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Prof. Dr. Palimecio Guerrero Jr. Advogado - OAB/PR 91.960 Direito Ambiental

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Microsoft PowerPoint - SLIDES PROVA 1Advogado - OAB/PR 91.960
DIREITO
O direito é a ciência que objetiva a regulação das relações humanas de modo que se tenha o equilíbrio entre os interesses em disputa e também para promover a proteção dos sujeitos envolvidos nesta relação.
O Direito é um conjunto de aplicação de normas imperativas axiológicas (valoradas) no sentido de regular a conduta humana visando a proteção de bens jurídicos.
Por sua vez, a norma se traduz em tudo o que se estabelece como base ou medida para a realização ou a avaliação de algum fato. Trata-se do modelo, do padrão de conduta e ação/omissão para o indivíduo em sociedade, sendo, via de regra, uma fórmula abstrata daquilo que deve ser seguido e obedecido, em todos os fatos humanos que admitem um juízo de valor por parte dos indivíduos.
NORMA JURÍDICA
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art 5o XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de
guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; Regulada: Lei 9985/2000) )
PIRÂMIDE DE KELSEN – HIERARQUIA DAS NORMAS
Resoluções, Portarias, Instruções normativas.
Medidas Provisórias
Emendas Constitucionais
Constituição Federal
Artigo 225, Constituição Federal:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações
NORMA CONSTITUCIONAL DO DIREITO AMBIENTAL
DIREITO AMBIENTAL
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização: Pena - reclusão, de um a cinco anos.
MEIO AMBIENTE
Lei 9605/1998 (Crimes Ambientais)
Artigo 23, Constituição Federal:
É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE MEIO AMBIENTE
DIREITO
Conjunto ordenado e sistemático de princípios e regras que tem por tarefa definir e sistematizar o ordenamento jurídico (Direito positivo ou direito posto, vale dizer, produzido pelo Estado) que o Estado impõe à sociedade e apontar solução para os problemas ligados à sua interpretação e aplicação.
Função de controle social que varia de sociedade para sociedade, de época para época.
DIREITO AMBIENTAL Fontes do direito ambiental: movimentos populares;
descobertas científicas; doutrina; jurisprudência.
DIREITO AMBIENTAL
“Complexo de princípios e normas coercitivas reguladoras das atividades humanas que, direta ou indiretamente, possam afetar a sanidade do ambiente em sua dimensão global, visando à sua sustentabilidade para as presentes e futuras gerações” (MILARÉ,2011, p.1062).
“Direito ambiental é a norma (conduta, ação ou omissão, exigida ou o
modelo imposto de organização social), que baseada no fato ambiental e no valor ético ambiental, estabelece mecanismos normativos capazes de disciplinar as atividades humanas em relação ao meio ambiente” (ANTUNES, 2011, p.5).
DIREITO AMBIENTAL
“O Direito Ambiental é um Direito sistematizador, que faz que a articulaçao da legislação, da doutrina e da jurisprudência concernentes aos elementos que integram o ambiente. Procura evitar o isolamento dos temas ambientais e sua abordagem antagônica. Não se trata mais de construir um Direito das águas, um Direito da atmosfera, um Direito do solo, um Direito florestal, um Direito da fauna ou um Direito da biodiversidade. O Direito Ambiental não ignora o que cada matéria tem de específico, mas busca interligar estes temas com a identidade dos instrumentos jurídicos de prevenção e reparação, de informação, de monitoramento e de participação” (MACHADO, 2011, p.58).
QUATRO FASES PRINCIPAIS DA POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA
1 - Administração de recursos naturais;
– 1934 - Código de Águas (Política Nacional de Recursos Hídricos). – 2000 – Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
2 - Controle da poluição industrial;
– 1973 – Decreto 73.030 (Criação da Sema – Secretaria Especial do Meio Ambiente).
3 - Planejamento territorial;
– 1979 – Lei 6.766 – parcelamento do solo urbano. – 1988 – Lei 7.661 – plano nacional de gerenciamento costeiro. – 2001 – Lei 10.257 - Estatuto da Cidade. – 2002 – Decreto 4.297 – zoneamento ecológico-econômico.
4 - Política Nacional do Meio Ambiente.
– 1981 – Lei 6.938 – Política Nacional do Meio Ambiente.
HISTÓRIA DO DIREITO AMBIENTAL
• - 1605 - foi estabelecido condições para a exploração do Pau-Brasil;
• - 1760 – normas que tais como: proibia o corte de árvores de mangue; declarava propriedade da coroa portuguesa a vegetação marginal ao mar e aos rios que desembocavam no mar;
• República: • -1916 – Código Civil Brasileiro - normas em relação as questões
ambientais;
• -1934- Constituição, surgem os 3 primeiros códigos ecológicos: - o código das águas, o Florestal e o de Mineração;
• -1940 – novo Código Penal incorpora a aplicação de penas a condutas lesivas ao meio ambiente, mas ainda sob a ótica da saúde pública.
• -1981- Lei 9.938/81 – estabelece a Política Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente)– prevê a
competência do Ministério Público em propor a ação civil para a
reparação de danos causados ao meio ambiente - o legislador passa a
tratar o meio ambiente enquanto um sistema integrado;
• -1985 – Lei 7.347/85 – regula a Ação civil Pública – amplia suas
competências com a criação do inquérito Civil Público;
• -1986 – CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) – editou a
RESOLUÇÃO 01/86 que trata do Estudo do Relatório de Impacto
Ambiental.
• - 1988 – Constituição – o meio ambiente foi alçado ao status de norma
constitucional – cultura e meio ambiente separado- um capítulo
exclusivo ao tema: o capítulo IV- pessoa física (restrição da liberdade) e
jurídica esta sujeita à lei penal.
• -1998 – Lei 9.605/98 – Lei dos Crimes Ambientais - incorpora o
conceito de cultura e meio ambiente associado – tipifica ações e
condutas lesivas ao meio ambiente construído, cominando-lhes penas
cabíveis. Regulamentação da previsão de aplicação de pena a pessoa
jurídica.
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
MEIO AMBIENTE: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. (PNMA)
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE
Meio ambiente equilibrado +
Essencial a qualidade de vida =
BEM AMBIENTAL
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, INCUMBE AO PODER
PÚBLICO:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE
§ 4º º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
ASPECTOS GERAIS LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Lei Federal 9.605/1998 – Lei de Crimes Ambientais
Decreto Nº 6.514/2008 - Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações.
Lei Federal 9.795/1999 – Política Nacional de Educação Ambiental
Lei Federal 9.985/2000 – Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
Lei Federal 9.966/2000 – Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional.
Lei Federal 10.257/2001 – Estabelece diretrizes gerais da política urbana.
Lei Federal 11.284/2006 – Lei da Mata Atlântica.
Decreto Federal 6.660/2008 - Regulamenta dispositivos da Lei no 11.428, de 22 de dezembro de 2006.
ASPECTOS GERAIS LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Lei Federal 11.445/2007 – Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.
Decreto Federal 7.217/2010 - Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
Lei Federal 12.305/2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Decreto Federal 7.403/2010 - Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010,
Lei Federal 12.651/2011 – Novo Código Florestal.
Decreto Federal 7830/2012 - Dispõe sobre o Sistema de Cadastro Ambiental Rural, o Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de caráter geral aos Programas de Regularização Ambiental.
Decreto Federal 8.235/2014 -Estabelece normas gerais complementares aos Programas de Regularização Ambiental dos Estados e do Distrito Federal
Lei Federal 13.153/2015 - Institui a Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca e seus instrumentos; prevê a criação da Comissão Nacional de Combate à Desertificação; e dá outras providências.
Lei Federal 13.123, DE 20 DE MAIO DE 2015 - Dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade
ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
ESPACIAL
SOCIAL
CULTURA
Novo Código Florestal Política do Meio Ambiente
Resíduos Sólidos saneamento básico.
PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
Princípio da Participação Comunitária;
Princípio do Desenvolvimento Sustentável.
PRINCÍPIOS: Os princípios são caracterizados por falta de precisão, GRANDE DIMENSÃO DE PEXO AXIOLÓGICO, e por uma generalização e abstração lógica, ou seja, são vagos e indeterminados carecendo de mediações concretizadoras. Na aplicação dos princípios o intérprete necessita de uma situação da vida, de um fato real, para realização de uma ponderação e posteriormente sua aplicação
REGRAS: As regras são hipóteses de fato valorado, caracterizando-se como normas que têm como estrutura uma hipótese de incidência e uma consequência jurídica, prevendo um direito ou uma obrigação definitiva
Princípio da Legalidade: Artigo 5º, XXXIV, Não há crime sem lei anterior que o defina.
Artigo 121 do Código Penal: Matar Alguém Pena: de 06 a 20 anos
Regra contida no artigo 1.595, I, CC diz que “são excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários que houverem sido autores ou cúmplices em crime de homicídio voluntário, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar”, representa uma das muitas manifestações positivadas do princípio de que “ninguém pode se aproveitar de sua própria torpeza”
Princípio da Legítima Defesa (SE APLICA): - Regra Artigo 25 Código Penal
Furto de bombom : Principio bagatela x Principio da propriedade
Princípio da Prevenção
Trata-se de um importantíssimo princípio ambiental crivado no Art. 225 da nossa Constituição. Apesar de expressamente constante em tal Carta, tal princípio já havia sido informado na Declaração Universal do Meio Ambiente em 1972.Trata-se do princípio que mais se encontra presente na legislação em matéria ambiental. E inequivocamente.
Por prevenção ambiental temos que é o ato, ação, disposição, conduta, que busca evitar que determinado e conhecido mal, dano, lesão ou intempérie, de origem humana, venha a agir sobre o meio ambiente, tornando-o, fragmentadamente ou em um todo regional ou total, de menor qualidade, reduzindo seu equilíbrio ecológico e consequentemente a boa qualidade de possibilitando a perpetuação da espécie humana na Terra.
Princípio da precaução
“O princípio da precaução consiste em dizer que não somente somos responsáveis sobre o que nós sabemos, sobre o que nós deveríamos ter sabido, mas, também, sobre o de que nós deveríamos duvidar” – Jean-Marc Lavielle (Jurista)
Chegou-se a uma posição de certeza de que não há dano ambiental? A existência de certeza necessita ser demonstrada, porque vai afastar uma fase de avaliação posterior. Em caso de certeza do dano ambiental, este deve ser prevenido, como preconiza o princípio da prevenção. Em caso de dúvida ou de incerteza, também se deve agir prevenindo, Essa é a grande inovação do princípio da precaução. A dúvida científica, expressa com argumentos razoáveis, não dispensa a prevenção.
Princípio do poluidor pagador
O princípio do poluidor pagador obriga que o poluidor pague os custos dos danos que foram ou que podem ser causados em decorrência da utilização dos recursos naturais.
“O uso gratuito dos recursos naturais tem representado enriquecimento ilegítimo do usuário, pois a comunidade que não usa o recurso ou que o utiliza em menor escala fica onerada. O poluidor que usa gratuitamente o meio ambiente para nele lançar os poluentes invade a propriedade pessoal de todos os outros que não poluem.” Paulo Affonso Leme Machado
Princípio do acesso equitativo aos recursos naturais – PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE
“Os bens que integram o meio ambiente planetário, como agua, ar e solo, devem satisfazer as necessidades comuns de todos os habitantes da Terra. Neste sentido, a Constituição Federal classifica o Meio ambiente como um bem de uso comum do povo, de modo que todos devem ter respeitado seu direito de acesso aos elementos naturais a sua sadia qualidade de vida.
Princípio da sustentabilidade
O princípio da sustentabilidade é implícito no Texto Constitucional, vez que a inserção do dever de defesa e preservação do meio ambiente às presentes e futuras gerações representa a sua essência.
Trata-se da combinação de diversos elementos: a integração da proteção ambiental e o desenvolvimento econômico (princípio da integração); a necessidade de preservar os recursos naturais para o benefício das gerações futuras (equidade intergeracional); o objetivo de explorar os recursos naturais de forma sustentável (uso sustentável) e, por último, o uso equitativo dos recursos (equidade intergeracional).”Alejandro Lago Candeira “princípios generales de derecho ambiental” 2006.
PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
deve o meio ambiente ser cuidado por todos. E este todos envolve cada um individualmente, como já dito, já que fiel depositário, guardião de algo que não é seu mas que está sob seu uso e gozo.