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Portfolio 2009Paulo Prot

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Apresentação >>

Aqui reuni trabalhos que considero mais significa-tivos dos que desenvolvi du-rante o curso de Desenho Industrial na Universidade Federal do Espírito Santo. Dentre eles estão trabalhos acadêmicos ou não.

Existem também os trabal-hos iniciados dentro de sala de aula e levados além da universidade, material de pesquisa própria que con-templam tipografia, dia-gramação, identidade visual, fotografia e experimentação de formas e materiais.

PS: os trabalhos assinalados com um as-

terisco (*) foram produzidos no período de

estágio na Naipe Design.

[email protected]

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Editorial

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Quebra Cabeça

Projeto gráfico e dia-

gramação de miolo de livro.

Capa e ilustrações por Francisco Miranda - tooco.com.ar

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Desconstrução

Convites ficticios para ex-

posição desconstrutivista.

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Projeto gráfico, diagra-

mação e mala direta.

A Confissão

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Jornal Primeira Mão

Projeto gráfico e diagramação de jornal

experimental de jornalismo - Ufes.

Era fim da década de 60, quando nasci. Época contur-bada no cenário político bra-sileiro. A Ditadura Militar es-tava em pleno vigor, a tensão tomava conta de todo o país com a instauração do AI5, mas economicamente as coisas pa-reciam deslanchar.

Com as finanças equilibra-das, chegou o momento pro-pício de a família aumentar, assim fui desejado, planejado e mimado por todos os fami-

A vida através de um pára-brisaliares. Meu pai, Antônio Rocha Filho, mais conhecido como Xaxá, era Policial Rodoviário Federal e desde cedo me en-sinou o gosto pela estrada e pela sensação de liberdade. Até hoje relembro com sau-dades dos primeiros passeios que fizemos juntos pela nossa pacata cidadezinha de Caratin-ga, em Minas Gerais. Naquela época, eu sonhava em ser um andarilho, sair pelo mundo sem rumo e percorrer longas

distâncias, rompendo frontei-ras.

Mas o tempo passava, eu continuava no mesmo lugar e a ditadura persistia controlan-do nossas vidas. Enquanto boa parte da programação do rádio se restringia às informações oficiais, eu preferia sintonizar as rádios piratas que tocavam os grandes sucessos da época. “Meu carro é vermelho, não uso espelho pra me pentear”. Essa canção do Erasmo Car-los, eu me lembro bem, aliás, ainda sou fã de toda a turma

da Jovem Guarda. Certo dia, minhas preces

foram atendidas. Embalado por Wanderléia, Martinha, Ronnie Von e pelo Rei, segui viagem até o Espírito Santo e pude conhecer bem de perto o mar. Em 1980, fui morar de-finitivamente em Vitória com minha família e, como legítimo mineiro, adorava circular pró-ximo ao calçadão para obser-var o movimento.

Minha vida mudou. Cidade grande, trânsito intenso, baru-lho, corre-corre diário, além

Por Anna Beatriz Brito, Joyce Meriguetti e Maria Elisa Almeida

A História do Fusquinha

1934: Hitler encomenda a execução do projeto do primeiro Fusca a RDA (Associação de Fabri-cantes de Automóveis Alemães). 1939: Com o início da Guerra, a produção do Fusca é interrompida, após fabricação de poucas unidades.

1946: Com o fim da guerra, o Fusca volta a ser produzido, passa a ser exportado para os Esta-dos Unidos e ganha uma legião de admiradores por sua simplicidade e resistência. 1950: O Fusca começa a ser vendido no Brasil. 1959: Finalmente, o primeiro Volkswagen brasileiro é lançado, em-bora parte das suas peças ainda fosse importada.

1965: Ano de lançamento do Fusca com teto-so-lar, que ficou conhecido como “Cornowagen”, o que gerou trocadilhos fa-zendo com que o modelo fosse rejeitado. 1967: A Volkswagen adotou um motor mais potente, o vidro traseiro ficou maior e o aciona-mento da seta foi para a coluna de direção. Também nessa época, o sistema elétrico de 6 volts foi substituído pelo de 12 volts.

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das tardes ensolaradas a beira-mar nos fi-nais de semana. Foi nessa época que eu e o Élio Campos, filho do Xaxá, nos tornamos grandes parceiros. Andávamos juntos pra cima e pra baixo e, sem falsa modéstia, era difícil passar despercebido pelas ruas da cidade. Atraía os olhares masculinos e boa parte das mulheres desejava dar pelo menos uma voltinha comigo.

Élio me chamava carinhosamente de neném e me ajudava no que fosse preci-so. Em troca, eu procurava andar na linha e não dar muito trabalho. Ele era um par-ceiro e tanto, só tinha um problema que me perturbava quando saíamos juntos: o seu gosto musical brega. Os grandes no-mes do rock nacional estavam no auge, Legião Urbana, Cazuza, Raul Seixas, Ti-tãs, e ele insistia em ouvir Perla e Agnaldo Timóteo.

Já na década de 90, me aproximei do fi-lho do Élio, o Antônio Rocha Neto. A sin-tonia foi grande entre nós e não demorou muito para formamos uma dupla insepa-rável que perdura até os dias de hoje. Em 1997, quando fiz 30 anos, comemoramos juntos uma grande conquista: ganhei o di-reito de não ter que pagar mais o penoso IPVA.

Ao contrário do que costuma aconte-cer, no meu caso, quanto mais o tempo passa, mais prestígio eu passo a ter. Atu-almente sou um quarentão, apelidado de Vovomóvel e, ainda assim, desbanco muitos garotões da nova geração. Não sei se o segredo está nas minhas curvas arre-dondadas ou no meu jeitinho espalhafato-so, o fato é que o tempo me deixa ainda

1972: O Fusca supera a marca do Ford Modelo T como o carro mais ven-dido do mundo. Foram produzidas, até esse ano, mais de 15 milhões de unidades. 1975: O “Bizorrão” ou “Super-Fuscão” é lançado. 1979: As lanternas tra-seiras passam a ser maio-res e são apelidadas de “Fafá”, em alusão aos grandes seios da cantora Fafá de Belém.

1986: A Volkswagen de-siste de fabricar o Fusca, alegando que era um modelo muito obsoleto, apesar de ser o segundo carro mais vendido daquela época. 1998: O New Beetle (Fusca moderno), começa a ser fabricado pela Volk-swagen, no México, onde, por 5 anos conviveu com a linha de montagem arte-sanal do Fusca tradicional.

2003: O Fusca já havia parado de ser produzido na maioria dos países des-de a década de 80. Nesse ano é produzido o último exemplar que foi enviado para o museu da Volkswa-gen em Wolfsburg.

mais valioso.Durante todo o traje-

to que percorri por esta vida a fora acumulei his-tórias para contar. Até já fui ator coadjuvante do filme Lamarca estrelado por Paulo Betti. E ape-sar dos duros aumentos de combustível e das ad-versidades que encontrei durante minha jornada, posso dizer que saí vito-rioso. Talvez, as minhas raízes alemãs tenham me ajudado a enfrentar essas situações e ter sucesso.

Quanto às projeções para o futuro, eu faço sem esquentar o motor. Lidero a lista dos carros usados mais cobiçados do mercado e no museu do automóvel tenho um lugar garantido, mas não quero me aposentar tão cedo. Já tenho destino certo: a Clara, filha do Antônio, aguarda ansiosamente a maioridade chegar para herdar o membro mais ilustre da família, um nato contador de histórias. Será que ela convidaria algum imortal da Acade-mia Espírito-Santense de Letras para dar uma vol-tinha comigo?

Atualmente, o Fusca ocupa o sexto lugar no ranking de carros usados mais vendidos no mercado nacional, segundo dados da Federação Nacio-nal da Distribuição de Veículos Au-tomotores - Fenabrave.

Fotos por Lilian Oliver

Fonte: Wikipédia

expediente. equipe 2008/1: Andréia Ruas, Anna Beatriz Brito, Catarina Carneiro, Cezelina Chagas, Cristina Santos, Daniel Vieira, Daniela

Ramos, Danielle Ewald, Fabrício Batista Ferreira, Fernanda Oliveira, Frederico Goulart, Giselle Pereira, Helbert Paulino, Jirlan Biazatti, Joyce

Meriguetti, Juliana Tinoco, Ludmylla Altoé, Marcos Alves, Maria Elisa Almeida, Monique Mansur, Natália Gadiolli, Paula Maria Silva, Paula

Varejão, Rafael Mendonça, Regina Trindade, Susana Kohler, Stefânia Masotti, Thiago Lourenço, Thais Paoliello. professora orientadora:

Eliana Marcolino. diagramação: Daniela Ramos, Juliana Tinoco e Paulo Prot . gráfica: GSA. tiragem: 1000 exemplares. o Primeira Mão é um

jornal experimental do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo. Av. Fernando Ferrari s/n°, Goiabeiras,Vitória

- ES, Cep: 29060-900. Tel: (27) 4009 2603. email: [email protected].

O Sagrado Livre-arbítrioHomossexualidade e Religião p. 10+ Futebol

Capixaba p.6

Mídia e Opiniãop.2

Significadodos sonhosp. 12

Livros de auto-ajuda p. 14

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nhuma manifestação amorosa, seja ela carinho, afeto ou ternura. En-tão por que as igrejas tradicionais vêem o homossexual como um pecador, como alguém indigno?”. Filipe destaca, ainda, que a Bíblia também condena outros compor-tamentos, como o uso de dois te-cidos distintos na mesma roupa, a ingestão de mariscos e suínos e o plantio de duas culturas diferentes no mesmo solo, mas a maioria das igrejas não aplica essas leis bíblicas. “Por que então condenar apenas os textos relacionados ao sexo?”, diz.A Bíblia afirma também que so-mente após o casamento entre um homem e uma mulher poderá haver relações sexuais, com o ob-jetivo único da procriação. O sexo pelo prazer é visto como um com-portamento imoral. Entretanto, os discursos que defendem os direi-tos da comunidade LGBTT buscam legitimar a união entre pessoas dopessoas do do mesmo sexo. O líder da ICM Vi-tória compartilha dessa opinião. “Nós acreditamos que Deus criou o ser humano para estar acompa-nhado. Antes da criação de Eva,

não existia diferenciação de gê-neros no texto hebraico, apenas termos neutros. Acreditamos que Deus criou a mulher pensando na companhia e não necessariamente na complementação de gêneros: homem e mulher.” Na primeira audiência pública “Vi-tória sem homofobia”, ocorrida na Câmara Municipal de Vitória, a de-putada distrital do PT, Érica Kokay também discutiu sobre o assunto. Para ela, a grande resistência que existe contra a homossexualidade é o fato de ela ser um movimen-to do “amor pelo amor”. “Que-rem punir o beijo, embutir um sentimento de culpa nas diversas formas de amar. A nossa socie-dade restringe o homossexual ao espaço físico de sua casa, sem que ele possa manifestar sua vida, seu sentimento em público. Querem que ele seja incompleto. A socie-dade não tem o direito de dividir as pessoas.”

Receptividade e violência

O culto da ICM é Ecumênico. A pri-meira parte da celebração, quando é feita a leitura dos Evangelhos e o sermão, baseia-se na Liturgia Evangélica. A Consagração e a Co-munhão, por sua vez, seguem os preceitos e dogmas Católicos. O tratamento dado à condução dos cultos deve-se à característica da ICM: a receptividade de diferen-tes identidades. Filipe Alves atenta para o fato de que ninguém é obri-

Por Juliana Tinoco e Regina Trindade

Rev. Dr. Brent hawkes, ICM de Toronto, Canadá.

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O SAGRADO LIVRE-ARBíTRIO

O discurso bíblico

A existência da ICM coloca em questão o discurso bíblico sobre a homos-sexualidade. Embora não haja nenhuma menção aos termos referentes às orientações sexuais, muitas interpretações definem como pecado e con-denam, inclusive com a morte, os homossexuais. No livro de Levítico, onde estão escritas as Leis sagradas, existe uma passagem que diz: “Quan-do também um homem se deitar com outro homem, como mulher, am-bos fizeram abominação; certamente morrerão.(Lv 20:13).” Questionado sobre o tema, Filipe Alves, líder pastoral interino da ICM em Vitória, afirma que, apesar da aparente condenação bíblica, a sexualidade é um dom divino, concedido para ser vivido de forma plena, prazerosa e responsável. “É preciso observar que os textos bíblicos não falam de homossexualidade, mas de comportamentos que ferem a dignidade hu-mana. Jesus Cristo defendia o amor pelo próximo e nunca reprimiu ne-

Em 1959, Troy Perry é expulso do Midwest Bible College, uma escola batista de estudos bíblicos, em Chicago, nos EUA, por ser homossexual. Nove anos depois ele institui, numa reunião com doze pessoas, a criação da Fraternidade Universal das Igrejas das Comunida-des Metropolitanas (FUICM), a fim de evidenciar que pessoas de diferentes orientações sexuais podem ser cristãs.Hoje, a Igreja das Comunidades Metropolitanas (ICM) conta com mais de sessenta mil membros, com trezentas igrejas em vinte e nove países ao redor do mundo. Em uma sociedade homofóbica e sexista, a ICM defende a inclusão de todas as pessoas no amor Divino, principalmente as minorias sexuais: lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e tran-sexuais; a comunidade LGBTT.

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008primei-mão.MAOJornal Experimental de Comunicação Social

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É créu neles! p.10Análise social da dança do Créu

Alunos cotistas p. 12A polêmica da reserva de vagas para alunos do ensino público

Cine escolaMetrópolis p.6Cinema e Educação no Cine Metrópolis

A vida através do Pára-brisa p.8O fusca e suas estórias+

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Learning Object

Objeto de ensino a diatân-

cia sobre Tipografia Digital.

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Identidade Visual

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Custom FC

Identidade visual para

grupo de lutheria de gaitas.

PC Store

Identidade visual para re-

vendedora de Sftwares*.

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Apressadinho

Identidade visual para mar-

ca de roupa infato-juvenil*.

Dera Bassi

Identidade visual para mar-

ca de moda jovem*.

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E-Box Mídia

Aplicações da identidade visual

em papelaria e telas de TV*.

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Moda

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Vidativa Jeans

Projeto gráfico e diagramação de

catálogo de moda, tratamento de

fotos e material promocional*.

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Web

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Vidativa Jeans

Desenvolvimento de Website pro-

mocional, coleção inverno 2009*.

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Lei Básica Teen

Desenvolvimento de Website pro-

mocional, coleção inverno 2009*.

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CCHN - Ufes

Desenvolvimento de página princi-

pal do portal do CCHN - Ufes*.

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