32
UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO CURSO DE LOGÍSTICA EMPRESARIAL INSTITUTO A VEZ DO MESTRE LOGÍSTICA EMPRESARIAL COLABORANDO PARA PRODUTIVIDADE ORGANIZACIONAL DAVI NEPOMUCENO BEZERRA MATRÍCULA: K202165 TURMA: k043 RIO DE JANEIRO JANEIRO/2011

UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

  • Upload
    others

  • View
    7

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

CURSO DE LOGÍSTICA EMPRESARIAL

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LOGÍSTICA EMPRESARIAL COLABORANDO PARA

PRODUTIVIDADE ORGANIZACIONAL

DAVI NEPOMUCENO BEZERRA

MATRÍCULA: K202165

TURMA: k043

RIO DE JANEIRO JANEIRO/2011

Page 2: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LOGÍSTICA EMPRESARIAL COLABORANDO PARA

PRODUTIVIDADE ORGANIZACIONAL

Aluno: Davi Nepomuceno Bezerra

Professor: Jorge Vieira

Monografia apresentada ao Curso de Logística

Empresarial do Centro Universitário da Cândido

Mendes, como requisito parcial à obtenção ao

título de formando em Logística Empresarial

RIO DE JANEIRO JANEIRO/2011

Page 3: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

3

SUMÁRIO

Introdução..........................................................................................................04

Capítulo I – Breve histórico da logística e do armazenamento..........................06

Capítulo II- O Processo Produtivo.....................................................................16

Capítulo III- Produtividade Como Resultado Estratégico...................................21

Capítulo IV- Logística Um Processo Estratégico...............................................23

Capítulo V- A Logística Empresarial como Influência na Produtividade............26

Conclusão..........................................................................................................30

Referências bibliográficas..................................................................................31

Page 4: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

4

Introdução

O trabalho consiste em estudos elaborados pelos grandes pensadores

na área logística tentando buscar um melhor entendimento nas estratégias de

treinamento e influências na produtividade organizacional. O presente trabalho

tem por objetivo, verificar como as estratégias de controle de estoque

influenciam na produtividade de uma organização.

A produtividade é um ponto forte para qualquer tipo de empresa, é nela

que as empresas tentam se manter no atual mercado de trabalho aumentando

a produtividade de uma organização. Não basta aumentar a capacidade

produtiva ou mão de obra “empregados”. Deve-se agregar pela satisfação do

cliente, ao menor custo, melhor qualidade dos seus produtos, buscando um

melhor armazenamento de mercadorias dentro do estoque, atualizar

procedimentos ou maneiras de trabalhar através de treinamentos.

Cabe a logística empresarial num mundo tão competitivo em matéria de

novos produtos, entender e desenvolver sistemas de treinamentos e produção

ao longo dos tempos sempre buscando num único foco “sobrevivência”.

Diante dessa nova realidade, as empresas brasileiras a exemplo do que

acontecem com americanas e européias, estão fazendo de tudo, ou quase tudo

para se reinventar com a reengenharia, redesenharam e automatizaram seus

processos. Apelaram para o downsizing e enxugaram suas estruturas,

fechando fábricas, desativando operações defeituosas e cortando empregos.

Investiram em máquinas modernas e lançaram novos produtos no mercado

numa velocidade nunca vista.

A partir das conclusões sobre as observações de Taylor que menciona

que a fragmentação do trabalho e sua mecanização têm muitas implicações,

nos processos constitui-se o conceito de que a especialização de profissionais

para as tarefas específicas resultam em aumento de produtividade e o controle

minimiza a irregularidade.

O objetivo da pesquisa é elucidar a importância do controle de

mercadorias, através do qual baseia-se não afinar a especialização do

indivíduo, mas também sua capacidade de estocar mercadorias reduzindo

gastos com quebras e garantindo um maior controle de qualidade de seus

produtos na hora de armazená-los.

Page 5: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

5

Com relação a sua metodologia, trata-se de uma pesquisa descritiva,

visto que tem por finalidade, mostrar a necessidade do treinamento e as etapas

do seu processo desde a identificação por parte da organização da

necessidade do indivíduo até a avaliação dos resultados.

Page 6: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

6

Capítulo I- Breve histórico da logística e do armazenamento

Historicamente, a logística tem suas bases no militarismo. O

planejamento quanto ao suprimento e movimentação de tropas, entre outros,

traçava os primeiros sinais logísticos, ainda que restritos ao lugar onde se

travavam as batalhas. As guerras têm sido ganhas e perdidas através do poder

e da capacidade da logística, ou a falta deles.

Na Segunda Guerra Mundial, a logística também teve um papel

preponderante. A invasão da Europa pelas forças aliadas foi um exercício de

logística altamente proficiente. O exemplo mais recente do papel fundamental

da logística em situações de guerra foi a Guerra do Golfo em 1991, onde todo o

planejamento logístico demorou mais do que a própria guerra.

Entretanto, enquanto os generais e marechais compreenderam o papel

crítico da logística, estranhamente, somente num passado recente as

empresas reconheceram o impacto vital que o gerenciamento logístico pode ter

na obtenção de vantagens competitivas, (Christopher, 1997). Após a Segunda

Guerra Mundial começaram os primeiros estudos sobre as necessidades

logísticas das organizações empresariais.

Segundo Demaria (2004), na década de 50 iniciaram-se estudos mais

específicos sobre a sistemática dos problemas logísticos nos meios industriais

e comerciais. Durante mais de trinta anos a logística empresarial vem sendo

tratada de forma metódica, ajudando a resolver problemas ligados à

armazenagem, transporte e distribuição de produtos e insumos, bem como

problemas de localização e dimensionamento dos meios disponíveis.

De acordo com Ballou (1993), o problema a ser enfrentado pela logística

é diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os

consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem e na condição

física que desejar.

Entretanto, atualmente a complexidade dos processos logísticos não se

limita somente aos problemas de princípio; os sistemas de produção flexível e

a modernização das técnicas mercadológicas remodelaram os princípios da

base logística. Com isso, a logística vem ganhando diferentes definições, o que

gerou uma crescente amplitude de escopo, experimentada ao longo do tempo.

Page 7: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

7

Na Tabela 2.1, Zuffo (1998) mostra a evolução história do conceito de

logística.

Pode-se perceber que, ao mesmo tempo em que a função logística é

enriquecida em atividades, ela também deixa de ser uma característica

meramente técnica e operacional, ganhando conteúdo estratégico.

Segundo Zuffo (1998), isso pode ser percebido na segunda fase

mostrada na Tabela 2.1, quando a função logística passa a englobar processos

de negócios fundamentais para a competitividade empresarial. Nessa fase, a

estrutura integrada da logística passa a orquestrar toda a cadeia de

abastecimento, da entrada da matéria-prima até a entrega do produto final.

Mas esse conteúdo estratégico só fica patente na terceira e quarta fases

(Tabela 2.1), nas quais a participação da logística nas mais importantes

decisões empresariais é ressaltada.

Esse caráter estratégico fica claro na definição de logística dada pelo

Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP, 2005): “Logística

é a parte da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla a

eficiência dos fluxos, direto e reverso, e a armazenagem de produtos, bem

como os serviços e informações associadas, cobrindo desde o ponto de

origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do

Page 8: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

8

consumidor”, pois menciona a integração de todas as funções, ressalta o foco

no cliente e, indiretamente, transmite uma visão sistêmica.

De acordo com o Relatório de Pesquisa CEL / COPPEAD (2006), os

custos logísticos no Brasil representaram, em 2004, 12,75% do PIB, enquanto

que nos Estados é de 8,19%. Isto nos dá uma idéia de quanto o setor ainda

pode se desenvolver no país.

Um fator importante a ser destacado é a vantagem competitiva que os

investimentos logísticos podem trazer à empresa, pois, segundo Christopher

(1997), uma posição de superioridade duradoura sobre os concorrentes em

termos de preferência do cliente pode ser alcançada através da logística. A

fonte desta vantagem é encontrada primeiramente na capacidade da

organização diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente e, em

segundo lugar, pela sua capacidade de operar a baixo custo.

Percebe-se na quarta fase mostrada na Tabela 2.1 que a logística está

figurando com um conceito integrador, abrangendo toda a cadeia, desde a

aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo. Com isso, o desafio do

gerenciamento logístico é uma questão fundamental. Para Christopher (1997),

a problemática da logística encontra-se em ligar o mercado à rede de

distribuição, ao processo de fabricação e à atividade de aquisição, de tal

maneira que os clientes sejam servidos com níveis cada vez mais altos de

serviços, ainda assim mantendo os custos mais baixos.

Ballou (1993) diz que a relevância da logística é influenciada diretamente

pelos custos associados a suas atividades. Fatores de peso influenciam o

incremento dos custos logísticos, sendo os mais relevantes: o aumento da

competição internacional, as alterações populacionais, a crescente escassez

de recursos e a atratividade cada vez maior de mão-de-obra no terceiro mundo.

Doring (1998), apud Demaria (2004), propõe um pensamento bastante

direto sobre a problemática, considerando que o problema logístico é

proporcionar os meios ou os recursos de toda a natureza necessários à

aplicação do poder da empresa em operações comerciais especificas ou nas

de caráter contínuo, enfim, nas operações de negócio.

Um dos problemas logísticos mais atuais é a diminuição cada vez maior

do ciclo de vida dos produtos, devido principalmente às constantes inovações

tecnológicas associadas à demanda explosiva e mutante que, combinadas,

Page 9: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

9

produzem mercados voláteis onde um produto pode ficar obsoleto quase tão

logo seja lançado.

Atividades logísticas e níveis de serviço (Ballou, 1993):

As implicações deste problema diante do planejamento são muito

grandes. Segundo Christopher (1997), existem três pontos-chave importantes

para a melhoria do gerenciamento logístico:

• Encurtar o fluxo logístico – as principais questões apontadas neste

nível são os tempos de produtos em trânsito e a manutenção de estoques, uma

vez que a flexibilidade deve ser a palavra de ordem, contando com os

processos JIT (just-in-time) e maior parceria entre fornecedores.

• Melhorar a visibilidade do fluxo logístico – uma coordenação ruim

resultará numa falta de visibilidade do fluxo logístico. Deve ser promovida a

queda das barreiras organizacionais para a construção de estruturas voltadas

para o mercado, permitindo identificar, em tempo real, a situação de cada

estágio produzido pela empresa.

Page 10: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

10

• Gerenciar a logística como um sistema – encarar a complexidade

através de um processo de gerenciamento que reconheça os inter-

relacionamentos e interligações da cadeia de eventos que conectam o mercado

fornecedor ao destinatário.

A globalização da indústria trouxe o conceito do gerenciamento logístico

internacional para o centro da questão. Uma vez que a essência da logística é

a procura da administração do fluxo de materiais da fonte até o usuário, as

pressões e imposições de negociar numa escala global estão inevitavelmente

levando ao reconhecimento do papel fundamental do setor logístico.

Como foi visto nesta seção, a definição de logística é ampla, mas, em

essência, ela reflete uma preocupação com a necessidade de obter vantagem

competitiva em mercados que estão sujeitos a mudanças extremamente

rápidas. Nos mercados de hoje somente serão reconhecidas as organizações

que realmente forem capazes de proporcionar valor adicionado em escalas de

tempo cada vez menores (Christopher, 1997).

Um melhor nível de serviço em termos globais é um dos objetivos da

logística, mas esse não deve ser perseguido de forma a negligenciar os custos.

Este sim é um dos objetivos a serem perseguidos, procurando sempre a

solução técnica que torne mínimo o custo total, porém respeitando todos os

requisitos técnicos e de qualidade impostos ao sistema.

Uma questão básica do gerenciamento logístico é como estruturar

sistemas de distribuição capazes de atender de forma econômica os mercados

geograficamente distantes das fontes de produção, oferecendo níveis de

serviços cada vez mais altos em termos de disponibilidade de estoque e tempo

de atendimento.

Neste cenário, a atenção se volta para as instalações de armazenagem

e como elas podem colaborar para atender de forma eficiente as metas

estabelecidas de nível de serviço. Armazenagem, de maneira geral, pode ser

definida como a guarda temporária de produtos estocados para posterior

distribuição. Hong (1999) afirma que os produtos estocados tornam-se

fundamentais para o equilíbrio entre a demanda e a oferta. O nível do estoque

equilibra-se entre o menor possível para minimizar os custos, e um nível mais

alto para não haver falta de produto e conseqüente perda de venda. Um

estoque alto garante o pronto atendimento aos clientes, mas em compensação

Page 11: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

11

implica em custos de oportunidades e financeiros perdidos, já que o dinheiro

estará comprometido na forma de estoque.

A funcionalidade destas instalações dependerá da estrutura de

distribuição adotada pela empresa. Segundo Lacerda (2000), pode-se

classificar estas estruturas em dois grandes grupos:

• Estruturas escalonadas – uma rede de distribuição escalonada típica

possui um ou mais armazéns centrais e um conjunto de armazéns ou

centros de distribuição avançados próximos das áreas de mercado.

• Estruturas diretas – são sistemas de distribuição onde os produtos

são expedidos de um ou mais armazéns centrais diretamente para os clientes.

Segundo Ballou (2001), as atividades de estocagem e de manuseio de

materiais contabilizam aproximadamente 25% do custo logístico, excluindo-se

o custo de movimentar estoques. Dessa despesa, aproximadamente 50% é

para mãode-obra, 25% é para o espaço e o restante é para a energia,

equipamento, material e outros.

Negligenciar o controle efetivo dessas atividades pode resultar em

ineficiências que excedem os ganhos do bom gerenciamento de atividades

chave, tais como o transporte, a manutenção de estoque e o fluxo de

informações. Muitas atividades de estocagem e de manuseio são repetitivas;

então, um gerenciamento cuidadoso pode produzir economias substanciais e

melhorias no serviço ao cliente ao longo de um período de tempo.

Inicialmente, os depósitos eram considerados instalações de estocagem,

necessárias para executar operações básicas de comercialização.

Funcionavam como unidades estáticas, localizadas ao longo do fluxo de

materiais e de produtos, necessárias para colocar os produtos ao alcance

oportuno de consumidores.

Bowersox (2001) diz que um depósito é considerado, geralmente, um

local onde são guardados estoques de materiais e de produtos. No entanto, em

muitos sistemas logísticos, o depósito é considerado mais como uma

instalação de processamento do que um simples local de guarda de

mercadoria.

Ainda de acordo com Bowersox (2001), logo após a Segunda Guerra

Mundial, a atenção gerencial voltou-se para o aumento da eficiência dos

Page 12: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

12

depósitos. Com o avanço das técnicas de previsão e de programação, foi

reduzida a necessidade de formação de estoque excessivo. A produção tornou-

se mais coordenada, devido à diminuição dos tempos de processos de

fabricação.

Nas décadas de 60 e 70, foi dada ênfase ao uso de novas tecnologias

em depósitos. A tecnologia afetou quase todas as áreas de operação de

depósitos e proporcionou novos e melhores procedimentos e técnicas de

armazenagem e manuseio. Na década de 80 os esforços concentraram-se em

tecnologias de manuseio e de aperfeiçoamento da configuração de sistemas de

armazenagem.

Dos anos 90 até os dias atuais, a atenção aos depósitos tem-se

concentrado em flexibilidade e no uso de tecnologia de informação. A

flexibilidade é necessária para responder às crescentes exigências de clientes

quanto a produtos e características de entrega. Tecnologias avançadas de

informação atendem, em parte, à necessidade de flexibilidade, à medida que

possibilitam aos operadores de depósitos capacidade de resposta rápida às

mudanças, e possibilitam a avaliação de desempenho sob uma ampla faixa de

condições (Ackerman, apud Bowersox, 2001).

Com estas novas características os depósitos passam a ter uma visão

mais estratégica dos processos de armazenagem. As principais vantagens da

armazenagem estratégicas são de natureza econômica e de serviços.

As vantagens econômicas relativas à armazenagem advêm da redução

direta de custos logísticos, em função da quantidade de instalações. Quando,

por exemplo, a adição em um depósito a um sistema logístico reduz o custo de

transporte num valor maior que os custos fixos e variáveis do depósito, isso

significa que haverá redução do custo total. Bowersox (2001) cita que as quatro

vantagens econômicas básicas advêm de:

1. Consolidação de Cargas – A vantagem está refletida em fretes

menores e na eliminação de congestionamento em áreas de recebimento de

mercadorias em instalações de clientes. O depósito permite que a

movimentação de materiais e de produtos possa ser consolidada em

embarques maiores.

2. Break Bulk e Cross-Docking – Estas operações de carga são similares

às operações de consolidação, exceto pelo fato de que não existe estoque de

Page 13: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

13

produto. Numa operação break bulk são recebidas do fabricante quantidades

para atender a diversos clientes, e essas quantidades são separadas e

enviadas a clientes individuais. O crossdocking é similar, exceto pelo fato de

envolver mais de um fabricante. Nesse caso, chegam carretas completas de

produtos de vários fabricantes, em seguida, são literalmente movimentados de

uma plataforma a outra, para serem levados em veículos que os levarão aos

clientes. As vantagens econômicas destas operações decorrem da redução de

manuseio, pois os produtos não são estocados; e do uso mais eficiente da área

de carregamento.

3. Processamento / Adiantamento – Os depósitos podem também ser

utilizados para postergar ou adiar a produção, desempenhando atividades

leves de fabricação ou processamento. Um depósito com capacidade para

embalar e etiquetar produtos, por exemplo, permite a postergação de

acabamento final de produtos até que o destino deles seja conhecido. A

combinação de menor risco com menor estoque freqüentemente reduz o custo

total do sistema logístico, mesmo quando o custo de embalar no depósito é

maior que o custo de embalar na fábrica.

4. Formação de Estoque – Qualquer vantagem econômica do serviço de

armazenagem não se compara, todavia, com a vantagem da possibilidade de

formação de estoque sazonal, essencial a certos tipos de negócios.

As vantagens de serviço para o sistema logístico, que podem ser obtidas

com a utilização de depósitos, não estão necessariamente relacionadas com a

redução de custos. Quando a existência de depósitos se justifica,

principalmente pela prestação de serviços, as vantagens advêm de melhorias

ligadas a tempo e localização. Do ponto de vista conceitual, a lógica para

existência de depósitos justificada pela prestação de serviço estaria

condicionada a sua contribuição positiva para o lucro. Do ponto de vista

operacional, o problema está em avaliar o impacto direto sobre as receitas.

Existem cinco vantagens básicas de serviço que podem ser obtidas por meio

da armazenagem (Bowersox, 2001):

1. Estoque ocasional – Fábricas com linhas de produção limitadas ou

altamente sazonais são as principais usuárias desse serviço. Em vez de

acumular estoque em depósitos durante o ano inteiro ou efetuar as entregas

diretamente das fábricas, pode-se reduzir o prazo de entrega

Page 14: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

14

substancialmente, levando o estoque para perto de mercados estratégicos. A

utilização de depósitos para estoque ocasional permite a colocação de estoque

adjacente a clientes chave, pouco antes do pico de vendas sazonais.

2. Sortimento – Depósitos que prestam serviço de sortimento estocam

certa variedade de produtos em antecipação aos pedidos de clientes. Os

sortimentos podem conter múltiplos produtos de diferentes fabricantes, ou

serem compostos segundo o desejo especifico dos clientes. Depósitos com

esse tipo de serviço proporcionam vantagens, à medida que reduzem o número

de fornecedores com os quais os clientes têm que tratar.

3. Combinação – Esse serviço é similar ao serviço de break bulk, exceto

pelo fato de envolver cargas de fabricantes diferentes. Quando as fábricas são

separadas geograficamente, o custo de transporte e as necessidades de

armazenagem podem ser reduzidos pela combinação de cargas em trânsito,

isto é, em depósitos de transbordo. Nesse caso, são envolvidas carretas

fechadas das fábricas para os depósitos, beneficiando-se de taxas de frete

reduzido. As economias conseguidas com essa modalidade são obtidas em

razão de tarifas especiais de fretes. Depósitos de transbordo que fazem

combinação de produtos em trânsito contribuem para a redução efetiva de

estoques em sistemas logísticos.

4. Apoio à Produção – Os aspectos econômicos da produção podem

justificar grandes lotes de fabricação de certos componentes. A armazenagem

de apoio à produção proporciona fluxos constantes de componentes e de

materiais para os setores de montagem das fábricas. Nessas situações, bem

como em outras, a solução mais econômica, no que diz respeito ao custo total,

pode estar em serviços de apoio à produção executados por depósitos, para

alimentar setores de montagem com materiais processados, componentes e

subconjuntos, de forma econômica e em tempo hábil.

5. Presença no Mercado – Embora a vantagem de manter presença no

mercado não pareça tão óbvia como outras vantagens de serviço, ela é

freqüentemente citada por gerentes de marketing como uma grande vantagem

de depósitos locais. Estes depósitos aumentam a participação no mercado e,

potencialmente, aumentam a lucratividade das empresas. A existência de

depósitos locais como fator de presença no mercado é polêmica e, realmente,

não existem pesquisas relevantes que confirmem sua utilidade.

Page 15: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

15

De acordo com Lacerda (2000), a definição do posicionamento e da

função das instalações de armazenagem é uma decisão estratégica. É parte

de um conjunto integrado de decisões, que envolvem políticas de serviço ao

cliente, políticas de estoque, de transporte e de produção que visam prover um

fluxo eficiente de materiais e produtos acabados ao longo de toda a cadeia de

suprimentos. A funcionalidade das instalações de armazenagem reflete estas

decisões através do que se pode chamar de missão estratégica da

armazenagem.

Atualmente, essa missão tem passado por transformações profundas,

envolvendo serviços que vão muito além da tradicional estocagem de curto e

médio prazo. Essas mudanças são coerentes com as transformações por que

passa a logística. As empresas procuram cada vez mais agilizar o fluxo de

materiais, comprimindo o tempo entre o recebimento e a entrega dos pedidos

para reduzir os investimentos em estoque. Neste ambiente, o papel da

armazenagem está voltado para prover capacidade de resposta rápida e

muitos dos serviços executados visam justamente reduzir as necessidades de

estoque.

Como foi visto, existem muitos tipos de serviços que podem ser

prestados por depósitos, além da armazenagem tradicional. Muitos desses

serviços reduzem a própria necessidade da armazenagem. Segundo Bowersox

(2001), essa adaptação de serviços tradicionais de armazenagem às modernas

exigências de prestação de serviços e de redução de custos é um excelente

exemplo da logística.

Page 16: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

16

Capítulo II - O processo produtivo

O termo “produtividade” está correlacionado com a questão da

performance e agilidade durante o tempo de trabalho, acessível e segura no

tempo certo às nossas necessidades. Além disso, outro grande critério

determinante da produtividade organizacional, maior até do que a ausência de

defeitos é a preferência do consumidor. Sem ela, a sobrevivência de qualquer

empresa no mercado é impossível (Chiavenato, 1994, p. 76).

Aumentar a produtividade é produzir cada vez mais e/ou melhor, com

cada vez menos. Para aumentar a produtividade de uma organização, não

basta aumentar a quantidade produzida, deve-se agregar o máximo de valor

(satisfação das necessidades) ao menor custo. A produtividade é aumentada

pela melhoria da qualidade e este fato é de domínio de uma seleta minoria.

Para que haja uma melhoria de produtividade, devem-se considerar três

fatores internos de uma organização:

a) Aprimoramento de equipamentos e materiais (hardware);

b) Procedimentos ou maneiras de se fazer as coisas (software); e

c) Ser humano (humanware).

Portanto, se considerados apenas os fatores internos de uma

organização, a produtividade só pode ser aumentada pelo aporte de capital e

pelo aporte de conhecimento.

No entanto, o aporte de conhecimento e o aporte de capital têm

características distintas:

1) O aporte de capital tem retorno baixo, inseguro e variável; o aporte de

conhecimento tem altíssimo retorno e de difícil avaliação;

2) O aporte de capital pode ser feito em curto prazo de tempo; o aporte

de conhecimento é lento e gradual, pois o ser humano é limitado na sua

velocidade de aprendizado;

3) O aporte de capital sói depende da disponibilidade financeira; o aporte

de conhecimento depende da vontade das pessoas de aprender.

A atuação da logística na Produção pode ser dividida em dois grandes

grupos:

Page 17: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

17

1 - Projeto de Sistema de Produção

Projeto do Produto (desenhos, mock-up, rendering, protótipo, amostra)

Projeto do Processo de Fabricação (conhecimento pequeno de máquinas)

Seleção do Equipamento

Movimentação de Materiais

Análise de Métodos (ergonomia, tempos e movimentos)

Lay-out da Fábrica (células de produção, minifábricas)

Seleção de materiais (insp., recebimento, engenharia, qualidade)

2 - Projeto do Sistema de Controle

Operação do Sistema de Produção – (PCP + Estoques)

Controle de Estoques

Controle de Qualidade

Controle de Programação de Produção

Controle de Custo e Produtividade

Desenvolvimento e Modificações de Políticas

Fonte: Abrantes, JOSÉ. Programa 8s. Rio de Janeiro, 2001

A logística de sistema em processo de produção, portanto, num mundo

como o nosso tão dependente da abundância de novos produtos, cria nosso

modo de vida fundamental. (É um misto de comércio, economia, ciência e

tecnologia).

Entender o desenvolvimento dos Sistemas de Produção ao longo dos

tempos de acordo com (Porter, 1980, p. 77) é como entender a história da

própria humanidade.

O homem sempre idealizou produtos e serviços na medida de suas

necessidades, criando os equipamentos e máquinas.

Vale à pena salientar que esse método de produção tem como uma de

suas características, pela participação do profissional em todas as fases do

processo de produção, um alto grau de satisfação e identificação com o

produto.

Esse fato obrigou que os Sistemas de Produção contassem com um

posto de trabalho para inspeção dos produtos no final da linha de produção.

Posteriormente esses postos foram reproduzidos ao longo do processo de

Page 18: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

18

produção, numa tentativa de detectar a falha o mais próximo possível de sua

fonte. (Almeida, 2003, p. 87)

A globalização obrigou que se introduzissem diversas mudanças na

logística em sistemas de produção, a principal delas está sendo a ampliação do

conceito de qualidade na armazenagem do produto ou serviço.

Tradicionalmente julgávamos a controle de uma armazenagem de produto ou

serviço apenas pelo seu aspecto funcional. Hoje o conceito modificado de

qualidade incorpora, quando pouco, os conceitos de preço, prazo e entrega e

estrutura de serviços que se coloca a disposição do cliente no pós-venda.

No Brasil, estas mudanças vem penalizando seriamente alguns setores

da economia, acostumados à proteção do Estado e ao despreparo do

consumidor. Estes conceitos estão desaparecendo rapidamente. Estamos no

domínio da competitividade, do custo mundial e da qualificação profissional. O

Brasil, apesar das dificuldades adicionais que se vê obrigado a enfrentar, como

os encargos sociais na contratação de empregados, desproporcional carga de

tributos, dificuldades na política de exportação, estrutura de transportes

ultrapassada e cara (fatores que nos acostumamos a chamar genericamente

de “Custo Brasil”), vem respondendo bem, tornando-se, por exemplo, o País

onde se emitem o maior número de Certificados de ISO 9000,

proporcionalmente ao seu número de empresas em todo o mundo. (Hanks,

2009)

A área de produção seja ela voltada para o setor de armazenagem ou

mais recentemente de serviços é desafiante e normalmente decide o sucesso

ou o fracasso de uma empresa.

Dentro desse panorama o que se espera da logística empresarial, ligado

à área de produção, é que seja conhecedor do mercado em que está atuando,

e esteja munido de informações em número suficiente para tomar as

constantes decisões que lhe serão solicitadas.

Seguindo a linha de raciocínio de Hanks, existe uma lógica da

montagem de um Sistema de Produção completo e considerando que já

conhecemos:

a) As fases de Desenvolvimento do Produto que pretendemos produzir;

Page 19: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

19

b) Os aspectos que devemos levar em consideração na localização de uma

Empresa, estamos prontos para entrar em contato com o Desenvolvimento do

Processo de Produção deste produto.

O entendimento deste conceito nem sempre é imediato para aqueles

com pouca ou nenhuma experiência em indústrias, porém pense numa

atividade qualquer que esteja acostumado a executar, seja em seu escritório ou

mesmo em sua casa, e imagine-a sendo

1.2 Estabelecer Formas de Controlar os Resultados

O controle efetuado sobre cada operação tem por objetivo verificar se a

peça que está sendo armazenada está em conformidade com o previsto na

Folha de Operações daquele produto.

O controle é feito através de medições realizadas em determinadas

operações consideradas “chaves”. O resultado dessas medições é analisado

normalmente através de uma técnica chamada Controle Estatístico de

Processo, mais conhecida por C.E.P. (vista mais adiante). Através dos

resultados estatísticos o profissional de processo é capaz de verificar a

tendência das dimensões envolvidas no processo, mas podemos citar as duas

mais freqüentes que merecem destaque pata este estudo: (QS 9000

e Montgomery, 2001)

1) O superior hierárquico delega um problema sem expor

completamente a sua decisão sobre o problema antecedente; e

2) O superior hierárquico não percebe qual é o “problema mais geral”

que deve resolver.

A forma correta de resolver problemas no estoque de mercadorias inclui

questões de lógica de sucessão de problemas e também de comportamento

administrativo para preservar a postura hierárquica da empresa. De acordo

com Montgomery apresentamos três critérios (2001, p. 51)

1) Começar pela solução dos “problemas mais gerais” seguindo até os

problemas de detalhes;

2) Rever o conjunto das diversas decisões do nível mais alto para

certificar-se de que elas são compatíveis; e

Page 20: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

20

3) A alta administração escolhe os problemas e reserva para si mesma

em quais problemas ela deseja participar.

Page 21: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

21

Capítulo III- Produtividade como resultado estratégico

É um conjunto de regras de tomada de decisão para orientação do

comportamento de uma organização. A estratégia surgiu como ferramenta para

a orientação da dinâmica organizacional.

Neste contexto, de acordo com (Hara, 2005, p. 23) à Implantação da

Logística Estratégica, são possíveis quatro regras: mediação, desenvolvimento,

relações de processos e direcionamento.

Resultados de medição de padrões de desempenho presentes e futuros,

ou seja, quando caracterizados por qualitativos são os objetivos e quando

quantitativos são as metas.

São estipuladas regras para as relações e dos processos internos na

organização, ou seja, conceito organizacional.

É incorreto considerar toda e qualquer estratégia como ação imediata,

pois ela estipula a direções gerais, visando o crescimento da empresa. A

finalidade da estratégia é gerar projetos estratégicos, através de um processo

de pesquisa, focalizando a necessidade em determinadas áreas seguida de

eliminação de possibilidades incompatíveis.

Durante a realização de pesquisas, pode ocorrer a identificação de

alternativas específicas, a seleção entre informações mais e menos precisas

podem acarretar em um questionamento da prudência da escolha original de

estratégia, portanto, faz-se extremamente necessário o feedback estratégico.

(Hara, 2005, p. 39)

Estratégia e objetivos são correlacionados quando em momentos

distintos e em níveis de organização diversas. Isto ocorre em situações de

atributos de desempenho, ou seja, há determinação dos objetivos bem como

estratégia. À medida que os objetivos e as estratégias vão sendo mais

detalhistas nos níveis de uma organização, percebe-se uma relação

hierárquica típica, isto é, os elementos da estratégia num nível gerencial mais

alto transformam-se em objetivos num nível inferior.

A logística empresarial é um processo de atividade pragmática orientada

para os resultados. Neste caso particular, ela procura através de resultados

estratégicos como descobrir a contribuição para o desempenho e melhoria na

armazenagem da empresa.

Page 22: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

22

Na maioria das empresas, a medição da eficácia de uma estratégia tem

trazido o seguinte resultado: as empresas têm tido e estão tendo êxito sem a

estratégia explicitamente enunciada, enquanto um número menor e crescente

tem se beneficiado da formulação deliberada de estratégias. (Juran, 1994, p.

26)

A coerência de comportamento e a coordenação ao nível organizacional

são conseguidas através da aprendizagem organizacional informal e da

adaptação.

Os novos operadores logísticos e trabalhadores são submetidos a um

estudo sobre a natureza do negócio, suas carreiras são desenhadas para uma

progressão gradativa pela empresa, o que os proporciona o acréscimo de um

entendimento vivencial e quase intuitivo das diretrizes estratégicas da empresa

(Novaes, 1989, p. 72).

Tais estudos favorecem estes profissionais de maneira a deixá-los aptos

a respostas quanto a mudança ambiental, tecnológica ou a concorrência. Pode-

se esperar que o profissional da área de pesquisa e desenvolvimento atue

coerentemente com os repositores de mercadorias e produção. O resultado

esperado é um crescimento organizacional coerente, no qual a estratégia

permanece estável e implícita. (Fleury, 1997, p. 31)

Page 23: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

23

Capítulo IV- Logística um processo estratégico

Um dos requisitos é o que haja mudanças rápidas e descontínuas no

ambiente de estoque de mercadoria e nas áreas de separação e produção da

empresa. Isto pode ser conseqüência da má organização do estoque de

mercados tradicionais, descobertas tecnológicas dentro ou fora da empresa, e

ou um fluxo repentino de novos concorrentes.

Na experiência, as tradições e as experiências organizacionais

existentes não serão mais suficientes para enfrentar as novas oportunidades e

ameaças. Na inexistência de uma estratégia unificadora, é quase assegurada

que diferentes áreas de uma organização desenvolvam respostas diferentes,

contraditórias e ineficazes (Juran, 1994, p. 38).

3.1- Controles de Estratégias

Dentro de vários processos estratégicos desenvolvidos pode-se chegar

a conclusão de que a estratégia escolhida não concedeu uma resposta firme,

fazendo com que o ambiente não evoluiu como se esperava, ou que ainda, a

estratégia escolhida pode acabar não sendo tão bem sucedida quanto havia

sido planejada (Novaes, 1989, p. 102).

Por intermédio da opção de comprometimento gradativo, há

oportunidades para rever a estratégia dentro da logística empresarial de uma

área de estratégia de negócios à medida que novos dados vão se tornando

disponíveis. Caso uma estratégia se revelar pouco promissora, ela poderá ser

reavaliada, antes de serem aplicados valores financeiros e psicológicos sobre

ela.

3.2- A Logística Estratégica

A logística estratégica é alcançada através de um processo sistemático

de análise e síntese, incluída no processo organizacional, baseando-se na

organização das melhorias obtidas no setor de armazenamento dos produtos

que estão cadastrados dentro do estoque até sua saída para área de venda

(Novaes, 1989).

Page 24: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

24

A análise de informações supera até mesmo o processo sistemático,

uma vez que, procura capacitar as pessoas a pensar estrategicamente,

visando uma modificação no comportamento daqueles que detém o poder de

decisão.

O planejamento estratégico é o processo que ocorre no nível estratégico

da estrutura da organização (geralmente a cúpula diretiva ou comitê reunindo a

alta gerência) e deverá nortear as atividades de planejamento que se estendem

a todos os níveis da empresa.

Definida a estratégia do tipo “relação produto-mercado”, converge-se as

exigências em termos de programação da produção, custos, tecnologia

disponível, etc.

A maior dificuldade da logística é de estipular e prever a melhor

estratégia de longo prazo em um ambiente instável. As empresas situadas em

países que enfrentam grande instabilidade econômica com predomínio de

inflação constante costumam negligenciar a logística empresarial, buscando

decisões de curtos e médios prazos.

Fortalecendo a empresa atuando sempre em conjunto com a logística

empresarial de modo a ressaltar as suas qualidades existentes atentando a um

maior controle de estoque de mercadorias para sua melhor defesa contra as

forças competitivas.

Por meio de atitudes da logística estratégica, influenciar o equilíbrio das

forças, resultando numa melhoria no posicionamento da empresa.

De maneira a se antecipar aos rivais, buscar a melhor estratégia

apropriada ao novo equilíbrio, antecipando as mudanças nos fatores das forças

e responder a elas.

Ao enfrentar as cinco forças competitivas, faz-se o uso de duas

abordagens de um processo estratégico, cuja finalidade de acordo com a visão

de (Juran, 1994) é superar as outras empresas em uma indústria.

a) Liderança no custo total:

Uma posição de baixo custo produz para a empresa retorno acima da

média em sua indústria apesar da presença de intensas forças competitivas,

dando sempre apoio a armazenar produtos garantindo sua qualidade e

evitando um transtorno maior em relação a perdas por mau armazenamento de

produtos, podendo assim garantir um preço de mercado menor que dos outros

Page 25: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

25

concorrentes. A posição de custo dá a empresa uma defesa contra a rivalidade

dos concorrentes, porque seus custos mais baixos significam que ela ainda

pode obter retornos depois que seus concorrentes tenham consumido seus

lucros na competição.

b) Diferenciação:

Buscar oferecer uma diferenciação através do produto ou serviço

oferecido pela empresa. Estas diferenças podem estar descritas por meio de:

i) Projeto ou imagem da marca;

ii) Tecnologia;

iii) Peculiaridades;

iv) Serviços sob encomenda;

v) Rede de fornecedores;

vi) Controle maior na armazenagem;

vii) Controle de qualidade dos produtos;

vii) Redução de quebras, avarias; e

viii) Maior cuidado na separação dos produtos armazenados.

Page 26: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

26

Capítulo V-A logística Empresarial como influência na

produtividade

A área da logística empresarial por ser um departamento de grande

importância dentro de uma organização, exerce função de vital importância que

interfere no bom andamento da empresa. Este departamento por sua vez,

trabalha com o colaborador de diversas áreas, buscando e desenvolvendo

constantemente e atuando em diversos pontos problemáticos da empresa e

visa melhorar o desempenho profissional que se encaixe de acordo com os

requisitos esperados e buscando o seu principal desafio a produtividade

(Browersox, 1978, p. 29)

A logística empresarial trabalha num processo nos quais percebem-se

suas habilidades apropriadas para os seus trabalhos, se os profissionais estão

tendo um desempenho eficaz.

A partir do desenvolvimento de um parâmetro para as respostas

adquiridas, a logística será capaz de avaliar os pontos fracos e fortes da

organização. Deve ser dada ênfase especial à influência da produtividade do

estoque de mercadorias na organização em face das necessidades futuras.

(Hanks, 2009, p. 93)

O elemento essencial em muitos programas de controle de estoque é o

conteúdo: repartir informações entre os setores como um corpo de

conhecimentos. Normalmente, as informações são genéricas com ênfase em

informações sobre o trabalho sobre a empresa, produtos, serviços, organização

e políticas, regras e regulamentos, etc (Abrantes, 2001, p. 72).

Geralmente mudança de atitudes negativas para atitudes mais

favoráveis entre os trabalhadores, aumento de motivação, desenvolvimento da

sensibilidade do pessoal de gerência e de supervisão quanto aos sentimentos

e reações das outras pessoas.

Também pode envolver aquisição de novos hábitos e atitudes,

principalmente em relação a clientes ou usuários (como é o caso de

treinamento de separadores, repositores, de balconistas, etc) ou técnicas de

vendas. (Browersox, 2001, p. 16)

A análise da logística empresarial como a determinação onde dentro da

organização se deverá dar ênfase aos trabalhadores. Neste sentido, a análise

Page 27: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

27

logística deverá verificar todas as espécies de fatores (como planos, força de

trabalho, dados de eficiência organizacional) capazes de avaliar os custos

envolvidos e os benefícios esperados do processo logístico em comparação a

outras estratégias capazes de atingir os objetivos para a reformulação do

estoque de mercadorias, e assim determinar o novo método a ser utilizado na

separação desses produtos e armazenamento dos mesmos.

Ao nível de influenciar diretamente na minha produtividade dentro do

controle de mercadorias, ocorre muita dificuldade não só na identificação das

necessidades da separação do produto, como também na definição dos

armazenamentos desses produtos. Partindo-se da premissa de que o processo

de separação e armazenamento desses produtos tem de ser revistos e

reorganizados contendo uma melhor descrição é uma identificação visível para

obter uma resposta na estrutura de minha necessidade maior que é atribuir

essas melhorias a produtividade, habilidades ou atitudes.

Se houver necessidade de uma análise logística dentro da organização

para fins de avaliar o nível profissional para a área de produção, expedição e

separação de mercadorias para necessitar de um exame minucioso dos

objetivos fixados, da sua clareza e da sua coerência, uma análise da logística

empresarial procura-se verificar se os trabalhadores são suficientes quantitativa

e qualitativamente para as atividades atuais e futuras da organização

(Abrantes, 2001).

Trata-se aqui da análise de força de trabalho: o funcionamento

organizacional pressupõe que os empregados possuam as habilidades,

conhecimentos e atitudes desejadas pela organização. Além disso, é

igualmente importante determinar se os empregados devidamente

posicionados são capazes de acompanhar os novos procedimentos a serem

implantados na organização, a fim de ajudarem a manter um ótimo nível de

qualidade em seus trabalhos para ajudar a empresa a ter grandes lucros e

obter uma produtividade melhor dos que a empresa alcançava, ou se torna

necessária a aquisição de pessoal novo (Deming, 1990, p. 69).

Essa análise pode ser feita de acordo com a necessidade da empresa e

o quanto de melhorias foram implantados dentro da logística, a fim de retornar

essa produtividade, recomenda a análise junto aos gestores ou responsáveis

Page 28: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

28

pelo setor contendo a seguinte pergunta, através do exame dos seguintes

dados para cada cargo: (Deming, 1990, p. 89)

a) Número de empregados na classificação dos cargos;

b) Número de empregados necessários na classificação dos cargos;

c) Idade de cada empregado na classificação dos cargos;

d) Nível de qualificação requerido pelo trabalho de cada empregado;

e) Nível de conhecimento requerido pelo trabalho de cada empregado;

f) Atitude de cada empregado em relação ao trabalho e à empresa;

g) Nível de desempenho quantitativo e qualitativo de cada empregado;

h) Nível de habilidade de conhecimento de cada empregado para outros

trabalhos;

i) Potencialidades do recrutamento interno; e

j) Potencialidade do recrutamento externo.

Verificar onde haja evidência de trabalho ineficiente, como excessiva

quebra de equipamento, atraso em relação ao cronograma, perda excessiva de

matéria-prima, número acentuado de problemas disciplinares, alto índice de

ausência, turmover elevado, etc.

Determinada a natureza das habilidades, conhecimentos ou

comportamentos terminais desejados como resultado a logística empresarial, o

próximo passo é a escolha das técnicas a serem utilizadas para melhor atender

as necessidades do controle de estoque no sentido de otimizar a

aprendizagem, ou seja alcançar o maior volume de aprendizagem com o menor

dispêndio de esforço, tempo e dinheiro.

A rotatividade para o controle de mercadorias implica trocar os

trabalhadores de um cargo para outro, de modo a poderem ampliar suas

experiências e se familiarizar com os vários aspectos das operações fazendo

não só o que o empregado tenha mais atenção, mas passando uma certa

responsabilidade ao mesmo, fazendo com que ele se sinta importante para a

organização (Fleury, 1997).

Com a introdução correta do funcionário no seu novo trabalho é possível

conseguir vantagens, como:

a) Redução do tempo perdido pelo empregado; ao regressar, ele recebe

informações gerais de que necessita sobre a empresa, como normas,

Page 29: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

29

regulamentos e procedimentos que afetam e sobre o cargo que irá ocupar, da

maneira mais racional, para que o seu ajustamento seja o mais rápido;

b) Redução no número de demissões ou de ações corretivas que se

possam afetar, graças ao desconhecimento dos regulamentos da empresa e

das conseqüências penalidades advindas de sua violação;

c) Fornecimento, ao supervisor, de uma oportunidade de explicar ao

novo empregado sua posição real na organização, antes que ele seja

informado erroneamente a respeito; e

d) Fornecimento de uma arma segura ao novo empregado para vencer o

medo do desconhecido que, em geral, a todos que se vêem em face de uma

nova situação que poderá dificultar o alcance de sua produção ideal; ele é

instruído de acordo com os requisitos definidos na descrição do cargo que irá

ocupar.

Para que o funcionário se torne realmente eficiente, deverá ser um

processo racional, obedecendo a uma programação geral que interesse aos

empregados e à empresa concomitantemente.

Com tudo isso, o cliente sai ganhando. Isto faz parte integrante da

competitividade empresarial e nos traz um bem maior na incansável busca para

influenciar na produtividade da organização.

Page 30: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

30

Conclusão

O presente trabalho refere-se à logística empresarial causando

influências na produtividade organizacional, visando auxiliar e melhorar o

entendimento de processos e encontrando alguns pontos diferenciados,

facilitando a escolha de procedimentos e recursos que ajudem a solucionar

problemas que, por ventura, surjam no dia-a-dia do trabalho profissional.

Mostra o quanto é importante a organização apresentar soluções

organizacionais, focando-se em procedimentos estratégicos onde a principal

importância é a influência da produtividade organizacional.

Contudo, nos demais capítulos procuro mostrar um melhor entendimento

nos procedimentos estratégicos de desenvolvimento no estoque de

mercadorias, trazendo benefícios para a empresa através de seus resultados,

procurando facilitar e minimizar problemas que possam surgir na sua rotina

diária de trabalho.

A partir das conclusões sobre as observações apresentadas pelos

grandes nomes da logística empresarial, que menciona a fragmentação do

trabalho e suas maneiras de trabalhar com os processos, isso constitui-se o

conceito de especificação profissional onde é de extrema importância destacar

e esclarecer normas e criar novos métodos para que os funcionários tendem a

vir melhorar suas rotinas através dos processos estratégicos de treinamento

adotados.

As empresas não percebem ainda que, em uma época de complexidade

como a que vivemos, o contraponto aos desafios é a criação de uma

consistente inteligência competitiva para qual é a base de tudo. Algumas

diretrizes e estratégias são muito importantes e têm sido visualizadas por uma

pequena minoria.

Page 31: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

31

Referências Bibliográficas

ABRANTES, José. Programa 8s. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em

www.aedb.br/seget/artigos08/372_SEGET2008.pdf, consultado em 08/10/2010

HARA, Celso Minoru. Logística: Armazenagem, Distribuição e Trade

Marketing. Editora: Alínea, 2005.

ALMEIDA, Leo G. Gestão de processos e a gestão estratégica. Rio de

Janeiro: Qualitymark, 2003.

BALLOU, Ronald H. Basic business logistics: transportation, materials

management, physical distribution. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall,

c1978.

BOWERSOX, Donald J. Logistical management: a systems integration of

physical distribution management and materials management. 2nd ed. -

New York: Mcmillan, c1978.

BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo

de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. São

Paulo: Makron Books, 1994.

DEMARIA, Rusel. The 7th guest: the official strategy guide. Rocklin, Calif.:

Prima Pub., 1993.

DEMING, W. Edwards (William Edwards). Qualidade: a revolução da

administração. Rio de Janeiro: Marques - Saraiva, 1990.

FLEURY, Maria Tereza Leme. Aprendizagem e inovação organizacional: as

experiências de Japão, Coréia e Brasil. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

HANKS, Jonathon. Convenor ISO 26000. Disponível em:

http://www.mprconsulting.net/myfiles/news/file/ISO26000_Foro_Singapore.pdf,

consultado em 08/10/2010.

JURAN, J. M. (Joseph M.). A qualidade desde o projeto: novos passos para

o planejamento da qualidade em produtos e serviços. 2. ed. - São Paulo:

Pioneira, c1994.

LACERDA, Celso Juarez. Associação dos Diplomados da Escola Superior de

Guerra (Brasil). FINEP. Ciência e tecnologia: um desafio permanente. Rio

de Janeiro: FINEP: Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra,

1984.

Page 32: UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …

32

MONTGOMERY, D.C. Introduction to Statistical Quality Control. John Wiley

and Sons, 4th edition, 2001.

NOVAES, Antonio Galvão. Sistemas logísticos: transportes, armazenagem

e distribuição física de produtos. São Paulo: E. Blucher, c1989.

PORTER, Michael E. Competitive strategy: techniques for analyzing

industries and competitors. New York: Free Press, c1980.

QS 9000. Manual de CEP, Segunda edição.

ZUFFO, João Antonio. Fundamentos da arquitetura e organização de

microprocessadores. São Paulo: E. Blucher, 1978.