governante deixou ainda uma palavra sobre os cortes sofridos por este setor nos últimos anos, lembrando que foi “um dos que mais ajudou, senão o que mais ajudou, à contenção da despesa do sistema de saúde”.

Um em cada três utentes quer farmácias com mais serviçosQuase um terço dos inquiridos, num estudo divulgado pela Uni-versidade Católica, defende que alguns dos serviços que fun-cionam em centros de saúde podiam ser transferidos para as farmácias. Até porque é às farmácias que os utentes recorrem primeiro quando precisam de cuidados de saúde menores ou quando têm alguma dúvida com medicamentos. Esta é uma das conclusões do estudo «Um Novo Modelo de Far-mácia», realizado pela Universidade Católica e uma associação do setor, sobre as expectativas dos portugueses em relação às farmácias. Segundo o estudo, que teve como base um inquérito a 1.114 portugueses maiores de 18 anos entre 19 e 21 de setembro, 29% dos utentes “considera que poderiam existir nas farmácias mais serviços que atualmente são prestados por outras unidades de saúde”. Os inquiridos dão mesmo exemplos de serviços que po-deriam ser oferecidos nas farmácias: um posto de enfermagem para apoio no serviço, oftalmologia, aplicação de injeções ou análises clínicas, etc. Já em junho, o economista Pedro Pita Barros apresentou um es-tudo que ia no mesmo sentido. Para o professor da Nova School of Business and Economics, o futuro das farmácias passa por uma redefinição do modelo de negócio, ou seja, para sobrevive-rem, as farmácias têm de alterar o seu papel, lembrando que hoje a farmácia fica a meio do caminho entre a auto-medicação e a procura do médico. No que diz respeito ao acesso de medicamentos, o estudo ontem apresentado revela que mais de um terço (38%) dos inquiridos teve de regressar à farmácia ou ir a mais do que um estabeleci-mento para conseguir obter todos os medicamentos receitados.

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Quatro em cada dez pessoas que vão a uma farmácia acabam por ter de regressar mais tarde para conseguir aviar todos os medicamentos de que precisam. A situação acaba por ter mais peso quando em 62% das situações os problemas de stock afe-taram doentes crónicos e, por isso, com medicação que não pode ser interrompida. Há também 14% de utentes que admitem que deixaram de comprar algum medicamento receitado pelo médi-co, pelos mais variados motivos: de não conseguir encontrar o produto numa farmácia a achar que não precisam, várias são as razões apontadas por um grupo de inquiridos para um estudo sobre a realidade deste setor.Os dados fazem parte do estudo Um Novo Modelo de Farmácia – Inquérito Domiciliado à População Portuguesa, feito pelo Cen-tro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa, a pedido do Centro de Estados e Avaliação em Saúde (CEFAR). O trabalho contou com um inquérito presen-cial a 1114 pessoas com mais de 18 anos e a residir nas várias zonas do Continente. O erro da amostra é de 2,9% para um grau de confiança de 95% e os dados foram recolhidos em setembro de 2015.Quando surge um problema menor de saúde, antes mesmo dos centros de saúde, 36% das pessoas dirigem-se em primeiro lugar a uma farmácia. Apesar disso, um em cada cinco portugueses não procura aconselhamento em lado nenhum. Quanto a ir em primeiro lugar à farmácia, este comportamento é mais comum nas pessoas entre os 55 e os 64 anos, seguindo-se a faixa etária entre os 35 e os 44 anos e, num empate a 39%, as pessoas entre os 25 e os 34 e entre os 45 e os 54 anos. É entre os inquiridos de Lisboa que existe uma proporção maior daqueles que consultam a farmácia em primeiro lugar, seguindo-se a zona Centro, Norte, Alentejo e só por fim Algarve.Sempre que há uma dúvida diretamente relacionada com medi-camentos, a farmácia volta a surgir no topo da lista, ainda com mais força: é a escolha de 54% dos inquiridos. Só 16% das pesso-as contactam o centro de saúde e 3% o hospital. É nas pessoas entre os 35 e os 44 que a farmácia mais surge como uma primei-ra opção, com 63% dos participantes nesta idade a indicarem-na como resposta.Regra geral, entre a amostra, mais de metade das pessoas foi à farmácia seis ou mais vezes nos últimos seis meses e 30% entre três a cinco vezes. Só 1% dos inquiridos não foram de todo a es-tes estabelecimentos. A frequência da farmácia é mais comum entre as mulheres, nas pessoas acima dos 65 anos, entre os re-formados, viúvos e doentes crónicos.Mesmo com problemas de stock, 94% dos inquiridos que foram a uma farmácia pelo menos uma vez no último ano dizem estar

satisfeitos com o desempenho das farmácias e dos seus profis-sionais. Quanto à forma como encaram o futuro do setor, o tra-balho indica que para 69% das pessoas os serviços que existem nas farmácias estão adequados às necessidades existentes e só 29% consideram que estes estabelecimentos de saúde poderiam alargar o seu leque de serviços. Renovação automática de re-ceitas para doentes crónicos, mais serviços ao domicílio e mais análises ou administração de vacinas, assim como acesso nas farmácias a medicamentos que até agora apenas são disponibi-lizados nos hospitais são algumas das hipóteses admitidas pelos utentes que defendem um alargamento dos serviços.

Ordem propõe que farmácias renovem prescriçãoAlgumas destas ideias vão, aliás, ao encontro de algumas pro-postas da Ordem dos Farmacêuticos (OF) que defendeu que a renovação da prescrição de medicamentos de doentes crónicos passe a ser feita na farmácia, para reduzir a congestão dos ser-viços de saúde e evitar desistências da terapêutica. Num docu-mento com 30 recomendações para o Uso Responsável de Me-dicamento, citado pela Lusa, a OF sugeria a implementação do serviço farmacêutico de renovação da prescrição dos medica-mentos dos doentes crónicos controlados “em estreita colabora-ção com o médico.”“A prestação deste serviço pressupõe a comunicação ao médico das renovações realizadas, assim como a referenciação à con-sulta médica quando os resultados clínicos não correspondem ao expectável”, indicava o documento. A adesão à terapêutica e a gestão da toma simultânea de vários fármacos seriam as me-lhorias alcançadas com esta medida. A ordem propõe também que seja revista a lista dos medicamentos de uso exclusivo hos-

Quatro em cada dez doentes tem que voltar à farmácia para ter medicamentos

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pitalar, considerado que uma deslocação do doente ao hospital pode comprometer o acesso e adesão à terapêutica. Entre as grandes recomendações da Ordem estão: promover a literacia em saúde; promover a partilha de dados clínicos em saúde; otimizar a prescrição clínica; monitorizar a qualidade de prescrição nos doentes idosos e promover a investigação e ava-liação dos programas de saúde.A campanha «Uso do Medicamento – Somos Todos Responsá-veis» foi lançada pela Ordem dos Farmacêuticos para sensibili-zar a população e os decisores de saúde para a importância de um uso A OMS estima que 50% dos cidadãos em todo o mundo não to-mem corretamente os medicamentos.

Via Verde do Medicamento” estende-se a todo o paísO projeto-piloto «Via Verde do Medicamento», implementado há mais de seis meses em Coimbra, está, agora, disponível em todo o território português.As farmácias podem agora ativar esta via excecional de aqui-sição de medicamentos, quando não têm disponível em stock o fármaco pretendido.O processo decorre da seguinte forma: a farmácia solicita a encomenda Via Verde ao distribuidor aderente e o distribuidor satisfaz o pedido disponibilizando os medicamentos que estão abrangidos pelo projeto, explica a Autoridade Nacional do Medi-camento e Produtos de Saúde (Infarmed) no seu site.

A União Europeia quer melhorar a segurança do consumo de medicamentos, tomando medidas contra as falsificações. De modo a proteger os cidadãos de medicamentos falsos, a Comis-são Europeia estipulou que, num espaço de três anos, todas as embalagens de medicamentos devem apresentar um sistema de codificação cuja função será atestar que estes são originais. Para além disso, os fármacos terão de estar munidos de um sis-tema que previna a abertura das embalagens, impedindo que sejam abertas e fechadas novamente sem que se perceba.Estas regras visam combater “as ameaças para a saúde decor-rentes de medicamentos falsificados, que podem conter ingre-dientes ativos, de baixa qualidade ou com uma dosagem incor-reta”, refere a Comissão Europeia.

União Europeia aprova medidas para combater

falsificação de medicamentos

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antibióticos “arsenal está a esgotar-se”Na semana passada, 21 doentes do Centro Hospitalar e Universi-tário de Coimbra foram infetados com klebsiella pneumoniae, uma superbactéria resistente aos antibi-óticos. Três acabaram por morrer. Já no ano passado, um surto da mesma bactéria tinha provocado outras tantas mortes no Hospital de Gaia. A investigadora Manuela Caniça alerta que a medicina está a ficar sem armas para combater as infeções.

esteróides ilegaisPJ pôs fim a seis redes Foi a maior apreensão de sempre de esteroides anabolizantes em Portugal, revelou ontem a Polícia Judiciária a propósito da opera-ção “«Underground Pharma». Em três anos de investigação, a PJ conseguiu confiscar 750 mil com-primidos (tabs) e 50 mil ampolas produzidas em cinco laboratórios clandestinos desmantelados. O valor da mercadoria confiscada: dois milhões de euros.

infertilidadecausa provávelUma investigação pioneira em Por-tugal, realizada na Universidade da Beira Interior, Covilhã, permitiu identificar algumas das causas de uma doença hormonal rara que provoca infertilidade e poderá ter “aplicações médicas importantes”, disse a investigadora, Catarina Gonçalves.Prémio

Almofariz farmácia do ano 2016Em 2016, a revista Farmácia Distri-buição volta a distinguir a excelên-cia de uma Farmácia Comunitária e da sua equipa. Até ao dia 2 de maio, todas as Farmácias Comuni-tárias portuguesas podem concor-rer ao Prémio Almofariz Farmácia do Ano 2016, através do envio de uma candidatura.

drogas na internetsem deixar rasto…A internet está a mudar o mundo das drogas e o potencial de cres-cimento deste mercado é enorme, alerta o Observatório Europeu das Drogas num relatório publicado. “A internet e os mercados de dro-ga”. Um estudo realizado no ano passado mostra que um em cada dez consumidores de drogas já comprou online.

investigação portuenserecuperação de lesões medularesInvestigadoras do Porto, que ven-ceram o prémio da Santa Casa da Misericórdia, vão utilizar o valor recebido, na investigação sobre a recuperação de lesões medulares para melhorar o prognóstico neu-rológico dos pacientes, que lhes permitiu conquistar a distinção.

aziacomprimidos provocam demênciaUm estudo científico alemão chegou à conclusão de que pode haver uma relação direta entre tomar compri-midos para a azia e o desenvolvi-mento de demência. Mais de 70 mil pessoas com mais de 75 anos de ida-de participaram no estudo e, depois de sete anos de análise, os partici-pantes que durante esse período to-maram comprimidos para as dores de estômago regularmente, tinham um risco de demência 44% superior ao dos pacientes que não tomaram nada.

bananas diagnosticam cancro de peleOs pontos pretos nas bananas ma-duras ajudaram a desenvolver um teste de diagnóstico simples e rápi-do do cancro de pele, dizem cien-tistas suíços. Quando as bananas amadurecem, a sua pele fica co-berta de pequenas manchas pretas redondas, causadas por uma en-zima conhecida como tirosinase, e que também está presente na pele humana e em maior quantidade nas pessoas que sofrem de mela-noma, uma forma letal de cancro na pele.

medicamentos vendidos como suplementosTêm a composição de medica-mentos, mas são vendidos como suplementos alimentares, sem qual quer controlo. Fogem à fisca-lização da autoridade do medica-mento, entrando no mercado pela porta lateral, a do setor alimentar. As ordens dos Farmacêuticos e dos Médicos exigem mais regulação e alertam para os riscos para a saú-de pública.

obesidade infantillimites na publicidadeA restrição à publicidade a alimen-tos e bebidas com elevado teor de açúcar, gordura e sal junto do pú-blico infantil e juvenil vai ser uma realidade, quer na proximidade das escolas, quer na televisão e rádio. Objetivo: combater a obesi-dade infantil.

Ana Paula Martins nova bastonária da OFA professora universitária Ana Paula Martins foi eleita bastoná-ria da Ordem dos Farmacêuticos nas eleições de sábado, com 1.846 votos. Cerca de 15 mil farmacêuti-cos foram chamados a votar e Ana Paula Martins liderava a única lista que se apresentou para os ór-gãos nacionais da OF.

EMA recomenda fusafungina fora do mercadoO Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia do Medicamen-to (EMA) recomenda a revogação das autorizações de introdução no mercado dos medicamentos con-tendo fusafungina.

Zikavacina só em 2017 Estima-se que 15 empresas e far-macêuticas estejam a trabalhar numa vacina contra o Zika. Apesar de, há semanas, cientistas dizerem que haveria vacina já este ano, a OMS alerta que “serão precisos pelo menos 18 meses”.

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