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Há 39 anos que "Balada da União" era publicado mensalmente e agora bimestralmente como órgão oficial da Associação de Jovens Cristãos CONVÍVIOS- FRATERNOS E DO "CENTRO SOCIAL DE APOIO A TOXICODEPENDENTES - CONVÍVIOS FRATERNOS II", visando a sua formação integral. A sua publicação tem por objetivo apoiar todos os jovens, com maior incidência os que se encontram em situação de risco ou conflito social ou familiar, tais como toxicodependentes, alcoólicos e marginais, e colaborar na sua formação cultural, humana, cívica, religiosa e profissional, sendo elo de união entre todos os seus associados. Não tem fins lucrativos nem comerciais mas tão somente pedagógicos e preventivos de situações de risco. De acordo com o n°17 da Lei da Imprensa "comprome-te- se a respeitar os princípios deontológicos de imprensa e a ética profissional, de modo a não prosseguir apenas fins comerciais nem abusar da boa fé dos seus leitores sem a deturpação da informação a que têm direito". Para além do seu Diretor não possui corpo redatorial próprio, estando aberto à colaboração de todos os jovens, como possibilidade de experiência jornalística. A associação existe há 39 anos a nível nacional e diocesano bem como a nível internacional, estando registada oficialmente, por Escritura Pública de 23 de Abril de 1998, como Instituição Particular de Solidariedade Social. NESTA QUARESMA… A PAIXÃO DE CRISTO EM NOSSOS DIAS Cristo continua vivo , embora agonizando, em cada homem meu irmão, que sofre no corpo ou na alma o drama da dor causada por si ou pelo outro homem seu irmão!... Que na quaresma deste ano, cada um de nós ,jovens ,por uma autêntica conversão e por uma verdadeira doação aos outros , como Paulo , completemos em cada um de nós , o que ainda falta à PAIXÃO DE CRISTO. VISITAS DE ESTUDO À COMUNIDADE TERAPÊUTICA Mais que nunca , ao sentir-se que cada vez mais alastra o consumo de drogas entre adolescentes e jovens , é preocupação dos educadores e famílias procurarem meios para melhor esclarecer os educandos sobre os malefícios e os danos causados pelo consumo de estupefacientes. Cont.paqg-1 J-A OS CONVÍVIOS FRATERNOS COMO RESPOSTA À PASTORAL JUVENIL NAS DIOCESES Realizaram-se, em algumas dioceses Convivios - Fraternos no fim do ano 2011 e já no início deste ano, procurando, ser resposta para os problemas morais e religiosos dos nossos jovens. Dos seus resultados e de outras actividades do movimento encontram-se as notícias nas Pag 2,3 e 4 de J A- Mensagem do Papa Para a Quaresma A quaresma oferece-nos a oportunidade de refletir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitária de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal. CONVÍVIOS RUMO AO FUTURO 23, 24 e 25 de Março de 2012 1182 - Casa do Clero, em Bragança, para jovens desta diocese 29, 30 e 31 de Março 2012 1183 - Na Casa ComVida , na praia de Quiaios, para a diocese de Coimbra 31 de Março, 1 e 2 de Abril de 2012 1184 - Em Eirol, Aveiro, para jovens da diocese do Porto Nos dias 2, 3 e 4 de Abril de 2012 1185 - No Seminário de Leiria, para jovens desta diocese 1186 - Na Casa das Irmãs de S. José de Clunny, em Torres vedras, para jovens da diocese de Santarém 1187 - No Seminário de S. José, Vila Viçosa, para jovens da Arquidiocese de Évora 1188 - No Seminário dos Passionistas, em Barroselas, para a diocese de Viana do Castelo. Nos dias 28,29 e 30 de Abril 2012 Convívio para casais 39- Para casais da diocese do Porto com encerramento no Salão Paroquial de Travanca ( Santa Maria da Feira). É porque a minha humanidade precisa de Alguém que a entenda, que a conheça e que a aceite. É uma dádiva, concordo. Mas é também uma necessidade. E não tenho problema algum em afirmá-lo. Acredito, porque preciso de acreditar. Porque me acho maior do que esta escuridão que vejo amiúde. Na verdade, acho-me maravilhosamente bem pensada ainda que, tantas vezes, pequena e miserável. Preciso de acreditar para que tudo possa ter um sentido, diferente do sentido material e fugaz que o engenho humano consegue desenhar. Quem vive à margem do infinito, talvez consiga ter dias mais alegres e vidas mais sossegadas. Viver para lá do aqui, implica sempre renúncia a algumas coisas. Mas eu não sei não acreditar. E se algum dia acontecer ser- me tirada essa dádiva, farei de tudo para recuperá-la, ainda que, para isso, a minha vida tenha de ser menos sossegada e os meus dias, menos alegres. É que a minha humanidade precisa desse Alguém que a entenda. E isso, ninguém o consegue em absoluto, a não ser O Absoluto em Quem eu preciso de acreditar. Fabíola Mourinho CF 833 Bragança-Miranda Porque acredito De facto, para um cristão é fundamental viver na profundidade da esperança, para que possa viver o presente projectando o olhar para o Reino futuro e absoluto. Mas para isso, é deveras relevante que essa perseverança seja forte e alicerçada nas raízes da fé para que não caiamos na esperança passiva, aquela que actua de uma forma disfarçada. Na Carta aos Hebreus, "Desejamos porém que cada um de vós mostre o mesmo zelo, mantendo intacta a sua esperança até ao fim" (Hb 6,11), está patente o anseio de uma esperança que introduz o compromisso na fé e o projecto de missão. Só mesmo uma pessoa de fé é capaz de viver a esperança cristã. Nádia Mofreita, CF 1119 - Bragança A Esperança O MEU AVIVAR DE COMPROMISSOS Dificilmente morrerá por um justo; por um homem bom, talvez, alguém se resolva a morrer. Deus, porém, demonstra o seu amor para connosco, pelo facto de Cristo haver morrido por nós, quando ainda éramos pecadores. Se de facto, sendo nós inimigos, fomos recociliados com Deus mediante a morte do seu filho, com muito mais razão, depois de reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não é só isto; também nos gloriamos em Deus por Nosso Senhor Jesus (Rom, 7-11). Estatuto Editorial PROPRIEDADE: CONVÍVIOS FRATERNOS * DIRECTOR REDACTOR: P. VALENTE MATOS * PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: FIG - INDÚSTRIAS GRÁFICAS, S.A. 239 499 922 PUBLICAÇÃO BIMESTRAL - DEP. LEGAL Nº 6711/93 - ANO XXXIV- 310 - JANEIRO/FEVEREIRO 2012 * ASSINATURA ANUAL: 10 EUROS * TIRAGEM: 10.000 EXS. * PREÇO: 1 EURO

Balada da União - Janeiro - Fevereiro 2012

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Balada da União - Janeiro - Fevereiro 2012

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Há 39 anos que "Balada da União" era publicadomensalmente e agora bimestralmente como órgão oficialda Associação de Jovens Cristãos CONVÍVIOS-FRATERNOS E DO "CENTRO SOCIAL DE APOIO ATOXICODEPENDENTES - CONVÍVIOSFRATERNOS II", visando a sua formação integral. A suapublicação tem por objetivo apoiar todos os jovens, commaior incidência os que se encontram em situação de riscoou conflito social ou familiar, tais como toxicodependentes,alcoólicos e marginais, e colaborar na sua formação cultural,humana, cívica, religiosa e profissional, sendo elo de uniãoentre todos os seus associados.Não tem fins lucrativos nem comerciais mas tão somentepedagógicos e preventivos de situações de risco.De acordo com o n°17 da Lei da Imprensa "comprome-te-se a respeitar os princípios deontológicos de imprensa e aética profissional, de modo a não prosseguir apenas finscomerciais nem abusar da boa fé dos seus leitores sem adeturpação da informação a que têm direito".Para além do seu Diretor não possui corpo redatorialpróprio, estando aberto à colaboração de todos os jovens,como possibilidade de experiência jornalística.A associação existe há 39 anos a nível nacional e diocesanobem como a nível internacional, estando registadaoficialmente, por Escritura Pública de 23 de Abril de 1998,como Instituição Particular de Solidariedade Social.

NESTA QUARESMA… APAIXÃO DE CRISTO EM

NOSSOS DIASCristo continua vivo , embora agonizando, em cada homemmeu irmão, que sofre no corpo ou na alma o drama da dorcausada por si ou pelo outro homem seu irmão!...Que na quaresma deste ano, cada um de nós ,jovens ,por umaautêntica conversão e por uma verdadeira doação aos outros, como Paulo , completemos em cada um de nós , o queainda falta à PAIXÃO DE CRISTO.

VISITAS DE ESTUDOÀ COMUNIDADETERAPÊUTICA

Mais que nunca , ao sentir-se que cada vez maisalastra o consumo de drogas entre adolescentes e jovens , épreocupação dos educadores e famílias procurarem meios paramelhor esclarecer os educandos sobre os malefícios e os danoscausados pelo consumo de estupefacientes.Cont.paqg-1 J-A

OS CONVÍVIOSFRATERNOS COMO

RESPOSTA À PASTORALJUVENIL NAS DIOCESES

Realizaram-se, em algumas dioceses Convivios - Fraternosno fim do ano 2011 e já no início deste ano, procurando, serresposta para os problemas morais e religiosos dos nossosjovens. Dos seus resultados e de outras actividades domovimento encontram-se as notícias nas Pag 2,3 e 4 de J A-

Mensagem do PapaPara a Quaresma

A quaresma oferece-nos a oportunidade de refletir maisuma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeitoeste é um tempo propício para renovarmos, com a ajudada Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminhopessoal e comunitária de fé. Trata-se de um percursomarcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum,com a esperança de viver a alegria pascal.

CONVÍVIOS RUMOAO FUTURO

23, 24 e 25 de Março de 20121182 - Casa do Clero, em Bragança, para jovens desta diocese

29, 30 e 31 de Março 20121183 - Na Casa ComVida , na praia de Quiaios, para a diocese deCoimbra

31 de Março, 1 e 2 de Abril de 20121184 - Em Eirol, Aveiro, para jovens da diocese do Porto

Nos dias 2, 3 e 4 de Abril de 20121185 - No Seminário de Leiria, para jovens desta diocese1186 - Na Casa das Irmãs de S. José de Clunny, em Torres vedras, parajovens da diocese de Santarém

1187 - No Seminário de S. José, Vila Viçosa, para jovens daArquidiocese de Évora1188 - No Seminário dos Passionistas, em Barroselas, para a diocesede Viana do Castelo.

Nos dias 28,29 e 30 de Abril 2012Convívio para casais

39- Para casais da diocese do Porto com encerramento no SalãoParoquial de Travanca ( Santa Maria da Feira).

É porque a minha humanidade precisa de Alguém que aentenda, que a conheça e que a aceite. É uma dádiva,concordo. Mas é também uma necessidade. E não tenhoproblema algum em afirmá-lo. Acredito, porque preciso deacreditar. Porque me acho maior do que esta escuridão quevejo amiúde. Na verdade, acho-me maravilhosamente bempensada ainda que, tantas vezes, pequena e miserável.Preciso de acreditar para que tudo possa ter um sentido,diferente do sentido material e fugaz que o engenho humanoconsegue desenhar. Quem vive à margem do infinito, talvezconsiga ter dias mais alegres e vidas mais sossegadas. Viverpara lá do aqui, implica sempre renúncia a algumas coisas.Mas eu não sei não acreditar. E se algum dia acontecer ser-me tirada essa dádiva, farei de tudo para recuperá-la, aindaque, para isso, a minha vida tenha de ser menos sossegada eos meus dias, menos alegres.É que a minha humanidade precisa desse Alguém que aentenda. E isso, ninguém o consegue em absoluto, a não serO Absoluto em Quem eu preciso de acreditar.

Fabíola Mourinho CF 833Bragança-Miranda

Porque acredito

De facto, para um cristão é fundamental viver na profundidadeda esperança, para que possa viver o presente projectando oolhar para o Reino futuro e absoluto. Mas para isso, é deverasrelevante que essa perseverança seja forte e alicerçada nasraízes da fé para que não caiamos na esperança passiva, aquelaque actua de uma forma disfarçada. Na Carta aos Hebreus,"Desejamos porém que cada um de vós mostre o mesmo zelo,mantendo intacta a sua esperança até ao fim" (Hb 6,11), estápatente o anseio de uma esperança que introduz ocompromisso na fé e o projecto de missão. Só mesmo umapessoa de fé é capaz de viver a esperança cristã.

Nádia Mofreita, CF 1119 - Bragança

A Esperança

O MEU AVIVAR DE COMPROMISSOSDificilmente morrerá por um justo; por um homem bom, talvez, alguém se resolva a morrer.Deus, porém, demonstra o seu amor para connosco, pelo facto de Cristo haver morrido por nós, quando ainda éramos pecadores.Se de facto, sendo nós inimigos, fomos recociliados com Deus mediante a morte do seu filho, com muito mais razão, depois dereconciliados, seremos salvos pela sua vida.E não é só isto; também nos gloriamos em Deus por Nosso Senhor Jesus (Rom, 7-11).

Estatuto Editorial

PROPRIEDADE: CONVÍVIOS FRATERNOS * DIRECTOR REDACTOR: P. VALENTE MATOS * PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: FIG - INDÚSTRIAS GRÁFICAS, S.A. 239 499 922PUBLICAÇÃO BIMESTRAL - DEP. LEGAL Nº 6711/93 - ANO XXXIV- Nº 310 - JANEIRO/FEVEREIRO 2012 * ASSINATURA ANUAL: 10 EUROS * TIRAGEM: 10.000 EXS. * PREÇO: 1 EURO

Page 2: Balada da União - Janeiro - Fevereiro 2012

BALADA UNIÃO

Nesta Quaresma a paixãode Cristo em nossos dias

O Conselho Nacional dos Convívios Fraternos reuniu no dia21 de Janeiro, em Fátima na casa de Nossa Senhora do Carmopara analisar a vida do movimento, bem como, projetar asatividades do ano de 2012, nomeadamente a peregrinaçãonacional de 8 e 9 de Setembro.Os representantes das quinze dioceses, presentes na reunião,inicialmente analisaram o Encontro Nacional ocorrido emFátima em 2011, onde se destacou o constrangimento da nãodisponibilidade do Auditório do Centro Pastoral Paulo VI,por motivo de obras, para o momento do acolhimento e dacelebração penitencial, tendo sido realizado no Convívio deSanto Agostinho, bem como do sarau que foi substituídopela vigília de oração na Basílica da Santíssima Trindade.Na generalidade a peregrinação aconteceu dentro danormalidade acontecendo um ou outro constrangimento quedepois de analisado e escalpelizado será certamenteultrapassado em futuras peregrinações. Numa linha de fazermelhor, sabendo que todas as dioceses terão de fazer umainda maior esforço de evangelização nas paróquias de formaa cativar os jovens para Jesus. A peregrinação nacionalpromove o encontro de jovens convivas das várias dioceses,sendo um testemunho jovem entre jovens, bem como ummomento privilegiado de crescimento na fé. A peregrinaçãopode também despertar no seio de jovens não convivas, avontade de realizar um convívio fraterno e integrar um grupode jovens e assim evangelizar as nossas comunidades, porvezes poucos recetivas à Boa Nova. Numa linha deperseverança na fé é muito importante desenvolver os núcleosde jovens que trabalhem na paróquia e que assim cresçam nafé, convidando outros jovens para os grupos, sendo agentesde evangelização.Após a análise da peregrinação do ano de 2011 iniciou-se apreparação da peregrinação de 2012, a qual decorrerá nosdias 8 e 9 de Setembro em Fátima sendo a XXXIXperegrinação do Movimento Convívios Fraternos, presididapelo Sr. Bispo D. Manuel Linda, Bispo Auxiliar de Braga.Em sede de reunião foram analisadas as várias cerimónias aimplementar, bem como os locais em que se realizarão, tendo-se concluído pelo escalonamento abaixo referido:O acolhimento será no Centro Pastoral Paulo VI, pelas 14h30organizado pela diocese de Setúbal, seguindo-se a celebraçãopenitencial coletiva, organizada pela diocese de Bragança.Após esta celebração teremos a celebração individual dapenitência. A festa da ressurreição ocorrerá no exterior doCentro Pastoral Paulo VI e será organizada pela Diocese deVila Real.Às 16h45 ocorrerá a concentração na esplanada para o desfileque terá início a partir da Igreja da Santíssima Trindade, paraa realização da Saudação e da Celebração a Nossa SenhoraA Celebração a Nossa Senhora na Capelinha das Apariçõesserá dinamizada pela diocese de Viseu às 17 horas.No que respeita à Celebração do Terço do Rosário foiconsiderado importante uma diocese se responsabilizar pelaescrita de todos os textos, sendo assim garantida uma linhade continuidade nos escritos a apresentar em cada mistériodo Terço do Rosário.Relativamente ao Terço de Sábado à noite a diocese de Leiriaescreverá os textos, sendo que a leitura dos mistérios serápela seguinte ordem das dioceses; 1º Leiria, 2º Évora, 3ºGuarda, 4º Porto (casais) e 5º Vila Real. No domingo ostextos do Terço serão escritos pela diocese de Aveiro, sendoque a leitura dos mistérios será pela seguinte ordem dedioceses; 1º Aveiro, 2º Setúbal, 3º Bragança, 4º Viana do

Reunião do conselho Nacional dos Convívios Fraternosem Fátima

Castelo e 5º Viseu.

Pelas 21h15 ocorrerá a celebração do Terço do Rosárioseguida da Procissão de Velas. No fim da Procissão de Velasacontecerá no Centro Pastoral Paulo VI o Sarau doMovimento dos Convívio Fraternos dinamizado pela dio-cese do Porto.No Domingo a manhã inicia-se com o Terço do Rosárioseguido da Eucaristia solene presidida pelo senhor Bispo D.Manuel Linda, Bispo auxiliar de Braga.A festa da despedida, após o almoço, será dinamizada peladiocese de Braga no parque de estacionamento n.º2.O grupo de trabalho inventariou várias propostas de temapara a peregrinação, de seguida fez a análise e votação dasmesmas, tendo optado pelo seguinte tema: "Leva-me maislonge…"No sentido de ousar ir mais além, sair dos nossos lugares deconforto e anunciar, evangelizar, tendo implícito o tema dosantuário para este ano, que nos faz uma pergunta e noslança um desafio; "Quereis oferecer-vos a Deus?" Ao que osconvivas são convidados a responder; "Leva-me maislonge…."A elaboração artística da música e da letra do tema nacional"Leva-me mais longe…" será patrocinada pela diocese deBragança, e a elaboração artística do cartaz será daresponsabilidade da diocese de Santarém.Foi referida a importância de respeitar as datas, tendo-seestabelecido que o dia 30 de Junho será a data limite para aapresentação de todos os materiais.Todo este trabalho de planeamento radica na necessidade demotivar os jovens do movimento para participarem noencontro nacional, como expressão da festa e unidade convivae da vivência do seu compromisso, em que os jovens usemas suas diferentes camisolas representantes das dioceses.Alguns dos representantes das dioceses presentespropuseram a realização de encontros convivas regionais,promovendo a dinamização conviva.Foi referido que o movimento se encontra em todas as dio-ceses nacionais exceto nos Açores e porventura adormecidoem Lisboa, onde já esteve presente. Mas onde ultimamentenão se têm realizado convívios fraternos. A diocese de Setúbalcomprometeu-se a revitalizar o movimento em Terras deLisboa.No exterior das fronteiras lusas, o movimento encontra-se atrabalhar na diocese de Paris para a comunidade imigrante dalusofonia, e em Moçambique onde conta com a participaçãomuito ativa do recém-ordenado Padre Francisco Fumo querealizou o primeiro convívio de Moçambique. O Movimentojá esteve presente em Angola e no Brasil, mas neste momentoencontra-se com dificuldades. Para as comunidadesimigrantes lusófonas da Suíça e do Luxemburgo já serealizaram convívios, mas ultimamente não tem sido possível.Há um projeto de levar o movimento a terras de S. Tomé ePríncipe, mas tem esbarrado com questões de logística, quetalvez no futuro possam ser ultrapassadas. O projeto delevar o movimento até terras de Espanha, nomeadamenteatravés das dioceses fronteiriças, poderá ser implementadonum futuro próximo.

António Silva

Vivemos num mundo cada vez mais egoísta e em que cadahomem se fecha na concha do seu comodismo para não sentirnem ver os problemas dos outros.O homem de nossos dias insensibilizou-se frente aosofrimento do seu semelhante.Como o fariseu ou o sacerdote da parábola passa indiferenteao drama de seu irmão. São muito poucos os que assumem aatitude edificante do bom samaritano!...O respeito pelo valor e pela dignidade da vida humana,desapareceu do seu coração.O homem tornou-se assim, objecto dos interesses mesquinhosdos outros homens reduzido apenas ao espaço material. Daquiele converter-se no seu principal inimigo.O sentido da fraternidade que brotava da certeza dada pelaFé de que todos fomos criados por Deus à sua imagem esemelhança, esvaziou-se desta realidade frente aomaterialismo de nossos dias.A fraternidade universal converteu-se em sociedade deconsumo ou em máquina sócio económica em que os valoresdo amor, da caridade e da união foram substituídos pelo ódio,pelo egoísmo e pelos interesses particulares.Cada homem tornou-se em objecto dos interesses do outro

homem ou em peça da máquina económica montada pelasociedade.Assim a insegurança e a incerteza começaram a dilacerar ocoração dos homens que vivem angustiados o seu egoísmo, oseu bem-estar.Deus neles, foi substituído pelos falsos ídolos do dinheiro,do prazer, da vaidade, da honra, do domínio, da opressão,etc, etc.O homem esvaziando-se do sobrenatural e do divino na suavida, "endeusou-se".E é assim que ele insensível vê passar diante de seus olhos,nos écrans da sua televisão o drama dilacerante das guerrasque polulam por toda a parte; a tragédia de crianças e velhosmorrendo à fome; o sangue da destruição de tantas vidashumanas por atos de terrorismo; o desmoronar dos maiselementares valores que regem a moral e a família; a injustiçae a opressão a campearem por toda a parte!...O sofrimento, a angústia e a morte do homem seu "irmão" jánada lhe diz nem tão pouco o sensibilizam!...Foram apagadas do seu coração as palavras de Cristo:"TUDO O QUE FIZERDES AO MAIS PEQUENO DEVOSSOS IRMÃOS, É A MIM QUE O FAZEIS":Esta certeza da presença de Deus em cada homem não temmais realidade!...É por isso que Cristo, como há dois mil anos, continua emcada homem de nossos dias a sofrer o seu isolamento, o seusofrimento, a sua Paixão agonizante.Agoniza na criança ou no adulto que na Etiópia, no Biafra,em qualquer parte do mundo morrem à fome, enquanto tantariqueza é desperdiçada!...Agoniza nos jovens que no Irão, no Iraque, nos países daAmérica Latina ou do Médio Oriente caem trespassados pelametralha do outro homem seu irmão!...Agoniza na Paixão de nossos dias no jovem drogado, nooprimido e no que sofre injustiças sem possibilidade delibertação!...

Ele agoniza no patrão ganancioso e desumano como nooperário que não recebe salário ou que é maltratado!...Ele agoniza em todos os homens que sofrem as consequênciasdo egoísmo e das cobiças como em todos aqueles que os fazemsofrer, continuando a Paixão de nossos dias!...Ele continua vivo, embora agonizando, em cada homem meuirmão, que sofre no corpo ou na alma, o drama da dor causadapor si ou pelo outro homem seu irmão.

Que na QUARESMA deste ano, cada um de nós, jovens, poruma autêntica conversão e por uma verdadeira doação aosoutros, como Paulo, completemos em cada um de nós, o queainda falta à PAIXÃO DE CRISTO.

António M. do 7.° Conv. Frat.

2 JANEIRO/FEVEREIRO 2012

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Mais que nunca, ao sentir-se que cada vez mais alastra o consumo de drogas entreadolescentes e jovens .é preocupação de educadores e famílias procurarem meios paramelhor esclarecer os educandos sobre os malefício e os danos causados pelo uso deestupefacientes.Assim com frequência alunos de escolas e associações civis e religiosas de jovens pedempara visitar as comunidades terapêuticas desta instituição que está sempre disponívelpara lhes abrir as suas portas e assim colaborar na difícil tarefa da prevenção datoxicodependência-

Foi assim que no dia 27 de Janeiro, da parte da tarde, 34 alunas do Curso Profissional deTécnica de Apoio Psicossocial e 3 professoras do Agrupamento Vertical de Escola deCastelo de Paiva, vieram em visita de estudo à Comunidade de Santa Marinha dosConvívios Fraternos-A visita teve início com uma exposição ao grupo sobre as consequências destruidoras davida dos jovens pelo consumo de drogas e sobre o Programa Terapêutico ~ Reconstruir,através do qual os terapeutas procuram ajudar os toxicodependentes a libertarem-se doconsumo de drogas- Este Programa processa-se em 2 Fases de tratamento distintas mascomplementares e em dois edifícios- . A Fase 1, nos primeiros 6 meses em ambienteprotegido e com tratamento intensivo, e uma 2ª Fase também com a duração de 6 mesesem tratamento já com reinserção social , profissional e familiar. Possui ainda umApartamento de Reinserção para aditos que após o tratamento querem permanecer mais6 meses acompanhados ou que no fim do tratamento não têm apoio familiar.Depois desta exposição os visitantes dividiram-se em dois grupos e, acompanhados pordois terapeutas, puderam visitar as diversas dependências da comunidade.Finalmente realizou-se um colóquio, no ginásio da comunidade, com a presença dosresidentes . Após uma breve apresentação aos residentes dos visitantes e dos objectivosque os tinham trazido de tão longe a esta comunidade , as alunas da Técnica de ApoioPsicossocial , puderam escutar testemunhos de alguns residentes sobre os motivos queos levaram a iniciar o consumo de estupefacientes , sobre os destruidores efeitos na suavida e as grandes dificuldades de deles se libertarem.Interessante foi constatar que " embarcados no mesmo drama " se encontravam lá jovensdesde os 15 anos até adultos com perto de 50 anos. Foi proveitosa esta visita para todasas alunas que, naturalmente, no futuro irão encontrar no desempenho da sua profissãoproblemas deste género para melhor lidar com eles e para, como aconselharam algunsresidentes, nunca experimentarem o uso de qualquer droga porque, iniciado o seu consumo,poderá acontecer que ele jamais termine.

VISITAS DE ESTUDO ÀSCOMUNIDADES TERAPÊUTICAS

VISEU

Ao tentar passar para o papel uma experiênciatão fabulosa como aquela que vivi neste 3dias de Convívio, senti imensa dificuldade.Todos nós sabemos que é impossível colocaro nosso coração à mostra, torná-lo disponívelpara todos, mesmo sabendo que seria muitobom e que provocaria um bem maior.

Fui convidado por um amigo que, fazendoecoar a vontade de JC, chegou até mim comum convite que logo me deixou com umacerta curiosidade. Na verdade, não sou pessoade apostar às cegas em nada, gosto sempre desaber onde ponho os meus pés, mas destavez tive de abrir uma excepção e deixar-melevar pelo coração que me dizia vai… tive deabdicar de muitas coisas, pois era o fim-de-semana do Carnaval, havia muitas festas econvites, não foi nada fácil dar este primeiropasso. Mas depois de chegar ao Centro Pas-toral, de conhecer algumas pessoas, nuncamais me lembrei do que tinha ficado para tráse o tempo só voltou a marcar a minha cabeçaquando já estava no encerramento e comeceia pensar no amanhã.

Depois de algumas reservas, o começar domeu convívio 1179, foi muito cauteloso.Parecia-me nada que podia acontecer memarcaria muito. Sou um cristão comconvicção, tenho uma certa certeza dasminhas crenças e isso marcou o princípio doconvívio. Foi bom descobrir-me melhor,saber que algo mais especial pode acontecerquando estamos com JC. Que Ele é umaenorme caixa de surpresas e que nada do queeu sonho poderá ser uma realidade sem queEle esteja por perto. Hoje, tenho a certezaque com Ele, "sempre focados em Cristo"(este foi o lema do nosso convívio), podereimarcar de forma positiva a minha história, aminha sociedade e a Igreja de Jesus, da qualfaço parte integrante.Passado pouco tempo senti que estas pessoasque me acompanhavam nesta experiência deCristo já faziam parte de mim, éramos umagrande família disponível para nosentregarmos totalmente. Foi fácil aos poucos

Testemunhodizer "amo-vos a todos", "o meu coração estácheio e pronto a amar cada vez mais", etc.O meu encontro com JC foi tão fascinanteque me deixou de rastos. Senti a minhapequenez diante d'Ele, senti como Ele mequeria fazer grande, senti que Ele me faziaimportante, que me chamava a servi-LO nosirmãos. Senti que JC faz mesmo parte daminha vida, mesmo nos momentos maisdifíceis, naqueles momentos em que duvidada sua presença junto de mim, do seu amor edo seu braço protector.Descobri porque Ele me desejava nesteconvívio, o porquê de tanta insistência… Eufaço falta a Cristo, mas somente se meentregar por inteiro. Só se for capaz de dar-lhe todo o meu coração, Ele conseguirá fazeralgo de eternamente novo neste mundo.Agora, já a viver o meu 4º dia, quero dizer atodos os amigos convivias, a todos os jovensque encontrar no meu caminho, EU AMO DEVERDADE! EU AMO JESUS COM TODOO MEU CORAÇÃO, e quero continuarsempre assim, por isso rezem comigo paraque esta chama acesa no coração dos jovensque neste fim-de-semana de carnavalrealizaram o seu convívio fraterno, nãosomente em Viseu, mas em todo o país, nuncapercam a coragem de ser cristão de verdadee de se assumir, que a chama do amor de JCnunca se apague nos nossos corações.Como um santo Agostinho, apetece-medizer… "descobri-Te, Senhor, da forma maisradical que pode acontecer. Não sabia comoera intenso o Teu amor por mim. Sinto-mefeliz por Te ter junto a mim. Agora, ajuda-mea ser fiel ao Teu chamamento e a missão quereservaste para mim. Obrigado, Senhor!"A todos os amigos deste Convívio Fraterno1179, a todos os convivas mais velhos danossa Diocese de Viseu, ao nosso Bispo D.Ilídio, fica para sempre expressa a minhavontade de a todos ajudar a encontrar JC peloscaminhos desta vida. Sempre focados emCristo seremos anunciadores da alegria deamar.

Um participante do 1179

Convívio Fraterno 1179 diocese de Viseu

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JOVENS EM ALERTAPORTO

"Fez-se Natal em Eirol"Nos dias 27, 28 e 29 de Dezembro de 2011,em Eirol, Jesus voltou a nascer no coraçãode 59 jovens que aceitaram fazer aexperiência do Convívio Fraterno 1171.Enfrentando os seus próprios obstáculos,estes jovens tiveram a coragem e audácia dedeixar o seu quotidiano e iniciar uma viagemde busca de respostas que completassem asua existência e sobretudo que os levassemao encontro de Deus. Ao longo dos três diasdo convívio, cada um deles foi fazendo estecaminho de descoberta, encontrandodificuldades mas, sobretudo, idealizandosoluções deixando-se tocar pelo EspíritoSanto.E o Espírito Santo actuou, transformando umgrupo de pessoas que até aqui não seconheceria muito bem, numa família unidaem Cristo e consciente do Amor de Deus quenos faz ser Igreja. A alegria e intensidade comque todos os momentos do convívio foramvividos, marcou quer estes jovens, quer quemcom eles partilhou esta experiência. A "luzpequenina" que brilha, agora mais, nos nossoscorações renova a esperança de que podemosviver a mensagem de Amor anunciada com onascimento de Jesus. "Porque Deus amou ao

mundo de tal maneira que deu o seu Filhounigênito, para que todo o que nele crê nãopereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16E foi em Avanca que cada um destes novosprofetas puderam começar a espalhar a BoaNova. No encerramento, os novos convivastestemunharam a sua felicidade perantefamília e amigos e contagiaram com a forçada sua Fé. Uma boa parte da festa deencerramento do Convívio Fraternos 1171 foitransmitida via skype para os Convivasradicados em Paris, o que nos deixou muitocontentes.E quarto dia não se iniciou sem antes serealizar a grande celebração da Eucarística,perante uma casa cheia. E é neste ambientede família conviva que somos convidados adeixar acontecer Natal nos nossos coraçõestodos os dias. Deixar que Jesus renasça a cadadia na forma como nos entregamos aos outrose como nos relacionamos connosco mesmos,reconhecendo o projecto de felicidade queDeus tem para nós, é o desafio que nos foilançado. E neste desafio não estamos sós pois,"Somos Um"!

A equipa coordenadora

Convívio Fraterno Nº 1180 na diocese do Porto

À semelhança do que aconteceu no Advento,o Movimento dos Convivios Fraternos,através da equipa de formação eevangelização, convida-vos a viverem aQuaresma em conjunto, celebrando estassemanas de forma muito particular. Para tal,enviamos em anexo um conjunto de materiaispensados para que cada núcleo possadinamizar sessões de acordo com as reflexõesque o evangelho de cada semana da Quaresmanos propõe.Esta é uma proposta que os Núcleos e gruposde jovens convivas podem gerir e trabalharde acordo com o que lhes for mais convenientee possível. Desde já, a Equipa de

Evangelização se disponibiliza a esclareceralguma dúvida ou a complementar estaproposta.Gostaríamos de destacar a última semanada Quaresma para a qual esta equipa, aequipa de animação pastoral e de apoioespiritual estão a trabalhar no sentido deorganizar um Encontro Final que terminecom chave de ouro toda esta caminhada detrabalho e reflexão. O Encontro será no dia30 de Março e sobre o qual será divulgadamais informação assim que possível.

Um abraço em Cristo,A equipa de Evangelização e Formação."

Proposta de dinamização da Quaresma 2012

A morte é sempre um absurdo, mais aindaquando se trata de uma jovem de 37 anos.Quando se trata da Conceição Meira Vieira,da Sãozinha, era assim que a maioria de nós atratava.É um absurdo, porque ainda tinha tanto paradar com a sua presença sempre luminosa esorridente, mesmo, quando as forças já erampoucas e o fim se aproximava.Foi sempre assim que conhecemos a Sãozinhae foi, por isso, que a sua partida nos tocoutanto. Por onde passou, por onde tivemos aoportunidade de partilhar da sua alegria, boadisposição e boa vontade, sempre nos deixouessa imagem de que é possível erguer, nesteplano, um mundo mais solidário e fraterno.A inspiração foi buscá-la a Jesus Cristo, aoseu exemplo de Amor. Por Ele, participou,ativamente, num conjunto diversificado demovimentos cristãos. Desde logo, neste, que,agora, acolhe este artigo em sua memória, osConvívios Fraternos. Empenhada, levoumuitos de nós, jovens como ela, a viver aexperiência inesquecível que é fazer parte destegrupo, onde a fraternidade não é uma palavravã, mas uma palavra que encarna na vida dosHomens, na vida daqueles que ainda estão noinício do caminho.Os momentos que partilhámos nos encontrosnacionais, em Fátima, vão sempre ficar nonosso espírito. Quanta alegria vivida nos anosPrimaveris das nossas existências.Era também assim, no Grupo de Jovens da

Até sempre Sãozinha

nossa Paróquia, Perosinho, II Vigararia de Gaia.Nos "Caminhantes", assim se denominava onosso querido grupo, como na Catequese,experienciámos, com ela, a satisfação e regozijode fazer, verdadeiramente, parte da Igreja queCristo fundou.Como jovem discípula do Mestre, em qualquerum destes palcos, onde se desenrolou a suavida, mas também como filha, irmã, mais tarde,como esposa, mãe e profissional, a Sãozinhanunca desiludiu, nunca vacilou naquilo queacreditava.O seu exemplo de fidelidade, de coragem, deamor ao próximo não foi em vão. Fomos maisfelizes ao partilharmos da sua presença.Marcou-nos e, por isso, vai ficar para semprena nossa memória e nos nossos corações.

Até sempre PrincesaAté sempre Sãozinha

Saídos de um mundo de agitação com imensos"ruídos" chegou a Eirol um grupo de jovenspara participar numa experiência diferente.Pouco sabiam do que se tratava mas por elaansiavam; tinham muitas questões e dúvidase só uma certeza: vieram em busca de algo queos preenchesse, que os fizesse sentir felizes!Nem sempre é fácil identificar aquilo quenecessitamos para preencher o vazio que estádentro de nós e por isso as escolhas quefazemos nem sempre são as mais corretas.Estes jovens tiveram a coragem de vir à procurada verdadeira razão da sua felicidade; muitosainda não sabiam o que precisavam descobrirmas estavam dispostos a participar nessaaventura.Foi o que aconteceu aos 36 anos do Cf 1180que resolveram fazer uma paragem nas suasvidas nos dias 18, 19 e 20 de Fevereiro 2012em Eirol. Saíram da sua rotina e abriram o seucoração e descobriram que são únicos eespeciais, portadores de um tesouroincalculável e que cada um faz a diferença nestemundo; descobriram que há pessoasapaixonadas por Jesus Cristo; descobriramque Deus é Amor e que nunca os abandona; eagora sabem o que significa "Quem não vive

para servir não serve para viver!.Foi com imensa alegria que se procedeu oEncerramento deste Convívio na Casa doCruzeiro em Cesar - um bem-haja ao grupo dejovens de Cesar que preparou com muitocarinho este Encerramento.A festa iniciou-se de imediato com a presençade familiares destes jovens e da famíliaConviva que os fez sentirem-se acolhidos edesta forma tornou-se mais fácil os seustestemunhos.Deram testemunho das suas descobertas e dasua Felicidade: sentem-se amados por Deus eisso torna as suas vidas mais intensas ecompletas; o vazio foi preenchido pelo imensoAmor de Deus.O auge desta festa celebrou-se na Eucaristia,acção de graças a Deus Pai.Os jovens Convivas do 1180 sabem que têmuma missão muito especial: testemunharemJesus Cristo, presente nos seus corações, poisessa é a única maneira de viver Deus-Amor."Sóis únicos e podeis fazer a diferença", porisso vamos lá, em "passo duplo e ritmosacelerado" levar cristo a todos, pois um convivaé assim mesmo (Oioai)

Pela Equipa Coordenadora do CF 1180

Senhor ensina-me a viver, a dar e receber....Convívios Fraternos Nº 1171 para a diocese do Porto

4 JANEIRO/FEVEREIRO 2012

Convívios Fraternos Nº 1180 para a diocese do Porto

Page 5: Balada da União - Janeiro - Fevereiro 2012

JOVENS EM ALERTALAMEGO

"Oh Laurindinha, vem à janela!" E assim seiniciou o Convívio Fraterno 1173, na casa de S.José, no dia 27 e encerrou, com a presença donosso Administrador Apostólico D. Jacinto, nodia 29 de dezembro. Com a Laurindinha, e coma apresentação daqueles que naquela primeiranoite ainda eram "o X que veio arrastado por Y"ou "o A que não sabia bem o que estava lá afazer" - como imaginar que em apenas três diasse tornariam mais do que nomes e caras, mastambém a consciência de seres humanos, irmãosna grande família que o Pai nos deu?Sobre as atividades realizadas na Casa de S.José não irei contar: não, não é um segredosepulcral, apenas não teria o devido sentido paraquem nada mais fizesse do que as ler. Hásituações que não se podem explicar, sentem-se. E esta é sem dúvida uma delas.O que, exatamente, foi este "sentir"? Iniciei oConvívio com um estado de espírito quaseque de sacrifício - já saberia que não teriapraticamente tempo nenhum para mim… Eesse foi o primeiro erro. Não tive tempo paranenhuma das atividades com que gosto deocupar os tempos livres, mas tempo paramim, tive de sobra.A rotina, a pressa e os problemas do dia a diafrequentemente tornam-nos indiferentes,distantes, esquecidos… Estes três dias deafastamento e as atividades neles realizadaspermitiram uma viagem interior, não apenas

a nós próprios, mas também ao âmago dosnossos companheiros - e amigos - convivas.Nesse âmago encontrava-se Deus. Foi-nosdada a oportunidade de relembrar e aprofundaro elo que a Ele nos liga, um elo até então algoempoeirado, mas sempre presente, que sealicerça em nada mais, nada menos do que noAmor que Ele nos devota e nos permite sentire espalhar.Mas nem tudo se resumiu ao"redescobrimento" desse Amor - é impossívelter a consciência da sua existência, e não sentiro quanto a sua grandeza necessita que oapliquemos diariamente, nas orações para como Pai e no tratamento para os nossos irmãos.Não se trata de algo meramente teórico, massim de algo prático, capaz de se exercer numamiríade de oportunidades, grandes e pequenas,contudo, todas de Valor.Existem muitas definições aplicáveis à Igreja.Aquela que mais se adequa será a que não esqueceque a Igreja não são apenas as pedras de ummonumento, os padres, o Vaticano… Aquelaque tem consciência que cada cristão é a Igreja -e esta torna-se naquilo que juntos, emcomunidade, fazemos dela…Como iremos querer erguer a nossa Igreja?A todos os que permitiram e partilharam estagrande experiência em Deus, um muito obrigada.

Inês Montenegro, CF 1173

Como iremos querer erguer a nossa Igreja

Convívio Fraterno Nº 1173 diocese de Lamego

Cada convívio é único

Convívio fraterno Nº 1170 da diocese de Santarém

Nos passados dias 26 a 29 de Dezembro de2011 voltou a realizar-se na casa das irmãsde S. José de Cluny, em Torres Novas, maisum Convívio Fraterno da diocese deSantarém, o 1170, onde trinta e oito jovenspartiram na aventura de descobrir Deus e oseu amor.Este convívio reflectiu em pleno o objectivoprimeiro deste movimento, o de primeiroanúncio. No dia 26 chegaram a Torres No-vas jovens que procuravam algo mais, quebuscavam incessantemente este menino quenasceu para nos salvar. Foi com muita alegria,e rodeados de muitos outros convivas, queno dia 29 vimos o seu olhar brilhar e o seu

rosto transformado. Cada convívio é único,com manifestações diferentes deste amor deDeus por nós que é tão grande que nos aceitatal como somos, com as nossas fraquezas efragilidades, estando sempre lá para nosamparar quando estamos a cair.Foram, sem dúvida, as maravilhas de Deusque se manifestaram nestes jovens, foi estavontade de serem rosto e mãos de Cristo nasparóquias da Igreja de hoje que se tornouvisível. Foi uma vontade de confiar em Cristoe de dizer o "Sim" incondicional de Mariaque os levou para além dos muros daquelacasa e os fez olhar para o mundo, para osirmãos de uma forma diferente.

Cada Convívio é único

Pela primeira vez, a Casa de Retiros das IrmãsS. José de Cluny, abriu as portas a umapassagem de ano diferente tendo-se reunidoo já habitual grupo de jovens convivas quemais uma vez acarinhado pelas Irmãspuderam partilhar o jantar de fim de ano,preparado pelas próprias, e o serão deAdoração ao Santíssimo Sacramento que seseguiu.Este momento de Adoração foi uma ótimaparagem de contemplação d'Aquele que setorna cada vez mais o centro das vidas decada um de nós. A Adoração marcou a nossapassagem de ano de uma forma muito espe-cial porque nos fez sentir ainda mais família

Uma passagem de ano convivauns dos outros e das Irmãs que tão bem nosacolhem. À meia noite festejámos a chegadado novo ano, com karaoke e os costumespróprios da época, cientes de que no novoano que se inicia, Ele continuará a renovartodas as coisas e continuará a fazer de nósSua morada, tendo-nos como Seus filhosprediletos.Que o novo ano, nos traga cada vez mais estaalegria do amor em Cristo e uns pelos outrose a alegria de sermos Igreja no nosso dia-a-dia.

Liliana Nabais Diocese de Santarém

ÉVORA

Acolhidos num espaço calmo e sereno doAlentejo, no seminário menor de VilaViçosa, 34 jovens da diocese de Évora deramo seu sim para um verdadeiro encontro comCristo, entre os dias 26 a 29 de Dezembro,no Convívio Fraterno nº 1172.Ao longo destes dias, os jovens do Convívion.º 1172 foram convidados a ouvir, areflectir, a silenciar, a deixarem-se olhar emoldar por Cristo, na certeza de que Elenos ama e que nos propõe um verdadeiro

Eu sinto Senhor, que Tu me amas

caminho de felicidade e santidade. Caminhoeste que temos a oportunidade de construirao longo do nosso 4º dia, "passo a passo,grão a grão", estando dispostos a aceitar ea colocar ao dispor dos outros, todos osdons que Ele nos deu.É nesta consciência que devemos aceitar odesafio de tornarmos as nossas vidaslugares de beleza, acreditando "que Tu meamas, e que eu Te posso amar".

Convívios Fraternos Nº 1172 Arquidiocese de Évora

SANTARÉM

5JANEIRO/FEVEREIRO 2012

Page 6: Balada da União - Janeiro - Fevereiro 2012

JOVENS EM ALERTABEJA

Convivio Fraterno Nº 1169 na diocese de Beja

BRAGANÇA

No seu livro "O Grão de Amendoeira", D.José Cordeiro, Bispo da nossa Diocese, diz-nos que Amêndoa significa "aquele quevigia". A amendoeira é a árvore que tem a"coragem" de florescer ainda em plenoInverno, tornando-se um sinal de vida e deesperança na Primavera que vai chegar!O tempo de Advento, tal como a amendoeira,também nos anuncia a esperança levando-nosa entender a importância de vigiar. Tal comoa amêndoa que passa por várias fases até setornar em fruto doce, também o Advento nosimpele à mudança e conversão de vida.Assim como o grão de amendoeira quecontém em si algo de bom, também nósquisemos encher o nosso coração de JesusCristo. Impelidos pela vontade de levar esteJesus, um grupo de jovens da Diocese deBragança, preparou o Convívio Fraternonúmero 1167 e no dia 15 de Dezembroacolheu com alegria um grupo de cerca de30 jovens que aceitou o desafio de três diasdiferentes.

A tradição do cantar dos reis faz-nos recuarao tempo em que esta festa se cumpria comum ritual muito próprio que animava asnoites frias de Janeiro um pouco por todo opais. Grupos de pessoas mais ou menosorganizados andavam de porta em portadesejando as boas vindas de ano novo.Tocavam pandeireta, tambor, acordeão,ferrinhos, viola… Inicialmente os reis eramcantados pelas pessoas mais desfavorecidas,que louvavam aos santos e aos donos dacasa visitada que, de um modo geral,pertenciam às famílias mais abastadas e estasretribuíam com géneros alimentares oudinheiro. Pouco a pouco esta tradição foiacarinhada por todos os outros estratossociais, servindo como forma de desejar asBoas Festas e um Ano Novo feliz, e tambémcomo uma forma de convívio e

Convivas de Bragança cantaram os reisconfraternização entre todas as pessoasenvolvidas. A oferta que as famílias davamaos cantadores dos reis era sobretudo fumeiroe também filhoses, vinho e outros artigos queas famílias possuíam. As ofertas foramevoluindo com os tempos passando dofumeiro para os doces e até dinheiro.Esta tradição oral de saberes tem a sua origemno grande acontecimento que marcou ahistória da humanidade - o nascimento deJesus Cristo. Os vários cantares feitos emquadras populares ecoam alguns dosepisódios deste grande acontecimentotrazendo à memória de todos os seusprotagonistas: Maria, José, Jesus, os pastores,os reis magos, entre outros…Manifestações como estas vão desaparecendocom o passar dos anos… Graças à coragemde alguns grupos e associações estasmemórias do passado podem tornar-se o elo

"Como Grãos de Amendoeira…Sementes de Esperança"

“...senti-me em paz, sentí-me bem,cheia de Jesus Cristo. (...) Tenhosaudades de todos e nada nos separaráno amor de Deus. Obrigada Senhor.”Foram estas as palavras de uma jovemde entre os 31 jovens que fizeram oConvívio Fraterno 1169, o 47° daDiocese de Beja. A noite chegara e,com ela, alguns chuviscos anunciavamum fim-de-semana de inverno,bastante frio. Por volta das 20h30m,nessa sexta-feira, 16 de Dezembrocomeçavam a chegar os primeirosparticipantes para este encontro. OsOlhares desconfiados e algumadistância na primeira noite, deram lugara uma entrega total e a uma verdadeiraproximidade entre todos, no final doprimeiro dia. Era o Senhor que faziaencontro com cada um dos jovens. Àmedida que o tempo passava cadacoração ía enchendo do Amor de Deuse isso via-se nos olhares, sorrisos epalavras de cada um.É maravilhoso poder descobrir no rostode cada irmão o rosto do próprio Jesusque nos fala, e convida a segui-Lo.

O encerramento realizou-se no dia 19de Dezembro, no salão do CentroPastoral, onde pudemos partilhar a BoaNova da Ressurreição de Jesus. Foineste momento que os novos convivasmanifestaram a alegria destadescoberta e o desejo de nãoapagarem das suas vidas a presençado Senhor.O ponto alto do encerramento foi acelebração da grande festa da vida, aeucaristia, presidida peto Sr. D. AntónioVitalino Dantas, Bispo de Beja, econcelebrada por 6 padres destadiocese.Resta a certeza de um “4o. Dia” cheiode dificuldades na vivência destaexperiência Iniciada no convívio, muitocontrária ao mundo em que vivemos.O Pós-Convívio vai realizar-se no dia 26de Fevereiro de 2012, pelas 09h30m,no Seminário de Beja, para o qualtodos os convivas estão convidados.

P’la Equipa CoordenadoraJorge da Mata

entre o passado esquecido e o presente doimediatismo que vivemos, de modo a queessas tradições se perpetuem como legado àsgerações vindouras, de um povo rico emtradições e saberes.Os convivas de Bragança vivenciaram estecostume ao longo do mês de Janeiro.O Inverno gelado que se tem feito sentir nãodissuadiu o entusiasmo juvenil de afrontar onovo ano com esperança reavivada e de tudofazer para que este mundo possa ser maisfraterno a maneira de Cristo. Na verdade avida tem que ser encarada com esperança eem constante renovação. No encontro deNicodemos com Jesus, este pergunta-lhe"Como pode um homem nascer sendovelho?" (Jo 3 1-21). Jesus fala da importânciado nascer de novo, de renascer pela água epelo Espírito. Também nós precisamos de

Obrigado, Senhor!

nascer novamente cada dia, cada Eucaristia,cada Reconciliação, cada ano… precisamosimprimir em todos os que nos envolvem abeleza da nossa preferência por Jesus. Éimportante acentuar que a transformação domundo deriva também da nossa generosidadee dos nossos "pequenos nadas" que parecemacessórios mas que completam toda adiferença.O Festival de Cantares dos Reis do dia 7 deJaneiro dinamizado pelo Lions Club deBragança foi o ponto de partida para o iníciodesta imensa aventura. Seguiram-se ashabitações de muitos convivas residentesna cidade de Bragança bem como em algumaszonas rurais circunvizinhas.Fica a promessa de em 2013 renovar atradição.

Pedro CastroC.F. 765 Bragança-Miranda

"Como Grãos de Amendoeira Sementes deEsperança", foi o tema que orientou esteConvívio. Jesus nasceu e renasceuverdadeiramente no coração destes jovens eno meio do rigor do Inverno, surgiramsementes que contêm em si vida e esperança.A festa de encerramento aconteceu na cidadede Bragança, na Paróquia dos Santos Mártirescom a alegria verdadeira de quem tem Jesusna sua vida."Eis-nos aqui Senhor". Eis o nosso "sim"disponível. Que ele seja cada vez maisparecido ao sim de Maria, para que Tu nasçasverdadeiramente dentro do nosso coração epara que, pelo teu nascimento possamoscompreender melhor o mistério da tuaRessurreiçãoComo grãos de amendoeira queremos sersementes que anunciem que ainda háesperança. Que Tu és a nossa verdadeiraEsperança.Vem Senhor Jesus!

Pela equipaFabiola Mourinho

Convívios Fraternos Nº 1167 em Bragança

6 JANEIRO/FEVEREIRO 2012

BRAGANÇA

Page 7: Balada da União - Janeiro - Fevereiro 2012

VILA REAL

Colocada no ponto de partida, "Onde mo-ras?" foi a placa informativa que nos moveu eJesus, como que a incitar à descoberta, deu deresposta a vinte jovens da Diocese de VilaReal: "Vinde e Vereis". E iniciou-se então opercurso Convívio Fraterno 1177.

Fomos, seguimo-Lo e vimos, de facto, ondeEle mora.Moramos intensamente com Jesus durante osdias 18,19,20 de Fevereiro e percebemos queaquela casa, o seminário de Vila Real, bemque podia representar a imensidão do lugaronde Jesus habita. Ficamos com Ele para O podermos conhecer,experimentar e anunciar, tal como André eFilipe.Sem medo, deixamo-nos adentrar, imergimosem águas profundas. Ao contrário daescuridão que se poderia esperar do fundode um mar, vimos claramente a trêsdimensões, porque não tememos entrar no

"Vinde e Vereis"desconhecido. Nadamos dentro de nósmesmos, encontramos os outros edescobrimos a beleza de um mar,mergulhamos no Mistério de Deus.Deixamo-nos interpelar por aquele olharsedutor e, porque queremos caminhar semprecom Ele ao lado, tirámos a "carta decondução" que nos permitirá não ficar paratrás. De repente, Ele pára, faz-nos tambémparar de uma forma mais íntima e profunda,e reparamos então na placa que se encontradiante de nós e que indica a "Reconciliação".Absorvidos por um misto de ansiedade e, aomesmo tempo, de esperança, não hesitamose sentimo-nos amados infinita e perenementepor um Pai que nos espera também ansiosopelo reencontro. Eis que somos chegadosentão ao destino: à soleira de uma porta quedá para uma festa que reabastece o nossodepósito: a Eucaristia!

Pela Equipa CoordenadoraMarta Martins

MOÇAMBIQUE

Nos dias 13, 14 e 15 de Janeiro de 2012 tevelugar em território moçambicano,concretamente no Seminário Cristo-Rei(Matola) o convívio fraterno número 1174.A realização deste convívio foi como oregresso do filho pródigo à casa do seu pai,pois lembro-me que foi esta casa que há 10anos acolheu o primeiro convívio realizadoem Moçambique.Realizaram o convívio 30 rapazes e raparigas,que à partida os seus rostos revelavam fome,uma fome espiritual, fome de Cristo. Esteconvívio foi um verdadeiro encontro comCristo, pois, do primeiro dia ao último, osjovens participantes mostraram umaverdadeira entrega a Cristo Jesus, nosso irmãomais velho que assumiu a condição humanapara nos libertar do pecado e, por intermédiod’Ele, caminharmos para casa do Pai."Cristo veio ao nosso encontro e vive emnós, pelo que a nossa tarefa como jovenscristãos, agora convivas é aceitá-lo e vivermos

O encontro com Cristo, nosso irmãoe libertador!

segundo os seus ensinamentos", diziam osjovens que durante o encerramentointervieram. Outros, aindam, dizam"renascemos, somos convivas, queremosseguir as pegadas do Redentor e espalhar osideiais do amor em todo lugar por ondepassarmos".Uma outra alegria escaldante que se viveudurante o convívio 1174 deveu-se ao factode a família dos convívios fraternos emMoçambique contar, agora, com um sacerdoteconviva, no caso o senhor Padre FranciscoValente Fumo, que celebrou a missa doencerramento.Oxalá os jovens participantes, depois doencontro com Cristo, sejam os verdadeirosconstrutores de uma sociedade mais humana,sã e justa."Somos convivas de paz e de amor"

Conviva Isaías Luís

Convívio Fraterno Nº 1177 diocese Vila Real

BALADA DA UNIÃO

Entre os dias 17 e 20 de Fevereiro realizou-se no Seminário dos Missionários doPreciosíssimo Sangue em Proença-a-Novao Convívio Fraterno 1176, 57º da diocesede Portalegre e Castelo Branco.Com um serão animado e algumasgargalhadas, o convívio começou de formadescontraída e cada um foi convidado adeixar cair a sua máscara apesar da incertezados dias que se avizinhavam. À semelhançade um Ovo Kinder, percebemos queseriamos interpelados a "sair do embrulho"e caminhar para o encontro com a"surpresa": sermos autênticos na relaçãocom os outros.A medo, ao longo do primeiro dia, asdúvidas foram surgindo e começaram aecoar no nosso coração as razões da nossaexistência. Fomos questionados sobre oamor que Deus tem por nós e percebemos

Somos especiais e únicos…Só Deus Basta!

que Ele é uma constante na nossa vida,independentemente das nossas escolhas.Olhares tristes, rostos cansados,expressões de dúvida…Pelo perdão de Deus, estes rostos foramaos poucos sendo substituídos pelo olharbrilhante de quem confia e se senteimensamente amado, especial e único.Embalados e acolhidos no abraço do Pai,reacendemos a chama da nossa fé.Na certeza de que não somos super-heróiscom poderes extraordinários, assumimoso compromisso de ser Igreja, na entregatotal e gratuita às pequenas coisas que noslevam a ser Missão no nosso dia-a-dia ecom a certeza que temos sempre a "capa"protectora que é Jesus Cristo.

Pela equipa coordenadora.

Convivio Nº 1174 em Maputo, Moçambique

PORTALEGRE - CASTELO BRANCO

JANEIRO/FEVEREIRO 2012 7

Convivio Fraterno Nº 1176 Portalegre Castelo Branco

Page 8: Balada da União - Janeiro - Fevereiro 2012

BALADA DA UNIÃO

Irmãos e irmãs!A Quaresma oferece-nos a oportunidade dereflectir mais uma vez sobre o cerne da vidacristã: o amor. Com efeito este é um tempopropício para renovarmos, com a ajuda daPalavra de Deus e dos Sacramentos, o nossocaminho pessoal e comunitário de fé. Trata-sede um percurso marcado pela oração e apartilha, pelo silêncio e o jejum, com aesperança de viver a alegria pascal.Desejo, este ano, propor alguns pensamentosinspirados num breve texto bíblico tirado daCarta aos Hebreus: "Prestemos atenção unsaos outros, para nos estimularmos ao amor eàs boas obras" (10, 24). Esta frase apareceinserida numa passagem onde o escritorsagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristocomo Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdãoe o acesso a Deus. O fruto do acolhimento deCristo é uma vida edificada segundo as trêsvirtudes teologais: trata-se de nosaproximarmos do Senhor "com um coraçãosincero, com a plena segurança da fé" (v. 22),de conservarmos firmemente "a profissão danossa esperança" (v. 23), numa solicitudeconstante por praticar, juntamente com osirmãos, "o amor e as boas obras" (v. 24). Napassagem em questão afirma-se também que éimportante, para apoiar esta condutaevangélica, participar nos encontros litúrgicose na oração da comunidade, com os olhos fixosna meta escatológica: a plena comunhão emDeus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que,em poucas palavras, oferece um ensinamentoprecioso e sempre actual sobre três aspectosda vida cristã: prestar atenção ao outro, areciprocidade e a santidade pessoal.1. "Prestemos atenção": a responsabilidadepelo irmão.O primeiro elemento é o convite a "prestaratenção": o verbo grego usado é katanoein, quesignifica observar bem, estar atento, olharconscienciosamente, dar-se conta de umarealidade. Encontramo-lo no Evangelho, quandoJesus convida os discípulos a "observar" asaves do céu, que não se preocupam com oalimento e todavia são objecto de solícita ecuidadosa Providência divina (cf. Lc 12, 24), ea "dar-se conta" da trave que têm na própriavista antes de reparar no argueiro que está navista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos oreferido verbo também noutro trecho da mesmaCarta aos Hebreus, quando convida a"considerar Jesus" (3, 1) como o Apóstolo e oSumo Sacerdote da nossa fé. Por conseguinteo verbo, que aparece na abertura da nossaexortação, convida a fixar o olhar no outro, acomeçar por Jesus, e a estar atentos uns aosoutros, a não se mostrar alheio e indiferente aodestino dos irmãos. Mas, com frequência,prevalece a atitude contrária: a indiferença, odesinteresse, que nascem do egoísmo,mascarado por uma aparência de respeito pela"esfera privada". Também hoje ressoa, comvigor, a voz do Senhor que chama cada um denós a cuidar do outro. Também hoje Deus nospede para sermos o "guarda" dos nossos irmãos(cf. Gn 4, 9), para estabelecermos relaçõescaracterizadas por recíproca solicitude, pelaatenção ao bem do outro e a todo o seu bem. Ogrande mandamento do amor ao próximo exigee incita a consciência a sentir-se responsávelpor quem, como eu, é criatura e filho de Deus:o facto de sermos irmãos em humanidade e,em muitos casos, também na fé deve levar-nosa ver no outro um verdadeiro alter ego,

"Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmosao amor e às boas obras" (Heb 10, 24)

infinitamente amado pelo Senhor. Secultivarmos este olhar de fraternidade, brotarãonaturalmente do nosso coração a solidariedade,a justiça, bem como a misericórdia e acompaixão. A atenção ao outro inclui que sedeseje, para ele ou para ela, o bem sob todos osseus aspectos: físico, moral e espiritual. Pareceque a cultura contemporânea perdeu o sentidodo bem e do mal, sendo necessário reafirmarcom vigor que o bem existe e vence, porqueDeus é "bom e faz o bem" (Sal 119/118, 68). Obem é aquilo que suscita, protege e promove avida, a fraternidade e a comunhão. Assim aresponsabilidade pelo próximo significa querere favorecer o bem do outro, desejando quetambém ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suasnecessidades. A Sagrada Escritura advertecontra o perigo de ter o coração endurecidopor uma espécie de "anestesia espiritual", quenos torna cegos aos sofrimentos alheios. Oevangelista Lucas narra duas parábolas de Je-sus, nas quais são indicados dois exemplosdesta situação que se pode criar no coração do

homem. Na parábola do bom Samaritano, osacerdote e o levita, com indiferença, "passamao largo" do homem assaltado e espancadopelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na dorico avarento, um homem saciado de bens nãose dá conta da condição do pobre Lázaro quemorre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Emambos os casos, deparamo-nos com o contráriode "prestar atenção", de olhar com amor ecompaixão. O que é que impede este olhar feitode humanidade e de carinho pelo irmão? Comfrequência, é a riqueza material e a saciedade,mas pode ser também o antepor a tudo osnossos interesses e preocupações próprias.Sempre devemos ser capazes de "termisericórdia" por quem sofre; o nosso coraçãonunca deve estar tão absorvido pelas nossascoisas e problemas que fique surdo ao bradodo pobre. Diversamente, a humildade decoração e a experiência pessoal do sofrimentopodem, precisamente, revelar-se fonte de umdespertar interior para a compaixão e a empatia:"O justo conhece a causa dos pobres, porém oímpio não o compreende" (Prov 29, 7). Destemodo entende-se a bem-aventurança "dos quechoram" (Mt 5, 4), isto é, de quantos sãocapazes de sair de si mesmos porque secomoveram com o sofrimento alheio. Oencontro com o outro e a abertura do coraçãoàs suas necessidades são ocasião de salvação ede bem-aventurança.O facto de "prestar atenção" ao irmão inclui,igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual.E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristãque me parece esquecido: a correcção fraterna,tendo em vista a salvação eterna. De forma

geral, hoje é-se muito sensível ao tema docuidado e do amor que visa o bem físico ematerial dos outros, mas quase não se fala daresponsabilidade espiritual pelos irmãos.Lemos na Sagrada Escritura: "Repreende osábio e ele te amará. Dá conselhos ao sábio eele tornar-se-á ainda mais sábio, ensina o justoe ele aumentará o seu saber" (Prov 9, 8-9). Opróprio Cristo manda repreender o irmão quecometeu um pecado (cf. Mt 18, 15). A tradiçãoda Igreja enumera entre as obras espirituais demisericórdia a de "corrigir os que erram". Éimportante recuperar esta dimensão do amorcristão. Não devemos ficar calados diante domal. Penso aqui na atitude daqueles cristãosque preferem, por respeito humano ou meracomodidade, adequar-se à mentalidade comumem vez de alertar os próprios irmãos contramodos de pensar e agir que contradizem averdade e não seguem o caminho do bem. Dizo apóstolo Paulo: "Se porventura um homemfor surpreendido nalguma falta, vós, que soisespirituais, corrigi essa pessoa com espírito demansidão, e tu olha para ti próprio, não estejas

também tu a ser tentado" (Gl 6,1). Neste nosso mundoimpregnado de individualismo, énecessário redescobrir aimportância da correcção fraterna,para caminharmos juntos para asantidade. É que "sete vezes cai ojusto" (Prov 24, 16) - diz aEscritura -, e todos nós somosfrágeis e imperfeitos (cf. 1 Jo 1,8). Por isso, é um grande serviçoajudar, e deixar-se ajudar, a ler comverdade dentro de si mesmo, paramelhorar a própria vida e seguirmais rectamente o caminho doSenhor. Há sempre necessidade de

um olhar que ama e corrige, que conhece ereconhece, que discerne e perdoa (cf. Lc 22,61), como fez, e faz, Deus com cada um denós.2. "Uns aos outros": o dom da reciprocidade.O facto de sermos o "guarda" dos outroscontrasta com uma mentalidade que, reduzindoa vida unicamente à dimensão terrena, deixa dea considerar na sua perspectiva escatológica eaceita qualquer opção moral em nome daliberdade individual. Uma sociedade como aactual pode tornar-se surda quer aossofrimentos físicos, quer às exigênciasespirituais e morais da vida. Não deve ser assimna comunidade cristã! O apóstolo Pauloconvida a procurar o que "leva à paz e àedificação mútua" (Rm 14, 19), favorecendo o"próximo no bem, em ordem à construção dacomunidade" (Rm 15, 2), sem buscar "opróprio interesse, mas o do maior número, afim de que eles sejam salvos" (1 Cor 10, 33).Esta recíproca correcção e exortação, em espíritode humildade e de amor, deve fazer parte davida da comunidade cristã.Os discípulos do Senhor, unidos a Cristoatravés da Eucaristia, vivem numa comunhãoque os liga uns aos outros como membros deum só corpo. Isto significa que o outro mepertence: a sua vida, a sua salvação têm a vercom a minha vida e a minha salvação. Na Igreja,corpo místico de Cristo, verifica-se estareciprocidade: a comunidade não cessa de fazerpenitência e implorar perdão para os pecadosdos seus filhos, mas alegra-se contínua ejubilosamente também com os testemunhosde virtude e de amor que nela se manifestam.

Que "os membros tenham a mesma solicitudeuns para com os outros" (1 Cor 12, 25) - afirmaSão Paulo -, porque somos um e o mesmocorpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressãoa esmola - típica prática quaresmal, juntamentecom a oração e o jejum - radica-se nestapertença comum. Também com a preocupaçãoconcreta pelos mais pobres, pode cada cristãoexpressar a sua participação no único corpoque é a Igreja. Quando um cristão vislumbrano outro a acção do Espírito Santo, não podedeixar de se alegrar e dar glória ao Pai celeste(cf. Mt 5, 16).3. "Para nos estimularmos ao amor e às boasobras": caminhar juntos na santidade.Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10, 24)impele-nos a considerar a vocação universal àsantidade como o caminho constante na vidaespiritual, a aspirar aos carismas mais elevadose a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf.1 Cor 12, 31 - 13, 13). A atenção recíproca temcomo finalidade estimular-se, mutuamente, aum amor efectivo sempre maior, "como a luzda aurora, que cresce até ao romper do dia"(Prov 4, 18), à espera de viver o dia sem ocasoem Deus. O tempo, que nos é concedido nanossa vida, é precioso para descobrir e realizaras boas obras, no amor de Deus. Assim a própriaIgreja cresce e se desenvolve para chegar à plenamaturidade de Cristo (cf. Ef 4, 13).Infelizmente, está sempre presente a tentaçãoda tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de"pôr a render os talentos" que nos foram dadospara bem nosso e dos outros (cf. Mt 25, 24-28). Todos recebemos riquezas espirituais oumateriais úteis para a realização do planodivino, para o bem da Igreja e para a nossasalvação pessoal (cf. Lc 12, 21; 1 Tm 6, 18).Os mestres espirituais lembram que, na vidade fé, quem não avança, recua. Queridos irmãose irmãs, acolhamos o convite, sempre actual,para tendermos à "medida alta da vida cristã"(João Paulo II, Carta ap. Novo millennioineunte, 31).Que todos, à vista de um mundo que exige doscristãos um renovado testemunho de amor efidelidade ao Senhor, sintam a urgência deesforçar-se por adiantar no amor, no serviço enas obras boas (cf. Heb 6, 10). Este apeloressoa particularmente forte neste tempo santode preparação para a Páscoa. Com votos deuma Quaresma santa e fecunda, confio-vos àintercessão da Bem-aventurada Virgem Mariae, de coração, concedo a todos a BênçãoApostólica.

Papa Bento XVI

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JANEIRO/FEVEREIRO 20128Mensagem do Papa Bento XVI para a quaresma 2012