Trabalho Interdisciplinar 6 Periodo - Atividade Mineraria Finalizado

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    Anderson Rodrigo de Carvalho

    Andr Milanio Nunes

    Eduardo Teixeira

    Fabrcio Saez Milanio

    Jose Vitor

    Lucas Albuquerque

    Ronaldo Jose

    ANLISE AMBIENTAL DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    RELACIONADOS MINERAO

    Itabira

    Faculdade Itabirana de Desenvolvimento das Cincias e Tecnologias

    Novembro/2009

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    Anderson Rodrigo de Carvalho

    Andr Milanio Nunes

    Eduardo Teixeira

    Fabrcio Saez Milanio

    Jose Vitor

    Lucas Albuquerque

    Ronaldo Jose

    ANLISE AMBIENTAL DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    RELACIONADOS MINERAO

    Itabira

    Faculdade Itabirana de Desenvolvimento das Cincias e Tecnologias

    Novembro/2009

    Trabalho apresentado Faculdade Itabirana

    de Desenvolvimento das Cincias e

    Tecnologias. Disciplinas: Epidemiologia e

    Sade Ambiental, Hidrologia, Economia

    Ambiental, Poluio Ambiental e Poltica e

    Legislao Ambiental.

    Curso: Engenharia Ambiental6P

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    SUMRIO

    INTRODUO....................................................................................................................04

    CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO.............................................................04

    HIDROLOGIA.....................................................................................................................12

    EPIDEMIOLOGIA..............................................................................................................16

    ECONOMIA AMBIENTAL................................................................................................25

    POLUIO AMBIENTAL.................................................................................................27

    POLTICA E LEGISLAO AMBIENTAL......................................................................36

    FECHAMENTO DO EMPREENDIMENTO......................................................................43

    CONCLUSO......................................................................................................................44

    REFERNCIAS...................................................................................................................45

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    1. INTRODUO

    A minerao um dos setores bsicos da economia do pas, contribuindo de forma

    decisiva para o bem estar e a melhoria da qualidade de vida das presentes e futuras

    geraes, sendo fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade equnime, desde

    que seja operada com responsabilidade social, estando sempre presentes os preceitos do

    desenvolvimento sustentvel.

    Estes estudos tm por objetivo implantar um projeto de operao e lavra de minrio de

    ferro, a cu aberto, com tratamento a mido. Contemplando alguns itens essenciais ao

    funcionamento do empreendimento como: barragem de conteno de rejeitos, acumulao

    de gua e pilha de estril, atendendo demanda da minerao tendo como objetivo final

    dos trabalhos, gerar um documento envolvendo as reas de Hidrologia, Epidemiologia,

    Poluio Ambiental, Economia, Direito Ambiental.

    2. CARACTERIZAO DO EMPREEDIMENTO

    Este empreendimento minerario se instalado no municpio de Salinas, situada no Norte de

    Minas Gerais, na regio fisiogrfica do Chapado do Itacambira - Vale do Jequitinhonha,

    Micro Regio do Alto Rio Pardo, a 631 km de Belo Horizonte. A mina est localizada a 10

    km da sede do municpio tendo como coordenadas de referncia N 161041,48/E

    421258,14.

    Aps o conhecimento da reserva geolgica, por meio de realizao de furos geolgicos,

    associados interpretao geolgica destes dados gerados, estimamos a reserva lavrvel deminrio, sendo esta de 26.000.000 toneladas e de estril 14.000.000 toneladas

    estabelecendo uma relao estril minrio de 0,65 ton/ton, com uma produo bruta de

    1.600.000 ton/ano.

    Definida a dimenso da reserva geologia, classificamos o empreendimento de acordo com

    a DN 74/2004, na seguinte categoria:

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    Lavra a cu aberto com tratamento a midominrio de Ferro

    Pot. Poluidor/Degradador: Ar: M / gua: G / Solo: G / Geral: G

    Porte: Produo Bruta 300.000 t/ano : Pequeno

    300.000 < Produo Bruta 1.500.000 t/ano : Mdio

    Produo Bruta > 1.500.000 t/ano : Grande

    De acordo com a categoria, mediante o porte e o potencial poluidor, classificamos o

    empreendimento como Classe 6.

    Potencial Poluidor/ degradador geral da

    atividade

    P M G

    Porte do

    Empreendimento

    P 1 1 3

    M 2 3 5

    G 4 5 6

    Tabela 1: Identificao da Classe do Empreendimento

    A lavra deste jazimento est sendo planejada para ocorrer de forma a atender o mercado

    interno siderrgico mineiro, totalizando 25 anos de operao. O estril lavrado durante a

    operao da mina ser destinado a uma pilha de estril com capacidade de armazenamento

    de 14.000.000 toneladas, a jusante da pilha ser construdo um dique de conteno de

    sedimentos.

    O processo de beneficiamento de minrio ser a mido com recuperao metlica de 58%

    de teor de ferro e recuperao mssica de 85 %, sendo, portanto capaz de produzir

    22.100.000 toneladas de produto final.

    O rejeito gerado pelo processo de beneficiamento ser disposto em uma barragem de

    conteno de rejeito com capacidade de armazenamento de 3.900.000 ton de rejeito e

    1.250.000 m d gua. A operacionalizao da mina ser realizada por meio mecanizadoem 04 turnos interruptos de produo, sendo necessria a utilizao de 750 empregados

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    diretos para atender sua demanda de produo. Toda a gua utilizada no processo de

    beneficiamento ser proveniente da bateria de poos da mina e por meio de recirculao, a

    uma taxa de 85%, sendo, portanto utilizado somente 15% de gua nova no processo.

    Durante a pesquisa geolgica foi constatado a presena de um aqfero profundo (gua

    subterrnea) detectados pelos furos geolgicos. Para a realizao da lavra programada ser

    necessrio a perfurao de uma bateria poos profundos, destinados a explorao do

    aqfero. A gua proveniente destes poos de rebaixamento do aqfero ser destinada ao

    processo de beneficiamento e a conteno de emisso de particulados, por meio de

    asperso nas vias de trnsito da mina, bem como para atendimento s necessidades

    administrativas do empreendimento. O volume de gua explotada da formao ferrfera,bem como o n de poos foi embasado em um modelamento matemtico, utilizando-se o

    software Modflow. Foi elaborado um inventrio das nascentes no entorno da rea do

    empreendimento, bem como a construo de instrumentao para acompanhamento dos

    nveis e volumes destas guas superficirias (lenol fretico), afim de evidenciar a no

    interferncia das operaes mineiras com os mananciais superficiais de gua.

    A seguir, apesentamos alguns mapas temticos para facilitar o processo de anlise da reaonde sera instalado o empreendimento. So eles:

    rea de Contribuio da Bacia

    Solos

    Vegetao Temperatura Mdia

    Precipitao Mdia Anual

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    3. HIDROLOGIA

    Aspectosambientais

    Impactos Ambientais

    Meio Abitico Meio Bitico MeioAntropicoAr gua Solo Fauna Flora

    Supresso deVeget.

    ElevaaoPartc.

    Aumento doescomento

    Compactao AfugentamentoReduo de

    divers.Doenas

    trans. Inse.Construo de

    Barragens epilha est. -

    Alterao doscursos d'gua - - - -

    Drenagemsuperficial

    -

    Carreamentode solidos

    - - - -da mina

    para cursosd'gua

    Beneficiamentode minrio -

    Reduao dadisponibilidadehidrica

    - - - -

    Manut.Mecnica -

    Contam. guapor leos esolventes

    - - - -

    equipamentos

    reaadministrativa

    -Efluentesqumicos - - - -

    e orgnicosTabela 2: Aspectos e Impactos Ambientais da Minerao

    Supresso vegetal / aumento do escoamento

    A supresso da vegetao tem como impacto hidrolgico , o aumento momentneo do

    escoamento superficial dos cursos dgua subseqentes ao empreendimento. A incidncia

    da chuva em um solo suprimido de vegetao no permitira uma infiltrao suficiente para

    recarga satisfatria dos mananciais subterrneos, isso ocorre devido a dois fatores

    principais, a impermeabilizao do solo e a diminuio do tempo de reteno das guaspluviais no meio, promovendo um aumento momentneo da vazo nos cursos dgua, e seu

    assoreamento. Como ao mitigadora sero recuperadas as reas impactadas com a

    plantao de espcies nativa da regio, associando a gramneas e leguminosas.

    Construo de barragem / Alterao nos cursos dgua

    A construo de uma barragem para conteno dos rejeitos gerado pelo processo de

    beneficiamento, acarretaro em alteraes significativas nos cursos dgua interceptado.

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    Ocorrer uma reservao e acumulo de gua a montante do barramento, alterando suas

    caractersticas originais, podendo alterar todo o meio bitico, devido ao alagamento das

    reas de entorno do reservatrio. Como ao mitigadora ser suprimida toda vegetao

    situada na cota de alagamento, rea esta licenciada, a fim de evitar o aporte de matria

    orgnica no reservatrio. Sero estudados e mantidos em equilbrio as espcies nativas no

    meio local.

    Drenagem superficial / carreamento de slidos para curso dgua

    A falta de drenagem superficial ou drenagem inadequada, acarretara no carreamento de

    slidos para o curso dgua a jusante do empreendimento, ocasionando alteraessignificativas na vazo e nos parametos de qualidade das guas superficiais. Como ao

    mitigadora ser elaborado um projeto de drenagem de guas pluviais, direcionando todos

    os sedimentos carreados para diques de conteno, localizados dentro da rea operacional,

    que posteriormente sero destinados a pilha de estrio.

    Beneficiamento de minrio / reduo da disponibilidade hdrica local

    O processo de beneficiamento necessrio para a transformao do minrio bruto em

    produto final demanda um consumo elevado de gua. Essa demanda busca os recursos

    disponveis na regio do empreendimento, alterando portanto a disponibilidade hdrica

    local. Como ao mitigadora ser realizado um estudo hidrolgico da bacia onde esta

    localizado o empreendimento e implantado um sistema de recirculao da gua, fechando

    um circuito entre a barragem e a usina.

    Manuteno mecnica dos equipamentos / contaminao por leos e solventes

    A manuteno dos equipamentos moveis e semi-moveis de minerao gera um resduo

    contaminados com leo e solventes, contaminando a gua utilizada no processo,

    impactando o meio abitico a jusante do empreendimento. Com ao metigadora ser

    implantado nas oficinas de manuteno separadores de gua e leo e o resduo, por meio

    deles gerados ser destinado a empresa autorizada para tratamento adequado.

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    rea administrativa / efluentes limpos e orgnicos

    Os efluentes lquidos originados pela rea administrativa da mina ocasiona a

    contaminao dos cursos dgua alterando os padres de qualidade fsico-quimico.

    Doenas de veiculao hdrica podero contaminar os usurios da gua a jusante do

    empreendimento. Como ao mitigadora ser implantado uma ETEi ( Estao de

    tratamento de esgotos industrializados ), para tratamento deste efluente e outros que virem

    a surgir no processo de beneficiamento do minrio.

    Calculo do Tempo de concentrao e Vazes:

    Equao de Kirpich

    tc = 57(L3/H)0,385

    L= 2 Km

    H= 35m

    tc = tempo de concentrao, min;

    L = comprimento do talvegue, km;

    H =diferena de nvel entre o ponto mais remoto da bacia e a seo de desge, m.

    Equao de Ven Te Chow (Freitas, 1984)

    tc= 52,64(L/S0)0,64

    L= 2 Km

    S0=17,5 m/km

    tc = tempo de concentrao, min;

    L = comprimento do talvegue, km;

    S0 = diferena mdia do talvegue, m Km-1

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    15 Equao de Picking (Freitas, 1984)

    tc = 51,79(L2/S0)1/3

    L= 2 Km

    S0=17,5 m/km

    tc = tempo de concentrao, min;

    L = comprimento do talvegue, km;

    S0 = diferena mdia do talvegue, m Km-1

    Intensidade mxima mdia da precipitao (im)

    im = KTa/(tc + b)

    c

    K= 4600

    a = 0,203

    b = 34,952

    c = 1,033

    im = intensidade m xima mdia de precipitao, mm h-1;

    T = perodo de retorno, anos;

    t = durao da precipitao, min;

    K, a, b, c = parmetros de ajuste relativos estao pluviomtrica estudada.

    Observao: utilizou-se o tempo de concentrao (tc) obtido da equao de Kirpich

    Vazo mxima de escoamento superficial pelo Mtodo Racional

    Qmax = CimA/360

    C = 0,6125

    Im = 95,02

    A = 5000 ha

    Qmax = vazo mxima de escoamento superficial, m s-1;

    C = coeficiente de escoamento superficial,

    adimensional;

    im = intensidade mxima mdia de

    precipitao para uma durao igual ao

    tempo de concentrao da bacia, mm h -1;

    A = rea da bacia de drenagem, ha.

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    16 Resultados de Clculos de concentrao de vazo

    Mtodos tc (min) im (mm/h) Qmax (m/s)

    Kirpich 32,29 95,02 808,33

    Vem te Chow 32,82 94,25 801,78

    Picking 31,66 95,95 816,24Tabela 3: Vazo Mxima da Bacia

    4. EPIDEMIOLOGIA

    Um dos maiores transtornos sofridos pelos habitantes prximos e/ou os que trabalham

    diretamente na minerao, relaciona-se com a poeira. Esta pode ter origem tanto nos

    trabalhos de perfurao da rocha como nas etapas de beneficiamento e de transporte da

    produo.

    Estes resduos podem ser solveis, ou particulares que ficam em suspenso. A contribuio

    da minerao para a poluio do ar principalmente a poluio por poeira e gases

    provenientes de motores e mquinas.

    Estes poluentes atmosfricos agravam a sade das pessoas que esto em torno da mina e os

    trabalhadores que esto diretamente expostos a esse tipo de poluio. Abaixo se encontram

    algumas doenas e malefcios decorrentes desse tipo de poluente:

    Siderose Pulmonar

    uma doena causada por poeiras e fumos contendo oxido de ferro. Os sintomas da

    doena so febre alta, dor torcica ventilatorio-dependente no hemitorx, tosse

    produtiva com expectorao amarelada e prostrao.

    A leso pulmonar descrita consiste em preenchimento dos alvolos por macrfagos

    carregados de grnulos de ferro, sem reao fibrosa, chamada de reao inerte ou

    tatuagem.

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    17 As conseqncias para a sade humana so cansaos, irritaes pulmonares, que

    futuramente pode evoluir para um cncer de pulmo.

    Os critrios para diagnosticar a siderose pulmonar so o histrico da exposio a poeira

    de ferro e a outros agentes inalados, levando em conta as condies de trabalho ( locais

    fechados ou mal ventilados) e a concentrao de partculas no ar.

    O prognostico geralmente favorvel, sendo possvel a regresso das leses aps

    afastamento do trabalho.

    O tratamento da siderose pulmonar restringe-se ao afastamento do profissional do local

    de trabalho, para a sua reabilitao ficando longe da poluio.

    A preveno leva em conta um limite de tolerncia de 5 mg/m para exposio de 8

    oras de dirias, realizao de diagnostico precoce com radiografias e esperometrias

    anuais e mudanas de setor e funo para os trabalhadores expostos.

    Silicose

    uma doena relacionada com a inalao de pequenas partculas e a permanncia

    destas microparticulas no pulmo provocando uma reao inflamatria.

    Os sintomas da doena manisfestam-se aps 20 a 30 anos de exposio a

    microparticulas, podendo causar fadiga, cansao, perda de apetite, dor peitoral, falta de

    ar, tosse e irritaes nas vias aerias.

    A investigao da doena se baseia em exames clnicos, questionrios aplicados as

    pessoas doentes, material ao qual a pessoa esta exposta, o tempo de exposio, exames

    radiolgicos e fsicos e biopsia pulmonar.

    Atravs de pesquisas bibliogrficas constatou-se que no existe tratamento curativo

    para a silicose, por isso a preveno assume um papel importante para evitar a doena,

    mas tambm se pode realizar lavagens pulmonares ou transplantes de pulmes.

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    18 A preveno se baseia no uso de mascaras adequadas, respiradores e capuzes, uso de

    EPIs, aspersores de gua para diminuir a poeira.

    Asma

    A asma uma doena alrgica (herdada ou adquirida) onde ocorre inflamao dos

    brnquios deixando as pessoas com dificuldade de respirar, com a minerao na cidade

    de salinas leva ao agravo das crises de asma.

    Como a asma e uma doena que na maioria das vezes e gentica, ou em alguns casos seadquire atravs de material particulado suspenso no ar provenientes da minerao.

    Os sintomas so aperto no peito, cansao, tosse com ou sem catarro, falta de ar que

    podem variar de acordo com a idade e o clima das pessoas doentes.

    As formas de preveno da asma se dividem em:

    Preveno primaria, tem como objetivo evitar que crianas com alto risco de tornarem

    alrgicas fiquem sensibilizadas;

    Preveno secundaria, se baseia em tratar as doenas das vias areas superiores, como

    a rinite alrgica, bronquite, sinusite, para evitar o desenvolvimento da asma.

    Preveno terciria, os doentes controlam a asma atravs de medicao para controlar oprocesso inflamatrio.

    A asma no tem cura, mas para controlar a sua incidncia necessrio o controle de

    particulado fino suspenso no ar atravs de asperses de gua na mina, arborizao em

    torno da mina.

    Todas as doenas citadas acima podem ser evitadas atravs de medidas preventivas que

    devem ser adotadas pela empresa, para que possam minimizar os impactos causados na

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    populao provenientes da minerao. As medidas preventivas so umidificao das vias e

    das pilhas de minrio, cinturo verde em torno da mina, mascaras adequadas para os

    trabalhadores.

    Tabela 4: Incidncia de morbidade hospitalar, por causa de inertano -

    media dos municpios mineradores e nao=mineradores ( me % do total de internacoes) . (2005)categoria/ motivo

    da morbidadeinfecto

    contagiosasneoplasias

    transtornomental

    respiratriam

    formaoleso

    municpiosmineradoes

    10,9 3,49 1,14 12,75 0,44 6,29

    municpios nao-mineradores

    11,18 2,99 1,03 16,79 0,5 7,11

    diferena -2% 17% 11% -24% -12% -12%

    teste t -0,10939804 0,69385953 0,2590925 -2,04119151 0,51264033 0,98665Fonte: Elaborao da autora a partir de informaes do DATASUS (2005)

    A tabela 1 acima mostra informaes sobre incidncia de morbidade hospitalar, segundo a

    distribuio percentual das internaes por grupos de causa, disponibilizadas para todos os

    municpios brasileiros pelo banco de dados de sistema nico de sade (DATASUS), para o

    ano de 2005, permitem verificar associao entre certos tipos de doenas consideradas

    tpicas de minerao nos municpios mineradores do estudo.

    As seis categorias selecionadas foram as doenas mais citadas na literatura sobre o tema e

    nas entrevistas de campo. As informaes se referem as medias observadas para o conjunto

    de municpios mineradores e no-mineradores, bem como a diferena (em termos

    percentuais) observada entre as medias. A avaliao das medias amostrais foi feita com o

    teste estatstico t, com o nvel significncia de 5%. Os resultados no revelaram diferenas

    significativas entre as medias do conjunto de municpios minerador e no-minerador, mas

    revelaram diferenas inter-regionais, quanto as doenas infecto-contagiosas.

    Tabela 5: Incidncia de morbidade hospitalar por doenas infecto-contagiosas -mdia dos municpios mineradores das regies norte e nordeste e das demais

    regies ( me % do total de internaes). (2005)

    Indicadormunicpios mineradores das

    regies norte e nordestemunicpios mineradores das regies

    Centro-oeste, sul e sudestemdia 15,78 6,29teste t 2,221341 2,221341

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    As doenas infecto-contagiosas esto intimamente relacionadas s condies

    socioeconmicas, especialmente, a renda e a educao. Portanto, era previsvel que o

    conjunto de municpios mineradores das regies norte e nordeste apresentasse media de

    internao hospitalar para esse tipo de doena superior a dos municpios mineradores das

    demais regies.

    Quanto as doenas do aparelho respiratrio, causou surpresa no haver diferenas

    significativas de medias, nem entre o conjunto de municpios mineradores e no-

    mineradores e nem entre o conjunto de mineradores das duas regies. Supreende tambm a

    cidade de Itabira Mg no estar encabeando a lista de municpios mineradores mais

    afetados por doenas respiratrias, uma vez que esse problema foi mencionado durante avisita no municpio. Todavia, este resultado esta de acordo com a analise epidemiolgica

    sobre o impacto da poluio no ar na sade humana da populao de Itabira Mg que foi

    realizado pelo laboratrio de poluio atmosfrica experimental da faculdade de medicina

    da universidade de so Paulo,em 2005.

    Esse resultados so insuficientes para afirmar que municpios de base mineira estejam

    livres de algum tipo de doena tpica da minerao . Significa que apenas a amostragem doano de 2005 para o conjunto de municpios minerador e no-minerador, no revelou essa

    associao. Dado que surpreende, pois a expectativa era de se encontrar maior incidncia

    de doenas respiratrias entre o conjunto de municpios mineradores. Como hiptese,

    pode-se especular que normas ambientais mais rigorosas sobre os limites das emisses

    atmosfricas ( resolues CONAMA 003/1990 e 382/2006, entre outras) tem estimulado o

    desenvolvimento de processos mais comprometidos com a preveno e o controle de

    emisses de particulados pela extrao mineral.

    Os registros epidemiolgicos de morbidade e mortalidade abaixo so do municpio de

    Itabira MG, que tem como base de sua economia a extrao de minrio de ferro, onde a

    mina se localiza no entorno da cidade, agravando a situao de sade das pessoas.

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    Tabela 6: Distribuio Percentual das Internaes por Grupo de Causas e Faixa Etria - CID10

    (por local de residncia)

    2007

    Captulo CID Menor 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64 65 e mais 60 e mais Total

    I. Algumas doenas infecciosas e parasitrias 5,7 5,8 5,3 4,2 0,8 1,9 2,8 3,8 3,7 2,7

    II. Neoplasias (tumores) - 2,3 5,3 9,0 0,8 5,3 10,2 6,8 7,3 5,6

    III. Doenas sangue rgos hemat e transt imunitr - 1,2 0,5 5,6 - 0,6 0,7 0,4 0,5 0,6

    IV. Doenas endcrinas nutricionais e metablicas 4,9 9,2 8,2 6,3 - 2,3 4,9 6,1 6,0 3,7

    V. Transtornos mentais e comportamentais - - - - - 1,2 0,4 - - 0,7

    VI. Doenas do sistema nervoso - 1,5 2,4 0,7 0,8 1,6 2,9 3,1 3,0 1,9

    VII. Doenas do olho e anexos - - - 0,7 - 0,2 0,3 0,1 0,2 0,2

    VIII.Doenas do ouvido e da apfise mastide 0,4 0,4 - 0,7 - 0,1 - - - 0,1

    IX. Doenas do aparelho circulatrio - 0,8 - 1,4 1,0 11,7 34,0 31,0 31,8 15,0

    X. Doenas do aparelho respiratrio 29,3 46,5 15,5 13,2 2,8 5,0 11,9 18,9 17,6 11,2

    XI. Doenas do aparelho digestivo 3,3 5,8 9,7 9,0 4,1 7,5 10,6 6,7 7,3 7,4

    XII. Doenas da pele e do tecido subcutneo 2,4 8,5 9,2 2,1 0,8 2,1 2,1 3,3 3,1 2,8

    XIII.Doenas sist osteomuscular e tec conjuntivo - 0,8 3,9 4,9 1,5 2,2 3,7 3,4 3,1 2,5

    XIV. Doenas do aparelho geniturinrio 3,7 4,6 12,1 9,7 5,9 8,4 5,6 6,1 5,9 7,3

    XV. Gravidez parto e puerprio - - - 5,6 67,7 38,3 0,1 0,5 0,4 24,4XVI. Algumas afec originadas no perodo perinatal 43,5 3,1 - - - 0,1 0,1 0,1 0,1 2,0

    XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossmicas 2,8 4,2 4,8 3,5 1,3 0,2 0,3 0,1 0,3 0,8

    XVIII.Sint sinais e achad anorm ex cln e laborat 0,8 0,8 1,4 2,1 1,3 1,3 2,8 2,3 2,4 1,6

    XIX. Leses enven e alg out conseq causas externas 2,4 3,8 17,9 18,8 10,0 9,0 6,2 7,4 7,1 8,5XX. Causas externas de morbidade e mortalidade - - - - - - - - - -

    XXI. Contatos com servios de sade 0,8 0,8 3,9 2,8 1,3 1,0 0,5 0,1 0,1 1,0

    CID 10 Reviso no disponvel ou no preenchido - - - - - - - - - -

    Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

    Fonte: SIH/SUS

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    Municpio: Itabira - MG

    Tabela 7: Mortalidade Proporcional (%) por Faixa Etria Segundo Grupo de Causas - CID102006

    Grupo de CausasMenor

    1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64 65 e mais 60 e mais Total

    I. Algumas doenas infecciosas e parasitrias - - - - - 5,2 3,7 3,5 3,7 3,6

    II. Neoplasias (tumores) - - - 100,0 - 15,5 25,0 17,0 16,6 17,3

    IX. Doenas do aparelho circulatrio - - - - - 16,5 44,4 44,5 44,9 36,1

    X. Doenas do aparelho respiratrio 3,7 100,0 - - 11,1 1,0 5,6 15,5 15,1 10,2

    XVI. Algumas afec originadas no perodo perinatal 74,1 - - - - - - - - 3,8

    XX. Causas externas de morbidade e mortalidade - - - - 77,8 38,1 4,6 1,1 0,9 9,9

    Demais causas definidas 22,2 - 100,0 - 11,1 23,7 16,7 18,4 18,8 19,2

    Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0Fonte: SIM

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    Tabela 8: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas(por 100.000 habitantes)

    Causa do bito 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    Aids 9,2 7,0 1,0 5,9 3,9 6,6 0,9

    Neoplasia maligna da mama (/100.000 mulheres) 2,0 3,9 11,5 17,0 13,1 5,5 12,6

    Neoplasia maligna do colo do tero (/100.000 mulh) - 1,9 9,6 - - 3,6 3,6

    Infarto agudo do miocardio 18,3 19,0 24,8 24,5 26,1 29,2 28,8

    Doenas cerebrovasculares 48,8 61,1 46,5 50,9 48,3 55,5 45,5

    Diabetes mellitus 18,3 18,0 37,6 36,2 17,4 23,5 19,5

    Acidentes de transporte 10,2 12,0 6,9 7,8 13,5 16,0 8,4

    Agresses 3,1 5,0 5,0 4,9 13,5 11,3 11,1Fonte: SIM

    Tabela 9: Indicadores de Morbidade

    Outros Indicadores de Mortalidade 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006Total de bitos 504 519 530 543 517 577 563N de bitos por 1.000 habitantes 5,1 5,2 5,2 5,3 5,0 5,4 5,2% bitos por causas mal definidas 6,2 6,9 6,6 4,1 5,8 4,9 6,4

    Total de bitos infantis 34 41 35 23 18 31 28N de bitos infantis por causas mal definidas 1 1 2 1 - - 1% de bitos infantis no total de bitos * 6,7 7,9 6,6 4,2 3,5 5,4 5,0% de bitos infantis por causas mal definidas 2,9 2,4 5,7 4,3 - - 3,6Mortalidade infantil por 1.000 nascidos-vivos ** 19,9 24,3 21,5 15,3 12,2 20,3 19,0* Coeficiente de mortalidade infantil proporcional**considerando apenas os bitos e nascimentos coletados pelo SIM/SINASCFonte: SIM/SINASC

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    Grfico 1: Mortalidade Proporcional

    As tabelas e grficos acima mostram que o ndice de morbidade hospitalar de pessoas que so

    internadas por doenas do aparelho respiratrio e de 11,2%, sendo que os mais afetados so as

    crianas que variam a idade entre menores que um ano e ate nove anos, e os mais velhos

    tambm possuem um elevado ndice de internaes.

    A taxa de mortalidade por doenas respiratrias foi de 10,2%, sendo que a populao mais

    afetada foram pessoas com mais de 60 anos e crianas com idade entre um a quatro anos.

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    5. ECONMICA AMBIENTAL

    A base econmica do municpio se sustenta na agropecuria, indstrias, principalmente de

    cachaa e comercio que atende a micro regio.

    Com a chegada da minerao que tem previsto um investimento de 5,6 bilhes de dlares

    devem-se tomar medidas publicas administrativas para que a economia da cidade no se torne

    um enclave econmico.

    Um enclave econmico caracteriza-se pela ausncia de ligaes em cadeia entra a atividade

    principal, que no caso de Salinas passara a ser a minerao, e os outros setores econmicos j

    existentes na regio. Caso se configure como enclave econmico a cidade passara dera seu

    desenvolvimento auto-sustentvel, diversificado e independente da atividade principal,

    passando a ser sempre dependente uma nica gerao de renda .

    Em termos econmicos, o retorno da extrao mineral na cidade acontece diretamente com os

    impostos revertidos para o poder pblico e os empregos gerados nas reas da mineradora,

    mas, sobretudo, indiretamente, o comrcio tende a crescer para atender demanda do

    crescimento populacional e em funo de trabalhos relacionados mineradora, o queincrementa o poder aquisitivo e faz aumentar os ndices de impostos arrecadados como ICMS

    e ISSQN. Hotis, restaurantes, bancos, supermercados, escolas, farmcias, hospitais, entre

    outros, sero criados ou revitalizados para atender a demanda latente. Estes impostos criam

    possibilidades de serem revertidos em melhorias urbanas, tais como abertura de novas

    avenidas, revitalizao e criao de praas pblicas, loteamento de novas reas. Asfaltamento

    de estradas, manuteno de escolas municipais, ampliao de servios de sade, bem como

    investimentos em na educao com a capacitao da populao local, com investimento emcriao de cursos tcnicos e superiores..

    Assim como todos os municpios brasileiros que so detentores de atividades minerrias,

    Salinas ter o direito a uma parte do lucro com a venda do produto final que retirado de seu

    subsolo. Do montante que repassado s esferas governamentais, tem-se a seguinte diviso:

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    12% para a Unio (DNPM, IBAMA e MCT4);

    23% para o Estado onde for extrada a substncia mineral;

    65% para o municpio produtor.

    Direito esse amparado pela Constituio Federal de 1988 que, em seu Art. 20, 1, cita:

    A Compensao Financeira pela Explorao Mineral - CFEM, devida aos Estados, ao

    Distrito Federal, aos Municpios, e aos rgos da administrao da Unio, como

    contraprestao pela utilizao econmica dos recursos minerais em seus respectivos

    territrios.

    A CFEM ainda regulamentada pelas Leis ns 7.990/89, 8.001/90 e 9.993/00, bem como pelo

    Decreto n 1/91. Sendo de responsabilidade do Departamento Nacional de Produo Mineral

    DNPM , a administrao, normatizao e fiscalizao sobre a arrecadao da mesma

    (Lei n 8.876/94, art. 3 - inciso IX). A CFEM gerada a partir do clculo sobre o valor do

    faturamento lquido das empresas minerrias, concebido na venda do produto mineral

    originrio das reas da jazida, mina, salina ou outros depsitos minerais. Desse valor, j esto

    deduzidos os tributos (ICMS, PIS, COFINS), que so incidentes na comercializao, assimcomo as despesas com transporte e seguro.

    Quando o produto mineral consumido, transformado ou utilizado pelo prprio minerador,

    ento se considera como valor, para efeito de base do clculo da CFEM, o somatrio das

    despesas diretas e indiretas ocorridas at o momento da utilizao do produto mineral. O

    DNPM aplica alquotas especficas sobre o faturamento lquido para a obteno da CFEM,

    variando-se de acordo com a substncia mineral da seguinte maneira:

    aplica-se a alquota de 3% para: minrio de alumnio, mangans, sal-gema e potssio;

    2% para: ferro, fertilizante, carvo e demais substncias;

    0,2% para: pedras preciosas, pedras coradas lapidveis, carbonatos e metais nobres;

    1% para: ouro.

    O pagamento da CFEM realizado mensalmente, at o ltimo dia til do segundo ms

    subseqente ao fato gerador, ou seja, a venda do produto mineral.

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    Credito de Carbono

    Um fator importante a ser levando quanto a emisso de CO2 pela minerao seja no ato de

    abertura da mina ou aps o funcionamento da mesmo . Durante o processo de abertura da

    mina que abranger um rea de 15 Km2 e ter um tempo estimado de um ano e meio, sero

    emitidos 300000 toneladas de CO2 somente com o desmatamento da vegetao local que

    constituda de cerrado e mais 28102,080 toneladas emitidas pela combusto de diesel pelas

    maquinas , sendo assim durante processo de abertura sero emitidos 328102,080 toneladas de

    CO2. J quanto a mina estiver em funcionamento trabalhando 24 horas por dia ser emitido

    165099,720 toneladas de CO2 por ano. Para se adequar as normas de emisses de gases efeito

    estufas a empresa dera que um custo de R$9.167.172,115 durante o processo de abertura damina, j durante sua operao dera um custo de R$4.612.886,177 por ano, esses valores

    deveram ser negociados com a compra de credito de carbono, e os mesmos podero sei

    negociados na BM&F.

    6. POLUIO AMBIENTAL

    Poluio Ambiental o resultado de atividades que, direta ou indiretamente, prejudicam asade, a segurana e o bem estar da populao, criando condies adversas s atividades

    sociais econmicas por atividades causadoras de degradao ambiental.

    Poluidor toda pessoa ou empresa, pblica ou privada, responsveis por atividades

    causadoras da degradao ambiental.

    A poluio ocorre, sobre a biosfera, atravs de atividades humanas de duas maneiras:

    Liberao de resduos txicos que ataquem os tecidos dos seres vivos, por absolutafalta de um melhor destino para os materiais poluentes. Ex. lixo radioativo, metais

    pesados, etc.

    Pelo prprio homem atravs da superpopulao onde se acumulam resduosmetablicos (gs carbnico, esgotos, etc.). Ex. grandes cidades sem infra-estrutura

    de saneamento, etc..

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    28 Considera-se impacto ambiental qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e

    biolgicas sobre o meio ambiente, causada por qualquer forma de matria ou energia

    resultantes das atividades humanas que direta ou indiretamente afetam:

    A biota; A sade, segurana e o bem estar da populao; As atividades sociais e econmicas; As condies estticas e sanitrias do meio ambiente; A qualidade dos recursos ambientais.

    Com todas estas atividades o meio ambiente sofrer as conseqncias com a provocao de

    impactos, visuais, no ar, qualidade da gua, no solo, etc. Estes impactos, na sua maioria,

    degradam o meio ambiente gerando reas degradadas a passivos ambientais, nada que no

    possa ser passvel de recuperao e reabilitao total ou parcial.

    Degradao Ambiental quando a vegetao nativa, a fauna e a camada frtil do solo so

    destrudas, removidas ou expulsas e a qualidade dos rios, lagos, etc. so alterados.

    Recuperao Ambiental (reclamation) a estabilizao de reas degradadas para posterior

    utilizao de acordo com um plano pr-estabelecido.

    Reabilitao Ambiental (rehabilitation) a atribuio rea degradada de um novo uso (um

    estgio biolgico apropriado), tais como: preservaes ambientais, habitacionais, industriais e

    comerciais, recreao, lazer, piscicultura, reflorestamento pastagem, etc.

    Passivo Ambiental a descrio do acmulo de danos ambientais que deve ser reparado afim

    de que seja mantida a qualidade ambiental de um determinado local. Esta noo de passivo

    ambiental foi tomada emprestada das cincias contbeis e representa, num primeiro momento,

    um valor monetrio necessrio para reparar os danos ambientais. Desta forma pode-se incluir

    valores monetrios (custos) estimados na reparao de danos causados ao meio ambiente pelo

    empreendimento mineiro. Representa uma dvida para com a gerao futura.

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    Impactos Visuais e formas de controle

    So alteraes paisagsticas causadas pela implantao de uma minerao em uma rea onde

    se explora uma jazida mineral.

    Remoo da cobertura vegetal, do capeamento e da abertura de frentes de lavra acu aberto;

    Implantao de infra-estrutura (alojamento, oficinas, escritrio, etc.);

    Disposio de resduos slidos e aquosos.O controle do impacto visual pode ser feito atravs de:

    Cortinas arbreas que confinam a regio explorada, protegendo o meio ambientedos poluentes relativos a poeira e rudos, melhorando a paisagem visual;

    Bancadas que quando recobertas com vegetao diminuem a agressividade darea que est sendo minerada;

    Preparo da superfcie do solo para receber a vegetao;

    Paisagismo que tenta restabelecer a paisagem tpica da regio como era antes oudar outro uso terra.

    Impactos pela poluio do ar e formas de controle

    Este definido pala presena ou lanamento na atmosfera de substncias em concentrao

    suficiente para intervir direta ou indiretamente na sade, na segurana e no bem estar humano.

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    Fontes fixas de poluio do ar:

    Chamins de fbricas;

    Britagem e moagem de minrios.

    Fontes mveis:

    Movimento dos caminhes na mina

    As formas de controle da poluio do ar:

    Asperso de gua nos britadores, frentes de lavra, estradas de circulao deveculos, etc.

    Revegetao;

    Controle de detonao.Impacto pela poluio da guas e formas de controle

    a parte do ambiente mais afetada pela minerao. Isto acontece atravs do carreamento de

    solo para os rio, lagos, etc. e quando o tratamento de minrio requer a utilizao de metais

    pesados ou compostos orgnicos (mercrio, alclis, etc.).

    As principais fontes de poluio das guas so:

    Oficinas de equipamento (tratores, caminhes, etc.) pela liberao de leos oudetergentes;

    Nitratos provenientes de explosivos no detonados;

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    Slidos em suspenso na gua que diminui a sua claridade e reduz a transmissode luz e quantidade de oxignio dissolvido na mesma.

    O controle da poluio nos cursos dgua pode ser efetivado com drenagens convenientes

    (desvio da gua das frentes de lavra), o controle da eroso (compactao do solo), o replantio

    de vegetao e umedecimento da vegetao, alm da recirculao da gua utilizada no

    tratamento mineral.

    Impactos no solo e formas de controle

    Um dos fatores responsveis pela degradao a eroso causada pela gua, quando nodrenada, que corre sobre o solo, causando a sua destruio. O desmatamento e a retirada da

    cobertura vegetal, tambm acelera o processo de destruio do solo. O lanamento de resduos

    da mina contendo substncias txicas, tambm causa destruio do solo.

    O controle da degradao do solo pode ser feito por meio de drenagens superficiais, canaletas,

    bueiros, etc., cobertura vegetal de reas descobertas, para impedir que a ao das chuvas

    destrua o solo; e, por ltimo, a neutralizao de substncias txicas em contato com o solo.

    Impactos relativos a rudos e vibraes

    A maior fonte de rudos e vibraes na minerao a detonao atravs de explosivos. As

    fontes de rudos de menor escala so: compressores, britadores, tratores, caminhes,

    perfuratrizes, etc.

    O controle destas fontes feito atravs de planos de fogo melhores projetados, para evitar

    uma maior liberao de energia. Para as outras fontes necessria a regulagem dos motores

    dos equipamentos e isolamento das fontes emissoras de rudos.

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    Impactos causados pelos resduos slidos de minerao e formas de controle

    Os resduos de minerao causam vrios problemas ambientais, em particular, quando as

    operaes so a cu aberto e movimentam uma grande quantidade de estril e rejeito, que

    deve ser disposto em local apropriado. Procura-se, em princpio, uma rea que venha a sofrer

    o menor impacto possvel aliado segurana e estabilidade das pilhas de estril e barragens de

    rejeitos.

    Os impactos ambientais mais comuns causados pela disposio controlada de estril e rejeitos

    de minerao podem ser melhores entendidas no quadro abaixo:

    Constantes, causados durante a construo de pilhas, bacias ou barragens de rejeitos at o

    trmino de suas operaes;

    Acidentais, causados por mau dimensionamento de pilhas, barragens ou bacias de rejeitos,

    podendo comprometer a sua estabilidade.

    A seguir temos algumas tabelas para simplificar a explicao dos aspectos e impactosidentificados nas diversas atividades da minerao. Entre os que mais se destacaram

    associam-se ao desmonte de rocha com explosivos (sobrepresso, vibrao do terreno e

    rudo), pois so os que causam maior desconforto populao ao entorno da minerao.

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    ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS

    Decapeamento, envolvendoremoo da cobertura superficial,

    deteriorao da cobertura vegetal ea formao de pilhas de solo

    Eroso, movimentao de terra e assoreamentode crregos, alterao da paisagem, flora e

    fauna locais

    Esgotamento de recurso natural

    Afugentamento da fauna

    Modificao e destrio da vegetao nativa

    Perfurao de bancadasGerao de rudo e poeira

    Poluio sonora

    Pertubao das vizinhanas e exposioocupacional dos trabalhadores

    Utilizao de equipamentos de proteo(mscara, luvas, botas, protetor de ouvidos)

    Diminuio dos riscos de acidentes e daexposio ocupacional dos trabalhadores

    Carregamentos dos furos comexplosivos

    Possibilidade de acidentes Exploso, risco de vida

    Bom conhecimento geolgico-estrutural dajazida e da rea de explorao

    Reduo de impactos ambientais

    Treinamento e capacitao dos tcnicos Reduo risco de acidentes

    Desmonte das bancadas comdetonao dos explosivos

    Gerao e propagao de ondas sismicas noterreno e no ar (vibrao e sobreposisso

    atmosferica)

    Risco de danos a construes civis,desconforto populao vizinha, risco de

    incidentes e de vida

    Ultralanamento de fragmentosRisco de danos a construes e risco a vida

    humana

    Gerao de rudo, fumos e gases

    Poluio sonora

    Desconforto populao a risco deincidentes e intoxicao

    Escorregamento de taludes for a do setor dedesmonte

    Risco de acidentes

    Dimensionamento correto de cargas explosivase dos parmetros do plano de fogo (perfurao,carregamento, amarrao dos furos, limpeza da

    face, tempos de retardo, etc)

    Reduo das vibraes e da sobrepressoatmosfrica, no ocorrncia de

    ultralanamentos, diminuio dos gases,alm do fraturamento ideal da rocha

    Armazenagem de explosivos eacessrios de detonao

    Risco de exploso Perdas materiais e de vidas, poluio do ar

    Eficincia no armazenamento Reduo risco de acidentes

    Monitoramento ambientalControle dos niveis de poluio respeitando

    aqueles estabelecidos pelas normas tcnicas elegais

    Reduo das emisses, minimizao dosimpactos potenciais

    Carregamento e transporte dominrio at a britagem

    Gerao de poeira e rudo e emisso de gasesPoluio do ar e sonora; Desconforto aos

    trabalhadores da mina

    Vazamento de olos/combustveis/graxasComprometimento do solo e das aguas

    superficiais

    Abertura de novas vias de acesso

    Processo erosivos e assoreamento dos cursosd'gua

    Comprometimento dos recursos naturais

    Gerao de rudo, poeira e emisso de gasesproduzidos pelas mquinas

    Desconforto aos trabalhadores

    Poluio do ar e sonora

    Vazamento de olos/combustveis/graxas dasmquinas

    Comprometimento de solo e das guassuperficiais

    Drenagem da cavaGerao de Efluentes, aporte de sedimentos

    para os cursos d'gua

    Contaminao das guas superficiaisComprometimento dos recursos naturais

    superficiaisConsumo de energia Utilizao de recursos naturais

    Umidificao das vias de acesso Consumo de guaUtilizao de recursos naturais

    Reduo da suspenso das particulas

    Tabela 10 - Principais aspectos e impactos ambientais da atividade de lavra a cu aberto

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    ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS

    Descarregamento dominrio Gerao de poeira e rudo

    Poluio do ar e sonora, desconforto aostrabalhadores

    Britagem da rocha

    Gerao de poeira e rudoPoluio do ar e sonora, riscos de doenas

    pulmonares e desconforto aostrabalhadores

    Riscos de acidentes Perdas de vida e materiais

    Consumo de energia Utilizao de recursos naturais

    Vibrao dos equipamentos Perdas de rendimento

    Umidificao dascorreias

    transportadoras

    Consumo de guaUtilizao de recursos naturais, eventuais

    acidentes, reduo da suspenso das

    partculas

    Transferncia demateriais

    Escape/perda de materialRiscos de acidentes, conforme o dimetro

    do minrio

    Gerao de poeira e rudo Poluio do ar e sonora, desconforto aostrabalhadores

    Estocagem do produto

    Gerao de rudo, poeira e emisso degases produzidos pelas mquinas

    Poluio do ar e sonora, intoxicao porgases

    Perdas de materialContaminao das guas superficiais e

    assoreamento de c rregos pr ximosTabela 11 - Principais aspectos e impactos ambientais da atividade de beneficiamento.

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    ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS

    Circulao de veculos e

    mquinas

    Emisso de gases e vazamento de combustveis,

    leos e graxas

    Poluio do ar, contaminao do solo e dos cursos

    dgua

    Armazenagem de leo diesel Vazamentos Contaminao do solo e dos cursos dgua

    Abastecimento dos veculos Possibilidade de exploso

    Danos s instalaes civis

    Perda /danos integridade fsica

    Intoxicao em geral

    Poluio do ar

    Lubrificao, troca de leo e

    manuteno dos veculos

    Vazamento de leo e lubrificantes Contaminao do solo e dos cursos dgua

    Disposio dos resduos ( leo e latas) Reduo do risco de contaminao

    Reciclagem de material Menor extrao de matria-prima

    Recuperao manufaturada de lubrificantes Menor extrao de matria-prima

    Regulagem peri dica dos motores e dos veculosMenor consumo de materiais de reposio

    Menor taxa de emisso de gases

    Lavagem de veculos

    Gerao de efluentes Poluio ambiental

    Gerao de resduos e embalagens descartveis Poluio ambiental

    Consumo de gua Utilizao de recursos naturais

    Consumo de energia Utilizao de recursos naturais

    Instalao de caixa cimentada coletora de leos o

    graxas e dos efluentes

    Preveno na contaminao do solo e dos cursos

    dgua

    Limpeza do local

    Gerao de efluentes Poluio ambientalConsumo de gua Utilizao de recursos naturais

    Consumo de energia Utilizao de recursos naturais

    Gerao de resduos e embalagens Poluio ambiental

    Instalao de bacias de decantao ou caixas

    coletoras dos efluentesPreveno na contaminao das guas superficiais

    Tabela 12 - Principais aspectos e impactos ambientais da atividade da oficina.

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    ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS

    Escritrio e Refeitrio

    Consumo de energia eltrica Utilizao de recursos naturais

    Consumo de gua Utilizao de recursos naturais

    Gerao de efluentes e esgoto sanitrio Contaminao das guas

    Gerao de resduos e produtos descartveis e

    perecveisPoluio ambiental

    Limpeza

    Consumo de energia eltrica Utilizao de recursos naturais

    Consumo de gua Utilizao de recursos naturais

    Gerao de efluentes Poluio ambiental

    Gerao de resduos e embalagens Poluio ambiental

    Tabela 13 - Principais aspectos e impactos ambientais das instalaes administrativas.

    7. POLTICA E LEGISLAO AMBIENTAL

    Com o objetivo de harmonizar o desenvolvimento econmico com a proteo ao meio

    ambiente, foi institudo, no Brasil, o Sistema de Licenciamento das Atividades Poluidoras,

    tais como as extrativas minerais, de acordo com a Lei Federal 6.938/81, modificada pela Lei

    7.804/89 e pelo Decreto Federal 99.274/90.

    Todas as empresas poluidoras do meio ambiente devem ser submetidas autorizao do

    Poder Pblico para funcionar, de acordo com a Poltica Nacional do Meio Ambiente.

    Existem trs tipos de licena, que esto relacionadas com as fases do empreendimento e

    so concedidas pelo rgo ambiental competente.

    Licena Prvia (LP) - Deve ser solicitada ao rgo ambiental na fase de planejamento daimplantao, alterao ou ampliao do empreendimento. Essa licena no autoriza a

    instalao do projeto, e sim aprova a viabilidade ambiental do projeto, bem como sua

    localizao e concepo tecnolgica. Alm disso, estabelece as condies a serem

    consideradas no desenvolvimento do projeto executivo.

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    Licena de Instalao (LI) - Autoriza o incio da obra ou instalao do empreendimento. Oprazo de validade dessa licena estabelecido pelo cronograma de instalao do projeto ou

    atividade, no podendo ser superior a 6 (seis) anos. Empreendimentos que impliquem

    desmatamento dependem, tambm, de "Autorizao de Supresso de Vegetao".

    Licena de Operao (LO) - Deve ser solicitada antes de o empreendimento entrar emoperao, pois essa licena que autoriza o incio do funcionamento da

    obra/empreendimento. Sua concesso est condicionada vistoria a fim de verificar se

    todas as exigncias e detalhes tcnicos descritos no projeto aprovado foram

    desenvolvidos e atendidos ao longo de sua instalao e se esto de acordo com o

    previsto nas LP e LI. O prazo de validade desta licena no pode ser inferior a 4(quatro) anos e superior a dez anos. Esta licena tambm tem que ser renovada

    periodicamente, inclusive para se verificar se todos os condicionantes para a operao

    esto sendo cumpridos.

    Para obteno destas licenas necessario seguir os seguintes passos:

    1 passo: Preencher e protocolar o FCE (Formulrio de Caracterizao do Empreendimento).

    Nesta fase do processo o empreendedor se apresenta ao rgo ambiental e caracteriza o seu

    empreendimento com todas as informaes necessrias.

    necessrio dirigir-se ao rgo ambiental para que o FCE seja protocolado e inicie-se o

    processo do licenciamento ambiental. Aps esse processo e gerado o FOBI (Formulrio de

    Orientao Bsica) para que sejam definidos os itens a serem contemplados para analise dostcnicos.

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    2 passo: Contemplar os itens do FOBI.

    O FOBI contm todos os documentos necessrios ao incio do processo de anlise para a concesso

    da Licena Ambiental, que so basicamente:

    a) Requerimento da Licena Ambiental, conforme modelo fornecido pelo rgo

    ambiental competente;

    b) Declarao da Prefeitura constando que o local e o tipo de empreendimento ou

    atividade esto em conformidade com a legislao aplicvel ao uso e ocupao do

    solo;

    c) Declarao do Corpo de Bombeiros atestando a adequao do empreendimento

    quanto ao combate a incndios;

    d) Documento comprobatrio da condio do responsvel legal pelo empreendimento

    (ex.: Contrato Social);

    e) Comprovante de pagamento de indenizao dos custos administrativos de anlise da

    Licena Ambiental;

    f) Elaborao do EIA/RIMA;

    g) Elaborao do PCAPlano de Controle Ambiental;

    h) Outorga do direito de uso da gua;

    3 Passo: Analise tcnica da documentao.

    Aps a obteno dos documentos, as informaes sero analisadas pelos tcnicos do rgo

    ambiental, que iro deferir ou indeferir a licena. Em alguns casos se v necessrio o pedido

    de informaes adicionais.

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    4 passo: Publicao da abertura de processo

    Se a sua licena for deferida, o rgo ambiental dever publicar a abertura do processo no

    Dirio Oficial do Estado constando o requerimento de Licena Ambiental.

    Sempre que forem formalizados processos de licenciamento com Estudo de Impacto

    Ambiental (Eia)/Relatrio de Impacto Ambiental (RIMA), o rgo ambiental publicar texto

    do Edital de Abertura de Prazo para realizao de Audincia Pblica (Artigo 3 da DN Copam

    12/94).

    Seguindo esses passos, consegue-se a primeira licena, ou seja, LP. Para conseguir a LI, oprocesso se inicia novamente, contemplando todos os passos acima e elaborando os

    documentos exigidos pelo Orgo Ambiental. Para que se consiga a LO, seguiremos os

    mesmos passos que utilizamos para conseguir a LI. Ao final de todo esse processo, e com

    todas as licenas concedidas o seu empreendimento esta qualificado para funcionar,

    lembrando que de fundamental importncia cumprir todas as condicionantes exigidas pelo

    rgo ambiental.

    Para se conseguir tais licenas necessria a apresentao do EIA/RIMA, do PCA e do

    PRAD, documentos descritos anteriormente, e a aprovao destes documentos pelo rgo

    ambiental competente.

    No caso deste empreendimento, importante saber que a Lei federal 6.938/81 atribui ao

    ESTADO competncia de licenciar as atividades localizadas em seus limites regionais, pelo

    fato do impactos ambientais se limitarem apenas ao municpio, porm no cabe a Secretaria

    de Meio Ambiente licenciar o empreendimento devida a classe do empreendimento.

    Em 1997, entrou em vigor a Resoluo CONAMA n 237, que teve por objetivo revisar e

    simplificar os procedimentos e critrios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a

    utiliz-lo mais efetivamente como instrumento de gesto ambiental.

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    importante, para mais fcil entendimento do licenciamento ambiental, analis-lo no

    contexto do processo de legalizao da atividade mineral, de acordo com os diferentes

    regimes.

    1 obter Autorizao de Pesquisa, junto ao Departamento Nacional de Produo Mineral

    DNPM.

    2 realizar a pesquisa mineral propriamente dita. O minerador dever apresentar no fim do

    prazo de pesquisa um Relatrio, constatando, ou no, a existncia de jazida mineral.

    3 obter registro no Departamento de Recursos Minerais

    4 obter a Licena Prvia (LP), que primeira licena ambiental necessria, junto a Secretaria

    Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentvelSEMAD.

    5 elaborar o EIA/RIMA.

    6 elaborar o Plano de Aproveitamento EconmicoPAE.

    7 requerer a concesso de lavra, junto ao Departamento Nacional de Produo Mineral -

    DNPM.

    8 obter a Licena de Instalao (LI) e a Licena de Operao (LO), junto a Fundao

    Estadual de Meio Ambiente. Para requerimento de LI e LO necessria a aprovao do PAE

    pelo DNPM.

    9 apresentar o Plano de Controle Ambiental PCA. Aps a aprovao do PCA, a Secretaria

    Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentvelSEMAD, conceder LI e LO.

    10 apresentar as Licenas de Instalao e Operao (LI e LO) ao DNPM, para publicao do

    Decreto de concesso de lavra.

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    Em seguida, devemos seguir o seguinte processo:

    1 obter autorizao do proprietrio do solo

    2 obter autorizao da Prefeitura (Licena)

    3 obter Registro de Licena, junto ao Departamento Nacional de Produo Mineral - DNPM

    4 obter Licena Prvia (LP), junto Secretaria Estadual de Meio Ambiente e

    Desenvolvimento SustentvelSEMAD.

    5 elaborar o Estudo de Impacto Ambiental e Relatrio de Impacto Ambiental-EIA/RIMA.

    6 obter Licena de Instalao (LI) e Licena de Operao (LO), junto SEMAD.

    7 elaborar o Plano de Controle Ambiental PCA. Aps a aprovao do PCA, a Secretaria

    Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentvelSEMAD conceder LI e LO.

    8 obter o Alvar da Prefeitura Municipal, aps a apresentao da concesso de LO pela

    Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentvelSEMAD.

    Pela anlise das duas tabelas pode-se constatar que o licenciamento ambiental e a atribuio

    de ttulos minerrios so de fato processos interligados e sucessivos, onde uma fase sucede

    anterior. Esta viso vai ao encontro do que foi discutido e proposto no processo participativo

    no sentido de que fundamental a coordenao entre os diferentes rgos responsveis porestes dois processos.

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    Para facilitar a compreenso do procedimento de licenciamento ambiental deste

    emprendimento minerario, segue de forma suscinta o fluxograma abaixo:

    Fluxograma 1: Processo de Licenciamento Ambiental Minerario

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    8. FECHAMENTO DO EMPREEDIMENTO

    O fechamento do empreendimento foi planejado em concordncia com a populao local e o

    poder pblico, baseado no cdigo brasileiro de minerao e nas leis ambientais em vigor.

    Foram consideradas a estabilidade qumica, biologia e fsica da rea afetada pela operao

    mineira.

    A rea degradada ser trabalhada e preparada de forma a fornecer para a populao local um

    condomnio, com toda infra-estrutura residencial e de lazer implantada. Com a recuperao

    natural do aqfero na regio da cava operacional, associado s chuvas locais, teremos a

    formao de um lago. Este reservatrio ir funcionar como regulador da umidade local, comorea de lazer para os condminos, bem como na regularizao e fornecimento de gua para

    toda a populao da regio afetada pelo empreendimento, visto a baixa disponibilidade hdrica

    da regio. Com estas aes tomadas atingimos o objetivo final que alcanar e demonstrar

    termos concludo com comprovado sucesso, todas as metas (legais, ambientais e tcnicas)

    propostas e acordadas com a populao e autoridades no plano de fechamento de mina.

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    9. CONCLUSO

    Com este trabalho interdisciplinar verificamos que no existe a menor possibilidade de

    implantar um empreendimento sem que haja a interao entre as disciplinas abordadas, pois

    para a instalao deste gera-se um grande impacto poluidor, da a necessidade da

    multidisciplinariedade para que tenhamos um empreendimento que mantenha-se de forma

    sustentvel e que se empenhe em prol da mitigao dos impactos ambientais.

    Tambm e fato que caso o empreendimento no fosse fictcio, seria de grande importncia

    para a populao da cidade estudada, pois apesar do grande potencial poluidor, geraria um

    grande crescimento economico ao municpio, ficando a cargo da administrao pblica nodeixar que a economia da cidade se torne um enclave economico devido ao empreendimento.

    Vislumbra-se com o trabalho interdisciplinar o grande conhecimento acadmico absorvido

    por nos futuros engenheiros ambientais, pois no mercado de trabalho casos como este sero

    rotira no nosso dia-a-dia.

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    10. REFERNCIAS

    ALMEIDA, Humberto Mariano de. Minerao e Meio Ambiente na Constituio

    Federal. So Paulo: LTr, 1999.

    ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. Rio de Janeiro: Editora Lemen Juris,

    7a. ed. revistada, ampliada e atualizada, 2004.

    BARRETO, M. L. Minerao e desenvolvimento sustentvel: desafios para o

    Brasil. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2001. 215p.

    BITTAR, O.Y. Aspectos geolgicos na recuperao de reas degradadas por atividade de

    minerao. 1995. / Curso proferido junto a UNICAMP, 1995: Impacto Ambiental na

    Minerao - Instrumento de Gesto.

    BRAGA T.O. et al. Auditoria ambiental, uma proposta para empreendimentos mineiros.

    Instituto de Pesquisas Tecnol gicas, Boletim 69, So Paulo, 1996.

    BRASIL - Departamento Nacional da Produo Mineral. Anurio Mineral Brasileiro. 2001.

    Brasil/MME/SME/DNPM, Braslia.

    DE JORGE, F. N. Avaliao do desempenho ambiental - proposta metodolgica e diretrizes

    para aplicao em empreendimentos civis e de minerao. So Paulo: Escola Politcnica,

    Universidade de So Paulo, 2001. (Tese de Doutorado).

    DERANI, Cristiane. Direito Ambiental Econmico. So Paulo: Max Limonad, 1997.

    INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS

    RENOVVEIS. Manual de recuperao de reas degradadas pela minerao: tcnicas de

    revegetao. Braslia, 1990. 96 p.

    MARTINS, Nildred Stael Fernandes, Dinmicas Urbanas e Perspectivas de Crescimento Itabira-MG, Belo Horizonte: UFMG/CEDEPLAR, 2003. 113 p.

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    46 MELLO, Edimia Maria Ribeiro, Minerao de Ferro e Enclave: Estudo de Caso da

    Companhia Vale do Rio Doce, IX Seminrio da Economia Mineira, 2000. 24 p.

    SALOMO, F.X.T.; IWASA, O.Y. Eroso e a ocupao rural e urbana. In: Associao

    Brasileira de Geologia de Engenharia. Curso de geologia aplicada ao meio ambiente. So

    Paulo: ABGE, 1995. p. 31-57. (Srie meio ambiente).

    SNCHEZ. L. E. Sistemas de gesto ambiental. Apostila didtica de aulas. Curso ministrado

    na Escola Politcnica, Universidade de So Paulo, 2001.

    Sites consultados:

    www.agroanalysis.com.br (acessado em 18/11/2009 s 11:45)

    www.ana.gov.br (acessado em 10/11/2009 s 10:10)

    www.h2oeco2.com.br (acessado em 18/11/2009 s 10:30)

    www.portalvermelho.com.br (acessado em 19/11/2009 s 09:20)

    www.jornaldepneumologia.com.br (acessado em 21/11/2009 s 23:25)

    www.saudeetrabalho.com.br (acessado em 22/11/2009 s 20:45)

    www.datasus.gov.br (acessado em 22/11/2009 s 18:05)