20
PUB Caixa da Batalha O Banco da (nossa) terra. CA Seguros | CA Consult | CA Gest R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279 PUB Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XVI | Edição 183 | Setembro de 2012 --------------------- Das 07h30 às 22h00 --------------------- Combustíveis --------------------- Lubrificantes --------------------- Produtos auto ---------------------- Gás (BP/REPsOL/GaLP) --------------------- Lavagem/aspiração ---------------------- e RAÇÕES para animais Desconto 5 CEnt/LitRO! em todos os combustíveis Petro FM Rua Forno da Telha, 1385 Quinta do Retiro Barreira 2410-251 LEIRIA Tlf. 244834445 • Tlm. 919701359 • Fax 244892250 • [email protected] P. 2 | Ano de bom grau Visita às vindimas na freguesia www.jornaldagolpilheira.pt P. 4 e 5 | 1.º Ciclo da Golpilheira com o número mais baixo de sempre EsColA do pAço já só EnChE duAs sAlAs Este ano, a Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico da Golpilheira abriu com 45 alunos, menos 9 do que no ano passado. É o menor número de sempre e já não deu para fazer três turmas. Em compensação, o Jardim-de-Infância tem mais 9 crianças, num total de 39 alunos. LMFerraz P. 3 | Voluntários da Batalha Bombeiros “sem olhar a quem” P. 6 | Escolas da Batalha Associação de Pais com equitação e mandarim P. 9 | dinamismo cultural Conferências e oficinas no Museu P. 13 | Assembleia: 14 out. Diocese convida professor Marcelo Preço 0,80 (IVA inc.) Morada Jornal da Golpilheira Estrada do Baçairo, 856 2440-234 GOLPILHEIRA Tel. 965 022 333 Correio electrónico [email protected] Sítios na internet jgolpilheira.blogspot.pt facebook.com/jgolpilheira twitter.com/jgolpilheira P. 11 | 500 anos: Reguengo Festa dos Caracóis espera multidões P. 10 | 500 anos: Batalha “Exaltar a Cruz é acto de esperança

1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

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Edição de Setembro de 2012 do Jornal da Golpilheira - publicação mensal da freguesia da Golpilheira, concelho da Batalha, distrito de Leiria. Notícias, opinião, personalidades, tradição, cultura, desporto... as gentes da Golpilheira. Fundador e Director: Luís Miguel Ferraz.

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Page 1: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

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P. 2 | Ano de bom grauVisita às vindimasna freguesia

www.jornaldagolpilheira.pt

P. 4 e 5 | 1.º Ciclo da Golpilheira com o número mais baixo de sempre

EsColA do pAçojá só EnChE duAs sAlAsEste ano, a Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básicoda Golpilheira abriu com 45 alunos, menos 9 do queno ano passado. É o menor número de sempree já não deu para fazer três turmas. Em compensação,o Jardim-de-Infância tem mais 9 crianças,num total de 39 alunos.

LMFerraz

P. 3 | Voluntários da BatalhaBombeiros “sem olhar a quem”

P. 6 | Escolas da BatalhaAssociação de Pais com equitaçãoe mandarim

P. 9 | dinamismo culturalConferências e oficinas no Museu

P. 13 | Assembleia: 14 out.Diocese convida professor Marcelo

Preço 0,80 € (IVA inc.)

MoradaJornal da GolpilheiraEstrada do Baçairo, 8562440-234 GOLPILHEIRATel. 965 022 333Correio electró[email protected]

Sítios na internetjgolpilheira.blogspot.ptfacebook.com/jgolpilheiratwitter.com/jgolpilheira

P. 11 | 500 anos: ReguengoFesta dos Caracóis espera multidões

P. 10 | 500 anos: Batalha“Exaltar a Cruz é acto de esperança”

Page 2: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

Setembro de 2012

Jornal da Golpilheira2 . abertura .

.editorial.

Luís Miguel FerrazDirector

divulgação

A crise em cima da crise“Temos acompanhado o regres-

so às aulas na nossa freguesia nos últimos anos, com a constatação de que o número de alunos tem vindo gradualmente a diminuir. Este ano, a Escola do 1.º Ciclo do Ensino Bá-sico da Golpilheira registou o menor número de alunos de sempre e abriu, pela primeira vez na sua história, com apenas duas turmas.”

Começa assim a notícia do nosso destaque deste mês.

É verdade que este problema ainda não se sente na nossa fregue-sia, e no concelho da Batalha em geral, com a gravidade que atinge já outras zonas do País, estando ainda uns furos abaixo da média nacio-nal, em que a taxa de nascimentos baixou para níveis verdadeiramente preocupantes.

Escusado será dizer que este declínio demográfico resultará no agravamento de todos os nossos pro-blemas sociais.

São muitas as pessoas que têm vindo a alertar para isso e a defen-der que é urgente criar políticas de protecção à família e de apoio à na-talidade. Com a actual crise, as fa-mílias têm cada vez mais receio de

aumentar o número de filhos, até porque são as mais sacrificadas com as despesas que se multiplicam por mais bocas para alimentar dentro de uma casa.

Mas esses avisos ainda não “as-sustaram” ninguém.

Tal como não foram escutados os avisos daqueles que, há cinco ou dez anos atrás, diziam que estávamos a gastar mais do que podíamos e isso nos ia conduzir ao abismo. Eram os pessimistas loucos, ou os “velhos do restelo”. Hoje, que estamos no buraco, choramos com as dores da austeridade imposta por aqueles que financiaram – e continuam a financiar – essa espiral de consumo a crédito e despesas públicas e pri-vadas acima das nossas reais possi-bilidades.

Aliás, o envelhecimento da po-pulação está intimamente relacio-nado com a crise económica. Há mais idosos e doentes a precisar dos apoios da segurança social estatal, e há cada vez menos gente na idade activa para encher os cofres do Es-tado. E o problema é que “menos crianças” significa “menos empre-go”. Encerram escolas, diminuem

utentes de ATL e de actividades cul-turais e desportivas das associações, há menor consumo das famílias com produtos para a infância, etc. Quer dizer: cada vez são precisos menos professores, educadores, auxiliares, logísticos e lojistas e por aí fora…

Leia, a este propósito, o excelen-te artigo de Isilda Pegado na pág. 16.

Bem podemos dizer que será uma crise em cima da crise.

Se vai ser difícil sairmos des-ta em que estamos, será impossí-vel sairmos da outra que aí virá em pouquíssimos anos. Porque não será em uma ou duas gerações que se po-derão repor os níveis de rejuvenes-cimento de um país. Nessa altura, em que cada trabalhador tiver de descontar para sustentar quatro ou cinco idosos, então veremos como este sistema de protecção social, que tanto custou a construir e que todos dizem defender, irá ruir pela base. Por outras palavras, não have-rá produção nem riqueza suficientes para pagar reformas, para ter edu-cação ou saúde abaixo dos preços de mercado, para manter subsídios aos desempregados ou para oferecer

rendimentos mínimos garantidos a quem nada produz.

A não ser que as crianças que faltam neste mundo ocidental ve-nham a ser substituídas por vagas de imigração do Oriente, onde a taxa de natalidade continua a subir em flecha. Pode não ser mau… mas essa ocupação significará, de qual-quer forma, o fim do estilo de vida tal como o conhecemos. Porque o choque cultural vai ser tudo, me-nos pacífico.

Ou então… a não ser que esta Europa envelhecida acorde de uma vez por todas. A não ser que os pa-íses desta União fantasma saibam dar as mãos e apoiar-se mutuamente num crescimento que seja, verdadei-ramente, sustentado e sustentável. A não ser que todos nós assumamos a nossa culpa na raiz do problema e deixemos de – apenas – apontar o dedo à culpa dos outros. A não ser que ainda consigamos emendar o passo e todos, desde quem tem a responsabilidade política, até quem tem a responsabilidade de ter mais um filho, assuma o seu papel e ar-regace as mangas para a construção de uma sociedade diferente disto...

Ano de bom grau

Vindimas na freguesia

Devido a problemas de indisponibilidade pessoal do director,

a edição deste mês do Jornal da

Golpilheira sai com bastante atraso. Apresentamos desculpas pelo

facto e contamos com a compreensão

dos leitores.

Atraso

Apesar de já não ser como noutros tempos, ain-da se observa bastante mo-vimento agrícola na nossa freguesia, por altura das vindimas.

Participámos numa des-sas colheitas, no passado dia 23 de Setembro. Esta-

va um pouco de calor, mas corria uma ligeira brisa, que tornou a azáfama bastante agradável.

Do que temos observa-do, as uvas estão bastante sãs e as cepas, de um modo geral, carregadas. Como se diz na gíria, “rendiam bem”.

Para este agricultor nas “ho-ras vagas”, a produção des-te ano foi superior à do ano passado, assim como o grau. No entanto, temos conhe-cimento de que, no geral, houve menos uvas, embora de melhor qualidade.

Manuel Carreira Rito

MCR

Page 3: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

3Setembro de 2012Jornal da Golpilheira . sociedade .

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Qual será a importância que os bombeiros têm para a população? E os bombeiros, como sentem a população?

Foi esta a questão que me in-vadiu após ter visualizado algumas fotografias dos Bombeiros Volun-tários da Batalha (BVB).

Estava do stand dos BVB, na FIABA, quando vejo uma foto do que me parecia um piquenique, onde faço um comentário em tom de brincadeira.

Afinal, explica um bombeiro, era uma refeição que a população tinha preparado para os bombeiros que andavam a combater o fogo. Fiquei em silêncio e um pouco envergonhada. Brinquei com um gesto humano.

Fiquei curiosa em saber se este carinho das populações ainda hoje se mantém. Ou será que andamos tão embrenhados no nosso stress diário, que nos esquecemos destes gestos perante pessoas que nos aju-dam voluntariamente, “sem olhar a quem”?

O que dizem os bombeiros?Como sentem os bombeiros o

carinho das populações? Há dife-renças de antigamente para agora?

Bombeiro há 34, José Pragosa (adjunto dos BVB) diz que “actual-mente não é tanto”, que as pessoas ainda se lembram dos bombeiros, mas “o grupo não é tão grande, porque antes notava-se… nós fi-cávamos logo rodeado das pessoas. Havia pessoas que iam cozer pão aos fornos para nós. Agora tam-bém acontece, mas é mais ao ní-vel do supermercado”. Contudo, refere que “nós somos apoiados, embora não seja tanto, nem com tanto carinho como antigamen-te!”. José Pragosa conta que ac-tualmente as pessoas “da era mais recente, vêem o bombeiro como uma profissão remunerada e jul-gam que estão a fazer apenas o seu trabalho, o que em parte é verda-de”. Mas acrescenta que a maior parte deste trabalho é voluntário, “isto é mais amor à causa!”. Refe-re ainda que antigamente tocava

a sirene, qualquer que fosse a pro-fissão dos voluntários, vinham logo a correr e os patrões aceitavam e dispensavam “quase a rir e agora já não é bem assim; as coisas mu-daram um bocadinho!”.

Carlos Carreira, bombeiro há 31 anos, conta que antigamente os serviços de transporte também eram mais ágeis, “os bombeiros eram vistos de uma forma dife-rente”. Hoje os médicos não as-sinam tão facilmente os verbetes e as pessoas têm de pagar mais os transportes, e muitos não o con-seguem fazer. Quanto aos fogos, “é diferente, aí as pessoas ainda vão ajudar, ainda sentem esse ca-rinho!”. Acrescenta que antiga-mente as pessoas “colaboravam mais, porque sabiam que nós, a maior parte das vezes, vínhamos do nosso trabalho, deixávamos o que era nosso, para virmos socorrer os outros”. Carlos Carreira ainda sente “essa parte do carinho, ain-da existe, embora não seja de to-das as pessoas”.

Joaquim Santos, bombeiro há 33 anos, diz que “já não é como antigamente e nós às vezes sen-timos”. Mas que ainda há muito respeito pelos bombeiros: “eu sin-to, eu estou convencido de que há pessoas que ainda gostam do nosso trabalho e estão junto de nós. Mas há outras que não gostam, não é?... É claro que não podemos agradar a todos… mas antigamente não sentia tanto isto”.

João Sereno, bombeiro há 19 anos, diz que “actualmente as pessoas só sentem mesmo carinho pelos bombeiros quando se vêem mesmo aflitas e em necessidade”. Nota-se ao longo de todo o ano, principalmente nas épocas festi-vas, como o Natal e a Passagem de Ano, em que já ninguém vai fazer companhia aos bombeiros em ser-viço, como antigamente. Explica que as pessoas julgam que todos os bombeiros recebem ordenado, “mas temos 90% de voluntários e apenas uns 10% que constituem o corpo profissional, e que também fazem voluntariado”.

O que diz a população?Ao longo destas entrevistas,

percebi que os bombeiros ainda se sentem acarinhados pelas pes-soas, mas não em tanta quantidade e simplicidade como antigamen-te. Que actualmente, é quando as pessoas estão mais em apuros.

Afinal, será que é assim? Que carinho tem a população pelos bombeiros?

Questionei um não sócio dos BVB, Armando Carvalho, que ex-clamou maravilhas da importância do trabalho dos bombeiros: “é uma actividade que eu aprecio bastante e que é bastante importante para nós aqui. Acho que toda a pessoa devia ajudar os bombeiros. É um bem que nós temos precioso, por-que quando nós precisamos, quem é que nos acode? São eles. Eles ar-riscam a própria vida para nos de-fenderem. Ser bombeiro não é para qualquer um! Para se ser bombeiro deixa-se os familiares, deixa-se os filhos, deixa-se a mulher, deixa-se tudo…toca a sirene, é um vai e vem, anda-se ali 2 ou 3 dias, por conta de quem? Quem é que paga? Por isso é que eu admiro que eles andam a fazer por todos nós!”.

E questionei um sócio, Acácio Ferreira, que fala com um grande sentido de pertença, ainda que nunca tenha usufruído dos BVB

(e ainda bem!). “Sou sócio há uma mão cheia de anos. Não estou ar-rependido de ser sócio. Em cer-tas e determinadas coisas, temos alguém que nos acode nas horas difíceis, não é?!... E “sem olhar a quem”, é verdade! Porque eles en-frentam a vida deles para salvar a dos outros, não é?!... Portanto acho que para mim devia de ha-ver mais associados e mais ajudas para os bombeiros. As pessoas que não se arrependam de ser sócios dos bombeiros e que não deixem de ser sócios, porque hoje está-se bem e amanhã não se sabe como é que se está, não é?!...”.

Senti que estes senhores são pessoas informadas da dinâmica da nossa associação dos bombeiros e, consequentemente, sabem valori-

zar a sua importância para a comu-nidade. Concluí que a minha falta de sensibilidade para com as ne-cessidades dos BVB vinha da mi-nha falta de informação acerca do funcionamento desta associação.

Ago ra que e s tou ma i s esclarecida, apelo a que colabo-rem mais e que acarinhem os nos-sos bombeiros, porque, mesmo os que recebem ordenado, fazem a sua parte de voluntariado. E nun-ca se esqueçam de que eles traba-lham com seres humanos, dando o seu melhor, sem olhar a quem! Esta é sem dúvida uma associação imprescindível a qualquer um, por isso, ser associado é quase uma obrigação nossa, para com os Bom-beiros Voluntários da Batalha!

CB

Bombeiros Voluntários da Batalha

“Sem olhar a quem”

Pagamento de quotasInformam-se todos os associados da Associação Humanitá-

ria dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Batalha que, du-rante o mês de Outubro de 2012, haverá pessoas a percorrer a freguesia da Golpilheira para recolher o pagamento das quotas anuais. Este serviço será feito de porta em porta e também à sa-ída da Missa. Quem pretender tornar-se novo associado poderá dirigir-se a um desses voluntários.

Os Bombeiros da Batalha agradecem, desde já, a colabora-ção de todos e o empenho para com esta associação que a todos serve “sem olhar a quem”.

LMF

Page 4: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

Setembro de 2012

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AGENTE PRINCIPAL

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Temos acompanhado o regres-so às aulas na nossa freguesia nos últimos anos, com a constatação de que o número de alunos tem vindo gradualmente a diminuir. Este ano, a Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico da Golpilheira re-gistou o menor número de alunos de sempre e abriu, pela primeira vez na sua história, com apenas duas turmas.

Fomos espreitar os números nas edições de outros anos (ver quadro “números/ano”).

Em 1999, a escola primária tinha 67 alunos e o jardim de in-fância, porque só podia haver uma turma, tinha 25 meninos (entre os 3 e os 5 anos de idade na data da entrada), num total de 92 crianças.

Em 2005, quando já tinham aberto essas duas turmas, esta-vam tivemos 108 crianças: 46 no jardim-de-infância e 62 nas duas escolas que funcionavam na fre-guesia, a da Golpilheira e a de Bico Sachos. Nesta última, esta-vam já apenas 7 alunos, pelo que, no ano seguinte, encerrou defini-tivamente.

Em 2006, mesmo com as duas escolas juntas no Paço, o número de alunos do 1.º ciclo apenas subiu uma unidade, e o jardim-de-infân-cia desceu drasticamente para 35, ficando o total em 98 crianças.

De então para cá, os números variaram um pouco e, desde 2009, andaram sempre abaixo da cente-na. O ano mais “pobre” foi 2010, com 77 alunos no total, sendo 46 no 1.º ciclo e 31 no jardim-de-infância.

O ano passado tivemos 54 alu-nos na escola do Paço e apenas 30 na pré-primária, num total de 84 meninos.

Este ano, mantém-se esse nú-mero total, graças a mais 9 no jar-dim, os mesmos que tem a menos a primária. Esta descida fez com que já não fossem suficientes para termos mais do que duas turmas, pela primeira vez na história desta escola do 1.º Ciclo, com 19 meni-nos e 26 meninas, num total de 45 alunos. O Jardim-de-Infância da Golpilheira abriu com 39 crianças

1.º Ciclo da Golpilheira com 45 alunos, o número mais baixo de sempre

Escola do Paço já só enche duas salas

1.º e 4.º anos

2.º e 3.º anos

Page 5: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

5Setembro de 2012Jornal da Golpilheira . educação .

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Distribuição/salas - 2012-13Escola do 1º ciclo

Professor Ano Masc. Fem. Total SalaManuelRibeiro

2.º 7 10 1724

3.º 2 5 7

M. JoséJorge

1.º 4 5 921

4.º 5 7 12Jardim-de-Infância

Educadora Masc. Fem. SalaEfigénia Cunha 8 10 18Dora Felizardo 14 7 21

Números - 2012-13Ano Masc. Fem. Total

1.º ano 4 5 92.º ano 7 10 173.º ano 2 5 74.º ano 5 7 12

Total 19 26 45Pré-escolar 22 17 39Total geral 41 43 84

Números/ano TotalalunosAno 1.º CEB. Jardim

1999 67 25 922001 61 20 812005 62 46 1082006 63 35 982007 60 40 1002008 66 34 1002009 59 34 932010 46 31 772011 54 30 842012 45 39 84

dos três aos cinco anos de idade, 22 meninos e 17 meninas.

Quanto à distribuição de salas por anos, professores e educadores, ver os quadros anexos.

As aulas começaram com normalidade, como aconteceu, em geral, por todo o Concelho. Espera-se que o resto do ano as-sim continue. Lá para o final, os alunos do 4.º ano já sabem que os espera uma novidade: os exames nacionais a Matemática e a Por-tuguês. O melhor é começarem já a estudar. Eles e todos os outros…

Texto e fotosLuís Miguel Ferraz

Jardim-de-Infância recebe mais 9 crianças este ano

Jardim-de-Infância está mais “composto”

Sala 2

Sala 1

Page 6: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

Setembro de 2012

Jornal da Golpilheira6 . educação .

Exames nacionaisBatalha superior à média

No presente ano lectivo, os alunos que realizaram os exames nacionais dos 6.º, 9.º e 12.° anos “estão de parabéns, pois obtiveram bons resultados, quando comparados com a média nacional” (ver quadro).

Quem o afirma é o director do Agrupa-mento de Escolas, Luís Novais, num comu-nicado em que sublinha que “um trabalho conjunto entre alunos, professores, pais e pessoal não docente permitiu criar uma or-ganização em que todos os actores se mobili-zaram para a resolução de problemas, encon-trando em conjunto as melhores soluções”.

Há um ano à frente dos destinos da ins-tituição, este responsável aproveita para agradecer “a dedicação e o empenho de todos na construção da nova cultura de Agrupamento, construído por todos e para todos”. E manifesta a sua convicção de que “vamos continuar a sonhar e acreditamos no nosso futuro”.

O Centro Educativo de São Mamede, localizado no centro daquela vila, próximo à Junta de Freguesia local, abriu as suas portas no início deste ano lectivo.

Trata-se de um moderno edifício, composto por dois pi-sos e com uma área de constru-ção de 1.568 metros quadrados, com capacidade para acolher até 150 crianças (Pré-Escolar e 1º CEB), estando dotado com diversos espaços de trabalho/recreio para os alunos. A este nível, destaca-se a área total de recreio disponível (coberta e descoberta) que ascende a 2.565 metros quadrados.

No que respeita à edifica-ção propriamente dita, o imó-vel é composto por salas de aula e de actividades diversas, sala de informática, átrio de exposições, salas de espera, sa-las de professores, gabinetes de trabalho, espaço para refeições e arquivo.

A construção do Centro Escolar de São Mamede tem como objectivo dar resposta à Carta Educativa do Município da Batalha, que define para esta

área geográfica respostas para o Pré-Escolar e 1ª CEB, em es-paços renovados e modernos e dotados de equipamentos tec-nologicamente evoluídos.

No entender de António Lucas, presidente do Município da Batalha, “a abertura deste centro escolar vem oferecer mais um equipamento de quali-

dade à escola pública do conce-lho, com instalações modernas e funcionais, que, associadas ao trabalho empenhado de toda a comunidade educativa, irão traduzir-se, certamente, em ex-celentes resultados, com claros benefícios para os alunos e suas famílias”.

A construção e apetrecha-mento do Centro Escolar de São Mamede ascende a um investimento de cerca de 1,3 milhões de euros, com apoio financeiro do Programa Mais Centro/União Europeia.

Apresentação dia 7Esta moderna infra-estru-

tura receberá uma cerimónia de apresentação oficial à po-pulação, no próximo dia 7 de Outubro, a partir das 15h30. Depois de uma visita às ins-talações, proceder-se-á à bên-ção do edifício pelo pároco de S. Mamede, padre Jovanete Paulo Vieira, seguindo-se a re-presentação da peça teatral “A Pesca”, pela companhia NKT – Rei sem roupa – Associação Cultural.

A Associação de Pais e Encar-regados de Educação do Agrupa-mento de Escolas do concelho da Batalha realizou uma assembleia geral, no passado dia 19 de Se-tembro, tendo como principais pontos de agenda a aprovação do relatório de contas relativo ao ano lectivo 2011/2012 e a eleição dos corpos sociais para este ano que agora começa.

A direcção cessante apresen-tou um resumo das actividades efectuadas, como conferências temáticas, sessões de esclareci-mento, festas para pais e alunos, colaboração na aquisição de equi-pamentos e diversas outras in-tervenções junto da comunidade escolar, bem como as respecti-vas contas. Com uma receita de 6.686,47 euros e uma despesa de 7.107,31 euros, o saldo do ano ci-frou-se em 420,84 euros negativos. De destacar, para além dos even-tos organizados, a inclusão neste movimento da oferta de cacifos à escola sede, para os alunos do 5.º e

6.º anos de escolaridade, no valor de 1.353 euros. O saldo actual da associação é de 2.826, 95 euros.

Quanto aos corpos gerentes para este ano lectivo, foi eleita a única lista apresentada (ver caixa).

A nova direcção anunciou que irá prosseguir com alguns projectos que têm sido bem acolhidos, como “A voz dos pais”, com reuniões em

todas as escolas para “ouvir, perce-ber e resolver as necessidades de cada uma, em articulação como agrupamento e a autarquia”. Para uma melhor compreensão desses problemas, a associação irá lançar um novo inquérito a todos os pais, à semelhança do que aconteceu no ano transacto.

Serão também organizadas

algumas conferências durante o ano e mantida a estratégia de co-municação com os encarregados de educação e público em geral, através do blog e do facebook da associação.

Como novidade, foi apresen-tado um protocolo com o Cen-tro Hípico da Quinta dos Lagos, para proporcionar uma activida-de extra-curricular aos alunos das escolas do concelho. A proposta é proporcionar às crianças uma experiência de equitação, promo-vendo o contacto com a natureza e com os cavalos. “Tratando-se de uma actividade a que poucos têm acesso, a assinatura deste protoco-lo permite a iniciação à equitação por um valor acessível”, afirma a associação de pais. Por 25 euros mensais, os alunos têm direito a uma hora por semana, com acti-vidades como maneio, obstácu-los, teoria da equitação, etc. Está em negociação a possibilidade de transporte das crianças da escola para o centro hípico e vice-versa.

Outra novidade é a possibi-lidade de se iniciar um curso de mandarim, em que pais e filhos possam frequentar as mesmas au-las e aprender junto a língua oficial da China, sem dúvida, uma mais-valia cultural para todos. Esta ac-tividade dependerá do número de interessados, que poderão desde já inscrever-se junto da associação.

Info: apaisbatalha.blogspot.pt

DirecçãoPresidente – Cecília GomesVice-presidente – Elisabete GuilherminoSecretária – Sofia NovoTesoureira – Irene ValverdeVogais – Anabela Pedrosa, Elisabete Ferreira, Natividade Sousa, Lurdes Monteiro, Natalina Carreira, António Sobreira, Helder Ribeiro, Luís Concei-ção, Nélia Oliveira, Ernesto Jordão, Goretti Coelho, Carina Vieira, Núria Serrra, Helena Gomes

Assembleia GeralPresidente – Nuno MonteiroVice-presidente – Carlos ValverdeSecretária – Célia FerreiraVogais – Carlos Agostinho, Pedro Dias

Conselho FiscalPresidente – Paulo BatistaVice-presidente – Patrícia KellySecretária – Elizabeth GuerraVogais – Nelson Sousa, Paulo Vieira

Associação de Pais das Escolas da BatalhaNovo ano com equitação e mandarim

Apresentação oficial a 7 de OutubroCentro Escolar de São Mamede já abriu

DR

Foto

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MB

Page 7: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

7Setembro de 2012Jornal da Golpilheira . cultura . desporto .

>> Foto-reportagem em www.jgolpilheira.blogspot.pt

Realizou-se no passa-do dia 23 de Setembro, na praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, mais uma recreação de um mercado típico do século XIX, evento organizado pelo Município.

Estiveram presentes vá-rios ranchos folclóricos, que animaram os presentes des-de as 15h00 às 19h00. Ha-via produtos caseiros para todos os gostos, que, apesar da ameaça de chuva, foram adquiridos por imensos vi-sitantes, nomeadamente, muitos turistas.

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, como sem-pre, empresta uma beleza es-pecial a toda a graciosidade que os ranchos folclóricos trazem ao centro da vila.

Esta é também uma for-ma de os ranchos folclóricos angariarem alguns fundos para fazer face às despesas no decorrer de cada ano.

Texto e fotosManuel Carreira Rito

Está a decorrer até 4 de Novembro, no Museu Etno-gráfico do Freixial, a III edi-ção do “Museu Vivo”, uma exposição etnográfica que pretende dar vida ao espa-ço museológico do Rancho Folclórico local.

Durante seis semanas, serão recriadas actividades rurais ligadas à agricultura, aos ofícios, à gastronomia e tradições regionais, num espaço que terá mais habi-tantes do que o normal: o

pátio ganhará vida com a presença de animais (ove-lha, patos, galinhas, galo, porco e o burro Ezequiel).

O último fim-de-sema-na de Setembro foi dedicado às actividades agrícolas e, a 7 de Outubro, será a vez das oficinas do museu ganharem novo ritmo, através dos sons do martelar do ferreiro na bigorna, da plaina do car-pinteiro a correr ligeira, o tear da tecedeira a ranger e o martelar do sapateiro nos

tamancos e nos sapatos: é o dia dos ofícios do museu ganharem vida.

No domingo seguinte, será servida a merenda, com sabores e aromas da gastronomia regional a en-cher o espaço museológico. A gastronomia será ainda abordada durante o último fim-de-semana de exposi-ção, com actividades alu-sivas à matança do porco.

Dentro das tradições regionais, será recriado o Enxoval da Noiva, a 20 de Outubro, e o Bolinho Tra-dicional, na tarde do dia de Todos-os-Santos.

Ainda com tema a defi-nir, decorrerá no dia 26 de Outubro o II Serão à La-reira, onde, num ambiente nocturno e sob o calor da lareira, se contarão histórias e cantigas do passado.

Futebol de Sete e Futebol de 11As equipas de Benjamins e Iniciados de Futebol de

Sete e Futebol de 11, respectivamente, já iniciaram os treinos com vista à época 2012/2013. Os treinos dos Benjamins são no Campo das Barrocas, às segundas e quartas-feiras, entre as 19h00 e as 20h30. A equipa de Iniciados treina no Campo de Jogos Sintético Municipal da Batalha, às terças e sextas-feiras, das 18h30 às 19h45.

A equipa de Veteranos Futebol de 11 deslocou-se nos passados dias 29 e 30 do passado mês de Setembro ao Peso da Régua. Recordamos que a equipa da Régua participou no nosso último torneio, realizado no Campo de Jogos Municipal da Batalha. Os próximos jogos são nos dias 6 e 27 do corrente mês Outubro, com as equipas das Várzeas e de Borba, no Campo Municipal da Batalha.

Futsal FemininoA nossa equipa iniciou os trabalhos no início do mês

de Setembro. Houve um reajustamento do plantel, já que saíram algumas atletas, sendo esta saída compensada com entrada de novas atletas.

Para esta época, são quatro os novos reforços: Ana Silva, Tita e Vanessa Ribeiro (ex-Pocariça) e Rita As-censo (ex-Amarense). De saída do clube estão Pisco, que vai começar uma nova aventura no futebol de 11 (no Ouriense), e Sandrita, que termina a sua carreira esta época.

Apesar de não termos ainda muitos treinos, já parti-cipámos num torneio, organizado pelo Fundo Social da Câmara Municipal da Batalha, cujos jogos decorreram no Pavilhão da Batalha. Depois de vencermos dois en-contros, encontrámos na final a nossa bem conhecida equipa do Louriçal. Foi um jogo bem disputado, decidido apenas nas grandes penalidades. No tempo regulamentar e prolongamento estávamos empatados a dois golos. Na lotaria das penalidades vencemos por 5-4.

O início do campeonato será no decorrer do mês de Outubro, assim como a Super-Taça.

Golpilheira na selecçãoA Selecção Distrital participou nos dias 28 e 29 de

Setembro num Torneio Inter-Associações, nas Caldas da Rainha. Para esta selecção, foram convocadas as se-guintes atletas do CR Golpilheira: Liliana Salema, Irina Araújo, Jéssica Pedreiras, Carolina Silva, Patrícia Rino e Vanessa Ribeiro. Os resultados da nossa selecção neste torneio foram os seguintes: AF Leiria – 8 / AF Setúbal – 3 e AF Leiria – 4 / AF Santarém – 0.

Manuel Carreira Rito

V Gala do Futebol DistritalGolpilheira traz prémios

Organizada pela Associação de Futebol de Leiria, decorreu no passado dia 14 de Setembro a 5.ª edição da Gala do Futebol Distrital.

Este evento pretende distinguir, anualmente, os clu-bes, atletas e treinadores que se distinguiram na época transacta, bem como os directores que se distinguiram ao serviço dos respectivos clubes.

No que diz respeito à nossa colectividade, Teresa Jordão foi distinguida como treinadora do ano na cate-goria de Futsal Feminino. Também nesta categoria, Pisko foi a atleta do ano e a nossa equipa de Futsal Sénior Fe-minino venceu a Taça de Disciplina da época passada.

Manuel Carreira Rito

Mercado do Século XIXGraciosidade dos ranchos

Exposição etnográfica“Museu Vivo” no Freixial

Equipas do CRG

DR

divulgação / apoio

Page 8: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

Saul António Gomes(Continuação)

Falei da verdade a que o his-toriador está vinculado. E, sem querer recorrer a puro exercício de retórica, creio ser um princí-pio correcto a afirmação de que a nação portuguesa não assenta num mito. Tenho presente, aqui, a obra fascinante de Patrick J. Geary, intitulada O Mito das Nações – A Invenção do Nacionalismo, na qual se valoriza a dimensão originante pluriétnica das nações e dos países contemporâneos.

Escreveu este autor, a dado passo, que, citamos:

“Qualquer historiador que tenha dedicado grande parte da sua carrei-ra ao estudo desta época [Alta Idade Média] de formação étnica e de mi-grações tem de olhar com apreensão e desdém para o desenvolvimento de um nacionalismo e de um racismo po-lítico conscientes, sobretudo quando estas ideologias se apoderam da his-tória e a pervertem para a sua pró-pria justificação. Esta pseudo-história começa por partir do princípio de que os povos europeus são unidades sociais e culturais distintas, estáveis e objectivamente identificáveis, e de que se distinguem uns dos outros pela língua, pela religião, pelos costumes e pelo carácter nacional, características estas que são inequívocas e imutá-veis.” (Op. cit., 18-19).

Devo precaver que, como his-toriador português, algumas das ilações retiradas por esse historia-dor me parecem pouco comprová-veis no caso justamente da nação portuguesa. É certo que, como Patrick Geary sustenta, a forma-ção das nações modernas foi um fenómeno mais pleno-medieval e de pós-primeiro milénio do Cris-tianismo do que de tempos ante-riores. Como é também um dado inquestionável que a formação dos Reinos e/ou Estados, seja em que época for, não é um fenóme-no estático e definitivo. Todos os reinos e todas as pátrias e nações se renovam na dinâmica histórica, seja em termos endógenos, seja no plano das implicações que elemen-tos externos foram assumindo nos destinos dessa nação.

Os períodos históricos mais fundantes da argumentação de Patrick Geary, reporta-se um de-les, como se referiu, ao primeiro milénio europeu depois de Cristo, sobretudo o dos séculos alto-me-dievais, quando migrações étnicas, nomeadamente asiático-europeias

e africanas setentrionais, lançavam as sementeiras do que viria a ser o mapa dos Estados modernos, e o outro ao século XIX e parte do XX, no qual a História foi apropriada pelas causas nacionalistas, levando a visões do passado legitimadoras de teses políticas privilegiadoras das “raças” e de “identidades pu-ras”. Sabemos bem, olhando o caso alemão, onde essa apropriação ideológica do passado conduziu: a guerras que mandaram para a sepultura milhões de europeus e levaram ao extermínio de milhões de judeus e outros “marginais”.

Portugal, todavia, como tam-bém ficou afirmado antes, não me parece ser um exemplo muito funcional para o modelo ou a visão de Patrick Geary. Não porque não tenha uma pré-história geral indo-europeia, depois celta, depois his-pano-romana, suévico-visigótica e galego-árabe. Portugal é um reino nascido na plena Idade Média e debaixo do pendão ideológico da guerra santa de cruzada. E a “ins-trumentalização” da sua História, em Oitocentos e no Século XX, para justificar os direitos históricos de Portugal às suas colónias africa-nas, sobretudo, não apaga essa ló-gica identitária do povo português.

Essa força vital, nacional, plu-riétnica, foi bastante percepciona-da, aliás, pelos historiadores portu-gueses do século XIX. Alexandre Herculano procurou na herança política administrativa hispano-romana as raízes do municipalismo e do regionalismo oitocentistas; Alberto Sampaio viu no camponês minhoto, seu contemporâneo, o herdeiro de um homem genetica-mente moldado no passado celto-ibero; José Leite de Vasconcelos, a tantos títulos fundador de uma Etnografia, de uma Arqueologia, de uma Filologia portuguesas, en-controu nos cultos pagãos da an-

tiguidade as linhas justificativas do património religioso do povo português ainda nos alvores do Século XX.

Divirjo da aplicação, sem dis-cussão, dessa ideia de que o caso histórico português possa exempli-ficar mais um caso de uma nação como mito. E mesmo que, Portugal ou qualquer outra nação, o tivesse sido, não se manteve como mito e não permaneceu como tal. Foi sobretudo a História medieval e moderna dos países europeus que os definiu na sua permanência, nas suas coerências étnicas ou nos seus desequilíbrios e lógicas litigiosas.

Portugal é um dos países mais antigos da Europa nostra e per-corre-o, transversalmente, uma consciência histórica identitária profunda. Desde o século XII que Portugal se construiu a ele mes-mo, melhor, que os portugueses, nas suas múltiplas faces étnicas, o construíram. Não creio, final-mente, que Portugal seja, para a discussão do mito das identidades nacionalistas, pela sua história de nação e de construtor de nações, um território marginal ou irrele-vante.

Portugal renovou-se na sua História.

A formação de Portugal, por-que questão genesíaca, é reinci-dente na obra dos maiores histo-riadores portugueses e não passa desapercebida aos estrangeiros que procuram percepcionar a história do país. Damião Peres aclarou o processo na sua obra intitulada “Como se formou Portugal”, e é nes-sa linha da discussão da razão da formação de Portugal que se situ-am grandes textos de autores como António Sérgio (Breve interpreta-ção da História de Portugal), Jaime Cortesão (Factores democráticos da formação de Portugal), Orlando Ribeiro (A Formação de Portugal),

Vitorino Magalhães Godinho (Por-tugal, a emergência de uma Nação, das raízes a 1489) e José Mattoso (Identificação de um país).

Sem omitir que a questão é discutida, ainda que menos mono-graficamente, nas obras de outros historiadores como, entre os mais significativos, A. H. de Oliveira Marques, Joaquim Veríssimo Ser-rão e António Borges Coelho, sem desvalorizar, finalmente, a inter-pretação que desse passado lon-gínquo fazem historiadores con-temporaneístas, o mais relevante dos quais Rui Ramos (História de Portugal. Vol. IX. A Refundação).

Entre os primeiros autores do-mina a leitura da história de Por-tugal como uma transmissão inin-terrupta de continuidades e heran-ças. Portugal emerge, assim, como uma nação prefigurada antes do momento da sua eclosão política com raízes largas no espaço e pro-fundas no tempo. Ao contrário da historiografia espanhola, em que pontificaram as teses de Claudio Sanchez Albornoz e de Américo de Castro, com a emergência da tese da Espanha, ora como “enig-ma histórico”, ora como “acaso”, a historiografia portuguesa acaba-ria por se ater a uma visão mais focada na emergência política e institucional de Portugal e na rá-pida unificação do seu território.

A ideia de um território portu-calense germina sobretudo no con-texto da Reconquista cristã ibérica e a partir do século IX. A par dele emergiu, também, o território de fronteiras meridionais menos defi-nidas a que se chamou o condado conimbricense. Foi na sequência de laços genealógicos geridos pela política pan-iberista dos monarcas de Oviedo que esses territórios co-nheceram um processo integrador paulatino. Nos finais do século XI e inícios da centúria seguin-te, o xadrez político do Noroeste ibérico ditará a consolidação dos antigos territórios portucalense e conimbricense como uma unida-de política sujeita a um governo protagonizado por membros da família imperial de Afonso VI de Castela e Leão.

Portugal emerge dessa unifica-ção territorial e da entronização de uma nova monarquia, legitimada pela sua genealogia e sangue im-perial, que assume o governo dos destinos desse território. O rei fun-dador, D. Afonso Henriques, deu a orientação definitiva ao novo reino, ao investir no alargamento

das fronteiras do seu antigo con-dado para Sul, conseguindo es-tabilizar no Tejo as fronteiras da nova nação. Depois da Batalha de Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques assume em definitivo o título real. Rex portugalensium e, pouco depois, Rex Portugaliae, ou seja, como evidencia José Matto-so, primeiro “rei dos portugueses”, de um nação étnica, para, depois, consciencializar a emergência da Coroa e do Estado (“rei de Por-tugal”).

Portugal nasce como nação nessa primeira metade do século XII. Depois disso, todos os suces-sores do Fundador assumirão a missão de dilatar o Reino e de o unificar. A dimensão do território, estruturado sobretudo por um eixo atlântico, Norte-Sul, permitiu o desencadear de processos de apro-priação da terra que potenciaram a integração de etnias e popula-ções diferenciadas e a emergência bastante precoce de uma língua comum e partilhada do Minho ao Algarve: o galego-português. As diferenças étnicas não anularam a unidade do Reino, antes tendo servido ao reforço do poder régio. Os reis de Portugal foram sempre os maiores senhores e proprietários no seu Reino. Nenhuma outra casa senhorial, que não comungasse de laços de sangue com a realeza, logrou pôr em perigo a cadeia di-nástica afonsina, ou mesmo, mais tarde, a avisina. Apenas a Igreja fez frente à força régia, obrigando a cedências, nos primeiros séculos, para acabar, também ela, domina-da, no seu exercício institucional em território nacional, pelos su-periores interesses ditados pela autoridade régia.

Essa prioridade territorial uni-ficadora portuguesa, na geografia do espaço e na geografia linguísti-ca e cultural, no conspecto euro-peu do aparecimento dos novos países, levou à afirmação indes-mentível de que Portugal é a mais antiga nação da Europa ocidental com fronteiras estáveis. Portugal definiu-se profundamente no seu passado medievo. Não é sem lógi-ca que aqui comemoramos a mais significativa batalha da história da independência do País. Uma batalha medieval suficientemente importante para ter determinado a mudança mais profunda e dura-doura da história do País.

(Continua na próxima edição)

Setembro de 2012

Jornal da Golpilheira8 . cultura . história .

Discurso proferido no Campo Militar de S. Jorge (Parte 2/3)Reflexão sobre Portugal: no dia 14 de Agosto de 2012

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Reconstituição da Batalha Real no campo de S. Jorge

Page 9: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

9Setembro de 2012Jornal da Golpilheira . cultura .

Vai decorrer no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, nos dias 13 e 14 de Outubro, um colóquio/atelier sobre a Capela dos Sousas deste Mosteiro, com o mote “Da Investigação à Comunicação nos Monumentos”. Com organização conjunta do Mosteiro, do Museu da Comunidade Concelhia da Ba-talha e do CEPAE – Centro do Pa-trimónio da Estremadura, a inicia-tiva terá coordenação científica do historiador Saul António Gomes.

O Mosteiro da Batalha con-sagrou-se, em grande medida, como panteão régio, de D. João I a D. João II. Esta realidade levou a que quase se esquecesse ter sido esta também a última morada não apenas dos frades pregadores que o habitaram em vida, mas ainda de uma aristocracia de corte. O tes-temunho mais notável de um tão interessante aspecto da história portuguesa é a Capela dos Sousas, cujo património, hoje disperso, cobre um arco temporal de três séculos (XV a XVII).

Apesar de mal conhecida do público, a história desta capela foi já objecto de estudo por di-versos especialistas dos domínios da genealogia, da heráldica e da história da arte, que apresentarão os respectivos contributos num primeiro dia de colóquio.

O segundo dia será dedicado a exercitar competências e a aplicar estratégias comunicativas (visuais e textuais), com o objectivo de apresentar propostas de materiais interpretativos para a Capela dos Sousas. Deseja-se, assim, implicar os participantes na transmissão de conhecimento, dando-lhes um papel activo no resgate memorial deste importante património.

Este colóquio/atelier encon-tra-se aberto a todos, podendo in-teressar, em particular, a gestores e técnicos de património e museus, membros de associações culturais e de património, autarcas, estu-dantes e professores de história, história da arte, museologia e museografia, entre outros.

“Da Investigação à Comunicação nos Monumentos”Colóquio/atelier no Mosteiro

Folheto edições promoveV Antologia de Poetas Lusófonos

Já se encontram abertas as inscrições para os autores que pretendam inserir os seus trabalhos da V Antologia de Poetas Lusófonos, uma iniciativa da Folheto Edições & Design. Depois do sucesso das anteriores antologias, esta editora leiriense, com o apoio institucional de vá-rias associações, academias e instituições dos países lusófonos, entendeu lançar o regulamento para mais uma publicação, “com o intuito de continuar a promover a poesia e os poetas de língua portuguesa, assim como promover um elo de ligação entre todos”.

Os interessados poderão encontrar todas as informa-ções em www.folheto.pt, sendo o prazo de entrega dos trabalhos até 15 de Outubro de 2012.

CEPAE promove curso livre na Batalha“A Arte Barroca – o ser e o parecer ou essência e ilusão”

O CEPAE – Centro de Património da Estremadura está a promover na Batalha um curso livre, com o título “A Arte Barroca – o ser e o parecer ou essência e ilu-são”, a decorrer até 23 de Outubro, com Sónia Vazão, licenciada História da Arte. O Barroco, pelas suas ca-racterísticas emotivas, de opulência, de magnificência e de teatralidade, rapidamente se afirmou no panorama cultural do Antigo Regime, pois servia, quer os interesses dos Estados absolutistas, quer o propósito da Igreja Ca-tólica, em ordem à doutrinação dos crentes num período de plena consolidação do protestantismo.D

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O Museu da Comuni-dade Concelhia da Batalha esteve encerrado para ma-nutenção na primeira quin-zena de Setembro e voltou ao activo com um programa que aposta num ainda maior dinamismo da sua oferta cultural.

“Colecção de Conversas”Uma das iniciativas a

estrear em Outubro será o I Ciclo de Tertúlias “Colecção de Conversas”, que visam “a partilha de conhecimento, em ambiente de conversa informal e intimista, sobre temáticas de interesse para a região, nomeadamente, a história, as lendas e as tra-dições locais.

Destinadas ao público em geral, estas “conversas” terão uma periodicidade mensal, à primeira sexta-fei-ra de cada mês, pelas 21h00, estando já definidas as ses-sões até final deste ano.

Assim, no próximo dia

5 de Outubro, o convidado será Manuel Poças das Ne-ves (MAPONE), jornalista de turismo e autor do livro “O uso das alcunhas da mi-nha aldeia”, especialmente centrado nos habitantes do Reguengo do Fetal. Abor-dará o tema “Alcunhas com Histórias e Gentes”, sobre as pessoas, as histórias que lhes deram origem, as curiosida-des deste nomes alternati-vos que as populações usam para “re-baptizar” os seus conterrâneos.

A 2 de Novembro, o convidado será Adriano Luís Monteiro, para falar da “Construção do Mos-teiro - Os segredos que a obra esconde”, e a 7 de De-zembro João Pedro Bernar-des virá conversar sobre a “Vida na cidade romana de Collippo”.

Fotografia de patrimónioOutra novidade será

uma oficina de Fotografia,

nas áreas de património e arquitectura, a ocorrer a 20 de Outubro, entre as 10h00 e as 18h00 (inscrições até 17 de Outubro). Rute Violante e Nuno Lima (www.nunoli-ma.com) virão revelar algu-mas das técnicas essenciais

a este tipo de fotografia, le-vando depois os formandos a colocar os seus conheci-mentos em prática.

O Mosteiro da Batalha e outros monumentos que fazem parte do património da vila da Batalha são o ce-

nário a ser captado através das objectivas dos fotógrafos participantes. A luz, a forma e o espaço serão alguns dos elementos a explorar nesta expedição de aprendizagem fotográfica.

Em Novembro...Ilustração científica

A 10 de Novembro (10h00-18h00), uma nova oficina será realizada nas instalações do MCCB, desta feita, sobre Ilustração Cien-tífica, na área de desenho de campo.

No âmbito da temática da Biodiversidade, Davina Falcão (dfalcaoportfolio.tumblr.com) virá mostrar técnicas e materiais a utili-zar nesta especificidade de desenho, convidando depois os formandos a colocar os conhecimentos em prática e a fazer os seus esboços através da observação de animais vivos. As texturas, a volumetria, as proporções e a perspectiva serão alguns dos elementos a explorar nesta oficina temática.

Info: www.museubatalha.com

Mais dinamismo após as fériasConferências e oficinas no Museu da Batalha

Page 10: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

Setembro de 2012

Jornal da Golpilheira10 . reportagem .

500 anos da paróquia da Batalha

Fim-de-semana festivoA paróquia da Batalha

celebrou solenemente, no passado dia 16 de Setembro, os 500 anos da data da sua fundação (14-09-1512) por D. Pedro Gavião, Bispo da Guarda e Prior Mor de San-ta Cruz de Coimbra.

Para além de outras ini-ciativas ao longo do ano, or-ganizadas pela Junta de Fre-guesia local, o fim-de-sema-na de 14 a 16 de Setembro incluiu um vasto programa de celebrações, conferên-cias, apresentação de livros e animação popular.

Na noite de 14 houve Missa na Igreja Matriz, se-guida de uma conferência sobre “A paróquia no con-texto da Nova Evangeli-zação”, pelo Doutor José Manuel Silva Nunes, padre

dominicano que é provincial da Ordem dos Pregadores em Portugal e professor da Universidade Católica Por-tuguesa.

Depois, seguiu-se um passeio pedestre históri-co pela vila, terminando na praça Mouzinho de Albuquerque com convívio e animação musical, numa verdadeira enchente de multidão.

No tarde do dia 15, a Junta de Freguesia organi-zou uma sessão solene co-memorativa da data, que abriu com o lançamento da obra “Junta da Bata-lha – Paróquia e Freguesia nos Séculos XIX e XX”, da autoria de Maria da Luz Moreira. José Travaços dos Santos, que colaborou nesta

edição da Junta de Fregue-sia, sublinhou que esta obra será mais uma referência no estudo da história da fregue-sia da Batalha, revelando “alguns aspectos inéditos sobre os últimos dois sécu-los de vida desta freguesia, sede do termo do Concelho, desde a identificação dos seus territórios até à carac-terização pormenorizada da sua evolução populacional”. A autora referiu na ocasião alguns desses aspectos, rela-cionados, sobretudo, o prin-cipal fundo documental das actas da Junta de Paróquia, a partir de 1385, “onde se podem perceber as questões mais importantes do seu de-senvolvimento até aos nos-sos dias”.

Mas a História não fi-

caria por aí. Saul António Gomes, numa conferência alusiva a esta importante data, falou do trabalho que tem actualmente em mãos, a recolha documental da freguesia, desde a época me-

dieval até ao século XVIII. A obra chegou a estar pre-vista para esta data, mas “a quantidade de documentos encontrados e o imenso tra-balho da sua transcrição” obrigou a um adiamento da

apresentação, num futuro próximo,. O que se pode esperar, referiu Saul Gomes, “é um riquíssimo espólio documental, não tanto so-bre o Mosteiro e o centro histórico da vila, mas sobre toda a riqueza geográfica da freguesia, em cada um dos seus lugares”.

Na sessão foram ainda distinguidas as associações da freguesia, “pelo trabalho efectuado em prol do desen-volvimento humano, social, cultural e desportivo da Ba-talha aos longo dos últimos anos”, como sublinhou Ger-mano Pragosa, presidente da Junta batalhense.

O presidente do Municí-pio, António Lucas, deu os parabéns à Junta pela forma como promoveu estas cele-brações e à população da Batalha, “cujo desenvolvi-mento actual é uma prova do dinamismo que se iniciou e manteve ao longo destes 500 anos de história”.

O deputado batalhense Paulo Batista fez as honras do encerramento, com uma alusão ao momento difícil que atravessamos e que “a luz da história de cinco sé-culos de lutas vencidas nos dá confiança para atraves-sarmos novos desafios”.

No domingo, depois da celebração da Missa (ver tex-to nesta página), o Bispo dio-cesano, D. António Marto, participou na bênção e des-cerramento da uma placa que ficará junto ao edifício da Junta para memória futu-ra desta efeméride dos 500 anos da paróquia.

Textos e fotosLuís Miguel Ferraz

>> Foto-reportagem em www.jgolpilheira.blogspot.pt

Bispo diocesano presidiu à Missa da Santa Cruz“Exaltar a Cruz é acto de esperança no Amor”

O ponto alto para a paróquia foi a Eucaristia dominical, ao orago da Exaltação da Santa Cruz, presidida por D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima.

Os fiéis que enchiam por com-pleto o Mosteiro de Santa Maria da Vitória foram convidados pelo prelado a uma “peregrinação às raízes histórico-culturais que são as raízes da nossa alma”, onde se encontram “traços de identidade, de sabedoria, de humanismo e de progresso”, mas também a fé cristã que “deu alma e ânimo profundo, sentido de pertença a uma mes-ma família, comunhão de vida e de ideais a este povo ao longo sua história”. “Se a fé se mantém ainda viva nesta terra, se na sociedade se-cularizada não faltam sinais autên-ticos do Evangelho, devemo-lo a tantos homens e mulheres que nos ofereceram um testemunho autên-tico e alegre de fé e amor, mesmo em tempos difíceis”, afirmou, sem deixar de referir as “gigantescas transformações culturais e sociais do nosso tempo” também a este nível. A actual perda de “identida-de e pertença cristã e eclesial” e a “erosão da memória da fé” exigem “novo impulso e nova vitalidade” no anúncio cristão, “descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar

o entusiasmo de comunicar a fé”.Referindo-se ao orago da pa-

róquia da Batalha desde há 500 anos, D. António sublinhou que “a exaltação da Santa Cruz celebra a maravilha do mistério de amor que aí se revela” e deve levar o cristão a um acto de fé “na totalidade do Amor incondicional de Deus pelo homem”, a um acto de amor “de viver e comunicar aos outros a to-talidade deste Amor”, e a um acto de esperança “na força deste Amor que renova o mundo”.

Concretizando esta orientação, no contexto da actual crise que é “a ponta do iceberg duma outra

crise mais funda e profunda de or-dem espiritual e moral”, o Bispo de Leiria-Fátima defendeu que a resposta deverá ser o “testemunho de uma fé viva, activa e transforma-dora do mundo”, nomeadamente, pelo “empenho social que se traduz em gestos de fraternidade, solida-riedade, partilha e serviço ao bem comum”. Perante uma sociedade “completamente baralhada”, que “confunde a verdade com a menti-ra”, que “não sabe qual o seu futu-ro” e se vê “desprovida de ideais, de testemunhos de vida e de critérios de discernimento”, é cada vez mais necessário o “testemunho de santi-

dade de vida no mundo para abrir caminhos de renovação que façam frente ao egoísmo e à corrupção”.

“Estamos a bater no fundo”, considerou o Pastor, apontando o dedo à mentalidade de que “tudo vale o mesmo”, de “meter tudo no mesmo saco”, de uma precariedade de vida em que “até o amor já tem prazo de validade como o produto dum supermercado”. Uma propos-ta de vida que leva os jovens a te-rem “medo do futuro e de assumir compromissos”, como o “medo de construir família por não terem horizontes largos de uma vida, mas simplesmente a curto prazo”.

É perante este cenário que “nós cristãos somos chamados a ser se-meadores de nova humanidade”, afirmou o Bispo, indicando como “luz” e “bússula” os dez mandamen-tos “oferecidos por Deus”. À paró-quia da Batalha, deixou o vibrante apelo a que esta “não seja uma efeméride passageira”, mas sim o ponto de partida para “um salto de qualidade na vivência da fé” e para “reforçar a adesão a Jesus Cristo e ao seu Evangelho”. “Não tenhas medo de dar testemunho de Cris-to no mundo!”, pediu D. António, entregando cada paroquiano da Batalha à “materna solicitude” de Nossa Senhora da Vitória.

O presidente da Junta foi o anfitrião

“Que esta não seja uma efeméride passageira”

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11Setembro de 2012Jornal da Golpilheira . reportagem .

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Como referimos em an-teriores edições, a paróquia e freguesia do Reguengo do Fetal comemorou no passa-do dia 24 de Junho os 500 anos da sua criação. Foram já várias as iniciativas pro-movidas ao longo do ano para assinalar a efeméride e outras estão ainda para vir. Uma delas está em plena re-alização, a Festa em Honra de Nossa Senhora do Fetal, que a organização pretende que “seja ainda mais gran-diosa” este ano.

O dia festivo é o primei-ro domingo de Outubro, este ano a 7, sendo o prin-cipal atractivo as procissões com a imagem de Nossa Senhora do Fetal, ilumina-das por milhares de cascas de caracóis alimentadas a azeite, que transformam as ruas e paisagens da freguesia num verdadeiro espectácu-lo de luz.

Mas começou já uma semana antes, na sexta-feira, conforme é tradição, com uma primeira procissão nocturna da igreja matriz ao Santuário de Nossa Senho-ra do Fetal, onde se faz uma saudação a Maria e se cele-bra a Eucaristia, seguindo-se a procissão de regresso, com a imagem que ficará no templo principal durante nove dias. É o primeiro teste à original iluminação.

No sábado da semana seguinte, dia 6 de Outubro, pelas 21h00, volta a acon-tecer nova procissão, em que se reconduz a Imagem

da Virgem para o seu San-tuário. Esta é a procissão mais concorrida, esperando este ano uma ainda maior multidão de participan-tes, muitos deles vindos de fora. É também aquela em que a população local mais capricha na iluminação do percurso e nos diversos de-senhos e efeitos que se criam com as cascas de caracóis a servirem de candeias.

Caracóis em DVDNo passado dia 30 de

Setembro, integrada neste evento, decorreu no Cen-tro Paroquial do Reguengo uma sessão cultural em que foram apresentadas à po-pulações duas importantes obras históricas sobre a sua freguesia.

A primeira é um DVD

documental, produzido pela empresa Virtualnet, uma edição da Câmara Munici-pal da Batalha. Intitulado “Procissão dos Caracóis – Festa de Nossa Senhora do Fetal”, este DVD, com a du-ração total de 193 minutos, inclui ainda o documentário “Reguengo do Fetal – Me-mórias de uma Aldeia”.

Os protagonistas são os habitantes desta freguesia, que testemunham as suas tradições, o seu saber, a sua cultura peculiar. No centro das atenções está a referida “Festa dos Caracóis”, uma tradição que remonta aos séculos passados e que, “fru-to de muito trabalho, da co-laboração das diversas enti-dades e muitos particulares, tem sofrido um grande im-pulso nos últimos anos, que

tem atraído ao Reguengo inúmeros visitantes”, refere a Junta de Freguesia local.

Documentos históricosem livro

A segunda é um livro da autoria do historiador Saul António Gomes, intitulado “Reguengo do Fetal – Do-cumentos Históricos”, edi-tada pela Junta de Freguesia. Trata-se de uma obra que surge no seguimento e com a mesma linha editorial da que o autor apresentou em 2009, “Golpilheira Medie-val – Documentos Históri-cos”, editada pelo Jornal da Golpilheira e o Município da Batalha.

“É um livro que reú-ne 260 documentos, entre 1175 e 1877, não só sobre a localidade do Reguengo, mas sobre todos os lugares que constituem esta vasta freguesia, que incluía até ao século XX a de S. Mamede”,

referiu Saul Gomes na apre-sentação da obra. Segundo o autor, “fica à disposição dos que queriam revisitar a história local, desde as soli-dariedades familiares que a foram construindo, até ao imenso património natural e patrimonial que possui, sobretudo o importante centro de culto mariano que nos finais do século XVI concorria com a Se-nhora da Encarnação, em Leiria, e com o Santuário da Nazaré”. O historiador afirmou ainda que “este estudo sobre o Reguengo é fundamental para se com-preender verdadeiramente a história da ocupação me-dieval destes territórios da Alta Estremadura”.

Texto e fotosLuís Miguel Ferraz

História do Reguengo do Fetal em DVD e livro

Festa dos Caracóis espera multidões

Momento da apresentação do DVD

Momento da apresentação do livro

Page 12: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

Setembro de 2012

Jornal da Golpilheira12

Padre Vítor Melícias no Reguengo do FetalCrise resolve-se com “Europa mais franciscana”

A resposta à crise financeira e social que atravessamos está na “solidariedade entendida como fraternidade”, em que “todos somos responsáveis por todos”, com a consciência de que “o que temos é nosso, mas é também dos outros”. Este poderá ser o resumo da in-tervenção do padre Vítor Melícias, no passado dia 14 de Setembro, no Reguengo do Fetal, numa conferência intitulada “Solidariedade social na sociedade actual”.

Promovida pelo Centro Paroquial de Assistência do Reguengo do Fetal (CPARF), com apoio da Junta de Freguesia local, esta foi a primeira de um ciclo de “conversas” que está a decorrer, no âmbito dos 500 anos desta paróquia. “Encaramos o trabalho neste Centro como acto de solidariedade, como acto de amor, de quem dá algo de si pelos outros”, começou por referir Carla Henriques, directora téc-nica do CPARF. Daí o convite a este sacerdote franciscano, “alguém com saber e experiência” para partilhar nesta área.

O orador começou por lembrar o percurso histórico de uma “so-ciedade da subordinação, em que uns mandam e outros obedecem”, para a actual “sociedade da coordenação, em que a lei veio reconhecer a todos a igualdade de direitos e deveres”. “Mas temos de avançar para a sociedade da verdadeira fraternidade, em que não basta res-peitarmos os outros, mas sim vivermos como irmãos”, referiu o padre Melícias. Na prática, uma “Europa mais franciscana”, expressão que ouviu em Assis (Itália) ao próprio vice-ministro das finanças alemão, defendendo que “a lógica do lucro deverá dar lugar a uma nova ética financeira, na lógica do dom e da solidariedade”.

Para reforçar esta ideia, lembrou as observações de João Paulo II sobre a sociedade actual, marcada pela “exclusão social” de muitos que são ainda marginalizados, pela “exclusão de valores” que nos deixa desorientados e sem referências éticas, e pela “exclusão do es-pírito”, em que só o material interessa. E também o que dizia Paulo VI sobre a perda de “comunidade” trazida pelo “urbanismo” moder-no. “Nas nossas antigas comunidades rurais, todos se conheciam, todos se sentiam responsáveis por todos, todos partilham alegrias e tristezas”, referiu o franciscano, adiantando que uma das raízes da actual crise está “no egoísmo que tomou conta das nossa forma de vida”. Nesse sentido, só o regresso a uma “cultura de solidariedade, não como ajuda, mas como forma de vida, em que tudo o que temos é nosso, mas é também dos outros”, poderá fazer-nos “acreditar num mundo diferente, marcado pela alegria e pela esperança, as primeiras palavras da encíclica Gaudium et Spes, do Vaticano II”.

A propósito dos acontecimentos políticos mais recentes a nível nacional, Vítor Melícias recordou que “é obrigação moral” o pa-gamento de impostos, mas ressalvou que “podemos estar a atingir o exagero”. E sublinhou que “o dinheiro da Segurança Social é da solidariedade e não do Estado”, o que parece “estar a ser ignorado pelo Governo com esta proposta de aumento da taxa paga pelos tra-balhadores para esse fim”, proposta que, entretanto, foi abandonada.

O sacerdote defendeu ainda que “não deve ser o Estado o exe-cutante da solidariedade”, mas sim “o garante da boa distribuição de recursos e do bom funcionamento das instituições” e apontou a necessidade de evitarem entraves como o “atraso nos pagamentos” ou as “exigências exageradas” nas condições técnicas e burocráticas impostas às Instituições Particulares de Solidariedade Social.

Quanto a esta onde decorreu o evento, propriedade da paróquia do Reguengo do Fetal, “está de parabéns a direcção pela forma como se mantém em constante crescimento, com equilíbrio financeiro e consolidada resposta às exigências sociais, além das fronteiras da pró-pria paróquia”, concluiu Carla Henriques no encerramento da sessão.

Luís Miguel Ferraz

No passado dia 13 de Setem-bro, o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) lançou o projecto “Fa-mília do Lado – 2012”, uma acti-vidade que pretende “promover a integração dos imigrantes residen-tes em Portugal, fomentar os laços entre as comunidades imigrantes e a população autóctone e criar um espaço de partilha e de convívio entre todos”.

Na prática, trata-se uma fa-mília aceitar acolher em sua casa outra família que não conheça, constituindo-se pares de famílias para a realização de um almoço-convívio, típico da sua cultura, como forma de acolhimento do

“outro”.O dia escolhido para estes

encontros será o domingo 18 de Novembro de 2012, tanto em Portugal como em todos os países que se associam: República Che-ca, Bélgica, Hungria, Itália, Malta, Eslováquia e Espanha.

Este projecto transnacional foi criado na República Checa em 2004, onde existe desde então com resultados muito positivos. Deriva do conceito de “bairros inclusi-vos” e assenta na interacção entre imigrantes e autóctones e na im-portância do reforço das relações sociais como forma de contribuir para uma integração mais efecti-va, eliminando barreiras e promo-

vendo a diversidade cultural. Em Portugal, conta com o apoio do Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros (FEINPT) e é desenvolvida em parceria com a Rede de Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAII).

As famílias interessadas em participar (anfitriãs ou imigrantes) deverão contactar o CLAII mais próximo da sua área de residência, que no caso de Leiria é a associa-ção AMIGrante, associada da ini-ciativa (244815095 ou 927377391 – Susana Ferreira; [email protected]).

. solidariedade .

Recentemente, foi constituída a “InPulsar - Associação para o Desenvolvimento Comunitário”. “In” de inclusão, de intervenção, de inovação, de investimento! A InPulsar surge pelas mãos de um conjunto de jovens que acreditam conseguir fazer uma diferença nes-te tempo, que é um de dificuldades e desafios. A InPulsar elege como raio de acção a região de Leiria e tem como principal preocupação as crianças e jovens em risco e suas famílias, e os idosos.

Para o primeiro mandato 2012/2013 foram já eleitos para a direcção: Lisete Cordeiro (pre-sidente), contando com Ana João Santos e Diogo Teles, como vice-presidente e tesoureiro, respectiva-mente. O núcleo duro de trabalho conta ainda com os membros fun-dadores Liliana Carvalho, Sílvia Branco e Tânia Marques.

No passado dia 22 de Setem-bro, a InPulsar arrancou já com a sua primeira iniciativa, no M|i|mo - Museu da Imagem em Movimen-

to. Tratou-se de uma oficina em parceria com a “Produções Fixe”, orientada para profissionais da área social interessados em pensar e aprender mais sobre o fenómeno da “Exclusão Social” e avaliar me-lhores estratégias de intervenção. a InPulsar está a preparar alguns projectos orientados para a inter-venção comunitária nas freguesias dos Marrazes, Pousos e Leiria. Po-derá acompanhar o seu trabalho no Facebook da organização.

Nova associação em Leiria - 1“InPulsar”pelas crianças em risco

A Sorrisos de Julinha - Asso-ciação de Solidariedade Social de Apoio a crianças com necessida-des especiais e respectivos pais apresentou-se publicamente no passado dia 27 de Setembro, no Teatro José Lúcio da Silva, durante uma Gala Vídeo-Musical que con-tou com a presença de mais de três centenas de amigos.

Paulo Futre, Nucha, Fubu Beat Box, Inês Bernardo e Leonel Monteiro, Elsa Gomes, José Freixo e o pato Donaltim, Os Apartirtu-do, Mike Bramble, Ludgero Ro-sas, Vaskinho e Johnny e a escola de Dança Stacatto foram alguns dos artistas que se quiseram asso-ciar a esta causa e que fizeram a Gala de apresentação da Sorrisos

de Julinha. “Sorrisos de Julinha” é uma

associação sem fins lucrativos, com sede no concelho de Leiria, que nasceu do movimento gera-do pela campanha “Tampinhas e Companhia” de acompanhamento e apoio a uma menina do conce-lho que desenvolveu uma doença rara – “Distrofia Neuro-Axonal Infantil” – a partir dos 15 meses.

Hoje, com sete anos, a Ana Jú-lia é uma criança sem capacidade de movimento que vive exclusiva-mente do apoio dos pais.

A campanha veio a revelar-se um sucesso na recolha de tampi-nhas de plástico, posteriormente trocadas por dinheiro nos centros de reciclagem, que serviu unica-

mente para a aquisição de ajudas técnicas que melhoram bastante a vida da Ana Júlia. Até ao mo-mento, foram recolhidas mais de 26 toneladas de tampinhas, com as quais se compraram uma cadeira-auto adaptada e uma cadeira de posicionamento indoor e vários equipamentos técnicos de apoio diário.

No seguimento desta campa-nha, nasceu a Associação “Sorrisos de Júlia” com o objectivo de apro-veitar a estrutura que desenvolveu a campanha a favor da Ana Júlia e colocá-la à disposição de mais crianças e pais.

Info: 968357766ou [email protected]

Nova associação em Leiria - 2Sorrisos de Julinha nasce em festa

AMIGrante de Leiria integra projecto“Família do Lado – 2012”

LMF

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13Setembro de 2012Jornal da Golpilheira . eclesial .

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“Decidimos acolher, com gran-de alegria e plena disponibilidade, a proposta do Santo Padre”, afirma D. António Marto na abertura da Nota Pastoral em que anuncia à diocese de Leiria-Fátima o tema do próximo ano pastoral, ligado ao “Ano da Fé” que o Papa definiu entre 11 de Outubro de 2012 e 24

de Novembro de 2013.Num ano sob o mote “O Te-

souro da Fé, Dom para Todos”, haverá “três momentos significati-vos”: a abertura solene, no dia 14 de Outubro (ver acima); a Festa da Fé, em edição renovada, na cidade de Leiria, nos dias 31 de Maio, 1 e 2 de Junho de 2013; e o encerra-mento festivo, a 24 de Novembro de 2013, com a Missa da Soleni-dade de Cristo Rei, na Sé.

Acolher e anunciar o dom da féNa sua Nota Pastoral, D.

António deseja que cada um pro-cure responder à “profunda crise de fé que atravessa o mundo e atingiu muitas pessoas e a própria Igreja” e à “erosão da memória da fé”. Lembrando que “em certos ambientes existe uma hostilidade subtil em relação ao cristianis-mo como sendo uma sub-cultura ultrapassada, ou em relação aos cristãos como cidadãos de segunda série, submetidos ao desprezo ou ao ridículo”, D. António afirma

que “o Povo de Deus é chamado a fazer face ao desafio do futuro da fé reencontrando um novo impulso e uma nova vitalidade”.

“Acolher o dom de Deus não só é possível, mas é também realiza-dor e belo para cada pessoa”, escre-ve o Bispo diocesano. Para tal, há que “compreender cada vez mais e viver cada vez melhor esta graça”, que é dom de Deus, para, depois, “anunciar ao mundo, de modo renovado, a beleza de Deus, espe-cialmente a quem não a conheça ou se sinta estranho à comunhão com Jesus e o seu Evangelho, vi-vido na Igreja”. A fé “comunicada como experiência de graça, beleza e alegria” poderá ser a resposta a uma sociedade que se sente per-dida ou desiludida perante “os fa-lhanços históricos desta pretensão do progresso sem Deus”. Àqueles para quem Deus é desconhecido ou indiferente, cumpre-nos “dar testemunho luminoso e credível”, até porque a descrença actual pode também dever-se “ao facto

de que o nosso testemunho não é tão forte, convicto e alegre como devia ser”. Por isso, “não basta uma repetição cansada de fórmulas e tradições do passado”, mas sim um “estilo de vida que faz a diferença sobre o sentido da existência, o va-lor e o respeito da pessoa e da vida humana, o verdadeiro matrimónio entre um homem e uma mulher, a família, a busca da Verdade e o viver nela, o empenho na transfor-mação do mundo, sobre a morte e a vida para além da morte”.

Objectivos e acçõesPara o trabalho pastoral des-

te ano, D. António aponta como grandes objectivos “redescobrir a alegria de acreditar em Jesus Cris-to; avivar o entusiasmo pelo teste-munho e anúncio da fé; e avaliar a vitalidade das comunidades cristãs à luz do percurso pastoral dos úl-timos anos.

Para os realizar, enumera al-gumas “iniciativas, dinamismos e acções” que deverão orientar

o trabalho dos serviços, agentes da pastoral, comunidades, movi-mentos e grupos, aos vários níveis diocesano, vicarial, paroquial ou comunitário, apelando “à criati-vidade pastoral e à comunhão de esforços entre todos”.

Em jeito de proposta final, o Bispo diocesano lembra o pedi-do do Santo Padre para “fazer do Credo a oração diária” durante este ano, uma oração que deverá ser “aprendida de memória, como era costume nos primeiros séculos do cristianismo”.

Por fim, D. António entrega o bom fruto deste ano nas mãos de Nossa Senhora, aquela que nos “acolhe à porta da fé, introduzin-do-nos na intimidade do mistério de Deus em Cristo, tal como fez com os Pastorinhos de Fátima”.

A Nota Pastal está publicada em livro, que poderá ser pedido junto do pároco ou no Seminário de Leiria.

Info: www.leiria-fatima.ptLuís Miguel Ferraz

O Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, convocou todos os diocesanos para uma Assembleia que marcará o iní-cio das actividades pastorais de 2012-2013, sobretudo os mais envolvidos na acção das suas co-munidades.

O encontro está marcado para as 15h00 do domingo 14 de Outu-bro, nos claustros da Sé de Leiria, e servirá também para assinalar o Dia da Igreja Diocesana, habitual-

mente ao primeiro domingo desse mês. A mudança para o domingo seguinte visou, precisamente, a “comunhão visível” com a Igreja universal na abertura do Ano da Fé, ao qual se ligou o tema dioce-sano para este ano: “O Tesouro da Fé, Dom para Todos”.

O objectivo da caminhada comum, a ser apresentada nesta assembleia, será “redescobrir a alegria de acreditar em Cristo, avi-vando o entusiasmo pelo testemu-

nho e anúncio da fé e avaliando a vitalidade da fé das comunidades cristãs”, refere D. António.

Para além da oração e da ani-mação musical, esta tarde contará também com a participação espe-cial do professor Marcelo Rebelo de Sousa, convidado a falar sobre o Concílio Vaticano II, evento que comemora a 11 de Outubro os 50 anos do seu início. Terminará com a Eucaristia na catedral, às 17h00.

O Bispo diocesano lembra que

“um evento como este testemunha a nossa união no amor de Cristo, exprime e reforça a comum per-tença à mesma e grande família espiritual, promove a comunhão eclesial e imprime nos nossos co-rações maior sentido de corres-ponsabilidade na missão comum”. Nessa linha, apela aos agentes da pastoral que reservem a “agenda” deste dia sem outras actividades e motivem os seus colaboradores à participação na assembleia.

Professor Marcelo é o orador convidadoD. António Marto convoca Assembleia Diocesana

Nota Pastoral do Bispo diocesano para 2012-2013“O Tesouro da Fé, Dom para Todos”

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Setembro de 2012

Jornal da Golpilheira14 . livros . CD . DVD .

.CD.

Junta da Batalha – Paróquia eFreguesia nosséculos XIX e XXMaria da Luz MoreiraJunta de Freguesia da BatalhaEsta é uma obra que ficará de referência no estudo da his-tória da freguesia da Batalha, da autoria da investigadora batalhense Maria da Luz Mo-reira. Aqui se revelam alguns aspectos inéditos sobre os últimos dois séculos de vida desta freguesia, sede do termo do Concelho, desde a identifi-cação dos seus territórios até à caracterização pormenorizada da sua evolução populacional. Não faltam, sequer, recolhas interessantíssimas das impres-sões manifestadas por viajantes que ali passaram ao longo dos tempos, sobretudo em visita ao grandioso Mosteiro que alberga no centro da vila. O principal fundo documental apresenta-do é o das actas da Junta de Paróquia, a partir de 1385, onde se podem perceber as questões mais importantes do seu desenvolvimento até aos nossos dias. Apresenta ainda um vasto espólio fotográfico, que dá a este livro um interesse acrescido na leitura.

Tiro no EscuroTiro no EscuroOs Tiro no Escuro (Bruno Flyer na voz, Guilherme Marques na gui-tarra, Daniel Pereira na bateria e Filipe Trigo no baixo) nasceram em 2004 e cedo tentaram transparecer para o seu som as suas influências mais directas, que residiam em ban-das como os Offspring, os Green Day e Bad Religion. Os concertos sucedem-se fazendo com que a banda pense em alargar os seus horizontes. Em 2008 decidem fazer uma tour por Portugal, tocando praticamente em todo o lado, desde Porto até Faro. Em 2012 lançam o primeiro álbum homónimo, uma edição de autor com 10 temas originais, gravados nos Estúdios Flyer e Mad Dog Studios e masteri-zados nos West West Side Studios (New York, EUA). A 4 de Outubro farão o concerto de lançamento do álbum no Moagem Urban Lounge e partem em tour por todo o País, onde irão espalhar o seu Punk-Rock contagiante e eléctrico. Info: www.facebook.com/tiro.noescuro.50

VirtualnetMunicípio da BatalhaEste é um DVD documental, produzido pela empresa Virtu-alnet. Para além de “Procissão dos Caracóis – Festa de Nossa Senhora do Fetal”, este DVD, com a duração total de 193 minutos, inclui ainda o docu-mentário “Reguengo do Fetal – Memórias de uma Aldeia”. Os protagonistas são os ha-bitantes desta freguesia, que testemunham as suas tradi-ções, o seu saber, a sua cultura peculiar. No centro das aten-ções está a referida “Festa dos Caracóis”, uma tradição que remonta aos séculos passados e que, “fruto de muito trabalho, da colaboração das diversas en-tidades e muitos particulares, tem sofrido um grande impulso nos últimos anos, que tem atraído ao Reguengo inúmeros visitantes”.

YOUCAT - Orações para os jovensPaulusDando sequência ao conteúdo do YOUCAT, o Catecismo da Igreja Católica em linguagem para adolescentes e jovens, e da agenda YOUCAT 2013, a Paulus lança mais um preciso instrumento para a utilização deste público. Trata-se de YOU-CAT – Orações para os jovens, que reúne uma selecção de propostas de oração adaptadas aos seus ritmos, sensibilidades e linguagens. Está dividido em duas partes: a primeira com roteiros de oração diária e a segunda com uma colectânea de orações tradicionais e outras novas. Para quem pensa que rezar é uma actividade separada da vida, que é apenas possível a quem vive fechado num con-vent, descobrirá a surpresa de poder rezar a própria vida.

Celebraçõespara o Ano da FéConselho Pontif. Promoção da Nova EvangelizaçãoPaulusNeste Ano da Fé, prestes a iniciar-se, em que o Papa convi-da todos os cristãos a aprofun-darem o dom da fé e as formas de a viverem e anunciarem na sociedade moderna, este será um livro indispensável para acompanhar na oração essa vivência e anúncio. A obra apresenta o ritual oficial pro-posto pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evan-gelização para as celebrações de abertura e de encerramento do Ano da Fé. Inclui ainda algumas sugestões para as diversas celebrações a serem realizadas pelas paróquias e dioceses ao longo deste ano, que fechará na festa de Cristo Rei, em No-vembro de 2013.

O Reino de Deus– Jesus e oLago da GalileiaTexto: Roberta TavernaIlustração: Michela AmeliPaulusEste é mais um poster didáctico da colecção “Mapas Bíblicos para a Catequese”. Desta vez, o mapa gigante revela a região do lago de Tiberíades. Por esta região andou Jesus a anunciar o Reino de Deus, fez ali os primeiros milagres, revelou as suas parábolas aos discípulos e viveu parte importante da sua vida. Com as informações e sugestões pedagógicas dadas no verso do mapa, os catequi-sandos poderão aprender estas e outras coisas importantes, como os outros três nomes que se davam a este lago: Lago de Genesaré, Mar da Galileia e Mar de Kinneret. Ali andavam os pescadores Pedro, Tiago e João, quando Jesus os chamou…

A morte ensinaa viver – Enfrentar saudavelmenteo lutoJosé Carlos Bermejo (Ed.)PaulusNuma sociedade em que se quer iludir o sofrimento, a morte e o luto ficam, em muitas ocasiões, velados, ocultos, rele-gados para esferas quase abso-lutamente privadas. Contudo, a morte coloca-nos irremedia-velmente diante do mistério da vida, impõe-nos silêncio, vazio, reflexão inevitável. E desde aí, desde o vazio e da reflexão, des-de a ruptura e da crise, a morte ensina-nos a viver. O presente livro contempla a morte e o luto dos que sofrem a perda a partir de diversas perspectivas: a antropologia, a psicologia, a ética, a pastoral da saúde ou a liturgia são disciplinas que têm algo a dizer, algo que nos ajudará, sem dúvida, a viver saudavelmente o luto.

A Dona de Casa Perfeita- Limpar, Organizare PouparMónica DuarteGuerra & Paz / Clube Livro SICAí está o guia prático da autora do site de organização domés-tica mais lido em Portugal, com dicas, sugestões, listas e solu-ções para um dia-a-dia melhor: mais limpo, mais organizado e mais poupado. Mónica Duarte partilha nesta obra ideias práti-cas e simples para fazer um or-çamento doméstico, aproveitar sobras de comida, saber lucrar com as promoções, conhecer truques de limpeza, reciclar objectos, organizar a despensa, tirar nódoas, elaborar listas de compras, poupar nas despesas diárias, etc. Em 14 temas e mais de 200 tópicos, saiba como fazer isto e muito, muito mais!

Peripéciasdo CoraçãoJulia QuinnASA / LeyaA sensata Kate Sheffield está decidida a encontrar para a sua meia-irmã Edwina um marido de reputação impecável. Mal ela sabe que o visconde Anthony Bridgerton já traçou um plano... que inclui a belíssima jovem! E ele não está habituado a ser contrariado... Embora Anthony seja o solteirão mais cobiçado da temporada, a sua reputação de mulherengo perturba Kate. Ela terá de agir rapidamente, pois Edwina vê com muito bons olhos os avanços do visconde. Mas Edwina fez uma promessa que não está disposta a quebrar: nunca casará sem a bênção de Kate. Cabe, pois, a Anthony convencer aquela que (espera) será a sua futura cunhada. Ele é um homem determinado e seguro de si... e não contava encontrar uma adversária à sua altura. Frente a frente, Kate e Anthony apercebem-se de que têm mais em comum do que ima-ginaram. Mas o que os une ameaça separá-los para sempre.

Reguengo do Fetal– Documentos HistóricosSaul António GomesJunta de Freguesia do ReguengoMais um excelente livro da autoria do historiador Saul António Gomes, no segui-mento e com a mesma linha editorial do “Golpilheira Medie-val – Documentos Históricos”, desta vez sobre a freguesia do Reguengo do Fetal. Aqui se reúnem 260 documentos, entre 1175 e 1877, não só so-bre a localidade do Reguengo, mas sobre todos os lugares que constituem esta vasta freguesia, que incluía até ao século XX a de S. Mamede. É um convite do autor a “todos os que queriam revisitar a história local, desde as solida-riedades familiares que a foram construindo, até ao imenso pa-trimónio natural e patrimonial que possui, sobretudo o impor-tante centro de culto mariano que nos finais do século XVI concorria com a Senhora da Encarnação, em Leiria, e com o Santuário da Nazaré”. Segundo Saul Gomes, “este estudo sobre o Reguengo é fundamental para se compreender verdadeira-mente a história da ocupação medieval destes territórios da Alta Estremadura”.

Procissão dos Caracóis– Festa de Nossa Senhora do Fetal

.DVD.

Page 15: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

15Setembro de 2012Jornal da Golpilheira . sociedade . economia .

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Cerca de 175 veícu-los andaram pela vila da Batalha e arredores, nos dois dias do II Encontro Anual de Carros Antigos e Clássicos da Batalha, organizado pela empre-sa Victor Limousines. “Esperámos mais parti-cipantes, dado o número que já tínhamos regista-do no ano passado, mas a actual crise não ajudou a nossa proposta do en-contro em dois dias, que ficou um pouco mais caro”, referiu o organiza-dor ao nosso Jornal.

Ainda assim, Victor Moniz manifestou a sua satisfação por tanta gente ter andado pela Batalha e pelas regiões vizinhas, fomentando também o comércio lo-

cal e os negócios dos muitos parceiros que conseguiu angariar para este evento. E garan-tiu desde logo que, para o ano terá de ser ain-da maior, “nem que te-nha de pôr as entradas grátis”, afirmou com o optimismo que lhe é co-

nhecido.As surpresas, espec-

táculos de rua, visitas a empresas, prémios, lau-tas refeições e muita ani-mação foram prato forte nesta iniciativa, em que os veículos mais velhi-nhos foram as estrelas da companhia.

Como todos os anos des-de 2003, a Cap Magellan acompanhou os automobi-listas emigrantes a caminho de férias, recebendo-os nas fronteiras de Vilar Formo-so, Valença e Vila Verde da Raia. A equipa percorreu mais de 4000 quilómetros, para informar sobre o código da estrada, para alertar para os perigos da estrada e para as precauções a ter, para dis-tribuir material informativo.

Estiveram também em várias discotecas pelo País, uma delas a Palace Kiay de Pombal, para sensibilizar os

condutores para “soprar no balão” e verificarem as taxas de alcoolemia.

Participaram ainda em programas relevisivos e ra-diofónicos, com a ajuda do padrinho de 2012, o apresentador José Carlos Malato.

Segundo a organização, que contou uma vez mais com a parceria do Jornal da Golpilheira na divulgação, “foi precisamente durante as acções nocturnas que a campanha obteve maior im-pacto”. O desafio da pulsei-ra «Sécur’été» era lançado

a cada condutor e todos os que tinham a pulseira eram submetidos no final da noi-te ao conhecido “balão”. “A nós cabia dissuadir da con-dução quando a taxa legal de alcoolemia era ultrapas-sada e o desafio foi larga-mente alcançado”, afirma a organização.

No comunicado final da campanha, a Cap Magellan refere:

“Em primeiro lugar, está-vamos orgulhosos de cons-tatar que muitos grupos de jovens tinham já à parti-da designado um “Sam” e,

como impõe a tradição, o “Sam” não bebe porque é o “Sam” que conduz. Noutros casos, em que a taxa de alco-olémia ultrapassava o limite legal, a pessoa aceitava vo-luntariamente dar a chave a um amigo sóbrio. Por todas estas razões, esta campanha continuará de ano para ano, porque as acções a favor da nossa segurança a todos nunca são demais. E mais uma vez, as estradas conhe-ceram novamente acidentes trágicos, o que só nos motiva a continuar sempre”.

LMF

“Sécur’été 2012” da Cap Magellan

Mais uma campanha de sucesso

II Encontro da Batalha

Vila encheu-se de “clássicos”CIMPL promove em OutubroSeminário de “internacionalização”

A Comunidade Intermunicipal do Pinhal Litoral vai organizar um Seminário subordinado ao tema “Interna-cionalização – Vantagens das Abordagens Colaborati-vas”, a decorrer no próximo dia 4 de Outubro, a partir das 14h45, no auditório da OPEN, na Marinha Grande.

Este seminário pretende ser um momento de debate e partilha de informação sobre o contexto actual da eco-nomia portuguesa, oportunidades e desafios com que se deparam as empresas e ainda sobre os apoios e incentivos existentes, com a apresentação de exemplos de acções que estão a ser levadas a cabo para compensar falhas de mercado e promover a internacionalização das empresas.

O evento está integrado nas actividades de dinami-zação da “Rede Urbana para a Competitividade e a Ino-vação do Pinhal Litoral”, constituída pelos municípios de Pombal, Leiria, Marinha Grande, Batalha e Porto de Mós, que tem como parceiros as respectivas câmaras municipais, bem como outras instituições de relevo da região, como o Instituto Politécnico de Leiria, a Asso-ciação Empresarial NERLEI, o Turismo Leiria-Fátima, a associação Leiria Região Digital (AMLEI), o CENTI-MFE, a CEFAMOL, a SIMLIS e a Agência Regional de Energia da Alta Estremadura.

Inovação + Qualidade = Sustentabilidade?II Jornadas de Economia Social

Nos dias 12 e 13 de Outubro vão realizar-se, na Es-cola Superior de Educação e Ciências Sociais do Insti-tuto Politécnico de Leiria, as II Jornadas de Economia Social: “Inovação + Qualidade = Sustentabilidade?”.

Apresentar, debater e encontrar ideias, estratégias e instrumentos para inovar, qualificar e contribuir para a sustentabilidade nas organizações sem fins lucrativos de âmbito social é o objectivo desta iniciativa. “O contexto social, económico e financeiro em que hoje as organiza-ções sem fins lucrativos se inserem, exige, por um lado, inovação nas formas de pensar e agir e, por outro lado, requerem excelência nos produtos e serviços prestados”, refere a organização para justificar a escolha do tema.

Para tal, serão abordados seis temas: Optimismo e inovação nas OFSL; Planeamento estratégico e ava-liação organizacional; Marketing e comunicação nas OSFL; Fundraising (angariação de fundos); Voluntaria-do e inovação e Inovação e desenvolvimento.

A organização é da APEPI – Associação de Pais e Educadores para a Infância de Pombal, EAPN Portugal / Núcleo Distrital de Leiria, Liga Social e Cultural Campos do Lis, InPulsar – Associação de desenvolvimento comu-nitário e Vida Plena – Associação de Solidariedade de Leiria. As inscrições até 7 de outubro. Info: www.eapn.pt

Foto

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Algumas das “belezas” presentes

O organizador num dos seus veículos

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Setembro de 2012

Jornal da Golpilheira16 . temas .

. vinha .

José Jordão CruzEngenheiro Téc. Agrário

. combatentes .Coluna da responsabilidade doNúcleo da Batalha daLiga dos Combatentes

As guerrasesquecidas - 2

Esta nossa sociedade ocidental está hoje envolta num problema civilizacio-nal que tem gerado grandes debates e poucas soluções. É a taxa de Natalida-de. Não nascem crianças e a Sociedade não se mantém, mas antes definha a ritmos acelerados.

Em Portugal nos últimos anos nasceram umas vezes menos e outras sensi-velmente 100.000 crianças por ano. A taxa de natalidade é de 1,2% com ten-dência para baixar.

Discutem-se subsídios, conciliação família-trabalho, papel da mulher, igual-dade de género, educação dos filhos, etc., etc.

Muitas são as questões, e as soluções plausíveis para uma questão tão com-plexa como esta – “o que determina que os homens e mulheres tenham mais filhos?” Mas não há “a solução”.

Atenta a especificidade do papel próprio do pai e o papel própria da mãe há que reconhecer o especial peso que a decisão da mulher tem nesta matéria. A qual não se faz por si só. Ela resulta em larga medida da conjugação necessária com o papel e vontade do homem/pai.

No passado mês de Fevereiro, a convite do Presidente da República, assisti-mos ao Colóquio “Nascer em Portugal” que trouxe a Cascais vários especialistas estrangeiros e onde estiveram académicos portugueses. Portugal foi reconhecido como um caso atípico porque as mulheres portuguesas são das mais férteis [mais de 95% têm filhos (1)], o nível de apoios à maternidade previstos na lei está na média europeia e no entanto, Portugal é o País da União Europeia com mais baixa taxa de Natalidade (a par da Bósnia). Também se reconhece que não é a atirar dinheiro “para cima” do problema que a questão se resolve. Precisamos de uma nova mentalidade.

Quanto a nós, falta pôr o “dedo na ferida”. Há dois vectores principais que nos últimos anos “dizimaram” o País.

O primeiro – As leis da Família. Nos últimos 6 anos – foram seis leis. Apro-vou-se a lei do divórcio unilateral, que tornou o casamento um acto irrelevante, à mercê de comportamentos irresponsáveis e descartável.

Aprovou-se a lei do aborto gratuito e subsidiado.Aprovou-se a lei da Reprodução Artificial e dos embriões excedentários,

onde um filho pode ser produto de uma técnica.Aprovou-se o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, e a lei da mudan-

ça de sexo, por opção.Aprovou-se a lei da Educação Sexual em meio escolar com carga ideológica

que ilusoriamente isenta de responsabilidades.A Lei informa e forma a mentalidade social. Pode pedir-se a uma mulher

que tenha mais do que um filho, quando, não tem segurança na relação que sustenta a sua família?

Em segundo lugar – A educação. Ter filhos é um acto que exige responsabi-lidade, abnegação, partilha, risco, entrega e Amor, muito Amor. Amor no seu sentido mais pleno de “Caritas”. Exige este Amor pleno, com entrega do próprio eu, com entrega de si numa relação de Beleza que só o reconhecimento de um Ser Superior pode dar. Uma educação hedonista e relativista não aponta para aqueles valores. Uma educação baseada apenas na “cidadania” não gera esta explosão de Amor (Caritas).

Mas o Estado não é confessional, não educa para a relação com Deus. Só uma educação para o homem pleno (corpo e alma) é capaz de gerar aquela nova mentalidade que promove a entrega de mulheres e homens a esta nobre, vertiginosa, arriscada, bela e gratificante aventura, que é ter filhos.

Por isso o Estado, se quer mesmo salvar a Civilização, e a sua sustentabili-dade, tem de reconhecer que precisa de quem verdadeiramente eduque o ser humano. O Estado precisa de apostar nas Famílias e, de reconhecer que só com a Liberdade de Educação podem surgir mais projectos (escolas) para uma edu-cação mais apta a esta tarefa social.

As mulheres portuguesas não são máquinas (reprodutoras) ao serviço de um qualquer valor estatístico, sociológico ou outro. Mas, mulheres e homens numa sociedade estruturada a partir da Família baseada nos laços de sangue e no casamento entre um homem e uma mulher, hão-de encontrar a alegria, o amor e a esperança que cada vida, cada filho, contêm em si.

In Voz da Verdade, 2012-03-11

Como vimos no artigo anterior, no início da 1.ª Guerra Mundial (1914), Portugal, com uma incipiente e instável República implan-tada menos de 4 anos antes, tinha grandes dificuldades, não só em consolidar esta internamente, como, até também devido a tal ins-tabilidade, se credibilizar no seio das nações europeias e mundiais.

Com o desencadear da guerra na Europa, em Julho de 1914, apresentando-se Portugal, por essa altura, como neutral, esta nossa posição não foi suficiente para evitar que a Alemanha começasse a atacar os nossos territórios no Sul de Angola e Norte de Moçam-bique, para além de também acirrar os ânimos das populações na-tivas contra nós.

Como resposta, Portugal enviou os primeiros contingentes mili-tares para aqueles territórios, onde chegaram em Outubro de 1914.

Sucessivamente, foram empenhadas nessas guerras cada vez mais tropas, tendo combatido em Angola cerca de 18.000 homens, até ao fim das hostilidades (1916) e em Moçambique mais de 35 mil, porque aqui as lutas só terminaram com a assinatura do Armistício na Europa, em 11 de Novembro de 1918.

De salientar que apesar de a Alemanha estar a atacar-nos nos territórios africanos desde Agosto de 1914, só em 9 de Março de 1916 esse país nos declarou guerra oficialmente, tendo nós ripostado a 19 desse mesmo mês, situação que deu depois também origem à nossa entrada no teatro de operações em França, a partir de 1917.

Voltando a África, o apetrechamento e preparação das nossas tropas enviadas para Angola e Moçambique reflectiam perfeita-mente a anarquia que se vivia no País, em que não havia paz e os governos se sucediam uns aos outros, não durando mais que escas-sos meses no poder.

Dessa impreparação e falta de meios foi resultando que, apesar de sermos numericamente bastante superiores aos alemães, estes, de facto, devidamente preparados e equipados com o material bélico in-dispensável para os combates, foram-nos vencendo sucessivamente.

A incúria dos governos e das chefias para com os nossos militares era de tal ordem que, por exemplo, em Moçambique, só foi montado um 1.º e incipiente hospital de campanha mais de 6 meses depois de se terem iniciado os combates, dando origem a muitas mortes inúteis e criminosas, não só devido a ferimentos que não foram de-vidamente tratados, mas também às inúmeras doenças de que os nossos soldados foram sendo vítimas, por não terem sido oportu-namente vacinados, medicados e preparados para as enfrentarem.

Ainda hoje não estarão totalmente contabilizadas as baixas que tivemos nestas guerras africanas, mas só em mortos, por doença, por falta de tratamento adequado aos ferimentos e em combate, terão sido mais de 3 mil.

E a tragédia não foi ainda maior porque, após a rendição dos alemães na Europa, estes retiraram-se do Sul de Angola e Norte de Moçambique, não porque os tenhamos expulso pela força, mas, sim, por imposição externa, dado que, em boa verdade, teremos perdido todos os combates que contra eles por ali travámos. Segun-do relatos e documentos que nos foram deixados, até os indígenas, preparados pelos alemães para também nos combaterem, estavam melhor equipados e preparados, mental e militarmente, do que os nossos soldados!

Nestas condições, só a mais completa irresponsabilidade e in-competência pode levar um político e / ou governante a enviar sol-dados para uma guerra, exigindo-lhes que se batam e morram em defesa de qualquer ideal. Isto é criminoso, porque é considerar seres humanos apenas carne para canhão.

Infelizmente, a odisseia destes nossos compatriotas não termi-nou aqui. No próximo jornal veremos a que mais vexames foram submetidos os que conseguiram regressar com vida.

CastaÁgua Santa

Esta casta de uvas tintas da Bairrada é um híbrido, resultado do cruzamento da casta Preto Mortágua / Tou-riga Nacional e a casta João de Santarém ou Piriquita, ou Castelão, sendo muito produtiva, de grande vigor.

É utilizada na re-gião da Bairrada e a sua multiplicação por viveiristas é feita mais por encomenda. O pró-prio vitivinicultor colhe as varas e entrega-as aos multiplicadores de plantas vitícolas (vivei-ristas), ou então com-pra aos mesmos vivei-ristas os porta-enxertos adequados ao terreno e faz no local definitivo a enxertia com pessoal especializado.

Não possuímos co-nhecimento suficiente para falar mais acerca desta casta, a sua mor-fologia, comportamento, etc., porque não a te-mos multiplicado, nem a temos encontrado no campo, ao nível de vi-nhedo, já que é uma cas-ta restrita à zona demar-cada da Bairrada.

Isilda Pegado

Presidente da Federação Portuguesa pela Vida

Natalidade,Maternidade e Paternidade

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17Setembro de 2012Jornal da Golpilheira . saúde .

Ana Maria HenriquesEnfermeira

. saúde .

Direcção Clínica: Dr.ª ANA FREITAS

CLÍNICA DENTÁRIA E OSTEOPÁTICA DA BATALHA

Acordos: SSCGD, SAMS, Multicare, Advance Care, Associados do Montepio, WDA e outros

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SuicídioUma característica comum dos países desenvolvidos

é o elevado número de suicídios, sendo esta relação quase proporcional. Menos relações satisfatórias, mais stress, dificuldades económicas, acesso a muita informação e expectativas elevadas podem ser algumas das circuns-tâncias que explicam esta relação.

São cada vez mais jovens as pessoas que falam e pes-quisam sobre o suicídio na internet. Os adolescentes têm acesso a uma grande panóplia de informação, que vai desde incentivos, esclarecimento sobre métodos e até ajuda no planeamento. Dificuldades na escola, fim de relações, sensação de inadaptação e de incompreensão são as maiores causas do suicídio nos mais jovens. Pais, amigos e professores têm de estar alerta para alguns des-tes sentimentos e tentar conversar com o jovem sobre eles. Nunca se deve desvalorizar a verbalização do sui-cídio, pode ser uma chamada de atenção, mas de cer-teza que existe algum problema que deve ser analisado.

Numa fase difícil para as economias familiares, os sentimentos de impotência, fragilidade e depressão podem (e estão a) emergir. Esta é uma das causas mais frequentes do suicídio em adultos. Todos temos as ferra-mentas para gerir as dificuldades emocionais e psicológi-cas desta conjuntura, mas por vezes precisamos de ajuda exterior. Um desabafo com um familiar, uma visita ao médico ou psicólogo ou mesmo um tempo para reflexão podem ajudar a encontrar estas ferramentas escondidas e a conseguir ultrapassar o que parecia impossível.

Em idades mais avançadas, a doença e a perda de capacidades parecem ser as principais razões para es-colher este caminho. A ideia de se tornar um encargo pode gerar problemas psicológicos e o acompanhamento de todos os idosos deve ser muito dirigido neste plano. Manter a actividade física e psicológica e, na medida do possível, possibilitar a realização de pequenas tarefas úteis, pode ajudar a afastar este tipo de sentimentos e a manter a saúde mental do idoso.

Existem alguns sinais de alerta que devem ser reco-nhecidos de modo a poder reagir a uma possível tenta-tiva de suicídio. No tratamento de uma depressão, pode surgir um aumento da força de vontade antes de alterar os sentimentos, sendo por isso uma altura crítica para o suicídio. Os comentários acerca da morte e suicídio, a preparação de documentos, dar objectos pessoais de valor sentimental e escrever cartas aos amigos e fami-liares também pode ser sinal de que essa pessoa precisa urgentemente de ajuda.

Resta estar alerta, manter um bom relacionamento com os nossos amigos e familiares e conseguir falar aber-tamente sobre este assunto, pois a consciencialização e procura de ajuda pode ser o caminho certo.

A dor crónica é um pro-blema de grande magnitude, devido à elevada preva-lência (cerca 30 por cento da população portuguesa), impacto individual, social e económico. Caracteriza-se como uma dor persistente ou recorrente, de duração igual ou superior a três me-ses e/ou que persiste para além da cura da lesão que lhe deu origem. A osteo-artrose, lombalgia crónica e artrite reumatóide são as causas mais frequentes de dor crónica.

Se a dor não for adequa-damente tratada, a qualida-de de vida das pessoas pode-rá ser gravemente afectada, impossibilitando ou dificul-tando a execução das tarefas da vida diária, conduzindo ao seu isolamento social e familiar, ao “presencismo”,

inaptidão ou incapacidade para o trabalho.

Na dor crónica, as re-percussões de natureza eco-nómica são muito elevadas, constituindo os custos di-rectos e indirectos da dor não tratada cerca de 2,2 % a 2,8 % do P.I.B. nos países industrializados. Estima-se que o custo anual da dor crónica em Portugal será superior a 3 mil milhões de euros.

A inexistência formal de uma rede de referenciação, as deficiências de formação e a escassez dos profissionais de saúde com capacitação nesta área do conhecimen-to científico, a que acresce uma menor sensibilidade de alguns decisores e a re-signação das pessoas em re-lação ao fenómeno da dor, poderão contribuir para a

elevada prevalência da dor crónica em Portugal, e não são facilitadores na melho-ria da acessibilidade ao tra-tamento.

Outra questão que limi-ta ou dificulta o adequado tratamento da dor são os mitos associados à prescri-ção de opióides pelos pro-fissionais de saúde, ou pe-los pacientes, o que coloca Portugal num dos países da Europa com maior resistên-cia à utilização destes fárma-cos. O tratamento actual da dor crónica baseia-se numa abordagem holística e mul-tidisciplinar, de âmbito biop-sicossocial.

É urgente, por isso, al-cançar o reconhecimento da dor crónica, essa “epidemia silenciosa” que afecta mais de três milhões de portu-gueses, como uma “doença”

grave e debilitante, junto dos decisores políticos e ins-titucionais, dos profissionais de saúde, e da população em geral.

A Associação Portu-guesa para o Estudo da Dor (APED) tem promovido múltiplas iniciativas, por todo o país, de forma a re-forçar a mensagem de que a dor não é uma fatalidade e que o tratamento da dor é um direito dos cidadãos e um dever dos profissionais de saúde. De 15 a 19 de Outubro, a APED assinala a Semana Europeia de Luta Contra a Dor, e a 19 de Outubro o Dia Nacional de Luta Contra a Dor.

Info: www.aped-dor.com.Duarte Correia, presidente da Associação Portuguesa para o

Estudo da Dor

Dia Nacional da Luta Contra a Dor assinala-se a 19 de OutubroDor crónica tem de ser uma prioridade

Estão abertas as inscri-ções para a participação na terceira edição das cami-nhadas “Pequenos Passos, Grandes Gestos”, que têm por objectivo sensibilizar a população para a prevenção e detecção precoce do can-cro da mama. A iniciativa é do Movimento Vencer e Viver, do Núcleo Regional do Centro da Liga Portu-guesa Contra o Cancro (LPCC-NRC) e decorre no dia 6 de Outubro, sábado, às 15h00, em simultâneo em sete cidades da região Cen-tro: Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Guarda, Leiria e Viseu.

A iniciativa está inte-grada no Mês Internacio-

nal de Prevenção de Can-cro da Mama, que se assi-nala em Outubro. A im-portância desta acção de sensibilização justifica-se pelo facto de se estimar que surjam na Europa todos os anos 430.000 novos casos de cancro da mama e que uma em cada 10 mulheres venha a desenvolver a doença an-tes dos 80 anos. O cancro da mama é mesmo o tipo de cancro mais comum entre as mulheres, e corresponde à segunda causa de morte

por cancro, na mulher. Em Portugal, anualmente são detectados cerca de 4500 novos casos de cancro da mama e 1500 mulheres mor-rem com esta doença.

P a r a a l é m d a sensibilização, “Pequenos Passos, Grandes Gestos” visa igualmente promover a angariação de fundos des-tinado ao apoio social à mu-lher com cancro da mama e à divulgação dos projectos promovidos pela LPCC no domínio desta patologia,

nomeadamente o rastreio de Cancro da Mama e as actividades do Movimento Vencer e Viver.

A participação em “Pe-quenos Passos, Grandes Gestos” está aberta a todos os interessados - mulheres e homens, jovens e adultos - e faz-se através de inscri-ção em www.ligacontracan-cro.pt ou nas Extensões do Movimento Vencer e Viver em cada uma das cidades envolvidas. A inscrição, que dá direito a um kit, tem um custo de 5 euros que reverte na totalidade para o apoio à mulher com cancro da mama através do Núcleo Regional do Centro da LPCC.

Contra o cancro da mama, a 6 de Outubro“Pequenos Passos, Grandes Gestos”

Nos dias 26 e 27 de Outubro, no auditório do Hospital de Santo André, em Leiria, a delegação de Leiria da Associação Portu-guesa de Paralisia Cerebral vai organizar umas jornadas sobre o tema “Saber olhar

para Intervir”.Esta iniciativa “surge da

necessidade de partilhar co-nhecimentos e experiências com prelectores reconheci-dos nacional e internacio-nalmente”. Serão apresen-tados temas importantís-

simos na área da Paralisia Cerebral e situações neu-rológicas e afins e que irão contribuir para o enriqueci-mento dos profissionais da área da saúde, familiares de crianças especiais e demais interessados.

Jornadas da APPC Leiria“Saber olhar para Intervir”

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Setembro de 2012

Jornal da Golpilheira18 . diversas . poesia . obituário .

. poesia .

. obituário .

ObituáriOInformamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando tal nos for pedido pelos familiares ou enviado pelas agências funerárias.

O Jornal da Golpilheira apresenta os pêsames a todos os familiares e pede aos leitores uma oração pelo Descanso Eterno destas nossas conterrâneas.

Agência Funerária Santos & Matias, L.da

Brancas (Residência e Armazém) – 244 765764 Batalha (Escritório) - 244 768685

[email protected] • 96 702 7733

S E R V I Ç O S F Ú N E B R E S

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Agradecimento

Luís da CruzMonteiro PereiraN. 25-05-1932 • F. 08-09-2012

Seus filhos, nora, netos e restante família, na impossibi-lidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo vêm por este meio agradecer de forma especial a todas pessoas que neste momento de dor e tristeza ou de outra forma manifestaram o seu pesar. A família reconhecida agradece todas as demonstrações de solidariedade, pela perda do seu ente querido. A to-dos, muito obrigados.

Campanha de solidariedadeO padre João Monteiro da Felícia, missionário da Consolata na-tural da Golpilheira, está em missão no Brasil, onde oferece o seu amor a Jesus Cristo no serviço aos mais desfavorecidos. Aqueles que, ainda antes da fé, precisam de pão para a boca. Desde 2006, o Jornal da Golpilheira tem uma campanha permanente para ajuda ao seu trabalho. Neste momento, será para as três casas de acolhi-mento a crianças e jovens com Sida na sua paróquia, em S. Paulo.Desde 2006, já enviámos um total de 7.137 euros.Este mês enviámos 1.807 euros:- Peditório Missa Golpilheira - 774 euros- Peditório Missa Batalha - 658 euros- Vitor Martins - 150 euros- João Novo- 100 euros- Anónimo - 100 euros- Cremilde Monteiro - 20 euros- Anónimo - 5 euros

Colabore! Seja solidário...Contacte:• CRG - R. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA• Pe. José Gonçalves (Pároco da Batalha)• António Monteiro Rosa (Casal Mil Homens)

...e poupe nos impostos!Os Missionários passam recibo da sua oferta, que poderá deduzir no IRS. Basta que junte ao donativo o seu nome, morada e o n.º de contribuinte.

Agradecimento

António dosSantos Almeida N. 04-07-1926 • F. 13-09-2012

Seus filhos António Luís Vaz de Almeida, Rui Humber-to Vaz de Almeida, filha Maria Alice Vaz de Almeida e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reco-nhecida agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. Por tudo e a todos, muito obrigados.

A turma dos nascidos em 1947, naturais ou residentes na freguesia da Golpilheira organizou um encontro de convívio no passado dia 22 de Julho. O dia começou com a participação na Missa dominical, com a “foto de família” a ser tirada no final, à porta da igreja. Segui-se uma visita ao cemitério, em memória dos que já faleceram. Por fim, o almoço no Restaurante Etnográfico do Centro Recreativo da Golpilheira e a tarde de convívio para pôr a conversa em dia.

Convívio dos nascidos em 1947

LMFerraz

És tu overdadeiro amigo Saudades de ti, Do amigo que um dia conheciE com ele aprendi A conhecer o caminho da humildade. É semeando dando a contribuição, E saber estar sempre presente É sentir a nobreza no coração Porque a humildade é a sua razão Faz o que o pensamento sente. É da terra ilustre figura, Figura bem popular Sempre de bem falar É simples um grande senhor. Palavras que voam, Por onde caminhar Boas palavras soam Sabeis de quem estou a falar! São valores como este puro amigo, Que me orgulho ter no coração Posso parecer distante mas estou contigo Nunca esquecerei e há sempre a minha gratidão. Porque a humildade é valor conquistado, E Deus te dará o contributo de cada semente Porque pensas com sinceridade de quem a teu lado Por isso és de um povo que se orgulha de ti e sente. Bem-haja valores como tu, E quem compartilha a tua felicidade Sozinho custa a vencer, mas a tua união Marca sempre o presente com humildade. No silêncio apenas medito, A vida dedicada com verdadeiro amor O que sinto neste poema escrito É dizer com sinceridade o teu justo valor. Obrigado meu grande amigo, Com lealdade estarei sempre contigo,

José António Carreira Santos

CORRECÇãONa última edição, publicámos esta foto de grupo com indicação

de que eram os nascidos em 1955. Fomos enganados pelo ar de juventude... afinal são os nascidos em 1947, que este ano

comemoram os 65 anos de vida. Para que possam emoldurar o recorte com a indicação correcta, repetimos abaixo a publicação.

Aos visados e aos leitores, as nossas desculpas.

Pão para as crianças do padre João

Caro Sócio do Centro Recreativoou Assinante do Jornal da Golpilheira

Lembre-se que poderá pagar as suas quotasou assinaturas ao balcão do CRG.

Ajude a sua Associação!

QUOTAS e ASSINATURAS

Page 19: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

19Setembro de 2012Jornal da Golpilheira . a fechar .

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96Contribuinte . 501 101 829Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023)Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395)Composição . Paginação . Luís Miguel FerrazClube de Jornalismo do CRG . Ana Rito, Anabela Lopes, André Rosa, Ângela Susano, Carlos Meneses, Catarina Bagagem, Cristina Agostinho, David Lucas, Joana Valério, Nuno Rosa, Sofia Ferraz, Vanessa Silva.Outros colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carina Pereira, Carlos Santos, Carolina Carvalho (secretária), Célia Capitão, Cremilde Monteiro, Fi-lomena Meneses (assinaturas), Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Pedro Jerónimo, Rui Gouveia.Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira(Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10)Presidente: Belarmino Videira dos Santos AlmeidaSede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 GolpilheiraTel. 965022333 / 244 768 568 . Fax 244 766 710Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 GolpilheiraImpressão . Empresa Diário do Minho, Lda . Tel. 253303170Tiragem desta edição . 1500 exemplaresSítio: www.jornaldagolpilheira.ptBlog: www.jgolpilheira.blogspot.ptFacebook: www.facebook.com/jgolpilheiraTwitter: www.twitter.com/jgolpilheiraEmail: [email protected]

. foto do mês. MCRito

Bombeiros Voluntários da Batalha 244 768 500G.N.R. Batalha 244 769 120Junta de Freguesia Golpilheira 244 767 018Câmara Municipal Batalha 244 769 110Extensão de Saúde da Golpilheira 244 766 836Centro de Saúde da Batalha 244 769 920Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas 244 769 430Hospital de Santo André 244 817 000Farmácia Padrão – Golpilheira 244 767 856Farmácia Padrão (Batalha) 244 765 449Farmácia Ferraz (Batalha) 244 765 124Escola Primária da Golpilheira 244 766 744Jardim-de-Infância da Golpilheira 244 767 178Agrupamento Escolas Batalha 244 769 290Segurança Social (Geral) 808 266 266Conservatória R. C. P. C. Batalha 244 764 120Finanças da Batalha 244 765 167Misericórdia da Batalha 244 766 366Correios (CTT) - Batalha 244 769 101Posto de Turismo da Batalha 244 765 180Biblioteca Municipal Batalha 244 769 871Cinema/Auditório Municipal 244 769 870Museu Comunidade Concelhia Batalha 244 769 878Mosteiro de Santa Maria da Vitória 244 765 497EDP - Avarias (24 horas) 800 506 506Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) 244 764 080Rodoviária – Agência Batalha 244 765 505Táxis da Batalha 244 765 410Rádio Batalha 244 769 720Centro Recreativo da Golpilheira 244 768 568

Ficha Técnica

Boa!Mas... afinal, que empresasé que andavam atrás de ti?!...

Nome _____________________________________________ Rua _______________________________________________ Nº ___________Localidade _______________________________________________________________Código Postal __ __ __ __ - __ __ __ ________________________________________Tel. _____________ Email: _________________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____

Entregar ou enviar para: Centro Recreativo - Est. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA

Assinatura anual PT : 8 eurosEuropa: 12 euros

Resto Mundo: 15 euros

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973158426

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Gostas de cantar?sabes tocar um instrumento?

Queres usar esses dons para louvar deus?Junta-te a nós, no grupo coral da comunidade da Golpilheira!

Telefona para o 965 022 333ou manda um email para [email protected]

Cada qual vindima como quer!As vindimas não são só trabalho. Antigamente, a época das colheitas era propícia ao convívio nas comunidades, juntando-se grandes ranchos para a apanha da azeitona, para as descamisadas, para as vindimas, etc. Hoje, muitos desses trabalhos são feitos por máquinas, mas as vindimas ainda mantêm um pouco a tradição, pelo menos para os grupos familiares. São, por isso, ocasião de conversa, brincadeira, partilha. Como se vê pela reportagem,há boa disposição, há trabalho... e há descanso!

Então... a da luz, a dos telefones,a da água e a da tv cabo!

Aumento...

Fui pedir um aumento ao meu patrão, porque já andavam quatro empresas atrás de mim... e ele nem reclamou! Disse que eu sou um bomfuncionário, não queria perder-mee aumentou-me para o dobro!

Um encontro muito especial...No passado dia 5 de Setem-

bro, o Restaurante Etnográfico da Golpilheira acolheu um encontro muito especial. O sr. Vitor Martins e sua esposa são os colaboradores mais genero-sos da campanha do Jornal da Golpilheira “Pão para as Crian-ças do Padre João”. Nos últimos anos, este casal fazia questão de conhecer pessoalmente o pa-dre João. Aproveitando a sua estadia connosco neste Verão, marcámos um almoço, onde os apresentámos e tiveram opor-tunidade de conversar. Foi um pequeno gesto de agradecimen-to, gentilmente oferecido pelo António Rosa.

LMF

Page 20: 1209 Jornal da Golpilheira Setembro 2012

. pub . Jornal da Golpilheira20Setembro de 2012

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