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Novembro 2011 ENTREVISTA P&G: “ Investimos em compreender os consumidores, as suas necessidades e expectativas”  ESPECIAL SAÚDE Saúde Oral: O papel do farmacêutico

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Revista para profissionais de saúde

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Novembro

2011

ENTREVISTA

P&G: “ Investimos em compreenderos consumidores, as suas

necessidades e expectativas” 

ESPECIAL SAÚDE

Saúde Oral: O papel do farmacêutico

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O Período de vigência das Bonificações decorre entre 25 de Outubro e 24 de Novembro, inclusive.Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado.Os Valores indicados são vingentes, salvo erro tipográfico

Editorial

Análise de mercado

Report

Especial Saúde

Entrevista

Bonificações Top

Novos

Cosmética e Higiene Corporal

Diagnóstico

Dispositivos Médicos

Éticos

Galénicos

Higiene Bebé

Higiene Oral

Ice Power

Interapothek

Med. Não Suj. a Rec. Médica

Não Comercializados

Nut. e Prod. à Base de Plantas

Nutrição Infantil

Parafarmácia

Produtos Químicos

Químicos

Veterinária

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FICHA TÉCNICA

Administração e propriedade:

CooprofarRua José Pedro José Ferreira, 200 - 2104424-909 GondomarT 22 340 10 00F 22 340 10 [email protected]

Direcção:Celso Silva

Coord. Editorial:Natércia Moreira

Produção Redactorial:Cooprofar

Design e Paginação:Creative Blue

Distribuição:Gratuita

Publicação:Mensal

Tiragem:1500 exemplares

Impulso empreendedor…

Com o cenário atual, as empresas devem assumir o empreendedorismo como uma das soluções

para ultrapassar a crise. A necessidade de olhar para as políticas de fomento ao empreendedoris-

mo como estratégicas deverá, invariavelmente, estar na agenda das empresas.

É esta cultura e atitude empreendedoras que estão, desde sempre, enraizadas no Grupo Medlog.

Promovemos o empreendedorismo qualificado e de base tecnológica, traçamos um espírito

empreendedor que nos tem conduzido a novos conhecimentos e competências, a identificar

oportunidades e a agarrá-las, transformando-as em crescimento e produtividade.

Para afirmar o nosso papel empreendedor, à semelhança de anos anteriores, vamos associar-nos,

este mês, à Global Entrepreneurship Week 2011 (Semana Global do Empreendedorismo 2011), o

maior movimento mundial de empreendedorismo que mobiliza mais de 100 países em torno do

tema.

Novembro é, por isso, o mês inspirador deste impulso empreendedor!

Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

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EDITORIAL

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Crescimento Mercado

Crescimento face ao período homólogo

Crescimento Mercado Setembro 2011 vs. mês homólogo

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Análise de

Mercado

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Pensionistas mais pobres perdemmedicamentos gratuitos Os pensionistas mais pobres vão perder o acesso a medicamentos gratuitos no pró-ximo ano. Não está previsto que a medida caia totalmente, mas em cima da mesa está a redução da atual comparticipação. Agora, os pensionistas mais pobres têm direito a uma comparticipação estatal de 90% ou 95%, que deverá ser reduzida. A medida foi criada pelo anterior Governo, em Julho de 2009, já em período pré-eleitoral, mas levou a um agravamento da despesa do Estado com medicamentos. O anterior secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, usou várias vezes esta medida como justifica-ção para o agravamento da fatura com medicamentos e acabou mesmo por introduzir alterações: inicialmente os pensionistas tinham direito a levar para casa genéricos gratuitos. Num segundo momento a medida passou a abranger só os cinco medicamentos mais baratos de cada grupo homogéneo. E no final do ano passado o apoio passou de 100% para 95% (nos medicamentos do escalão A) e 90% (para os dos restantes escalões). A política do medicamento será um dos capítulos fortes do Orçamento do Estado para a área da Saúde. A começar pelo regime de comparticipações que vai ser revisto. Poderá haver medicamentos que percam o apoio estatal, incluindo vacinas. Na mesa está uma proposta técnica do Infarmed que servirá de base às decisões políticas da tutela. O documento das Grandes Opções do Plano (GOP), refere exatamente que será aperfeiçoado o “sistema de preços e a revisão do sistema de comparticipação de medicamentos, garantindo uma gestão eficiente e dinâmica dos recursos”. A venda de medicamentos pela sua denominação internacional (a chamada DCI) também avança em 2012, como aliás está previsto no GOP.

Despesa dos portugueses na farmácia cresceu 3,7% em 2010 A despesa dos portugueses na far-mácia cresceu 2,7% no ano passado, em comparação com 2009. As contas foram apresentadas na 12ª Conferência Nacional da Economia da Saúde, onde o Grupo Medlog marcou presença. Estes dados permitem confirmar aquilo que se esperava: que as mudanças nos preços de referência e alterações à comparticipação em alguns grupos de medicamentos iriam agravar a fac-tura para os cidadãos. Mas o utente não foi o único a gastar mais: só o aumento da taxa reduzida de IVA em 1%, a 1 de Julho de 2010, traduziu--se num acréscimo de despesa de 7,5 milhões de euros para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) no segundo semestre do ano passado. Ao todo, e apesar das várias medidas adoptadas, o Estado gastou mais 5,6% do que no ano anterior. No entanto, não se pode dizer que essas medidas foram em vão, pois têm vindo a reflectir-se na despesa do Estado ao longo do presente ano. Nos primeiros meses de 2011, o SNS já poupou 213 milhões de euros face ao mesmo período de 2010. Só a redução da comparticipação de bomba de pro-tões e antidepressivos, em Outubro de 2010, permitiu uma poupança de 48,2 milhões de euros no primeiro semestre deste ano. As alterações ao cálculo dos preços de referência levaram a suces-siva baixas voluntárias de preços de genéricos, o que fez com que a quota de mercado passasse, pela primeira vez, a ser superior à quota em valor.

Despesa do Estado caiu 19,2% nosprimeiros oito mesesDe acordo com os dados mais recentes do Infarmed, a despesa estatal com medica-mentos vendidos nas farmácias (ambula-tório) nos primeiros oito meses deste ano caiu 19,2%. Ou seja, o Estado já gastou cerca 882 milhões de euros com compar-ticipações. Ainda assim, nos hospitais o cenário é menos animador: até Julho (últi-mos dados disponíveis) a despesa cresceu 3,1%.

Doentes vão gastar menos 23 milhões de euros nos fármacos comparticipados Os portugueses vão gastar menos 23 milhões de euros nos medicamentos compartici-pados com a entrada em vigor da nova política de fixação de preços dos medicamen-tos e a redução das margens de lucro das farmácias e dos distribuidores grossistas. Em termos totais, as poupanças para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deverão atingir os 100 milhões de euros. Estes são os impactos estimados pelo Ministério da Saúde com a aprovação em Conselho de Ministros, de um decreto-lei que procede à revisão do atual sistema de referenciação de preços. De acordo com as simulações com o impacto do novo regime efetuadas pelo ministério de Paulo Macedo, só em cinco dos 33 medicamentos mais vendidos em Portugal (representando 21% do mercado total em valor), as descidas nos preços variam entre os 19 e os 54%. No conjunto desta amostra, a poupança deverá atingir os 20 milhões de euros. A extrapolação para o mercado total dos medicamentos aponta para cerca de 50 milhões de euros. “Os preços de referência baixarão e haverá aqui um ganho, quer para os utentes que compram os seus medicamentos, quer para o valor a comparticipar pelo SNS”, sublinhou o ministro Paulo Macedo.

40% das famílias admitem cortarorçamento para comprar medicamentos Quatro em cada dez portugueses admite fazer cortes no orçamento familiar para poderem comprar medicamentos em re-sultado do novo regime de comparticipa-ção dos fármacos, revela o barómetro «Os portugueses e a saúde». O número de por-tugueses que admite estar a fazer cortes no orçamento devido ao novo regime de comparticipação do medicamento aumen-tou, no decorrer do último semestre, cerca de oito pontos percentuais (de 39,7% para 47,8%), indica o barómetro bianual BOP He-alth - “Os Portugueses e a Saúde”. Relativa-mente a cortes na compra de medicamen-tos, o crescimento registado foi ainda mais efetivo, tendo passado de 4,5% para 14,5%. O regime especial de comparticipação de medicamentos entrou em vigor em Agos-to de 2010 e estabeleceu que a comparti-cipação de 100% fosse reduzida para 95%, enquanto se baixou de 95 para 90% a com-participação do escalão A do regime geral. Segundo o estudo, 1,2 milhões de portu-gueses afirmam mesmo que tais cortes implicarão deixar na farmácia alguns dos medicamentos necessários, sendo a popu-lação idosa, não ativa, com níveis de instru-ção mais baixos e residente na zona sul e nas ilhas a mais atingida com tal medida. A maioria dos inquiridos que admite cor-tar noutros tipos de despesas para pode-rem continuar a comprar os fármacos que necessitam está a fazê-lo essencialmente em despesas relacionadas com vestuário e atividades de lazer e bem-estar, enquanto 40% refere cortes em bens alimentares.

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Report

Cooprofar marcou presença noIV Congresso do IPT - “Crescer naAutonomia a Desafiar o Futuro”No âmbito do seu 120º Aniversário, o Instituto Profissional do Terço (IPT), através da parceria com o projeto Escolhas em Movimento (financiado pelo Programa Escolhas) e a Universidade Católica Portuguesa, organizaram o IV Congresso do IPT - “Crescer na Autonomia a Desafiar o Futuro” – que se decorreu em outubro, na UCP no Porto. Recorde-se que, no âmbito do projeto de Responsabilidade Social Empresarial implantado, a Cooprofar assinou, em 2008, um Protocolo de Colaboração com o IPT que incide no apoio dos educandos da instituição. Esta cooperação tem vindo a ganhar expressão de várias formas, incidindo sempre, na criação de soluções que per-mitam uma inclusão social segura e eficaz dos jovens em risco. O acolhimento de jovens para um estágio na empresa durante o período não-letivo de Verão, tem sido uma das respostas da Cooprofar no sentido de promover um contato direto com o mercado de trabalho. Para relatar esta experiência desenvol-vida com o IPT/Escolhas em Movimento, a Cooprofar marcou presença no debate onde interveio no painel «Aproximar empresas, criar oportunidades».

Grupo Medlog adere ao maior evento empreendedor de escala mundial À semelhança de anos anteriores, o Grupo Medlog vai aderir à Semana Global do Empreendedorismo (SGE) que decorre de 14 a 20 de Novembro em mais de 100 países. Esta é a maior iniciativa dedicada à promoção do empreendedorismo, criatividade e inovação, agregando várias entidades e envolvendo apoios de todos os sectores da sociedade. Em todo o mundo, vários milhões de pessoas irão reunir-se de 14 a 20 de Novembro para celebrar a Global Entrepreneurship Week 2011. A organização da Semana em Portugal está a cargo da Associação Portuguesa de Business Angels (APBA) e pela Sedes - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social. Segundo Trigo da Roza, presidente da APBA, os objectivos deste evento passam por desenvolver as capacida-des empreendedoras dos participantes, promover o empreendedorismo em Portugal e “unir esforços de forma coordenada numa semana única”. Além disso pretende-se “influenciar e relacionar decisores a nível local, nacional e internacional”.

Grupo Medlog na 12ª Conferência Nacional de Economia da SaúdeO Grupo Medlog marcou presença na 12ª Conferência Nacional de Economia da Saúde (CNES) que é organizada pela Associação Portuguesa de Economia da Saúde (APES) e que decorreu em outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian. A Associação Portuguesa de Economia da Saúde (APES) tem promovido desde a sua fundação a divulgação e discussão das temáticas de Economia da Saúde em Portugal. As conferências da APES têm procurado ser um espaço de debate e apresentação da investi-gação em Economia da Saúde produzida, seja em instituições académicas seja em organizações profissionais do setor da Saúde. A 12ª Conferência veio assegurar a regularidade deste espaço de discussão dos principais problemas que têm preocupado os investigadores, com especial destaque para o que a Portugal se refere. «O setor do medicamento em Portugal» e «Pharmaceutical Market» foram algumas das sessões que marcaram o programa. O evento contou ainda com o apoio do Grupo Medlog como um dos patrocinadores de bronze.

Health Cluster Portugal quer criarcinco novos fármacos até 2020O Health Cluster Portugal (HCP) quer gerar, até 2020, cinco novos fármacos e atingir, no mesmo universo temporal, um volume de negócios anual de quatro mil milhões de euros. O HCP reúne a nata do setor da Saúde e conta já com 121 associados, entre eles, o Grupo Medlog. Segundo Luís Portela, presidente do HCP, a ideia do “cluster” é aproveitar “ a muito boa investigação” que existe em Portugal e pô-la ao serviço da criação de novos produtos e novos serviços, “competitivos à escala global” e que “tragam riqueza para o setor da saúde e para o país”. “A Saúde em Portugal já exporta quase 600 milhões de euros. Se as coi-sas correrem bem, se formos competitivos à escala global, esse valor pode ser duplicado em meia dúzia de anos”, sublinhou. Até 2020, o “cluster” pretende ainda criar 50 novos métodos de diagnóstico, atingir os seis mil investigadores na cadeia de valor, alcançar um número anual de pedidos de patentes internacionais superior a 50 e fazer crescer as exportações do setor para além dos 70 por cento. Os números foram terça-feira divulgados na Universidade do Minho, em Braga, no workshop “Investigação de translação e transferência de tecnologia na área da Saúde: do conhecimento ao mercado”, promovido pelo HCP. Aumentar o volume de negócios, as exportações e o emprego qualificado nas atividades económicas ligadas à saúde e, simultaneamente, contribuir para a melhoria da prestação de cuidados de saúde são as duas grandes metas do “cluster”.

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Análise de

Mercado

ESPECIAL

SAÚDE

Apesar de quase todos terem hábitos de higiene oral, apenas quatro em cada dez portugueses vão ao dentista quando têm dores na boca, revela um estudo da Associação Portuguesa de Higienistas Orais (APHO).

O mesmo estudo revela que mais de 80 por cento dos 1.256 inquiridos lava os dentes mais do que uma vez por dia – 51 por cento escovam-nos duas vezes e 23 por cento três ou mais vezes. Apesar de a maioria da população revelar hábitos de higiene oral e reconhecer a importância do flúor (70 por cento), 36 por cento apenas visitam um dentista quando têm dores de dentes e só 29 por cento usam elixir, 15 por cento fio den-tário e nove por cento o flúor, como complemento da higiene oral. Contudo, mais de um quinto da população (27 por cento) refere ter como rotina anual as visitas ao dentista para efeito de vigilância, e 15 por cento realizam-nas uma vez de seis em seis meses. Contrariamente à recomendação dos profissionais de saúde oral (que aconselham a trocar de escova de três em três meses), 42 por cento dos entrevistados apenas fazem a substi-tuição quando consideram que a escova já não exerce limpeza de forma adequada. Quando questionados sobre o estado da sua saúde oral, 39 por cento dos inquiridos consideram ter algum problema, destacando-se os residentes nas zonas mais urbanas, como Lisboa e Porto. São estes precisamente os que mais visitam os profissionais de saúde oral (32 por cento vão pelo menos uma vez em cada seis meses). Os indivíduos mais novos (entre os 15 e os 24 anos), de estrato social mais baixo e residentes no Alentejo, Algarve e Interior são os que referem não ter qualquer problema de saúde oral, sendo também os que referem que só vão ao dentista quando têm dores

Falta de higiene bucal pode afectar fertilidadeUm estudo australiano sugere que problemas de saúde bucal podem afectar a fertilidade feminina. A pesquisa da Universidade do Oeste da Austrália sugere que uma higiene bucal precária é tão prejudicial para a fertilidade de uma mulher quanto a obesidade, fazendo com que estas demorem em média dois meses a mais para engravidar. Segundo os inves-tigadores, mulheres com gengivas doentes precisaram de sete meses para conceber, comparados com o prazo considerado normal, de cinco meses. De acordo com os cientistas, a causa pode estar ligada à doença periodontal, caracterizada por infla-mação na gengiva. Se esta não for tratada, poderá desencadear uma série de reacções capazes de prejudicar o funcionamento normal do corpo. A doença periodontal já foi ligada às doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e aborto, além de baixa qualidade do esperma em homens. Até agora não existiam estudos publica-dos que investigavam se a doença nas gengivas pode afectar as probabilidades de uma mulher conceber, então este é o primeiro relatório que sugere que a doença na gengiva pode ser um dos vários factores que podem ser modificados para mulher melhorar as hipóteses de uma gravidez, afirmou Roger Hart, professor líder da pesquisa.

Portugueses só vão aodentista quando

têm dores de dentes

Saúde Oral

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ESPECIAL

SAÚDE

Dentição das crianças portuguesas está a desenvolver-se mais cedoOs dentes das crianças portuguesas estão a desenvolver-se mais cedo do que há um século atrás, como resultado da melhoria na nutrição, cuidados de saúde e salubridade, segundo uma inves-tigação publicada no “American Journal of Human Biology”. Esta investigação, liderada por Hugo Cardoso, antropólogo e investigador da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e que envolveu cientistas portugueses e norte-america-nos, é a primeira a demonstrar, de forma clara e consistente, a influência dos factores ambientais na maturação dentária. Para o trabalho foram avaliadas mais de 500 crianças portuguesas, com idades entre os seis e os 18 anos, de classe socioeconó-mica média a baixa, recrutadas nas consultas da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. De acordo com a universidade, “o aceleramento do desenvolvimento dos dentes tem início depois do final do regime ditatorial em Portugal, altura em que se registaram melhorias consideráveis em ter-mos económicos e se investiu em sistemas de saúde e acção social”. Os autores explicaram ainda que estas conclusões vão ter implicações na prática clínica, “uma vez que sugerem que a idade de referência para realizar tratamentos ortodônticos nos adolescentes dos países mais desenvolvidos pode estar desac-tualizada, devendo ser antecipada”.

Fontes: Farmácia Saúde / sapo.saude.pt / ALERT Life Sciences Computing, S.A. / Roche

O papel do farmacêutico na promoçãoda saúde oralHá doenças e medicamentos que fragilizam a saúde oral, podendo o farmacêutico constituir uma fonte de informação e orientação. O farmacêutico, além de estar bem posicionado para promover nos seus utentes as regras da boa higiene oral, bem como, orientar para a melhor terapêutica.Os utentes têm toda a vantagem quando abordam o seu farma-cêutico em procurar expor com clareza o estado de saúde da sua boca, como seja: se os seus dentes são sensíveis a variações de temperatura (para o quente e para o frio), se as suas gengivas sangram com facilidade, qual é a periodicidade das suas idas ao dentista e se existem doenças crónicas que obriguem à toma de medicamentos e quais (é o caso da epilepsia, diabetes e asma).Nas doenças ligeiras da boca sabe-se que há pessoas que desen-volvem pequenas lesões ou inflamações, como é o caso das esto-matites e as gengivites. A estomatite vulgar é uma inflamação da boca que pode afectar a mucosa interior das bochechas, a língua, o céu da boca e as gengivas. Aparece com intensidade variável, com vermelhidão e dor, podendo apresentar-se com o aspecto de uma úlcera.O farmacêutico pode vir a ser chamado a intervir no tratamento das aftas, mas há situações mais graves em que a prescrição médica é indispensável. As gengivites são inflamações (agudas ou crónicas) das gengivas, com vermelhidão e inchaço podendo apresentar pontos hemorrágicos.Não é raro a gengivite ser acompanhada de estomatite. Nestes casos, o tratamento passa por uma boa higiene buco-dental, realizada após a ingestão de alimentos. Podem ainda realizar-se bochechos com anti-sépticos e outros produtos.

Saber distinguir as indisposições gástricasQuando as queixas digestivas, particularmente do estômago, são ocasionais e muitas vezes associadas a excessos alimenta-res, é recomendado o recurso à indicação farmacêutica. Estes males digestivos são de diferente natureza, manifestando-se por dores, náuseas, vómitos, azia, arrotos e digestões difíceis.Falando da azia, as situações mais ligeiras podem ser aliviadas com a toma de antiácidos que, ao diminuírem a acidez do estô-mago, abrandam a sensação de ardor e a agressividade sobre o esófago. Os antiácidos podem também trazer alívio na gastrite (uma inflamação do estômago) e na úlcera gástrica (sempre que as dores persistirem, é imprescindível o diagnóstico médico).

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My Cooprofar - Os produtos da Procter & Gamble ocupam uma posição de lide-rança em vários mercados do mundo. Qual tem sido a responsabilidade da P&G em Portugal neste percurso de sucesso?

Procter & Gamble - Ao longo da sua existência, a P&G Portugal tem pautado a sua conduta/estratégia pela máxima “Improving People’s Life”. Para alcançar este objectivo, procuramos estar sempre ao lado das famílias portuguesas. Este é um princípio válido para todas as áreas/segmentos P&G e, por isso, investimos em compreender os consumidores, as suas necessidades e expectativas, para depois podermos responder com solu-ções inovadoras.

M C - A P&G oferece ao mercado um amplo portfólio de produtos de vários segmentos – desde a limpeza aos cuidados pessoais e cuidados com a saúde e beleza. São mais de 300 marcas que são vendidos em mais de 180 países. Que estratégia de sucesso é que está por detrás desta globalização? P & G - Tal como referi a P&G tem uma forte estratégia de investigação, não apenas no desenvolvimento dos pro-dutos, mas também no conhecimento das necessidades dos consumidores. Dedicamos muito tempo a analisar, experienciar, comparar, delinear e por fim decidir, visando oferecer a maior qua-lidade nos nossos produtos, nas melho-res condições. Os resultados mostram que temos sido eficazes. Com os nossos produtos estamos presentes ao longo do dia de um consumidor e sentimos que temos estado à altura dos desafios e sempre de encontro às necessidades dos consumidores.

M C - A P&G possui um quadro de investiga-ção que conta com mais de 9.000 cientistas em 27 Centros de Inovação e Tecnologia em todo o mundo. A aposta na inovação é também premissa fundamental para as marcas se tornarem verdadeiramente globais?

P & G - Definitivamente. O nosso Quadro de Investigação tem por missão desen-volver produtos com benefícios reais. Com base no know-how das necessi-dades dos consumidores, procuramos sempre desenvolver soluções eficazes e “facilitadoras” do dia-a-dia das pessoas.

M C - O marketing assume uma impor-tância vital na credibilidade de qualquer marca ou produto. A P&G é conhecida como uma das maiores empresas anun-ciantes do mundo. Através da Cooprofar, tem sido feito algum investimento a este nível. Como avalia a parceria Cooprofar-P&G?

P & G - Esta parceria tem permitido à P&G aproveitar as mais diversas ferramentas de marketing que a Cooprofar dispõe, e que proporcionam maior visibilidade e mais notoriedade às nossas marcas. Muitas áreas podem ainda ser melhor aproveitadas e estamos em permanente contacto, com o objectivo de aumentar os níveis desta parceria, que a cada dia assume maior importância estratégia.

M C - A capacidade em criar marcas que são líderes nos seus segmentos explica, em parte, o crescimento exponencial da P&G. É o caso da Oral-B, marca reconhecida mundialmente no segmento das escovas de dentes. Para além da identificação ou indissociação da marca à Saúde Oral, que outras valias permitem gerar a confiança entre os consumidores?

P & G - Indubitavelmente Qualidade e Inovação. Oral-B disponibiliza produtos de excelente qualidade, dotados de uma tecnologia avançada, que permi-tem aos seus utilizadores obter uma maior eficácia ao nível da higiene/saúde oral. E fazê-lo com uma óptima relação custo/benefício! Um bom exemplo é o das escovas eléctricas recarregáveis que, com tecnologias inovadoras (2D e 3D), removem duas vezes mais placa bacteriana do que as escovas manuais, proporcionando uma limpeza da boca

mais eficaz, diminuindo a probabilidade de desenvolvimento de patologias orais.

M C - Com a Oral-B, a P&G assume um papel de educação para a Saúde Oral. Como ava-lia o cenário da Saúde Oral em Portugal?

P & G - A marca Oral-B tem de facto sido promotora – através das campanhas e alertas que realiza junto dos media e da população - dos bons hábitos de Higiene Oral. Mas a marca também tem desem-penhado um papel muito importante na recolha da informação sobre os hábitos de higiene oral dos portugueses. Já rea-lizámos alguns estudos neste âmbito, o último dos quais este ano, e, de facto, os resultados não são muito animadores… Em termos gerais, podemos dizer que as pessoas investem muito pouco na Higiene Oral: mais de um terço da popu-lação apenas visita um profissional de saúde oral quando tem dores na boca – ou seja, em situação de urgência; grande parte dos portugueses não escova os dentes o número de vezes necessárias/recomendadas diariamente; e, na gene-ralidade, quando adquirem produtos de higiene oral – nomeadamente escovas de dentes - o preço é o critério preferencial.O problema é que este é um cenário estrutural que ilustra o quão pouco os portugueses têm enraizada a importân-cia da prevenção na saúde oral. É urgente mentalizar as pessoas que a saúde oral é essencial para a saúde em geral, pois as infecções das doenças orais podem pro-vocar infecções ao nível de outros órgãos vitais.

Procter & Gamble responde…

“Esta parceria tem, permitido à P&G aproveitar as mais di-versas ferramentas de marke-ting que a Cooprofar dispõe, e que proporcionam maior visibilidade e mais notorieda-de às nossas marcas.”

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Merck

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Vitaglumil

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Brevesazia

sintoma de doença crónica A azia é um dos sintomas mais frequentes da Doença de Refluxo Gastroesofágico (DRGE), uma doença crónica, bastante comum em Portugal, que afeta 35% da população nacional com mais de 18 anos.

benzodiazepinasuso crónico de aumenta risco de Alzheimer Um estudo publicado na edição de Outubro da revista “Science et Avenir” revela que o uso repetido de tranquilizantes e soníferos aumentam o risco de desenvolver doença de Alzheimer.

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alface transgénica diagnóstico ao vírus da dengueA alface transgénica pode servir para diagnosticar o vírus da dengue, de acordo com um estudo brasileiro. A ideia é produzir um kit de diag-nóstico mais económico e eficiente, capaz de agilizar a deteção da doença pela rede pública de saúde.

peste negra cientistas reconstroem genomaEntre 1347 e 1351 a peste negra matou 20 a 50% da população Europeia. Menos de 700 anos depois, uma equipa de cientistas con-seguiu reconstruir o genoma da estirpe de bactéria que causou a pandemia.

dislexiaQI não interfereA dificuldade de leitura, dislexia, é independente do nível de inte-ligência de uma criança, refere um estudo publicado na revista “Psychological Science”, cujos resultados podem mudar os caminhos que os educadores seguem para ajudar as crianças a ler.

vitamina B12 baixos níveis de em idosos pode levar à demência Baixos níveis de vitamina B12 podem ser os culpados por alguns casos de má memória e declínio cognitivo nos idosos, sugere um estudo publicado na revista científica “Neurology”.

serotonina acalmar os agressivos Pessoas irritadas poderiam conseguir alguma tranquilidade se tivessem mais serotonina, sugere um estudo publicado na revista “Newscientist”.

15 minutos atividade física aumenta esperança de vidaQuinze minutos de atividade física por dia reduzem o risco de morte em 14% e aumentam a esperança de vida em três anos, indica um estudo realizado em Taiwan.

brócolospoder anticancerígeno juntos com alimentos picantes Consumir brócolos em conjunto com alimentos picantes que conte-nham a enzima mirosinase aumenta significativamente o poder anti-cancerígeno de cada destes alimentos sugere um novo estudo publi-cado on-line no “British Journal of Nutrition”.

cardopropriedades anti-tumoraisO cardo, planta usada no fabrico de queijo, tem potenciais proprieda-des anti-tumorais que poderão prevenir e tratar dois tipos de cancro, um da mama e outro do fígado, pouco frequentes mas fatais, defen-dem cientistas .

apneia do sonomeias de compressão podem melhorar Usar meias de compressão pode ser uma maneira simples de reduzir os efeitos da apneia obstrutiva do sono em pacientes com insuficiên-cia venosa crónica, revela um estudo europeu, que será publicado no “Journal of Respiratory and Critical Care Medicine”.

parkinsonnicotina protege cérebro da doençaA nicotina protege da doença de Parkinson, aponta um estudo do Institut du Cerveau et de la Moelle Épinière, Hôpital de la Salpêtrière, França, publicado no “FASEB Journal”, que pode levar ao desenvolvi-mento de fármacos para a condição.

meningiteidentificado marcador biológico que deteta causaInvestigadores brasileiros descobriram um marcador biológico que poderá servir para identificar se a meningite é provocada por uma bac-téria ou por um vírus.

contracepçãohormonal uso duplica risco de infeção por VIHUm estudo conduzido pela Universidade Washington, nos EUA, mos-tra uma ligação preocupante entre a contracepção hormonal e o VIH, avança o portal ISaúde.

complementosvitamínicosinúteis ou mesmo perigosos Os complementos vitamínicos são inúteis para a maioria das pessoas e alguns podem mesmo acarretar risco de vida para mulheres mais velhas, segundo um estudo publicado nos EUA e citado pela “AFP”.

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