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(civil penal), as questões não atribuídas à Justiça Federal, pela Constituição, são da competência das Justiças Estaduais ou locais”. Essa competência é dessa forma residual. b) Dalva poderia argüir o vício da incompetência territorial, através de exceção de incompetência relativa. Segundo o CPC: “Art. 112. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.” c) Segundo, Alexandre de Freitas Câmara, o juízo incompetente m razão do valor ou do território é relativamente incompetente, enquanto que o juízo incompetente em razão da natureza da causa, por inobservância do critério funcional ou por desrespeito ao disposto no art. 95 in fine,do CPC,seria absolutamente incompetente. Antonio Carlos ajuizou ação anulatória de contrato de compra e venda de um imóvel situado na Comarca de Friburgo, em face de Pedro, Silvio e Flavio. A ação foi distribuída para a 2ª vara cível da Comarca de Friburgo. No prazo da resposta, os réus apresentam exceção de incompetência relativa, argüindo a incompetência do juízo tendo em vista tratar-se de ação pessoal, devendo ser ajuizada no domicílio de um dos réus, conforme art. 94, § 4º do CPC. Pergunta-se: a) Sendo acolhida à exceção, qual a providência a ser adotada pelo juiz? Fundamente a resposta. b) Havendo divergência entre dois juízes acerca da competência para julgamento de uma determinada causa, qual a providencia que a ser adotada? Fundamente a resposta. Pesquisa na Doutrina: 1) Humberto Theodoro Júnior, Curso de Processo Civil, 47ª edição, vol. 1, Forense, páginas 206/7/8; 2) Alexandre de Freitas Câmara, Lições de Direito Processual Civil, vol. I 16 ª edição, páginas 106/7/8. Não deixe de 1

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(civil penal), as questes no atribudas Justia Federal, pela Constituio, so da competncia das Justias Estaduais ou locais. Essa competncia dessa forma residual. b) Dalva poderia argir o vcio da incompetncia territorial, atravs de exceo de incompetncia relativa. Segundo o CPC:Art. 112. Argi-se, por meio de exceo, a incompetncia relativa. c) Segundo, Alexandre de Freitas Cmara, o juzo incompetente m razo do valor ou do territrio relativamente incompetente, enquanto que o juzo incompetente em razo da natureza da causa, por inobservncia do critrio funcional ou por desrespeito ao disposto no art. 95 in fine,do CPC,seria absolutamente incompetente.Antonio Carlos ajuizou ao anulatria de contrato de compra e venda de um imvel situado na Comarca de Friburgo, em face de Pedro, Silvio e Flavio. A ao foi distribuda para a 2 vara cvel da Comarca de Friburgo. No prazo da resposta, os rus apresentam exceo de incompetncia relativa, argindo a incompetncia do juzo tendo em vista tratar-se de ao pessoal, devendo ser ajuizada no domiclio de um dos rus, conforme art. 94, 4 do CPC.Pergunta-se:a) Sendo acolhida exceo, qual a providncia a ser adotada pelo juiz? Fundamente a resposta.b) Havendo divergncia entre dois juzes acerca da competncia para julgamento de uma determinada causa, qual a providencia que a ser adotada? Fundamente a resposta.Pesquisa na Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense, pginas 206/7/8; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, vol. I 16 edio, pginas 106/7/8. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema. GABARITO: Base legal: art. 94 4; 112; 115; 306, CPC.a) Sendo acolhida a exceo a providncia prevista em lei ser a suspenso do processo e a remessa dos autos ao juzo competente.b) Consoante a doutrina Humberto Theodoro Jnior: Se a incompetncia do juiz que tomou conhecimento da causa for apenas relativa, para afast-lo da relao processual, dever instaurar o incidente denominado exceo de incompetncia, (art.112),sujo procedimento se acha regulado pelos artigos. 304 a 311 do CPC.B) A hiptese est prevista no art. 115, CPC, dever o juiz suscitar o conflito de competncia perante o tribunal.Questes Objetivas:Questo n. 01Segundo o Cdigo de Processo Civil, a incompetncia relativa no pode ser declarada de ofcio. POR QUE: no envolve matria de ordem pblica, devendo ser alegada mediante exceo de incompetncia, no prazo legal, sob pena de precluso e prorrogao.a) se as duas so verdadeiras e a segunda justifica a primeira. b) se as duas so verdadeiras e a segunda no justifica a primeira. c) se a primeira verdadeira e a segunda falsa. d) se a primeira falsa e a segunda verdadeiraGABARITO: art. 112, CPC.A afirmativa correta : Letra A. Segundo, Alexandre de Freitas Cmara, o juzo incompetente m razo do valor ou do territrio relativamente incompetente, enquanto que o juzo incompetente em razo da natureza da causa (competncia em razo da matria), por inobservncia do critrio funcional ou por desrespeito ao disposto no art. 95 in fine, do CPC, ser absolutamente incompetente.Questo n. 02 A falta de competncia do juzo acarreta:a) A extino do processo sem julgamento de mrito. b) A extino do processo com julgamento de mrito. c) A remessa dos autos do processo ao juzo competente. d) No acarreta nenhum efeito em relao ao processo.A afirmativa correta : C. Segundo, Humberto Theodoro Jnior: em tal caso o juiz deve declarar-se incompetente ex officio. Se no o fizer, a parte pode alegar a incompetncia em qualquer fase do processo, Art. 113 do CPC:Questo n. 03Pelo critrio de competncia Territorial podemos afirmar que no sendo observado:a) Acarreta sempre a incompetncia absoluta. b) Acarreta um vcio que pode ser argido em qualquer tempo. c) Acarreta nulidade absoluta. c) Pode ser adaptado pelo juiz de ofcio. e) Deve ser argido por meio de exceo.GABARITO: art. 112, CPC.A afirmativa correta : E. Segundo, Humberto Theodoro Jnior:Se a incompetncia do juiz que tomou conhecimento da causa for apenas relativa,para afast-lo da relao processual,dever instaurar o incidente denominado exceo de incompetncia,(art.112),sujo procedimento se acha regulado pelos arts. 304 a 311.Questo n. 04 O prazo para o juiz declarar a incompetncia absoluta:a) 15 dias, contados da data do despacho liminar positivo. b) 10 dias, contados da data do despacho liminar positivo. c) Antes de proferir a sentena. d) No existe prazo previsto em lei.GABARITO: art. 113, CPC.A afirmativa correta : D. Segundo, Humberto Theodoro Jnior: em tal caso o juiz deve declarar-se incompetente ex officio. Se no o fizer, a parte pode alegar a incompetncia em qualquer fase do processo, artigo 113, CPC:Art. 113. A incompetncia absoluta deve ser declarada de ofcio e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdio, independentemente de exceo.TEMA N. 10 (Continuao) Competncia. Critrios de Fixao da Competncia. Competncia de Foro. Critrio Territorial. Competncia de Juzo. Critrio Objetivo e Funcional. Incompetncia Relativa e Absoluta.CASO N. 01Denise, natural de Juiz de Fora, casou-se com Denlson, natural do Rio de Janeiro, o casal fixou residncia nesta cidade. Aps alguns anos, Denise volta a residir na sua terra natal, para morar com sua irm, separando-se de seu marido. Pergunta-se:a) Desejando Denlson, propor ao de separao, esta dever ser proposta perante a justia especial ou comum? Estadual ou Federal? Fundamente a resposta.b) Se a ao fosse proposta perante juzo incompetente, em razo do critrio territorial de que modo Denise poderia argir a incompetncia? Esta alegao esta sujeita a algum prazo ou forma? Fundamente a resposta.c) Segundo o CPC, quais so os critrios de competncia que violados acarretam o vcio da incompetncia absoluta? Justifique a resposta.Pesquisa na Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense, 2007, pginas 184, 217 / 220. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.CASO N. 02Danubia promoveu ao de investigao de paternidade em face de seu pai Edsio, tendo sido distribuda para a 2 Vara Cvel da Comarca de Petrpolis. Citado, o ru alega em preliminar, na contestao, a incompetncia absoluta do juzo, em conta que o objeto da ao diz respeito matria de competncia de uma das varas de famlia da mesma comarca.a) Sendo acolhida a preliminar, qual a providncia a ser adotada pelo juiz? Fundamente a resposta.b) A incompetncia argida de foro ou de juzo? Justifique a resposta.Pesquisa na Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense, pginas 427/8; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, vol. I 16 edio, pginas 344/5. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.GABARITO: Base legal: artigos 113, 301, I, CPC.a) Sendo acolhida a preliminar, dever o juiz providenciar a remessa os autos ao juzo competente.Segundo, Humberto Theodoro Jnior: em tal caso o juiz deve declarar-se incompetente ex officio. Se no o fizer, a parte pode alegar a incompetncia em qualquer fase do processo, Art. 113, CPC:b) A incompetncia absoluta e de juzo, porque em razo da matria, conforme o CODJERJ, que fixa competncia em razo da pessoa ou da matria.Art. 113. A incompetncia absoluta deve ser declarada de ofcio e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdio, independentemente de exceo. 1 No sendo, porm, deduzida no prazo da contestao, ou na primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos, a parte responder integralmente pelas custas.ngelo pretende fazer prova de relao de trabalho, de perodo em que sua carteira de trabalho no estava assinada pelo empregador da poca (ano de 1970), para efeito de alcanar a aposentadoria. O justificante reside na comarca da capital do Estado do Rio de Janeiro.Indaga-se: a) Qual Justia comum a competente? Fundamente a resposta.b) Se o justificante tivesse domiclio na comarca de Sumidouro, que rgo do judicirio seria o competente. Fundamente a resposta.GABARITO a) Compete Justia Federal processar justificaes judiciais destinadas a instruir pedidos perante autoridades que nela tm exclusividade de foro, ressalvada a aplicao do art. 15, I da Lei 5010/6. Havendo Vara Federal no domiclio do justificante a competncia da Justia Federal, conforme Smula 32 do STJ.b) Tendo o justificante domiclio na comarca de Sumidouro, a competncia da Justia Estadual, por fora do art.; 15, I, da Lei 5010/6. A razo disto que no existe nesta comarca Justia Federal, conforme art. 109, 3 da Constituio da Repblica, sendo que o recurso da deciso deve ser dirigido para o TRF.Questes objetivasQuesto n. 01 Relativamente competncia, incorreto afirmar: a) d-se a conexo entre duas ou mais aes quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir; b) a identidade quanto s partes e causa de pedir, entre duas ou mais aes, aliada ao fato do objeto de uma abranger o das demais, caracteriza a continncia; c) a preveno o critrio utilizado para determinar em que juzo ocorrer a reunio de aes conexas, reputando-se prevento, em se tratando de juzos com a mesma competncia territorial, aquele que despachou em primeiro lugar; d) a competncia absoluta ser reconhecida pelo juzo desde que argida pelo ru, em sede de preliminar, na contestao.GABARITO: art. 301 c/c art. 113, CPC. A incompetncia absoluta o juiz conhece de ofcio, Segundo o art. 113, 2 do CPC. Pode o ru, na contestao, em preliminar, argu-la ou a qualquer tempo, porque a matria no preclui.Questo n. 02Proposta em face do Estado do Rio de Janeiro, em Comarca do Interior, ao de reparao de dano moral ali ocorrido, para tal demanda: a) a r ter foro privilegiado na Comarca da Capital, devendo o Juiz declinar, de ofcio, da competncia. b) a r no desfrutar de foro privilegiado nem de juzos privativos na Comarca da Capital. c) a r ter foro privilegiado na Comarca da Capital, cujo reconhecimento depender da apresentao de exceo declinatria. d) a r ter juzos privativos na Comarca da Capital, devendo o Juiz declinar, de ofcio, da competncia.A competncia das Varas de Fazenda Pblica da comarca da capital abrange apenas as aes a serem propostas na comarca da capital. No interior, o CODJERJ prev a competncia de Vara Cvel, por livre distribuio, se for o caso.Questo n. 03Assinale a alternativa INCORRETA. No processo penal determinar a competncia jurisdicional:a) o lugar da infrao. b) o domiclio ou residncia do ru. c) a natureza da infrao. d) o valor da causa. e) a distribuio, conexo ou continncia.GABARITO: Letra D - Artigo 69 do Cdigo de Processo Penal.TEMA N. 1. Competncia. Modificaes da Competncia. Preveno. Conexo. Continncia. Prorrogao e Perpetuao. Controle da Competncia e seus Instrumentos: Controle de Ofcio, Exceo de Incompetncia e Conflito de Competncia.CASO N. 01Camilo ajuizou ao anulatria de contrato de doao de um imvel situado na Comarca de So Gonalo, em face de Paulo, Severino e Fbio. A ao foi distribuda para a 2 vara cvel da referida Comarca. No prazo da resposta, os rus apresentam exceo de incompetncia relativa, argindo a incompetncia do juzo tendo em vista tratar-se de ao pessoal, devendo ser ajuizada no domiclio de um dos rus, conforme art. 94 4, CPC.Indaga-se: a) Trata-se de competncia de foro ou de juzo? Fundamente a resposta.a) Sendo acolhida exceo, qual a providncia a ser adotada pelo juiz? Justifique a resposta.b) Havendo divergncia entre dois juzes acerca da competncia para julgamento de uma determinada causa, qual a providncia que a ser adotada? Fundamente a resposta.Pesquise na doutrina: Athos Gusmo de Carneiro. Jurisdio e Competncia. 14 ed. Ed. Saraiva, 2007. Pgina 264. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.GABARITO: Base legal: artigos 306, 112 e 94 4 CPC.a) Trata-se de competncia de foro, critrio territorial, domiclio dos rus (art. 94 do CPC). Definida a comarca, se nessa h juzos mltiplos, ento a fixao da competncia passar a ser de juzo, no caso, em razo da matria. Em razo da matria a competncia absoluta.b) Sendo acolhida a exceo a providncia prevista em lei ser a suspenso do processo e a remessa dos autos ao juzo competente.c) A hiptese est prevista no art. 115, CPC, dever o juiz suscitar o conflito de competncia perante o tribunal.Mrio Csar promoveu ao em face de Ricardo Marques, na Comarca de Duque de Caxias, narrando como causa de pedir que credor do ru em razo de contrato de prestao de servios, j cumprido pelo autor. No recebeu os valores ajustados no pacto. Citado, o ru argiu em preliminar que dois dias aps a sua citao mudou de endereo, passando a residir na comarca vizinha de So Joo de Meriti, para onde os autos devero ser remetidos, certo que a competncia de foro, critrio territorial, aplicando-se o disposto no art. 94 do CPC.Indaga-se: a) A preliminar do ru dever ser acolhida? Fundamente a resposta.B) Qual o significado da Perpetuatio Jurisdicionis? Fundamente a resposta, indicando os dispositivos legais pertinentes.Pesquisa na Doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Processo Civil, 47 edio, vol. 1, Forense, 2007, pginas 190. 2) Athos Gusmo de Carneiro. Jurisdio e Competncia. 14 edio. Ed. Saraiva, 2007. Pgina 96. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.GABARITO a) No, a competncia fixada no momento da propositura da ao, conforme art. 87 c.c o art. 263, ambos do CPC.b) A matria est disciplinada no art. 87 do CPC, fixando-se a competncia no momento em que a ao proposta e para o ru ela est proposta quando feita a sua citao vlida (art. 263, parte final, do CPC), sendo irrelevantes as modificaes de direito ou de fato ocorridas posteriormente, salvo havendo a supresso de rgo judicirio ou alterao de competncia em razo da hierarquia ou da matria. Nestas situaes fica afastado o princpio da identidade fsica do juiz, fazendo o julgamento da causa o novo juiz, mesmo sem ter colhido a prova oral em audincia. As normas de organizao judiciria regem a competncia tambm em razo da matria, logo, alterando-se esta, o processo de execuo, por exemplo, no ser processado no Juzo onde a ao originria teve o seu pedido julgado por sentena, obedecendo-se a regra de vigncia da lei processual nova. A norma do art. 87 do CPC revela que fatos, circunstncias outras, que no a supresso do rgo judicirio, ratione materiae, ou em razo da hierarquia, no tem fora para alterar a competncia fixada no momento da propositura da ao. Assim, a modificao do domiclio do ru irrelevante para os fins de modificar a competncia. Fixa o art. 87 o princpio da inalterabilidade objetiva, ou seja, diz respeito ao rgo judicial (juzo) e no pessoa do juiz. Este princpio de origem latina, e determina que a competncia no se modifica por alteraes de fato ou de direito relativas s partes, ocorridas aps a fixao da competncia jurisdicional. Discorrendo sobre o tema, Arruda Alvim a define como sendo a cristalizao e subsistncia dos elementos (de fato e de direito) em decorrncia dos quais determinou-se a competncia, inclusive do prprio critrio legal. Este instituto, contudo, comporta algumas excees. que existem hipteses em que a competncia modificada em momento superveniente sua fixao, como por exemplo, quando o rgo judicirio competente para a causa suprimido por lei posterior, ou quando se alterar a competncia em razo da matria ou da hierarquia, consoante previso do artigo 87, parte final, do CPC. Outro exemplo seria a interveno da Unio no processo, fato este que desloca a competncia para a Justia Federal, necessariamente, por imposio do art. 109, inciso I, da CRFB - 8. Luiz Rodrigues Wambier, ao tratar das causas modificativas da competncia, esclarece que a conexo e a continncia tratam-se de dois liames de afinidade existentes entre duas ou mais aes, que faz com que se justifique a reunio dos processos que estavam antes tramitando em juzos diversos, para que, reunidos, passem a tramitar em conjunto e sejam decididos concomitantemente. E complementa: essa possibilidade significa exceo ao princpio da perpetuatio jurisdictionis. Esse princpio, bem como o da perpetuatio libeli e o da perpetuatio legitimationis, foram adotados pelo nosso CPC e refletem ntida preocupao com a estabilidade do processo. Uma outra exceo aquela prevista no artigo 7, 2, da lei de falncias. (decreto-lei 7662/45), que institui a universalidade do juzo para as hipteses de ocorrncias falimentares. De acordo com este dispositivo, o juzo universal (aquele onde foi decretada a falncia da empresa), exerceria a vis attractiva, modificando a competncia originalmente determinada, atraindo para o seu mbito todos os processos que fossem do interesse da massa falida. , portanto, tambm uma das situaes em que pode ocorrer a modificao legal da competncia. Entretanto, deve ser ressalvado que para a doutrina empresarial majoritria, o foro em que se processa a concordata no obrigatrio, para todas as aes e no se reveste de indivisibilidade. Ao juzo da concordata, diferentemente do que ocorre na falncia, so estranhas todas as matrias no referentes ao patrimnio empresarial do devedor, sob regime da concordata. CASO N. 03Alexandre requereu perante o Juzo da 1 Vara de rfo e Sucesses, da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, levantamento da interdio de seu filho Anselmo, sujeito curatela de sua me, Maria Isabel, e com ela residente nesta cidade do Rio de Janeiro. O Ministrio Pblico oficiou no sentido de que o foro competente para conhecer do pedido seria o da Comarca de Maca-RJ, onde a interdio fora decretada.A manifestao do rgo de atuao do Ministrio Pblico est correta? Fundamente a resposta.Pesquise na doutrina: 2 ) Athos Gusmo de Carneiro. Jurisdio e Competncia. 14 ed. Ed. Saraiva, 2007. Pgina 137. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.A jurisprudncia est sedimentada em nosso Tribunal de Justia, com a edio da Proposio n. 28, neste sentido: Para efeito de distribuio no h vinculao entre a causa nova e a causa finda. No incide a regra do artigo 108 do CPC, o pedido de levantamento da interdio no um pleito acessrio. Cabe ao interessado solicitar a carta de sentena e promover o levantamento da interdio no foro do novo domiclio do interditado. No tem aplicao, aqui, a regra da perpetuao da jurisdio, prevista no artigo 87 do CPC. Atende-se, assim, o princpio da facilitao do acesso justia. A regra prevista no art. 1.186, 1 do CPC pressupe que o interditado continua domiciliado na Comarca onde se deu a sua interdio, para fins de levantamento desta. Havendo mudana de domiclio do interditado deve-se dar preferncia, para o pedido de levantamento da interdio, para o novo domiclio e residncia do interditado.Questes objetivasQuesto n. 01Marque a opo correta: a) A ao fundada em direito pessoal e a ao fundada em direito real sobre bens mveis sero propostas, em regra, no foro do domiclio do ru.b) A ao fundada em direito pessoal e a ao fundada em direito real sobre bens imveis sero propostas, em regra, no foro do domiclio do ru.c) A ao fundada em direito pessoal e a ao fundada em direito real sobre bens mveis sero propostas, em regra, no foro do domiclio do autor.d) A ao fundada em direito pessoal e a ao fundada em direito real sobre bens imveis sero propostas, em regra, no foro do domiclio do autor.GABARITO: artigo 94, CPC.A competncia para conhecer das aes pessoais e as aes reais sobre bens mveis de foro, critrio territorial, conforme art. 94 do CPC.Questo n. 02 Competncia no processo civil.I. A incompetncia em razo da hierarquia no precisa ser argida mediante exceo. I. A competncia em razo do valor nunca pode ser derrogada pelas partes. I. A incompetncia em razo do territrio deve ser argida em preliminar da contestao. IV. A ao que versar sobre imvel situado no Brasil de competncia exclusiva da autoridade judiciria brasileira.V. A incompetncia em razo da matria absoluta e deve ser declarada de ofcio pelo juiz.a) I, I e II esto corretas. b) I, I e IV esto corretas. c) I, IV e V esto corretas. d) I, II e V esto corretas.I) Segundo, Humberto Theodoro Jnior: em tal caso o juiz deve declarar-se incompetente ex officio. Se no o fizer, a parte pode alegar a incompetncia em qualquer fase do processo, Artigo 113,CPC:IV) Assim doutrina na obra abaixo citada: A competncia da autoridade brasileira exclusiva, de acordo com o art. 89, do CPC, sendo intil propor a demanda em outro pas que tambm se declare competente, porque no ser admissvel aqui a execuo do julgado (Cintra, Grinover e Dinamarco, 1998:149).V) Segundo, Humberto Theodoro Jnior: em tal caso o juiz deve declarar-se incompetente ex officio. Se no o fizer, a parte pode alegar a incompetncia em qualquer fase do processo, Artigo113,CPC:Questo n. 03 Assinale a alternativa correta:a) Determina-se a competncia no momento em que a ao proposta, sendo irrelevantes as alteraes de competncia em razo da matria ou da hierarquia, diante do princpio do Juzo Natural. b) A ao intentada perante Tribunal estrangeiro induz litispendncia, obstando a que autoridade judiciria brasileira conhea da mesma causa e das que lhe so conexas. c) Argi-se, por meio de exceo, a incompetncia relativa e, como preliminar de contestao, a incompetncia absoluta. d) So condies da ao a capacidade e legitimidade das partes, o interesse de agir e a possibilidade jurdica do pedido.GABARITO: Artigos 113 c/c 112, CPCA incompetncia do juzo de ser argida por exceo, por petio, pelo ru, conforme art. 112 c.c art. 299, ambos do CPC. Trata-se de direito do ru em se omitir, prorrogando-se, nesse caso, a competncia do juzo. Hoje, o juiz (pargrafo nico, do art. 112 do CPC) pode de ofcio conhecer da incompetncia, quando a questo de direito material est envolta em contrato de adeso.TEMA N. 12. (Continuao) Competncia. Modificaes da Competncia. Preveno.Conexo. Continncia. Prorrogao e Perpetuao. Controle da Competncia e seus Instrumentos: Controle de Ofcio, Exceo de Incompetncia e Conflito de Competncia.Flvio alegando inadimplemento contratual prope demanda no Foro Central da Comarca da Capital. Citados, Armando e Srgio, no prazo da resposta oferecem exceo de incompetncia decorrente de foro de eleio constante do contrato, como sendo a Vara Regional da Barra da Tijuca.O magistrado, ao receber a exceo determina imediatamente a remessa dos autos para o juzo indicado pelos rus.Indaga-se:a) A eleio de foro contida no contrato alcana tambm o juzo, sendo ento correta a remessa ordenado pelo juiz? Justifique a resposta.b) Na hiptese do juiz da Vara Regional da Barra da Tijuca, discordar da remessa ordenada pelo outro juiz, dever determinar alguma providncia? Fundamente a resposta.Pesquisa de Doutrina: Humberto Theodoro Jnior, obra citada, pginas: 217/218 e 2/3; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, pginas115/116 , Vol. I, 14 edio. Lumen Juris. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.a) O foro de eleio contratual relativo e derrogvel por conveno das partes, desde que obedecendo s normas legais cabveis. Deve a eleio de foro se limitar comarca, e no ao juzo, por no se poder confundir foro com juzo. Portanto incorreta a remessa ordenada pelo juiz.b) Neste caso dever o juiz suscitar o conflito de competncia. Art. 115, CPC2007.008.00503 - CONFLITO DE COMPETENCIA JDS. DES. PEDRO FREIRE RAGUENET - Julgamento: 24/09/2007 - DECIMA OITAVA CAMARA CIVELConflito negativo de competncia. Inadimplemento contratual. Demanda judicial aforada no foro da Capital. Exceo de incompetncia decorrente de foro de eleio constante do contrato, como sendo a Regional da Leopoldina. Conflito suscitado. O foro de eleio contratual relativo e derrogvel por conveno das partes, desde que obedecendo s normas legais cabveis. Deve a eleio de foro se limitar comarca, e no regional, por no se poder confundir foro com juzo. Aquele diz respeito competncia territorial, o ltimo competncia funcional, que absoluta.Inteligncia dos arts. 576 e 1 do CPC. Se a sede da demandada, pelas normas internas deste Tribunal, se situa em rea de abrangncia funcional do Foro Central, aqui se fixa a competncia para conhecimento e processamento do feito. Acolhimento do conflito suscitado e fixao da competncia do juzo da 25 Vara Cvel da Comarca da Capital para processamento do feito. Deciso nos termos do art. 120, nico do CPC.Cssio props ao de cobrana, que tramita sob o rito ordinrio em face de Demetrio, na cidade de So Paulo, perante Justia Estadual de primeira instncia. Dois dias aps este propes em face de Cssio,na cidade de Araraquara,tambm na Justia Estadual de primeira instncia,ao declaratria de inexistncia de relao jurdica,na qual questiona a legalidade do crdito cobrado por Cssio em sua ao.A ao de Cssio foi despachada em 1 lugar,enquanto que a de Demetrio,apesar de despachada ,posteriormente obteve a citao antes da ao ajuizada por Cssio.Indaga-se:a) Constata-se a existncia de conexo entre as aes?De que espcie?Justifique a resposta.b) Sendo possvel a reunio das aes qual o critrio a ser utilizado, para estabelecer o juzo que conhecer de ambas? Fundamente a resposta.Pesquisa de Doutrina: Humberto Theodoro Jnior, obra citada, pginas; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, pginas 108/9, Vol. I, 14 edio. Lumen Juris. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

a) A resposta afirmativa. A conexo se encontra na causa de pedir. Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais aes, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir. b) Havendo conexo, ser possvel a reunio das mesmas. O critrio a ser adotado o estabelecimento do juzo prevento. No caso em tela, como se trata de Comarcas diferentes aplica-se a regra do art. 219, CPC. Segundo Alexandre Freitas Cmara:sendo conexas duas ou mais demandas,tendo sido elas ajuizadas perante juzos diversos,podero ser reunidas para julgamento conjunto pelo juzo prevento(artigos 105/106)....Sendo porm,diferente a competncia territorial de um e outro juzos, prevento seria aquele onde se realizou a primeira citao vlida (art.219,CPC)Antnio comprou o Stio So Jos, na comarca de Petrpolis pelo preo de R$ 50.0,0, com rea de 2.0 metros quadrados, para nele instalar uma empresa. Antnio fez constar da escritura de aquisio, com a concordncia do vendedor Benedito, que essa rea a mnima necessria ao estabelecimento de referida empresa. Realizada a compra e venda, com o registro do ttulo no Registro Imobilirio, Antnio constatou, com percia, ao cabo de seis meses aps esse registro, que a rea adquirida s possua 18.0 metros quadrados, o que inviabilizou, parcialmente, o empreendimento de Antnio, que pretende desfazer o negcio. Distribuda a ao perante a 4 vara cvel d Friburgo domicilio do ru, o juiz declina para a Comarca de Petrpolis sob o fundamento do art. 95 CPC.Indaga-se: a) Trata-se de ao real ou pessoal? Fundamente a resposta. b) Trata-se de competncia de foro ou de juzo? Por qu?Indique o dispositivo legal.Pesquisa de Doutrina: Humberto Theodoro Jnior, obra citada, pginas 4; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, pginas , Vol. I, 14 edio. Lumen Juris. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.GABARITO: Base legal: art. 94 CPC/ Art.500 C/02.a) A Ao pessoal, o autor quer desfazer o negcio celebrado com Benedito, tendo em vista que o compra do imvel foi celebrada de acordo com o disposto no art. 500 C/02. Segundo, Humberto Theodoro Jnior: O cdigo de Processo Civil (art.94 segs), regula a competncia de foro, critrio territorial.b) De acordo com o art. 94, as aes pessoais sero ajuizadas no domiclio do ru. A competncia de foro utilizando o critrio territorial, conforme art. 94 e seguintes do CPC. Depois de definida a comarca, a competncia passa a ser de juzo se nela houver mais de um rgo investido de jurisdio para conhecer da matria.Questes Objetivas:Questo n. 01 Para uma ao de reintegrao de posse de imvel cuja rea esteja situada em mais de uma comarca, determinar se a competncia:a) pela preveno, podendo a ao ser ajuizada em qualquer delas e estendendo-se a competncia sobre a totalidade do imvel.b) pelo foro do domiclio do ru, mesmo que no se localize em uma das comarcas onde est situado o imvel.c) pelo foro do lugar em que estiver localizada a maior parte da rea do imvel. d) pelo foro do lugar em que estiverem localizadas as principais benfeitorias. GABARITO: art.107, CPC (Exceo ao princpio da aderncia)Art. 107. Se o imvel se achar situado em mais de um Estado ou comarca, determinar-se- o foro pela preveno, estendendo-se a competncia sobre a totalidade do imvel.Questo n. 02Assinale a opo correta: a) as competncias territorial e funcional podem ser modificadas pela conexo e continncia; b) d-se a continncia entre duas ou mais aes sempre quando h identidade de partes e de objeto; c) a preveno, entre juzos de comarcas distintas, dar-se- em favor do juzo que despachar primeiro a petio inicial; d) a conexo ocorrer quando duas ou mais aes tiverem o mesmo objeto ou a mesma causa de pedir;GABARITO: art. 103, CPC.Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais aes, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir.Questo n. 03Correndo uma ao de consignao em pagamento pelo locatrio e uma outra de despejo, proposta pelo locador, na mesma comarca, em juzos diversos, correto afirmar: A) Prevento o juzo da causa continente. B) Prevento o juzo onde se deu em primeiro lugar a citao vlida. C) Prevento aquele juzo onde se deu em primeiro lugar o despacho de cite-se. D) No h preveno, pois entre as aes inexiste conexo pela de pedir remota. E) No h que se falar, neste caso, em preveno de juzo, inexistindo conexo pelo objeto ou pela causa de pedir.GABARITO: art. 219, CPC.Segundo Alexandre Freitas Cmara: sendo conexas duas ou mais demandas, tendo sido elas ajuizadas perante juzos diversos, podero ser reunidas para julgamento conjunto pelo juzo prevento (artigos 105/106).. Sendo, porm, diferente a competncia territorial de um e outro juzos, prevento seria aquele onde se realizou a primeira citao vlida (art.219,CPC)TEMA N. 13: Partes. Sujeitos do Processo. Sujeitos da Lide (Distino). Capacidade. Conceito. Capacidade de ser Parte e Capacidade de estar em Juzo. Conseqncias da Falta de Capacidade processual.CASO N. 01Dois fetos, em litisconsrcio ativo, representados por suas respectivas mes, a primeira, Lucia Pereira e a segunda Helena Silva, grvidas, cumprindo pena na Carceragem Pblica Feminina de So Bernardo do Campo, Estado de So Paulo, propem ao em face do Estado de So Paulo, atravs da Defensoria Pblica, com o objetivo de resguardar o direito de atendimento pr-natal. O Juzo da Vara da Infncia e Juventude de So Bernardo no aceitou que a ao fosse proposta em nome do feto, determinando que a inicial fosse emendada em nome das mes.Indaga-se: a) Indique, no caso, os sujeitos do processo e da lide? Fundamente a resposta.b) Est correta a deciso do Juzo da Vara da Infncia e Juventude de So Bernardo do Campo? Justifique a resposta.Pesquise na doutrina: Humberto Theodoro Junior. Curso de direito processual civil. 47 ed. Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1: Parte I Sujeitos do Processo partes e procuradores. Pgina 86. No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada ao tema.a) Os sujeitos da lide so os fetos e as respectivas mes, na medida em que so titulares do direito material de atendimento ao pr-natal adequado, garantindo a vida e a sade da me (art. 8, da Lei 8.069/90) e tambm do feto. O sujeito da lide envolve a capacidade de ser parte, isto , de assumir direito e obrigaes na ordem civil. Falar-se em sujeito do processo, significa capacidade processual, de estar em juzo defendendo direitos e obrigaes. Em regra, essas duas capacidade esto juntas (Luiz Rodrigues Wambier e outros, Curso Avanado de Processo Civil V. 1 Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento, 8 ed, RT, 2006, p.203). No entanto, h situaes em que a pessoa tem capacidade civil e, portanto, capaz de direitos, podendo ser parte, mas no tem capacidade de estar em juzo porque no est no exerccio de seus direitos, dependendo da representao ou assistncia art. 8, do CPC. No caso, portanto, os sujeitos do processo so as respectivas mes dos fetos, que os representa em juzo. b) A questo discutvel. No entanto, noticia-se que o TJ-SP, examinando o recurso de agravo de instrumento interposto, pela Defensoria Pblica, sustentando que o feto, devidamente representado pelas mes, pode pleitear judicialmente seus direitos, reconheceu a possibilidade do nascituro vir a Juzo, sem examinar, contudo, no mrito, de sua legitimidade. No acrdo (segundo informaes publicada em ltima instncia em 05.01.07 w.ultimainstancia.uol.com.br ) os magistrados afirmam que, ainda que desprovido de personalidade jurdica, pode o feto, desde que devidamente representado, figurar como autor da ao. CASO N. 02 Pedro Henrique, menor de treze anos, rfo de pai e me, move ao de indenizao em face de Jos Antonio, objetivando a condenao deste em danos materiais e morais. Citado, o ru alega, preliminarmente, a incapacidade de Pedro para figurar no plo ativo. Indaga-se: a) No caso, qual a providncia que deve tomar o juiz, para o regular desenvolvimento do processo? Fundamente a resposta.b) Qual a conseqncia processual da incapacidade processual do autor para o processo? Fundamente a resposta.Pesquise na doutrina: Humberto Theodoro Junior. Curso de direito processual civil. 47 ed. Rio de Janeiro, Forense, 2007 v. 1: Parte I Sujeitos do Processo partes e procuradores. Pgina 89.No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada ao tema.a) Nomear ao autor um curador especial art. 9, I do CPC. Esse curador, tambm chamado, na doutrina, de curador lide, no o representante judicial do autor e, sim o representante legal que visa suprir a incapacidade de estar em juzo.b) A extino do processo, sem resoluo de mrito art. 267, IV. Faltando capacidade de estar em juzo, d-se um vcio processual sanvel, cabendo ao juiz mandar emendar a inicial ou regularizar a representao, a qualquer tempo, pois no se d o fenmeno da precluso. CASO N. 03

Em ao de cobrana de cotas condominiais, ora em fase de execuo, movida pelo Condomnio Comary em face de Nelson de Souza, sustenta o executado que o Condomnio teve cancelada sua inscrio no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas da Receita Federal CNPJ e, portanto, a ausncia de personalidade jurdica agrava-se ainda mais por esse fato o, que revela a perda da capacidade processual. Nesses termos, requer o executado a suspenso da execuo at a regularizao da inscrio do exeqente no CNPJ, nos termos do art. 265, I e 791, I, ambos do CPC. Indaga-se: a) O condomnio tem capacidade de ser parte? Fundamente a resposta. b) Est correta a tese do executado? Justifique a resposta.Pesquise na doutrina: Marcus Vinicius Rios Gonalves, Novo curso de direito processual civil, 3 ed, vol. 1., Saraiva, 2006, p. 116. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.a) Sim. O condomnio, ente despersonalizado, tem capacidade de ser parte. O motivo a convenincia de que a lei lhes atribua a postulao ou a defesa de determinados interesses em juzo (Marcus Vinicius Rios Gonalves, Novo curso de direito processual civil, 3 ed, vol. 1., Saraiva, 2006, p. 116). Em juzo, o condomnio ser representado pelo administrador ou sndico art. 2, 1, a da Lei 4.591/64 art. 10, IX, do CPC.b) No. A cincia processual, em face dos fenmenos contemporneos que a cercam, tem evoludo a fim de considerar como legitimados para estar em juzo, portanto, com capacidade de ser parte, entes sem personalidade jurdica, quer dizer, possuidores, apenas, de personalidade judiciria (STJ 1 Turma RMS 8967/SP Rel. Min. Humberto Gomes de Barros DJ 2/03/9, p. 54). No caso, o cancelamento da inscrio do autor no CNPJ no tem o condo de lhe retirar a legitimao processual ou mesmo o interesse em prosseguir na execuo para o recebimento do seu redito j definido por coisa julgada (TJRJ 7 C Agravo de Instrumento 2007.002.25472 Rel. Des. Maria Henrique Lobo).Questes Objetivas Questo n. 01 Sobre capacidade processual falso afirmar que:a) Toda pessoa que se acha no exerccio dos seus direitos tem capacidade para estar em juzo. b) Ao ru preso o juiz dar curador especial. c) O administrador representa apenas passivamente a massa falida. d) Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representao das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcar prazo razovel para ser sanado o defeito.GABARITO: Letra c. Art. 12, I, CPC.Hoje, segundo art. 2, inciso I, alnea n da Lei 1.101/05, o administrar representa a massa falida em juzo, ativa e passivamente.Questo n. 02 Sero representados em juzo:a) A herana jacente por seu curador. b) O condomnio por sndico residente no prdio. c) O Municpio por um de seus Secretrios. d) O Distrito Federal por seu governador.GABARITO: Letra a. Art. 12, IV, CPC.A representao uma forma de suprir a incapacidade de estar em juzo. Na verdade a herana jacente um ente desprovido de personalidade jurdica, mas que tem capacidade de ser parte, porm precisa da representao de seu curador.TEMA N. 14 Processo e Procedimento: Civil, Penal e do Trabalho. Espcies de processo. Espcies de procedimento. A informatizao do processo judicial. Princpios Gerais do Processo e do Procedimento. Garantias Constitucionais Processuais. Atos Atentatrios ao Exerccio da Jurisdio. Formao do processo. Sucesso e substituio processual. Tratamento especial ao idoso.Caso N. 01Karina Bastos prope ao acidentaria em face do INSS, por acidente ocorrido durante atividade laborativa, objetivando a concesso de auxlio doena, benefcio negado pela Autarquia em processo administrativo. A r, na defesa nega a existncia de nexo causal entre o acidente e a atividade profissional desenvolvida pela Autora segurada e, ainda, de que a matria foi apreciada definitivamente na esfera administrativa. O Juzo, afinal, julga procedente o pedido, condenando a r ao benefcio pretendido, no valor de R$ 4.20,0(quatro mil e duzentos reais), desde a citao e, ainda, condena a r, em indenizao por danos morais, fixados em oito salrios mnimos, pelas conseqncias que o acidente resultou para a autora.Indaga-se:a) Aps a deciso negativa na esfera administrativa, a autora pode submeter matria ao Judicirio? Fundamente a resposta.b) A deciso judicial, no caso, submete-se ao duplo grau de jurisdio obrigatrio? Fundamente a resposta.

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